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TEXTO ÁUREO "E o SENHOR estava com José, e foi varão próspero [...]." (Gn 39.2)

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Lição 7, JOSÉ: FÉ EM MEIO ÀS INJUSTIÇAS

4º Trimestre de 2016 - Título: O DEUS de Toda Provisão - Esperança e Sabedoria Divina para a Igreja em meio às Crises

Comentarista: Pr. Elienai Cabral

Complementos, ilustrações, questionários e vídeos: Ev. Luiz Henrique de Almeida Silva NÃO DEIXE DE ASSISTIR AOS VÍDEOS DA LIÇÃO ONDE TEMOS MAPAS, FIGURAS, IMAGENS E EXPLICAÇÕES DETALHADAS DA LIÇÃO

http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/videosebdnatv.htm AQUI VOCÊ VÊ PONTOS DIFÍCEIS DA LIÇÃO - POLÊMICOS

Ajuda para a lição - http://www.apazdosenhor.org.br/profhenrique/licao13-ctc-4tr15-jose-a-realidade-de-um-sonho.htm

TEXTO ÁUREO

"E o SENHOR estava com José, e foi varão próspero [...]." (Gn 39.2)

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VERDADE PRÁTICA

No enfrentamento de uma crise, a sabedoria divina é indispensável.

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LEITURA DIÁRIA

Segunda - Gn 37.3,4 Uma túnica colorida e a crise de inveja Terça - Gn 37.6-8 Um sonho e o início de várias crises Quarta - Gn 37.22 Um plano perverso e a crise da cova Quinta - Gn 37.28 Da crise da cova para a crise da escravidão Sexta - Gn 39.20 Da crise da escravidão para a crise do cárcere

Sábado - Gn 39.21 A bênção de Deus e a sua benignidade em tempos de crise LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Gênesis 37.1-11

1 - E Jacó habitou na terra das peregrinações de seu pai, na terra de Canaã. 2 - Estas são as gerações de Jacó: Sendo José de dezessete anos, apascentava as ovelhas com seus irmãos; e estava este jovem com os filhos de Bila e com os filhos de Zilpa, mulheres de seu pai; e José trazia uma má fama deles a seu pai. 3 - E Israel amava a José mais do que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica de várias cores. 4 - Vendo, pois, seus irmãos que seu pai o amava mais do que a todos os seus irmãos, aborreceram-no e não podiam falar com ele pacificamente. 5 - Sonhou também José um sonho, que contou a seus irmãos; por isso, o aborreciam ainda mais. 6 - E disse-lhes: Ouvi, peço-vos, este sonho, que tenho sonhado: 7 - Eis que estávamos atando molhos no meio do campo, e eis que o meu molho se levantava e também ficava em pé; e eis que os vossos molhos o rodeavam e se inclinavam ao meu molho. 8 -

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Então, lhe disseram seus irmãos: Tu, pois, deveras reinarás sobre nós? Tu deveras terás domínio sobre nós? Por isso, tanto mais o aborreciam por seus sonhos e por suas palavras. 9 - E sonhou ainda outro sonho, e o contou a seus irmãos, e disse: Eis que ainda sonhei um sonho; e eis que o sol, e a lua, e onze estrelas se inclinavam a mim. 10 - E, contando-o a seu pai e a seus irmãos, repreendeu-o seu pai e disse-lhe: Que sonho é este que sonhaste? Porventura viremos eu, e tua mãe, e teus irmãos a inclinar-nos perante ti em terra? 11 - Seus irmãos, pois, o invejavam; seu pai, porém, guardava este negócio no seu coração.

OBJETIVO GERAL - Ressaltar que Deus deu a José sabedoria para gerenciar a crise da fome no Egito.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Apontar os sonhos de José e as crises que ele teve que enfrentar; Ressaltar a crise da cova e da escravidão na vida de José;

Enfatizar a sabedoria de José para administrar as crises.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

José era o filho amado do patriarca Jacó. Deus tinha um plano na vida dele e esse projeto lhe foi revelado, pelo Senhor, por intermédio de alguns sonhos. É importante ressaltar que não eram os sonhos do jovem José, mas sim os planos de Deus para ele e sua família. Mas, José partilhou aquilo que era para ele com seus irmãos e seu pai no momento errado. Os irmãos de José eram invejosos e não aceitaram os seus sonhos. Com certeza, eles perceberam que Deus iria colocar José em uma posição de destaque na família. José tinha promessas de Deus para sua vida, mas isso não o livrou das crises. As crises não endureceram o coração de José, nem o afastaram de Deus. Elas contribuíram para moldar o caráter do jovem e prepará-lo para o palácio de Faraó. Se você está enfrentando algumas crises, assim como José, não desanime. Não permita que a amargura e o sofrimento o afaste de Deus. Quem sabe o Senhor não esteja forjando o seu caráter e o preparando para algo especial?

PONTO CENTRAL - Deus concedeu a José sabedoria para administrar crises.

Resumo da Lição 7, JOSÉ: FÉ EM MEIO ÀS INJUSTIÇAS I - DOIS SONHOS E MUITAS CRISES

1. A família de José.

2. A inveja dos irmãos de José. 3. Os sonhos de José (Gn 37.7,9).

II - A CRISE DA COVA E DA ESCRAVIDÃO 1. José é vendido como escravo (Gn 37.27,28). 2. José na casa de Potifar.

3. José prosperou na casa de Potifar.

III - SABEDORIA PARA ADMINISTRAR A CRISE 1. José é abençoado por Deus na prisão (Gn 39.21-23).

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2. José e os dois oficiais de Faraó.

3. Da prisão ao palácio de Faraó (Gn 41.1-8).

SÍNTESE DO TÓPICO I - José revelou seus dois sonhos a sua família e logo teve que enfrentar algumas crises.

SÍNTESE DO TÓPICO II - José teve que enfrentar a crise da cova e da escravidão, mas Deus estava com ele.

SÍNTESE DO TÓPICO III - Deus é a fonte de toda sabedoria. Ele nos concede sabedoria para administrar as crises.

CONHEÇA MAIS FOME NO EGITO

"Registros egípcios contam que a fome, causada pelas estiagens nas cabeceiras do Nilo, durou muitos anos. A agricultura egípcia dependia das enchentes anuais ao longo do rio, que depositavam terra nova fértil tornando a irrigação possível. Também nesse aspecto a autenticidade do relato bíblico tem total sustentação histórica" Para conhecer mais leia, Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p.46.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

"Para simbolizar o novo ofício de José, Faraó lhe deu o anel que usava, no qual estava estampado o selo de autoridade, vestiu-o de vestes de linho fino, e pôs um colar de ouro no seu pescoço. Deu-lhe um carro, no qual desfilou publicamente com a proclamação de que ele deveria ser honrado pela população. Em seguida, mudou-lhe o nome para Zafenate-Paneia, que quer dizer 'abundância de vida ou o deus fala e vive'. Por fim, José se casou com uma moça de família de alta posição da cidade sacerdotal de Om. José foi lançado em estreito contato com o paganismo do Egito, mas não foi vencido por ele. [...] Quando se tornou o segundo governante mais poderoso em posição no Egito. Ele sabia exatamente o que fazer. Durante anos de colheitas abundantes, juntou todas as colheitas que iam além das necessidades imediatas do povo e as armazenou em numerosas cidades do Egito. Durante esse tempo, nasceram-lhe dois filhos. O primeiro foi chamado Manassés, 'que esquece', como testemunho de que Deus havia apagado dos pensamentos tristes e íntimos de José os anos de trabalho e de toda a casa de seu pai. O segundo filho foi chamado Efraim, 'dupla fertilidade', como testemunho das providências misericordiosas de Deus na terra da sua aflição.

Quando chegaram os sete anos de fome, o Egito estava preparado com uma grande provisão de alimentos armazenada para a emergência. Mas a seca cruzou as fronteiras do Egito e atingiu a Palestina e outros países vizinhos. Dentro do próprio Egito, logo as pessoas sentiram fome e pediram comida. Sem demora, José as abasteceu de provisões segundo um plano já em execução. As pessoas tiveram a permissão de comprar os grãos armazenados e, assim, tiveram o suficiente para comer. Habitantes de outros países ficaram sabendo da provisão que havia no Egito e foram comprar alimentos" (Comentário Bíblico Beacon. 1.ed. Vol 1. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp. 114,115).

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PARA REFLETIR - A respeito de José, fé em meio às injustiças, responda: Quem era o pai de José?

Jacó, neto de Abraão.

Qual o presente que Jacó deu a José e que demonstrava seu favoritismo? Uma capa colorida.

O que fez com que os irmãos de José fossem tomados pela inveja? A revelação dos sonhos de José.

Quanto os ismaelitas pagaram por José? O venderam por vinte moedas de prata. Faraó nomeou José para que cargo?

Para governador do Egito, o segundo cargo mais importante depois de Faraó.

CONSULTE - Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 68, p39.

Comentário extras - Ev. Henrique - Várias fontes.

A ascensão de José ser vizir (conselheiro-chefe) do Egito, embora não mencionada nos textos egípcios, é bastante viável na era dos hicsos (governantes semitas do Egito, c. 1.600 aC ). Seja qual for a data é o preferido para Moisés e da composição do Pentateuco, vários séculos deve tê-lo separado dos patriarcas, durante o qual as histórias sobre eles foram supostamente repassados de boca em boca, ou talvez por algum tipo de registro escrito cedo que é agora perdida. Em qualquer caso, estes paralelos confirmar que a história registrada em Gênesis é bastante confiável.

AJUDA - Lição 13 - José, a Realidade de Um Sonho - 4º trimestre de 2015 - O Começo de Todas as Coisas - Estudos Sobre O Livro de Genesis

Comentarista da CPAD: Pr. Claudionor Correa de Andrade

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TEXTO ÁUREO

"E disse Faraó a seus servos: Acharíamos um varão como este, em quem haja o ESPÍRITO de DEUS?" (Gn 41.38)

VERDADE PRÁTICA

Escravo, ou senhor, José sempre se destacou por uma vida de excelência e fidelidade a DEUS.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO top1

"A história de José nos revela como os descendentes de Jacó vieram a ser uma nação dentro do Egito. Esta seção de Genesis não somente nos prepara para a narrativa do êxodo do Egito, como também revela a fidelidade que José sempre teve para com DEUS, e as muitas maneiras como DEUS protegeu e dirigiu a sua vida para o bem doutras pessoas. Ressalta a verdade de que nos justos podem sofrer num mundo mau e iníquo, mas que, por fim, triunfará o propósito de DEUS reservado para eles"(Bíblia de Estudo Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 90).

CONHEÇA MAIS

José - "A história de José nos revela como os descendentes de Jacó vieram a ser uma nação dentro do Egito. A túnica ricamente ornamentada que José recebera de seu pai,

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contrasta fortemente com as túnicas comuns usadas por seus irmãos. Ela revela uma posição especial de favoritismo e honra diante de seu pai." Para conhecer mais leia, Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, p. 90.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO top2 1."José tipo de CRISTO

Muitos tomam José como um tipo de CRISTO; uma pessoa inocente que sofreu por causa da maldade dos outros e, através do qual, o povo escolhido foi liberto da morte certa. O silêncio de José enquanto seus irmãos deliberam seu destino (Gn 37.12-35) prefigura o silêncio de CRISTO perante seus juízes (1 Pe 2.23). 2.A mulher de Potifar

O contraste entre Judá e José é forte. Ambos foram tentados sexualmente. Judá procurou o sexo ilícito, enquanto José recusou repetidos apelos da mulher de seu senhor. José lembra-nos que nunca podemos dizer que o sexo nos leva a pecar. A escolha é nossa, agir como Judá ou como José" (RICAHRDS, Lawrence. Guia do Leitor da Bíblia: Uma Análise de Genesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 45).

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO top3

"As Escrituras deixam claro que a separação entre José e o seu povo estava sob o controle de DEUS. O Senhor estava operando através de José e das circunstâncias deste, a fim de preservar a família de Israel e reuni-la segundo as suas promessas. Quatro vezes no capítulo 39 está escrito que 'o Senhor estava com José' (vv. 2,3,21,23). Porque José honrava a DEUS, DEUS honrava a ele. Aqueles que temem a DEUS e o reconhecem em todos os seus caminhos têm a promessa de que DEUS dirigirá todos os seus passos (Pv 3.5,6) "(Bíblia de Estudo Pentecostal. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p. 39).

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COMENTÁRIOS DE DIVERSOS AUTORES E LIVROS COM ALGUMAS MODIFICAÇÕES DO Ev. LUIZ HENRIQUE

PONTOS DIFÍCEIS E POLÊMICOS Filho Primogênito

Na cultura judaica, o filho primogênito tinha o direito de receber uma porção dobrada da herança dos pais. Esse direito era chamado de direito de primogenitura (Dt 21.15-17).

Jacó mais abençoado que Esaú. Moisés mais abençoado que Arão. Efraim mais que Manassés e por ai vai José o penúltimo, mais que todos os outros 11.

Primogenitura - Na verdade o que vemos é que alguém deseja a bênção da primogenitura e luta por ela, assim como um dom do ESPÍRITO SANTO hoje, está disponível a todos, mas são raríssimos os que por causa desses dons ou por causa de um deles despreza as mordomias da vida e luta para agradar a DEUS e ser canal de DEUS para salvação das almas.

Foi assim com Jacó e com José

Jacó saiu e deixou tudo para Esaú, pois Isaque morreu e Jacó não estava lá para ficar com alguma coisa para ele, mas no final Jacó estava muito mais com DEUS, rico e poderoso do que seu irmão.

José foi tido como morto, nada possuía, mas foi o que se deu bem. Quem escolhe DEUS - esse é o primogênito no final.

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Todo o que aceita a JESUS como único Senhor e Salvador se torna um filho com as mesmas regalias dos filhos primogênitos. Somos co-herdeiros com CRISTO da mesma herança.

Quem preferiu DEUS se deu bem - Para ganhar tem que perder Jacó era um sonhador que sonhava os sonhos de DEUS (sonhos que DEUS dava para ele) e não os dele ou de alguém. Quem encostava perto de José sonhava também. Isso pega. Sonhe sonhos de DEUS para sua vida.

A maioria absoluta de sonhos são nossos ou de impressões marcadas em nosso subconsciente. Sonhe os sonhos de DEUS (sonhos que DEUS dá para nós). José foi preso e seus companheiros de cela sonharam. José foi solto por causa de um sonho de Faraó. Onde José estava havia sonhos dados por DEUS para que José estivesse acima de todos e na presença de DEUS.

De quem era o direito da primogenitura? Filho mais velho da esposa legitima No caso de Jacó que amava Raquel e trabalhou por ela e foi enganado, o que valia para DEUS era então José o primogênito pelo direito divino.

Humanamente, Assim ficou o direito de primogenitura na casa de Jacó:

Rubem perdeu sua primogenitura, que na verdade não era sua, por ter se deitado com Bila, concubina de seu pai.(Genesis 49:3-4) - Rúben, tu és meu primogênito, minha força e o princípio de meu vigor, o mais excelente em alteza e o mais excelente em poder. Impetuoso como a água, não serás o mais excelente, porquanto subiste ao leito de teu pai. Então o contaminaste; subiu à minha cama.

Simeão e Levi, o segundo e terceiro filhos de Jacó, sobre os quais deveria recair o direito de primogenitura, também o perderam. Eles foram instrumentos de violência, especialmente no fato ocorrido em Siquém (Gn 34), por isso o Senhor não lhes repassou o direito de primogenitura (49:5-7).

A realeza, um dos itens da primogenitura, foi dada ao quarto filho, Judá (Gn 49:10).

70 ou 75 almas desceram ao Egito com Jacó?

Gn 46:27 - E os filhos de José, que lhe nasceram no Egito, eram duas almas. Todas as almas da casa de Jacó, que vieram ao Egito, foram setenta. (70)

Ex 1:5 - Todas as almas, pois, que descenderam de Jacó foram setenta almas; José, porém, estava no Egito. (70)

At 7:14 - E José mandou chamar a Jacó, seu pai, e a toda sua parentela, que era de setenta e cinco almas.. (75)

* A Septuaginta (LXX) diz 75 pessoas. * O texto Massorético diz 70.

Gn 46:26 diz: "Todos os que foram para o Egito (Er e Onã morreram em Canaã) com Jacó, todos os seus descendentes, sem contar as mulheres de seus filhos (Diná era filha e não nora), totalizaram sessenta e seis pessoas".

+ Jacó e José

vs.27 diz: "Com mais os dois filhos que nasceram a José no Egito, os membros da família de Jacó que foram para o Egito chegaram a setenta".

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Em Gn 46:27, aparece na Septuaginta que José teve nove filhos. Tirando José e Jacó então ficaram 75 almas.

José foi vendido e saiu de Canaã aos 17 anos, seu irmão benjamim tinha 5 anos, depois de ser escravo de Potifar, ser prisioneiro do rei, foi governador de todo o Egito aos 30 anos e só viu seu pai depois de 22 anos que estava no Egito, só ai então viu realizados seus sonhos aos 39 anos, quando agora já era governador de todo o Egito por 9 anos. José morreu com 110 anos.

Estas são as gerações de Jacó. Sendo José de dezessete anos, apascentava as ovelhas com seus irmãos; sendo ainda jovem, andava com os filhos de Bila, e com os filhos de Zilpa, mulheres de seu pai; e José trazia más notícias deles a seu pai.Genesis 37:2 E José era da idade de trinta anos quando se apresentou a Faraó, rei do Egito. E saiu José da presença de Faraó e passou por toda a terra do Egito - Genesis 41:46

Porque já houve dois anos de fome no meio da terra, e ainda restam cinco anos em que não haverá lavoura nem sega - Genesis 45:6

E morreu José da idade de cento e dez anos, e o embalsamaram e o puseram num caixão no Egito - Genesis 50:26

José levou 13 anos até ser governador + 7 de fartura + 2 anos de seca = 22 anos para ver seu pai novamente.

Isso mesmo. Que coisa hein! Só se realizou totalmente seus sonhos depois de 22 anos. Família paciente.

25 de Abraão para nascer Isaque, 20 de Isaque para nascer Jacó, 14 de Jacó para casar com Raquel e 22 de José para realizar seus sonhos.

Uma geração de paciência e perseverança. Isso é fé.

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AJUDA Lições Bíblicas CPAD - 1º Trimestre de 1991 - A VIDA DE ABRAÃO - Comentários: EURICO BERGSTEN

JOSÉ E O ÁRDUO CAMINHO DA VITÓRIA

TEXTO ÁUREO

"Porquanto o Senhor estava com ele, e tudo o que ele fazia o Senhor prosperava "(Gn 39.23).

VERDADE PRÁTICA

O Senhor era com José e isto foi o segredo de todo o progresso que ele experimentou.

COMENTÁRIO/INTRODUÇÃO

A história de José nos mostra quanto vale ser crente desde a infância; e prova que a presença do Senhor na vida do crente é a solução para todos os problemas que surgem, sejam eles quais forem. (SCR e CB)

I. JOSE CONHECEU A DEUS NO SEU LAR

1.José, o filho predileto de Jacó. José, o décimo primeiro filho de Jacó, era o primogênito de Raquel, a esposa que Jacó amava. Raquel faleceu quando José era ainda criança, mas ele cresceu cercado de amor. Certamente teve grande repercussão sobre a vida de José o encontro que seu pai Jacó teve com DEUS no Vau de Jaboque, quando exclamou: "A minha alma foi salva". José também teve o seu encontro com DEUS. É

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absolutamente necessário que os lares dos crentes sejam verdadeiros viveiros espirituais. Onde impera o verdadeiro despertamento, o coração dos pais converte-se aos filhos (Lc 1.17).

2. José, o Jovem predestinado por DEUS. José. experimentou a manifestação do ESPÍRITO SANTO em toda sua vida. Ainda muito jovem teve dois sonhos proféticos, os quais lhe deram a certeza de que DEUS tinha alguma coisa preparada para ele,(Gn 37.5-10). Já adulto, recebeu de DEUS preparo para interpretar sonhos (Gn 40.8-22). DEUS prepara o crente para a obra que tem a fazer, através da operação do ESPÍRITO SANTO.

II. JOSÉ AJUDA SEU PAI NA ADMINISTRAÇÃO DOS NEGÓCIOS l. As excelentes qualidades de José.

Embora ainda muito novo, com apenas 17 anos, foi colocado pelo pai na administração de seus grandes rebanhos. Talvez tivesse sido mais apropriado colocar neste cargo a Rubem, o primogênito, mas este por causa de problema de ordem moral perdeu o direito à primogenitura (Gn 49.4). José, o primogênito de Raquel, assumiu esse cargo com muita eficiência. Isto explica a túnica de várias cores que Jacó deu a Jose. Era o tipo de túnica compatível com um cargo de gerência.

2. Os irmãos de José o odiavam. 0 motivo era inveja. Não suportavam a lembrança dos sonhos que José tivera. É interessante observar que o ódio que os irmãos nutriam por José, não o prejudicou em sua vida espiritual. Isto é uma evidência de que antes de este ódio se manifestar, José já vivia em íntima comunhão com DEUS. Uma experiência com DEUS em profundidade é a mais grandiosa solução para cada jovem. Vivendo perto de DEUS, o crente vence qualquer forma de ódio e de resistência.

III. JOSÉ É VENDIDO COMO ESCRAVO

1. A traição dos irmãos de José. Um dia Jacó enviou José a ver o estado de seus rebanhos (Gn 37.12-17). Seus irmãos, vendo-o de longe, sugeriram matá-lo. Porém. Rubem conseguiu impedi-los (Gn 37.21-22). Passando por aquele local, àquela hora, uma caravana de ismaelitas a caminho do Egito, venderam José como escravo àqueles mercadores. Para ocultar o que haviam feito, tingiram a túnica de José com sangue e enviaram-na a Jacó com a mensagem: "Conhece agora se esta será ou não a túnica de teu filho'' (Gn 37.32). DEUS estava com José. DEUS conosco é garantia de que todas as coisas que possam vir a acontecer, cooperam para o bem (Rm 8.28). DEUS guardou José de um mal pior que o ódio e a perseguição; DEUS guardou José de dar lugar à raiz de amargura (Hb 12.15). A história de José mostra que ele não foi acometido por este mal. Ver Gn 42.21 -24.0 crente em comunhão com DEUS não sofre dano em consequência de males que aparecem em seu caminho (Lc 10.19).

2. José na casa de Potifar. José foi comprado por Potifar, capitão da guarda palaciana (Gn 39.1). O que Potifar não sabia era que, junto com José, a bênção do Senhor havia entrado em seu lar (Gn 39.2). Tudo prosperava nas mãos de José, e logo ele foi colocado sobre toda a casa de Potifar(Gn 39.4) Na casa de Potifar aguardavam José mais provações. A mulher de Potifar. pessoa sem moral, quis seduzir José. Mas, José, como homem de DEUS, repeliu-a dizendo: "Como pois faria eu este tamanho mal. e pecaria contra DEUS?" (Gn 39.9). Irada com a recusa, a mulher de Potifar arquitetou

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uma armadilha para José, e falsamente acusou-o. Potifar. crendo nas mentiras da mulher, mandou lançar José na prisão (Gn 39.10-20).

3. José na casa do cárcere. O Senhor entrou com José no cárcere (Gn 39.21). O Senhor lhe deu graça diante dos olhos do chefe do cárcere, e logo este o investiu de autoridade sobre os demais presos (Gn 39.21-23). Ali no cárcere José teve oportunidade de interpretar o sonho de dois presos. "Não são de DEUS as interpretações?" (Gn 40.8). E da forma como José interpretou, assim aconteceu. Quando o copeiro-mor saiu do cárcere. José lhe disse: "Lembra-te de mim quando te for bem...faça menção de mim a Faraó*' (Gn40.14).

IV. JOSÉ É LEVADO À PRESENÇA DE FARAÓ

Passaram-se dois anos inteiros desde que o copeiro-mor deixou o cárcere, então ele lembrou do pedido de José (Gn 41.1).

l. José interpreta o sonho de Faraó (Gn 41.25-32). Faraó teve dois sonhos. os quais perturbaram o seu espírito e ele não encontrava quem os interpretasse. Foi então que o copeiro-mor lembrou-se de José, e contou acerca dele a Faraó. Imediatamente, José foi conduzido à presença do soberano, que lhe contou os sonhos e José os interpretou. A interpretação dos dois sonhos era uma só: Sete anos de fartura seriam seguidos de sete anos de fome, e que DEUS estava dando o aviso a fim de que nos anos de fartura se ajuntassem alimentos para suprir os anos de fome (Gn 41.25-37).(SH) Faraó, impressionado com a revelação divina, disse: "Acharíamos um varão como este, em quem haja o espírito de DEUS?" (GrT41.38). E nomeou José governador de todo o Egito, com a incumbência de administrar o armazenamento e a distribuição de alimentos. José assumiu imediatamente o encargo. As abundantes colheitas foram devidamente armazenadas, a ponto de não ser possível numerar os estoques de trigo ajuntado (Gn 41.46-49).

2. José governa o Egito. A escalada de José até o palácio não foi fácil. Quando finalmente chegou à posição de governador do Egito e foi o administrador do salvamento dos egípcios e de nações vizinhas, José pôde entender a lógica das diferentes etapas de seu árduo caminho, e de fato experimentar que muitas vezes "o Senhor tem o seu caminho na tormenta" (Na 1.3). Assim dizem as Escrituras: "Todos os seus caminhos juízos são" (Dt 32.4), e. ainda: "Todas as veredas do Senhor são misericórdia e verdade" (SI 25.10). DEUS havia feito José entender a razão de seus muitos sofrimentos, por isso ele pôde dizer a seus irmãos: "Porque para conservação da vida DEUS me enviou diante da vossa face"(Gn45.7).(SD e DB)

V. JACÓ ENVIA SEUS FILHOS AO EGITO

l. O reencontro de José com seus irmãos. Tendo ouvido que Faraó estava vendendo trigo a todos os povos, Jacó mandou seus filhos ao Egito a fim de se abastecerem do cereal. Benjamim ficou com o pai. enquanto os dez se dirigiam ao Egito. Apresentarem-se a José. o qual facilmente reconheceu Apresentarem-seus irmãos Apresentarem-sem Apresentarem-ser deles reconhecido. José os interrogou acerca da família deles, e eles lhe contaram acerca do irmão mais moço. Para prová-los, José reteve a Simeão como refém até que voltassem a ele trazendo a seu irmão Benjamim.

2. O estratagema de José. Os filhos de Jacó voltaram ao Egito na companhia de Benjamim e José ficou muito emocionado ao ver seu irmão, o filho mais moço de sua

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mãe Raquel. Quando seus irmãos se preparavam para retomar a Canaã José os submeteu a mais uma prova. Mandou esconder seu copo de prata nó saco de Benjamim. E quando eles já estavam a caminho, enviou atrás deles emissários dizendo que o copo do governador estava desaparecido, que eles eram os suspeitos, e que aquele em cuja bagagem o copo fosse encontrado, ficaria no Egito como escravo de José. O copo foi achado na bagagem de Benjamim, e todos voltaram à presença de José. Judá, então, fez a José uma emocionante súplica, oferecendo-se para ficar como escravo no Egito em lugar de Benjamim, porque: "Como subirei eu a meu pai se o moço não for comigo? Para que não veja eu o mal que sobrevirá a meu pai" (Gn44.18- 34). E fora justamente Judá aquele que havia proposto que José fosse vendido como escravo aos ismaelitas...José entendeu que a natureza de seus irmãos havia verdadeiramente mudado. E deu-se a conhecer a seus irmãos: "E levantou a sua voz com choro...Eu sou José; vive ainda meu pai? E seus irmãos não puderam responder porque estavam pasmados diante da sua face" (Gn45.1-3). Logo os irmãos retomaram o caminho para Canaã, não só levando consigo trigo, mas também levando consigo a incumbência de preparar a mudança de toda a família para o Egito. Ao anunciarem a Jacó que José ainda vivia e que era o governador do Egito, o seu coração desmaiou porque não os acreditava. Mas vendo os carros que José enviara para levá-lo ao Egito, reviveu o seu espírito (Gn 45.26-27). Não demorou muito até que toda a família, um grupo de 70 pessoas, estava descendo para o Egito (Gn 46. l-4). (SG, SH e SA).

VI. JOSÉ CUIDOU DE SEU PAI ATÉ QUE ESTE MORRESSE

José fez isto de forma a constituir-se em um exemplo para todos os tempos. Não somente deu a Jacó o sustento material, mas deu-lhe carinho e seu cuidado! É realmente melhor mostrar o nosso amor e o nosso cuidado aos nossos velhos pais enquanto os temos em vida, do que prestar-lhes homenagens junto à sepultura. "Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa" (Ef6.2).

Lições Bíblicas CPAD - 1º Trimestre de 1991 - A VIDA DE ABRAÃO - Comentários: EURICO BERGSTEN

INTRODUÇÃO

A história ele José ganha um espaço especial no livro de Genesis nos capítulos 37 a 50. O velho Jacó vivia como estrangeiro na terra de Canaã, a qual DEUS prometera como herança à descendência de Abraão. Nos planos divinos, fatos contundentes haveriam de acontecer a partir de José, tomando-se o mesmo o personagem por excelência na história do povo de Israel.

I. JOSÉ, AMADO E ODIADO POR SUA FAMÍLIA 1. Amado de seu pai (vs.1-4).

José era um adolescente, de 17 anos de idade, e Jacó o amava muito, porque era o filho de sua velhice. Além disso, ele se destacava dentre seus irmãos, porque era temente a DEUS e não concordava com o mau procedimento deles. Jacó demonstrava sua preferência paterna por José, provocando, com esta atitude, a inveja e o ciúme de seus irmãos.

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Havia duas razões principais para o ódio dos seus irmãos: era a denúncia que José trazia a Jacó das más ações cometidas por eles, fora das vistas do velho pai e quando, ingenuamente, contava seus sonhos a eles e os

sonhos sempre eram interpretados colocando-o como líder sobre seus irmãos e isto era suficiente para eles o odiarem e desejarem e livrar dele.

3. Maltratado e vendido como escravo (vs.12-36).

Por ser o mais novo dos filhos, José foi enviado por seu pai ao campo onde estavam seus irmãos, cuidando dos rebanhos da família, em Siquém. Quando José chegou entre eles, seus irmãos já haviam formulado uma trama para livrarem-se dele, pois o ódio era patente em seus olhos e corações. Seus irmãos queriam matá-lo,mas Rúben impediu que eles assassinassem o próprio irmão, pois isto muito entristeceria o velho pai. Resolveram então colocá-lo dentro de uma cisterna, cavada naquela região. Antes, tiraram-lhe a túnica talar, que o distinguia dos demais, e o venderam como escravo a uma caravana de ismaelitas (Gn 37.25)

4. As conseqüências amargas da inveja e do ódio.

A Bíblia diz que "os irmãos de José eram movidos de inveja" (At 7.9). A inveja surge como um sentimento negativo, de mesquinharia humana, causada pela queda ao pecado, desde nossos primeiros pais, Adão e Eva. Geralmente, a inveja surge da tentativa de compensar o fracasso em relação a outras pessoas. O invejoso não aceita o sucesso de outrem.

II. JOSÉ É HUMILHADO E EXALTADO NO EGITO 1. José é vendido na feira de escravos, no Egito (Gn 39.1).

Longe da casa do pai, José amargava a separação. Não entendia porque tanto ódio da parte de seus irmãos. Passava pela feira de escravos um oficial da corte real de Faraó, por nome Potifar e, ao ver o jovem escravo, percebeu que o mesmo tinha características diferentes e superiores aos demais. Comprou-o dos ismaelitas e o levou para servir em

sua casa.

2. José prospera na casa de Potifar (Gn 39.1-6). José alcançou graça diante de seu amo Potifar e foi designado para ser mordomo da sua casa. Todos os negócios foram geridos por José, e a casa de Potifar prosperou grandemente. DEUS estava com José em tudo o

que fazia.

3. José foi tentado pela mulher de Potifar (Gn 39.6-12).

É difícil, às vezes, entender os desígnios de DEUS, mas a verdade deste incidente, na experiência de José, estava no fato de que ele deveria ser provado, a fim de estar apto para um propósito maior. Segundo a Bíblia, além das qualidades morais e espirituais, José "era formoso de parecer e formoso à vista" (Gn 39.6). Fisicamente, ele era bonito e desejável para os prazeres da carne. A mulher de Potifar colocou os olhos em José e tramou situações pelas quais pudesse atrair o jovem mordomo. Mas ele recusou os ímpetos insistentes daquela mulher, declarando a ela, que não poderia trair a confiança de seu senhor __ (Gn 39.8). Não podendo convencê-lo com palavras e atitudes sensuais, aquela mulher o pegou pelo vestido, com força, mas ele escapou assim mesmo, deixando suas vestes rasgadas nas mãos dela (Gn 39.12). A mulher de Potifar se fez de vítima e lançou sobre José a acusação de tentativa de sedução (Gn 39.14-18). Ouvindo

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Potifar a acusação mentirosa de sua mulher contra José, mandou-o para o cárcere dos presos do rei.

4. José é abençoado por DEUS dentro da prisão (Gn 39.21-23; 40.6-8).

DEUS foi benigno com José, isto é, em todo o tempo da sua humilhação, a presença benévola e complacente do Senhor esteve com ele. Esse é o modo de DEUS tratar com aqueles que sofrem e padecem aflições (Rm 2.4; Sl 36.7; 119.76). Naquela prisão, a benignidade do Senhor sustentou e guardou José (Pv 20.28). A graça divina quebrantou o coração do carcereiro-mor e o fez ver as qualidades morais e intelectuais de José. Dentro daquela prisão, José encontrou dois chefes da cozinha da casa real: o chefe dos copeiros e o dos padeiros da casa de Faraó. Ambos sonharam, e como os egípcios Naquela prisão, a benignidade do Senhor sustentou e guardou José (Pv 20.28). A graça divina quebrantou o coração do carcereiro-mor e o fez ver as qualidades morais e intelectuais de José. Dentro daquela prisão, José encontrou dois chefes da cozinha da casa real: o chefe dos copeiros e o dos padeiros da casa de Faraó. Ambos sonharam, e como os egípcios criam que os sonhos representavam presságios bons ou ruins, contaram a José os seus sonhos. José tinha a graça de DEUS, para interpretar sonhos. Isto acontecia, desde quando estava na casa de seu pai Jacó. Sem entrar nos detalhes, vemos que José revelou o stgrrtficaôos dos· sonhos aos dois, e pediu ao copeiro que se lembrasse dele perante Faraó, uma vez que ele era apenas uma vítima, e não culpado de qualquer ato indigno (Gn 40.14,15).

III. JOSÉ É LEVADO À PRESENÇA DE FARAÓ 1. José é lembrado perante Faraó (Gn 41.1-8).

Faraó teve dois sonhos seguidos que o deixaram perturbado, pois não entendia o significado dos mesmos. É aqui que DEUS entra em ação, mais uma vez, para cumprir sua palavra, anteriormente, revelada a José, ainda na casa de seu pai. O tempo do cumprimento dos sonhos de José chegava no momento certo (Gn 37 .5-7). O copeiro-mor estava servindo a Faraó, cerca de dois anos depois que saíra da prisão, quando viu o rei perturbado. O Senhor o fez lembrar-se de José e ele falou a Faraó sobre o que acontecera e como se cumprira a interpretação de José. Faraó já havia convocado todos os astrólogos e adivinhos do palácio, mas nenhum pudera interpretar os seus sonhos (Gn 41.8). O rei ficou pasmado com a exatidão do cumprimento dos sonhos do copeiro e do padeiro e, por isso, ordenou que lhe trouxessem José a sua presença. 2. José é conduzido ao Faraó (Gn 41.9-15)

No tempo próprio, DEUS fez o copeiro-mor lembrar-se de José, o qual contou ao rei a experiência que tivera, quando esteve preso com o jovem hebreu. O rei ficou impressionado com a narrativa. Estava revoltado com os magos e ocultistas do palácio,.que não puderam interpretar os seus,sonhos. Na presença de Faraó, José, com humildade, declara que a interpretação dos sonhos do rei viria de DEUS, o seu Senhor (Gn 41.16). O plano divino na vida de José começava a cumprir-se, literalmente.

3. José interpreta os sonhos de Faraó (Gn 41.16-32).

O rei contou os sonhos e o ESPÍRITO de DEUS abriu o entendimento de José para dar a interpretação. José interpretou os sonhos, afirmando que os dois se resumiam num só, pois dentro de pouco tempo o Egito passaria por uma grande escassez de alimentos e, para evitar esta crise, era necessário que o rei se prouvesse de mantimentos. O rei ficou

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estupefato por tanta inteligência e visão administrativa do jovem hebreu. A verdade é que DEUS estava por detrás de tudo. José achou graça diante de Faraó (At 7.10). Esta graça tinha a operação de DEUS, pois é Ele quem dirige os destinos da nos é Ele quem dirige os destinos da nossa vida, quando fazemos a sua vontade. Ao ouvir a palavra de José, em encontrar um homem que tivesse o espírito de DEUS para governar toda aquela proposta, buscou entre seus espírito de DEUS para governar toda aquela proposta, buscou entre seus homens, mas a ninguém encontrou. Estava diante dele um estrangeiro recém-saído da prisão (Gn 41.12-39).

4. José é nomeado governador do Egito (Gn 41.33-57).

Indiscutivelmente o ESPÍRITO de DEUS estava com José - Ao tornar-se governador do Egito tomou-se, também, a segunda pessoa mais importante do reino de Faraó. O rei viu em José muito mais que um mero visionário. O rei viu nele alguém altamente capaz de realizar um grande trabalho em favor do Egito. Às vezes, na vida cotidiana da igreja, os que possuem algum dom espiritual de profecia ou revelação não sabem separar as coisas espirituais das racionais. Espiritualizam demasiadamente os fatos da vida eclesiástica e agem como se fossem anjos. José não perdeu os seus dons espirituais, e soube administrar a sua vida espiritual de modo a ser uma bênção nas responsabilidades materiais.

CONCLUSÃO

A história de José é longa e contêm muitas lições, mas destacaremos apenas alguns pontos, os quais se constituem ricos e preciosos ensinos para a nossa vida cotidiana; -No primeiro tópico da lição. -No primeiro tópico da lição aprendemos sobre o perigo da discriminação que alguns pais fazem com seus filhos. Isto gera ciúmes, invejas e rancores entre os demais irmãos. Por causa da discriminação, José quase foi assassinado por seus irmãos. Não aconteceu, porque DEUS tinha um plano determinado com todos eles, especialmente, José. Mesmo assim, foi vendido como escravo, mas DEUS esteve com ele o tempo todo.

O esquecimento do copeiro parece ter sido de propósito, na presciência divina, pois, no tempo certo, ele lembrou-se de José. Devemos aprender a esperar em DEUS. Ele não se atrasa, nem se adianta.

ENSINAMENTOS PRÁTICOS

1. DEUS, antecipadamente, preparou o espírito de José para a grande luta que enfrentaria, quando fosse provado, ao revelar-lhe, através de sonhos, o seu futuro. Por isso, mesmo vendido pelos irmãos e condenado à prisão por Potifar,. jamais retrocedeu. Desta forma, teve o seu nome registrado na Bíblia, e nas páginas da história humana. 2. A humildade é tudo na vida do cristão. Se permanecermos humildes e confiantes no Senhor, mesmo injustiçados, conforme aconteceu com José, no tempo certo, DEUS nos dará a vitória. Portanto, não nos desesperemos, mas esperemos com paciência o momento de sermos exaltados pelo Todo-poderoso.

3. A provação vem-nos na medida certa: nem mais nem menos. Apesar de aparentemente dura, José suportou com resignação a prova estabelecida por DEUS para sua vida, e alcançou a vitória.Em compensação, tornou-se o segundo homem do Egito e salvou a humanidade da fome que assolou o mundo em seus dias.

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Revista CPAD - Lições Bíblicas - 1995 - 4º Trimestre - Genesis, O Princípio de Todas as Coisas - Comentarista pastor Elienai Cabral

Estudo no livro de Genesis - Antônio Neves de Mesquita - Editora: JUERP O Sonho de José - 37:5-11

A cumplicidade de Jacó e a inexperiência de José foram, na providência de DEUS, os meios para levar José ao Egito, a fim de preparar o lugar para a ida da família. Quão insondáveis são os caminhos do Senhor! José tinha agora 17 anos, idade suficiente para se conduzir com prudência diante de seus irmãos, mas parece que era simples de coração e sem malícia. O sonho, depois de relatado, não deixou dúvida nos irmãos quanto às inocentes pretensões do rapaz. Foi assim que lhe perguntaram: "Tu, pois, deverás reinar sobre nós?" O sonho seguinte foi ainda mais impressivo, porque colocava pai e mãe debaixo de sua autoridade. Por isso Jacó o repreendeu. Mas a insensatez de José foi ao ponto de revelar ainda este sonho a seus irmãos.

A Viagem Funesta de José - 12-29

Jacó está morando em Manre ou Hebrom (verso 14) porém as exigências de pastagem para o gado demandavam a retirada dos pastores para lugares distantes. Como já sabemos, toda a riqueza de Jacó consistia em formidáveis rebanhos de animais, e não era fácil achar pastagem para tanto gado dentro dos limites de uma aldeia. Os pastores iam de lugar em lugar, fazendo um circuito de algumas léguas, até que voltavam ao lugar de partida, dando tempo para que o pasto crescesse.

Outras vezes, tomavam na ida uma direção e na volta outra, indo e voltando por lugares diferentes. Só depois de meses é que voltavam a casa. Os moradores eram poucos, em comparação, e havia muito espaço para pastagem. Mais tarde, tornou-se esta maneira de vida mais difícil, com o povoamento da terra, deixando apenas as montanhas e os lugares imprestáveis para a agricultura. Numa destas viagens, os filhos de Jacó demoraram mais do que era esperado, e ele ficou apreensivo e mandou José saber como iam.

José era como Jacó seu pai, de natureza caseira. Ficou em casa fazendo companhia ao velho.

Os pastores tinham já viajado algumas léguas e não estavam mais no vale de Hebrom, mas estavam em Siquém, talvez a oito ou nove léguas de Hebrom. Foi neste lugar que se deu o triste caso entre os siquenitas e os filhos mais velhos de Jacó. É estranho que tivessem vindo para este lugar. Possivelmente, tudo tinha mudado entrementes e não havia mais perigo de uma represália. Mesmo DEUS fez cair tal temor diante do povo da terra para com Jacó, que ele e sua família ficaram acobertados por esse respeito invisível. Andando de lugar em lugar, perguntou José a um homem onde estavam seus irmãos. Este lhe respondeu que em Dotã, lugar mais tarde célebre com Eliseu. Apenas o moço foi visto pelos irmãos, planejaram o modo por que se veriam livres dele, visto estarem longe de casa e ser fácil encobrir o crime. Havia muitas cisternas ou poços por toda parte, para coletar as águas pluviais, a fim de abeberar os rebanhos no tempo da seca. O primeiro ímpeto foi matá-lo e esconder o corpo numa destas cisternas. Assim,

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não só ficava escondido, mas no caso de ser descoberto, havia possibilidade de se dizer que tinha caído nela e tinha morrido de fome. Rúben, o que tinha pecado contra o próprio pai, deitando-se com sua concubina, deu conselho que, em lugar de matá-lo, o botassem dentro da cisterna vivo, talvez para que logo fosse possível retirá-lo e restituí-lo ao seu pai. Esta é uma nota agradável do caráter de um homem que aparece na história bíblica com um feito tão triste. Rúben era, talvez, um desses homens de bom coração, mas de paixões indomáveis, incapaz de dominar-se na hora do perigo. Este conselho foi aceito e logo que José se abeirou deles, nada faltava para que fosse eliminado o sonhador e acabados os seus sonhos. Pobre do homem que se levanta para destruir os planos de DEUS. Eles, porém, ignoravam a origem daqueles sonhos. Tiraram-lhe a túnica e lançaram-no na cisterna. Entre estas cisternas, havia algumas que não sustinham a água e talvez esta fosse uma delas. Feito isto, sentaram-se para comer pão ou, como nós diríamos, para almoçar ou jantar.

Passado algum tempo, não sabemos quanto, viram que se aproximava uma caravana de mercadores, que descia ao Egito para vender as especiarias de que o Oriente era tão rico. Gileade era célebre nestas especiarias. Judá alvitrou que em lugar de matar o rapaz o vendessem a esses ismaelitas. Havia duas vantagens neste conselho: a de evitar a morte de uma pessoa e a do lucro da venda. Todos concordaram e, chamando os mercadores, venderam José por vinte siclos de prata, o preço de um escravo. Rúben não estava presente quando esta transação foi feita. Teria ido juntar algumas cabeças de gado que se estavam tresmalhando. Quando voltou e não encontrou o irmão, ficou desolado. Não se diz que ele foi notificado da transação, e sim que após sua volta tingiram a túnica com o sangue de um animal, para enganar o pobre pai. Entretanto, este negócio não teria ficado encoberto a Rúben, mas nada ele poderia fazer, em benefício do irmão. Tinha o consolo de que pelo menos estava vivo, e, talvez, de uma ou de outra forma, mais tarde, se pudesse libertar. Nos versos 25 e 28, estes mercadores aparecem com dois nomes diferentes, como se fossem duas diferentes caravanas. A explicação é fácil. Tanto ismaelitas quanto midianitas, todos descendiam de Abraão. Os ismaelitas eram filhos de Ismael. Os midianitas descendiam do quarto filho de Abraão e da concubina Quetura. Ambos estes povos ocupavam mais ou menos o mesmo território, e mais tarde os midianitas eram todos os que moravam em Midiã, quer descendessem de Quetura, quer de Ismael.

A Mensagem a Jacó - 31-36

Estes versos terminam a triste história do pecado daqueles homens desumanos e sua desfaçatez em trazer uma mensagem mentirosa ao aflito Jacó. Um pecado chama outro pecado. Vendido José, era preciso inventar uma mentira, para encobrir o pecado. Não foi difícil. A túnica estava tinta de sangue. Por que não crer que um animal feroz o tinha devorado? Havia tantos naqueles lugares! Não podemos ler este trecho sem sentir viva simpatia por aquele coração quebrantado, Jacó. Rasgou seus vestidos e cobriu-se de saco, em sinal de profundo desgosto, recusando até ser consolado. Por todo o resto de sua vida ia Jacó lamentar a perda do seu amado filho. Vieram seus filhos e filhas (Diná e as noras, mulheres de seus filhos), mas não o puderam consolar. Que consolo hipócrita teriam aqueles homens sem coração para dar? Parece até que tão frio era este consolo

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que Jacó chegou a desconfiar. Anos depois acusou os filhos de o terem desfilhado (43:39). Em sua agonia, declarou que desceria à sepultura sem consolação.

A palavra sepultura é traduzida na versão Brasileira por "Sheol", que é a palavra hebraica. Sobre o significado deste termo, na terminologia hebraica, há uma imensidade de literatura que vale a pena ser consultada. Há, em geral, duas opiniões. Primeira, que o termo descreve o estado dos mortos depois desta vida. Segunda, que descreve o lugar destes mortos. No N.T. a palavra correspondente é "Hades", que se aplica tanto ao lugar dos salvos quanto ao dos perdidos. Os judeus usaram este termo indistintamente, para descrever o lugar dos mortos sem se preocuparem com a condição destes mortos. No N .T. prevalece o mesmo sentimento. Sheol ou Hades é o lugar para onde vão os mortos, tanto salvos como perdidos. Os teólogos têm-se encarregado de investigar se estes termos descrevem um lugar ou um estado. Entretanto, não parece ser fácil uma solução aceitável para todos. se os termos designam o estado das almas depois desta vida é impossível verificar, porque, onde quer que ocorram, não há a menor explicação. (Ver I Sm. 28:19; II Sm. 12:23 e conf. Lc. 23:42, 43; II Cor. 5:6-8; 12:2-4; Ap. 6:8; 20:14.). Estas últimas citações referem-se ao Paraíso e, comparadas com as outras, verifica-se que o Paraíso e o Céu são uma e a mesma coisa. Somando-se todos os resultados desta investigação, a conclusão natural é que Sheol e Hades são o estado e não o lugar das almas depois de desencarnadas. Todas as almas vão para a eternidade, isto é, para o Sheol ou Hades. Quanto aos lugares de gozo ou sofrimento, não é uma questão que estes termos tenham de resolver. As palavras de Jacó são que morreria, iria para a eternidade, sem ser consolado. O último verso dá-nos a notícia de que José foi vendido a Potifar, capitão da guarda de Faraó, no Egito, onde o encontraremos no capítulo 39.

Separação de Judá - Um Capítulo de Sua História - cap. 38

A história de José aqui é interrompida, para se introduzir a história do irmão de cujo clã sairia o Leão da Tribo de Judá; este torna-se, na história futura, a principal figura. É difícil determinar quando se deram estes acontecimentos. Mas parece ter sido pouco depois da vinda de Padã-Arã. Este capítulo foi aqui introduzido fora da conexão cronológica e histórica. É um dos capítulos mais tristes de toda a história bíblica, e uma nódoa na vida de Judá. Devia agora o terceiro filho de Judá cumprir a lei de manter a linhagem de seu irmão, mas este era ainda novo e Judá pediu a Tamar, a viúva, que esperasse. Os versos 27-30 dão-nos o nascimento dos dois filhos de Tamar e Judá. Um deles era Farez ou Perez, de quem descendeu Davi, e por fim nosso Senhor. Deste e de Zera, seu irmão, descendeu a tribo. Só a certeza de que DEUS age por sua imensa sabedoria nos consola diante do fato de JESUS CRISTO, segundo a carne, vir de uma família originada de um ato de incesto e adultério. "E Judá gerou Perez e Zera de Tamar e Perez gerou Esrom... " (Mat. 1:3). Por que assim o fez o nosso DEUS? Alguém pensa que foi para não dar lugar a que a pessoa escolhida para trazer ao mundo o Filho encarnado de DEUS fosse adorada, visto proceder de uma família com a mais triste origem. Se este foi o propósito divino, não se sabe. Sabemos, no entanto, que foi assim, que aprouve ao Todo-Poderoso. Com Davi, anos depois, começou a linha direta até JESUS; e que homem aparece na Bíblia com nódoa mais feia que ele? A Escritura que

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diz: DEUS mandou o seu filho em semelhança de pecado na carne é real e literal diante deste fato, narrado no capítulo 38 do primeiro livro da Bíblia.

JOSÉ NO EGITO E A PROVIDÊNCIA DE DEUS COM ELE (Caps. 39-46) O capítulo 38 interrompeu a história de José por um momento. Encontramo-lo agora, de novo, em casa de Potifar, a quem tinha sido vendido como escravo. Estes capítulos (39-46) podem ser classificados como a história da Providência na vida de um homem. Os que não compreendem o porquê de muitas coisas, em suas vidas e os que não crêem que todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a DEUS devem ler esta história.

Não somente é inspiradora mas é consoladora também. Quem poderia ver no ato iníquo e desumano dos irmãos de José o dedo da Providência? Quão insondáveis são os caminhos do Senhor!

Tinha de preparar seu povo para os grandes deveres da vida nacional na terra prometida, e não havia na terra nação onde melhor este povo pudesse ser educado. O Egito era, naquele tempo, o centro da civilização e das artes, e nenhum povo ficaria mais apto para estes grandes privilégios do que aquele que mantivesse com os egípcios longos anos de contato. José foi o escolhido para preparar o caminho. Para executar o plano, ele, certamente, teve de sofrer provações, que alguém chamaria de calamidades, mas o DEUS que prova nunca deixa de dar o conforto e a graça precisos para o triunfo. Potifar conheceu em José um personagem de dotes e qualidades raros, doutra maneira não o poria à frente dos negócios de sua casa. José prosperou e a casa de seu senhor também, a ponto de este reconhecer que Jeová estava com ele (José). Não esqueceu José sua religião, nem a ocultou, como muitos de nós fazemos. Jeová tornou-se conhecido àquele incrédulo e este foi o primeiro resultado da ida de José para o Egito. Tal foi a prosperidade e a confiança por ele conquistadas, que toda a casa foi posta em suas mãos. Acompanhado da graça de DEUS em sua vida, tinha ainda a vantagem de ser "formoso de parecer, e formoso à vista". Esta qualidade é rara, sobretudo quando se ajunta com esta outra, a honestidade. Todo este conjunto fez do herói o homem de DEUS para uma grande obra. Todos nós podemos saber quando DEUS está realizando sua obra por nosso intermédio. Infelizmente, as condições mudaram e José, o servo de DEUS, viu-se de repente a braços com um problema sério.

A Tentação de José - 39:7-1 8.

Não sabemos quantos anos de paz e prosperidade José gozou na casa de seu senhor. Sabemos que tinha 17 anos quando foi vendido, e pelo menos 5 anos tinha passado no Egito, pois que realizações tão grandes como as que se deram com ele naturalmente tomaram tempo. DEUS nunca age milagrosamente, quando os meios naturais, são possíveis. Imaginemos que ele tenha agora 23 anos. É jovem, belo, cuidadoso e de grande influência em toda a casa de seu amo. A mulher de seu senhor pôs nele os olhos e cobiçou-o. Corajosamente, repudia a oferta e declara que cometer tal crime seria não só um pecado, mas abuso de confiança. Longe estava ele de pensar nos perigos decorrentes de se recusar às fascinantes e insidiosas palavras da mulher de Potifar. O "amor não correspondido gera o ódio", e foi o que aconteceu. Munida com o próprio

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vestido de José, prova tremenda do seu suposto crime, ela o denuncia a seu esposo, como um sedutor. José não se pode defender da acusação. Estrangeiro na terra, ele teria perecido nesta situação difícil, se DEUS não fora com ele. Todo jovem deve ler esta passagem e, inspirar-se na recompensa de DEUS para com os que lhe ficam fiéis. José preferiu arrostar (Olhar de frente; encarar sem medo)com todas as consequências e ficar com a consciência limpa, a gozar uma vida fácil, com todos os favores.

José na Prisão - 39:19-23

O crime suposto de José merecia a morte, mas, ou porque Potifar amasse o rapaz, ou porque mantivesse alguma dúvida sobre a veracidade da acusação, em lugar de matá-lo, mandou-o para a prisão. Não era a prisão comum, mas aquela para onde iam somente os prisioneiros da casa real. Entretanto, não se julgue que fosse um lugar delicioso. A prisão ficava mesmo na casa de Potifar, num subterrâneo, possivelmente, como indica o texto hebraico. Neste lugar, Jeová não abandonou o fiel jovem, que pôde resistir contra o pecado até o sangue (Hb. 12:4). DEUS deu-lhe graça diante do próprio carcereiro, como tinha dado perante Potifar. Aquele o pôs como seu ajudante, e tudo que fazia estava benfeito. Em toda parte Jeová estava com José e em todas as contingências lhe dava graça para achar favor diante dos que tinha de servir. Este incidente na vida de José não teve, diante do seu próprio senhor, tanta gravidade como geralmente se supõe, pela razão acima mencionada, de que Potifar talvez não acreditasse na denúncia da esposa. Quando o copeiro e o padeiro de Faraó pecaram e foram parar na mesma prisão, o carcereiro entregou-os, com pleno conhecimento de Potifar, aos cuidados de José (40:4). É, pois, claro que o que se tinha passado com sua mulher não tinha trazido demérito à confiança de que José gozava.

O fato é que Potifar não podia deixar de punir uma denúncia contra um homem que tinha sido apontado diante de todos os demais servos da casa como perturbador da honra doméstica. Mas é difícil derrubar um homem que anda com DEUS e que nele deposita sua confiança. É bem certa a palavra de Salomão, quando diz: "Há um homem que perece por causa da sua justiça, e um perverso que prolonga sua vida fazendo mal" (Ec. 7:15).

O Copeiro e o Padeiro de Faraó na Prisão com José - cap. 40

Embora na prisão, José teve sua sorte amenizada pelos contínuos favores de que gozava ali mesmo. Chefe de todos os prisioneiros, com a estima do carcereiro e a aprovação de Potifar, ia dia a dia mostrando que seu coração era reto e puro, e DEUS tomava a si o encargo de o tornar cada dia mais aceitável a todos. Os dois eunucos de Faraó, o padeiro e o copeiro, foram parar na prisão também, na prisão real, que, como ficou dito, era na mesma casa de Potifar, sendo este o capitão da guarda.

Os eunucos nas cortes orientais ocupam importantes papéis, sobretudo nos haréns dos monarcas. Às vezes, desempenham funções de alta responsabilidade, e, não raro, são as pessoas de mais confiança do rei. O próprio Vaticano ainda conserva alguns destes eunucos, que são usados na música da Capela Sixtina. São, aliás, os únicos encontrados num país cristão. Contra tal mutilação em vida se levanta a própria Bíblia (Dt. 23:1; Lev. 21:20), classificando-a de ímpia e desumana.

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Não sabemos o que estes servos de Faraó fizeram para irem para a cadeia, mas sabemos que a mais insignificante falta era punida com o maior rigor. Talvez mesmo trivialidades ou, quem sabe, falta de fidelidade. Esta gente de ordinário era intrigante, mexeriqueira, disputada e pronta para qualquer obra menos escrupulosa. Na prisão, teve cada um seu sonho. Muito mais que hoje, os sonhos, naquele tempo, tinham grande significação, e toda sorte de interpretações se procurava para explicar os sonhos. Isto era verdade, tanto entre os povos pagãos quanto entre os hebreus, sendo que estes tinham seus profetas, que eram os oráculos divinos.

Os sonhos eram de tal caráter que os dois prisioneiros ficaram aterrados. José veio a eles e perguntou-lhes por que estavam assim tristes. Responderam que não havia intérprete para seus sonhos. José afirma que as interpretações pertencem a DEUS. imediatamente, lhe contaram os sonhos, e ele os interpretou. José tinha tido os seus sonhos e não sabemos se tivera ou não a chave dos significados; todavia, agora o vemos com o discernimento da interpretação. Ou ele possuía o dom de interpretação, ou DEUS lhe deu essa graça na ocasião, o fato é que revelou o que cada sonho significava. Parece que esta revelação foi-lhe dada na ocasião.

No terceiro dia, os sonhos se cumpriram. No aniversário do rei, este restaurou o copeiro-mor e enforcou o padeiro. O costume de fazer festa de aniversário é bem antigo. O copeiro não mencionou o bom amigo da prisão, ou por esquecimento ou por conveniência, mas DEUS conservava a lembrança para uma ocasião mais oportuna. Aqueles dias deviam ser, para José, de apreensão e dúvidas, mas o bom DEUS lhe deu graça para esperar a sua hora. Talvez depois de dois anos tenha chegado a ocasião de o copeiro-mor se lembrar de José e em circunstâncias muito mais favoráveis para ele. É coisa difícil esperar, mas é melhor esperar, que agir antes do tempo. Os Sonhos de Faraó - 41:1-13

Chegou a vez de José entrar em cena. Faraó teve dois terríveis sonhos, que muito o perturbaram e que ninguém podia interpretar. Os sonhos de Faraó nos são bem familiares e dispensam menção aqui. Entretanto, duas palavras sobre sua importância não farão mal. O Egito seria um eterno deserto, se não fora o Nilo que lhe empresta sua fertilidade. Somente ao longo do rio ou até onde suas águas podem chegar há possibilidade de agricultura. Para isto, os antigos Faraós empregaram milhares de homens na construção de canais, a fim de levarem as águas do Nilo às partes mais distantes do deserto. As mais célebres obras da engenharia antiga tiveram sua origem no Egito. O Nilo é como o Amazonas, que cresce cada seis meses e baixa nos outros seis. Durante o período de enchente, a terra é inundada e na vazante deixa o limo que as águas trazem das partes altas.

Nisto consistia a grande fertilidade do Egito. O sonho de Faraó incluía espigas e vacas. Isto devia ter despertado o seu espírito supersticioso, uma vez que os sonhos se relacionavam com a vida do país. Os animais eram sagrados, sendo o boi divindade muito adorada. Não somente isto, mas o fato de que as 7 espigas e as 7 vacas devoravam umas as outras era singular. Todas estas coisas contribuíram para tornar o sonho mais terrível.

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Foram chamados todos os sábios, do que o Egito era fértil, mas nenhum deu volta aos sonhos. Estabeleceu-se o alarma no palácio. Nesta altura, o copeiro lembrou-se do prisioneiro que tinha interpretado seu sonho, e falou ao rei sobre ele. Incontinente foi chamado o jovem hebreu à presença do rei. Para quê? perguntaria José. "Para aumentar minha aflição ou para libertar-me?" Neste caso, só uma grande confiança em DEUS poderia dar um sopro de alívio.

José na Presença do Rei - 41:14-46

José apressadamente barbeou-se, mudou de roupa e foi à presença do rei. O costume de fazer a barba não é hebraico, mas egípcio. Os orientais aparecem nos monumentos de barbas compridas, enquanto que os egípcios são representados de barba rapada. Estes detalhes históricos são uma evidência irrefragável da historicidade da narrativa. O rei informou José acerca dos sonhos e disse-lhe que nenhum dos sábios da terra os poderia interpretar. Respondeu José que a faculdade de interpretá-los não reside nos homens, mas em DEUS. Jeová foi pela primeira vez anunciado diante de Faraó. Havia um DEUS fora do panteão egípcio, que reservava para si o poder de fazer o que nenhum outro deus podia. Como obteve absoluta certeza de que DEUS ia revelar-lhe o segredo dos sonhos não nos é dito, mas podemos supor que José estivesse investido das funções de profeta, e disto tivesse certeza, tanto porque tinha já revelado o sonho dos outros, quanto ainda porque durante este tempo DEUS lhe teria dado outras demonstrações nesse sentido. A confiança com que fala, não deixa dúvida sobre sua consciência de profeta. Os sonhos vieram de DEUS e só Ele podia dar a interpretação. Estes sonhos eram mais que sonhos, em sentido vulgar, eram verdadeiras revelações. DEUS revelou o futuro a Faraó, mas reservou para seu servo a interpretação do que revelara.

Nos versos 25-36, José não só interpreta os sonhos, mas sugere a solução do problema. Em dois sentidos, o escravo hebreu se mostra como um personagem além do vulgar. Ele, seu pai Jacó, seus irmãos, a família eleita, enfim, estavam movendo o mundo em seu benefício. Para que foi levado ao Egito? Ele mesmo o disse mais tarde, que para a salvação da família tinha sido vendido para o Egito. Não somente a família de Jacó tinha de passar por estes transes, mas o Egito tinha de ser tocado. Esta, neste tempo, era a nação culta do mundo, o centro das artes e das letras, e ali, melhor que em qualquer outra parte, podia a nova raça ser treinada para os grandes misteres da redenção. Depois que José interpretou os sonhos, deu instruções como preservar o povo da morte pela fome durante os anos da seca, e com tal certeza explanou o assunto, que não deixou a menor dúvida, nem em Faraó nem em seus príncipes. Onde ir buscar um homem melhor do que ele para tomar conta da árdua tarefa de aproveitar os anos de fartura para os anos da fome?

José É Escolhido para Príncipe sobre a Terra do Egito - vv. 37-57

Não teríamos a presunção de supor que sem DEUS esta maravilhosa transformação se tivesse operado. Por mais sábio que José se tivesse mostrado, não seria mais que um sábio célebre entre muitos outros sábios, mas DEUS teve oportunidade de mudar o coração do rei e seus príncipes, e todos a uma concordaram que José era o melhor homem para tomar conta da situação. A corte estava reunida para ouvir o que o

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prisioneiro tinha a dizer, e a maneira como se houve revelou duas coisas: era mais sábio que os outros sábios, e seu DEUS era mais poderoso do que os outros deuses do Egito. Esta foi a hora de DEUS para fazer José o único capaz aos olhos de seus príncipes para a grande obra de preservação. Alguns críticos querem rejeitar esta história, por acharem- na milagrosa, mas não há nada de milagres aqui. O que temos é um fenômeno entre milhares de outros que DEUS opera por sua divina providência no governo do mundo. Quem nega a Providência tem de aceitar o acaso cego e inconsciente, que deixa o mundo e os homens entregues aos seus caprichos. A mão misteriosa da Providência na vida dos homens e das nações é mais consoladora do que o acaso, o fatalismo ou qualquer outra ideia pessimista e irreverente.

Nomeado príncipe sobre toda a terra do Egito, Faraó pôs-lhe no dedo o anel, símbolo de autoridade real, o vestido de linho branco sinal de dignidade, e pôs- lhe um colar de ouro no pescoço; depois, passando triunfalmente na segunda carruagem real, com os arautos na frente, proclamando sua grandeza e dignidade, estava indigitado a todas as honrarias principescas da terra do Egito. À sua passagem, todos tinham de se ajoelhar, em sinal de obediência e mesmo de reverência, porque o rei era pessoa sagrada no Egito. Como se um morto saísse dá sepultura, assim José saiu da masmorra para ser elevado às culminância da honra e dignidade. Mardoqueu foi elevado ao poder em circunstâncias diferentes, mas quase pelos mesmos transes providenciais. Para assegurar a obediência popular e garantir o sucesso do ex-escravo e prisioneiro, o rei casou José com a filha do sacerdote de Om, um dos mais reverenciados deuses do Egito, de modo a fazê-lo uma pessoa da terra e sagrada.

Há muitas possibilidades de que o Faraó que reinava no Egito fosse de origem estrangeira, o que, em caso afirmativo, simplifica muito este estupendo transe na vida de José. Sabe-se que o Egito foi invadido por pastores vindos do Oriente, os quais deslocaram os monarcas nativos para o sul e se apossaram da terra e a governaram por mais de 600 anos. A cronologia egípcia é ainda difícil e confusa em muitos lugares, mas as melhores investigações e conclusões colocam esta invasão poucos anos antes de Jacó descer ao Egito com sua família. Outra coisa ainda não verificada com certeza é se esses pastores eram semitas ou não, mas tudo favorece a idéia de sua origem semítica, a julgar pelos traços de civilização que deixaram na terra do Egito. Este fato por si só reduz à metade a admiração que muitos críticos sentem, pelo fato de um monarca poderoso colocar à frente dos negócios de seu reino um escravo estrangeiro. O mesmo Faraó seria estrangeiro, e possivelmente semita, ou seja, da mesma raça de José. A expressão em Êx. 1:8, que se levantou um rei que não conhecia José, é tomada como indicação de que a dinastia dos hicsos ou reis pastores já tivesse sido expulsa, tendo a expulsão como primeiro reflexo a vingança sobre os estrangeiros.

Tal foi o rancor que estes usurpadores criaram no Egito, que, ao serem expulsos, tudo que desse sinais de seu governo foi raspado dos edifícios públicos. Após ser investido das honras reais, José pôs-se de viagem por toda a terra, fazendo preparativos e tomando as providências que o caso exigia. O sonho cumpriu-se à risca, e eis que sete anos de abundância foram sucedidos por outros sete, de fome. Durante os anos de abundância, José recolheu em armazéns, para os anos de fome, tudo que sobrava, e, como veremos mais tarde, o Egito tornou-se o celeiro do mundo. Alguns comentadores pensam que a

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fome veio corno consequência da não inundação do Nilo. Se isto é verdade, houve outras causas, porque por toda a Palestina houve fome. No Egito a falta de chuva não tinha realmente muita importância, uma vez que o Nilo inundasse as terras, o que não acontecia na Palestina e noutros lugares. Possivelmente, nem o Nilo subiu mais na época própria, nem choveu por alguns anos. Aliás, as secas periódicas no Oriente não nos admiram, porque são conhecidas de todos, e em Genesis mesmo notamos que Abraão e Isaque tiveram de emigrar por causa da fome causada pela seca. O nosso Nordeste oferece muitos pontos de contato com o Oriente, neste sentido. Os Irmãos de José Descem ao Egito. O Dia da Vingança - 42:1-4

Os efeitos da fome tinham-se feito sentir por toda aquela região, inclusive na Palestina, a terra de nossos heróis. Portanto, a seca não atingiu somente o Egito. Esgotados todos os recursos locais, correu a notícia de que no Egito havia trigo em abundância. O Egito foi por muitos séculos o celeiro do mundo, graças à sua fertilidade, causada pelas inundações periódicas do Nilo. Jacó soube dessa boa-nova, e perguntou aos filhos por que ficavam indecisos e não iam logo comprar trigo, antes que morressem de fome. A linguagem é bem significativa. Ir ao Egito, o lugar para onde nós vendemos nosso irmão? "Quem nos diz que ele não nos encontrará ali e nos reconhecerá?" A consciência é coisa temível! Com razão, relutavam em descer ao Egito. Finalmente, os filhos mais velhos resolveram ir, deixando em casa Benjamim, porque Jacó não consentiria que a última amostra do amor de sua Raquel se expusesse, desconfiando que o outro filho tivesse sido destruído pelos próprios irmãos mais velhos.

José Encontra Seus Irmãos e os Reconhece - vv. 5-20

O trigo estava depositado nas cidades do Egito, onde os nativos o podiam comprar, mas os estrangeiros tinham primeiro de falar com o governador, antes de fazer qualquer transação. Digamos que tinham de apresentar documentos comprobatórios de que não eram espiões. Os irmãos de José tinham fatalmente de encontrá-lo. Provavelmente, ele sabia que eles mesmos teriam de vir, e por isto estava de sobreaviso. A este tempo, José já sabia do desígnio da Providência em ter dirigido todos os negócios e ter consentido na sua venda para aquela terra. Assim, era-lhe muito fácil conhecer seus irmãos, porque os esperava, enquanto que a estes era difícil, porque mal sabiam se ainda viveria ou onde estaria, visto que como escravo deveria ter tido uma vida penosa e de pouca duração. Os pobres escravos usualmente morriam debaixo do azorrague do capataz. Ao mesmo tempo que assim raciocinavam, nada lhe podia assegurar que estavam livres de se encontrar com o irmão, e daí sua irresolução em descer ao Egito.

Quando estes homens violentos chegaram junto de José e se curvaram até à terra, lembrou-se dos sonhos, em que via todos os seus irmãos se curvarem diante dele. Reconheceu-os e falou-lhes asperamente, acusando-os de espias. Para se defenderem, tiveram de contar toda a sua história e de como, sendo todos filhos do mesmo pai, um dos irmãos tinha desaparecido. José descreu de todas as histórias e exigiu como prova de que não eram espias que o irmão mais moço viesse, e pôs a todos na prisão por 3 dias. Depois, lembrou-se de que seu pai e irmãos estariam passando fome, e soltou-os,

Referências

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