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ESTIMATIVA DA UMIDADE NA CAPACIDADE DE CAMPO DE UM LATOSSOLO AMARELO VERMELHO IN SITU E EM VASOS

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Academic year: 2021

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1 Granduanda em Agronomia, Campus de Arapiraca, UFAL, Av. Manoel Severiano Barbosa CEP:52171-900, Arapiraca, AL. (82) 99638-2049. E-mail: sirleidemeneses@hotmail.com.

2 Granduandos(as) em Agronomia, Campus de Arapiraca, UFAL, Arapiraca, AL.

ESTIMATIVA DA UMIDADE NA CAPACIDADE DE CAMPO DE UM LATOSSOLO AMARELO – VERMELHO “IN SITU” E EM VASOS

S. M. de MENEZES1, C. B da SILVA2, J. C. da SIVA2, L. W. dos SANTOS2, A. C.

BARROS3

RESUMO: Objetivou-se determinar a umidade na capacidade de campo “in situ” e em vasos do solo caracterizado por Latossolo Amarelo – Vermelho avaliando a capacidade de retenção de água da região agreste –AL. O trabalho foi desenvolvido na área experimental da Universidade Federal de Alagoas, Campus de Arapiraca. Para a determinação da capacidade de campo “in situ” saturou-se uma área de 2 m2 e procedeu-se com a coleta de amostras de

solo deformada nas profundidades de 0-20, 20-40 e 40-60 cm com 0, 24 e 48 horas após a saturação. A determinação da capacidade de campo em vasos consistiu na utilização de 9 vasos, onde eram coletadas amostras de solo na profundidade de 0-10 cm. Determinou-se a umidade gravimétrica (UG) e volumétrica (UV) das amostras. Os valores de umidade do solo na capacidade de campo variaram com o tempo em sua determinação, havendo um decréscimo da UG e UV do solo em capacidade de campo realizada “in situ” e em vasos em função do tempo de 0, 24 e 48 horas após a saturação.

Palavras – Chave: Infiltração de água, textura do solo, lâmina de irrigação.

ESTIMATE OF MOISTURE IN FIELD CAPACITY OF AN OXISOL - RED "IN SITU" AND VESSELS

SUMMARY: The objective was to determine moisture at field capacity "in situ" and in soil vessels characterized by Oxisoil - Red evaluating the retention capacity of water -AL rugged region. The study was conducted in the experimental area of the Federal University of Alagoas, Campus Arapiraca. To determine the field capacity "in situ" soaked up an area of 2 m2 and proceeded to the collection of soil samples deformed in the depths of 0-20, 20-40 and 40-60 cm with 0, 24 and 48 hours after saturation. Determination of field capacity in pots consisted of the use of nine vessels, where soil samples were collected at a depth of 0-10 cm. It was determined by gravimetric humidity (UG) and volume (UV) samples. The soil moisture

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values at field capacity varied with time on his determination, with a decrease of UG and UV soil at field capacity carried out "in situ" and in pots depending on the time of 0, 24 and 48 hours after saturation.

Key - Words: Water infiltration, soil texture, irrigation blade.

INTRODUÇÃO

A capacidade de campo apresenta grande importância nos processos de armazenagem e disponibilidade de água para as plantas. Capacidade de Campo é a quantidade máxima de água capilar que pode ser retida, contra a força da gravidade por um solo bem drenado. Esta pode sofrer influencia da textura e estrutura do solo, teor de matéria orgânica, sequencia dos horizontes pedogenéticos e gradiente textural entre os horizontes, bem como pelo teor inicial de umidade do solo e lâmina d’água aplicada (MARSHALL, 1949).

Existem métodos de campo e laboratório para determinação da capacidade de campo. A determinação da capacidade de campo “in situ” é recomendada, entretanto é excessivamente trabalhosa e demorada, surgindo assim técnicas laboratoriais. Segundo QUEIROZ et al. (2004) as diferentes formas e capacidades dos vasos, interfere no valor da capacidade de campo e os modelos ajustados para a condição de campo não representam com fidelidade a variação da umidade do solo acondicionada em vasos.

A determinação adequada da capacidade de campo é fundamental para o correto manejo das culturas agrícolas, principalmente em áreas irrigadas, e para a otimização de manejos de solo e da irrigação, visando maximizar a eficiência de uso da água pelas plantas. Atrelado a esse aspecto, tem-se ainda que a utilização de um valor alto de capacidade de campo, estimado para outros solos, pode provocar drenagem interna excessiva e causar lixiviação de fertilizantes e agroquímicos. Portanto, o objetivo deste trabalho foi estimar umidade na capacidade de campo em um solo classificado como Latossolo Amarelo Vermelho “in situ” e em vaso.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi realizado na unidade experimental da Universidade Federal de Alagoas – UFAL, Campus de Arapiraca, com as seguintes coordenadas geográficas: 9º 45’ 58’’ de latitude sul e 35º 38’ 58’’ de longitude oeste e altitude de 264 m no mês de junho de 2014. Esta região fica numa área de transição entre a Zona da Mata e o Sertão Alagoano, cujo

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clima é classificado como sendo do tipo 'As’ Tropical com estação seca de Verão, pelo critério de classificação de Köeppen.

Para determinação da capacidade de campo “in situ” foi demarcada uma área de 2 m2 e

aberto tricheiras ao redor. Em seguida foi utilizada uma lona plástica para envolver toda a área a fim de evitar a passagem de água pelas laterais. Em seguida procedeu-se a etapa de saturação do solo onde foi colocada água constantemente na área. Após a saturação do solo foi realizada a coleta deformada das amostras nas profundidades de: 0-20, 20-40 e 40-60 cm de profundidade e armazenadas em coletores de alumínio fechado. As coletas foram realizadas com 0, 24 e 48 horas depois da saturação e três repetições em cada profundidade.

Utilizou-se 9 vasos de polietileno com capacidade de 5 L para a determinação da umidade na capacidade de campo em vasos, estes foram preenchidos com solo peneirado e posteriormente saturados. As amostras foram coletadas com 0, 24 e 48 horas depois da saturação em baldes diferentes. Após cada coleta as amostras eram pesadas para a obtenção da massa úmida (MU) e depois levadas para a estufa de esterilização e secagem a uma temperatura de 105 ºC onde permaneceram por 24 horas para a obtenção da massa constante e em seguida obter a massa seca (MS) pesando as amostras, podendo-se calcular a umidade gravimétrica através da seguinte equação:

Ug (%) = [ (MU – MS) / MS]*100 (1) Em que:

Ug = umidade gravimétrica, %; MU = massa úmida, g; MS = massa seca, g

A área dos coletores utilizados da capacidade de campo “in situ” e em vasos é de 28,27 cm2. Sendo ainda calculado o volume dos vasos utilizados, cujo valores foram de 113,08 cm³

calculados pelas seguintes equações: [ A = πd² / 4 ] ; [ V = A x h ] (2) Em que:

d = diâmetro, cm; V = volume, cm3; A = área, cm2; h = altura, cm

Com a obtenção do volume dos coletores das amostras, a MU e MS pôde-se calcular a umidade volumétrica a partir da equação:

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De acordo com a Figura 1, que representa o teor de umidade gravimétrica (UG) “in situ”, observa-se um decréscimo nos valores no decorrer do tempo analisado.

Figura 1. Curva da umidade gravimétrica (UG) em função do tempo nas profundidades de (0 – 20), (20 – 40) e (40 – 60) cm, para avaliação da capacidade de campo “in situ”.

A camada superficial do solo, tida como de maior importância para as culturas de pequeno porte, apresentou um maior percentual de umidade gravimétrica, no entanto, quando comparada com as demais profundidades em função do tempo apresentou um decréscimo acentuado. SOZIM (2011) trabalhando com análise da umidade gravimétrica verificou que para UG os maiores valores foram encontrados na camada superficial do solo.

Para a umidade volumétrica (UV) na capacidade de campo em função do tempo (0, 24 e 48 horas), houve um decréscimo semelhante ao apresentado na UG em função do tempo de escoamento do solo analisado, Figura 2. A profundidade de 40 – 60 cm apresentou valores baixos, no entanto os mais constantes, mostrando que o tempo teve menor influencia na UV do solo mais profundo. REICHARDT (1988) afirma que num solo homogêneo, a umidade deve aumentar em profundidade durante o processo de drenagem. Contrariamente SOZIM (2011), encontrou os maiores valores de UV nas últimas camadas.

Figura 2. Curva da umidade volumétrica (UV) em função do tempo nas profundidades de (0 – 20), (20 – 40) e (40 – 60), para avaliação da capacidade de campo “in situ”.

0 10 20 30 40 50 60 0 24 48 UG % HORAS 0 - 20 cm 20 - 40 cm 40 - 60 cm 0 10 20 30 40 50 60 0 24 48 UV(% ) HORAS 0 - 20 cm 20 - 40 cm 40 - 60 cm RESULTADOS E DISCUSSÃO

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Observa-se na Figura 1 e 2 que a umidade na capacidade de campo tornou-se reduzida com o passar do tempo diminuindo desta forma a saturação de água no solo e por consequência sua capacidade de reter água sendo inversamente proporcional, devido ao processo de drenagem do solo. Segundo SANTOS et al (2013) a perda de água por capilaridade ocorre pela força exercida da gravidade forçando a água para baixo através do peso, permitindo que a água contida no solo armazenado entre em equilíbrio com as forças de capilaridade dos poros, fazendo com que cesse a percolação de água armazenada no solo.

Para a capacidade de campo em vaso nos três tempos avaliados a profundidade de 10 cm, houve um decréscimo acentuado da umidade gravimétrica (UG), apresentando a real condição do solo nas condições ideais, onde o mesmo possui uma boa capacidade de retenção de água Figura 3.

Figura 3. Valores médios da umidade gravimétrica (UG) em função do tempo na profundidade de (0 – 10), para avaliação da capacidade de campo em vasos.

Os valores da umidade gravimétrica encontrados em vaso subestimaram aqueles encontrados “in situ”. De acordo com CASAROLI & JONG (2008) o solo no vaso difere do solo em posição natural em vários aspectos entre eles é que não há, no vaso, um potencial matricial do lado inferior, como é o caso de um solo na sua posição natural.

Figura 4. Valores médios da umidade volumétrica (UV) em função do tempo na profundidade de (0 – 10) cm, para avaliação da capacidade de campo em vasos.

0 10 20 30 40 0 24 48 UG (%) HORAS 0 - 10 cm 0 5 10 15 20 25 30 35 0 24 48 UV (% ) HORAS 0 - 10 cm

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A umidade volumétrica na capacidade de campo em vasos é inferior a UG, os valores foram decrescentes indicando que a retenção de água na camada superficial é inversamente proporcional ao tempo e este é de fundamental importância na disponibilidade de água na camada superficial do solo. SILVA et al. (2008) verificaram forte influência da argila na retenção de água de um Latossolo Vermelho, sendo o único componente textural usado para ajustar funções de pedotransferência. A umidade do solo deve manter-se acima do ponto onde não há gasto de energia, evitando assim possíveis quedas na produtividade.

CONCLUSÕES

Os valores de umidade do solo na capacidade de campo variaram com o tempo em sua determinação, o que implica na estimativa da lâmina de irrigação.

Houve um decréscimo da umidade gravimétrica e volumétrica do solo em capacidade de campo realizada “in situ” e em vasos em função do tempo de 0, 24 e 48 horas depois da saturação.

REFERÊNCIAS

CASAROLI, D.; VAN LIER, Q. J. Critérios para determinação da capacidade de vaso. Revista brasileira de Ciência do Solo, v.32, p.59-66, 2008.

EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema Brasileiro de classificação de solos. 2.ed. Brasília: Embrapa SPI, p.306, 2006. MARSHALL, T.J. & STIRK, G.B. Pressure potential of water moving downward into soil. Soil Sci., 68:359-70, 1949.

QUEIROZ, T. M de; CARVALHO, J. A. Erros de estimativa da capacidade de campo de um latossolo vermelho distroférrico em vasos utilizando metodologia tradicional. In: XXXIII Congresso Brasileiro de Engenharia Agrícola, São Pedro-SP, Anais, agosto de 2004.

REICHARDT, K. Capacidade de campo. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Campinas, v.12, n.13, p.211-216, 1988.

SANTOS, C. S; SILVA, P. F; SANTOS, J. C. C; SILVA, C. H; BARROS, A. C. Estimativa da umidade na capacidade de campo em vasos e em laboratório. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável. Mossoró – RN, v.8, n.2, p. 151-160, 2013.

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SILVA, A. P. DA; TORMENA, C. A.; FIDALSKI, J.; IMHOFF, S. Funções de pedotransferência para as urvas de retenção de água e de resistência do solo à penetração. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.32, p.1-10, 2008.

SOZIM, R. Avaliação dos atributos físico-químicos de neossolo litólico incubado com resíduo de biocarvão. Irati: Universidade Estadual do Centro-Oeste, 2011. 71p(Trabalho de Conclusão de Curso).

Referências

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