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A SÍNDROME DE BURNOUT E SUAS CONSEQUÊNCIAS EM PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

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Academic year: 2021

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Autores: VIEIRA, L. T. J; RA: 404682 SILVA, V. K. A.

A SÍNDROME DE BURNOUT E SUAS CONSEQUÊNCIAS EM

PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

Resumo

A pesquisa será realizada com profissionais da educação infantil e ensino superior. Visa identificar a síndrome de burnout, doença que causa estresse ocupacional caracterizado por profundo sentimento de frustração e exaustão em relação ao trabalho desempenhado. Será utilizado o Questionário Preliminar elaborado e adaptado por Chafic Jbeili, inspirado no Maslach Burnout–MB para Identificação da Burnout. Contém vinte questões que visam encontrar características psicofísicas em relação ao trabalho.

Palavras-chave: profissionais da educação, síndrome, causas. Abstract

The research will be conducted with professionals of early childhood education and higher education. Aims to identify burnout syndrome, a disease that causes occupational stress, characterized by deep sense of frustration and exhaustion in relation to the work performed. We will use the Preliminary Questionnaire, elaborated and adapted by Chafic Jbeili, inspired on the Maslach Burnout-MB for identification of Burnout. It contains twenty questions aimed at finding psychophysical characteristics in relation to work.

Keywords: education professionals syndrome, causes. Introdução

A síndrome de Burnout foi reconhecida como um risco ocupacional para profissões que envolvem cuidados com saúde, educação e serviços humanos (Golembowski, 1999, Maslach, 1998; Murofuse ET AL, 2005). É considerada uma “forma de estresse ocupacional” que afeta indivíduos que trabalham se relacionando com outras pessoas, contudo, Codo (2000), aponta que esta não deve ser confundida com o estresse, pois está relacionada com fadiga psicológica e, estresse é uma relação particular entre a pessoa e seu ambiente. Segundo a psicóloga do núcleo de Atenção a Saúde Unimed, Joseane Freitas, É uma

síndrome psicológica resultante de estressores interpessoais crônicos no trabalho e caracteriza-se por: exaustão emocional, despersonalização e diminuição da realização pessoal. Burnout foi o termo utilizado em 1974 por Freudenberger que

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excesso de desgaste de energia, é uma forma de estresse laboral crônico, sendo esta, uma condição na qual o profissional se desgasta, desiste na medida em que perde a satisfação e o sentido pelo trabalho. A busca excessiva de produtividade a qualquer custo, e o esforço para não ser visto apenas como mercadoria leva o sujeito ao sofrimento, o indivíduo fica em um estado de esgotamento, desencanto com a vida, cansaço, que pode levá-lo a abandonar suas obrigações. O sujeito acometido da síndrome de Burnout é severo consigo mesmo, da ótica psicanalítica, o indivíduo se identifica como o ideal do ego, busca realizações inalcançáveis. Esta severidade consigo mesmo pode ser uma raiva narcísica contra um ego decepcionado que espera sempre mais de si mesmo cobrando-lhe a perfeição. Nessa dimensão são manifestações comuns, a ansiedade, o aumento da irritabilidade, a perda da motivação, a redução de meta de trabalho e falta de comprometimento com os resultados, além da redução do idealismo, alienação e a conduta voltada para si. A síndrome envolve três componentes importantes: exaustão emocional causa solidão, depressão, raiva, impaciência, irritabilidade, tensão, baixa energia, fraqueza, preocupação, náuseas, tensão muscular, dor lombar ou cervical, falta de sono; caracteriza-se pela falta de energia, aqui o indivíduo está numa situação exaustiva e seu emocional está abalado. As manifestações podem ser físicas e psíquicas ou ambas podem ocorrer juntas. Na despersonalização, o sujeito acometido da síndrome trata os demais indivíduos a sua volta como objeto, não demonstrando nenhum afeto por ele, e sentindo-se em situação desagradável com a presença de outras pessoas. A falta de envolvimento pessoal inicia-se quando o individuo se auto avalia e essa avaliação se de forma negativa afetando suas habilidades no trabalho e causando insatisfação profissional com seus resultados obtidos. A Burnout foi definida e agrupada em quatro perspectivas: clínica, sócio psicológica, organizacional e sócio histórica. Segundo Freudenberger (1974), na clínica, a Burnout, representa um estado exaustivo, resultante de um trabalho cansativo em que até as próprias necessidades são deixadas de lado. Na abordagem sócio psicológica da síndrome, segundo Maslach & Jackson (1981), é indicada como estresse laboral e o cliente é levado ao tratamento mecânico. Burnout aparece como uma reação à tensão emocional gerado pelo contato excessivo com outros seres humanos, uma vez que, cuidar exige afeto e responsabilidade, ou seja, o trabalhador se

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envolve afetivamente com seus clientes, desgasta-se, desiste e entra a Burnout. Da perspectiva organizacional, os sintomas da síndrome seriam resposta de um trabalho estressante, frustrante ou monótono. Na Burnout, o indivíduo pode agir e terminar seu trabalho, mas para ele é impossível. No sócio histórica, há a falta de interesse de uma pessoa em ajudar a outra, torna-se difícil manter o comprometimento de servir aos demais no trabalho. O sujeito que contém a síndrome deve criar para si momentos de lazer, para que relaxe, como diz Tamayo (2001), As pessoas que praticam atividade física tem maior autoconfiança e autocontrole e, além disso, o sujeito deve passar por psicoterapias com profissionais especializados que aplicarão questionamentos para medir sua melhoria com o passar das terapias. É objetivo do profissional fazer com que o paciente volte a ver seu valor pessoal, que o leve a realizar feedbacks, visando compreender seu estresse pela exaustão. A síndrome de Burnout recebeu o código “Z73.0”da Classificação Internacional de Doenças (CID), como esgotamento, estado de exaustão vital. Segundo a página Banco Saúde, a síndrome se encontra na categoria com problemas relacionados com a organização de seu modo de vida (Z73), no grupo “Z70-Z76”, que são pessoas em contato com os serviços da saúde em outras circunstancias. A definição encontra-se no capítulo XXI (Fatores que influenciam o estado de saúde e o contato com os serviços de saúde).

Referencial metodológico

A pesquisa será realizada com 20 professores, de ambos os sexos, com idades variadas, sendo dez da Educação Infantil de rede pública e dez da Educação Superior de rede privada.

Para a pesquisa até o momento foram utilizados artigos da Scielo, com objetivo de compreender a Síndrome de Burnout, suas causas, sintomas e consequências. Por ser um assunto amplo que pode acometer vários públicos optamos pelos professores, buscando entender suas causas perante o trabalho, e quais males traz ao professor em sua vida pessoal e profissional. Sendo assim, será usado o Questionário Preliminar para identificação da Burnout, inspirado no Maslach Burnout Inventory – MBI, elaborado e adaptado por Chafic Jbeili (Carlotto, M.S., 2002). O questionário possui 20 questões sobre características

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psicofísicas em relação ao trabalho, com cinco alternativas objetivas para cada questão, e, de acordo com estas e as somas dos resultados representarão:

• Nenhum indício da Burnout;

• Possibilidade de desenvolver Burnout; • Fase inicial da Burnout;

• A Burnout começa a se instalar; • Fase considerável da Burnout.

A fim de estabelecer parâmetros éticos, será apresentado um termo de consentimento livre e esclarecido aos participantes, que explicita os objetivos da pesquisa e a forma de utilização de seus resultados, podendo, se assim desejarem saber o resultado da mesma.

Serão apresentados, analisados e discutidos os resultados obtidos a partir da amostra de professores no que se refere à Síndrome de Burnout.

Conclusão

Com base nos estudos e nas informações buscadas, concluímos que a Síndrome de Burnout é um modelo de estresse ocupacional que afeta indivíduos que se deixam sobrecarregar por coisas cotidianas, agregando, em diversas vezes, problemas de outras pessoas para si e se deixando levar pela monotonia do trabalho.

O trabalho ocupa grande parte do nosso tempo, e às vezes, deixamos isso acontecer por pensar que através daquele trabalho todos os problemas acabarão, porém, um sonho de trabalho pode ser uma realização profissional, mas, se abusado, pode causar insatisfação e exaustão.

Abrir mão de um desejo não é deixar de correr atrás dos sonhos, mas, saber que conseguindo ou não a realização, a vida continua, e que existem outras formas para alcançar as metas, sem precisar praticamente dar a vida, o tempo pelo trabalho e deixar-se esgotar pelo que não compensa até mesmo as metas profissionais. Até o momento, os estudos sobre a Síndrome de Burnout no Brasil apresentam-se de forma redundante com citações de outros autores, e ainda não é possível termos todas as informações de dados, pois a pesquisa ainda não foi realizada com os professores.

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Referências

FERENHOF, Isaac Aisenberg; Ferenhof, Ester Aisenberg. Burnout em Professores. São Paulo, 2002.

OLIVEIRA, J. D. F. Síndrome de Burnout: Um esgotamento institucional.

SANTOS, J. W. A Síndrome de Burnout: Uma análise social e psicodinâmica. Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal, Garça, SP. Novembro, 2009. Jornal da Unimed. Expressão – O Jornal do Colaborador. Abril, 2009.

CARLOTTO, M. S.; PALAZZO, L. S. Síndrome de burnout e fatores associados: um estudo epidemiológico com professores. Universidade Luterana do Brasil, Canoas, RS, Brasil. Maio, 2006.

WILTENBURG, D. C. D; KLEIN, R. B. Síndrome de Burnout: conhecer para prevenir-se, uma intervenção necessária. São Mateus do Sul, 20p. 2009.

AREIAS, M. E. Q; COMANDULE, A. Q. Qualidade de Vida, Estresse no Trabalho e Síndrome de Burnout. 202p.

SILVA, G. N; CARLOTTO, M. S. Síndrome de Burnout: Um Estudo com Professores da Rede Pública. Psicologia Escolar e Educacional, 2003. 153p. V.7 N.2. 2003

LIMA, F. D; BUUNK, A. P; ARAÚJO, M. B. J. et al. Síndrome de Burnout em Residentes da Universidade Federal de Uberlândia. 146p. 2004

Referências

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