Telemedicina
Res. CFM 1643/2202 - Telemedicina.
Res. CFM 1638/2202 - Prontuário.
Res. CFM 2107/2014 - Telerradiologia.
World Medical Association (WMA)
A STATEMENT ON THE ETHICS OF TELEMEDICINE
Adaptado pela 58ª.
Assembléia Geral da WMA, Copenhague, Dinamarca,
outubro de 2007
Alterado pela Assembléia Geral de 69ª. WMA, Reykjavik, Islândia, outubro de
2018
DEFINIÇÃO
A Telemedicina é a prática da medicina à distância, na qual intervenções,
diagnósticos, terapias, decisões e recomendações de tratamento subsequentes
são baseadas em dados, documentos e outras informações transmitidas através
de sistemas de telecomunicações.
A Telemedicina pode ocorrer entre um médico e um paciente ou entre dois
ou mais médicos, incluindo outros profissionais de saúde.
PREÂMBULO
O desenvolvimento e implementação de tecnologias de
informação
e
comunicação
estão
criando
novas
e
diferentes maneiras de praticar a medicina.
A telemedicina
é
usada
para
pacientes
que
não
conseguem ver um médico por causa da inacessibilidade
devido
à
distância,
deficiência
física,
emprego,
compromissos (incluindo cuidar dos outros), custo dos
pacientes e horários dos médicos.
Tem capacidade para alcançar pacientes com acesso
limitado a assistência médica e têm potencial para
melhorar os cuidados de saúde.
PREÂMBULO
A consulta face a face entre médico e paciente continua sendo o
padrão ouro dos cuidados clínicos.
A prestação de serviços de telemedicina devem ser consistente
como os serviços presenciais e apoiada por evidências.
Os princípios da ética médica que são obrigatórios para a
profissão,
também
devem
ser
respeitados
na
prática
de
telemedicina.
PRINCÍPIOS
Os médicos devem respeitar as seguintes diretrizes éticas ao praticar
telemedicina:
1. A relação médico-paciente deve basear-se em um exame pessoal e conhecimento suficiente de histórico médico do paciente. A telemedicina deve ser empregada principalmente em situações em que um médico não pode estar fisicamente presente dentro de um período de tempo seguro e aceitável. Também poderia ser usado no gerenciamento de condições crônicas ou acompanhamento após o tratamento inicial, onde se comprovou ser seguro e eficaz.
2. A relação médico-paciente deve basear-se na confiança e respeito mútuos. Portanto, é essencial que o médico e o paciente podem identificar-se de maneira confiável quando a telemedicina é empregada. No caso de consulta entre dois ou mais profissionais dentro ou entre diferentes jurisdições, o médico presencial permanece responsável pelo cuidado e coordenação do paciente com a equipe médica distante.
3. O médico deve procurar assegurar que a confidencialidade, a privacidade e a integridade dos dados do paciente não sejam comprometidos. Os dados obtidos durante uma consulta de telemedicina devem ser protegidos para impedir a acesso e violações de informações identificáveis do paciente através de medidas de segurança apropriadas e atualizadas de acordo com a legislação local. A transmissão eletrônica de informações também deve ser protegida contra acesso não autorizado.
4. O consentimento informado adequado requer que todas as informações necessárias sobre os aspectos do atendimento por telemedicina sejam explicados totalmente aos pacientes incluídos, mas não se limitando a:
• Explicando como funciona a telemedicina; • Como agendar consulta;
• Preocupações com a privacidade;
• A possibilidade de falha tecnológica, incluindo violações de confidencialidade; • Protocolos para contato durante contatos virtuais;
• Prescrever políticas e coordenar o cuidado com outros profissionais de saúde de forma
clara e compreensível;
• Sem influenciar as escolhas do paciente.
5. Os médicos devem estar cientes de que certas tecnologias de telemedicina podem ser impossíveis para pacientes, portanto impede o acesso. O acesso desigual à telemedicina pode ampliar ainda mais a lacuna de resultados de saúde entre pobres e ricos.
Autonomia e privacidade do médico.
6. Um médico não deve participar da telemedicina se isso violar a estrutura legal ou ética do país.
7. A telemedicina pode potencialmente infringir a privacidade do médico devido à disponibilidade virtual 24h/7d. O médico precisa informar os pacientes sobre a disponibilidade e recomendar serviços como emergência quando inacessível.
8. O médico deve exercer sua autonomia profissional ao decidir se uma telemedicina versus consulta face a face é apropriado.
9. Um médico deve exercer autonomia e discrição na seleção da plataforma de telemedicina a ser usada.
Responsabilidade do médico
10. Um médico cuja opinião é procurada através do uso de telemedicina deve
manter um registro detalhado das orientações que ele/ela oferece, bem como as
informações que ele/ela receberam e nas quais a opinião foi baseado para garantir
a rastreabilidade.
11. Se for tomada a decisão de usar a telemedicina, é necessário garantir que os
usuários (pacientes e profissionais) podem usar o sistema de telecomunicações
necessário.
12. O médico deve procurar assegurar que o paciente compreendeu as sugestões
de aconselhamento e tratamento prescrito e tomar medidas na medida do possível
para promover a continuidade dos cuidados.
13. O médico que pede aconselhamento médico ou segunda opinião permanece
responsável pelo tratamento e outras decisões e recomendações dadas ao
paciente.
Responsabilidade do médico
14. O médico deve estar ciente e respeitar as dificuldades e incertezas que podem
surgir quando Ele / ela estão em contato com o paciente por meio de
telecomunicação. Um médico deve estar preparado para recomendar contato
direto com o paciente quando ele acredita que é do melhor interesse do paciente.
15. Os médicos só devem praticar a telemedicina nos países / jurisdições onde
estão licenciados para praticar. Consultas entre jurisdições só devem ser
permitidas entre dois médicos.
16. Os médicos devem garantir que sua cobertura de indenização médica inclua
cobertura para telemedicina.
Qualidade do cuidado
17. As medidas de avaliação da qualidade dos cuidados de saúde devem ser usadas regularmente para garantir a segurança do paciente e os melhores resultados possíveis de diagnóstico e tratamento durante os procedimentos de telemedicina. A entrega de serviços de Telemedicina devem seguir diretrizes práticas baseadas em evidências, na medida em que estejam disponíveis, para garantir segurança, qualidade dos cuidados e resultados positivos de saúde. Como todas as intervenções de saúde, a telemedicina deve ser testado por sua eficácia, eficiência, segurança, viabilidade e custo-efetividade.
18. As possibilidades e fraquezas da telemedicina em emergências devem ser devidamente identificadas. Se for necessário usar a telemedicina em uma situação de emergência, as sugestões de aconselhamento e tratamento são influenciadas pela gravidade da condição clínica do paciente e a competência das pessoas que estão com o paciente. Entidades que prestam serviços de telemedicina devem estabelecer protocolos para encaminhamentos para serviços de emergência.
RECOMENDAÇÕES
1.
A telemedicina deve ser adequadamente adaptada aos quadros regulamentares
locais, o que pode incluir plataformas de telemedicina no melhor interesse dos
pacientes.
2. Quando apropriado, a WMA e as Associações Médicas Nacionais devem incentivar o
desenvolvimento de normas éticas, diretrizes práticas, legislação nacional e acordos
internacionais sobre assuntos relacionados a prática da telemedicina, protegendo ao
mesmo tempo a relação médico-paciente, a confidencialidade e a qualidade de cuidados
médicos.
3. A telemedicina não deve ser vista como igual a cuidados de saúde face a face e não
deve ser para cortar custos ou como um incentivo perverso ao excesso de serviço e
aumentar os ganhos para os médicos.
RECOMENDAÇÕES
4. O uso da telemedicina requer que a profissão identifique e gerencie
explicitamente as consequências adversas, nos órgãos de regulação relações e
padrões de referência.
5. Novas tecnologias e estilos de integração prática podem exigir novas diretrizes e
padrões.
6. Os médicos devem promover uma prática ética da telemedicina que atenda os
melhores interesses dos pacientes.
Res. CFM 1638/2002 – Define Prontuário Médico.
Art. 5º - Compete à Comissão de Revisão de Prontuários:
I. Observar os itens que deverão constar obrigatoriamente do prontuário confeccionado em qualquer suporte, eletrônico ou papel:
a. Identificação do paciente – nome completo, data de nascimento (dia, mês e ano com quatro dígitos), sexo, nome da mãe, naturalidade (indicando o município e o estado de nascimento), endereço completo (nome da via pública, número, complemento, bairro/distrito, município, estado e CEP);
b. Anamnese, exame físico, exames complementares solicitados e seus respectivos resultados, hipóteses diagnósticas, diagnóstico definitivo e tratamento efetuado;
c. Evolução diária do paciente, com data e hora, discriminação de todos os procedimentos aos quais o mesmo foi submetido e identificação dos profissionais que os realizaram, assinados eletronicamente quando elaborados e/ou armazenados em meio eletrônico;
d. Nos prontuários em suporte de papel é obrigatória a legibilidade da letra do profissional que atendeu o paciente, bem como a identificação dos profissionais prestadores do atendimento. São também obrigatórias a assinatura e o respectivo número do CRM;
e. Nos casos emergenciais, nos quais seja impossível a colheita de história clínica do paciente, deverá constar relato médico completo de todos os procedimentos realizados e que tenham possibilitado o diagnóstico e/ou a remoção para outra unidade.
f. Assegurar a responsabilidade do preenchimento, guarda e manuseio dos prontuários, que cabem ao médico assistente, à chefia da equipe, à chefia da Clínica e à Direção técnica da unidade.
RESOLUÇÃO CFM 1643/2002 - TELEMEDICINA
• RESOLVE:Art. 1º Definir a Telemedicina como o exercício da Medicina através da utilização de metodologias interativas de comunicação audiovisual e de dados, com o objetivo de assistência, educação e pesquisa em Saúde.
Art. 2º Os serviços prestados através da Telemedicina deverão ter a infraestrutura tecnológica apropriada, pertinentes e obedecer as normas técnicas do CFM pertinentes à guarda, manuseio, transmissão de dados, confidencialidade, privacidade e garantia do sigilo profissional.
Art. 3º Em caso de emergência, ou quando solicitado pelo médico responsável, o médico que emitir o laudo a distância poderá prestar o devido suporte diagnóstico e terapêutico.
Art. 4º A responsabilidade profissional do atendimento cabe ao médico assistente do paciente. Os demais envolvidos responderão solidariamente na proporção em que contribuírem por eventual dano ao mesmo.
Art. 5º As pessoas jurídicas que prestarem serviços de Telemedicina deverão inscrever-se no Cadastro de Pessoa Jurídica do Conselho Regional de Medicina do estado onde estão situadas, com a respectiva responsabilidade técnica de um médico regularmente inscrito no Conselho e a apresentação da relação dos médicos que componentes de seus quadros funcionais.
Parágrafo único - No caso de o prestador for pessoa física, o mesmo deverá ser médico e devidamente inscrito no Conselho Regional de Medicina.
Art. 6º O Conselho Regional de Medicina deverá estabelecer constante vigilância e
avaliação das técnicas de Telemedicina no que concerne à qualidade da atenção, relação médico paciente e preservação do sigilo profissional.
RESOLUÇÃO CFM Nº 1.821/2007
Aprova as normas técnicas concernentes à digitalização e uso dos sistemas informatizados para a guarda e manuseio dos documentos dos prontuários dos pacientes, autorizando a eliminação do papel e a troca de informação identificada em saúde.
Art. 1º Aprovar o Manual de Certificação para Sistemas de Registro Eletrônico em Saúde, versão 3.0 e/ou outra versão aprovada pelo Conselho Federal de
Medicina, anexo e também disponível nos sites do Conselho Federal de Medicina e Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS), respectivamente,
Art. 2º Autorizar a digitalização dos prontuários dos pacientes, desde que o modo de armazenamento dos documentos digitalizados obedeça a norma específica de digitalização contida nos parágrafos abaixo e, após análise obrigatória da Comissão de Revisão de Prontuários, as normas da Comissão Permanente de Avaliação de Documentos da unidade médico-hospitalar geradora do arquivo.
§ 1º Os métodos de digitalização devem reproduzir todas as informações dos documentos originais.
§ 2º Os arquivos digitais oriundos da digitalização dos documentos do prontuário dos pacientes deverão ser controlados por sistema especializado (Gerenciamento eletrônico de documentos - GED), que possua, minimamente, as seguintes características:
a) Capacidade de utilizar base de dados adequada para o armazenamento dos arquivos digitalizados;
b) Método de indexação que permita criar um arquivamento organizado, possibilitando a pesquisa de maneira simples e eficiente;
c) Obediência aos requisitos do “Nível de garantia de segurança 2 (NGS2)”, estabelecidos no Manual de Certificação para Sistemas de Registro Eletrônico em Saúde;
Art. 3° Autorizar o uso de sistemas informatizados para a guarda e manuseio de prontuários de pacientes e para a troca de informação identificada em saúde, eliminando a obrigatoriedade do registro em papel, desde que esses sistemas atendam integralmente aos requisitos do “Nível de garantia de segurança 2 (NGS2)”, estabelecidos no Manual de Certificação para Sistemas de Registro Eletrônico em Saúde;
Art. 4º Não autorizar a eliminação do papel quando da utilização somente do “Nível de garantia de segurança 1 (NGS1)”, por falta de amparo legal.
Art. 5º Como o “Nível de garantia de segurança 2 (NGS2)”, exige o uso de assinatura digital, e conforme os artigos 2º e 3º desta resolução, está autorizada a utilização de certificado digital padrão ICP-Brasil, atéa implantação do CRM Digital pelo CFM, quando então será dado um prazo de 360 (trezentos e sessenta) dias para que os sistemas informatizados incorporem este novo certificado.
Art. 6° No caso de microfilmagem, os prontuários microfilmados poderão ser eliminados de acordo com a legislação específica que regulamenta essa área e após análise obrigatória da Comissão de Revisão de Prontuários da unidade médico-hospitalar geradora do arquivo.
Art. 7º Estabelecer a guarda permanente, considerando a evolução tecnológica, para os prontuários dos pacientes arquivados eletronicamente em meio óptico, microfilmado ou digitalizado.
Art. 8° Estabelecer o prazo mínimo de 20 (vinte) anos, a partir do último registro, para a preservação dos prontuários dos pacientes em suporte de papel, que não foram arquivados eletronicamente em meio óptico, microfilmado ou digitalizado.
Art. 9º As atribuições da Comissão Permanente de Avaliação de Documentos em todas as unidades que prestam assistência médica e são detentoras de arquivos de prontuários de pacientes, tomando como base as atribuições estabelecidas na legislação arquivística brasileira, podem ser exercidas pela Comissão de Revisão de Prontuários.
Art. 10° Estabelecer que o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS), mediante convênio específico, expedirão selo de qualidade dos sistemas informatizados que estejam de acordo com o Manual de Certificação para Sistemas de Registro Eletrônico em Saúde, aprovado nesta resolução.
Resolução CFM Nº 2107 DE 25/09/2014
Define e normatiza a Telerradiologia e revoga a Resolução CFM nº 1890/09, publicada no D.O.U. de 19 janeiro de 2009.
Art. 1ºDefinir a Telerradiologia como o exercício da Medicina, onde o fator crítico é a distância, utilizando as tecnologias de informação e de comunicação para o envio de dados e imagens radiológicas com o propósito de emissão de relatório, como suporte às atividades desenvolvidas localmente.
Art. 2º Os serviços prestados pela Telerradiologia deverão ter a infraestrutura tecnológica apropriada e obedecer às normas técnicas e éticas do CFM pertinentes à guarda, manuseio, transmissão de dados, confidencialidade, privacidade e garantia do sigilo profissional.
Art. 3ºA transmissão dos exames por telerradiologia deverá ser acompanhada dos dados clínicos necessários do paciente, colhidos pelo médico solicitante, para a elaboração do relatório.
Parágrafo único. O paciente deverá autorizar a transmissão das suas imagens e dados por meio de consentimento informado, livre e esclarecido.
Art. 4º A responsabilidade pela transmissão de exames e relatórios a distância será assumida obrigatoriamente por médico especialista em radiologia e diagnóstico por imagem e com o respectivo registro no CRM.
§ 1º Portadores de Certificados de Atuação em mamografia e densitometria óssea só poderão assumir a responsabilidade pela transmissão de exames e emitir relatório na respectiva área.
Art. 5º Esta resolução reconhece como áreas abrangidas pela telerradiologia: I -Radiologia Geral e Especializada;
II -Tomografia Geral e Especializada; III -Ressonância Magnética;
IV -Mamografia;
V -Densitometria Óssea; VI -Medicina Nuclear;
§ 1º Para atividades específicas e únicas em medicina nuclear, o responsável deverá ser médico portador de título de especialista em medicina nuclear, devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina e autorizado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
§ 2º Para os casos de exames de imagem híbridos (radiologia e medicina nuclear), o laudo deve ser emitido por especialistas das duas áreas.
Art. 6ºÉ vedada a utilização de telerradiologia para procedimentos intervencionistas em radiologia e diagnóstico por imagem e exames ultrassonográficos.
Art. 7ºEm caso de radiologia geral não contrastada, inclusive mamografia, conforme o nível 1 do Anexo e, em caso de emergência, quando não existir médico especialista no estabelecimento de saúde, o médico responsável pelo paciente poderá solicitar ao médico especialista o devido suporte diagnóstico a distância.
Art. 8º Nos serviços nos quais são realizados exames dos níveis 2 e 3 do Anexo deverá obrigatoriamente contar com médico especialista local.
Art. 9ºA responsabilidade profissional do atendimento cabe ao médico especialista assistente do paciente que realizou o exame.
§ 1º O médico especialista que emitiu o relatório a distância é solidário nesta responsabilidade.
§ 2º A apuração de eventual infração ética desses serviços será feita pelo Conselho Regional da jurisdição onde foi realizado o procedimento.
Art. 10.Na emissão do relatório deverá constar o número do registro profissional médico, nos respectivos Conselhos Regionais de Medicina do Brasil, dos médicos envolvidos no atendimento e da pessoa jurídica prestadora de serviço remoto, quando houver.
Art. 11 As pessoas jurídicas que prestarem serviços em Telerradiologia deverão ter sede em território brasileiro e estar inscritas no Conselho Regional de Medicina da sua jurisdição.
§ 1º No caso da pessoa jurídica possuir registro de clínica de diagnóstico por imagem e expandir sua atuação para Telerradiologia, esta atuação deverá ser informada ao CRM.
§ 2º Nas unidades realizadoras de telerradiologia deverá haver um diretor técnico, devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina da sua jurisdição.
Art. 12.No caso do prestador ser pessoa física, este deverá ser médico portador de título de especialista ou certificado de área de atuação, conforme artigo 4º, devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina da sua jurisdição.
Resolução CFM Nº 2217 DE 27/09/2018
Código de Ética Médica
Art. 32 Deixar de usar todos os meios disponíveis de promoção de saúde e de prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças, cientificamente reconhecidos e a seu alcance, em favor do paciente.
Art. 37 Prescrever tratamento e outros procedimentos sem exame direto do paciente, salvo em casos de urgência ou emergência e impossibilidade comprovada de realizá-lo, devendo, nesse caso, fazê-lo imediatamente depois de cessado o impedimento, assim como consultar, diagnosticar ou prescrever por qualquer meio de comunicação de massa. § 1º O atendimento médico a distância, nos moldes da telemedicina ou de outro método, dar-se-á sob regulamentação do Conselho Federal de Medicina.
2.Modelos de Sistemas de Saúde/Relações com os Médicos
Universal Reino Unido (Inglaterra
Per Capita (Generalistas) P4P
Salário (Especialistas) Valor Elevado
Planejamento Estatal/ Entidades Profissionais
Tipo de Sistema Modo de Remuneração/ Valor Participação do Estado na Formação de Médicos
Seguro Social
(Alemanha, França, Canadá;
Pagamento por Procedimento, P4P/ Salário Governo Único Pagador
Especialistas >Generalistas Valor Elevado
Planejamento Estatal/ Entidades Profissionais
Orientado pelo Mercado (EUA)
Pagamento por Procedimento Planos e Seguros Pagam Especialistas >Generalistas Valor Elevado
Regulação por Entidades Profissionais
Propriedade/Natureza Remuneração Papel da Atenção Primária
Paises
Atenção
Primária Hospitais Pagto Atenção Primária Hospitais
Registro
Generalista Gatekeeping
EUA Privada
Combinação Não
Lucrativos Maioria Procedimentos ,
Alguns Maioria per-diem e Não
Em alguns planos (70%) + Publicos (15%)
+
Capitação, Alguns
Incentivos Baseados em Diagnósticos (usualmente não incluem Lucrativos (15%) médicos)
Canada
Privada Pública/Privada Maioria Procedimento Maioria Orçamento
Sim, mas não
modelo Sim Proporções diferentes
por (45 a 85%) (maioria inclui pgto para de capitação
regiões médicos)
Inglaterra Maioria Privada Maioria Públicos, Alguns
Capitação, Alguns Incentivos
Maioria Baseados em
Diagnósticos Sim Sim (poucos
profissionais Privados P4P (60%) + orçamento adicional assalariados
NHS) para saúde mental, educação e pesquisa. Todos incluem pagto para médicos
Organização dos Serviços de Saúde em Países Selecionados
DIMENSÕES DO SUS
200 Milhões de cidadãos
4,1 Bilhões de procedimentos ambulatoriais
1,4 Bilhão de consultas médicas
11,4 Milhões de internações
98% Mercado de vacinas
19 Milhões de procedimentos oncológicos
2,6 Milhões de procedimentos de quimioterapia
Maior sistema público de transplantes do mundo
Demografia médica (2018)
Dados de janeiro de 2018
População total do País:
207,6 milhões de habitantes
452.801
médicos =
2,18 médicos por
1.000 habitantes
DOBROU
o número
(desde 1990)
+ de 100 mil
(2010-2017)
500 mil
(em 2020)
Demografia médica (2018)
Desigualdade segundo porte de municípios
4.905 municípios
com até 50 mil hab
:Nas 39 cidades
com mais de
500 mil
habitantes
60%
dos Médicos30%
da População34.000 médicos
Apenas a cidade de São Paulo
Demografia Médica , CFM
População: 215.099.587 hab.
Médicos: 470.906
SETOR PRIVADO +
SETOR PÚBLICO:
242.516 médicos
51,5 %
EXCLUSIVAMENTE NO
SETOR PRIVADO:
126.674 médicos
26,9%
369.190
Médicos trabalham no
Setor Privado
(Dados de março de 2019)EXCLUSIVAMENTE NO
SETOR PÚBLICO:
101.715 médicos
21,6%
47%
160 milhões de usuários do
SUS
53%
49 milhões de beneficiários de
planos de saúde
Financiamento do SUS – Despesas com Saúde
Elaboração: Scheffer, M e Bahia, L
Fonte: WHO (2016). Sagan, A; Thomson S. Voluntary health insurance in Europe. Role and regulation. The European Observatory on Health Systems and Policies/WHO- Regional Office for Europe. 136 pag. Copenhagen O, Denmark, 2016
* Brasil Contas Satélites. IBGE (gastos privados totais menos medicamentos).
Planos responsáveis por mais de 5% do total das
despesas de saúde em apenas 11 de 53 países da UE.
(2014)
50,1% 49,3% 48,2% 46,7% 45,8% 43,4% 46,6% 44,7% 45,3% 45,3% 42,5% 42,4% 43,0% 24,5% 26,0% 25,5% 26,3% 26,9% 27,6% 25,8% 26,9% 26,0% 25,3% 26,8% 26,5% 26,0% 25,4% 24,7% 26,3% 27,0% 27,3% 29,0% 27,6% 28,4% 28,8% 29,4% 30,7% 31,1% 31,0% 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
Federal Estadual Municipal
COMPOSIÇÃO DO GASTO PÚBLICO COM SAÚDE
Por esfera de governo em relação ao total gasto
Fonte: SIOPS - Ministério da Saúde. Acesso jun. 2016
Federal
Municipal
Financiamento dos Sistemas Nacionais de Saúde
Financiamento dos Sistemas Nacionais de Saúde
O Brasil em comparação com outros países
O Brasil em comparação com outros países
Dimensão do Mercado de Saúde Brasil
9,3% do PIB/Brasil – Saúde ⇒ 470 bilhões/reais
51,8% Setor Privado
⇒ 243.460 bilhões/reais
Operadoras de Saúde
Janeiro/2019 – 47.367.201 beneficiários (ANS)
1. Sistema UNIMED - 18.000.000 – 29%
2. Amil - 3.466.785
3. Bradesco - 3.354.249 - 19%
4. Hapvida
- 2.313.448
Despesas com prestadores 30 % aprox.
Histórico R$ %
Receitas
210.745.874.573,00
100%
Despesas assistenciais
161.604.334.582,00
77%
Despesas Adm. + Resultado
49.141.539.951,00
23%
Despesas Assistenciais
161.604.334.582,00
100%
Honorários Médicos
19.392.520.149,00
12%
Outras despesas Assistenciais
142.211.814.432,00
88%
Receitas e despesas das operadoras, em R$, em 2018
Situação Atual
Relação contratual com desequilíbrio financeiro;
CADE não permitindo organização de grupos médicos para negociação;
O principal ator (médico) do exercício profissional tratado com prestador componente de um produto; Redução constante do valor financeiro dos honorários médicos em relação a receita;
RESOLUÇÃO CFM nº 2.227/2018
Define e disciplina a telemedicina como forma de prestação
de serviços médicos mediados por tecnologias.
RESOLUÇÃO CFM nº 2.227/2018
Define e disciplina a telemedicina como forma de prestação de serviços médicos mediados por tecnologias.
O CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, no uso das atribuições conferidas pela Lei nº 3.268, de 30 de setembro de 1957, regulamentada pelo Decreto nº 44.045, de 19 de julho de 1958, modificado pelo Decreto nº 6.821, de 14 de abril de 2009 e pela Lei nº 11.000, de 15 de
dezembro de 2004, e consubstanciado na Lei nº 6.828, de 29 de outubro de 1980, e na Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, e CONSIDERANDO que cabe ao Conselho Federal de
Medicina (CFM) disciplinar o exercício profissional médico e zelar pela boa prática médica no país;
CONSIDERANDO a constante inovação e o desenvolvimento de novas tecnologias de
informação e comunicação que facilitam o intercâmbio de informação entre médicos e entre estes e os pacientes;
CONSIDERANDO que a despeito das consequências positivas da telemedicina existem
muitos preceitos éticos e legais que precisam ser assegurados;
CONSIDERANDO que a telemedicina deve favorecer a relação médico-paciente
•
CONSIDERANDO que as informações sobre o paciente identificado só podem ser transmitidas a
outro profissional com prévia permissão do paciente, mediante seu consentimento livre e esclarecido e com protocolos de segurança capazes de garantir a confidencialidade e integridade das
informações;
CONSIDERANDO que o médico que utilizar a telemedicina sem examinar presencialmente o
paciente deve decidir com livre arbítrio e responsabilidade legal se as informações recebidas são qualificadas, dentro de protocolos rígidos de segurança digital e suficientes para emissão de parecer ou laudo;
CONSIDERANDO o teor da “Declaração de Tel Aviv sobre responsabilidades e normas éticas na
utilização da Telemedicina”, adotada pela 51ª Assembleia Geral da Associação Médica Mundial, em Tel Aviv, Israel, em outubro de 1999;
CONSIDERANDO que o registro digital para atuar por telemedicina deve ser obrigatório e
confidencial nos termos das leis vigentes e dos Princípios de Caldicott (2013), do National Health Service (NHS), que definem: I - que seu uso deve ser necessário, justificado e restrito àqueles que deles precisem; II - que todos aqueles que os utilizem devem ser identificados, estar conscientes de sua responsabilidade e se comprometer tanto a compartilhar como a proteger os dados e
informações a que tiverem acesso e forem colocados à disposição dos médicos ou anotados em Sistemas de Registro Eletrônico/Digital de Saúde;
CONSIDERANDO o que determina a Lei nº 12.842, de 10 de julho de 2013, que dispõe
sobre o exercício da medicina;
CONSIDERANDO o que determina a Lei nº 12.965, de 23 de abril de 2014, que estabelece
princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da internet no Brasil;
CONSIDERANDO o que determina a Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018, que dispõe
sobre proteção de dados pessoais;
CONSIDERANDO o disposto na Resolução CFM nº 1.638/2002, que define prontuário
médico;
CONSIDERANDO o art. 4º da Resolução CFM nº 1.490/1998, que prevê a qualificação de
um auxiliar médico visando eventual impedimento do titular durante o ato cirúrgico; CONSIDERANDO o disposto na Resolução CFM nº 1.821/2007, que aprova as normas técnicas concernentes à digitalização e uso dos sistemas informatizados para guarda e manuseio dos documentos dos prontuários dos pacientes;
CONSIDERANDO o disposto na Resolução CFM nº 1.627/2001, que define e regulamenta
o Ato Profissional de Médico; CONSIDERANDO o disposto na Resolução CFM nº 1.958/2010, que define e regulamenta o ato da consulta médica; e
CONSIDERANDO o decidido na sessão plenária de 13 de dezembro de 2018, realizada em
RESOLVE:
Art. 1º Definir a telemedicina como o exercício da medicina
mediado por tecnologias para fins de assistência, educação,
pesquisa, prevenção de doenças e lesões e promoção de saúde.
Res. CFM 1643/2002 –
Art. 1º Definir a Telemedicina como o exercício da Medicina através da
utilização de metodologias interativas de comunicação audiovisual e de
dados, com o objetivo de assistência, educação e pesquisa em Saúde.
Art. 2º A telemedicina e a tele assistência médica, em
tempo real on-line (síncrona) ou off-line (assíncrona),
por multimeios em tecnologia, é permitida dentro do
território nacional, nos termos desta resolução
.Art. 3º Nos serviços prestados por telemedicina, os dados e imagens dos
pacientes devem trafegar na rede mundial de computadores internet) com
infraestrutura,
gerenciamento
de
riscos
e
requisitos
obrigatórios
para
assegurar o registro digital apropriado e seguro, obedecendo às normas do
CFM
pertinentes
a
guarda,
manuseio,
integridade,
veracidade,
confidencialidade,
privacidade
e
garantia
do
sigilo
profissional
das
informações.
Res. CFM 1643/2002
Art. 2º Os serviços prestados através da Telemedicina deverão ter a infraestrutura
tecnológica apropriada, pertinentes e obedecer as normas técnicas do CFM
pertinentes
à
guarda,
manuseio,
transmissão
de
dados,
confidencialidade,
privacidade e garantia do sigilo profissional.
§ 1º Os sistemas informacionais para tele assistência médica devem atender aos padrões de representação, terminologia e interoperabilidade de informações de forma a possibilitar o Sistema de Registro Eletrônico/Digital unificado do paciente.
§ 2º Deve ser utilizado um Sistema de Registro Eletrônico/Digital de informação, proprietário ou de código aberto, que capture, armazene, apresente, transmita ou imprima informação digital e identificada em saúde, e que atenda integralmente aos requisitos do Nível de Garantia de Segurança 2 (NGS2) e o padrão ICP-Brasil.
Res. CFM 1643/2002
Art. 3° Autorizar o uso de sistemas informatizados para a guarda e manuseio de prontuários de pacientes e para a troca de informação identificada em saúde, eliminando a obrigatoriedade do registro em papel, desde que esses sistemas atendam integralmente aos requisitos do “Nível de garantia de segurança 2 (NGS2)”, estabelecidos no Manual de Certificação para Sistemas de Registro Eletrônico em Saúde.
§ 3º Devem ser preservados todos os dados trocados por imagem, texto e/ou áudio
entre médicos, entre médico e paciente e entre médico e profissional de saúde.
§ 4º A guarda das informações relacionadas ao atendimento realizado por
telemedicina deverá atender à legislação vigente e estará sob responsabilidade do
médico responsável pelo atendimento.
§ 5º A interoperabilidade deve garantir, com utilização de protocolos abertos e
flexíveis, que dois ou mais Sistemas de Registro Eletrônico/Digital sejam capazes
de se comunicar de forma eficaz e assegurando a integridade dos dados.
Art. 4º A teleconsulta é a consulta médica remota, mediada por tecnologias, com
médico e paciente localizados em diferentes espaços geográficos.
Res. CFM 1931/09 e 2217/18 - CEM. É vedado
Art. 37 Prescrever tratamento e outros procedimentos sem exame direto do
paciente, salvo em casos de urgência ou emergência e impossibilidade
comprovada de realizá-lo, devendo, nesse caso, fazê-lo imediatamente depois
de cessado o impedimento, assim como consultar, diagnosticar ou prescrever
por qualquer meio de comunicação de massa.
§ 1º O atendimento médico a distância, nos moldes da telemedicina ou de outro
método, dar-se-á sob regulamentação do Conselho Federal de Medicina
§ 1º A teleconsulta subentende como premissa obrigatória o prévio estabelecimento de uma relação presencial entre médico e paciente.
§ 2º Nos atendimentos por longo tempo ou de doenças crônicas, é recomendado consulta presencial em intervalos não superiores a 120 dias.
§ 3º O estabelecimento de relação médico-paciente de modo virtual é permitido para cobertura assistencial em áreas geograficamente remotas, desde que existam as condições físicas e técnicas recomendadas e profissional de saúde.
§ 4º O teleatendimento deve ser devidamente consentido pelo paciente ou seu representante legal e realizado por livre decisão e sob responsabilidade profissional do médico.
§ 5º Em caso de participação de outros profissionais de saúde, estes devem receber
treinamento adequado, sob responsabilidade do médico pessoa física ou do diretor técnico da empresa intermediadora.
Art. 5º Nas teleconsultas são obrigatórios os seguintes registros
eletrônicos/digitais:
I - identificação das instituições prestadoras e dos profissionais envolvidos; II - termo de consentimento livre e esclarecido;
III - identificação e dados do paciente;
IV - registro da data e hora do início e do encerramento; V - identificação da especialidade;
VI - motivo da teleconsulta;
VII - observação clínica e dados propedêuticos; VIII - diagnóstico;
IX - decisão clínica e terapêutica;
X - dados relevantes de exames diagnósticos complementares; XI - identificação de encaminhamentos clínicos;
XII - produção de um relatório que contenha toda informação clínica relevante, validado pelos profissionais intervenientes e armazenado nos Sistemas de Registro Eletrônico/Digital das respectivas instituições; e
XIII - encaminhamento ao paciente de cópia do relatório, assinado pelo médico responsável pelo teleatendimento, com garantia de autoria digital.
Art. 6º A teleinterconsulta é a troca de informações e opiniões entre médicos, com
ou sem a presença do paciente, para auxílio diagnóstico ou terapêutico, clínico ou
cirúrgico.
Parágrafo
único.
Na
teleinterconsulta
a
responsabilidade
profissional
do
atendimento cabe ao médico assistente do paciente. Os demais médicos envolvidos
responderão solidariamente na proporção em que contribuírem para eventual dano.
Res. CFM 1643/2002
Art. 4º A responsabilidade profissional do atendimento cabe ao médico
assistente do paciente. Os demais envolvidos responderão solidariamente na
proporção em que contribuírem por eventual dano ao mesmo.
Art. 7º O telediagnóstico é o ato médico a distância, geográfica e/ou temporal, com a
transmissão de gráficos, imagens e dados para emissão de laudo ou parecer por
médico com Registro de Qualificação de Especialista (RQE) na área relacionada ao
procedimento.
Res. CFM 2107/2014
Art. 1ºDefinir a Telerradiologia como o exercício da Medicina, onde o fator crítico é a
distância, utilizando as tecnologias de informação e de comunicação para o envio de
dados e imagens radiológicas com o propósito de emissão de relatório, como
suporte às atividades desenvolvidas localmente.
§ 7º Na telecirurgia são obrigatórios os seguintes registros em
prontuários:
I - identificação da instituição prestadora e dos profissionais envolvidos; II - termo de consentimento livre e esclarecido;
III - identificação e dados do paciente;
IV - identificação dos médicos participantes do ato operatório; V - registro da data e hora do início e do encerramento;
VI - identificação do equipamento robótico utilizado (marca e modelo); VII - identificação da especialidade;
VIII - diagnóstico pré-operatório; IX - cirurgia realizada;
X - técnica anestésica empregada; XI - descrição dos tempos cirúrgicos; XII - achados operatórios;
XIII - lista de material empregado, inclusive órtese e prótese; XIV - diagnóstico cirúrgico;
XV - identificação de encaminhamentos clínicos;
XVI - produção de relatório que contenha toda informação clínica relevante, validado pelos profissionais intervenientes e armazenado nos Sistemas de Registro Eletrônico/Digital da instituição; e
XVII - encaminhamento ao paciente de cópia do relatório, assinado pelo médico responsável pela telecirurgia, com garantia de autoria digital.
Artigo 7º
§ 8º A teleconferência de ato cirúrgico, por videotransmissão síncrona, pode ser feita
para fins de ensino ou treinamento, desde que o grupo de recepção de imagens,
dados e áudios seja composto por médicos.
§ 9º Na teleconferência, os objetivos do treinamento não devem comprometer a
qualidade
assistencial
nem
gerar
aumento
desnecessário
do
tempo
de
procedimento que possa comprometer a recuperação pós-cirúrgica do paciente, em
obediência ao normatizado no Código de Ética Médica.
Art. 8º A telecirurgia é a realização de procedimento cirúrgico remoto,
mediado por tecnologias interativas seguras, com médico executor e
equipamento robótico em espaços físicos distintos.
§ 1º A telecirurgia somente poderá ser realizada em infraestrutura adequada e segura, com garantia de funcionamento de equipamento, largura de banda eficiente e redundante, estabilidade do fornecimento de energia elétrica e segurança eficiente contra vírus ou invasão de hackers.
A equipe médica principal deve ser composta, no mínimo, por médico operador do equipamento robótico (cirurgião remoto) e médico responsável pela manipulação instrumental (cirurgião local).
§ 3º O médico operador do equipamento robótico (cirurgião remoto) deve ser portador de RQE na área correspondente ao ato cirúrgico principal, com registro no CRM de sua jurisdição.
§ 4º O médico executor da manipulação instrumental (cirurgião local) deve ser portador de RQE na área correspondente ao ato cirúrgico principal, com registro no CRM de sua jurisdição, e capacitado a assumir o ato operatório de modo presencial.
§ 5º O médico local deverá se responsabilizar pela intervenção cirúrgica em situação de emergência ou em ocorrências não previstas, tais como falha no equipamento robótico, falta de energia elétrica, flutuação ou interrupção de comunicação.
§ 6º A telecirurgia robótica deve ser explicitamente consentida pelo paciente ou seu representante legal e realizada por livre decisão e sob responsabilidade profissional dos médicos envolvidos no ato cirúrgico.