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Moçárabe, ou seja, entre os árabes

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Academic year: 2021

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Moçárabe, ou seja,

“entre os árabes”

Entrevista com dom Juan Miguel Ferrer Grenesche, subsecretário

da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos,

sobre o rito litúrgico que nasceu no século IV na península ibérica,

particularmente na região do antigo reino visigodo de Toledo.

O rito não apenas preservou a fé do povo, defendendo-a do arianismo,

mas foi praticado também durante os séculos de dominação árabe.

Tendo chegado até o nosso tempo, com seu riquíssimo patrimônio

de orações para a celebração da missa, sua história é também uma aula

de inculturação da fé numa área geográfica específica

O altar El transparente (1730), obra do escultor Narciso Tomé, na Catedral de Toledo

Liturgia

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T

odos os dias, na Catedral de Toledo, na Espanha, é cele-brada a missa e são rezadas as laudes de acordo com o antiquíssi-mo rito hispano-antiquíssi-moçárabe. É uma liturgia da Igreja Católica que nas-ceu no século IV, na península ibé-rica – mais precisamente nas re-giões pertencentes ao antigo reino visigodo de Toledo – que não só preservou a fé do povo, defenden-do-a do arianismo, mas foi pratica-da também durante os séculos de dominação árabe (moçárabe signi-fica “entre os árabes”). Tendo che-gado até o nosso tempo, com seu riquíssimo patrimônio de orações

para a celebração da missa, sua his-tória é também uma aula de incultu-ração da fé numa área geográfica específica, a ponto de, na opinião de muitos, não ser possível enten-der as raízes espirituais da Espa-nha, sobretudo da devoção maria-na espanhola, sem levar em consi-deração esse rito antiquíssimo.

Pedimos a dom Juan Miguel Ferrer Grenesche, doutor em Li-turgia, subsecretário da Congrega-ção para o Culto Divino e a Disci-plina dos Sacramentos, maior es-pecialista em rito moçárabe, que nos desse as coordenadas desse te-souro litúrgico. Dom Juan Miguel,

nascido em Madri em 1961 e or-denado sacerdote em Toledo em 1986, antes da nomeação para a Cúria Romana foi vigário-geral da Arquidiocese de Toledo.

Dom Juan Miguel, por que o rito moçárabe é tão precioso?

JUAN MIGUEL FERRER GRE-NESCHE: Pelas características dis-tintivas da liturgia eucarística, que são a tendência à conservação das formas antigas, a simplicidade dos ritos iniciais, a abundância de “an-tífonas e cantos fixos” ou quase fi-xos, como, por exemplo, o canto da paz, o canto “ad accedentes” para a comunhão, a antífona para a oração depois da comunhão, a bênção em preparação para a co-munhão, o calendário fortemente cristocêntrico e com grande pre-ponderância das celebrações dos mártires.

Fala-se frequentemente da grande variedade eucológica do rito moçárabe, ou seja, do grande número de orações eu-carísticas...

Se em Roma algumas partes da oração eucarística são variáveis, na Espanha essa é a característica de toda a oração eucarística, das orações e das exortações do Ordo

Missae. Mas um outro elemento é

o caráter iniciático-participativo. O povo participa constantemente, sobretudo ouvindo as orações (normalmente longas, mas seguin-do estruturalmente regras de

re-de Roberto Rotondo

A igreja visigoda de São Pedro da Barca, na localidade de Campillo,

a 19 quilômetros de Zamora: construída em 680, representa o ponto mais alto da arte visigoda na Espanha. A igreja foi reconstruída em 1930 para evitar que ficasse submersa depois da formação de uma barragem

A Anunciação, miniatura moçárabe. Tratado de Santo Ildefonso sobre a virgindade

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tórica precisas, para chegar, não apenas a Deus, mas também ao povo), mas também com aclama-ções e cantos (especialmente com o Amém, pronunciado 33 vezes em cada missa, e com o Aleluia).

Nesse mesmo sentido deve ser entendida a forma solene da fração do pão – na qual a sacra espécie é subdividida em nove partes, que são depositadas em forma de cruz na patena, ao mesmo tempo em que são retomados os principais momentos do mistério de Cristo – ou a forma da recitação cadencia-da do Pai Nosso feita pelo sacerdo-te, com sucessivos Amém do povo depois de cada frase.

Um último elemento distintivo do rito moçárabe é a integração de elementos de outras tradições li-túrgicas. O gosto pela conserva-ção de suas formas antigas não impediu ao rito que acolhesse, ao longo dos séculos, contribuições de diferentes partes do mundo cristão, sem perder de vista, toda-via, os seus elementos originais: a influência, muito provável, do canto e do cerimonial bizantino – amplamente testemunhada numa extensa região da península, de Múrcia a Málaga, entre o fim do século VI e o fim do século VII – ou a acolhida de elementos litúrgicos alexandrinos – entre os quais a oração eucarística –, que prova-velmente vieram de Roma e de Mi-lão nos tempos de Santo Ambró-sio e de São Leão Magno; a aco-lhida de algumas romanizações progressivas, sobretudo a partir do século XI, como o Glória, a

oratio post Gloriam, a Comple-turia e as sucessivas assimilações

das rubricas e da arte litúrgica.

A que se deve essa riqueza?

Ao fato de os Padres da Igreja hispânica, mesmo escrevendo

grande número de tratados (entre os quais os de Isidoro de Sevilha, Paciano de Barcelona, Ildefonso e Julián de Toledo), terem preferido concentrar seu ensino não em obras teológicas, que naquela épo-ca teriam sido usadas por poucos, mas na liturgia, da qual todo o po-vo se beneficiaria. É daí que vem a redação de um patrimônio eucoló-gico de valor teolóeucoló-gico e espiritual

extraordinário e que dificilmente será superado. Os grandes eixos teológico-espirituais de suas obras litúrgicas são a vitória sobre o pa-ganismo e a superioridade da ver-dade e do culto cristãos; a vida co-mo “sequela Christi”, segundo o exemplo dos mártires; o equilíbrio entre ascese e amor pela criação, ante as afirmações priscilianistas; a afirmação indiscutível da divinda-de e da humanidadivinda-de divinda-de Cristo, contra o arianismo e as reminis-cências docetistas, além de uma fortíssima piedade mariana centra-da na maternicentra-dade virginal de

Ma-ria; o valor e a grandeza da vida monástica sem desprezo pelo ma-trimônio; a clara presença do Espí-rito Santo na vida e no culto da Igreja. Entre os mestres que mais influenciaram seu pensamento de-vem ser citados São Jerônimo, São Leão Magno, Santo Ambró-sio, Santo Agostinho e São Gregó-rio Magno.

Quais foram as etapas

his-tóricas fundamentais no de-senvolvimento do rito moçá-rabe?

O período de ouro se dá entre os séculos VI e VIII, mas eu parti-ria do início do século IV, com dois episódios que para mim são de máxima relevância, pelo que concerne ao processo de cristia-nização dos povos hispânicos: o primeiro é o Concílio de Elvira (306), perto da atual Granada, que reuniu muitos bispos da re-gião, mas também de dentro da península, como Melâncio, bispo de Toledo, a antiga capital da

Car-Liturgia

“Será entre 589, data em que é celebrado o Concílio de Toledo III,

e 711 que se dará a época de ouro do rito já então conhecido como

‘hispano’. Efetivamente, entre 589 e meados do século VII temos

o período da grande composição dos textos e da codificação em livros,

de modo que, já depois do Concílio de Toledo IV (633),

podemos falar de uma definição solene e completa do rito”

Acima, monges beneditinos cantam usando o rito moçárabe no coro do mosteiro de Sahagún, perto de León

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petana, onde a fé já estava arrai-gada e a estrutura eclesial estabe-lecida em todos os seus elemen-tos. O segundo: a comemoração dos mártires. Como em outras partes do Império, sob Dioclecia-no as comunidades cristãs já con-solidadas se encheram de mártires e superaram essa forte provação dando testemunho de constância e firmeza na fé, pouco antes de obter a “tolerância” e, dentro de pouco tempo, a “oficialidade”.

O século IV é importante por-que é o século do nascimento das “escolas exegético-teológicas”, e será também o das grandes con-trovérsias doutrinais e dos estatu-tos conciliares, que antecipam o nascimento, no século seguinte, das liturgias escritas e mais adiante ainda dos livros litúrgicos propria-mente ditos. De fato, o século V será o da literatura teológica e pas-toral, das grandes codificações conciliares e do nascimento dos “ritos” como expressões globais da fé, com uma tradição exegético-teológica, um ordenamento canô-nico-disciplinar, uma

espiritualida-de e alguns livros litúrgicos pró-prios, dando lugar a uma fase de desenvolvimento em que conver-gem todos os elementos de um au-têntico processo de inculturação da fé nos diferentes contextos do mundo antigo. Assim aconteceu também na Hispania romana.

O que mudou com as inva-sões bárbaras?

As invasões bárbaras, ou me-lhor, a gradual passagem do poder político e social no Império Roma-no do Ocidente para as mãos dos novos povos, interrompeu ou freou esse processo nas diferentes regiões geográficas. Mas o proble-ma não foi tanto o fato de os bár-baros destruírem tudo, e sim o de terem reaberto a questão ariana. Além disso, fragmentando a unida-de política do velho Império, pro-vocaram migrações de povos que levaram a uma decadência econô-mica, com repercussões sobre as forças intelectuais e artísticas, que freou a publicação de livros e a construção de igrejas.

A questão ariana, no início, pôs os bispos católicos hispânicos em forte dificuldade, pois os reis visi-godos a que estavam submetidos davam cada vez mais espaço e proteção aos bispos arianos, que dividiam as comunidades e po-diam levar o povo a perder a ver-dadeira fé. Esse, porém, foi tam-bém um momento de reflexão pa-ra os bispos católicos, que, depois

da conversão dos reis visigodos ao catolicismo, começaram a com-por textos litúrgicos justamente para que a passagem do povo do arianismo para o catolicismo fos-se uma conversão real e a verda-deira fé pertencesse a todos, visi-godos e hispano-romanos. Foi es-se o gatilho que fez dees-sencadear o processo de formação do rito, e neste ponto é preciso falar sobre-tudo de Ildefonso de Toledo, que compôs muitas missas e celebra-ções para a Liturgia das Horas, mas desenvolveu também toda uma pietas em torno de Maria Virgem e Mãe – Virgem porque mãe de Deus e mãe porque mãe de Cristo Jesus. Isso também con-tra a heresia ariana, que negava a divindade de Jesus.

Mas será entre 589, data em que é celebrado o Concílio de Tole-do III, e 711 que se dará a época de ouro do rito já então conhecido co-mo “hispano”. Efetivamente, en-tre 589 e meados do século VII te-mos o período da grande composi-ção dos textos e da codificacomposi-ção em livros, de modo que, já depois do Concílio de Toledo IV (633), pode-mos falar de uma definição solene e completa do rito, num processo que se prolonga até a sua supres-são, no Concílio de Burgos do ano de 1080.

É um período histórico qua-se todo marcado pela domina-ção árabe. Como o rito moçá-rabe pôde sobreviver e desen-volver-se?

É difícil dar uma resposta ge-ral, pois a situação não foi a mes-ma em cada ponto da Espanha. Além disso, falamos de um perío-do de tempo longuíssimo: os mu-çulmanos chegaram no início do século VIII e deixaram Granada na época da descoberta da Améri-ca. Podemos dizer, porém, que no início eles não puderam influen-ciar muito os costumes e as cren-ças, pois eram uma minoria mili-tar e política e se limitavam a manter a situação sob controle.

Os problemas começaram, na verdade, com alguns cristãos de ori-gem visigótica, que não eram real-mente convertidos ao catolicismo

¬

A igreja visigoda de Santa María

de Quintanilla de las Viñas, Burgos, Espanha

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e que, graças à presença dos ára-bes, pensaram em voltar ao seu arianismo fazendo-se muçulmanos. Esse fenômeno gerou um período difícil para o catolicismo. Os bispos procuraram explicar aos muçulma-nos em que consistia a verdadeira fé católica, repelindo as acusações de politeísmo e idolatria, mas essa polí-tica de diálogo não teve um grande resultado, pois os muçulmanos se enrijeceram em suas posições e al-guns moçárabe-cristãos acabaram por abraçar teses erradas, como as de Elipando de Toledo.

Houve também tentativas de converter os muçulmanos ao cris-tianismo, como a centralizada em

Córdoba, e isso provocou a perse-guição: foi a época dos mártires cordobenses, que foram para o martírio em toda a Andaluzia.

Foi a reforma gregoriana que marcou o fim do rito moçá-rabe como rito de toda a Espa-nha, em favor do rito romano?

Não, foi um processo muito mais longo e elaborado. Já antes da refor-ma gregoriana havia começado, em nível político, um processo de apro-ximação dos reinos católicos do nor-te da Espanha com a Europa. Era uma Europa pós-carolíngia e clunia-cense e os reis de Aragão e de Caste-la pensavam que a adoção do rito ro-mano ajudaria seus projetos de inte-gração ao resto da Europa.

Os monges de rito romano co-meçaram, assim, a estabelecer-se na Espanha sob a proteção dos reis, e por isso os dois ritos, roma-no e moçárabe, passaram a

convi-ver. Isso até o já citado Concílio de Burgos, de 1080, em que, sob a di-reção da coroa de Castela, o rito romano torna-se o oficial. A partir daquele momento, à medida que Aragão e Castela retomavam terri-tórios dos árabes, esses territerri-tórios eram restituídos ao rito romano e os bispos eram nomeados entre os monges franceses de rito romano. Assim, o rito romano voltou a ser predominante na Espanha e, no fi-nal, apenas Toledo conservou o privilégio de poder celebrar a litur-gia moçárabe em torno das seis paróquias que havia na cidade quando Afonso VI, em 1085, a conquistou, expulsando os árabes.

E depois?

A sobrevivência do rito hispa-no-moçárabe, limitadamente às antigas paróquias de Toledo, teve momentos de maior ou menor fe-licidade no reinado dos reis católi-cos e no episcopado do cardeal Francisco Jiménez de Cisneros (1495-1517). Quando este assu-miu o projeto de reeditar os livros litúrgicos, a antiga liturgia encon-trava-se certamente numa situa-ção crítica de decadência dos ele-mentos materiais, de falta de ade-quada formação do clero e de dis-persão dos fiéis. A obra de Cisne-ros garantiu a sobrevivência do ri-to e o vinculou particularmente à catedral primacial, com a criação da capela moçárabe do Corpus Christi; garantiu ao mesmo

tem-po também a dignidade do velho rito, permitindo a sua celebração em alguns outros lugares signifi-cativos, como a sede universitária de Salamanca. Os livros de Cisne-ros (missal e breviário) permitirão a conservação da eucologia, das leituras próprias e das estruturas rituais de uma parte da tradição hispânica (que logo tomará o no-me de tradição “baética” ou anda-luz, para conservar-se nos livros de Cisneros sob a denominação de versão “impressa”) para a mis-sa e a Liturgia das Horas. Esses li-vros consagram ainda a integra-ção, que se ia realizando, de al-guns elementos romano-toleda-nos, sobretudo nas rubricas, no calendário, no espaço para a cele-bração e nos objetos para o culto.

Na Era Moderna, quais fo-ram os momentos mais impor-tantes?

Com o fim do século XVIII, o espírito erudito pós-tridentino e a genialidade do “século das Luzes” convergem para uma nova edição do missal e do breviário desejada pelo cardeal Francisco Antonio de Lorenzana (1772-1800). Essa será a versão universalmente di-fundida graças à sua publicação dentro da coleção de Migne

(Pa-trologia Latina 85 e 86). No

sé-culo XIX, o interesse dos estudio-sos pela questão “moçárabe”

cul-Liturgia

El Greco, Santo Ildefonso, Igreja da Caridade, Illescas, Espanha A igreja de São Miguel de Escalada,

a trinta quilômetros de León, foi fundada em 913 por monges em fuga de Córdoba. Os arcos mourescos do pórtico em forma de ferradura são típicos da arquitetura moçárabe

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minará com as edições do benedi-tino francês Férotin, que traz à luz a riqueza dos manuscritos moçá-rabes da Castela Setentrional, dando espaço à descoberta de uma outra tradição hispânica (a que tomará o nome de “manuscri-ta”). Tamanho foi o fervor que es-sas descobertas suscitaram, que despertaram suspeitas acerca da “autenticidade” da tradição pre-sente nos livros impressos em sua época por Cisneros, que foi de-pois recuperando crédito graças aos estudos realizados após o Concílio Vaticano II pelo grande especialista em rito padre Jordi Pinell e por seus alunos de Santo Anselmo, em Roma, e por outros professores na Espanha.

Dessa forma, no atual missal hispano-moçárabe, publicado se-gundo os princípios da constitui-ção Sacrosanctum Concilium e sob a direção e o patrocínio do cardeal arcebispo de Toledo Mar-celo González Martín, puderam ser reunidas as riquezas de ambas

as tradições, impressa e manus-crita, recorrendo à proposta de dois ciclos celebrativos quando necessário.

E hoje?

Podemos dizer que, desde o sé-culo VIII, a riqueza do patrimônio eucológico do rito hispano-moçá-rabe nunca foi tão acessível quanto hoje. De fato, isso é demonstrado pelas muitas teses de doutorado publicadas nas últimas décadas a respeito da matéria, ao lado de di-versas celebrações ocasionais do rito em todas as regiões da Espa-nha e em lugares e circunstâncias de ressonância universal: basta ci-tar, entre outras, a celebração pre-sidida pelo papa João Paulo II na Basílica Vaticana (1992), a presidi-da pelo arcebispo-primaz de Tole-do, o cardeal Francisco Álvarez Martínez, também na Basílica de São Pedro, por ocasião do Grande Jubileu do ano 2000, a convite do próprio comitê organizador, ou, enfim, a presidida pelo bispo auxi-liar de Toledo, dom Joaquín

Car-melo Borobia Isasa, em Québec, no Canadá, por ocasião do Con-gresso Eucarístico Internacional do ano de 2008.

O rito, então, não ficou apenas como um tesouro para estudiosos e eruditos...

De fato, é um rito para uma mi-noria. Mas depois do Concílio che-gou a haver um desejo de abrir as portas desse tesouro para outros católicos espanhóis e do mundo todo, com uma ampla possibilida-de possibilida-de celebrar essas missas ou a Li-turgia das Horas com o rito moçá-rabe, com permissão prévia do bis-po, mesmo em lugares onde não há comunidades moçárabes.

É claro que continua a ser uma liturgia que não é celebrada com um grande número de fiéis, mas as portas estão abertas, de modo que as pessoas que gostam de se apro-ximar do mistério não apenas pelo estudo teórico, mas numa expe-riência como a da celebração, pos-sam encontrar essa riqueza no rito moçárabe. q

“Já antes da reforma gregoriana havia começado, em nível político,

um processo de aproximação dos reinos católicos do norte da Espanha

com a Europa. Era uma Europa pós-carolíngea e cluniacense e os reis

de Aragão e de Castela pensavam que a adoção do rito romano ajudaria

seus projetos de integração ao resto da Europa”

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