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Chamado de Cthulhu - Aventura Melodia Da Loucura

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Academic year: 2021

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Melodia da Loucura

para Chamado de Cthulhu

Autores: Pedro Ziviani e Kairam Hamdan

Revisão: Mauro Lúcio Campos Amado, Pedro Ziviani e Kairam Hamdan

Diagramação e capa: Pedro Ziviani

COPYRIGHT © Terra Incognita Editora e Comércio de Livros Ltda.

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra poderá ser

reproduzida, seja quais forem os meios empregados, sem a permissão, por

escrito da editora.

Call of Cthulhu é marca registrada da Chaosium Inc, California, EUA.

Publicado sob licença.

TERRA

INCOGNITA

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sta aventura acontece no início do verão de 1928, na cidade de Filadélfia, nos EUA, e se baseia em elementos da história de Ramsey Campbell, The

Plain of Sound. Caso o guardião tenha acesso a este

conto, recomenda-se a sua leitura antes, mas esta não é uma exigência. Os temas são de ressonância cósmica, loucura, e os perigos de se tentar alcançar dimensões além da nossa.

Um serial killer tem aterrorizado a Filadélfia, matan-do quatro matan-dos cantores mais talentosos da cidade em poucos dias. Os investigadores se envolvem no caso para ajudar a capturar o assassino antes que ele ataque novamente.

Os acontecimentos bizarros no prédio

Market House Apartments vão além de

qualquer coisa que os inquilinos do edi-fício, o corpo de bombeiros da Filadélfia, ou mesmo qualquer outra pessoa sã pode compreender plenamente. Na verdade, a fonte dos sons aterrorizadores que asso-lam o edifício encontra-se em uma dimen-são alienígena, o Golfo de S’glhuo. Em poucos locais, esta estranha dimensão toca a nossa própria, e o Market House

Apartments é um desses lugares. Até

agora, este fato tinha sido de pouca ou nenhuma con-sequência, porque a região correspondente no Golfo de S’glhuo era desabitada por seres dessa dimensão. Todavia, isto mudou recentemente com a construção de uma nova cidade de pilares naquele exato local. Através destes lugares sobrepostos, ambas as dimen-sões vazam uma para a outra, e os objetos e seres vivos em S’glhuo se manifestam em nosso mundo na forma de sons.

Com mais e mais seres se reunindo em sua nova ci-dade alienígena naquela dimensão, os sons bizarros que assolam Market House Apartments estão cada vez mais altos e mais perturbadores, e tem efeitos diversos sobre as pessoas que ali vivem. Para pelo menos um dos inquilinos do edifício, os sons realmente prova-ram ser a melodia da loucura.

O prédio se chama Market House Apartaments por causa de um antigo mercado que funcionava no local. Nas primeiras décadas do século XIX, a demanda por habitação na cidade foi tão grande que quase todos os espaços abertos e públicos na região oeste da Filadélfia foram ocupados, e o edifício do antigo mercado foi de-molido para dar lugar a um novo edifício residencial. A maioria dos inquilinos do edifício tem sofrido com os problemas sociais do final da década de 1920. Mas, outra coisa, bem mais misteriosa e inquietante, come-çou a atormentá-los nos últimos meses.

Tudo começou no início de 1928. Nas horas de silêncio, tarde da noite, sons estranhos podiam ser ouvidos nos corredores e em alguns dos apartamentos nos andares mais baixos do Market House. Os sons eram

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extrema-mente estranhos, às vezes como um zumbido mecânico, outras vezes mais intenso como uma sequência de as-sobios e estalos com diferentes ritmos. O detalhe mais desconcertante é que eles pareciam se mover ao longo dos corredores e apartamentos, sem que paredes ou portas representassem qualquer obstáculo. Os inquili-nos tentaram localizar a origem dos sons, e inclusive o corpo de bombeiros da Filadélfia veio verificar as pare-des procurando por canos estourados ou infestações de ratos, mas nada foi encontrado.

Os sons eram mais frequentes e mais intensos no sub-solo do prédio. O inquilino do único apartamento no subsolo, um músico chamado Miles Harvey, pensou em se mudar, mas ele não tinha condições financeiras. Antes do início desta aventura, em abril de 1928, o problema piorou. Os sons inexplicáveis não se limita-vam mais às altas horas da noite, assolando o prédio várias vezes ao dia, em horários aleatórios, e às vezes duravam horas.

Miles Harvey é um músico de jazz de 38 anos, natural de Santa Helena, Montana. Ele se mudou para a costa leste dos EUA há cerca de dez anos, atraído pela cena musical da região, e foi morar na Filadélfia, onde vive há cinco anos.

Quando Miles chegou pela primeira vez na Filadélfia, ele rapidamente encontrou um grupo de músicos com quem se entrosou e formou um quinteto de jazz. Mi-les encontrou relativo sucesso com a banda, tocando o baixo acústico. Pela primeira vez em sua vida, ele podia pagar as contas sem atraso, e ainda tinha al-gum dinheiro de sobra. Todavia, os bons tempos não duraram muito. Com o tempo, os shows se tornaram

menos frequentes, e a banda acabou se separando. Os outros membros da banda conseguiram empregos nas fábricas ou em qualquer lugar, enquanto Miles não quis desistir do seu sonho de se tornar um grande músico. Ele pediu dinheiro emprestado de amigos, enviou cartas para a família pedindo apoio financeiro e tocava em pequenas boates sempre que conseguia encontrar uma que pagasse um salário ínfimo. Um a um, os seus velhos amigos e a família o abandona-ram. No verão de 1927, Miles já não era mais capaz de pagar o aluguel da casa que alugava e foi forçado a se mudar para o pequeno apartamento no porão no edifício Market House Apartments.

O natal passado foi um momento muito difícil para Miles. Sozinho e sem dinheiro, ele se desesperou. Per-deu o interesse nos ensaios, e com seu desânimo em procurar oportunidades de tocar em bares e boates, o dinheiro se tornou ainda mais escasso. Na noite de ano novo, se sentindo faminto e gelado, há apenas alguns dias de ser despejado de seu apartamento por falta de pagamento, Miles contemplou o suicídio. Então algo aconteceu que lhe deu motivação para viver. Tarde da noite, sentado sozinho em seu quarto frio, olhando para o teto, ele ouviu um barulho ao lado de sua cama. Não era como qualquer barulho que tivesse ouvido antes, era um som difícil de descrever. No início, Miles ficou apavorado. Em seguida, porém, sua sen-sibilidade musical encontrou ritmo e beleza naqueles sons bizarros. Caminhando pelo quarto com cuidado, ele escutou com atenção. Não parecia haver nenhuma origem para esses barulhos, já que eles pareciam sim-plesmente surgir do nada. Com os sons subitamente se tornando mais fracos e mais distantes, Miles abriu a porta do quarto e no corredor ouviu os sons novamen-te com mais innovamen-tensidade. Para sua surpresa, os sons pareciam se mover. A fonte invisível daqueles sons bizarros, mas ainda belos como verdadeiras melodias, parecia caminhar pelos corredores. Fascinado, ele

os perseguiu. Depois do que parecia horas, a música cessou tão de repente como havia começado. Miles correu de volta para seu apartamento, agarrou uma pilha de partituras em branco e co-meçou a fazer anotações, escrevendo o ritmo e a melodia tão bem como podia. Naquela noite ele não dormiu, apenas preencheu várias folhas de partitura com aquela estranha melodia que tinha escutado.

Nas noites que se seguiram, os sons voltaram. Em pouco tempo, no esforço para escrever as melodias bizarras, Miles cobriu as paredes de seu aparta-mento com partituras e notas.

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Motiva-do por pensar ter descoberto algo extraordinário, ele encontrou um trabalho temporário tocando piano em um restaurante do outro lado da cidade, para poder pa-gar o aluguel. Miles sentia que não podia se afastar da-quele apartamento, não até que ele tivesse descoberto a origem dos sons. Aquela melodia enlouquecedora se tornou sua obsessão, e consumia sua mente tão com-pletamente que gradativamente corroeu sua sanidade. Ele já não se preocupava com nada além da misteriosa melodia.

Depois de alguns dias, Miles compreendeu que os sons estavam vivos. Se tornou claro para ele que eram criaturas feitas de puro som, e eram a coisa mais bela que ele jamais poderia ter concebido. Os sons reagiam à sua música, tarde da noite, quando ele tocava seu baixo acústico. Ele acreditava que se conseguisse decifrar aquela linguagem melódica, poderia se comu-nicar com elas.

Depois de realizar vários experimentos durante as noi-tes, Miles encontrou sucesso, mesmo que parcial, em se comunicar com os seres. Desesperado, ele decidiu visitar a biblioteca da universidade local. Talvez, pen-sou ele, alguém mais havia encontrado essas criaturas antes e escreveu a respeito.

Miles passou semanas pesquisando teoria musical não-convencional e ocultismo na biblioteca. Um dia, finalmente fez uma descoberta. Dois livros distintos sobre bruxaria mencionavam uma série de livros es-critos por um estranho culto na década de 1860, cha-mada Revelações de Glaaki, que descreviam outras dimensões próximas à nossa, entre elas uma dimensão habitada por seres de puro som. Não só isso, mas o volume nove da coleção aparentemente continha instruções sobre a construção de uma máquina capaz de transportar alguém até essa dimensão. Miles ficou chocado e impressionado com esta possibilidade e, naquele momento, teve uma epifania insana. Isso era tudo o que ele queria. Juntar-se às criaturas de som e tornar-se uma bela melodia viva.

Durante o mês de fevereiro, Miles Harvey passou vários dias visitando comerciantes de livros raros na esperança de encontrar o precioso volume nove do Revelações de Glaaki. Poucos colecionadores e comerciantes tinham ouvido falar na antiga coleção e menos ainda tinham visto um de seus volumes. Finalmente, depois de viajar à Nova Iorque para visi-tar mais um comerciante de livros raros, Miles ouviu

falar de um colecionador na própria Filadélfia que possuía alguns dos volumes do Revelações, incluindo o cobiçado número.

Ele telefonou para o colecionador, um advogado rico chamado Bernard H. Schaeffer, que infelizmente não se interessava em vender nenhum de seus livros. Todas as suas tentativas de negociar com Schaeffer foram fracassadas. Miles enviou-lhe uma carta, pen-sando que Schaeffer poderia reconsiderar se soubesse o quão importante era para ele conseguir o livro. Miles não disse na carta nada sobre seus verdadeiros moti-vos para adquirir o livro, encobrindo a verdade com uma mentira sobre como precisava do volume para uma pesquisa acadêmica importante, mencionando qualificações fictícias. Quando a resposta chegou, a carta de Schaeffer dizia novamente que não estava in-teressado em vender nenhum de seus livros, e advertia Miles para não importuná-lo. Ele ainda enviou mais três cartas, em tons cada vez mais desesperados, mas não obteve respostas. Em sua loucura, decidiu que era hora de resolver essa situação de maneira mais direta, com suas próprias mãos.

Tarde da noite, sob o manto da escuridão, Miles Harvey arrombou a casa de Bernard H. Schaeffer. O excêntrico colecionador de livros, viúvo e sem filhos, morava sozinho em uma casa de dois andares em uma área rica da Filadélfia. Dentro da casa, Miles se dirigiu à biblioteca e lá começou a procurar pelos volumes do Revelações de Glaaki. Depois de 20 minutos de busca apenas com o auxílio de uma pequena lanterna elétrica, Miles ouviu passos no corredor. Foi então que se escondeu atrás da porta da biblioteca e ficou ali esperando. Ele não tinha planejado matar ninguém, mas estava determinado a não deixar a casa de mãos vazias. Tateando em seus bolsos para achar algo que pudesse usar como arma, Miles encontrou um velho pedaço de corda de seu baixo acústico, que havia arrebentado enquanto estava afinando o instrumento mais cedo naquele dia. Ele enrolou cada extremidade da corda em torno de uma mão e, quando o dono da casa entrou na biblioteca, Miles o atacou por trás e o estrangulou, segurando a corda com força até que Bernard H. Schafer ficasse quieto.

Com Schaeffer morto no chão da biblioteca, Miles tomou todo o tempo necessário para conferir cada uma das estantes e encontrou, dentro de um armário de madeira trancado, o volume nove do Revelações

de Glaaki. Para quebrar a fechadura, Miles usou uma

estatueta de metal de estilo egípcio de um gato, que ele havia encontrado numa prateleira próxima.

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A aventura começa com os investigadores analisando as evidências sobre os quatro assassinatos do Estran-gulador da Filadélfia. Estranhamente, o assassino extraiu as cordas vocais de suas vítimas.

Uma descoberta importante é feita quando os pesqui-sadores encontram a arma usada pelo assassino na última cena do crime. Esta evidência é crucial para levar a um outro assassinato anterior, o de Bernard H. Schaeffer, um advogado e colecionador de livros raros.

A investigação na casa de Schaeffer leva os investiga-dores à procurarem por Miles Harvey, um músico de jazz que procurava comprar um livro raro do colecio-nador, mas que teve suas várias ofertas recusadas. Quando os investigadores visitam o prédio de Miles Harvey, eles ouvem os sons bizarros e perturbadores. Uma busca dentro do apartamento de Miles Harvey revela o Revelações de Glaaki e anotações do músico sobre a construção de algum tipo de máquina.

Após examinar as pistas recuperadas na casa de Miles Harvey, os investigadores chegam a conclusão de que o músico cometeu um erro em sua análise da descrição no livro de como construir a máquina. Eles agora estão convencidos de que se Miles ativar sua máquina, irá causar destruição em escala inimaginável e centenas, talvez milhares de mortes.

Seguindo as pistas encontradas no apartamento, os investigadores têm de correr contra o tempo para en-contrar o músico antes que ele possa concluir o ritual que vai ativar sua máquina infernal.

A abertura deste cenário pode variar dependendo da forma como os inves-tigadores se envolvem na busca pelo

serial killer.

A maneira mais fácil de envolver os investigadores seria eles estarem traba-lhando para a polícia da Filadélfia ou para o FBI, como agentes policiais ou consultores, chamados para este caso por causa de sua experiência anterior com crimes bizarros e ritualísticos.

Nem a polícia, nem a imprensa, fizeram ainda a liga-ção entre os assassinatos do “Estrangulador” e a morte de Bernard H. Schaeffer.

O oficial de polícia encarregado da investigação é o Capitão Norman Crowe. Ele irá informar os investi-gadores sobre todas as pistas descobertas até agora, os perfis das vítimas e os relatórios de autópsia.

Ao invés de trabalhar para a polícia, os personagens poderiam, por outro lado, ter algum tipo de ligação com as vítimas do “Estrangulador da Filadélfia”. Con-vencidos de que a polícia não está fazendo o suficiente para trazer justiça aos seus estimados falecidos, os investigadores decidem resolver por conta própria os assassinatos. A polícia inicialmente é solidária, mas não vai fornecer aos investigadores nenhum do-cumento confidencial, relatórios de autópsia ou dar à eles acesso às cenas dos crime em circunstâncias normais. Os investigadores podem conseguir algumas dessas informações se conhecerem alguém dentro da força policial, talvez alguém aberto à subornos, ou que está disposto a trocar favores, etc. Qualquer um que for pego em uma cena de crime sem autorização para estar lá pode acabar sendo preso ou, no mínimo, será levado para averiguação na delegacia.

Outras opções incluem detetives particulares contrata-dos pelos familiares das vítimas; jornalistas à procura de uma boa história; comerciantes de antiguidades ou até mesmo colecionadores de livros raros à procura do

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20 de julho, 1927 - Miles Harvey se muda para o apartamento no porão do Market House

Apartments, na Filadélfia.

01 de janeiro de 1928 - Miles Harvey ouve os estranhos sons pela primeira vez.

10 de janeiro de 1928 - os outros inquilinos do Market House Apartments começam à ouvir os sons

em seus próprios apartamentos. Alguns reagem com medo, outros pensam que deve haver problemas

com as instalações do prédio.

19 de janeiro de 1928 – O corpo de bombeiros verifica o encanamento do prédio e não encontra

nada de errado.

20 de janeiro de 1928 - Miles Harvey está convencido de que os sons estão vivos. Ele consegue se

comunicar parcialmente com as criaturas de som através de sua música.

22 de janeiro de 1928 - Miles Harvey passa mais de uma semana pesquisando teoria musical e

ocultismo em bibliotecas na Filadélfia e em Nova York e se torna obcecado com a possibilidade de

transpor as dimensões e se unir às criaturas de som.

1 de fevereiro de 1928 - Miles Harvey começa sua busca pelo Revelações de Glaaki.

9 de março de 1928 – Depois de mais de um mês de procura, Miles Harvey encontra um

colecionador de livros que possui o volume nove do Revelações de Glaaki. Miles telefona para o

colecionador e faz uma oferta que é rejeitada.

20 de março de 1928 - O colecionador recusa a oferta que Miles Harvey enviou por carta.

23 de março de 1928 - Miles Harvey envia a segunda carta para o colecionador, mas não recebe

resposta.

29 de março de 1928 - Novamente, nenhuma resposta por parte do colecionador para a terceira

carta de Miles Harvey.

7 de abril de 1928 - O colecionador não responde a quarta e última carta de Miles Harvey.

15 abril de 1928 - Miles Harvey arromba a casa de Bernard H. Schaeffer, o mata, e rouba o

volume nove do Revelações de Glaaki. Durante as próximas quatro semanas, ele estuda o livro e as

instruções de construção da máquina que espera ser capaz de abrir um portal para a outra dimensão.

14 de maio de 1928 - Margaret Archer, uma cantora de ópera, é assassinada.

15 de maio de 1928 - Gerald Boyce, um cantor de ópera, é assassinado.

16 de maio de 1928 - Rubi Krause, uma cantora de cabaré, é assassinada.

17 de maio de 1928 - Arlene Diamond, uma cantora de jazz , é assassinada.

18 maio de 1928 - Os investigadores são chamados pela polícia da Filadélfia para ajudar nas

investigações do caso do “Estrangulador da Filadélfia”. Por outro lado, podem tentar solucionar o

caso por si mesmos.

18 maio de 1928 , à noite - Miles termina a construção da máquina, e se muda com ela para uma

casa segura.

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Nome: Margaret Archer Idade: 33

Raça / Sexo: Branca / Feminino Ocupação: Cantora de ópera Altura: 1,62m

Peso: 72 kg Olhos: Azuis Cabelo: Loiro

Residência: Casa na rua Fitler Square

Hora da Morte: Por volta de meia noite do dia 14 de maio de 1928 Descoberto por: Empregados da casa, a polícia foi informada às 7:05 em 15 de maio

Corpo Encontrado: No quarto da vítima Causa da Morte: Estrangulamento

Família: Casado com John Archer. Filha: Laura, de 13 anos. Ficha Criminal: Nenhuma

Nome: Gerald Boyce Idade: 45

Raça / Sexo: Branco / Masculino Ocupação: Cantor de ópera

Altura: 1,78m Peso: 68 kg Olhos: Castanhos Cabelo: Grisalho

Residência: Casa na rua Society Hill

Hora da Morte: Por volta de meia-noite do dia 15 de maio de 1928 Descoberto por: Filha, informou a polícia às 2:30 em 16 de maio Corpo Encontrado: No banheiro da vítima

Causa da Morte: Estrangulamento

Família: Viúvo. Duas filhas, Susan, de 27 anos, e Thelma, de 20 anos. Ficha Criminal: Nenhuma

Recurso para os jogadores #1

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Nome: Rubi Krause Idade: 32

Raça / Sexo: Branca / Feminino Ocupação: Cantora de Cabaré Altura: 1,65m

Peso: 57 kg Olhos: Castanhos

Cabelo: Castanho escuro

Residência: Edifício de apartamentos em Center City West

Hora da Morte: Por volta de meia-noite do dia 16 de maio de 1928 Descoberto por: Vizinho, informou a polícia às 5:00 em 17 de maio Corpo encontrado: Sob a escada, no hall de entrada do edifício Causa da Morte: Estrangulamento

Família: Marido, Theodore. Ficha Criminal: Nenhuma

Nome: Arlene Diamond Idade: 25

Raça / Sexo: Negra / Feminino Ocupação: Cantora de Jazz Altura: 1,70m

Peso: 55 kg Olhos: Castanhos Cabelo: Preto

Residência: Edifício de apartamentos em Cobb Creek

Hora da Morte: Por volta de meia-noite do dia 17 de maio de 1928 Descoberto por: Vizinho, informou a polícia à 1:00 em 18 de maio Corpo Encontrado: Em um beco

Causa da Morte: Estrangulamento Família: Irmão Lou, 18.

Ficha Criminal: Nenhuma

Recurso para os jogadores #3

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RESUMO DE AUTÓPSIA

Médico legista: Kilgore, Earnest

Todas as vítimas morreram perto da meia-noite, em dias consecutivos. Todas elas morreram rapidamente, por estrangulamento.

Os corpos não mostram nenhum sinal de trauma sexual. Rubi Krause é a única vítima com sinais de espancamento.

A arma do crime foi uma espécie de fio ou corda fina, usada para es-trangular às vítimas logo abaixo da mandíbula.

Todas as quatro vítimas tiveram suas gargantas abertas com um in-strumento cortante afiado.

Margaret Archer, Gerald Boyce, e Arlene Diamond tiveram suas cordas vocais removidas.

As cordas vocais de Ruby Krause foram danificadas, provavelmente du-rante a luta com o assassino, quando ele tentou estrangulá-la. Sua garganta foi aberta com um instrumento cortante afiado, mas suas cor-das vocais não foram extraícor-das.

Recurso para os jogadores #5

Com o Revelações de Glaaki em seu poder, Miles começou imediatamente a trabalhar na construção da máquina descrita no livro, que ele esperava ser capaz de abrir um portal para a dimensão do Golfo de S’gl-huo e fazer com que ele se torne uma das criaturas de som. Entretanto, ele precisa se apossar de muitas peças exóticas para a construção da máquina, entre elas, três conjuntos de cordas vocais de cantores de grande talento.

Depois de ter matado sua primeira vítima, o colecio-nador de livros Bernard H. Schaeffer, usando de im-proviso uma corda de baixo, Miles Harvey escolheu usar a mesma arma para matar suas próximas vítimas. Quando Miles atacou Rubi Krause, a terceira vítima do “Estrangulador”, ele planejava que ela seria sua última vítima. No entanto, Rubi o enfrentou, dando repetidas cotoveladas em seu estômago e pisando em seu pé com o salto alto, fazendo com que Miles posicionasse de maneira incorreta a corda em torno do pescoço dela. Com Rubi morta, Miles abriu a garganta dela com a faca, e descobriu então que a luta havia dan-ificado as cordas vocais da cantora. Frustrado, Miles

de fúria insana, antes de fugir do prédio. Por causa do ocorrido, ele agora precisaria matar mais uma vítima para conseguir o último conjunto de cordas vocais, e, assim, ele escolheu Arlene Diamond no dia seguinte. Um rolamento bem sucedido de Medicina revela que o corpo de Ruby Krause foi espancado depois da morte.

Não há muito em comum entre as cenas dos crimes. Margaret Archer e Gerald Boyce foram mortos em suas casas, quando se preparavam para dormir. Miles tinha ouvido do talento destes dois cantores de ópera e decidiu arrombar suas casas no meio da noite. Ele conseguiu matar os dois sem chamar a atenção. Rubi Krause foi morta no hall de entrada do seu prédio, logo debaixo da escada, quando ela voltava do trabalho. Rubi cantou mais cedo naquela noite no Ballroom Dreamland, localizado em Chinatown. Procurando por uma terceira vítima, Miles visitou alguns clubes e salões de baile naquela noite. Ele es-cutou alguns artistas cantarem, mas ficou insatisfeito com suas habilidades - para que a máquina funcione, era necessário as cordas vocais dos melhores cantores.

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Finalmente, ele entrou no salão do Ballroom Dream-land e se sentiu imediatamente hipnotizado pela voz angelical da cantora com cabelos loiros. Assim que a cantora terminou seu número, Miles a seguiu até o prédio onde ela morava. Quando Rubi abriu à porta da frente do prédio, Miles a empurrou para dentro e para a área escura sob a escada. Antes que Rubi pudesse re-agir, Miles já tinha colocado a corda do baixo em tor-no do pescoço da cantora. Na luta, Miles posiciotor-nou a corda muito alto no pescoço de Ruby, e danificou suas cordas vocais enquanto à estrangulava. Ele chutou o corpo para debaixo das escadas.

Arlene Diamond foi morta em um beco escuro. Ela estava caminhando de volta para casa, depois de de-scer de um ônibus. Mais cedo naquela noite ela tinha cantado no Sunset Club, uma casa de jazz onde o próprio Miles tinha tocado algumas vezes no passa-do. Frustrado com o fracasso da noite anterior, Miles decidiu se sentar no Sunset Club e beber até que uma boa cantora se apresentasse. A voz de Arlene não era perfeita, ele pensou, mas não havia mais tempo à per-der, assim decidiu seguir a cantora até a casa dela e matá-la. Ele embarcou no mesmo ônibus com Arlene e caminhou atrás dela pelas perigosas ruas do bairro de Cobb Creek. Quando ela entrou em um beco escu-ro, Miles aproveitou a oportunidade e atacou.

Se os investigadores visitarem as cenas dos crime, eles não encontrarão nenhuma pista sobre a identidade do assassino. A única dica valiosa a ser encontrada está em Cobb Creek, o local do assassinato de Arlene Diamond. Lá, com um rolamento bem sucedido de Localizar, eles podem encontrar a arma do crime - a corda de baixo acústico que Miles deixou para trás. Ele usou essa mesma corda para matar os quatro can-tores e depois de matar Arlene, convencido de que ele finalmente conseguiu o conjunto de cordas vocais que precisava, abandonou a corda na cena do crime. Um rolamento bem sucedido de Artes (Música), ou de uma habilidade de Ofício relacionada com música, revela que a corda é feita de tripa de ovelha (conhecida como “catgut”), que é uma escolha um tanto incomum, uma vez que a maioria dos baixistas da época usavam cordas de metal. Essa pista sugere que o assassino pode ser o dono de um instrumento antigo, talvez um músico profissional e abre uma linha de investigação nas lojas de instrumentos musicais, procurando por compradores recentes deste tipo de corda.

Os investigadores também podem pensar em visitar os locais onde os cantores estavam se apresentando na noite em que morreram, e perguntar se alguém notou algo de anormal. Conversando com os garçons no bar do Dreamland Ballroom, e do Sunset Club, onde, Ruby Krause e Arlene Damond fizeram suas

úl-tima apresentações respectivamente, um investigador poderia obter a informação de que um homem alto, com cabelo despenteado, estava observando as can-toras; os garçons se lembram dele porque seu olhar era fixo como o de um homem louco e porque suas mãos não paravam de tremer. Com um rolamento bem sucedido de Crédito ou, possivelmente, Lábia, um investigador que investir um pouco de tempo com uma das garçonetes, comprar-lhe uma bebida depois do trabalho, etc, poderia descobrir o primeiro nome do tal homem estranho: Miles, um músico que já veio ao clube antes a procura de trabalho.

Fica óbvio para os investigadores que há uma ligação profissional entre as quatro vítimas do Estrangulador da Filadélfia: todos são cantores.

Além disso, a arma do crime, se eles conseguiram recuperá-la no local da morte de Arlene Diamond, sugere que o assassino é também um músico.

Depois de ouvir sobre a descoberta da arma do crime, Patrick O’Connell, um detetive veterano da força policial, procura os investigadores que trabalham no caso do Estrangulador da Filadélfia. Se algum dos investigadores está trabalhando com a polícia, ele será a pessoa escolhida por O’Connell para conversar, caso contrário, O’Connell procura o agente encarregado do caso do Estrangulador.

Patrick O’Connell está investigando o caso do as-sassinato de Bernard H. Schaeffer. Ele conta aos in-vestigadores que Schaeffer foi encontrado morto há duas semanas, estrangulado com uma corda de baixo encontrada na cena do crime. No entanto, Schaeffer não teve a garganta cortada e por isso o caso não havia sido ligado aos assassinatos do Estrangulador da Fi-ladélfia. Ele sugere que os investigadores analisem as evidências do assassinato de Schaeffer, e visitem a cena do crime - talvez eles possam encontrar algo para ligar as duas investigações, ou até mesmo descobrir alguma pista sobre a identidade do Estrangulador. Se os investigadores não estão trabalhando para a polícia, eles podem obter esta informação com um rolamento bem sucedido de Crédito, se tiverem pelo menos um contato dentro da policia. Outro caminho, é o uso de meios ilícitos.

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O corpo de Bernard H. Schaeffer ainda está no necrotério localizado no porão da sede da polícia da Filadélfia, enquanto aguarda uma investigação mais aprofundada. Com a maioria dos recursos policiais desviados para investigar os assassinatos do Estrangu-lador, outros casos estão progredindo lentamente. A polícia ainda não fez a ligação entre o assassinato de Bernard H. Schaeffer e os crimes do Estrangulador. Com base nas pistas encontradas, os investigadores podem concluir que existe uma ligação entre os casos. Examinando o corpo de Schaeffer, é possível esta-belecer que ele foi morto por estrangulamento. A corda usada para matá-lo, uma corda de baixo acústico, foi encontrada no local do crime e se encontra no arquivo de evidências da delegacia.

Caso os investigadores pensem em comparar a corda encontrada pela polícia na cena do crime com a que eles encontraram no beco, um rolamento bem suce-dido de Artes (Música), de algum Ofício relacionado à música ou Localizar com uma penalidade de -30%, revela que elas pertenciam ao mesmo encordoamento,

e que provavelmente foram adquiridas juntas. Um in-vestigador que tenha alguma habilidade musical pode identificar esse conjunto de cordas como sendo para baixo acústico, e ainda o fato de que este conjunto é de alta qualidade, e que já foram usadas num instrumento. Um rolamento bem sucedido numa habilidade relacio-nada à música reduzida pela metade revela a marca das cordas – La Bella – e que foram produzidas a mais de três anos atrás. Caso mostrem uma parte da corda a um vendedor do ramo ou um conhecedor do assunto, ele poderá dizer o nome da marca.

Uma visita às três principais lojas de instrumentos musicais na cidade, e uma análise de seus livros-caixa dos últimos três meses, permite que qualquer pessoa fazendo um rol-amento bem sucedido de Contabilidade ou Localizar, de-scubra os nomes de seis músicos que compraram este tipo de cordas nos últimos anos, um dos nomes é Miles Harvey. No necrotério, os investigadores podem analisar o relatório de autópsia. Se um dos investigadores é médico, o legista relutantemente permite o acesso ao corpo. É óbvio para todos que a garganta de Bernard H. Schaeffer não foi cortada e aberta como ocorreu com as vítimas do Estrangulador. Um rolamento bem sucedido de Medicina revela que, pela posição da mar-ca de estrangulamento, o assassino não se preocupou em danificar as cordas vocais de Bernard H. Schaeffer.

Nome: Bernard H. Schaeffer Idade: 52

Raça / Sexo: Branco / Masculino Profissão: Advogado

Altura: 1,78m Peso: 88 kg Olhos: Azuis Cabelo: Preto

Residência: Casa em Fitler Square

Hora da Morte: Por volta da meia-noite de 15 de abril de 1928

Descoberto por: Secretária, informou a polícia às 16:00 no dia 16 de abril

Corpo encontrado: Na biblioteca da casa Causa da Morte: Estrangulamento

Família: Viúvo. Sem filhos. Ficha criminal: nenhuma

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15 de Março, 1928

Caro Sr. Schaeffer,

Escrevo esta carta com a esperança de que você reavalie a sua decisão

em relação à venda do volume de número nove do Revelações de Glaaki.

Como eu mencionei ao telefone, a razão pela qual estou interessado em

adquirir este livro é de que preciso dele para uma pesquisa acadêmica de

grande importância no campo da Antropologia. Se você decidir vender o

livro, lhe certifico de que ele seria guardado em segurança na biblioteca

da Universidade de Filadélfia e estaria sempre disponível para que você

venha lê-lo à qualquer momento. Além disso, eu poderia fornecer à você

um cartão de membro vitalício, permitindo o acesso à coleção especial da

biblioteca.

Por favor entre em contato comigo para que possamos discutir a sua

venda deste volume.

Atenciosamente,

Miles Harvey,

Market Street 51, Filadélfia

Recurso para os jogadores #7

Estas quatro cartas se encontram em uma gaveta de uma escrivaninha no escritório de Bernard H. Schaeffer, em sua casa.

* Caso os investigadores contatem o Departamento de Antropologia da Universidade de Filadélfia, descobrirão que não há nenhum professor ou aluno na universidade com o nome Miles Harvey.

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21 de Março de 1928

Caro Bernard H. Schaeffer,

Eu lhe peço para que me venda o volume do Revelações de Glaaki que

eu preciso, e que está em sua posse. Infelizmente não posso dar muitos

detalhes quanto às razões pelas quais eu preciso do livro, mas deveria ser

suficiente dizer que é de extrema importância que eu o obtenha. Este livro

maravilhoso merece mais do que ficar abandonado em uma estante de

sua casa, enquanto em minhas mãos ele abriria portas para experiências

que desafiam a compreensão humana. Pelo menos me diga uma quantia

pela qual você o venderia! Por favor entre em contato o quanto antes, e

estou certo de que será possível fazermos um bom negócio.

Atenciosamente,

Miles Harvey,

Market Street 51, Filadélfia

Recurso para os jogadores #8

Schaeffer,

Em nome do que há de mais sagrado, por que você me nega o que é meu

por direito?! Você não compreende o poder, contido nos segredos que você

está guardando, para si por nenhuma outra razão além de orgulho e

tolice. EU sou o escolhido, e não você!!

Esta é sua última chance. Me dê o Revelações de Glaaki antes que seja

tarde demais.

Miles Harvey

(15)

Seu Canalha,

Me devolva já o que é meu! Ele é meu e de mais ninguém!

MH

Recurso para os jogadores #10

* Um rolamento bem sucedido de Psicologia revela que a deterioração na caligrafia de Miles indica uma similar deterioração de seu estado mental.

Os investigadores podem ligar Miles Harvey aos as-sassinatos de várias maneiras, a mais provável sendo a descoberta das suas cartas enviadas por Miles na casa de Bernard H. Schaeffer. É possível que também possam se interessar em investigar Miles depois de conversar com as garçonetes nos bares onde suas duas últimas vítimas se apresentaram, ou depois de ver seu nome na lista de pessoas que compraram as cordas de baixo de tipo especial, usadas nos assassinatos. Quando Miles Harvey finalmente se tornar um suspei-to, os investigadores provavelmente vão querer visitar seu apartamento.

Market House Apartments é um edifício de três

anda-res localizado zona oeste da Filadélfia. O nome de Mi-les Harvey está na placa da entrada do prédio, como o inquilino que mora no apartamento subterrâneo.

Miles não está em casa quando os investigadores vi-sitarem o prédio. Quando os investigadores chegam à Market House, Miles os verá entrando no edifício e ao perceber que algo está errado, ele foge sem ser visto, juntamente com sua máquina, planejando ter-minar de construi-la em uma casa abandonada nas proximidades.

A partir do momento em que os investigadores entra-rem no prédio, eles começam a ouvir barulhos estra-nhos. Zumbidos, assobios, e sons mecânicos parecem vir de todos os lados. Quando eles caminham mais para dentro, percebem que os sons parecem se mo-ver ao redor deles. Caminhando pelos corredores do edifício, é possível acompanhar os movimentos dos sons, até que eles atravessam uma parede que impede os investigadores de continuarem seguindo. Um ro-lamento bem sucedido de Escutar permite ao investi-gador compreender o fato de que os sons surgem do nada, no vazio, e não dentro ou por trás de alguma parede. Se o resultado do rolamento de Escutar for menor que a metade da habilidade do investigador, ele chega à assustadora conclusão de que os sons estão

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vivos – de que eles se movem em torno deles como fariam criaturas vivas, e também reagem aos sons que os personagens fazem quando andam – esta compre-ensão custa ao investigador 1/1D6 SAN.

São quatro apartamentos por andar, num total de doze apartamentos, além do apartamento no subterrâneo. A maioria deles está vazia no momento por causa dos barulhos estranhos no prédio, ou por razões mundanas.

Apartamento 1b

Warren Upton é um escritor com idade avançada, e que tem passado por dificuldades financeiras. Ele tem alguns romances publicados, e também já escreveu vários contos de ficção científica para revistas.

Ele é bem-humorado, baixinho e gordo. Seus olhos são castanhos, os cabelos grisalhos e ralos, com corte baixo e simples. O bigode e barba também são grisa-lhos. Ele se veste de maneira simples, utilitária, em tons de cinza.

Os sons que assombram o prédio tem servido de ins-piração para Warren, alimentando sua imaginação. Se os investigadores entrarem no apartamento, eles en-contram pilhas de páginas datilografadas espalhadas pela sala, em cima da mesa, no sofá e até mesmo no chão. Se os investigadores perguntarem qual é a opi-nião de Warren sobre a origem dos sons, ele diz que está convencido de que os sons são, de fato, feitos por almas do além, fantasmas tentando se comunicar com os vivos. Ele não tem ideia, no entanto, do porquê delas terem escolhido este edifício em particular para se manifestarem. Ele acredita que o prédio foi construído em cima de um antigo cemitério. Warren se empolga com a conversa, claramente fascinado com a ideia de contato com o mundo dos mortos, mas é difícil acompanhar sua linha de raciocínio, porque ele mistura seus argumen-tos com elemenargumen-tos de conargumen-tos sobrenaturais que vem escrevendo.

Warren falou com Miles Harvey poucas vezes no ano passado. Se perguntado sobre o músico, ele diz que não sabe muito sobre o vizinho, mas que Miles sempre pareceu ser uma pessoa tranquila e pacata. Ele chegou a bater na porta de Miles duas vezes, para pedir para parar de tocar seu instru-mento tarde da noite, e ambas as vezes Miles se desculpou e obedeceu.

Apartamento 2c

Alfred Driscoll é um policial alcoólatra aposentado, com mais de quarenta e tantos anos, alto e de ombros largos. O vício lhe custou seu emprego e casamento. Desde sua aposentadoria, Alfred não tem feito mais nada além de beber. No entanto, quando os crimes do estrangulador começaram, ele se tornou obcecado em encontrar o assassino, pois ele acha que se conseguir resolver o caso, seus ex-colegas e até sua ex-esposa e filhos o perdoariam de seus excessos e fracassos do passado. Apesar de não ser assim tão velho, ele se sente distante da geração mais jovem.

Mal-humorado, Alfred tem pouca paciência com os investigadores, e logo fecha a porta na cara deles se achar que a conversa é perda de tempo. Mesmo se os investigadores não forem convidados para entrar no apartamento, eles ainda podem dar uma espiada pela porta entreaberta e ver a parede da sala coberta com recortes de jornal sobre os crimes do Estrangulador. Se os investigadores perguntarem sobre seu interesse sobre os crimes, Alfred é evasivo e se recusa a explicar. Caso os investigadores digam que tem pistas sobre os assassinatos, a atitude de Alfred muda completamente e os convida para entrar e discutir o caso.

Os sons misteriosos tem perturbado Alfred profun-damente. Várias vezes nas últimas semanas, Alfred caminhou pelos corredores por horas, tentando em vão encontrar a origem dos sons. Apenas alguns dias atrás, ele desceu até o subsolo, onde teve uma terrível experiência; os sons inexplicáveis o atingiram como uma inundação de barulhos, como nunca tinha viven-ciado antes. Em pânico, ele correu de volta para seu apartamento, convencido de que se tivesse ficado, ele morreria naquele ataque aos seus sentidos. Desde então, tem evitado pensar sobre os sons e se dedicado

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mais ainda à sua obsessão em resolver os assassinatos do Estrangulador.

Ele não gosta de Miles Harvey, e diz isso aos investi-gadores caso perguntem sua opinião sobre o vizinho. Se perguntado sobre o motivo de sua antipatia, ele diz que é apenas “instinto policial”. Depois de sua experiência aterrorizante no subsolo há poucos dias, ele está convencido que Miles tem algo a ver com os sons. E ele está certo.

Se o guardião quiser agitar as coisas um pouco, Al-fred Driscoll logo perde a paciência com os ruídos e decide tomar uma atitude antes da chegada dos inves-tigadores. Querendo rastrear sua origem e fazê-los parar, ele volta ao subsolo e arromba a fechadura do apartamento de Miles, enquanto o músico está fora. Dentro do apartamento, Alfred encontra o

Revela-ções de Glaaki, assim como as anotaRevela-ções de Miles

sobre os seres do da dimensão do Golfo de S’glhuo. Analisando o livro, ele chega à conclusão que Miles deve ser o Estrangulador, mas sua própria sanidade é também afetada.

Apartamento 2d

Thelma Lowell é uma bibliotecária de trinta e poucos anos. Apesar de ser uma mulher atraente, sempre foi muita tímida e desajeitada com homens, assim nunca se casou e mora sozinha em seu apartamento. Tem olhos verdes, e usa os longos cabelos castanhos em um coque apertado. É baixa e magra, de pele pálida e usa roupas simples, sempre de cores escuras.

Ela se mudou para seu apartamento há apenas qua-tro meses, e não sabe o que dizer sobre os barulhos estranhos nos corredores. Os sons não são particu-larmente altos em seu apartamento, mas perturbam a sua leitura. Thelma insiste que não há nada de sobrenatural sobre os sons. Ela está convencida de que o encanamento deve ser a causa dos sons. Ela in-clusive já escreveu cartas para o corpo de bombeiros e para a prefeitura, solicitando um levantamento do encanamento do edifício.

Desde que se mudou para o prédio, Thelma encon-trou com Miles Harvey algumas vezes na entrada do prédio e se apaixonou por ele. Durante semanas ela tentou, mas não conseguiu, tomar coragem para falar com ele. Até que um dia, há seis semanas, Miles bateu em sua porta. Thelma ficou tão surpresa com a visita inesperada que ficou sem palavras e agora pensa sobre aquele momento de maneira obsessiva se odiando pela oportunidade perdida de se aproximar do músico. Se os investigadores perguntarem sobre Miles, ela diz que

só conversou com ele quando o músico veio ao aparta-mento perguntando se realmente era uma bibliotecária e se poderia procurar por um livro chamado Revelações

de Glaaki. O livro não está disponível na biblioteca

pública onde Thelma trabalha, mas ela está fazendo de tudo que pode para localizá-lo, na esperança de que Mi-les possa até convidá-la para um jantar romântico caso conseguisse encontrar o livro. Sem saber que Miles já conseguiu uma cópia do livro por outros meios, logo ela terá sucesso em sua procura e, sendo uma ávida leitora, ela o lerá antes de passá-lo para Miles. Thelma é uma mulher inteligente, e vai ligar imediatamente os sons estranhos no prédio para as informações contidas no tomo sobre as criaturas do Golfo de S’glhuo. O que ela vai fazer com este conhecimento fica para a imagi-nação do guardião.

Apartamento 3a

Ambrose Jasper era muito bem sucedido até recen-temente. Como uma antiga celebridade do rádio, ele tinha dinheiro e fama. Isso foi há mais de dez anos, no entanto. Durante a última década, uma doença crônica o obrigou a abandonar a carreira. Ele gastou quase toda a sua fortuna em tratamentos médicos, sem sucesso. Aos 65 anos de idade, passa agora seu tempo relembrando os anos de glória, em que circulava com as pessoas mais ricas e influentes da Filadélfia. Poucas pessoas vêm visitá-lo hoje em dia e seus dois filhos moram longe, na costa oeste dos EUA.

A enfermeira Virginia Schmidt tem cuidado de Am-brose nos últimos cinco anos. Apesar de AmAm-brose não ter mais dinheiro para pagá-la por atendimento em tempo integral, ela ainda vem cuidar dele todos os dias na parte da tarde, depois de trabalhar em um hospital local na parte da manhã.

Ambrose acha que está imaginando os sons, que eles estão dentro de sua cabeça e são um sinal de que sua doença está finalmente afetando a sua sanidade. Vir-ginia, a enfermeira, lhe disse que ela também ouve os estranhos sons, mas Ambrose acha que ela está dizen-do isso só para que não se sinta mal.

Ele não tem nada à dizer sobre Miles Harvey. Os dois nunca se falaram.

A enfermeira Virgínia Schmidt está presente no apar-tamento de Ambrose se os investigadores o visitarem na parte da tarde. Ela encontrou Harvey uma vez pelos corredores do prédio agindo de forma estranha, falan-do sozinho e acha que ele precisa de ajuda.

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Apartamento 3c

Benedict Davenport é um pintor de trinta e oito anos. Seu cabelo preto e ondulado está sempre despenteado, mais parecendo um esfregão usado. Ele é de estatura bem alta, tem um porte quase feminino, pele pálida, orelhas estranhamente pequenas e sobrancelhas finas. Benedict se veste apenas de branco e quase todas as suas roupas são manchadas de tinta a óleo.

Até o ano passado, Benedict teve relativo sucesso em sua profissão pintando retratos, alguns até para as celebridades de Filadélfia e Nova Iorque. Com o dinheiro deixando de ser um problema, ele se mudou para o edifício Market House Apartments, trazendo a sua mãe consigo e converteu o maior dos quartos do apartamento em um estúdio de pintura, onde produziu os retratos e as belas paisagens que lhe trouxeram sucesso como pintor. Tudo mudou quando os sons bizarros começaram à assombrar os habitantes do edifício. Junto com os sons vieram sonhos de paisa-gens bizarras, cidades de arquitetura impossível e de criaturas estranhas – altas e magras demais para serem humanas, com grandes olhos brancos e sem pupilas, com a pele coberta por escamas, e dedos longos e de-sossados. As pinturas mais recentes de Benedict são todas dessas imagens que viu em seus sonhos e gera um efeito forte de desconforto e enjoo. Essas pinturas foram rejeitadas pelas galerias de arte e por seus clien-tes habituais. Ver as pinturas de Benedict causa uma perda de 0/1D4 SAN.

Benedict, e sua mãe Lea, só tem boas coisas à dizer sobre Miles Harvey. Lea diz que, pouco antes do natal passado, Miles a ajudou quando caiu nas escadas do edifício, foi gentil e atencioso. Como um gesto de agradecimento, Benedict se ofereceu para pintar um retrato de Miles. Essa pintura está agora num canto do apartamento, inacabada, já que Benedict perdeu interesse nela depois que os sons começaram. Mesmo nesse estado inacabado, o retrato pode dar uma boa ideia aos investigadores sobre a aparência de Miles Harvey, se é que eles ainda não viram nenhuma foto do músico.

A medida que os personagens descem as escadas e caminham pelo corredor do porão, os barulhos es-tranhos tornam-se mais altos e mais perturbadores. No corredor do subsolo, uma enxurrada de sons ensurdecedores acerta os investigadores em cheio, pulsante, alternando entre três notas. Assobios agu-dos e vibrações de alta frequência se misturam com um zumbido alto.

Aproximando-se da porta de Miles, os sons se tornam realmente avassaladores, acertando os investigadores

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como ondas em um mar de tempestade, e a sensação é de serem fisicamente golpeados de todos os lados, e como se estivessem envoltos em uma substância ge-latinosa que faz com que movimentos sejam difíceis e lentos. A sensação é muito desconfortável e assus-tadora, causando uma perda de 1/1D6 SAN. Apesar disso, os investigadores não sofrem efeitos nocivos se passarem um longo tempo nesta área.

A porta do apartamento está trancada, mas a velha fe-chadura pode ser facilmente aberta com um rolamento bem sucedido de Chaveiro.

As paredes do pequeno apartamento estão cobertas com partituras escritas à mão, coladas na parede uma em cima da outra, em alguns cantos em várias cama-das. Junto com a notação musical, cada folha de par-titura têm várias anotações rabiscadas por Miles nas bordas. Elas são difíceis de ler, mas os investigadores podem rapidamente chegar à conclusão que nestas anotações Miles estava tentando descrever a música, já que ele acreditava que as partituras somente não eram suficientes para capturar fielmente as melodias. Em algumas das anotações, Miles descreve a reação das criaturas de som à música que ele mesmo tocava em seu baixo acústico. Com um rolamento bem sucedido em Psicanálise, é possível chegar à conclusão de que a extrema obsessão de Miles Harvey em estabelecer algum tipo de comunicação com o que ele pensava se tratar de criaturas de puro som o levou à loucura e que, agora, ele é um indivíduo extremamente perigoso. Em cima de uma escrivaninha no canto da sala, se en-contra uma variedade de estranhos cristais, bobinas de indução, peças de vários instrumentos musicais, e uma

pilha de anotações e diagramas que descrevem algum tipo de aparelho, um híbrido de instrumento musical e um tipo de máquina elétrica. A máquina em si não se encontra no apartamento. Também em cima da mesa, está uma carta dos organizadores do próximo festival de jazz da cidade. Debaixo de todos esses papéis, se encontra o volume nove do Revelações de Glaaki.

É impossível fazer uma boa análise das anotações de Miles e das outras pistas enquanto os investigadores estiverem no apartamento no subsolo. Os sons são altos e perturbadores demais para permitir uma leitura cuidadosa da caligrafia insana do músico. Uma vez que os documentos e outras pistas forem transferidos para um ambiente mais calmo, como uma sala na delegacia de polícia ou um quarto de hotel onde os personagens estejam se hospedando, há várias pistas importantes que podem ser descobertas a partir de uma análise detalhada.

Estudar todas as pistas leva um dia inteiro de esforço de todos os investigadores, ou alguns dias se somente um investigador estiver se dedicando ao trabalho, que consiste num estudo cuidadoso das anotações de Miles e do trecho no Revelações de Glaaki sobre as criaturas de puro som. Ao fim dessa análise, os investigadores descobrem a verdade por trás dos assassinatos do “Es-trangulador da Filadélfia”, e sobre os chocantes planos de Miles Harvey.

Convencido de que as criaturas de som o estão visitando a partir de uma outra dimensão,

o Golfo de S’glhuo, Miles desenvolveu um sistema de sons e notas musicais que lhe

permitiu uma comunicação limitada com as criaturas. Ele acredita que as criaturas

disseram que foi escolhido para construir uma máquina que permitiria abrir um portal

e atravessar para a bela dimensão de pura música. A máquina teria que ser construída

com muitas peças exóticas, incluindo as cordas vocais de cantores talentosos. Além

disso, a máquina que também é um bizarro instrumento musical, teria de ser ativada

por meio de um ritual que permite a drenagem da força vital de 333 pessoas. A

julgar pelas anotações mais recentes, Miles já terminou a construção da máquina.

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Quando os investigadores visitam o apartamento de Miles Harvey, ou ele os observa entrando no prédio, ou se tornou paranóico ao ponto de sempre verificar se alguém estaria seguindo-o até em casa. De qual-quer maneira, assim que terminada a construção da máquina, ele abandona seu apartamento na noite de 18 de maio.

Depois de encontrar a carta no apartamento de Mi-les, os pesquisadores podem tentar entrar em contato os organizadores do festival de jazz por telefone. A atendente explica ao investigador que os locais não são atribuídos aos músicos individualmente, mas são escolhidos pelos próprios no dia do festival. Foi pedi-do para fazerem performances curtas, no interesse de acomodar o grande número de atos que estão inscritos no festival deste ano, e cada um deve chegar cedo ao seu local preferido para aumentar a chance de que terão tempo para tocar.

Quanto ao tamanho dos locais, os organizadores di-zem que a maioria deles são pequenos, e que apenas três são grandes o suficiente para acomodar mais de 300 pessoas. Estes três são: The Golden Lily Club,

Elite Theatre e The Peerless Club.

Se os investigadores planejarem impedir Miles antes de começar sua performance, será necessário visitar todos os três locais. Os três estão localizados na mes-ma zona do centro da cidade e é possível dirigir de um para outro em cerca de 10 minutos.

Os bastidores dos clubes e teatros tem segurança extra no dia do festi-val, os investigadores só terão acesso aos bastidores caso tenham distinti-vos policiais, estejam acompanhados da polícia, sejam um número de jazz inscritos no festival ou caso utilizem de meios ilícitos.

Miles sobe ao palco no Elite Theatre no início da noite de 23 de maio. Com a máquina pronta para abrir o portal e transportá-lo para o mundo dos sons vivos, ele simplesmente não pode esperar mais.

O ritual descrito no Revelações de Glaaki exige que o instrumento-máquina seja tocado por 33 minutos. Assim que Miles começa a tocar, o público reage com surpresa e confusão à música de outro mundo, mas sente um desejo irresistível de ficar e ouvir toda a composição.

Se os investigadores estiverem presentes na plateia e ouvirem a música por mais de 33 segundos, eles devem fazer um rolamento de 0/1D4 SAN. Em caso de falha, eles se tornam encantados com a melodia enlouquecedora e esquecem a necessidade de impedir Miles. Uma vez sob a influência da música, o transe só pode ser quebrado quando a música para.

Se, a qualquer momento, Miles acreditar que seus planos estão em perigo, ou que os investigadores são uma ameaça imediata, ele recorre a uma melodia ter-rível que só pode ser tocada em sua máquina infernal. Com uma rápida sucessão de notas, com duração em conjunto de não mais de três segundos (um turno de combate, DES 16), Miles pode fazer com que qual-quer pessoa ouvindo, caso não seja bem sucedida num rolamento de POD versus POD, se torne um escravo de sua vontade nos próximos três minutos. Miles or-dena todas as pessoas da audiência sob seu controle a atacarem os investigadores ou qualquer pessoa que ele veja como uma ameaça. Aqueles sob o controle de Miles desta maneira caminham de forma cambaleante, como zumbis, enquanto sangue escorre de seus ouvi-dos. Para tocar esta melodia especial, Miles precisa parar a música do ritual, mas ele pode recomeçar mais tarde, se ele ainda achar que há condição de completar o ritual naquela mesma noite.

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A recompensa final por terminar o cenário e salvar o dia deve ser da ordem de 2D6 SAN. Caso os in-vestigadores tenham se dado ao trabalho de acalmar os moradores do prédio, eles devem receber 1D4 SAN extra.

Miles Harvey, 38, Músico insano, Estrangulador da Filadélfia

FOR 10 CON 13 TAM 12 INT 14 POD 15 DES 16 APA 11 EDU 11 SAN 0 PV 13

Armas: Faca pequena 55%, dano 1D4

Punho/Soco 60%, dano 1D3

Habilidades: Arte (Música) 70%, Mitos de Cthulhu

25%, Ocultismo 30%

Os investigadores podem tentar matar Miles Harvey antes de terminar sua composição no festival de jazz. Isso impediria a conclusão do ritual, salvaria a plateia e possivelmente também a humanidade. No entanto, será difícil explicar à polícia o assassinato do músico, já que ele não estava armado e não apresentava uma ameaça à ninguém. Se os investigadores não tiverem sido cuidadosos e acabaram matando Miles na frente de centenas de pessoas, sem sequer tomarem as pre-cauções necessárias para que não sejam reconhecidos, o guardião deve trazer ao jogo as consequências de suas ações – a polícia irá perseguir os assassinos de Miles Harvey.

Se os investigadores impediram Miles Harvey de con-cluir seu ritual, eles lidaram com a ameaça imediata à humanidade. Mas o que acontecerá com os outros inquilinos que ainda moram no Market House

Apart-ments?

As outras pessoas que ainda moram no prédio, onde dimensões se encontram, podem ser levados à loucura e começarem também a mesma jornada desastrosa de Miles Harvey para abrir um portal para S’glhuo. Não há nenhuma maneira fácil de se resolver este pro-blema. Não há nenhum ritual para “distanciar” nossa dimensão do Golfo de S’glhuo.

Ainda assim, a natureza do contato entre as duas di-mensões significa que, enquanto movimento e massa no Golfo de S’glhuo aparecem na área como em nossa dimensão na forma de som, também acontece que sons na nossa dimensão nesta área resultam na criação de matéria, e até mesmo de seres vivos bizarros, no Gol-fo de S’glhuo. Tendo isto em mente, o guardião pode assumir que, se o prédio Market House Apartments for demolido, o som da demolição vai criar uma tremen-da reviravolta na outra dimensão, tão grande que os seres que vivem lá abandonariam esta área, e assim qualquer novo edifício construído onde ficava Market

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Se Miles Harvey não for impedido de completar o ritual, 333 pessoas na plateia do Elite Theatre mor-rem durante os últimos três minutos da peça musical, quando sua força vital é sugada e usada para alimentar o feitiço para abrir o portal interdimensional. Um mé-dico legista determinará mais tarde que eles morreram de insuficiência cardíaca.

No final do ritual, um portal para a dimensão do Golfo de S’glhuo se abre temporariamente. Então, como consequência dos erros feitos por Miles quando cons-truindo a máquina, a vida do músico faz uma virada para pior, muito pior.

Se os investigadores descobriram os detalhes dos erros de Miles anteriormente, eles devem estar esperando que o ritual resultará em destruição cataclísmica, e isso é correto - parcialmente correto, pelo menos. A ativação da máquina causará imensa destruição, mas não em nossa dimensão.

Em sua loucura, Miles misturou as instruções de duas máquinas descritas no volume nove do Revelações de

Glaaki, uma que pode ser usada para abrir um portal

interdimensional, e outra que é a única arma terrestre eficaz contra os seres do Golfo de S’glhuo. Como resultado, quando Miles completar o ritual, o portal é aberto e ele é sugado para o outro lado, mas a melodia ainda ressoando a partir da máquina causará imensa destruição no Golfo de S’glhuo. Qualquer um que olhe através do portal verá enormes edifícios de pedra em formas não-euclideanas caindo em ruínas de maneira impossível em meio a um terremoto e muitos estra-nhos, altos e escamosos seres morrendo aos milhares

(o guardião deve pedir um rolamento de 1D4+4/3D10 SAN para todos diante desta carnificina). Em poucos segundos, quando as cordas da máquina pararem de vibrar as últimas notas da melodia, o portal se fecha. Para a máquina ser usada uma segunda vez em um ritual completo, será necessário um novo conjunto de cordas vocais e mais 333 vítimas.

No caso do ritual ter sido concluído, os seres do Golfo de S’glhuo buscarão vingança contra a humanidade pela enorme destruição causada em seu mundo. Eles não podem afetar a nossa dimensão diretamente, mas guiados por seu deus Tru’nembra, eles planejam um ataque indireto à humanidade, através das Terras dos Sonhos.

Os investigadores podem descobrir este perigo por meio de estranhos sonhos que eles próprios tenham, ou através de um amigo que é um sonhador ativo e que tenha contatos nas Terras dos Sonhos.

Depois de algumas investigações, eles descobrem que os seres do Golfo de S’glhuo planejam usar determi-nados harmônicos para cancelar todo o som nas Terras dos Sonhos durante três segundos completos e que isso causaria uma instabilidade total em nosso uni-verso, destruindo toda a humanidade, transmutando-a em minerais. A fim de impedir que isso aconteça, eles necessitam encontrar um modo de viajar até as Terras dos Sonhos, procurar poderosos aliados por lá e, de alguma forma, frustrar o plano maligno dos seres do Golfo de S’glhuo.

REVELAÇÕES DE GLAAKI – em Inglês, escrito por vários autores, 1842-1865. Nove volumes no

formato fólio foram consentidas em ser publicadas, a última em 1865. desde então mais três volumes foram redigidas e circularam em segredo. Cópias dos nove volumes originais existem em muitas das maiores bibliotecas. Cada volume foi escrito por um cultista diferente, e discute um aspecto diferente de Glaaki, entidades associadas, e seus cultos. Esta versão do texto foi aparentemente expurgada, mas ainda contém muita informação. A série de feitiços dá uma boa ideia do seu conteúdo. Perda de Sanidade 1D6/2D6; +15 porcento de Mitos de Cthulhu; média de 32 semanas para estudar e compreender. Feitiços: Canção Fúnebre de Nyhargo, Chamar/Banir Azathoth, Chamar/Banir Daoloth,

Chamar/Banir ShubNiggurath, Contatar Byatis, Contatar Cristalizadores de Sonhos, Contatar Eihort, Contatar Glaaki, Contatar Ghroth, Contatar M’nagalah, Convocar/Aprisionar Ser de Xiclotl

Referências

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