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Alfa, rev. linguíst. (São José Rio Preto) vol.56 número2

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Academic year: 2018

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Alfa, São Paulo, 56 (2): 361-718, 2012

APRESENTAÇÃO

Ao vir a lume, este segundo número do volume 56 da Alfa: Revista de Linguística traz consigo dois valores simbólicos para este Editor: por um lado, é o primeiro que resulta particularmente de seu próprio esforço de organização ao retomar a editoração da Alfa, dezenove anos após gerenciar os volumes 36/1992 e 37/1993, que eram, à época, parcialmente temáticos e anuais; por outro, este segundo número do volume 56 herda do editor anterior, Arnaldo Cortina, a indexação definitiva, e a consequente disponibilidade deste periódico, na Coleção SciELO Brasil, o que lhe confere grau maior de relevância no concerto das revistas científicas da área, e à atividade de editoração, um acréscimo significativo de responsabilidade, um desafio a mais na vida profissional deste Editor, que o encara, entretanto, com a satisfação que provoca o resultado do trabalho tipicamente acadêmico.

A organização deste número reflete muito bem a missão da Alfa, estabelecida desde 1962, como espaço para a divulgação de ideias, de propostas e de resultados de pesquisa relativos às diferentes perspectivas da teoria da linguagem. E, com efeito, os treze artigos que compõem este número contemplam os diversos níveis de análise linguística, do amplamente discursivo para o fonológico, sem deixar ao largo o morfossintático e o lexical.

Como a espelhar uma relação icônica entre expressão e conteúdo, a ordem de apresentação das contribuições reflete, deliberadamente, o modo de organização da linguagem pleiteado pelas teorias funcionais, o que significa iniciar pelos níveis mais abrangentes de formulação discursiva e semântica, para depois passar para os níveis de codificação morfossintática e fonológica.

Os três primeiros artigos discutem o texto e o discurso em seu escopo mais abrangente, e o quarto, a sintaxe das subordinadas, estreitado por uma perspectiva semântico-pragmática, que parece estabelecer uma ponte entre os aspectos mais amplos da discursividade e os aspectos mais formais da codificação morfossintática.

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Além disso, os dois artigos restantes desse bloco tratam de especificidades da morfologia derivacional, resultantes, por um lado, de aspectos formais baseados nas mais recentes descobertas da Morfologia Distribuída, e, por outro, de aspectos descritivos da dialetologia regional.

Finalmente, a codificação fonológica está representada com três artigos voltados para certa diversidade na unidade, como comprovam os temas que discutem a velocidade da fala em narrativas espontâneas e os que discutem a aquisição da escrita, encarada com base na interferência de traços tipicamente fonológicos.

O perfil deste número parece dar continuidade a uma tendência das contribuições da Alfa de refletir a pesquisa que se debruça mais sobre temas da gramática propriamente dita, seja ela vista de modo mais estreito, como a encaram os formalistas, seja ela vista de um modo mais abrangente, como a encaram os funcionalistas. Se essa tendência se firmará como francamente majoritária, só o tempo dirá. O que se pode afirmar, sem incorrer em equívoco, entretanto, é que veículos de divulgação científica, como esta revista, constituem o espaço privilegiado para a historiografia refletir sobre a direção para a qual sopram os ventos da pesquisa linguística no Brasil.

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