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O potencial da pilha 03/11/2020

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Academic year: 2021

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(1)

Zn2+- - Zn2+ Zn2+- - Zn2+ Zn2+- - Zn2+ Zn2+- - Zn2+ Zn2+Zn2+Zn2+ Cu Zn - + - + - +

• O potencial da pilha

Um sistema com fases em contato em que pelo menos um tipo de carga não pode penetrar todas as fases torna-se eletricamente carregado.

Exemplo: Cu/Zn o Cu fica carregado negativamente e o Zn positivamente.

Exemplo: Zn mergulhado em águaparte do zinco vai para a solução em forma de cátion, ficando os elétrons na barra

aparecimento de uma diferença de potencial.

Me Ssão os potenciais Galvani do metal e da solução. S M

  

Com a montagem de uma célula envolvendo dois eletrodos e cabos para conexão com o voltímetro, aparecem mais diferenças de potencial entre interfaces. A diferença de potencial global da célula pode ser racionalizada como a diferença entre dois potenciais de eletrodos, cada um sendo expresso como

onde Cjé uma constante que só depende da natureza do metal do eletrodo.

j j

j

C

(2)

O valor do potencial

Fluxo espontâneo de elétrons produção de trabalho elétrico Processo reversível a T e P constantes: dwe,max= dG

W elétrico está relacionado à diferença de potencial E entre os eletrodos E pode ser calculada de G e vice-versa, mas relação só é válida para reação ocorrendo reversivelmente. Medir E aplicando-se diferença de potencial contrária até haver

equilíbrio (reação não ocorre na prática): potencial da pilha a corrente nula. Nesta circunstância, um avanço infinitesimal da reação em qualquer sentido seria reversível.

O trabalho para transportar uma carga q entre dois pontos com diferença de potencial E é qE.

dG = Grd dwe= Grd (I) T P r

G

G

,





Reação genérica: M++ N M + N+

Consumo de 1 mol de M+e N  = 1 moln

e-transferidos =

mols.

 n

e-1  dne-= d d dn

e-Número de elétrons transferidos = (d)NA

Carga transferida = carga do enúmero de elétrons = –e(dNA) NAe = F Carga transferida = –Fd

dwe= –FEd Identificando com equação (I):

–FEd= Grd

(3)

Sentido da medida de diferença de potencial: Reação genérica: A++ B A + B+ G

Neste sentido da reação, assume-se que os elétrons saem do eletrodo de B para o eletrodo de A. Para o cálculo de Welet(= qE), considera-se a diferença de potencial medida do ponto de chegada da carga para o ponto de partidaE deve ser a diferença EcátodoEânodo, que na reação genérica seria E(A) – E(B).

Da termodinâmica de equilíbrio: G = Gº + RTlnQ -FE = Gº + RTlnQ Q F RT F G E o ln

     o o

E

F

G

= potencial de célula padrão (Q = 1, produtos e reagentes no estado padrão, com atividades unitárias)

Relação E × lnQ para reações com diferentes valores de ν:

lnx = 2,303×logx  Inclinação = -2,303/ν  Potencial de células onde são trocados mais elétrons varia menos com Q.

Q

F

RT

E

E

o

ln

Equação de Nernst: (III)

A 25ºC, RT/F = 25,7 mV Q F RT E E ln 1 ) / ( ) (

   

(4)

Aplicação: células de concentração no eletrólito M | M+(aq, b 1) || M+(aq, b2) | M Meias-reações: M(s) M+(aq, b 1) + e -M+(aq, b 2) + e-M(s) Reação: M+(aq, b 2) M+(aq, b1) ν = 1

Para o cálculo de Gº, usaríamos Gfº do produto (M+,bo) e G fº do reagente (M+,bo)  Gº = 0 Eº = 0 2 , 1 ,    M M a a Q 2 1 2 , 1 , ln ln b b F RT a a F RT E M M       Se b1< b2, E > 0

• Potenciais padrões

Define-se o potencial de um eletrodo como a diferença entre o potencial do eletrodo e o potencial nulo. Pelo mesmo raciocínio que levou à equação (I), é possível mostrar que

-νFEi= ΔGi

onde Eié o potencial do eletrodo i e ΔGia energia livre da meia-reação de redução associada. Se eletrodo é montado com atividades unitárias, -νFEio= ΔG

io

Para uma reação que seja a composição de duas meias-reações, ΔGº = ΔGiº - ΔGjº, onde j é a meia-reação que se realizará como oxidação. Introduzindo as relações com potenciais:

(5)

Para uma reação química “completa” (nº de e-na redução igual ao nº de e-na oxidação), combina-se as meias-reações com estequiometria que iguala νicom νj(que ficam iguais a ν para a reação completa). Neste caso,

-νFEº = -νFEiº + νFEjº

 (IV)

Para uma combinação de uma redução e uma oxidação que resulte em outra redução, os coeficientes ν não se anulam. Neste caso, ν = νi– νje (V)

o j j o i i o

E

E

E

o j o i o

E

E

E

De qualquer modo, não é possível medir valores de Eº ou ΔGº para eletrodos isolados.

Convenção: Eº do eletrodo de hidrogênio é zero em todas as temperaturas

Determinando o potencial de outra meia-célula:

Célula Pt | H2(g) | H+(aq) || Cl-(aq) | AgCl(s) | Ag potencial medido com atividades unitárias é 0,22 V a 25ºC

0,22 V = Eº(AgCl/Ag, Cl-) – Eº(H+/H

2) = Eº(AgCl/Ag, Cl-) – 0 Eº(AgCl/Ag, Cl-) = 0,22 V

(6)

Exemplo de uso dos potenciais padrões:

Pilha Ag(s) | Ag+(aq) || Cl-(aq) | AgCl(s) | Ag(s)

Reação: Ag(s) Ag+(aq) + e -AgCl(s) + e-Ag(s) + Cl-(aq)

AgCl(s) Ag+(aq) + Cl-(aq) Potenciais tabelados:

Eº(AgCl/Ag, Cl-) = 0,22 V e Eº(Ag+/Ag) = 0,80 V

Eº = 0,22 – 0,80 = -0,58 V

Pela equação (II), se Eº < 0, Gro> 0 reação não é espontânea a partir de reagentes e produtos no estado padrão.

 Influência da estequiometria no potencial padrão:

Para a meia-reação AgCl(s) + e-Ag(s) + Cl-(aq), Eº = -Gº/1F = 0,22 V.

Eq. de Nernst:

Para uma estequiometria duplicada, ν = 2, Gº’ = 2Gº e Novos valores de Eº e E:

o o o o E F G F G E          2 2 ' '

E a F RT E a F RT E EoCl  o ln Cl  2 2 ln 2 ' ' 2 2    Cl a Q

o Cl

a

F

RT

E

E

ln

(7)

Potencial de meia-célula é propriedade intensiva. Na

combinação de meias-células, ajuste estequiométrico não influencia potenciais de meia-célula para obtenção do Eº da célula

Exemplo: corrosão do ferro em meio ácido: Fe(s) + 2H+(aq) + ½O

2(g) Fe2+(aq) + H2O(l) Meias-reações de redução:

(a) Fe2+(aq) + 2e-Fe(s) Eº = -0,44 V (b) O2(g) + 4H+(aq) + 4e-2H

2O(l) Eº = 1,23 V

Reação completa é ½(b) – (a), mas Eº = 1,23 – (-0,44) = 1,67 V Eº > 0 corrosão é espontânea

(8)

• Células em equilíbrio

Reação eletroquímica em equilíbrio: ΔGr= 0, Q = K

Mas –FE = GrE = 0 Equação de Nernst: K F RT Eo ln 0

 

RT

FE

K

o

ln

 (IV)

Exemplo: Diferença de potencial fornecida pela pilha de Daniell com atividades unitárias (ou concentrações diluidas iguais para o Cu2+e o Zn2+) é 1,10 V 67 , 85 298 314 , 8 10 , 1 96485 2 ln      KK = 1,6×1037

Uso de potenciais padrões para cálculo de constantes de equilíbrio: Reação de desproporcionamento do cátion cobre:

2Cu+(aq) Cu(s) + Cu2+(aq) a 25ºC Meias-reações de redução:

(a) Cu+(aq) + e-Cu(s) Eº = 0,52 V (b) Cu2+(aq) + e-Cu+(aq) Eº = 0,15 V

Reação completa é (a) – (b) Eº = 0,52 – 0,15 = 0,37 V e = 1. 6 10 8 , 1 4 , 14 298 314 , 8 37 , 0 96485 1 ln         K K 2 2  

Cu Cu

a

a

Q

Cu+se desproporciona quase completamente em solução. Uma solução de Cu+não é estável.

(9)

 Influência das concentrações no potencial de meia-célula: Equação de Nernst é válida para o potencial de uma meia-célula, considerando-se Q para a meia-reação de redução.

Exemplo: calcular alteração de potencial em um eletrodo de Ag/AgCl com solução saturada em AgCl (atividade 1,310-5para os íons Cl-) quando se adiciona excesso de KCl(aq) 0,010 mol kg-1

Meia-reação: AgCl(s) + e-Ag(s) + Cl-(aq) Q = a

Cl- e = 1    o Cl a F RT E E ln Mudança no potencial:

1 , 2 , 1 , 2 , 1 , 2 , ) ( ) ln ln ln (           Cl Cl Cl Cl Cl Cl a a F RT a a F RT a E a E

Pela lei limite de Debye-Hückel aplicada ao par K+e Cl-na segunda situação, = 0,906 aCl-,2= 0,9060,010 = 0,00906  E = -25,69mV ln(0,00906/1,310-5) = -0,17 V

Exemplo: calcular alteração de potencial em um eletrodo de cloro quando a pressão do cloro aumenta de 1,0 atm para 2,0 atm.

Meia-reação: Cl2(g) + 2e-2Cl-(aq)= 2 mV 9 , 8 5 , 0 ln ) 69 , 25 ( 2 1 ln 2 / / ln 2 / ln / ln 2 ) / ( ln 2 2 1 2 1 2 2 1 2 2 2 2 2                            mV P P F RT a P P P P a F RT P P a P P a F RT E P f a F RT E E Cl o o Cl o Cl o Cl o Cl Cl o Assumir f Cl2≈ PCl2

(10)

Referências

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