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MÉTODOS DE EXTENSÃO RURAL

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Academic year: 2021

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MÉTODOS DE EXTENSÃO RURAL

MÉTODO CARACTERÍSTICAS BÁSICAS FINALIDADES PREPARO E EXECUÇÃO

VISITA (V)

- Método de alcance individual, planejado; realizado no campo (ou recebe-se o(a) agricultor(a) no escritório); envolve relacionamento interpessoal; dotado de eficácia, mas de custo alto, por causa do alcance.

- Informar e/ou coletar dados;

- Orientar a introdução ou melhoria técnicas e práticas;

- Motivar; divulgar resultados e eventos;

- Planejar atividades e/ou preparar participação em outros métodos. - Motivacional e informativo.

- Planejar época, conteúdo e duração, de acordo com o objetivo;

- Preparar material ou equipamentos necessários e entregar materiais escritos (se for pertinente); - Se possível deve ser combinada com outros

métodos, como a demonstração de técnicas; - Ser claro e objetivo; e saber ouvir.

CONTATO (C)

- Individual ou em grupo; não planejado; realizado no campo e/ou no escritório; verbal (face a face, telefônico e conversa pela internet) e por escrito (correspondências, e-mails e whatsapp). Pode ter caráter técnico ou de relações públicas.

- Informar, esclarecer problemas e/ou dúvidas; motivar; convidar; oferecer e solicitar cooperação.

- Motivacional e informativo.

- Envolve um procedimento específico; - Deve ter um objetivo definido;

- Almeja conseguir persuasão, comunicação e influência pessoal.

PALESTRA (P)

- Método de comunicação verbal mediante o qual um orador discorre sobre um assunto, previamente determinado, para um grupo de pessoas. É provavelmente o método mais empregado, mas a proporção de informações retida pelo auditório é reduzida. - “A eficácia de uma palestra não se mede pelo que fala o

palestrante, mas pelo que retém e assimila o ouvinte” (Zuckerman).

- Permite transmitir muitas informações em pouco tempo; - Pode tratar de temas abstratos ou

que os participantes não estão familiarizados;

- Adequada para despertar a atenção e o interesse, mas deve ser complementada por outros métodos.

- Motivacional e informativo.

- A realização da palestra é relativamente simples; mas o orador ao planejá-la deve verificar a composição e número estimado de participantes, o tempo disponível e as condições do local (quais recursos audiovisuais o palestrante poderá usar?); - Durante a palestra, sempre que possível, deve

estimular a participação do público.

CURSO (CS)

- Método grupal; envolvimento pessoal em situação de grupo; - Série planejada de palestras, aulas e, frequentemente,

demonstrações práticas, sobre um ou vários temas, conexos ou não;

- Combinação de métodos e pode envolver trabalho em grupo.

- Desenvolver habilidades e destrezas; por meio de técnicas de ensino/ aprendizagem;

- Discutir novas ideias e atividades; - Capacitação de produtores e de

pessoal técnico;

- Motivacional, informativo e instrucional.

- Definir o público (melhor mais homogêneo) e os objetivos;

- Planejar local, convites; conteúdo, metodologia, etapas; duração e custos. - Balancear aspectos teóricos e práticos; - Associar métodos e técnicas;

- Preparar e executar planos de aula/atividades. - Dimensionar número de participantes: no

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MÉTODO CARACTERÍSTICAS BÁSICAS FINALIDADES PREPARO E EXECUÇÃO

UNIDADE DE OBSERVAÇÃO OU ENSAIO DE CAMPO

(U.O.)

- De caráter experimental e demonstrativo, serve para auto-treinamento de técnicos; não é usado para ensino direto aos produtores; aplicado em pequena escala.

- Comprovar a viabilidade da aplicação de técnicas (inovações); - Treinamento de pessoal técnico. - Instrucional.

- Exige preparo acurado;

- Escolha adequada do cooperador (produtor); - De preferência usar delineamento estatístico. - A avaliação deve ser técnico-econômica.

UNIDADE DEMONSTRATIVA (CULTURA OU CRIAÇÃO

DEMONSTRATIVA) (U. D.)

- Trabalho executado com uma cultura ou uma criação, nas condições reais do produtor, visando a introduzir uma ou mais inovações que aumente os lucros da atividade e/ou facilite o trabalho e/ou aumente a sustentabilidade da produção;

- Cria as condições para que o produtor compare mentalmente o que vê, as informações e os dados que recebe, com sua própria exploração ou com explorações que conhece, decidindo com maior segurança sobre a aplicabilidade ou não da inovação proposta. Difere de demonstração de resultados pela ausência de testemunha para comparação direta no local.

- É um método de dupla finalidade: serve para motivar e ensinar e deve fazer parte de uma estratégia de médio prazo.

- Deve ser usada, ao fim de um encadeamento de métodos, como reforço nas fases de ensaio e decisão do processo de adoção; - É mais eficiente quando

desenvolvida com acompanhamento de grupos (produtores, jovens e/ou famílias). - Motivacional e instrucional.

- A escolha da UD deve se basear no conhecimento da realidade rural e, principalmente, do público e seus problemas. - O demonstrador deve ser capaz, interessado,

cooperativo e conceituado perante o grupo de produtores rurais;

- O local deve ser de fácil acesso e próximo de estrada, para permitir a visão dos transeuntes. - A execução deve ser planejada, prevendo o acompanhamento do grupo de produtores rurais e a metodologia adequada (demonstrações, excursões, etc.).

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

(D. R.)

- Condução e comparação (com testemunha), de uma ou mais práticas, em uma propriedade rural, com orientação, acompanhamento e controle de um técnico;

- Montada em local estratégico, para estimular a sua multiplicação (difusão), caso os produtores aprovem o resultado; pode ser de curta ou média duração.

- Comprovar viabilidade e adequação de práticas às condições locais, utilizando os métodos da pesquisa; - Comparar técnicas rotineiras e

tradicionais com as novas recomendações;

- Motivacional e Instrucional.

- Escolher propriedade bem localizada; - Fazer um planejamento criterioso; - Instruir e ouvir o proprietário;

- Criar sistema de controle das atividades e de divulgação;

- Fazer cronograma de utilização (associação com outros métodos DC, EXC., V.).

PROPRIEDADE DEMONSTRATIVA

(P. D.)

- Trabalho executado numa propriedade representativa do município, considerando os recursos naturais, o tamanho e o volume de produção;

- Conduzir nas comunidades rurais/microbacias/assentamentos, com o acompanhamento de um ou mais grupos de produtores rurais do local.

- Pode Servir como unidade de demonstração no campo de administração rural;

- Identificar explorações e estratégias de trabalho e gestão que devem ser combinados para se obter melhores resultados econômicos;

- Fornecer dados para definir índices econômicos de propriedades rurais; - Servir de pólos de debate e

motivação visando possíveis mudanças tecnológicas.

- Motivacional e Instrucional.

- Seleção criteriosa da propriedade rural; - Estudo e planejamento da propriedade rural

(descrição, análise e elaboração do plano). - Com base no plano de administração da

propriedade, o extensionista deve dialogar e orientar o produtor quando este for executar os melhoramentos e as mudanças planejadas. - O plano deve prever a utilização da

propriedade por meio de visitas, excursões e atividades de formação de outros produtores.

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MÉTODO CARACTERÍSTICAS BÁSICAS FINALIDADES PREPARO E EXECUÇÃO

SEMANA (S) ESPECIAL

- Método complexo com atividades e atenções dirigidas ao público em geral; duração de vários dias; realizado no campo e/ou na cidade; permite conjugação de vários métodos; custo baixo quando comparado com a execução dos métodos de forma isolada.

- Dinamizar atividades prioritárias de um programa de trabalho;

- Envolvimento da comunidade para solução de problemas.

- Motivacional e Informativo.

- Organização exige formação de uma comissão, com divisão de tarefas e treinamento de pessoal, seleção de métodos a serem empregados, preparação de recursos materiais e audiovisuais necessários, levantamento de recursos financeiros, plano de divulgação. Prever formas de avaliação.

ENCONTRO (ENC.)

- Assembléias, encontros, ou reuniões de indivíduos ou representações de classe ou associações; ação grupal para se deliberar algum assunto;

- Tomada de decisões e/ou discussão de ideias e/ou procedimentos, em grupo;

- Pode incluir conferências e/ou palestras; - Fluxo planejado de informações.

- Dar conhecimento, despertar interesses, permitir troca de experiências e conscientizar sobre problemas;

- Estimular cooperação mútua e o associativismo;

- Elaborar diretrizes e ações prioritárias para o desenvolvimento de projetos;

- Informativo e Motivacional

- Exige preparo cuidadoso;

- Planejar com antecedência: local, duração e etapas;

- Exige um planejamento criterioso para as três fases: preparação, execução e avaliação; - Deve ser antecedido de um amplo trabalho de

divulgação;

- Permite associar vários métodos e técnicas.

EXCURSÃO (EXC.)

- Visita em grupo, realizada no campo e/ou na cidade;

- Deslocamento de um grupo de pessoas para um local que proporcione contato com novas experiências ou que permita o reconhecimento de problemas não sentidos no local onde vivem; - Atividade cooperativa por excelência;

- Caro e exige muito cuidado no planejamento e na execução.

- Mostrar a aplicação prática, em escala, de novas ideias;

- Facilitar a compreensão de fatores de produção;

- Prever novas experiências ou vivências em grupo.

- Instrucional e Informativo.

- Planejar cuidadosamente: o público a ser convidado, objetivo, local, duração, etapas, transporte e facilidades para os participantes; - Dosar conteúdo e definir objetivos em termos

educacionais;

- Selecionar métodos e técnicas; - Preparar material de apoio necessário.

DIA DE CAMPO (D. C.)

- Realizado no campo; mostra uma série de atividades, com ênfase naquelas de caráter prático, em uma mesma propriedade, - Método grupal composto de fases e/ou estações;

- Eficiente por apresentar situações e vivências reais;

- Combina os três princípios essenciais na aprendizagem: ver, ouvir e fazer;. Apresenta custo elevado.

- Informar; motivar, ensinar/aprender uma prática; desenvolver habilidades e destrezas;

- Formação/treinamento de produtores e de pessoal técnico, divulgação de resultados de práticas agropecuárias.

- Motivacional, informativo e instrucional.

- De acordo com a sua finalidade, o dia de campo poderá ter uma série de atividades desde que sejam interligadas a um tema; - Deve-se formar uma comissão que coordene

as atividades, pois exige planejamento cuidadoso e detalhado;

(4)

MÉTODO CARACTERÍSTICAS BÁSICAS FINALIDADES PREPARO E EXECUÇÃO

REUNIÃO (R)

- Contato interpessoal; grupal;

- Favorece multiplicidade de ideias, emergência de lideranças e pressões grupais, mas há possibilidade de conflitos;

- Permite desenvolver técnicas de organização e associativismo; método econômico dado seu alcance e efeito multiplicador; - Apresenta-se sob diversos tipos, dependendo da natureza, do

tamanho e dos objetivos dos grupos.

- Informar; motivar, desenvolver espírito associativista;

- Exercitar habilidade de pensar, falar e organizar atividades em grupo; - Permitir trocas de ideias e

experiências.

- Motivacional e Informativo.

- Planejar com antecedência: público alvo, objetivo, conteúdo, tipo de reunião. Escolher local, época, duração, metodologia (técnicas), os recursos e os materiais necessários e o roteiro.

- Ser claro, dividir tarefas.

EXPOSIÇÃO EDUCATIVA (E.E.)

- Método de extensão completo e eficiente;

- Possibilita uso simultâneo de diferentes meios de comunicação; - Permite aproveitamento integral dos fatores; repetição e

visualização de ideias;

- Método de alcance massal; de cunho promocional e motivacional; - Filosofia básica: educar mostrando.

- Apresentar novos produtos ou ideias; - Divulgar proposta ou trabalho realizado e/ou resultados alcançados;

- Despertar a atenção e o interesse do público para problemas reais e atuais e para as suas soluções; - Desenvolver a capacidade de

trabalho, o espírito de cooperação e/ou a competição sadia.

- Motivacional e Informativo.

- Exige senso de oportunidade na sua execução; - Exige definição de público, local, mensagem,

época, divulgação e organização;

- Planejar distribuição de quadros, stands e painéis;

- Exige técnicas de arranjo e decoração; - Se for o caso: elaborar critérios de julgamento,

distribuição de prêmios e avaliação.

DEMONSTRAÇÃO DE TÉCNICAS

(D.T.)

- Execução de uma prática com facilidade de memorização e de aprendizagem (desenvolvimento de destrezas motoras).

- Método individual e/ou para grupos pequenos;

- Eficiente para apresentar situações e vivências reais, mas tende a ser caro em relação a outros métodos;

- Combina três princípios fundamentais: ver, ouvir e fazer.

- Ensinar/aprender uma prática; desenvolver habilidades e destrezas;

- Estimular as atividades em grupo; - Comprovar a aplicabilidade de uma

inovação tecnológica;

- Permite avaliar e identificar possíveis problemas e dificuldades na operacionalização de uma técnica. - Instrucional.

- Exige preparo orientado;

- Exige definição clara de objetivos em termos educacionais;

- Deve prever a ordenação de ideias e passos (etapas) e pontos chaves,

- Utilizar materiais impressos e outros recursos como apoio e reforço do aprendizado.

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MÉTODO CARACTERÍSTICAS BÁSICAS FINALIDADES PREPARO E EXECUÇÃO

OFICINA (OF.)

- Contato interpessoal; pequenos grupos;

- Construção coletiva de um saber, de uma análise da realidade, de troca de experiências;

- Permite aprender ou desenvolver técnicas mais complexas e que exigem experiência prática;

- Apresenta-se sob diversos tipos, dependendo da natureza, do tamanho e dos objetivos da atividade.

- Desenvolver capacidade de trabalho em grupo;

- Permitir a participação, o aprendizado, a sistematização dos conhecimentos, trocas de ideias e experiências.

- Informativo e Instrucional.

- Exige definição clara de objetivos em termos educacionais;

- Definir público alvo, objetivo, conteúdo e técnicas, recursos, local e os materiais necessários;

- Atuar como mediador e sistematizador dos resultados.

FÓRUM (F.)

- Reunião de diferentes públicos (agricultores, técnicos e especialistas) para aprofundar um diagnóstico ou conhecimento sobre um problema técnico/social e realizar proposições para sua solução;

- Prevê participação intensa do público e ao mesmo tempo permite trabalhar grande número de pessoas;

- Possibilita uso simultâneo de diferentes métodos de extensão rural;

- Sensibilizar sobre um problema técnico ou social e, ao mesmo tempo, ampliar o conhecimento e formular propostas de solução; - Desenvolver a capacidade de

trabalho em grupo e o espírito de cooperação.

- Motivacional e Informativo.

- Formar comissão de organização;

- Exige definição de público, local, tema, época e cuidadosa organização;

- Deve ser antecedido de um amplo trabalho de divulgação;

- Exige combinação de técnicas e, via de regra, formação de subgrupos;

MESA REDONDA (M. R.)

- Debate entre técnicos ou especialistas conhecedores de um tema, com participação posterior do público;

- Eficiente para apresentar discutir diferentes pontos de vista, esclarecer o público sobre alternativas possíveis;

- Pode ser parte de um evento mais amplo, como um Encontro ou Fórum.

- Estimular debate de ideias e possíveis soluções para um problema;

- Permite também avaliar possíveis problemas e dificuldades de uma atividade proposta.

- Motivacional e Informativo.

- Deve-se orientar os debatedores sobre o tema específico a ser tratado;

- Exige definição de público, local, tema e planejamento do tempo de debates e perguntas do público;

- De preferência combinar com outros métodos que permitam encaminhamentos.

Fontes: BIASI, C. A. F; GARBOSSA NETO; SILVESTRE F. S.; ANZUATEGUI, I. A. Métodos e meios de comunicação para a Extensão Rural. Volume I e II, Curitiba: Emater-PR, 1986.

ZUCKERMAN, S. A Palestra, sem data – Reelaborado por Antônio Lázaro Sant’Ana (Unesp - Ilha Solteira). LOPES, E. B. Metodologia Emater-PR, 2011. Disponível em:

Referências

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