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TERMO DE REFERÊNCIA Contrato por Produto - Nacional

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Academic year: 2021

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TERMO DE REFERÊNCIA Contrato por Produto - Nacional

1 Antecedentes e Justificativa

A partir da última década do século passado, a gestão de riscos tomou impulso e passou a fazer parte da agenda dos executivos das grandes corporações. Alguns organismos internacionais, preocupados com a segurança do sistema financeiro mundial, estruturaram fóruns para a discussão do assunto, merecendo destaque o Comitê da Basiléia. Essa preocupação foi motivada por fatos que abalaram a credibilidade do sistema financeiro mundial, devido às grandes perdas ocorridas em instituições financeiras, sendo o caso do Barings Bank o mais emblemático.

Embora o impulso maior tenha ocorrido no âmbito das instituições financeiras, também no setor público podem ser verificadas iniciativas para a implantação da gestão de riscos. A Norma Australiana1, que estabelece as diretrizes para avaliação e gerenciamento de riscos em instituições públicas, é um exemplo. Assim, gradativamente, o setor público vem tomando consciência da necessidade de gerenciamento dos riscos aos quais está sujeito, uma vez que podem afetar o equilíbrio das suas contas, devendo, portanto, ser identificados, avaliados, mensurados e gerenciados.

No caso brasileiro, a Lei complementar 101/2000, Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF, assim estabelece em seu parágrafo primeiro do artigo primeiro: “A

responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que

se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas

públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar” [grifo nosso]. Percebe-se que o legislador teve a

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preocupação de deixar claro que a gestão de riscos é um elemento importante para a eficácia da gestão pública e não pode ser desprezada.

É nesse contexto que se destaca o papel da Secretaria do Tesouro Nacional – STN que, como Órgão Central dos Sistemas de Administração Financeira Federal e de Contabilidade Pública Federal segundo a Lei 10.180/2001, tem entre suas competências a realização de ações voltadas ao alcance e manutenção do equilíbrio financeiro do Governo Federal e ao aprimoramento da qualidade do gasto público, visando à consecução de uma política fiscal sustentável. Entre essas ações, destaca-se a prevenção de riscos.

É importante destacar que o Tribunal de Contas da União - TCU, por meio do acórdão 1.779/2005, recomendou à STN estudar a viabilidade e conveniência de implantar uma área de gerenciamento de riscos operacionais. Tal recomendação foi ratificada pelo acórdão TCU 1.832/2006.

Preocupada com o assunto e tendo em vista a existência de diversos riscos que possam afetar o equilíbrio das contas públicas, a Secretaria estabeleceu em seu planejamento, como um dos seus objetivos estratégicos para o período de 2011-2014: “desenvolver e consolidar a gestão integrada de riscos da STN”.

Esse objetivo abrange não apenas os riscos operacionais, mas a gestão integrada de todos os riscos da instituição, especialmente os riscos de crédito, de mercado, de liquidez e operacional, além de outros normalmente mencionados como riscos corporativos.

Desse modo, a Secretaria do Tesouro Nacional iniciou no ano de 2011 o desenvolvimento de metodologias especializadas e adequadas ao setor governamental, a partir da identificação dos tipos de riscos aos quais a instituição encontra-se exposta e da descrição das metodologias pré-existentes para a sua mensuração e avaliação.

Já em 2012, visando à implantação do gerenciamento de riscos de forma integrada, a instituição vem avançando na avaliação das metodologias previamente identificadas e no desenvolvimento de novas metodologias de gestão de riscos

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adequadas à realidade da instituição, tendo como parâmetro experiências similares e a bibliografia especializada. Tais metodologias serão devidamente documentadas, visando à futura capacitação dos servidores responsáveis pela gestão integrada de riscos no âmbito da STN.

Definidas essas metodologias, constitui relevante e necessário passo a especificação, em linhas gerais, dos instrumentos de coleta e processamento de informações e da estruturação dos relatórios que subsidiarão a tomada de decisões de curto, médio e longo prazos pelo corpo diretivo. Esse trabalho constitui requisito para o futuro desenvolvimento do sistema informatizado de suporte à gestão integrada de riscos.

Contudo, impende salientar que tal especificação constitui tarefa complexa, cujo desenvolvimento demanda conhecimentos especializados. É certo que a STN possui em sua estrutura unidade responsável por identificar e coletar demandas de sistemas de informação e de automação de processos. Contudo, tal unidade tem sofrido ao longo dos anos com a constante evasão de seus técnicos para Órgãos Públicos sem que haja a sua imediata reposição.

Por tal motivo, para que possa dar maior vazão ao tratamento do estoque de demandas por sistemas informatizados, a Secretaria evidencia a necessidade e propõe a contratação de consultor especializado para a especificação de sistema visando à automação do processo de gestão integrada de riscos da STN.

É importante ressaltar que a implantação do referido projeto permitirá à STN contribuir para a melhoria da gestão do gasto público na medida em que viabiliza a redução de perdas financeiras por meio da gestão preventiva de riscos aliada à ação proativa na mitigação dos riscos identificados.

Nota-se pois, que o projeto proposto encontra-se em consonância com a LRF, que reconhece a prevenção de riscos como requisito para a gestão fiscal responsável, e com os objetivos específicos do PREMEF, definidos na revisão substantiva “F”, que enfatiza a melhoria e a eficiência dos gastos públicos

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2 Objeto

Contratação de Consultor Sênior em Tecnologia da Informação.

3 Objetivo da Contratação

Elaboração e desenvolvimento de modelo conceitual que contemple os requisitos necessários para a geração de dados essenciais à estruturação da sistemática de monitoramento integrado dos riscos de mercado, crédito, liquidez e operacional a que a STN está exposta.

4 Órgãos Envolvidos

O trabalho será realizado e supervisionado pela Coordenação-Geral de Gestão de Riscos Operacionais da STN, órgão do Ministério da Fazenda.

5 Escopo do Trabalho

 Estudar a Sistemática de Gerenciamento de Riscos visando a apresentação de um modelo conceitual que permita o monitoramento dos riscos a que a STN está exposta;

 Elaborar modelo conceitual para cada uma das vertentes de risco existentes na sistemática (mercado, liquidez, crédito e operacional) e sua consolidação;

 Elaborar modelos funcionais para todos os modelos conceituais construídos, definindo os modelos de importação e carga de dados;

 Analisar e estabelecer junto às áreas da STN e eventuais intervenientes externos um modelo de captação periódica dos dados necessários ao funcionamento da sistemática;

 Realizar levantamento de necessidades de relatórios e consultas para avaliação dos riscos de forma a atender a COGER e demais áreas envolvidas;

 Elaboração e entrega de documentação técnica pata todos os modelos desenvolvidos;

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 Treinamento para todos os servidores indicados pela COGER sobre o trabalho realizado.

6 - Produtos Esperados

Produto Descrição Prazo

(dias)

Prazo

Acum %

1 Plano de trabalho detalhado cobrindo toda a consultoria. 10 10 4%

2 Relatório contendo os modelos conceituais com os requisitos necessários para estruturação da sistemática para monitoramento do risco de mercado e do risco de liquidez a que a STN está exposta, baseado nas especificações e metodologias já definidas nas regras de negócios, identificando: as áreas da instituição envolvidas, as informações necessárias, o mapeamento dos dados a serem capturados, a forma de captura dos dados e o desenho de relatórios e consultas de interesse da COGER e das demais áreas.

45 55 15%

3 Relatório contendo o modelo conceitual com os requisitos necessários para estruturação da sistemática para monitoramento do risco de crédito a que a STN está exposta, baseado nas especificações e metodologias já definidas nas regras de negócios, identificando: as áreas da instituição envolvidas, as informações necessárias, o mapeamento dos dados a serem capturados, a forma de captura dos dados e o desenho de relatórios e consultas de interesse da COGER e das demais áreas.

35 90 12%

4 Relatório contendo os modelos conceituais e funcionais com os requisitos necessários para coleta e carga de dados do risco de mercado e do risco de liquidez a que a STN está exposta.

50 140 15%

5 Relatório contendo os modelos conceituais com os requisitos necessários para estruturação da sistemática para monitoramento do risco operacional a que a STN está exposta, baseado nas especificações e metodologias já definidas nas regras de negócios, identificando: as áreas da instituição envolvidas, as informações necessárias, o mapeamento dos dados a serem capturados, a forma de captura dos dados e o desenho de relatórios e consultas de interesse da COGER e das demais áreas. O presente Relatório também contemplará a consolidação de todas as vertentes de risco.

30 170 12%

6 Relatório contendo os modelos conceituais e funcionais com os requisitos necessários para coleta e carga de dados do risco de crédito a que a STN está exposta.

35 205 12%

7 Relatório contendo os modelos conceituais e funcionais com os requisitos necessários para coleta e carga de dados do risco operacional a que a STN está exposta e para integração de todas as vertentes de risco sistematizadas.

45 250 12%

8 Documentação técnica e treinamento para a equipe indicada pela

COGER, envolvendo todo o trabalho da consultoria. 50 300

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7 Qualificações Profissionais

O Profissional a ser contratado deverá comprovar graduação em Tecnologia da Informação ou graduação em outra área com pós-graduação em Tecnologia da Informação.

Deverá ter pelo menos 10 (dez) anos de experiência em especificação de sistemas de informações voltados à gestão pública e experiência comprovada de, no mínimo, 5 anos em gerenciamento de projetos segundo o modelo do PMI. Além disso, deverá ter disponibilidade para trabalho em Brasília – DF. Estes itens são obrigatórios e a não comprovação de qualquer um deles, provocará a eliminação do candidato.

8 Seleção de Profissionais

A Seleção dos candidatos será feita por comissão criada pela COGER composta por servidores da instituição a fim de selecionar o consultor (a) a ser contratado (a). A seleção dos profissionais será dividida em duas fases: análise curricular e entrevista.

Na análise curricular, o candidato será avaliado segundo os critérios a seguir:

a) Conhecimentos em modelagem UML, processo de desenvolvimento de software, especificação e modelagem de requisitos;

b) Conhecimento em modelagem de negócios;

c) Experiência em banco de dados Access com VBA;

d) Conhecimento em condução de treinamentos e encontros técnicos; e) Conhecimento em risco de mercado e de liquidez;

f) Conhecimento em risco de crédito; g) Conhecimento em risco operacional.

Para cada um dos critérios será considerada a seguinte pontuação:  10 (dez pontos) para os critérios plenamente atendidos;  5 (cinco pontos) para os critérios parcialmente atendidos;  0 (zero ponto) para os critérios não atendidos.

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Para a fase de entrevista serão considerados os seguintes elementos:

Requisitos Pontuação

Experiência em banco de dados Access com VBA 0-10

Experiência na condução de grupos de trabalho 0-10

Experiência com modelagem de negócios 0-10

Experiência em mapeamento de processos 0-10

Experiência em desenvolvimento de sistemas 0-10

Experiência em projetos que exijam interface com o SIAFI 0-10

Experiência como docente em treinamentos de TI 0-10

Clareza na comunicação 0-10

Não há a necessidade de comprovação prévia de conhecimento das tecnologias, o que será avaliado durante a entrevista. A experiência será comprovada, inicialmente, por meio do currículo (tempo de serviço, conhecimento e atividades realizadas), podendo ser exigidas, adicionalmente, outras formas de comprovação, a critério da Comissão.

A nota final do candidato será composta pela soma das notas auferidas na fase de análise curricular e na fase de entrevista. O candidato que obtiver a maior nota no cômputo geral sagrar-se-á vencedor do certame.

9 Disposições Gerais

O consultor terá que manter sigilo total de todas as informações a que tiver acesso durante o projeto. O mesmo não poderá, em hipótese alguma, divulgar resultados, parciais ou totais, ou fazer qualquer comentário sobre as informações, levantamentos realizados e conteúdo dos produtos gerados sem a expressa autorização da STN.

Os prazos estabelecidos no item 10 deste Termo de Referência poderão ser alterados desde que devidamente justificado pelo Consultor e aprovado pela COGER.

Todos os documentos e arquivos relativos aos produtos deverão ser gravados e entregues em mídia ótica (CD ou DVD).

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A aceitação dos produtos levará em consideração a qualidade e a adequação dos produtos entregues e o seu pagamento dependerá de ateste conferido pelo Supervisor do Contrato.

Os direitos autorais dos serviços técnicos serão de exclusividade da STN, que poderá fazer uso, publicar e/ou divulgar seus resultados, sem restrições de quaisquer natureza.

10 Localidade do Trabalho

Brasília - DF

11 Período para o Desenvolvimento dos Trabalhos

Dez meses

12 Supervisores

Supervisor Nacional: Líscio Fábio de Brasil Camargo Cargo: Subsecretário da STN

Supervisor do contrato: Márcio Leão Coelho

Cargo: Coordenador-Geral de Gestão de Riscos Operacionais da STN

13 Esclarecimentos

As dúvidas sobre o projeto poderão ser dirimidas por demanda, e deverão ser solicitados por meio do email coger.df.stn@fazenda.gov.br. Caso haja grande demanda de esclarecimentos poderá ser feita uma teleconferência com o PNUD e os interessados.

Os interessados em participar do certame devem encaminhar curriculum vitae e informações adicionais para georf.codin.df.stn@fazenda.gov.br, até o dia 01/11/2012.

Referências

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