1
Aula 04
Métodos
Eletroforéticos de
Análise
Eletroforese Capilar em Solução LivreInstrumentação
Microfluídica
27/11/12
Objetivos
2
- Compreender o funcionamento do mecanismo de separação relacionado à separação eletroforética em solução livre.
- Compreender os efeitos no fluxo eletrosmótico, a dependência do potencial elétrico aplicado e os métodos de determinação.
- Diferenciar os termos: mobilidade aparente, mobilidade eletroforética e mobilidade eletrosmótica. - Diferenciar os termos: polaridade normal e polaridade invertida.
- Familiarizar com a instrumentação básica.
3
L
T= 30 - 50 cm
Controle Capilar Fonte de Alta TensãoTampão Amostra Tampão
Detector
4
L
T= 30 - 50 cm
Controle Capilar Fonte de Alta TensãoTampão Amostra Tampão
Detector
Eletroforese Capilar
0 2 4 6 8 1,0 1,1 1,2 1,3 Sin al d o D et ect o r ( U .R .) Tempo (min) eletroferograma 5 0 2 4 6 8 10 -0,5 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 25 kV 20 kV 10 kV 7,5 kV 5,0 kV Na+Mg 2+ Ca2+ K+ Li+ Sin al ( U. R) Tempo (min)Efeito do Potencial Aplicado
6 Íons em solução Migração Fonte de Potencial
+
+
+
-
-
-
+-
+ +-
-
zeE
F
Migração Difusão7 Íons em solução Migração
+
F F R F’ F’)
(
'
F
F
F
F
Total R F: Força elétrica FR: Força de relaxação F´: Força de retardamento + Deformação da atmosfera iônica 8 Mobilidade Eletroforética (mep)E
v
epF
eF’’
r
ze
E
v
ep ep
m
6
9 r ze e m 6 0.45 0.50 0.55 0.60 0.65 0.70 0.75 0.80 0.85 0.90 0.95 1.00 z i / r i Li + Mobilidade Eletroforética Cs + K + NH 4+ Rb + Cs + K + NH 4+ Rb + Ni 2+ Na + Ba 2+ Ca 2+ Cd 2+ Ce 3+ Co 2+ Cu 2+ Dy 3+ Er 3+ Eu 3+ Gd 3+ Ho 3+ La 3+ Nd 3+ Pb 2+ Pr 3+ Sm 3+ Sr 2+ Tm 3+ Yb 3+ Zn 2+ Mn 2+ Mg 2+ Mg 2+ Mn 2+ Na + Ni 2+10 Mobilidade Eletroforética Detector L n l (comprimento total) (comprimento até o detector)
capilar plug
t
s
v
mt
l
v
11 Mobilidade Eletroforética mt
l
v
L
V
E
v
m
e
m
e (1) (2) Combinando-se (1) e (2), temos:L
V
t
l
e mm
V
t
lL
m e
m
V
lL
t
e m
m
12 0 5 10 15 0 5 10 15 20 tem p o d e m ig ração ( m in ) Potencial (kV) Tempo de Migração13 0 5 10 15 20 25 30 0 1 2 3 4 5 a = 1/R y = ax + b U = R x i C o rren te ( m A) Potencial (kV)
Quanto maior o potencial, mais rápida a análise?
14 Fluxo Eletrosmótico (EOF)
O O O O O O O O O O Si Si Si Si Si Si Si Si Si Si
Estrutura da sílica fundida
OH O O O O Si Si Si Si O O O- O H H OH OH Silanol isolado Silanóis vicinais Silanol dissociado Siloxano Silanóis geminais 15 Fluxo Eletrosmótico (EOF)
Fenômenos Eletrocinéticos
• Eletrosmose • Potencial de fluxo
(streaming potential)
Oldham, K. B.; Myland, J. C.; Fundamentals of Electrochemical Science, Academic Press, San Diego, CA, USA, 1994.
16
O O O O O O O
H H H H H H H
CAPILAR
Fluxo Eletrosmótico (EOF)+ + + + + + + + + + + + + + +
-
-
++
-IHP OHP PC (z ) 17 Fluxo Laminar (pressão) EOF
Fluxo Eletrosmótico (EOF)
18
Fatores que afetam o EOF pH (z)
Potencial Aplicado (E)
Concentração (ou Força Iônica) do Tampão (z) Temperatura ()
Solventes Orgânicos (, e, z)
Modificação da Superfície do capilar
Aplicação de um potencial radial externo
19 mEOF / 1 0 -4 cm 2 V -1 s -1
Fatores que afetam o EOF
pH
Fluxo Eletrosmótico (EOF)20
Fatores que afetam o EOF
mEOF / 1 0 -8 m 2 V -1 s -1 0.5 1.5 1.0 2.0
Concentração
Fluxo Eletrosmótico (EOF)21
Modificação e Controle do EOF
Modificação da Superfície do Capilar
Alterações Dinâmicas
Adição de Tensoativos (Surfactantes)
Ligação Covalente
Através de reações de silanização
22 Modificação e Controle do EOF
Alterações Dinâmicas - Adição de Tensoativos (Surfactantes)
23 O O O O N + N + N + N + N + N + N + N + Brometo de cetiltrimetilamônio (CTAB) Modificação e Controle do EOF
24 Como medir o EOF ?
V
t
lL
eof eof
m
• Sinal de um marcador Neutro
25 Monitoramento do EOF 26 Monitoramento do EOF
Detector
0 V
+ HV
(a) (b) (c)
27 Monitoramento do EOF 5,5 Vdc Filter HVPS OPT101 White LED Diaphragm & Len Microchip 100x Objective28 Monitoramento do EOF 29 0 20 40 60 80 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0 10 20 30 40 O PT 1 0 1 O u tpu t / V time / s Current C u rr e n t / m A OPT101 Monitoramento do EOF 30 Mobilidade Aparente
m
a
m
ef
m
eof ma > 0 ma < 0 mef meof ma = 0 mef meof ma mef meof ma31 Controle de Temperatura
• Efeito Joule
32
• Efeito Joule
• Decréscimo no campo elétrico
Efeito proporcional na geração de calor Reduz a eficiência e resolução
• Redução do diâmetro do capilar
Decréscimo significativo na corrente Diminui a sensibilidade
Pode causar aumento na adsorção
• Decréscimo na concentração do tampão
Decréscimo proporcional da corrente Pode causar aumento na adsorção
•Controle ativo da temperatura
Termostatos; remoção de calor do capilar
Dispersão (s2) 33 Resolução
R
N
1
4
m
m
_
2 1 1 22
w
w
t
t
R
m m
R V D EOF 1 4 2 1/ 2 m m m_ tm1 tm2 wb1 wb234 Resolução 0 180 360 540 720 900 1080 PDMS Nativo 0,1 URF R=3,0 R=2,7 R=2,4 R=2,6 R=2,7 R=1,8 R=1,9 Fl uo rescênci a Tempo (s) 35 Resolução 0 150 300 450 600 750 900 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 Poliéster-toner R = 1,6 R = 1,4 R = 1,5 R = 1,6 R = 1,9 R = 2,3 R = 2,7 Fluo re s c ê nc ia ( ua ) Tempo (s) 36 Eficiência da Separação 2
16
b mw
t
N
37 Eficiência da Separação 2
16
b mw
t
N
0 30 60 90 120 150 180 0,0 0,1 0,2 0,3 F lu o re s c ê n c ia ( U R F ) Tempo (s) Toner preto (Imp. Monoc.) 0 30 60 90 120 150 180 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 F lu o re s c ê n c ia ( U R F ) Tempo (s) Toner preto (Imp. Colorida) 38 Seletividade (a)Tampão: Borato 100 mM; Capilar 25 mm, 17 cm até o detector; Potencial 30 kV; Detecção UV em 200 nm.
39
m
a
m
ef
m
eofAnálise de Cátions
Após uma análise eletroforética, a mobilidade aparente de uma espécie catiônica foi igual a 1,610-4 cm2 V-1 s-1.
Considerando o valor de meof = 1,010-4 cm2 V-1 s-1,
calcule o valor da mobilidade eletroforética da espécie analisada.
40
m
a
m
ef
m
eof Análise de Ânions ma < 0 ??? 41 0 50 100 150 200 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 F lu o re s c ê n c ia (U R F ) Tempo (s) 0 50 100 150 200 0,0 0,2 0,4 0,6 Poliéster-toner Fluxo Normal Poliéster-toner Fluxo Invertido FL CMm
app=
m
ep+
m
eofAnálise de Ânions 5
10
0
,
3
x
eofm
410
0
,
1
x
epm
???
apm
42 O O O O O O O H H H H H H HCAPILAR
+ + + + + + + + + + + + + + +-
-
++
-Polaridade Normal
43 O O O O O O O H H H H H H H
CAPILAR
+ + + + + + + + - - + - - - -+
+
--
+
Polaridade Invertida 44 0 50 100 150 200 0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 F lu o re s c ê n c ia (U R F ) Tempo (s) 0 50 100 150 200 0,0 0,2 0,4 0,6 Poliéster-toner Fluxo Normal Poliéster-toner Fluxo Invertido FL CMm
app=
m
ep+
m
eofAnálise de Ânions 45 Instrumentação Básica Fonte de Alta Tensão
D
Pt Reservatórios46 Instrumentos Comerciais
1987 – Perkin Elmer – Applied Biosystems
1989 – P/ACE – Beckman Coulter 1993 – P/ACE 5000
47 Instrumentos Comerciais
HP 3DCE System
Agilent Technologies
P/ACE MDQ – Beckman Coulter
48 Instrumentos Comerciais
CE-L1 CE-Resources
49 Instrumentação Básica
Capilares
• Materiais: Sílica Fundida, PTFE, PEEK • Comprimento: 20 a 70 cm • Diâmetro Interno: 20 a 75 mm
Fonte de Alta Tensão
• Potencial: 0-30 kV • Corrente: 400 mA • Potência: 12 W Controle de Temperatura Injeção de Amostra Detecção Coleta de Frações 75 mm 360 m m 50 Injeção da Amostra
A introdução da amostra no capilar pode ser feita de duas maneiras:
Aplicando-se pressão ao capilar Injeção Hidrodinâmica
Pressão positiva ou negativa Gravidade
Utilizando-se campo elétrico Injeção Eletrocinética
51 Injeção da Amostra
Injeção Hidrodinâmica da Amostra (Pressão)
P P
L
t
Pr
V
8
4
V : Volume Injetado P : Gradiente de Pressão r : Raio do capilar t : Tempo de Injeção : Viscosidade L : Comprimento do Capilar52 Injeção da Amostra
Injeção Hidrodinâmica da Amostra (Gravidade)
V : Volume Injetado r : Densidade
g : Aceleração da Gravidade h : Diferença entre os níveis r : Raio do capilar t : Tempo de Injeção : Viscosidade L : Comprimento do Capilar h
L
t
hr
g
V
r
8
4
53 Injeção da AmostraInjeção Eletrocinética da Amostra
Q : Quantidade de Material Injetado c : Concentração r : Raio do Capilar t : Tempo de Injeção mep: Mobilidade Eletroforética meo : Mobilidade do FEO L : Comprimento do Capilar
L
Vctr
Q
m
ep
m
eo 2 Fonte AT 54 Injeção da Amostra E K+ Na+ H20 t0 = 055 Injeção da Amostra E K+ Na+ H20 t1 > 0 Desvios na Injeção Eletrocinética da Amostra (Sample Bias)
56 Injeção da Amostra
Desvios na Injeção Eletrocinética da Amostra (Sample Bias)
57 Injeção da Amostra
Aspectos Práticos
O volume injetado não deve exceder 10 % do volume total do capilar. Isto corresponde a um volume em torno de 50 a 100 nL.
Na injeção eletrocinética há a discriminação da amostra. Variações na composição da amostra afetam a quantidade injetada.
58
Estratégias de Detecção
59
Volume de amostra : 10-100 nL
Quantidade de amostra : pmol-fmol
Dimensões da cela de detecção : 20-100 mm < 2 mm 75 mm 360 m m Introdução 60 Introdução Fotométrica Absorção UV-visível Fluorescência Quimiluminescência Índice de Refração Lentes Térmicas SPR Infravermelho Eletroquímica Amperométrica Condutométrica Potenciométrica Voltamétrica Radiométrica Acoplamento com outras técnicas ICP, ICP-MS, RMN, MS
61 Detector UV-vis UV-vis (indireto) Fluorescência Fluorescência (Indireto) Fluorescência Induzida por Laser (LIF)
Espectrometria de Massa Amperometria Condutividade Índice de Refração LD / mol L-1 10-5 – 10-7 10-4 – 10-6 10-7 – 10-9 10-6 – 10-8 10-13 – 10-16 10-8 – 10-10 10-7 – 10-10 10-7 – 10-9 10-6 – 10-8 Introdução 62
• Tempo de resposta do detector • Taxa de aquisição de dados • Tempo de integração 0.00 100.00 200.00 300.00 400.00 500.00 600.00 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
1 ponto a cada 1 segundo.
0.00 100.00 200.00 300.00 400.00 500.00 600.00 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
1 ponto a cada 2 segundos.
0.00 100.00 200.00 300.00 400.00 500.00 600.00 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
1 ponto a cada 4 segundos.
0.00 100.00 200.00 300.00 400.00 500.00 600.00 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
1 ponto a cada 8 segundos.
0.00 100.00 200.00 300.00 400.00 500.00 600.00 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
1 ponto a cada 16 segundos.
Introdução
63
Detecção Direta ou Indireta ??
64
Métodos Ópticos
65 Absorção UV-visI
oI
b 0I
I
T
A
log
T
e
bc
66 Absorção UV-vis67
Detecção UV-vis mono-canal
Absorção UV-vis
68
Detecção UV-vis mono canal - Exemplos Absorção UV-vis
69 Detecção UV-vis multi-canal
70 Detecção UV-vis multi-canal - Exemplos
Absorção UV-vis
71 Detecção UV-vis multi-canal - Exemplos
Absorção UV-vis
72
Métodos Eletroquímicos
73 Adsorção irreversível Seletividade Manipulação dos eletrodos Reprodutibilidade Métodos Eletroquímicos Influência do campo elétrico de separação Detecção eletroquímica em CE 74 Métodos Eletroquímicos Amperométricos • Constante • Pulsado Voltamétricos Potenciométricos Condutométricos • Com contato • Sem contato 75 Métodos Eletroquímicos Células Eletroquímicas On-Capillary Contato Cola Capilar WE Off-Column Capilar WE Membrana Desacoplador End-Column Capilar WE wall-jet On-Column Capilar WE Capilar e1 e2
76 Métodos Eletroquímicos
Detectores Condutométricos
Universais
Com contato (baixa freqüência) Sem Contato (alta freqüência) LD – 10-5 10-7 mol L-1
Baixo Custo de implementação
Opera em condições de alta eletrodispersão Com Contato V t R i(t) ) ( ) ( 0t Rit V Sem Contato R i(t) ) ( ) ( 0t Rit V V t 77 Métodos Eletroquímicos
Detecção Condutométrica sem Contato
da Silva, J. A. F.; Guzman, N.; do Lago, C. L.; J. Chromatogr. A 2002, 942, 249-258.
78 Detecção Condutométrica sem Contato
0 20 40 60 0 20 40 60 80 100 120 140 160 Xc / k f / Hz
fC
X
C
2
1
Ce Cw2 Rs Cw1 Capilar79 Detecção Condutométrica sem Contato
da Silva, J. A. F.; do Lago, C. L.; Anal. Chem. 1998, 70, 4339-4343.
80 Detecção Condutométrica sem Contato
4 5 6 7 8 9 10 -0.1 0.0 0.1 0.2 9 8 7 6 5 4 3 2 1 Re s p o s ta / V Tempo / min EOF Picos 1. 2-propanol 2. 1-propanol 3. 2-metil-2-propanol 4. 2-butanol 5. 2-metil-1-propanol 6. 1-butanol 7. 2-metil-2-butanol 8. 3-metil-1-butanol 9. 1-pentanol
Tampão: fosfato 50 mM, SDS 50 mM, pH 6,9. Injeção por gravidade (10 cm por 30 s)
da Silva, J. A. F.; do Lago, C. L.; Electrophoresis 2000, 21, 1405.
Separação de alguns álcoois alifáticos por MEKC
81 Detecção Amperométrica Materiais dos Eletrodos
• Carbono (Fibra, disco, vítreo) • Diamante dopado • Metais (Pt, Cu, Ni, Au)
• Modificados (Hg, Pd, Sn, Ru, Co Ftalocianinas, óxidos, enzimas, etc.) Número e Tipo dos Eletrodos
• Simples • Duplo • Array • Microdisco • Tubular • Banda
Sinal de Estímulo (Potencial)
• Contínuo (AD) • Pulso (PAD)
Configuração da Celula Eletroquímica 2 Eletrodos : WE, RE
82 Detecção Amperométrica 83 Detecção Amperométrica 84 Detecção Amperométrica
85 Detecção Amperométrica DA: Dopamina NE: Norepinefrina Epi: Epinefrina IP: Isoproterenol 86 Detecção Amperométrica 87
Métodos Acoplados
CE-MS
88 CE- Espectrometria de Massas
cela eletroquímica 0 1 + - concentração local de cargas Electrospray 89 CE- Espectrometria de Massas
Electrospray
capilar metálico solução
eletrodo metálico
90 CE- Espectrometria de Massas
91 CE- Espectrometria de Massas
Electrospray
92 CE- Espectrometria de Massas
Electrospray
evaporação
fissão
93 CE- Espectrometria de Massas