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Sodanuhka #8

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Academic year: 2021

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NOVEMBRO

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Na França, o mesmo “esquerdista radical” – recém “presidenciável” – Melenchon (que pelo  visto, está mais para “mela cuecas”), que no segundo turno das últimas eleições apoiou “de  forma velada” a candidatura do atual presidente Macron – de “centro” -, em nome da “luta

contra a ascensão da extrema-direita”, agora convoca a/os franceses para protestarem contra a retomada da reforma trabalhista (por parte deste presidente que na verdade é um “homem dos  grandes bancos”), já iniciada pelo governo anterior do Partido Socialista (do qual Melenchon  foi membro durante décadas) encabeçado pelo ex presidente François Hollande (chamado por  Lula e Dilma de “companheiro Hollande”).

Na Alemanha, Angela Merkel, de um partido tradicionalmente conservador, porém considerada uma “centrista” em questões sociais (a mesma Merkel sob a qual os níveis salariais da/os

 trabalhadores alemães só vêm caindo – segundo me revelou um anarcossindicalista da cidade de Freiburg in Bresgau – e cujo governo “acolhe” imigrantes e refugiados políticos em lugares  que são praticamente campos de concentração “maquiados” – conforme eu presenciei um grupo

de imigrantes e refugiados africanos denunciarem em um acampamento de protesto contra tais  políticas, nas proximidades do Gorlitzer Park, em Berlim), ganhou pela quarta vez seguida as

eleições para chefe do governo federal alemão (“chanceler”), também no contexto de uma disputa com o fantasma da extrema-direita.

Vale a pena lembrar aqui as últimas eleições gregas, onde o partido de esquerda “de novo tipo”, o Syriza, chegou à chefia do governo concorrendo com adversários conservadores e, após ter  realizado um plebiscito nacional para sondar se a/os grega/os queriam ou não que se firmasse

um novo acordo com os credores (leia-se: grandes bancos) da União Europeia e ter recebido como  resposta “um grande NÃO” (“Oxi”), traiu seus eleitores, assinando o acordo por eles rejeitado  via plebiscito e dando continuidade às políticas de austeridade que tanto vêm massacrando o  povo grego desde o governo derrotado nestas eleições pelo Syriza.

No tabuleiro do xadrez das “democracias” a/os “dona/os do mundo” continuam se demonstrando a/os verdadeira/os “grãos mestres” e “dona/os do jogo”: nutrem “santa/os” e “demônios” e, desse  modo, levam a/os incauta/os eleitores a “atirarem no que veem” e “serem acertada/os pelo que  não veem”. De todo modo, ganham sempre “a/os de cima”.

E no Brasil: também se nutrem “santa/os” e “demônios” eleitoreira/os e, no contexto do medo do fantasma do fascismo verde (e amarelo), a/os “cidadãos” e “cidadãs” “avançadinha/os” pedem “diretas já” e militam pelo retorno do mesmo fascismo vermelho que deu os primeiros passos da reforma da previdência; se aliou ao agronegócio e às grandes empreiteiras em detrimento dos interesses de sem terras, indígenas e de populações tradicionais vivendo em áreas de mega construções; militarizou favelas; se “aconluiou” com grandes corporações esportivas para a  realização de mega eventos financiados com dinheiro de impostos e que só beneficiaram a/os

dirigentes corrupta/os de tais corporações (e do governo, claro), etc. etc.

 Pelo que se vê, também no Brasil “a/os dona/os do mundo” continuam dominando o jogo. Quando será que “a/os de baixo” do mundo vão chegar ao seu limite e “virar o tabuleiro”,  saindo deste para outro jogo (pois neste jogo só quem ganha são a/os mestra/es que o

inventaram)?

E o pior (?), é que “o relógio” do clima global já está apontando para um provável “game over”,  não apenas deste sistema ecogenocida, mas da própria “civilização” humana.

 Para “quem tem olhos para ver”: “a resposta está soprando no vento”.

Vantiê Clínio Carvalho de Oliveira

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Como foi o surgimento da banda?  Bonga: Olá Daniel e leitores do  SODANUHKA! A banda surgiu em uma  mesa de bar, estava eu (Bonga/vocal),

Marcelo (bateria) e Bahia (guitarra)  bebendo na rua 13 de maio, no centro

de São Paulo, em um bar sujo e tosco,  mas que tinha uma jukebox da hora com

VENOM, DEAD KENNEDYS, MOTÖRHEAD, entre outros sons. Já bêbados e

chapados tivemos a ideia de formar uma banda homenageando a coletânea  sueca Vikings are Coming, com o nome

FEAR OF THE FUTURE, juntando o nome do FEAR OF WAR com o do RESCUES

IN FUTURE. Era para ser só uma  zoeira entre amigos, mas acabamos  marcando um ensaio pra tirar um som,

encontramos o Felipe (baixista) e aqui estamos, já mais de cinco anos depois desta bebedeira, com LP lançado, com uma sonoridade que vai além das

influências suecas, tocando em outros estados e com a mesma formação desde o início.

Como voces tem visto a cena

underground brasileira nos ultimos  tempos?

 Bonga: Vejo que está cada vez pior. A cada dia que passa vejo menos

 renovação, a grande maioria da galera  que cola em shows, tem bandas, faz

 zines e organiza eventos tem por volta de 30 anos ou mais, já não têm mais o brilho nos olhos de outrora e nem o tempo e saúde para se dedicar como  se dedicavam, mas são os que acabam  levando as coisas em frente.

 Um exemplo é que quando lançamos nosso  primeiro LP, no começo do ano passado,

achamos que haveriam mais convites  para shows fora da grande São Paulo,  mas estas oportunidades são cada vez  mais raras. Engraçado que quando só  tínhamos a demo ou o split 7” lançados

estes convites apareciam com bem mais  freqüência. Também organizo shows

 para outras bandas e sei como é difícil contar com a bilheteria para trazer

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uma banda de fora, sendo que trazer  significa apenas pagar os custos de  transporte, sem cachês.

Infelizmente vejo o futuro bem  nebuloso, mas espero que a atual  situação bizarra do país estimule

a juventude a gostar e se expressar  por meio do rock político e selvagem,  pois são nestes tempos obscuros que

a contracultura hardcore/punk  geralmente tem mais inspiração,  relevância e destaque.

 Hoje além do Fear of The Future, quais  sao as outra bandas que voces estao

envolvidos?

 Bonga: Eu já tive alguns outros  projetos, mas como estamos falando

do presente, além de fazer vocal no FEAR OF THE FUTURE, também toco

 bateria na banda de black/death/noise NECROGOSTO, que conta com integrantes do Nucleär Fröst e Beastkrieg. O Fred  Bahia, além de tocar guitarra no

Fear, toca baixo e faz vocal no KRUDA e o Felipe, além de tocar baixo no

Fear, faz vocal no ROT. Só o baterista Marcelo está apenas com o Fear no  momento.

Como foram as gravações do Fear of  the Future LP 12’ (2016)? Como foi a

experiência? Vocês já estão planejando  gravar algum novo material ou por

enquanto vão continuar divulgando o  LP?

 Bonga: Foi muito bacana e a primeira experiência de todos gravando para um  álbum completo que sairia em vinil.

Tudo foi feito no Caffeine Sound

 Studio, em São Paulo, local que estamos acostumados a freqüentar e o Renato e o Luis são amigos e entendem o som da banda, além de viverem o faça você  mesmo diariamente. Foi um processo

 prazeroso, no qual o resultado ficou do jeito que esperávamos.

No momento estamos divulgando o

 primeiro disco e procurando selos para o próximo lançamento, um split 7” com os amigos do Anti Clímax, que também  foi gravado no Caffeine. Esperamos que  no primeiro semestre de 2018 ele esteja

disponível. Já iniciamos também a

composição do nosso segundo disco, que  pretendemos gravar no final de 2018 e  lançar em 2019.

 Há possibilidade do Fear of the Future  sair turnê internacional?

 Bonga: Sim, sempre há esta

 possibilidade e o que não falta é

 vontade, mas todos na banda trabalham  para poder pagar aluguel e as demais

contas mensais e cada um consegue apenas tirar férias em determinada  época, o que dificulta fazer um rolé  maior aqui no Brasil ou fora do país,  seja na América do Sul, seja na Europa,

além, é claro, da falta de grana. Mas em 2019 pretendemos sim ir para a Europa, já com alguns lançamentos

embaixo do braço e uma experiência bem  grande em shows, mas quem sabe ano que  vem não rola algo?

Quais são os planos para o “futuro” da  banda?

 Bonga: Acabei comentando sobre os  planos a curto prazo acima, que são  lançar o split 7” com o Anti Clímax,  gravar as músicas do nosso segundo

disco e fazer uma turnê na Europa.  Bom, meu amigo, é isso. Obrigado mais

uma vez pelo seu tempo. Abraços ao  povo feio da FEAR OF THE FUTURE . Dê

o seu recado aos leitores do FANZINE  SODANUHKA!

 Bonga: Obrigado pelo espaço! Vida

 longa ao SODANUHKA e a todos fanzines impressos. Quem quiser ouvir nosso som  pode acessar nosso bandcamp. Já quem  quiser ver vídeos, fotos ou entrar

em contato com a banda pode ser pelo  facebook na nossa página oficial.

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 Sodanuhka: Como vocês se conheceram, como  surgiu a ideia de formar a banda e por quê?

Mau Sangue: Nos conhecemos dentro do

underground mesmo, em gigs que ou estávamos  pra assistir bandas ou tocar com outros

 projetos que cada integrante fazia parte. A ideia da banda partiu do ex-vocalista  (Rikärdo Chakal), a princípio a intenção

era ser uma banda com temas politizados e  sociais, com uma sonoridade que tivesse o  pogo do punk e o peso do metal. Com o passar

do ensaios e experimentações pras primeiras  músicas foram surgindo influências de

diferentes estilos, como crust, pos-punk, doom, sludge, thrash e meio que nessa

 mistura de influências pessoais distintas  foram se formando as músicas, alguns dos

estilos citados são base de inspiração, mas  não necessariamente marcam nosso estilo,  que até agora não sabemos como rotular, a  base que norteia é o punk (com uma pitada de  metal), principalmente porque é o estilo que  mais nos sentimos à vontade nos discursos

das letras.

 S: Como surgiu a ideia do nome e o que ele representa para vocês? Quais são as  principais influências da banda?

MS: O nome da banda é o título de um  poema de Arthur Rimbaud, que está no  livro “Uma temporada no inferno”, que  pode ser interpretado como se tratando

de pessoas excluídas e discriminadas da  sociedade, pessoas na base das hierarquias  sociais. E embora seja um outro contexto  histórico e outra época, pra nós se encaixa  perfeitamente nos temas que gostamos de

escrever, que são referentes a problemas  sociais e posicionamentos políticos,

 transitando entre demandas feministas e LGBTQ+, assim como também variam pra  temáticas pessimistas e niilistas.

Influências temos muitas, nosso som é  montado sobre as predileções pessoais de

cada integrante e gostos em comum, mas diria  que as principais seriam Discharge, Amebix,

Voivod, Venom, Killing Joke, Neurosis,  Bauhaus, Mercenárias, Totalitär, Facção

Central, Limp Wrist, Sacrilege.

 S: As mídias sociais vem assumindo um papel  fundamental na formação de debates, tanto  voltados ao feminismo, gênero,mulheres e  transexuais , quanto a diversos outros  temas, na opinião da banda, como isso pode

contribuir para a desconstrução do machismo  na sociedade? Até que ponto isso pode ser  visto com algo benéfico?

MS: Mídias sociais são parte de frentes  que podem ajudar as pessoas a repensarem

atitudes machistas (dentre outras vivências  hierárquicas de nossa sociedade), mas só elas  não tem poder de grande alcance de mudança  social, pois as raízes do patriarcado estão

em tudo que é esfera social. Eu sempre vou

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acreditar no exemplo pela prática. E hoje o  que vemos muito é discurso desconectado de

atitudes reais. Acho essencial aproveitarmos do alcance que as mídias sociais tem pra  promover tais debates, divulgar eventos

onde haja assuntos relacionados. O problema  que vejo nesses debates virtuais é como

diferentes vertentes de causas sociais em  prol de minorias sociais discordam entre si,  gerando discursos que podem mais separar

do que aproximar e somar na luta contra as opressões. E tem também tem o lado negativo da internet de que nem toda informação vem de fontes fidedignas, que junta com nossa  geração de imediatismo, de muita informação

circulando e pouco senso crítico de fato e  transformação de opiniões, pois se informar  massivamente não é o mesmo que processar de  forma crítica o que se lê. E na internet o

diálogo nem sempre flui, é comum discussões  verterem para cada lado querer que sua  verdade prevaleça, sem ponderar sobre o que  se pode tirar pra refletir sobre algum tema.

Ainda acho que as interações reais são mais efetivas, mas vejo o meio virtual com uma  ferramenta a mais, não como algo que devemos

criar dependência exclusiva.

 S: E qual é a maior dificuldade hoje de se  manter uma banda no cenário underground?

MS: Acho difícil falar de uma dificuldade,  pois são muitas variantes. Talvez vá desde

características pessoais e ideológicas de cada integrante pra se manter um trabalho de banda, até questões da vida particular,  sabe? trabalho, família, estudos; enfim,  muitos compromissos pra conciliar com

um trabalho artístico que necessita de comprometimento, investimento, gastos. Fora fatores como algumas organizações de eventos ou os próprios locais, que nem sempre as bandas podem contar com um suporte

adequado ou para o público mesmo não é muito convidativo. Falando de São Paulo mesmo, há  poucas casas que recebem evento underground

e de forma justa. Fica aquela coisa, tocar  sempre nos mesmos picos.

 S: Houve uma grande mudança comportamental  no punk dos últimos anos para cá, com isso  muita coisa se perdeu, a atitude, a essência,

o faça você mesmo, tudo ficou digitalizado e perdido atrás de um computador, essa

 mudança de certa forma atingiu diretamente as bandas. Como isso afetou o trabalho de  vocês?

MS: Com o advento das tecnologias a dinâmica  no geral das pessoas foi mudando nos

últimos tempos, mas voltando à esse nicho eu acho que essa tecnologia, que em parte  fez perder parte da essência, por outro  lado acredito que também ajuda a difundir,

de outras maneiras. Não sei dizer ainda  se pra melhor ou pior, eu particularmente  me sinto prisioneira da tecnologia. Por

exemplo: se eu resolver sair do Facebook ou outras plataformas semelhantes onde as pessoas passam boa parte do tempo fica  muito difícil de se divulgar os trabalhos

de banda. Assim como fica difícil saber o  que está acontecendo, onde vai ter gigs, uma  palestra, um debate, pois está tudo preso  na rede. Mas por outro lado acho que acaba

chegando em mais pessoas. Tipo, a Mau Sangue começou a tocar no 1o semestre desse ano e  pela internet pessoas de outros estados e

cidades entraram em contato com nosso som.  Sem internet isso não aconteceria. Mas de  todo jeito acho bem ruim a internet ter  se tornado uma ferramenta praticamente

obrigatória.

 S: Pessoas que se aproveitam do anonimato  para atacar, ofender e atingir ou outros.

Vocês já sofreram algo do tipo? Se sim, comentem.

MS: Talvez por a banda ser muito nova ainda  não conseguimos provocar o ódio de ninguém  nesse sentido. O que acontece comigo vez

ou outra, por eu ser trans, é alguém me  tratar de forma preconceituosa ou mesmo  transfóbica. Mas foram poucas vezes dentro

do underground. Não sei dizer ainda se as pessoas estão mudando e aprendendo a  respeitar mais as diferenças ou se por  muitas vezes estarmos em eventos com

 pessoas conhecidas acaba não rolando tais comportamentos.

 S: Para encerrar, gostaria que fizessem suas considerações finais, divulgassem a agenda de shows da banda, projetos, passem sua  mensagem/recado, enfim… Esse espaço é de  vocês!

MS: Nesse ano temos mais três datas:

25/11/2017 no Raiz Libertária, 02/12/2017 no Good Vibrations, 17/12/2017 no Kudo Pinguim, 21/01/2018 no Underground Club. Tem mais algumas gig pra serem fechadas pro ano que  vem, mas pretendemos tocar ao vivo com menos  frequência pra trabalharmos em músicas  novas.

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Conte pra nós sobre a história da MISANTROPIC

MISANTROPIC se formou no início de 2008 das ruínas da banda Personkrets 3:1, que terminou depois de alguns anos de caos e um monte de EP’s e LP’s.  Depois do término Matte (o baixista),

Johannes (vocais) e Rille (guitarra) decidiram começar uma nova banda  baseada no amor mútuo por crust e

anarcopunk oldschool, e Robert e Erik  se juntaram também. Um split com

 Deathrace foi gravado e lançado em 2009, porém logo depois da gravação Johannes saiu da banda, devido a sua  mudança para o sul, Gerda tomou seu  lugar. Essa formação, com Gerda no  vocal, é a que continua até hoje.

 Diga então a formação e se os membros  têm outros projetos na sua cidade

MISANTROPIC sou eu (Matte), Gerda,  Rille, Robert e Erik. Se você quer

 saber se tocamos em outras bandas aqui em Umeå, então sim, tocamos em várias. Algumas bandas que somos envolvidos  são Bitchcraft, G.E.R.M., Satariel,  Lesra e Päästö. Somos envolvidos

com um pico local o Verket, onde organizamos shows, e alguns de nós  participamos de grupos de ativismo

como o Anarquist Black Cross e SAC. Quais suas bandas favoritas e

influências?

 Bom, acho que todo membro têm suas  bandas favoritas, mas algumas bandas  que todos nós gostamos e que nos

influenciam são provavelmente as

 velhas bandas inglesas como Sacrilege,  Doom, Antisect e por ai vai. Escutamos  bastante d-beat americano na nossa  van de tour também, coisas como State

of Fear, Consume, Tragedy e Hellshock  são grandes influências. E, claro,

Metallica e Slayer.

Como é a discografia de vocês, e os  futuros projetos?

MISANTROPIC nunca se preocupou em ser uma banda muito produtiva. Temos um split com a Deathrace (2009, um mini LP “Insomnia” (2010), e um  LP split com a Eaten Raw (2014), e é  basicamente isso o que lançamos. Um  LP coletânea com todas as músicas  será lançado logo mais e 50 cópias em

edição limitada já foram lançadas no início desse ano. Estamos escrevendo  novas músicas para um novo disco, que  provavelmente será lançado em meados

de 2018.

Como são os shows em Umeå (Suécia),  quais bandas legais vocês já tocaram

com?

 Umeå tem uma boa cena punk com

 várias bandas fodas. Algumas paradas  locais que vale a pena mencionar são  Päästö, Warchild, Scum Crusade, Dumb

Fucks, Fru Dörr, Acid Blood, Piss  River, Perkulator e Leper. Dêem uma

escutada.

O que vocês sabem da cena punk  brasileira?

 Bom, não sabemos muito. Claro que escutamos muito Ratos de Porão, eu  tenho alguns EP’s com Besthöven, mas  basicamente é só isso. Abuso Sonoro  também é do Brasil né?

Algumas palavras finais?

Obrigado pela entrevista! Up the Punx!  Protestar e sobreviver!

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 polvo

 Levanta teu grito

 Ó larva indigesta

 Dissolve o ácido

 nessa farsa festa

 Derrama a bile

 Desmancha a carne

 Derrete a máscara

 falsa face expressa

 Rompe, monstro amorfo

Encarna a alma vaga

jamais enganada

 por rosto ou estofo

Voa, cobra alada

Corre, besta raiva

 Por dentro nada se explica

 por fora tudo é batalha

---QUADRA

Ontem grande

 Hoje gigante

Amei poeira

Caço diamante

--- nuvens ao vento

 águalgodão

 logo gota chão

 (Arthur Moura Campos)

 Sem mais ter porque

A dor anda por si,

Velho mesmo verme

 Roendo a mim

-E então, como vamos?

 Digo eu ao verme.

E diz-me ele:

-Falar consome,

Mas responde-me

Tu que em palavras te fias

O que tais carcaças vazias

Trazem a ti e a mim?

Nada sei,

Mas ainda respondo,

Falo,

 Pergunto,

 Realimento...

E de novo o verme contorce,

Come-se,

Vomita-se,

Metásta-se

--- Dor é a contradição interna

 Do ser que não devia

Mas é e não se escapa,

Não é e ainda sendo

A nada torna o nada.

 (Felipe Lopes)

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 Bobby Sands (Michael Fassbender), figura central da história. Ele representa a própria  liderança do movimento terrorista. Um homem

de uma ideologia inabalável, que manifesta uma auto-entrega absurda à causa pela qual  luta. Para ele, a própria vida e a vida dos  seus companheiros são instrumentos que devem

estar à disposição de algo maior. Por mais que  suas atitudes sejam questionáveis, Bobby não

deixa de ser admirável pela sua perseverança.  Suas motivações são exploradas de maneira  brilhante em um diálogo do personagem com

o Padre, filmado em um plano sequência de aproximadamente 16 minutos. Brilhantemente escrita e interpretada, a cena atípica no

 filme, se destaca também por quebrar o silêncio  que reina durante a maior parte do longa.

 (2008, 1h36m. Direção: Steve McQueen)

RECOMEN D A

 HUNGER

A banda se formou em Seattle, EUA, a partir das cinzas de Subvert em algum momento em 1991,  mas ao invés do estilo hardcore / punk que  Subvert explorou, Christdriver era muito mais

um ato de punk frio e industrial: pense uma dissonância sombria, pulsando lentamente até a metade do tempo, tempos estimulados, muitas amostras, repetição hipnótica e músicas longas  que variam em torno de sete minutos cada.

Eles fizeram sua estréia registrada em 1995 com “Your Vision Leaves Me Blind” 7 “e seguiram isso em 1996 com os 70 minutos em” Everything  Burns “. Pouco tempo depois, eles se separaram

e alguns membros se juntaram ao Black Noise Cannon.

 fantasma doom punk, 7 polegadas de 1995  (Profane Existence)

 RELAÇÃO

 DE CLASSES

 Baseado em “O Desaparecido ou Amerika”, obra inacabada de Franz Kafka, este filme do casal Jean-Marie Straub e Danièle Huillet narra a  história de um burguês alemão que é forçado a  sair de sua terra e mudar-se para “Amerika”,  tendo que adaptar-se à nova realidade de  trabalho. Crítica às relações de classe

existentes na sociedade capitalista.

 (França, 1984, 2h06m. Dir. Jean-Marie Straub)

Orides Fontela [1940-1998] foi uma das mais importantes poetas brasileiras da segunda  metade do século XX. Da mesma geração de  Paulo Leminski, Hilda Hilst, Roberto Piva

e Adélia Prado, sua obra se destaca e se diferencia por um alto rigor unido a uma  particular beleza áspera, que a tornam,

contra a passagem do tempo, cada vez

 mais contemporânea. Isto é, cada vez mais  fundamental para poesia e o tempo presentes.

“Orides Fontela — Poesia completa”, organizado por Luís Dolhnikoff, com 22  poemas inéditos

ORIDES

FONTELA:

 POESIA

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 DISTRIBUIÇÃO:

APOIO:

contato, relacionamentos, doações, amputações e outras histórias:

Referências

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