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Cabala, Tradição Iniciática e Maçonaria

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Academic year: 2021

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RADIÇÃORADIÇÃO

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NICIÁTICANICIÁTICA EE

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AÇONARIAAÇONARIA  Neste s

 Neste singelo estudo ingelo estudo que iremos que iremos empreender, empreender, viajaremos peviajaremos pelo antigo lo antigo imaginário dimaginário dee religiosos, místicos e sábios antigos. Trataremos sobre a tradição denominada Cabala. Esta religiosos, místicos e sábios antigos. Trataremos sobre a tradição denominada Cabala. Esta tradição pertence à essncia de muitas escolas de sabedoria, tanto do passado quanto do tradição pertence à essncia de muitas escolas de sabedoria, tanto do passado quanto do  presente.

 presente. ! ! primeiro primeiro desa"io desa"io # # aquele aquele de de con$ecermos con$ecermos uma uma linguagem linguagem que que nos nos pareceráparecerá estran$a no princípio. %or#m, na medida em que preenc$ermos de signi"icado cada uma estran$a no princípio. %or#m, na medida em que preenc$ermos de signi"icado cada uma dess

dessas as palpalavraavras s que que apreaprenderndermosmos, , descdescobriobriremremos os a a capcapaciacidade dade de de adapadaptaçtação ão que que elaelass  possuem,

 possuem, na na busca busca que que cada cada um um de de n&s n&s reali'a reali'a naquilo naquilo que que se se convencionou convencionou c$amar c$amar dede (ist#rios.

(ist#rios.

Eis uma parte da

Eis uma parte da traditradição que ção que nossos antepasnossos antepassados nos legaram, preservada no seiosados nos legaram, preservada no seio de antigas culturas e agora universali'ada, sinteti'ada e conservada no interior de nossos de antigas culturas e agora universali'ada, sinteti'ada e conservada no interior de nossos templos.

templos.

Cabala # "undamentalmente uma tradição mística vinculada ao conte)do religioso Cabala # "undamentalmente uma tradição mística vinculada ao conte)do religioso  judaico.

 judaico. ! ! ensinamento ensinamento original original teria teria sido sido dado dado ao ao patriarca patriarca *braão *braão por por (el+itsede+.(el+itsede+. !utras "ontes citam que esta tradição # ainda mais anterior, tendo sido recebida pelo !utras "ontes citam que esta tradição # ainda mais anterior, tendo sido recebida pelo  pr&prio

 pr&prio *dão *dão pelo pelo arcanjo arcanjo a'iel, a'iel, sendo sendo mais mais tarde tarde transmitida transmitida a a seu seu "il$o "il$o -et$, -et$, e e assimassim sucessivamente de geração em geração. Esta "iloso"ia se "undamenta sobre os tetos sucessivamente de geração em geração. Esta "iloso"ia se "undamenta sobre os tetos sagrados da Tora$, contudo não se limitando a estes.

sagrados da Tora$, contudo não se limitando a estes.

Ela reclama para o /omem uma $erança espiritual desde a muito esquecida, mas Ela reclama para o /omem uma $erança espiritual desde a muito esquecida, mas que deve ser resgatada pelo es"orço individual em direção a 0eus para que possa receber a que deve ser resgatada pelo es"orço individual em direção a 0eus para que possa receber a revelação. Esta revelação recebida # o pr&prio Con$ecimento, 0aat$ em $ebraico e 1nosis revelação. Esta revelação recebida # o pr&prio Con$ecimento, 0aat$ em $ebraico e 1nosis em grego.

em grego.

*ssim c$egamos à etimologia do termo Cabala ou Cabala, que possui rai' na *ssim c$egamos à etimologia do termo Cabala ou Cabala, que possui rai' na  palavra

 palavra $ebraica$ebraica Qibel Qibel , , quque e sisigngni"i"icicaa receber receber . . %ort%ortantanto, Cabao, Cabala ou Cabla ou Cabala siala signigni"ic"icaa

ECE23(ENT!, sendo uma cincia que nos permite aper"eiçoar os canais que nos ligam ECE23(ENT!, sendo uma cincia que nos permite aper"eiçoar os canais que nos ligam à "onte de verdadeira lu' e vida4 0eus. *ssim, preparamo5nos para receber este in"luo à "onte de verdadeira lu' e vida4 0eus. *ssim, preparamo5nos para receber este in"luo divino e compartil$á5lo.

divino e compartil$á5lo.

*lguns importantes tetos surgiram a partir do con$ecimento dos antigos cabalistas, *lguns importantes tetos surgiram a partir do con$ecimento dos antigos cabalistas, compilaç6es de tradição oral e comentários místicos da

compilaç6es de tradição oral e comentários místicos daTorahTorah, os , os quais estão contiquais estão contidos nosdos nos

livros

livros Sepher ha YetzirahSepher ha Yetzirah  78ivro da 9ormação:,  78ivro da 9ormação:, Sepher ha Zohar Sepher ha Zohar  78ivro do Esplendor:, 78ivro do Esplendor:, Sepher ha Bahir 

Sepher ha Bahir  78ivro da 3luminação:, sendo estes os principais livros desta tradição. 78ivro da 3luminação:, sendo estes os principais livros desta tradição.

 Na idade

 Na idade m#dia, dm#dia, durante urante a invasão a invasão árabe árabe na na península península ib#rica, ib#rica, a toler;ncia a toler;ncia isl;micaisl;mica  para com

 para com outras culturas outras culturas permitiu o permitiu o surgimento de surgimento de uma idade uma idade de ouro de ouro no desenvolvimentono desenvolvimento da "iloso"ia judaica. 9oi neste período que vieram à lu' alguns dos importantes livros da "iloso"ia judaica. 9oi neste período que vieram à lu' alguns dos importantes livros citados anteriormente.

citados anteriormente.

Tamb#m neste período de abertura "ilos&"ica, a cabala "oi absorvida e sincreti'ada Tamb#m neste período de abertura "ilos&"ica, a cabala "oi absorvida e sincreti'ada  por outras tradiç6es.

 por outras tradiç6es. 8ivros cabalísticos são 8ivros cabalísticos são editados em latim e in"luenciam editados em latim e in"luenciam o pensamentoo pensamento ilumi

iluminista e $erm#tnista e $erm#tico, al#m de "lorico, al#m de "lorescer um escer um CabalCabalismo Cristismo Cristão que via nestes lião que via nestes livrosvros "ontes de comprovação e da grandiosidade do (essias, con"orme os trabal$os posteriores "ontes de comprovação e da grandiosidade do (essias, con"orme os trabal$os posteriores de <o$ann euc$lin 7=>??5=?@@: Anorr von osenrot$ 7=B=5=BD:, *t$anasius Airc$er de <o$ann euc$lin 7=>??5=?@@: Anorr von osenrot$ 7=B=5=BD:, *t$anasius Airc$er

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7=BF=5=BDF: %ico della (irandola 7=>B5=>>: e de <acques 1a""arel 7=BF=5=BD=:, entre outros.

! surgimento das sociedades iniciáticas "irmou5se sobre a busca da liberdade de  pensamento, da renascença grega e $erm#tica, da revalori'ação do $omem como indivíduo e sua capacidade de ligar5se ao divino atrav#s do con$ecimento e do auto5aper"eiçoamento.

* cincia cabalística serviu como mapa do camin$o, indicando a "orma de atingir o ideal $umano em sua plenitude. Esta busca # a reali'ação da 1rande !bra, que permite ao ser $umano revalori'ar sua condição de imagem e semel$ança com o %ai Celestial.

Essas sociedades iniciáticas, em oposição ao obscurantismo intelectual imposto pelo catolicismo romano medieval, deram nascimento ao movimento rosacruciano, que unindo5 se ao templarismo e às associaç6es de construtores livres desencadeou um dos maiores sincretismos simb&licos4 a "rancomaçonaria. *ssim como a maçonaria dos primeiros tempos, o rosacrucianismo era "ormado por grupos de $omens livres, que se reuniam secretamente cultivando a busca intelectual, moral e espiritual, conservando este con$ecimento atrav#s de símbolos.

-obre a Cabala, ela se divide em quatro tipos4Prática, Dogmática, Literal e Oral. 5 * Cabala Prática trata da parte ritualística, talismãs, magias e cerimoniais,

objetivando ligar a essncia divina ao $omem, elevando5o a uma condição superior. 5 * Cabala Dogmática está representada por toda a literatura sagrada.

5 * Cabala Literal se ocupa das palavras, letras e seus valores num#ricos como essncia do sagrado. G subdividido emGuematria 7valor num#rico de algumas palavras e sua

relação com outras palavras como mesmo valor:,Temurah 7combinação das letras de

uma palavra com outras, alterando seu valor e signi"icado: e Notarikon 7criação de

termos e palavras a partir do início de "rases, "ormando acrHnimos:.

5 * Cabala Oral # aquela transmitida no interior das escolas iniciáticas, de (estre a 0iscípulo. Ela # a revelação dos mist#rios que são transmitidos atrav#s de c$aves que  permitem abrir os portais do oculto.

!s (estres Cabalistas criaram alguns modelos para compreensão de 0eus, da criação, das leis universais, das $ierarquias e da nature'a visível e invisível.

! modelo mais "amoso # de Etz Haim 7Irvore das Jidas:. Ela # dividida em =F valores

ou sephiroth e @@ letras ou shemoth. !s valores são as es"eras ou regi6es e as letras são os

camin$os 7 sineroth: que ligam um valor a outro.

* Irvore tamb#m pode ser dividida em trs pilares4 Pilar a !e"eriae 5 esquerdo 7%ilar Negro:

Pilar o E#$il%brio K centro

Pilar a Mi&eric'ria 5 direito 7%ilar 2ranco:

!s pilares da -everidade e (iseric&rdia tamb#m são c$amados, respectivamente, de 2. e <., e são citados em @L CrHnicas 333, =M.

(3)

*s =F sep$irot$ e as @@ letras ou s$emot$ são c$amadas de os @ camin$os da -abedoria.

Em Cabala isto "a' analogia com a palavra Lev 78amed52et$: que signi"icacoraço

e tamb#m possui o valor de @. %ortanto podemos di'er que estes @ camin$os nos levam ao coração da -abedoria de 0eus.

*rquetipicamente, a Irvore Cabalística "a' analogia ao corpo do /omem (acroc&smico ou !"am #a"mon. Este /omem Celeste nada mais # do que o Templo

niversal, do qual o $omem terrestre # micro5cosmicamente o templo particular. Este templo # dividido em > partes que correspondem aos > mundos da Cabala4 A(IL)T* 7Emanação: K morada das essncias divinas representadas pelos nomes de 0eus.

BRIA* 7Criação: K corresponde aos anjos diretores que auiliaram na criação do universo.

+ET(IRA* 79ormação: K a pr&pria criação, representada pelas coletividades de seres e as $ierarquias de tudo o que "oi criado ou "ormado.

A!!IA* 7*ção: K aspecto "ísico de toda a criação, mundo das inter5relaç6es dos seres e das coletividades.

*s =F sep$irot$, que representam os valores essenciais da criação, são assim c$amadas4

Aet$er Coroa %rimum (obile /oc$ma$ -abedoria Es"era do Oodíaco

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2ina$ 3nteligncia Es"era de -aturno /esed (iseric&rdia Es"era de <)piter   1ebura$ <ustiça Es"era de (arte Tip$aret$ 2ele'a Es"era do -ol  Net'ac$ Jit&ria Es"era de Jnus

/od 1l&ria Es"era de (erc)rio Pesod 9undamento Es"era da 8ua

(al+ut$ eino Es"era dos Elementos

! termo Cabala como recebimento # muito mais amplo. %ara receber pressupomos que algo # transmitido.

0eus, quando criou o universo, doou sua in"inita lu', a qual tamb#m # vida. G da  pr&pria nature'a de 0eus doar em abund;ncia. %or isto, temos que saber receber estas

dádivas. Este aprendi'ado se "a' atrav#s do estudo do simbolismo da composição do universo, aprendendo a reali'ar o camin$o de retorno àquele estado ideal de -er /umano, na sua concepção mais elevada.

(as esta lu' não pode ser recebida na sua integralidade. 3sto porque, como di'em os antigos sábios, ningu#m v a "ace de 0eus que não morra. Esta lu' maior desce por escalas desde a mais alta região celestial at# as mais densas obscuridades da mat#ria.

! iniciado busca atrav#s do recebimento das primeiras lu'es, escalando atrav#s dos @ camin$os da sabedoria, c$egar at# o cume desta montan$a santa. Neste camin$o ele resgata os "ragmentos da Qpalavra perdidaR, palavra santa, nome impronunciável, que entre os $ebreus era c$amado de Shemamphorash, o Qnome bem pronunciadoR. esgatar o

con$ecimento deste nome # entrar na intimidade de 0eus, # eperimentar a realidade da essncia divina. 3sto # Con$ecimento, 1nosis4 $aath... a sep$ira$ que não # contada,

 porque se perdeu na queda ad;mica. G o mist#rio do L camin$o que possibilita a reintegração entre o /omem e a 0ivindade.

-egundo o -ep$er Pet'ira$, o mundo "oi criado com Teto 7-ep$er:, N)mero 7-ep$ar: e Comunicação 7-ipur:. 3sto corresponde à divisão trina do al"abeto $ebraico4 * "orma, o valor num#rico e a pron)ncia ou nome das letras. Este al"abeto tamb#m # dividido em letras simples 7=@:, letras duplas 7M: e letras mães 7:, somando ao todo @@ e correspondendo aos camin$os da Irvore das Jidas que ligam as -ep$irot$.

*s =@ letras simples correspondem às =@ constelaç6es 'odiacais, que os astr&logos antigos c$amavam de C#u 9io, composto pelas Estrelas 9ias.

*s M letras duplas correspondem aos M planetas, que se movimentam dentro do cinturão 'odiacal.

*s  letras mães correspondem às  essncias divinas ou elementos primordiais 7*r, 9ogo e Igua:. ! >L elemento não era contado, pois a Terra seca $avia sido retirada do Caos primitivo, não tendo sido proveniente de 0eus.

! estudo da simbologia preservada nos templos e rituais maçHnicos constitui um verdadeiro tesouro dos antigos mist#rios.

(5)

Como maçons, aprendemos a soletrar as primeiras letras, que são os primeiros símbolos recebidos na 8u' da iniciação. *trav#s do silncio nos esva'iamos dos  preconceitos e embarcamos em uma viagem atrav#s das "ormas e conte)dos do templo, dos gestos, toques e palavras. Essa linguagem simb&lica nos ensina um novo idioma outrora  perdido4 o 3dioma da *lma. G ele que nos "ala ao coração 78ev: nos levando pelos @ camin$os de sabedoria, na busca do verdadeiro con$ecimento, o qual ja' no "undo  pro"undo de n&s mesmos.

CONCL)!ÃO

* Tradição 3niciática "undamenta5se nos tetos sagrados e na simb&lica preservada ao longo de muitos s#culos. Ela toma vida e signi"icado atrav#s da capacidade do $omem de buscar a 0eus, o aper"eiçoamento moral e espiritual, o eercício das virtudes e o respeito às leis de "luo e re"luo do universo. * essncia da Cabala # saber receber, sem estancar o  processo desta corrente universal. %ara isso devemos imitar o pr&prio *rquiteto Eterno, tamb#m doando e repartindo as compreens6es e ensinamentos que alcançamos atrav#s do estudo e re"leão. !s símbolos, como entes universais, tamb#m possuem uma miríade de  possibilidades de interpretaç6es.

Cabe a cada um de n&s aprendermos a desenvolver esta leitura intuitiva para que as  portas descon$ecidas de n&s mesmos possam ser "ranqueadas e possamos encontrar o

tesouro oculto em nosso interior.

8embremos daquele que ainda não sabendo ler nem escrever, por não ter aprendido a juntar os símbolos, na medida em que re)ne este novo al"abeto, vai "ormando "rases, e com elas a revelação da *rte eal se "a' diante de seus ol$os.

! templo maçHnico # um pequeno universo, um re"leo da Criação e do /omem, onde os maçons descobrem o quão importante # a sua participação no mundo e na $umanidade, tomando para si a responsabilidade de perseverar na criação de uma sociedade mel$or, mais justa e mais $umana, à imagem e semel$ança do 1rande *rquiteto do niverso.

PAULO ROBERTO SILVEIRA DE SOUZA - M M

A CONHECIMENTO E HARMONIA – GORGS

PORTO ALEGRE - RS

Referências

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