• Nenhum resultado encontrado

MANUAL DE GERENCIAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS SUMÁRIO

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "MANUAL DE GERENCIAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS SUMÁRIO"

Copied!
79
0
0

Texto

(1)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 2

2 OBJETIVOS ... 5

3 PROCEDIMENTOS PARA DIAGNÓSTICO AMBIENTAL ... 6

3.1 Levantamento de Dados Históricos ... 6

3.2 Inspeção para Reconhecimento da Área ... 8

3.3 Caracterização do Uso e Ocupação do Solo ... 10

3.4 Elaboração de Modelos Conceituais (MC) ... 11

3.4.1 Fontes de Contaminação ... 12

3.4.2 Substâncias Químicas de Interesse (SQI) ... 13

3.4.3 Receptores Potenciais ... 13

3.4.4 Pontos de Exposição (PDE) ... 13

3.4.5 Caminhos de Exposição ... 14

3.4.6 Vias de Ingresso ... 15

3.4.7 Composição do Modelo Conceitual... 15

3.5 Caracterização Geológica ... 16

3.6 Mapeamento da Contaminação ... 17

4.5.1. Fase Livre ... 19

4.5.2. Fase Retida ... 21

4.5.3. Água Subterrânea ... 22

3.7 Investigação de Vapores de Solo ... 23

3.8 Execução de Sondagens Ambientais... 24

3.9 Instalação de Poços de Monitoramento ... 26

3.10 Amostragem e Análises Químicas ... 28

3.10.1 Água subterrânea... 28

3.10.1.1 Amostragem com Amostrador descartável tipo Beiler ... 28

3.10.1.2 Micro Purga com Coleta de Baixa Vazão ... 29

3.10.1.3 Análises Químicas ... 31

(2)

3.12 Execução de Ensaiosdotipo Slug Test ... 34

3.13 Teste de Bombeamento ... 36

3.14 Levantamento Topográfico ... 37

3.15 Determinação de Parâmetros Físico-Químicos ... 37

3.16 Monitoramento de Explosividade e Compostos Organicos Voláteis (COV). ... 38

4 PROCEDIMENTOS PARA REMEDIAÇÃO AMBIENTAL ... 40

4.1 Ensaio Piloto e Projeto de Remediação ... 40

4.1.1 Ensaio Piloto ... 40

4.1.1.1 Ensaio piloto para sistema fixo de Remediação por Extração Multi-Fásica: ... 40

4.1.1.2 Ensaio piloto para sistema de remediação por extração de vapores (SVE) ... 42

4.1.1.3 Ensaio piloto para o sistema de remediação por injeção de ar (IAS) ... 43

4.1.1.4 Ensaio piloto para sistema de bombeamento para recuperação de produto sobrenadante ... 45

4.1.1.5 Ensaio Piloto de Aplicabilidade para Oxidação Química: Aquisição de Dados . 47 4.1.1.6 Ensaio Piloto de Aplicabilidade para Oxidação Química: Testes de Bancada .. 48

4.1.2 Projeto Executivo de Remediação ... 49

4.2 Instalação e Operação de Bombas Submersas ... 53

4.3 Instalação e Operação de Sistema de Extração Multifásica (MPE) Portátil ou Fixo 54 4.4 Implantação e Operação de Sistema de Extração de Vapores (SVE) ... 56

4.5 Sistema de Injeção de Ar (SIA) ... 58

4.6 Construção de Trincheiras ... 60

5 Serviços e Equipamentos Complementares ... 63

5.1 Sistema de separação de óleo e água com placas coalescentes (SAO) ... 63

5.2 Sistema de Carvão Ativado para tratamento de água contaminada ... 64

5.3 Redes e linhas de Bombeamento, Extração e Injeção ... 65

5.4 Destinação de Resíduos Oleosos Líquidos ... 66

5.5 Destinação de Resíduos Sólidos ... 67

(3)

1 INTRODUÇÃO

O manual apresenta os procedimentos técnicos e boas práticas de campo utilizadas para o diagnóstico e remediação ambiental de áreas contaminadas, bem como estratégias para avaliação e interpretação de dados ambientais para elaboração de relatórios técnicos para o gerenciamento de áreas contaminadas por hidrocarbonetos derivados do petróleo.

A avaliação e recuperação da qualidade ambiental em áreas contaminadas (solo e água subterrânea) pela presença de hidrocarbonetos derivados do petróleo, deve ser efetuada com base no processo de gerenciamento descrito na resolução CONAMA 420 e em Valores Orientadores de Referência de Qualidade, de Prevenção e de Investigação recomendados na resolução supramencionada. Caso o órgão ambiental estadual competente possuir Valores Orientadores Estaduais, devem ser estes utilizados.

Foram escolhidas para serem descritas no presente manual, as principais tarefas de campo a serem executadas nas etapas de avaliação preliminar, investigação confirmatória, investigação detalhada, avaliação de risco e remediação de áreas contaminadas.

Os seguintes procedimentos, normas e protocolos foram adotados:

• AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIAL - ASTM E 2081-00. Standard

Guide for Risk-Based Corrective Action;

• AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIAL - ASTM PS104 (2002) Standard Guide for Risk-Based Corrective Action for Chemical Releases. EUA.

• CONAMA (2009) – CONAMA 420. Gerenciamento de Áreas Contaminadas.

• CETESB (2001) – Manual de gerenciamento de áreas contaminadas. São Paulo, SP. • CETESB (2014) – DD 045/2014/E/C/I. Valores Orientadores para Solos e Águas

(4)

• CETESB (2006) – Procedimento para identificação de passivos ambientais em estabelecimentos com sistema de armazenamento subterrâneo de combustíveis (SASC).

• CETESB (2007) – DD 103/2007. Gerenciamento de Áreas Contaminadas em SP. • CETESB (2009) – DD 263/2009. Investigação Detalhada e Plano de Intervenção para

Postos de Serviço e Sistemas Retalhistas.

• U.S. Environmental Protection Agency (U.S.EPA). (1989). Risk Assessment Guidance for Superfund, Volume I, Human Health Evaluation Manual (Part A), Interim Final. EPA/ 540/1-89/003. Washington, D.C. December .

• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT, 1987. Norma NBR 10.004 (Revisão PN 1.603.06-008) - Resíduos Sólidos, Classificação.

• ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT/NBR 15.495 – Poços

de monitoramento de águas subterrâneas em aqüíferos granulares – Parte 1: Projeto e Construção e Parte 2: Desenvolvimento.

• BRASIL. Ministério da Saúde. Procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade, Portaria N° 2914 de 12 de dezembro de 2011. Brasília.

• ABNT, NBR 15492 – Sondagem de reconhecimento para fins de qualidade ambiental – Procedimento (Jun/07).

• ABNT, NBR 15495-1 – Poços de monitoramento de água subterrânea em aquíferos granulados. Parte 1: Projeto e Construção (Mai/05).

• ABNT, NBR 15495-2 – Poços de monitoramento de águas subterrâneas em aquíferos granulares. Parte 2: Desenvolvimento (Jul/08);

• ABNT NBR 15515-1:2007 Errata 1:2011- Passivo ambiental em solo e água subterrânea Parte 1: Avaliação Preliminar;

(5)

• ABNT NBR 15515-2:2011 - Passivo ambiental em solo e água subterrânea Parte 2: Investigação confirmatória. Publicação em 22/03/11.

• ABNT NBR 15515-3:2013 - Avaliação de passivo ambiental em solo e água subterrânea Parte 3 — Investigação detalhada.

• ABNT NBR 16209:2013 - Avaliação de risco a saúde humana para fins de gerenciamento de áreas contaminadas.

• ABNT NBR 16210:2013 - Modelo conceitual no gerenciamento de áreas contaminadas — Procedimento.

(6)

2 OBJETIVOS

O presente documento tem como objetivo apresentar uma orientação técnica para tarefas executadas em campo e em escritório para o desenvolvimento de projetos de gerenciamento de áreas contaminadas (GAC), a fim de promover a recuperação de áreas comprovadamente contaminadas por compostos derivados de hidrocarbonetos.

(7)

3 PROCEDIMENTOS PARA DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

3.1 Levantamento de Dados Históricos

Deverão ser verificados os documentos pré-existentes, por vezes disponíveis no local, que possibilitem a identificação do histórico das instalações, operações, bem como de eventos de acidentes, derrames e/ou vazamentos ocorridos na área em estudo. Para isso devesse levantar:

• Dados disponíveis sobre as atividades ocorridas na área de estudo e arredores antes da implantação do empreendimento, devendo considerar a interpretação de fotos aéreas históricas da área;

• Histórico das unidades operacionais, desde o inicio de sua operação, com descrição das instalações;

• Planta atualizada do local, com identificação de todas as unidades operacionais (Exemplo: plataformas de carregamento, balanças, tanques aéreos, bacias de conteção, tanques, bombas de abastecimento, área de lavagem de veículos, caixa separadora, área de abastecimento, área de carregamento, área de descarregamento, área de troca de óleo, filtro de diesel e tubulações);

• Relatórios de investigações ambientais realizadas anteriormente na área com breve resumo sobre os resultados referentes a passivo ambiental no solo e água subterrânea, se disponível.

Realizar a descrição cronológica dos fatos ocorridos na área relativos a: • Instalação e operação de equipamentos;

• Reformas e manutenções realizadas;

• Tipos e volumes de produtos armazenados na área;

• Geração, armazenamento temporário e destinação de resíduos;

• Outras atividades desenvolvidas na área, como lavagem de veículos, troca de óleo no caso de postos de serviço; outros processos produtivos no caso de bases e terminais;

(8)

• Posicionamento de receptor e bens a proteger.

A identificação da área deve conter as seguintes informações:

• Bases e Terminais: Razão social, bandeira operadora, data em que passou a operar a base;

• Postos de Serviço: Razão social e nome fantasia da empresa, atual e histórico e respectiva bandeira fornecedora de combustível, informando-se a data em que passou a fornecer combustível ao posto;

• Localização, com endereço completo da empresa, coordenadas geográficas em projeção UTM e respectivos datum, assim como planta de localização com orientação espacial, escala gráfica e indicação da fonte do mapa-base e fonte de dados, legenda e convenções cartográficas;

• Zoneamento da área/uso do solo com referência a fonte de consulta;

• Apresentação das principais vias de acesso (ruas, avenidas etc.), em planta;

• Indicação da existência de rede de esgoto, de água tratada e de águas pluviais e de outras utilidades subterrâneas, como bueiros e boca de lobo, com localização em planta;

• Identificação e descrição em texto e mapa da geologia regional, hidrogeologia regional, geomorfologia, meteorologia e bacia hidrográfica (BH), na qual está inserida a área.

A Tabela 1 apresenta sugestão de tipos de informações a serem levantadas nesta etapa de identificação da contaminação. Não devem ser descartadas outras informações sobre a área que não estejam listadas nesta tabela.

(9)

Tabela 1 – Sugestões de tipos de informações a pesquisar sobre o histórico da área.

TIPOS DE INFORMAÇÃO DOCUMENTOS A CONSULTAR

Histórico operacional Entrevistas Tipos e quantidades de tanques, filtros e bombas

instaladas na área

Entrevistas, plantas das instalações, contratação de terceiros

Tipos de produtos comercializados Entrevistas, documentos de compra e venda de combustível

Tipos e locais das atividades realizadas (ex.: lavagem

de veículos, troca de óleo, borracharia, etc.) Entrevistas, plantas das instalações

Realização e tipo de reformas Entrevistas, plantas das instalações, contratação de terceiros

Local de instalação dos equipamentos Entrevistas, plantas das instalações

Captação e uso água subterrânea Inspeção da área, outorgas de poços, entrevistas

Tipo, volume e destinação de resíduo Certificados de Destinação e Manifesto de Resíduos

Notificações de Órgão Ambiental Documentos do posto Reclamações de vizinhos Entrevista

Histórico ambiental e operacional

Processos, licenças, notificações, relatórios, cadastros, plantas do posto

Dados sobre o meio físico

Histórico sobre os equipamentos e instalações Informações sobre a situação legal do posto de

serviço Processos

Histórico ambiental e operacional

Processos, licenças, notificações, relatórios, cadastros, plano diretor, plantas da área

Dados sobre o meio físico

Histórico sobre os equipamentos e instalações

Histórico das instalações do posto Relatórios, plantas, notas de serviços Histórico das manutenções e reformas Relatórios, plantas, notas de serviços

Tipo, volume e destinação de resíduo. Notas de serviços

Tipos de emergências ocorridas Relatórios, notas de serviços Ocorrência de fatos marcantes relacionados ao posto Jornais, revistas

Histórico ambiental e operacional Registro de entrevistas realizadas

3.2 Inspeção para Reconhecimento da Área

A inspeção para reconhecimento da área deverá possibilitar a identificação e avaliação das instalações atualmente operadas na área de estudo, seus vizinhos, bem como determinaros caminhos potenciais de transporte de contaminantes, além da localização e

(10)

caracterização dos receptores e bens a proteger. Além da inspeção da área, devem ser realizadas entrevistas com funcionários, vizinhos da área. Para isso:

• Identificar o tipo e locação dos equipamentos instalados na área, no caso de postos de abastecimento instalações como tanques, bombas de abastecimento, área de lavagem de veículos, caixa separadora, área de abastecimento, área de carregamento, área de descarga, área de troca de óleo, filtro de diesel, tubulações, etc. No caso de bases e terminais plataformas de carregamento, balanças, tanques aéreos, bacias de conteção, transformadores;

• Caracterizar e avaliar as condições de operação de cada equipamento, piso e canaletas;

• Descrever as atividades desenvolvidas;

• Identificar a geração, locais e modo de armazenamento temporário de resíduos; • Relatar acidentes ocorridos, incluindo perda de produto, vazamentos e acidentes; • Informar sobre manuseio e armazenamento de substânciasqu;imicas.

Nas entrevistas, devem, no mínimo, serem questionados: • Ocorrência de acidentes e vazamentos;

• Locais de disposição de resíduos; • Reclamações;

• Problemas com a qualidade do ar, água e solo; • Obras realizadas.

• Presença de Captação de Água Subterrânea (Poço de Abastecimento, Poço Cacimba, Cisternas e Poços Artesianos).

Realizar, o levantamento de uso do solo para um raio de 200 metros a partir do limite do posto de serviço, conforme proposto na DD 263/2009 CETESB, considerando:

• O levantamento das atividades realizadas ao norte, sul, leste e oeste do local, por nome e tipologia;

• A identificação, em imagem de satélite, de receptores potenciais ou bens a proteger, como por exemplo, áreas residenciais, áreas comerciais, áreas

(11)

industriais, áreas de lazer, áreas de produção agropecuária, piscicultura, hortas, escolas, hospitais, creches, etc.;

• A representação na imagem de satélite da localização e a classificação de corpos hídricos superficiais (vereda/brejo, córrego/rio, mar, lago/laguna/lagoa), Áreas de Preservação Permanente (APP), Unidade de Conservação (UC) e áreas com tombamento histórico;

• A pesquisa e localização de poços de abastecimento ou poços cacimba, cadastrados e não cadastrados no órgão ambiental;

• A localização de Área com Potencial de Contaminação (AP), Área Suspeita de Contaminação (AS), Área Contaminada sob Investigação (AI), Área Contaminada sob Intervenção (ACI), Área em Processo de Monitoramento para Reabilitação (AMR) e Área Reabilitada para o Uso Declarado (AR), eventualmente existentes na região, conforme registro do órgão ambiental competente (CONAMA 420).

As instalações e áreas representadas na imagem de satélite devem ser referendadas em texto, sendo informado sobre o bem identificado e o modo de pesquisa onde se obteve a informação.

Na impossibilidade de se obter informações sobre o histórico de operação da área e de alterações no layout, todos os locais da área em estudo onde exista a possibilidade de terem sido desenvolvidas atividades de armazenamento e manejo de combustíveis, lubrificantes ou outras substâncias deverão ser investigadas.

3.3 Caracterização do Uso e Ocupação do Solo

A caracterização do uso e ocupação do solo visa identificar os potenciais receptores expostos à contaminação detectada na área de interesse. O levantamento das informações sobre o uso e ocupação do solo deverá ser realizado com raio de no mínimo 200 metros em relação aos limites da área investigada, contendo os seguintes itens:

• Identificação de área industrial, residencial e comercial, bem como, escola, creche, igreja, asilo, restaurantes, hospitais, parques, plantações, criações de

(12)

gado, entre outros. Destacando a existência de edificações com piso ou garagem subterrânea;

• Identificação de instalações subterrâneas como gás, esgoto, rede de distribuição de águas, redes elétricas, telefonia, entres outros;

• Localização de Áreas Contaminadas cadastradas no órgão ambiental responsável;

• Localização de corpos de águas superficiais e sua classificação;

Deverá ser considerado um raio de 500 metros em relação aos limites da área investigada para a localização de poços de rebaixamento do lençol freático, poços de captação de água subterrânea, cadastrados e/ou outorgados em órgão competente, quando possível e disponível os não cadastrados, destacando sua profundidade, perfil construtivo, aquífero explorado e uso.

Ao final desta tarefa deverão ser apresentados:

• Texto explicativo e mapas explicativos sobre o uso e ocupação da área e sua distribuição;

• Mapa de uso e ocupação contendo a localização dos poços de rebaixamento e captação de água subterrânea (georreferenciados), bem como todos os elementos descritos acima.

3.4 Elaboração de Modelos Conceituais (MC)

A elaboração dos cenários de exposição deverá representar todos os caminhos que permitem a evolução do contaminante partindo da origem da contaminação (fonte de contaminação) até chegar aos receptores potenciais. Os cenários de exposição são divididos em cenários de exposição direta e cenários de exposição indireta.

• Exposição Direta: quando o receptor está diretamente em contato com o compartimento do meio físico contaminado, ou com a fonte de contaminação.

(13)

• Exposição Indireta: quando as SQIs atingem o receptor por meio de outros compartimentos do meio físico, que não estão contaminados, mas que poderá afetá-los em decorrência do transporte da SQI.

Os cenários de exposição devem ser sempre relacionados aos seguintes elementos: • Fonte de Contaminação;

• Substância Química de Interesse (SQI); • Receptores Potenciais;

• Ponto de Exposição (PDE); • Caminho de Exposição; • Via de Ingresso.

Estes elementos devem ser identificados e caracterizados para que um cenário de exposição seja considerado completo. A caracterização de cada um desses elementos servirá como base para identificação de eventos de exposição atuais e futuros relacionados ao posto de serviço. Caso um ou mais destes elementos estejam ausentes, o cenário será incompleto e não será considerado na avaliação de risco.

3.4.1 Fontes de Contaminação

A fonte de contaminação (Área Fonte) esta relacionada a um determinado processo operacional que ocasionou a origem da contaminação, liberando a SQI no meio físico.

A caracterização da fonte de contaminação deve permitir avaliar quais compartimentos do meio físico podem ser impactados e como as SQIs chegarão aos receptores potencialmente expostos. Cada área fonte compreende um ponto ou área onde ocorre ou ocorreu à liberação da SQI para o meio físico. Para esta etapa é necessária a identificação e relação das fontes de contaminação

(14)

3.4.2 Substâncias Químicas de Interesse (SQI)

As substâncias químicas de interesse (SQI) que devem ser consideradas na Avaliação de Risco a Saúde Humana são todas aquelas identificadas nas amostras de solo e água subterrânea em concentrações superiores aos VIs.

A SQI será selecionada desde que ocorra pelo menos em uma única vez em concentração superior ao VI adotado. Para esta etapa deve ser relacionadas às SQIs consideradas na avaliação de risco.

3.4.3 Receptores Potenciais

A identificação de receptores potenciais a serem considerados na avaliação de risco visa representar indivíduos humanos expostos as SQIs, considerando situações atuais e futuras de exposição, sendo classificados em:

Receptores Residenciais: todo residente que possa estar potencialmente exposto direta ou indiretamente às SQIs identificadas nos compartimentos do meio físico, localizados na área investigada ou em suas proximidades.

Receptores Trabalhadores (Comercial/Industrial): todo funcionário que possa estar potencialmente exposto direta ou indiretamente às SQIs identificadas nos compartimentos do meio físico, localizados na área investigada ou em suas proximidades.

Para esta etapa devem ser relacionados os receptores potenciais consideradas na avaliação de risco.

3.4.4 Pontos de Exposição (PDE)

Os pontos de exposição (PDE) são pontos onde ocorre a exposição do receptor à SQI. Os PDEs devem ser identificados para cada compartimento do meio físico impactado ou potencialmente impactado, considerando os cenários atuais e futuros de uso e ocupação do solo.

(15)

Os seguintes compartimentos devem ser considerados para a identificação de PDEs: • Água Subterrânea: se ocorrer a utilização de poços e nascentes para

abastecimento municipal, industrial, doméstico e agrícola, bem como para atividades recreacionais.

Solo: se ocorrer contato com as SQIs presentes no solo superficial e subsuperficial.

Água superficial: se ocorrer sua utilização para abastecimento municipal, industrial, doméstico e agrícola, bem como para atividades recreacionais e de pesca.

Ar: na ocorrência de cenários de exposição em ambientes abertos e espaços fechados contemplando todos os potenciais receptores.

Para esta etapa devem ser relacionados os PDEs considerados na avaliação de risco.

3.4.5 Caminhos de Exposição

Um caminho de exposição descreve o curso de uma SQI, desde a área fonte até o receptor, no ponto de exposição (PDE). São considerados caminhos de exposição às seguintes situações:

• Emissão de vapores e partículas a partir do solo superficial; • Lixiviação do solo para água subterrânea;

• Transporte em meio saturado de água subterrânea contaminada;

• Transporte em meio não saturado de vapores a partir do solo subsuperficial; • Transporte em meio não saturado de vapores a partir da água subterrânea; As seguintes informações deverão ser consideradas na análise dos caminhos de exposição:

• Os compartimentos do meio físico que estão impactados (ar, água e solo); • Os mecanismos de transporte das SQIs desde a área fonte até os PDEs;

(16)

• A localização dos PDEs;

• Os receptores potencialmente expostos.

Para esta etapa devem ser relacionados os caminhos de exposição considerados na avaliação de risco.

3.4.6 Vias de Ingresso

Os potenciais receptores identificados podem entrar em contato com as SQIs por meio de determinadas vias de ingresso, que são:

• Ingestão de contaminantes presentes na água subterrânea, água superficial, solo.

• Inalação de contaminantes presentes no ar, incluindo vapores emitidos a partir da água subterrânea, água superficial, solo superficial e solo subsuperficial. • Contato dérmico com contaminantes presentes na água subterrânea, água

superficial e solo.

Para esta etapa devem ser relacionadas às vias de ingresso consideradas na avaliação de risco.

3.4.7 Composição do Modelo Conceitual

O Modelo Conceitual (MC) deverá ser elaborado, objetivando a apresentação de uma síntese das informações relativas à área de interesse, incluindo a localização da contaminação, o transporte e distribuição das SQIs desde as fontes primárias até os PDE e a relação com a exposição dos receptores existentes, representando o conjunto de cenários de exposição presentes na área de interesse. O MC deverá ser desenvolvido para a área de interesse considerando suas características específicas.

A consolidação do MC deverá ser apresentada por meio de fluxograma ou texto explicativo.

(17)

3.5 Caracterização Geológica

A caracterização geológica do local deverá ser realizada com base na execução das sondagens ambientais de acordo com a norma ABNT/NBR 15.492, incluindo registros existentes nos relatórios, considerando os seguintes objetivos:

• Descrição do solo, sedimento, rocha e/ou aterro de todas as sondagens executadas;

• Coleta de amostras do material perfurado, para determinação de granulometria, porosidade total, porosidade efetiva, densidade do solo, umidade do solo e fração de carbono orgânico. Estas amostras devem ser coletadas em diferentes pontos de sondagem e diferentes profundidades, considerando as camadas litológicas importantes para a distribuição dos contaminates em subsuperfície, previstas do Modelo Conceitual da Área;

• Validação da geologia regional.

Ao final desta tarefa deverão ser apresentados:

• Mapa em escala apropriada com locação e identificação das sondagens e dos pontos de coleta de amostras de solo;

• Perfis das sondagens realizadas e no mínimo duas seções geológicas para representar o entendimento da geologia do local. Deve ser destacada a descrição do material identificado, sua cor, textura e granulometria;

• Tabela com a identificação das amostras, coordenadas geográficas UTM, elevação, perfil de sondagem, profundidade da coleta de amostra, data e hora de amostragem, numero da cadeia de custódia, entre outros;

• Texto explicativo com resumo da geologia local e relação com o contexto geológico regional.

(18)

3.6 Mapeamento da Contaminação

O mapeamento da contaminação deverá ser desenvolvido com o objetivo de:

• Promover a completa delimitação vertical e horizontal da contaminação por fase retida (solo superficial e subsuperficial), fase dissolvida e fase livre;

• Possibilitar o entendimento da distribuição espacial da contaminação.

Para cumprimento dos objetivos supramencionados deverão ser executadas as tarefas:

• Coletar as amostras de solo e água subterrânea conforme item 4.10 deste manual; • Realizar análise química laboratorial para Benzeno, Tolueno, Etilbenzeno e

isômeros de Xilenos (BTEX); Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos (HAP), em todas as amostras coletadas. Caso o Modelo Conceitual da Área em estudo indique a possível ocorrência de outros substância químicas associadas a potenciais fontes de contaminação, estas também deverão ser analisadas em laboratório;

• Realizar análise química laboratorialpara Hidrocarbonetos Totais de Petróleo (TPH), somente em amostras coletadas em potenciais áreas fonte de contaminação identificadas no modelo conceitual da área que indiquem a ncessiade desta quantificação;

• Promover a delimitação das plumas de contaminação (fase retida e fase dissolvida) considerando os Valores de Investigação (VI), mesmo que para isto tenha que ser executada mais de uma etapa de coleta de amostras. Para o mapeamento das plumas dissolvidas os parâmetros a serem determinados são os BTEX e HAP. • Promover a delimitação da pluma de fase livre, por meio da instalação de poços de

monitoramento com seção plena, considerando os procedimentos técnicos descritos na NBR/ABNT 15495: Poços de monitoramento de águas subterrâneas em aquíferos granulados parte 1: projeto e construção; e na NBR/ABNT 15495:

(19)

Poços de monitoramento de águas subterrâneas em aquíferos granulares parte 2: desenvolvimento.

As amostras da etapa de investigação da contaminação devem, preferencialmente, ser coletadas em uma única campanha de amostragem. Se após a avaliação dos resultados analíticos se verificar que as plumas de contaminação estão abertas, deve ser realizada nova etapa de campo e consequentemente, nova coleta de amostras. Neste caso, amostras coletadas em campanhas distintas podem ser utilizadas em uma mesma etapa de investigação ambiental, se a coleta for realizada em um intervalo de no máximo 90 dias corridos contados da data da primeira amostra, comprovados pelo adequado preenchimento da Cadeia de Custódia.

Para esta etapa é necessária a apresentação dos seguintes itens:

• Cadeia de Custódia devidamente preenchida e assinada pelo responsável pela coleta das amostras, bem como funcionário do laboratório responsável pelo recebimento das amostras;

Ficha de recebimento das amostras (checklist), devidamente preenchida e assinada pelo responsável, no laboratório, pela verificação das condições de recebimento e acondicionamento das amostras;

• Laudos analíticos laboratoriais originais, assinados pelo responsável técnico do laboratório emitidos de acordo com o especificado na ABNT NBR ISO/IEC 17025;

• Tabelas comparativas entre os resultados analíticos para as analises realizadas e os Valores de Intervenção Estadual ou Conama;

• Representação das plumas de contaminação em fase retida (horizontal e vertical); • Representação das plumasde contaminação em fase dissolvida (horizontal e

vertical);

• Representação da pluma de contaminação em fase livre;

• Texto explicativo com resumo do mapeamento da contaminação, sua relação com as fontes primárias de contaminação identificadas no modelo conceitual da área.

(20)

4.5.1. Fase Livre

Realizar o mapeamento da fase livre a partir dos poços de monitoramento onde foi verificada sua ocorrência, considerando os seguintes itens:

• O mapeamento da fase livre deverá ser realizado por meio da instalação de poços de monitoramentos com seção plena, locados estrategicamente em função do modelo conceitual da área.

• Os poços de monitoramento onde foram verificadas a ocorrência de fase livre não devem ser desenvolvidos.

• As medidas do nível de produto em fase livre, tomadas com o equipamento interface de óleo e água, representam a espessura aparente de fase livre sobrenadante ao aquífero local.

• Será considerada película de produto em fase livre, espessura aparente menor ou igual a 5,00 milímetros.

• A pluma de produto em fase livre será considerada, delimitada horizontalmente, se tiver poços de monitoramento instalados na borda da pluma, sem a ocorrência produto.

• A delimitação da pluma em fase livre no plano horizontal será definida considerando a metade da distância entre o poço de monitoramento que apresentar presença de produto em fase livre e o poço de monitoramento onde for observada a ausência de fase livre.

• O mapeamento de fase livre em plano vertical deverá ser apresentado em seções hidrogeológicas, onde o limite superior da pluma será referente a cota superior do nível de fase livre medido no poço de monitoramento e o limite inferior será a cota do nível de água local medido no poço de monitoramento. Deve ser gerado a espessura real e aparente, usada para a etapa seguinte.

(21)

Para esta etapa é necessária a apresentação dos seguintes itens:

• Cálculo do volume de produto em fase livre mapeado, considerando as espessuras aparente e real.

• Cálculo da espessura real de produto em fase livre, a partir da espessura aparente medida em área, por meio da formula empírica do método de Pastrovich:

(

do

da

)

t

t

g

=

1

/

onde:

tg – Espessura real de fase livre

t – Espessura aparente do – Densidade do produto

da – Densidade da água

(22)

Detalhe de Fase Livre em Bailer Detalhe de Ausencia de Fase Livre em Bailer

4.5.2. Fase Retida

Realizar o mapeamento da fase retida no solo a partir das sondagens onde foi verificada a SQI acima dos VIs, considerando os seguintes itens:

• No plano horizontal a partir da sondagem onde foi identificada a contaminação,executar sondagens em malha aproximada de 5 x 5 metros com distanciamento máximo de 10 metros, podendo estasdistaânciasserem alteradas a critério do responsável técnico e em função do modelo conceitual da área;

• No plano vertical coletar pelo menos 03 (três) amostras de solo, sendo uma entre 0,0 e 0,5 metros de profundidade, outra na franja capilar ea última na maior medição de COV. Caso a medição de COV seja nula justificar tecnicamente a escolha da profundidade da amostra de solo coletada;

• O mapeamento horizontal deve ser realizado para cada SQI, onde o limite da pluma será interpolado na metade da distância entre o ponto de amostragem que apresentar concentração acima de VI e o ponto de amostragem que apresentar concentração abaixo de VI;

(23)

• Para o mapeamento de fase retida no solo em plano vertical, o ponto limite será a metade da distância entre a amostra em profundidade que apresentar concentração acima de VI e a amostra que apresentar concentração abaixo de VI. Quando a amostra de solo coletada na franja capilar apresentar concentrações acima dos VIs para as SQIs, considerar como delimitação da contaminação a profundidade do nível de água do local. Na ausência de amostras superficiais com concentração inferior a VI, o limite superior deve ser a fonte primária mais próxima.

4.5.3. Água Subterrânea

Realizar o mapeamento da fase dissolvida a partir dos poços de monitoramento onde foi verificada a SQI acima dos VIs, considerando os seguintes itens:

• No plano horizontal instalar poços de monitoramento a partir do poço onde foi identificada a contaminação, conforme o modelo conceitual da área;

• Caso o modelo conceitual da área justifique a delimitação da pluma de contaminação no plano vertical, esta poderá ser realizada com a instalação de poços multiniveis. Quando assim definido, deverão ser instalados ao mínimo dois conjuntos de poços multiníveis, localizados internamente aos limites da área de interesse, dispostos no centro de massa da pluma de contaminação da pluma em fase dissolvida, ou seja, onde forem verificadas as maiores concentrações das substâncias químicas de interesse, considerando a direção do fluxo de água subterrânea. A instalação de poços simples ou multiníveis externos aos limites da área de interesse deve ser realizado quando a pluma de contaminação em fase dissolvida ultrapassar os limites da área ou quando ocorrer fluxo vertical descendente.

• O mapeamento horizontal deve ser realizado para cada SQI, onde o limite da pluma será interpolado a ¾ da distância entre o ponto de amostragem que apresentar concentração acima de VI e o ponto de amostragem que apresentar concentração abaixo de VI;

(24)

• Caso o modelo conceitual da área justifique a delimitação da pluma de contaminação no plano vertical,esta deverá ser realizada para cada SQI, onde o limite da pluma será interpolado na metade da distância entre a base da seção filtrante do poço que apresente concentração abaixo do VI e a base da seção filtrante do poço adjacente que apresente concentração da SQI acima de VI.

3.7 Investigação de Vapores de Solo

Os trabalhos de avaliação de vapores no solo deverão obedecer ao procedimento específico do Órgão Ambiental Regulador local. Quando não houver, será adotado o Procedimento “Identificação de Passivos Ambientais em Estabelecimentos com Sistema de Armazenamento Subterrâneo de Combustíveis - SASC” da CETESB e as considerações deste manual.

Deverá ser feita a avaliação da presença destes vaporesem malha regular com execução de sondagensde 1,5 metros de profundidade,com diâmetro de 25 a 50 mm, no qual será introduzida uma sonda para a medição de concentrações de vapores a cada 0,5 metros, por sucção, do ar de seu interior, contemplando toda a área do empreendimento, e com a apresentação dos perfis litológicos das sondagens, caso julgue necessário.

Adicionalmente, deverá ser realizada medição de explosividade e vapores orgânicos, bem como avaliação quanto à presença de produto (Combustíveis) em tubulações, redes (pluvial, esgoto, água, energia e telecomunicações, etc.), câmaras de contenção e poços (PIs, PMs, PEs, PBs) existentes no empreendimento e em seu entorno, num raio de 200 metros. Deve-se indicar no croqui e listar em tabela os pontos medidos. Também serão alvo deste levantamento os pontos de captação de água (cursos d’água, poços) do entorno imediato do estabelecimento e a verificação dos mesmos quanto à presença de produto. No caso de poço tubular, informar dados construtivos, uso da água, vazão captada e perfil litológico do poço.

Caso o levantamento estaja sendo desenvolvido em área de posto de serviço, deverá ser realizada a sua classificação (com justificativas) conforme ABNT NBR 13.786,

(25)

apresentando mapa de ocupação do entorno, no raio de 100 metros (ou conforme definição do órgão ambiental local), em escala compatível, detalhando adequadamente o entorno, indicando: elementos constantes na ABNT NBR 13786, uso e ocupação das áreas e empreendimentos potencialmente poluidores (postos, oficinas, etc).

O empreendimento deverá ser georreferenciado por meio do levantamento das coordenadas UTM do empreendimento, com a utilização de GPS, estação total e levantamento topográfico.

Deverá ser apresentadoum relatório conclusivo contendo os resultados das avaliações descritas acima, e a caracterização da extensão da ocorrência de vapores orgânicos derivados de combustíveis no solo (por meio inclusive de desenho da pluma de contaminação com curvas de iso-concentração a 0,5, 1,0 e 1,5 metros), considerando-se, sempre que possível, o tipo de contaminante, as condições do meio e as limitações técnicas do local, tais como solo, edificações, espaço físico para instalação de equipamentos, dentre outras.

3.8 Execução de Sondagens Ambientais

As perfurações a serem realizadas, têm por objetivo a descrição da litologia/pedologia/geologia em subsuperfície, coleta de amostras de solo, instalação de poços demonitoramento de seção plena (PM) ou multiníveis (PMN), bombeamento (PB), extração (PE)e/ou de injeção (PI), bem como a coleta de amostras para análise química.

As sondagens devem ser realizadas em conformidade com a Norma ABNT NBR15492 – Sondagem de Reconhecimento Para Fins de Qualidade Ambiental – Procedimento.

O material perfurado deve ser descrito e amostrado, a cada metro ou a cadamudança pedológica / litológica / Geológica. A concentração de COVs deve ser medida a cada 0,5 metro perfurado. Deve ser feita a identificação e a descrição do solo,sedimento, rocha e/ou aterro de acordo com as recomendações do Manual

(26)

deDescrição Coleta de Solos no Campo, da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo, e outros documentos aplicáveis à descrição de materiais em subsuperfície;

As perfurações devem penetrar no máximo 4,0 metros abaixo do nível d’água ou, a profundidades maiores em função do Modelo Conceitual da Área. Caso haja impedimentode ordem da natureza do substrato investigado a perfuração poderá ser finalizada fora das condições descritas acima.Ao término das perfurações, os furos devem ser limpos através de caçamba/balde. Devido à constituição pedológica / litológica da área, caso haja necessidade, deveráser revestido o furo, a fim de atender às condições de perfuração descritas acima.

Não será permitida a utilização de fluídos de perfuração para a completação dofuro, após atingir o nível d’água.Para a completação do furo após atingir o nível d’água pode ser utilizado o sistemade caçamba/balde ou lavagem com água para aprofundar o furo até a profundidadeexigida, desde que o mesmo esteja revestido.

A definição dos equipamentos a serem utilizados para realização das sondagens deverá ser feita com base no Modelo Conceitual da Área, previamente desenvolvido pelo Responsável Técnico.

Caso seja indicado no Modelo conceitual da Área, serão coletadas amostras de solodurante a execução das sondagens para análises químicas laboratoriais.O amostrador e o material de sondagem devem ser lavados com sabão neutro eágua desmineralizada, antes e após cada amostragem de solo.

Em cada sondagem deverão ser obtidas pelo menos 03 (três) amostras de solo, sendo uma entre 0,0 e 0,5 metros de profundidade, outra na franja capilar e a última na maior medição de COV. Caso a medição de COV seja nula justificar tecnicamente a escolha da profundidade da amostra de solo coletada, devendo todas serem encaminhadas para análise química.

Todos os pontos onde ocorrerem sondagens deverão ser georeferenciados. Ascoordenadas dos pontos medidos no site deverão ser vinculadas ao Sistema

(27)

GeodésicoBrasileiro (SGB).Todas as medições devem ser realizadas por meio de Estação Total.

Elaborar modelo hidrogeológico conceitual em conformidade com a ABNT NBR 15495-1 – Poços de Monitoramento de águas subterrâneas em aqüíferos granulares – Parte 1: Projeto e construção.

3.9 Instalação de Poços de Monitoramento

Os poços devem ser construídos e instalados em total conformidade com a NormaABNT NBR 15495-1 – Poços de Monitoramento de águas subterrâneas em aqüíferosgranulares – Parte 1: Projeto e construção. O desenvolvimento dos poços deverá serrealizado em conformidade com a Norma ABNT NBR 15495-2 – Poços de Monitoramento de águas subterrâneas em aqüíferos granulares – Parte 2:Desenvolvimento.

Os poços serão instalados nos furos de sondagem com diâmetros de 2”, 4 “ou 6” aserem executados conforme exposto no item 4.7 (Execução de Sondagens Ambientais).

Os poços serão construídos com tubos do tipo geomecânico/PVC (liso e/ou filtro) ousimilar, nos diâmetros de 2” ou 4”, ou se forem piezômetros no diâmetro de 1”. Os poços de monitoramento devem ser instalados com:(1) seção filtrante plena, com comprimento máximo de 3 metros, sendo 1metro na zona não saturada e 2 metros na zona saturada; (2) seção filtrante afogada com comprimento máximo de 1 metroabaixo do nível d’água estabilizado(cerca de 25 cm). O Modelo Conceitual da Área deverá ser utilizado para escolha entre a seção plena ou afogada.

O espaço anular entre o filtro e a parede de perfuração deve ser preenchido por um pré-filtro definido de acordo com a Norma ABNT NBR 15495-1.O espaço anular superior ao pré-filtro deve ser preenchido por bentonita ou por mistura de bentonita com cimento.O acabamento final dos poços deverá constar de proteção sanitária em concreto ecolocação de câmara de calçada construída ao nível da superfície do terreno.O cap superior dos poços será móvel, acoplado ao tubo e deve ter a sua tampatrancada com trava via cadeado (segredo único), e o cap inferior do tubo deve ser

(28)

fixado. O cap superior deve garantir a perfeita vedação do poço.

Deve ser garantida a identificação, vedação e inviolabilidade dos PMs, PBs, PEs e PIs instalados. As tampas e câmaras de calçada para proteção sanitária devem suportaro tráfego de veículos pesados, serem estanques, possuir fixação que evite seudeslocamento, e identificação de poço de monitoramento. Tais câmaras decalçada deverão ter diâmetro mínimo de 12”.

Todos os detalhes da instalação dos poços e execução das sondagens,bem como informações sobre o perfil construtivo, pedológico e litológico dospoços, profundidade do NA, cota altmétrica, coordenadas UTM (medidas por EstaçãoTotal e vinculadas ao Sistema Geodésico Brasileiro - SGB) e informação sobre a existência ou não de fase livre nos poços, deve constar do relatório técnico de investigação ambiental (confirmatória, detalhada).

Os piezômetros deverão ser compostos por um tubo de PVC rígido com diâmetrode 1”, devendo sua extremidade inferior ser vedada com um cap, e o tubo perfuradonum trecho que esteja limitado a uma única unidade estratigráfica, limitado aocomprimento máximo de 100 cm a partir da extremidade inferior. Os furos do trechoperfurado deverão apresentar diâmetro de 3 mm distribuídos aleatoriamente entre sicom distância circular de no máximo de 10 cm. O trecho do tubo perfurado deve serenvolto por, no mínimo, duas camadas de tela de nylon de malha nominal de 2 mm.O espaço anelar entre o tubo de PVC e o furo deve ser preenchido com areia somenteno trecho onde o tubo foi perfurado e envolto com tela; o restante deve ser preenchidocom bentonita na forma de calda. Para servir de vedação, quanto à entrada de águaspluviais, a parte superior de 50 cm do espaço anelar será preenchida por umaargamassa de cimento e areia. Deve ser previsto cap de pressão para a extremidadesuperior do tubo(boca).

(29)

Detalhe de Acabamento de Poços Detalhe de Acabamento de Câmara de Calçada

3.10 Amostragem e Análises Químicas

O procedimento para a coleta de amostras de água e solo deve seguir o estabelecido neste escopo, nas normas brasileiras aplicáveis ou, na ausência destas, a EPA SW-846, Test Methods for EvaluatingSolidWastes.

3.10.1 Água subterrânea

A coleta das amostras de água deverá ser realizada por um dos métodos a seguir: (1) Amostragem com Amostrador descartável tipo Beiler; (2) Micro Purga com Baixa Vazão.

3.10.1.1 Amostragem com Amostrador descartável tipo Beiler

Deverá ser utilizado amostrador de água manual tipo bailer nos poços de monitoramento. O material constituinte do bailer deverá possuir as seguintes características: não adsorver, absorver ou liberar constituintes das ou para as amostras, serem resistente a ataque químico (deterioração de parte plástica) e ataque biológico, ser transparente, descartável, longilíneo (90cm) e de diâmetro compatível com o ponto de

(30)

coleta, permitir estimar a espessura e coloração de fases formadas na solução dentro do bailer, principalmente a espessura de produto dentro dos poços.

A amostragem através de bailer deverá ser sempre precedida por purga, a qual consistirá no esgotamento de 3 a 5 vezes o volume do poço, devendo seu efluente ser devidamente acondicionado e descartado.

A coleta deve ocorrer, no mínimo, após 24 horas da conclusão da purga, sendo que a introdução do bailer no poço nào provoque distúrbio na coluna d’água (misturar, aerar ou aumentar sua turbidez). O bailer utilizado para purga do poço não poderá ser utilizado para sua coleta.

Todos os bailers utilizados para coleta e purga, devem ser identificados, quantificados, fotografados agrupados e cortados transversalmente (de forma a permitir sua contagem) e corretamente destinados, devendo ter seus certificados de destinação serem apresentados em anexo ao relatório técnico de serviços. Preferencialmente, os materiais plásticos devem ser destinados à reciclagem.

3.10.1.2 Micro Purga com Coleta de Baixa Vazão

O responsável deverá utilizar equipamentos que sejam compostos por materiais que não adsorvam, absorvam ou liberem constituintes das ou para as amostras, sejam resistentes a ataques químicos (corrosão das partes metálicas e deterioração das partes plásticas) e ataques biológicos e sejam resistentes aos procedimentos de limpeza (produtos de limpeza específicos sucedidos por limpeza com sabão neutro e água deionizada).

A amostragem por equipamento de baixa vazão deve ser precedida por purga de baixa vazão que permita a coleta de amostras representativas. O procedimento de coleta da amostra deve ser iniciado somente após a purga apresentar estáveis os parâmetros monitorados (em tempo real) de turbidez, condutividade, pH, oxigênio dissolvido (OD) e potencial de óxido redução (Redox Potencial) da água. Três leituras consecutivas devem apresentar variações máximas de ±0,1 para o pH, ±3% para a condutividade, ±10mv no potencial de redox e ±10% para oxigênio dissolvido e turbidez. O intervalo de tempo entre

(31)

as leituras deve variar em função da velocidade de bombeamento e podem ocorrer, no mínimo, a cada 1 minuto.

O equipamento deverá ter vazão de coleta máxima de 100ml/min e rebaixamento máximo de 10cm na coluna d’água estabilizada (monitorada por equipamento denominado como Interface) durante o bombeamento de coleta e purga. Durante o processo, não deverá haver distúrbio na coluna d’água de forma a misturá-la (homogeneizar as zonas distintas) e provocar aumento de turbidez. A amostra deverá ser coletada na metade da seção filtrante do poço, ou seja, a captação da bomba deve ser posicionada nesse ponto indicado. As partes do equipamento (ex. mangueiras), anteriores a bomba, que entrarem em contato direto com o líquido amostrado, devem ser sempre substituídas para cada ponto de coleta durante o processo de amostragem. O frasco de coleta da amostra deve estar sempre em posição anterior à bomba. Durante a coleta de amostra de água devem-se obter os valores de turbidez, condutividade, potencial hidrogeniônico (pH), oxigênio dissolvido (OD) e potencial de óxido redução (Redox Potencial) para cada amostra, devendo os dados ser inseridos no relatório.

Os resíduos gerados pela coleta devem ser identificados e corretamente destinados. Todas as partes do equipamento (ex. mangueiras), anteriores a bomba, que entrarem em contato direto com o líquido amostrado, utilizados para coleta e purga, devem ser identificados, quantificados, fotografados agrupados, destruídos e corretamente acondicionados e destinados, devendo ter seus certificados de destinação serem apresentados em anexo ao relatório técnico de serviços. Preferencialmente, os materiais plásticos devem ser destinados à reciclagem.

(32)

Equipamentos para Amostragem de Baixa Vazão Equipamentos para Amostragem de Baixa Vazão

Equipamentos para Amostragem de Baixa Vazão Equipamentos para Amostragem de Baixa Vazão

3.10.1.3 Análises Químicas

Para as amostras de água subterrânea e solo, destinadas ao mapeamento de plumas de contaminação originadas nas fontes de contaminação identificadas no modelo conceitual da área em estudo, deverá ser realizada análises químicas para a determinação das concentrações de BTEX (benzeno, tolueno, etilbenzeno e isômeros de xilenos) porcromatografia gasosa e HPA (Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos). Em função do modelo conceitual da área, poderão ser realizadas também amostras de Hidrocarbonetos Totais de Petróleo (TPH) fingerprint, DRO ou GRO.

(33)

Os limites de quantificação deverão ser inferiores aosvalores mais restritivos de referência estabelecidos (devem ser considerados oCONAMA 420/2009, as listas da CETESB, Lista Holandesa e a lista de órgão ambientallocal, se existir).

As amostras de água e solo deverão ser remetidas ao laboratório de análisesquímicas no prazo máximo de 24 horas após a coleta. Durante o período dearmazenamento e transporte das amostras do campo para o laboratório, as mesmasdeverão ser mantidas em recipientes térmicos, acondicionadas com gelo, à temperaturade no máximo 4 graus Celsius.

Serãocoletados padrões brancos inicial e final, para cada dia de amostragem, antes do inícioe após o término da amostragem de água. Tambem deverá ser coletada eanalisada uma amostra réplica de água subterrânea em ponto definido pelo responsável técnico em campo, visando avaliar a confiabilidade do laboratório.

O laboratório deverá apresentar os resultados das análise de “surrogatescompounds”. O critério de aceitação e a taxa de recuperação dos “surrogates” deverãoser apresentados e interpretados pelo responsável técnico. Os resultados das análises deverão estar acompanhados dosrespectivos cromatogramas. Todos os laudos analíticos deverão estar de acordo com o definido na norma ISSO – IEC 17025, devendo necessariamente ser identificado o local onde foi coletada aamostra, acompanhados da ficha de recebimento de amostras (checklist) emitida pelolaboratório no ato de recebimento das mesmas e da cadeia de custódia referente àsamostras coletadas, devidamente preenchidas e assinadas.Os resultados de ensaios somente serão aceitos quando realizados porlaboratórios de ensaio acreditados, nos parâmetros determinados, segundo a NormaABNT NBR ISO/IEC 17025, pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização eQualidade Industrial - INMETRO, ou outro organismo reconhecido por ele.

Os certificados de acreditação devem ser apresentados previamente ao inicio das atividades do presente contrato. Taiscertificados devem ser apresentados sempre que revalidados.

Para as análises químicas de POTABILIDADE, deverão ser realizadas análisesdos seguintes parâmetros: Al, Amônia, cloreto, dureza, Fe, Mn, Na, Sólidos Dissolvidostotais,

(34)

sulfato, sulfeto de hidrogênio, surfactantes, Zn, pH, temperatura, OD, turbidez,condutividade elétrica, coliformes totais e fecais.

Para as análises químicas de EFLUENTES deverão ser realizadas análises dosseguintes parâmetros: pH, temperatura, Sólidos Suspensos, Sólidos Sedimentáveis,DQO, DBO5, Surfactantes e O&G (óleos e graxas).

Para as análises de Metais em solo e água deverão ser realizadas análises dosseguintes metais: Alumínio, Antimônio, Arsênio, Bário, Boro, Cádmio, Chumbo (Total,Orgânico e Inorgânico), Cobalto, Cobre, Cromo (Total e Hexavalente), Ferro, Manganês,Mercúrio (Total, Orgânico, Inorgânico), Molibdênio, Níquel, Prata, Selênio, Vanádio eZinco.

Se após o desenvolvimento dos poços for detectado produto em fase livre, o cliente deve ser comunicada imediatamente. Devem ser inseridos, como anexos, as cadeias de custódia, completamentepreenchidas, bem como as fichas de recebimento das amostras pelos laboratórios. Casohaja exigência, devem ser informados os cadastramentos dos laboratórios nos órgãosambientais, bem como apresentar documento de responsabilidade técnica do órgão declasse competente dos responsáveis técnicos pelos laboratórios (ART ou equivalente).Devem ser entregues junto aos relatórios as vias originais dos laudos. O responsável deverá obter junto aos laboratórios que usar e fornecer osdossiês de validação para cada parâmetro analisado.

Os laudos devem apresentar os limites de detecção e quantificação dosparâmetros analisados, bem como o método analítico utilizado. Quando as análises se destinarem aos serviços de investigação confirmatória,conforme DDs 103/2007 e 263/2009 da CETESB, a contratada deverá informar, em no máximo 2 dias úteis após a data de emissão dolaudo, a existência de resultados com concentrações acima dos padrões legaisaplicáveis.

Em função do Modelo Conceitual da Área o responsável técnico deverá coletar amostras para análises qu;imicasde todas assubstâncias descritas nos sub-grupos existentes na Resolução CONAMA 420/2009,para cada item específico. Por exemplo,

(35)

deverãoser realizadas análises químicas na água das seguintes substâncias: Cloreto demetileno, clorofórmio e tetracloreto de carbono.

Todos os pontos onde ocorrerem medições (coleta de amostras diversas, leituradireta de dados, etc) deverão ser georeferenciados. As coordenadas dos pontosmedidos no site deverão ser vinculadas ao Sistema Geodésico Brasileiro (SGB).Todas as medições devem ser realizadas por meio de Estação Total.Especial atenção deve ser dado aos pontos de medição tais como: coleta de amostrasem águas superficiais, efluentes e outros similares onde ocorram coleta dadados/amostragens.

3.11 Tamponamento de Poços

O poço de monitoramento ou de remediação deverá ser preenchido com material inerte de baixa permeabilidade (bentonita umedecida ou calda de cimento). Deverá ser contemplado a remoção da câmara de calçada e o preenchimento com concreto, na espessura mínima de 50 cm abaixo do piso, o qual deverá ser reconstituído de acordo com o existente no local.

3.12 Execução de Ensaiosdotipo Slug Test

Os ensaios de permeabilidade serão executados nos furos de sondagens e/ou nos PMs, PBs, PEs e PIs e em conformidade com as diretrizes da ABGE (Associação Brasileira de Geologia de Engenharia) contidas no boletim vigente.

Nas sondagens revestidas, sem a instalação dos poços, o trecho de ensaio corresponderá ao intervalo entre o final do revestimento e o fundo do furo, e no caso de ser executado em PMs, PBs, PEs e/ou PIs, o trecho de ensaio corresponderá ao comprimento do filtro.

Procedimento para execução de ensaios de infiltração à carga constante:

(36)

• O nível de água no furo deve ser mantido constante, alimentado por uma fonte apropriada, medindo-se o volume de água introduzido durante um certo intervalo de tempo (vazão).

• É aconselhável a elaboração de um gráfico onde sejam lançados na abscissa o tempo, e na ordenada o volume acumulado ou vazão. Tal gráfico possibilita a observação da estabilização da vazão, que é caracterizada por uma reta. Essa é a vazão que será utilizada no cálculo da permeabilidade (vazão constante).

• Pode-se estimar um tempo médio de 30 minutos por ensaio, não ultrapassando 60 minutos.

Procedimento para execução dos ensaios de rebaixamento à carga variável:

• Enche-se o furo até a boca, tomando-se este instante como tempo zero. Nos ensaios realizados tanto acima e abaixo do nível d’água do terreno, o nível d’água do furo deve ser mantido na boca, estável por cerca de 10 minutos para saturação. • Interrompe-se o fornecimento d’água, e a intervalos curtos no início e mais longos

em seguida, por exemplo, 15”, 30”, 1’, 2’, 3’, 4’, 5’, etc., acompanha-se o rebaixamento do nível d’água no furo. O ensaio será dado por concluído quando o rebaixamento atingir 20% da carga inicial aplicada ou 30 minutos de ensaio, não ultrapassando 120 minutos.

Procedimento para execução dos ensaios de recuperação:

• Os ensaios serão executados mediante a extração de água e posterior monitoramento da recuperação do nível de água em intervalos de tempo pré-definidos. Para o tratamento dos dados pode ser utilizada a Equação de Hvorslev ou por outro método definido.

• O ensaio será considerado concluído quando a coluna de água do poço atingir 80% de recuperação em relação ao nível estático medido no início da extração de água do poço.

Execução e acompanhamento dos ensaios no campo:

• Para o acompanhamento adequado dos ensaios, os dados de campo devem ser lançados em uma tabela, conforme modelo da ABGE.

(37)

• As medições da variação do nível d’água, quando da realização dos ensaios, devem ser necessariamente, efetuadas com medidor de nível d’água elétrico.

Ao final deverá ser calculado o coeficiente de permeabilidade.

3.13 Teste de Bombeamento

Os testes de bombeamento escalonado serão executados em 4(quatro) etapas com duração de 3(três) horas em cada etapa, podendo ter uma duração de até 24 horas à vazão máxima.Será realizada a determinação das características hidráulicas do poço e das condições de explotação do aqüífero (Vazão Ótima de Explotação, Equação de Rebaixamento e Equação do Poço). Ao término do ensaio de bombeamento escalonado deve se proceder a execução do ensaio de recuperação do poço de bombeamento, para o cálculo do coeficiente de permeabilidade. O relatório de testes de bombeamento deverá conter, no mínimo: os resultados obtidos e a metodologia aplicada.

Ensaio de aquífero deve ser realizado à vazão constante. As medidas de rebaixamento devem ser efetuadasnos PIs (Poços de injeção), PBs (Poços de bombeamento) e PMs (Poços de Monitoramento) próximos, em número mínimo de 02 poços de observação.Os dados do ensaio devem ser interpretados pelo método bi-logarítmico, em regime de não equilíbrio de Theis e, pela aproximação logarítmica de Jacob

Será realizada a determinação das características hidráulicas e hidrodinâmicas do aqüífero, a saber:

• Coeficiente de Transmissividade (T); • Coeficiente de Armazenamento (S); e • Raio de Influência R.

Ao término do ensaio de aqüífero, deve se proceder a execução do ensaio de recuperação do poço de bombeamento, para o cálculo do coeficiente de permeabilidade.

(38)

3.14 Levantamento Topográfico

Os serviços topográficos devem contemplar o levantamento planialtimétrico com locação e determinação das cotas altimétricas das sondagens, poços de monitoramento/bombeio/injeção, pontos de captação de água, rede de interferências elétrica água, esgoto, telefonia e gás etc.), equipamentos, edificações, vias de acesso, vizinhanças, cursos d’água, áreas sensíveis, tancagemaérea e subterrânea, redes de extração, caixas separadoras, canaletas perimetrais, etc. Também devem ser indicados os níveis topográficos de interesse.

A escala a ser utilizada para a confecção das plantas planialtimétricas e a área a ser levantada serão definidas pela contratante, em comum acordo com a empresa contratada. Deverá ser apresentada planilha contendo os dados de campo obtidos no levantamento. Este tópico deve estar claramente indicado na ART do relatório, quando realizado.

Deverá ser considerado o georeferenciamento, em coordenadas UTM. Os levantamentos devem ser realizados com Estação Total ou Teodolito, com precisão de até 20“, régua graduada e balizas. Não será permitida a utilização de GPS para o levantamento topográfico.

3.15 Determinação de Parâmetros Físico-Químicos

As amostras de água devem ser analisadas para determinação dos parâmetros Fe++ e Fe+++. Sempre que possível os parâmetros devem ser avaliados em campo.

Devem ser feitas no mínimo 3 amostras por local investigado.

Deve ser determinado o parâmetro fração de Carbono Orgânico através de no mínimo 2 amostras. Devem ainda ser coletadas amostras do material que compõe as camadas representativas do solo/rocha/sedimento/aterro para determinação de granulometria, densidade, umidade, porosidade total e porosidade efetiva, num total de 4 amostras. Os dados obtidos devem ser avaliados em relação à literatura para cada tipo de solo.

(39)

Devem ser também coletadas amostras em horizontes distintos de solo para a quantificação da fração de carbono orgânico, contemplando a área contaminada e ponto de “background” da área.

Os procedimentos de coleta, manuseio, preservação, armazenamento e transporte, serão determinados pelo responsável conforme normalização nacional e internacional aplicável.

Todos os laudos analíticos deverão estar de acordo com o definido na norma ISO – IEC 17025, devendo necessariamente ser identificado o local onde foi coletada a amostra, acompanhados da ficha de recebimento de amostras (checklist) emitida pelo laboratório no ato de recebimento das mesmas e da cadeia de custódia referente às amostras coletadas, devidamente preenchidas e assinadas.

Os resultados de ensaios somente serão aceitos quando realizados por laboratórios de ensaio acreditados, nos parâmetros determinados, segundo a Norma ABNT NBR ISO/IEC 17025, pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - INMETRO, ou outro organismo reconhecido por ele.

Todos os pontos onde ocorrerem coleta de amostras e medições deverão ser georeferenciados. As coordenadas dos pontos medidos no site deverão ser vinculadas ao Sistema Geodésico Brasileiro (SGB). Todas as medições devem ser realizadas por meio de Estação Total.

3.16 Monitoramento de Explosividade e Compostos Organicos Voláteis (COV).

Os trabalhos de Monitoramento de Explosividade e COV deverão obedecer ao procedimento específico do Órgão de Controle local. Quando não houver, será adotado o Procedimento “Identificação de Passivos Ambientais em Estabelecimentos com Sistema de Armazenamento Subterrâneo de Combustíveis - SASC” da CETESB, considerando as determinações mais restritivas contidas nesta Especificação de Serviços, ou atender a norma técnica específica vigente.

(40)

No caso da medição de explosividade, de COV e avaliação quanto à presença de produto (Combustíveis) e água em tubulações, redes (pluvial, esgoto, água, energia e telecomunicações, etc.), câmaras de contenção e poços (PIs, PMs, PEs, PBs) existentes no empreendimento e em seu entorno, num raio de 100 metros. Deve-se indicar no croqui e listar em tabela os pontos medidos.Identificação dos pontos de captação de água (cursos d’água, poços) do entorno imediato do estabelecimento e a verificação dos mesmos quanto à presença de produto. No caso de poço tubular, informar dados construtivos, uso da água, vazão captada e perfil litológico do poço.

Classificação (com justificativas) do local conforme ABNT NBR 13.786, apresentando mapa de ocupação do entorno, no raio de 100m (ou conforme definição do órgão ambiental local), em escala compatível, detalhando adequadamente o entorno, indicando: elementos constantes na ABNT NBR 13786, uso e ocupação das áreas e empreendimentos potencialmente poluidores (postos, oficinas, etc).

Todos os pontos monitorados deverão sergeoreferenciados. As coordenadas dos pontos medidos no site deverão ser vinculadasao Sistema Geodésico Brasileiro (SGB). Todas as medições devem ser realizadas pormeio de Estação Total.Apresentação de relatório conclusivo contendo os resultados das avaliações acima e a caracterização da extensão da contaminação considerando-se, sempre que possível, o tipo de contaminante, as condições do meio e as limitações técnicas do local, tais como solo, edificações, espaço físico para instalação de equipamentos, dentre outras.

O equipamento a ser utilizado para medição das concentrações dos compostos orgânicos voláteis deve ter condições de medir, no mínimo, até a concentração de 10.000 ppm e realizar as medições com eliminação de metano. Tais equipamentos deverão possuir certificado de calibração emitido por laboratório credenciado pela Rede Brasileira de Calibração. O certificado deve acompanhar o equipamento com as equipes de campo e estar dentro do prazo de validade quando da execução de cada um dos serviços.O equipamento de medição dos COVs deve ser totalmente limpo e descontaminado ao término de cada medição de concentrações(Figura 8).

Referências

Documentos relacionados

atendimento integral ao portador de fissura de lábio e/ou palato, referente às ações e serviços odontológicos nos três níveis de atenção a saúde (primário, secundário

Os métodos clássicos de determinação dos coeficientes, que possuem boa qualidade de estimativa e grande estabili- dade, têm alto custo computacional no problema de super-resolução;

c.4) Não ocorrerá o cancelamento do contrato de seguro cujo prêmio tenha sido pago a vista, mediante financiamento obtido junto a instituições financeiras, no

Os autores relatam a primeira ocorrência de Lymnaea columella (Say, 1817) no Estado de Goiás, ressaltando a importância da espécie como hospedeiro intermediário de vários parasitos

A Lei nº 2/2007 de 15 de janeiro, na alínea c) do Artigo 10º e Artigo 15º consagram que constitui receita do Município o produto da cobrança das taxas

Trata-se, segundo Sidney Chalhoub, do predomínio da ideologia do paternalismo, entre os anos de 1850 e 1860, que se pode definir como sendo uma política de domínio na qual a

As key results, we found that: the triceps brachii muscle acts in the elbow extension and in moving the humerus head forward; the biceps brachii, pectoralis major and deltoid

No período de primeiro de janeiro a 30 de junho de 2011, foram encaminhadas, ao Comitê de Segurança do Paciente da instituição sede do estudo, 218 notificações de