Zn2+- - Zn2+ Zn2+- - Zn2+ Zn2+- - Zn2+ Zn2+- - Zn2+ Zn2+Zn2+Zn2+ Cu Zn - + - + - +
• O potencial da pilha
Um sistema com fases em contato em que pelo menos um tipo de carga não pode penetrar todas as fases torna-se eletricamente carregado.
Exemplo: Cu/Zn o Cu fica carregado negativamente e o Zn positivamente.
Exemplo: Zn mergulhado em águaparte do zinco vai para a solução em forma de cátion, ficando os elétrons na barra
aparecimento de uma diferença de potencial.
Me Ssão os potenciais Galvani do metal e da solução. S M
Com a montagem de uma célula envolvendo dois eletrodos e cabos para conexão com o voltímetro, aparecem mais diferenças de potencial entre interfaces. A diferença de potencial global da célula pode ser racionalizada como a diferença entre dois potenciais de eletrodos, cada um sendo expresso como
onde Cjé uma constante que só depende da natureza do metal do eletrodo.
j j
j
C
•
O valor do potencial
Fluxo espontâneo de elétrons produção de trabalho elétrico Processo reversível a T e P constantes: dwe,max= dG
W elétrico está relacionado à diferença de potencial E entre os eletrodos E pode ser calculada de G e vice-versa, mas relação só é válida para reação ocorrendo reversivelmente. Medir E aplicando-se diferença de potencial contrária até haver
equilíbrio (reação não ocorre na prática): potencial da pilha a corrente nula. Nesta circunstância, um avanço infinitesimal da reação em qualquer sentido seria reversível.
O trabalho para transportar uma carga q entre dois pontos com diferença de potencial E é qE.
dG = Grd dwe= Grd (I) T P r
G
G
,
Reação genérica: M++ N M + N+Consumo de 1 mol de M+e N = 1 moln
e-transferidos =
mols.
n
e-1 dne-= d d dn
e-Número de elétrons transferidos = (d)NA
Carga transferida = carga do enúmero de elétrons = –e(dNA) NAe = F Carga transferida = –Fd
dwe= –FEd Identificando com equação (I):
–FEd= Grd
Sentido da medida de diferença de potencial: Reação genérica: A++ B A + B+ G
Neste sentido da reação, assume-se que os elétrons saem do eletrodo de B para o eletrodo de A. Para o cálculo de Welet(= qE), considera-se a diferença de potencial medida do ponto de chegada da carga para o ponto de partidaE deve ser a diferença Ecátodo– Eânodo, que na reação genérica seria E(A) – E(B).
Da termodinâmica de equilíbrio: G = Gº + RTlnQ -FE = Gº + RTlnQ Q F RT F G E o ln
o oE
F
G
= potencial de célula padrão (Q = 1, produtos e reagentes no estado padrão, com atividades unitárias)Relação E × lnQ para reações com diferentes valores de ν:
lnx = 2,303×logx Inclinação = -2,303/ν Potencial de células onde são trocados mais elétrons varia menos com Q.
Q
F
RT
E
E
oln
Equação de Nernst: (III)
A 25ºC, RT/F = 25,7 mV Q F RT E E ln 1 ) / ( ) (
Aplicação: células de concentração no eletrólito M | M+(aq, b 1) || M+(aq, b2) | M Meias-reações: M(s) M+(aq, b 1) + e -M+(aq, b 2) + e-M(s) Reação: M+(aq, b 2) M+(aq, b1) ν = 1
Para o cálculo de Gº, usaríamos Gfº do produto (M+,bo) e G fº do reagente (M+,bo) Gº = 0 Eº = 0 2 , 1 , M M a a Q 2 1 2 , 1 , ln ln b b F RT a a F RT E M M Se b1< b2, E > 0
• Potenciais padrões
Define-se o potencial de um eletrodo como a diferença entre o potencial do eletrodo e o potencial nulo. Pelo mesmo raciocínio que levou à equação (I), é possível mostrar que
-νFEi= ΔGi
onde Eié o potencial do eletrodo i e ΔGia energia livre da meia-reação de redução associada. Se eletrodo é montado com atividades unitárias, -νFEio= ΔG
io
Para uma reação que seja a composição de duas meias-reações, ΔGº = ΔGiº - ΔGjº, onde j é a meia-reação que se realizará como oxidação. Introduzindo as relações com potenciais:
Para uma reação química “completa” (nº de e-na redução igual ao nº de e-na oxidação), combina-se as meias-reações com estequiometria que iguala νicom νj(que ficam iguais a ν para a reação completa). Neste caso,
-νFEº = -νFEiº + νFEjº
(IV)
Para uma combinação de uma redução e uma oxidação que resulte em outra redução, os coeficientes ν não se anulam. Neste caso, ν = νi– νje (V)
o j j o i i oE
E
E
o j o i oE
E
E
De qualquer modo, não é possível medir valores de Eº ou ΔGº para eletrodos isolados.
Convenção: Eº do eletrodo de hidrogênio é zero em todas as temperaturas
Determinando o potencial de outra meia-célula:
Célula Pt | H2(g) | H+(aq) || Cl-(aq) | AgCl(s) | Ag potencial medido com atividades unitárias é 0,22 V a 25ºC
0,22 V = Eº(AgCl/Ag, Cl-) – Eº(H+/H
2) = Eº(AgCl/Ag, Cl-) – 0 Eº(AgCl/Ag, Cl-) = 0,22 V
Exemplo de uso dos potenciais padrões:
Pilha Ag(s) | Ag+(aq) || Cl-(aq) | AgCl(s) | Ag(s)
Reação: Ag(s) Ag+(aq) + e -AgCl(s) + e-Ag(s) + Cl-(aq)
AgCl(s) Ag+(aq) + Cl-(aq) Potenciais tabelados:
Eº(AgCl/Ag, Cl-) = 0,22 V e Eº(Ag+/Ag) = 0,80 V
Eº = 0,22 – 0,80 = -0,58 V
Pela equação (II), se Eº < 0, Gro> 0 reação não é espontânea a partir de reagentes e produtos no estado padrão.
Influência da estequiometria no potencial padrão:
Para a meia-reação AgCl(s) + e-Ag(s) + Cl-(aq), Eº = -Gº/1F = 0,22 V.
Eq. de Nernst:
Para uma estequiometria duplicada, ν = 2, Gº’ = 2Gº e Novos valores de Eº e E:
o o o o E F G F G E 2 2 ' '
E a F RT E a F RT E E o Cl o ln Cl 2 2 ln 2 ' ' 2 2 Cl a Q
o Cla
F
RT
E
E
ln
Potencial de meia-célula é propriedade intensiva. Na
combinação de meias-células, ajuste estequiométrico não influencia potenciais de meia-célula para obtenção do Eº da célula
Exemplo: corrosão do ferro em meio ácido: Fe(s) + 2H+(aq) + ½O
2(g) Fe2+(aq) + H2O(l) Meias-reações de redução:
(a) Fe2+(aq) + 2e-Fe(s) Eº = -0,44 V (b) O2(g) + 4H+(aq) + 4e-2H
2O(l) Eº = 1,23 V
Reação completa é ½(b) – (a), mas Eº = 1,23 – (-0,44) = 1,67 V Eº > 0 corrosão é espontânea
• Células em equilíbrio
Reação eletroquímica em equilíbrio: ΔGr= 0, Q = K
Mas –FE = GrE = 0 Equação de Nernst: K F RT Eo ln 0
RT
FE
K
o
ln
(IV)Exemplo: Diferença de potencial fornecida pela pilha de Daniell com atividades unitárias (ou concentrações diluidas iguais para o Cu2+e o Zn2+) é 1,10 V 67 , 85 298 314 , 8 10 , 1 96485 2 ln K K = 1,6×1037
Uso de potenciais padrões para cálculo de constantes de equilíbrio: Reação de desproporcionamento do cátion cobre:
2Cu+(aq) Cu(s) + Cu2+(aq) a 25ºC Meias-reações de redução:
(a) Cu+(aq) + e-Cu(s) Eº = 0,52 V (b) Cu2+(aq) + e-Cu+(aq) Eº = 0,15 V
Reação completa é (a) – (b) Eº = 0,52 – 0,15 = 0,37 V e = 1. 6 10 8 , 1 4 , 14 298 314 , 8 37 , 0 96485 1 ln K K 2 2
Cu Cua
a
Q
Cu+se desproporciona quase completamente em solução. Uma solução de Cu+não é estável.
Influência das concentrações no potencial de meia-célula: Equação de Nernst é válida para o potencial de uma meia-célula, considerando-se Q para a meia-reação de redução.
Exemplo: calcular alteração de potencial em um eletrodo de Ag/AgCl com solução saturada em AgCl (atividade 1,310-5para os íons Cl-) quando se adiciona excesso de KCl(aq) 0,010 mol kg-1
Meia-reação: AgCl(s) + e-Ag(s) + Cl-(aq) Q = a
Cl- e = 1 o Cl a F RT E E ln Mudança no potencial:
1 , 2 , 1 , 2 , 1 , 2 , ) ( ) ln ln ln ( Cl Cl Cl Cl Cl Cl a a F RT a a F RT a E a EPela lei limite de Debye-Hückel aplicada ao par K+e Cl-na segunda situação, = 0,906 aCl-,2= 0,9060,010 = 0,00906 E = -25,69mV ln(0,00906/1,310-5) = -0,17 V
Exemplo: calcular alteração de potencial em um eletrodo de cloro quando a pressão do cloro aumenta de 1,0 atm para 2,0 atm.
Meia-reação: Cl2(g) + 2e-2Cl-(aq) = 2 mV 9 , 8 5 , 0 ln ) 69 , 25 ( 2 1 ln 2 / / ln 2 / ln / ln 2 ) / ( ln 2 2 1 2 1 2 2 1 2 2 2 2 2 mV P P F RT a P P P P a F RT P P a P P a F RT E P f a F RT E E Cl o o Cl o Cl o Cl o Cl Cl o Assumir f Cl2≈ PCl2