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Mapeamento da Produção Científica dos Docentes Vinculados aos Programas de Pós-graduação em Ciência da Informação Credenciados pela CAPES

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Academic year: 2018

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M. A. Santilone, M. F. S. Vasconcelos, S. L. Santos, V. A. C. Santos, V. M. B. O. Funaro

86

Espaço Discente

Mapeamento da Produção Científica dos

Docentes Vinculados aos Programas de

Pós-graduação em Ciência da

Informação Credenciados pela CAPES

1

Márcia Aparecida Santilone

Graduada em Biblioteconomia e Ciência da Informação pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.

E-mail: marcia.santilone@gmail.com

Marli de Fátima Santilone Vasconcelos

Graduada em Biblioteconomia e Ciência da Informação pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.

E-mail: marlisvasconcellos@gmail.com

Suzana Lima Santos

Graduada em Biblioteconomia e Ciência da Informação pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.

E-mail: m.suzanasantos@gmail.com

Valéria Aparecida Cordero dos Santos

Graduada em Biblioteconomia e Ciência da Informação pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo.

E-mail: valeria.cordero1@gmail.com

Vânia Martins Bueno de Oliveira Funaro

Profa. Dra. da Faculdade de Biblioteconomia e Ciência da Informação da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FaBCI/FESPSP). Bibliotecária da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo.

E-mail: vaniafunaro4@gmail.com

Resumo: O mapeamento da produção científica dos docentes vinculados aos programas de pós-graduação

em Ciência da Informação credenciados pela CAPES é apresentado neste trabalho. O recorte do período analisado contempla os anos de 2000 a 2009 e quatro tipologias documentais assim definidas: artigos de periódicos, livros publicados, capítulos de livros e trabalhos publicados em anais de eventos. Com esse mapeamento foi possível identificar quanto os docentes produziram nesse período, qual o canal de comunicação que os docentes selecionam para divulgar sua produção científica, e de que forma eles colaboraram entre si na autoria, se múltipla ou única. Observou-se, também, o panorama da produção científica dos docentes por regiões, considerando que as instituições do levantamento são de vários Estados brasileiros: Bahia, Paraíba, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e o Distrito Federal.

Palavras-chave:Produção científica; Docentes de pós-graduação; CAPES; ANCIB; Currículo Lattes

Abstract: The mapping of the scientific production of professors connected with postgraduate programs in

Information Science is accredited by CAPES presented in this paper. The outline of the analysis period covers the years 2000 to 2009 and four document types were defined: journal articles, books, book chapters and papers published in conference proceedings. With this mapping was identified as the professor produced in this period, which the communication channel that professors select the type of document to disseminate its scientific production, and how they collaborate in the authorship, whether single or multiple. There was also the scene of the scientific production of professors by region, considering that the institutions of the survey are of various Brazilian states: Bahia, Paraiba, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais and Distrito Federal.

Keywords:Scientific production; Posgraduate professors; ANCI;. CAPES; Lattes curricula

1

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INTRODUÇÃO

A produção científica é uma das atividades de grande importância nas universidades, porque através dela é possível identificar as informações e o conhecimento gerado pelos docentes e discentes dentro de cada instituição.

Para Witter (1996, p. 8):

produção científica é a forma pela qual a universidade ou instituição de pesquisa se faz presente no saber-fazer-poder-ciência; é a base para o desenvolvimento e a superação da dependência entre países e entre regiões de um mesmo país; é o veículo para a melhoria da qualidade de vida dos habitantes de um país; é a forma de se fazer presente não só hoje, mas também amanhã; [...] e este rol pode ir longe mas, seja qual for o ângulo que se tome por referência, é inegável o papel da ciência na vida das pessoas, das instituições dos países. Pode-se afirmar que alguma produção científica está ligada à maioria, quase totalidade das coisas, dos eventos, dos lazeres com que as pessoas se envolvem no cotidiano.

Já para Lourenço (1997), produção científica é toda a produção documental, independentemente do suporte (papel ou meio eletrônico), sobre um determinado assunto de interesse de uma comunidade científica específica, que contribua para o desenvolvimento da ciência e para a abertura de novos horizontes de pesquisa.

A partir da produção científica a comunicação da mesma deve ser concretizada por meios de canais de comunicação que divulguem os resultados de pesquisas desenvolvidas em universidades, institutos de pesquisas, laboratórios etc. nos veículos que possam atingir a comunidade de pesquisadores e, no âmbito das universidades ou dos institutos de pesquisa, esta comunicação é o conjunto de ações que promovem a produção, a disseminação e o uso da informação, desde o momento em que o cientista elege um tema para pesquisar até a obtenção de dados que sejam aceitos como constituintes do conhecimento científico (FUNARO, 2010).

Como forma de divulgação nos veículos comunicação, o autor/pesquisador deverá escolher a maneira que considera mais apropriada para isto. Entre as várias tipologias documentais poderá selecionar entre publicar em revistas, livros, anais de eventos, etc.

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Qualquer que seja a forma de inclusão de um autor em um trabalho (coautoria, autoria principal, autor convidado, etc), torna a questão da produção científica (quantidade) fator para análise de cursos de pós-graduação e avaliação docente entre outras. Isto porque, a partir do famoso preceito publish or perish (publicar ou perecer), tornou-se absolutamente necessário publicar. A disseminação dessa ideia contribuiu muito para a adoção do critério ‘quantidade de trabalhos publicados’ pelas instituições financiadoras (GRIEGER, 2005).

1.1 Pós-graduação

Segundo Zucco (1996), a criação do sistema nacional de Pós-Graduação stricto sensu ocorreu ao final da década de 1960, em função da necessidade de mão-de-obra especializada para preencher os novos empregos criados pelo desenvolvimento econômico, e da necessidade de cientistas, pesquisadores e técnicos aptos a desenvolverem pesquisas indispensáveis às mudanças do país.

Em meados dos anos 60 do século XX, quando foi regulamentada, a Pós-Graduação stricto sensu brasileira contava com 38 cursos, 11 de Doutorado e 27 de Mestrado. De acordo com Vasconcelos (2003), a Universidade de Brasília (1961) teria sido a primeira universidade brasileira a instituir o ensino de pós-graduação, com vistas à formação de professores. Ainda segundo a autora, a autorização para o funcionamento dos cursos de Pós-Graduação nas instituições de ensino superior foi aprovada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 4024/61).

A legitimação da Pós-Graduação se deu com o Parecer 977/65 do Conselho Federal de Educação, que definiu a estrutura da Pós-Graduação stricto sensu, tanto no âmbito do Mestrado quanto no âmbito do Doutorado, como de natureza acadêmica e de pesquisa, com objetivo essencialmente científico. As conclusões 4 e 9 desse Parecer deixam clara a vinculação do Doutorado à pesquisa, para contribuir com a originalidade do pensamento e com o desenvolvimento do conhecimento e a criação de novos saberes (OLIVEIRA, 1995, p. 42).

No contexto da pós-graduação no Brasil, a Coordenação Nacional de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é o órgão federal responsável pela avaliação dos cursos (CAPES, 2010).

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 avaliação da pós-graduação stricto sensu;  acesso e divulgação da produção científica;

 investimentos na formação de recursos de alto nível no país e exterior;  promoção da cooperação científica internacional.

1.2 Pós-Graduação em Biblioteconomia e Ciência da Informação

A Pós-Graduação em Ciência da Informação, surge a partir de dois aspectos importantes. O primeiro, é a criação de Programas de Pós-Graduação no Brasil e o segundo aspecto é a construção dos sistemas de informação no Brasil que se iniciam nos anos 50 até aos 80.

No primeiro momento a maior preocupação dos trabalhos acadêmicos científicos estava direcionado aos aspectos concernentes a explosão da informação e da sociedade da informação, buscando registrar e acompanhar o ciclo da informação, dos estoques informacionais e em quantificar e medir a produção cientifica.

Posteriormente, os trabalhos que aparecem estão relacionados aos sistemas de informação e bases de dados. Inicia-se a discussão entre catalogação cooperativa, linguagem natural ou linguagem artificial, a disponibilidade ou acessibilidade, as informações reais ou virtuais e a mudança do usuário frente a essas novas mudanças.

Atualmente, no Brasil, há 12 cursos de pós-graduação em Biblioteconomia e Ciência da Informação, a saber:

1) Universidade Federal da Bahia - Pós-Graduação em Biblioteconomia e Ciência da Informação. Área de Concentração: Informação e Conhecimento na Sociedade Contemporânea. Linhas de Pesquisa: Políticas Tecnológicas e usos da Informação e Produção; Circulação e Mediação da Informação. Conceito Capes: 4.

2) Universidade Federal da Paraíba - Pós-Graduação em Ciência da Informação. Área de Concentração: Informação e Conhecimento na Sociedade. Linhas de Pesquisa: Memória, Organização, Acesso e Uso da Informação; Ética, Gestão e Políticas de informação. Conceito Capes: 4.

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4) Universidade Federal de Santa Catarina - Pós - Graduação em Ciência da Informação. Área de Concentração: Gestão da Informação. Linhas de Pesquisa: Fluxos de Informação; Profissionais da Informação. Conceito Capes: 4.

5) Universidade de São Paulo - Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação. Área de Concentração: Cultura e Informação. Linhas de Pesquisa: Apropriação Social da Informação; Gestão de Dispositivos de Informação; Organização da Informação e Conhecimento. Conceito Capes: 5.

6) Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Marília) - Pós-Graduação em Ciência da Informação. Área de Concentração: Informação, Tecnologia e Conhecimento. Linhas de Pesquisa: Informação e Tecnologia; Produção e Organização da Informação; Gestão, Mediação e Uso da Informação. Conceito Capes: 5.

7) Universidade Federal do Rio de Janeiro/Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia – Pós-Graduação em Ciência da informação. Área de Concentração: Ciência da Informação. Linhas de Pesquisa: Comunicação, Organização e Gestão da Informação e do Conhecimento; Configurações Socioculturais, Políticas e Econômicas da Informação; Informação, Conhecimento e Sociedade. Conceito Capes: 4.

8) Universidade de Brasília - Pós-Graduação e Ciência da Informação. Área de Concentração: Ciência da Informação. Linhas de Pesquisa: Gestão da Informação e do Conhecimento; Arquitetura da Informação; Comunicação da Informação. Conceito Capes: 5.

9) Universidade Federal de Minas Gerais - Pós-Graduação em Ciência da Informação. Área de Concentração: Comunicação da Informação. Linhas de Pesquisa: Informação, Cultura e Sociedade; Gestão da Informação e do Conhecimento; Organização e Uso da Informação. Conceito Capes: 5.

No início da década de 80, os programas de Pós-Graduação em Ciência da Informação existentes se reuniam em encontros para discutir, refletir e resolver problemas inerentes a esta área do conhecimento.

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estudantes de Pós-Graduação e profissionais egressos dos programas. Foi criada visando “promover o desenvolvimento da pesquisa e de estudos avançados da Ciência da Informação e Biblioteconomia no País”.

A associação está dividida em dois pólos: os Programas de Pós-Graduação stricto sensu, que são representados pelos seus coordenadores, e o ENANCIB - Encontro Nacional de Pesquisa da ANCIB - fórum de debates e reflexões que reúne pesquisadores interessados em temas especializados da Ciência da Informação, organizados em Grupos de Trabalho. Os temas destes grupos são:

Quadro 1 – Grupos de Trabalho da ANCIB

GRUPOS de TRABALHO TEMAS

GT 1 Estudos Históricos e Epistemológicos da Ciência da Informação

GT 2 Organização e Representação do Conhecimento GT 3 Mediação, Circulação e Apropriação da Informação

GT 4 Gestão da Informação e do Conhecimento nas Organizações

GT 5 Política e Economia da Informação GT 6 Informação, Educação e Trabalho

GT 7 Produção e Comunicação da Informação em CT&I GT 8 Informação e Tecnologia

GT 9 Museu, Patrimônio e Informação

GT 10 Informação e Memória

A ANCIB está organizada por meio de uma Diretoria que é composta de 3 membros eleitos pelo voto de seus associados e o Conselho Fiscal. É importante salientar que todos são pesquisadores e professores associados, eleitos para um mandato de dois anos, podendo haver uma recondução. É necessário esclarecer que estas atividades não são remuneradas.

A sede da associação é localizada em universidades ou instituições de pesquisa, sendo transferida para outras localidades quando é eleita uma nova diretoria.

Ressalta-se que a ANCIB tem um papel fundamental de congregar e unir os pesquisadores em torno do campo do saber da Ciência da Informação e da Biblioteconomia para trilhar o caminho da reflexão, do debate e do compromisso com o conhecimento científico.

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pesquisas e das discussões científicas, torna-se importante um mapeamento desta produção para verificação do estado-da-arte na área da Ciência da Informação.

Desse modo, o assunto aqui investigado se mostra de fato de grande importância e, em certa medida, busca algumas respostas, por meio de análises realizadas, com base em um mapeamento das universidades estudadas, em relação ao corpo docente que produz a literatura na área que, por meio desse panorama, pode ser verificada a realidade da produção científica destes docentes e da tipologia documental que se configura.

OBJETIVOS

Geral: mapear a produção científica registrada no Currículo Lattes, dos docentes credenciados nos programas de pós-graduação em Ciência da Informação (Mestrado e Doutorado Acadêmicos), recomendados pela CAPES, no período de 2000 a 2009.

Específicos: a) Verificar o veículo de comunicação mais utilizado pelos docentes para publicarem seus trabalhos; b) Verificar a forma de colaboração no desenvolvimento das pesquisas e publicação dos trabalhos: autoria única ou múltipla; c) Verificar, por região brasileira, as linhas de pesquisas dos programas e comparar com os Grupos de Trabalho (GTs), organizados pela Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Ciência da Informação (ANCIB).

METODOLOGIA

A metodologia utilizada para a elaboração do trabalho com base, principalmente, nos objetivos propostos é apresentada em três itens principais:

 Revisão bibliográfica - para a sustentação do assunto proposto por meio do referencial teórico;

 Programas de Pós-Graduação em Ciência da Informação – para identificação dos programas credenciados e o corpo docente das instituições (CAPES) e; Currículo Lattes – para verificação da produção científica dos docentes.

O mapeamento da produção científica dos docentes vinculados aos programas de pós-graduação em Ciências da Informação (Mestrado e Doutorado Acadêmico) credenciados pela CAPES, assim como os objetivos propostos, seguiram alguns procedimentos que são abordados a seguir.

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A identificação dos programas de Pós-Graduação em Ciência da Informação foi obtida pelo Portal CAPES (CAPES, 2010). Das Instituições apresentadas descartou-se para a esta pesquisa:

a)Universidade Federal de Pernambuco (UFPE): por ter sido homologado o curso em 2009 Portaria MEC 590, DOU19/06/2009 – Parecer da Câmara de Educação Superior e Conselho Nacional de Educação, CES/CNE (122/2009) e ainda não ter nenhum trabalho acadêmico defendido na instituição;

b)Universidade Estadual de Londrina (UEL): por oferecer Mestrado profissional e não o acadêmico.

c)Universidade Federal Fluminense (UFF/Icaraí-Niteroí): aparece em duplicidade.

Portanto, o universo selecionado para este trabalho corresponde a nove Instituições de Ensino Superior.

Após identificar as instituições de ensino superior, realizou-se o levantamento dos docentes credenciados nas instituições selecionadas, utilizando-se a lista fornecida pelo Portal CAPES.

Foram excluídos desta pesquisa os docentes convidados das instituições para ministrar "disciplinas temporárias".

Para o levantamento da produção científica dos docentes dos cursos de Pós-Graduação e Ciência da Informação, recorreu-se ao Currículo Lattes disponibilizado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O CNPq é o órgão governamental responsável pelo desenvolvimento do currículo Lattes que, registra o currículo dos pesquisadores brasileiros desde meados dos anos 80 (CNPq, 2010).

Selecionou-se no âmbito da produção científica, de cada docente, as seguintes tipologias documentais de acordo, também, com o Currículo Lattes:

1) artigos completos publicados em periódicos; 2) livros publicados/organizados;

3) capítulos de livros publicados e,

4) trabalhos publicados em anais de eventos.

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A partir do levantamento da produção científica dos docentes, optou-se por fazer um corte no período a ser mapeado e decidiu-se pelo período de 2000 a 2009.

RESULTADOS

Os resultados obtidos, a partir da coleta de dados, estão demonstrados de acordo com os objetivos propostos.

Tipologias documentais

As tipologias documentais pesquisadas no currículo Lattes compreendem:

 Artigos Completos Publicados em Periódicos - ACPP  Livros Publicados/Organizados - LP/O

 Capítulos de Livros Publicados - CLP

 Trabalhos Publicados em Anais de Eventos – TPAE

Em cada instituição verificou-se a produção científica de cada docente. O total desta produção, por instituição, está demonstrado na figura 1.

Figura 1 - Tipologias documentais utilizadas pelos docentes para publicarem sua produção científica

0

50

100

150

200

250

300

350

400

ACPP

124

258

174

223

214

168

199

221

301

LP/O

43

27

18

29

89

34

68

75

14

CLP

97

101

69

57

178

206

105

102

92

TPAE

222

223

192

202

257

317

173

301

378

(10)

Tipo de Autoria

Após a coleta das tipologias documentais foi possível verificar a colaboração entre autores quando da publicação de sua produção científica. O quadro 2 demonstra a quantidade de trabalhos versus a quantidade de autores (autoria única ou múltipla).

Na primeira coluna dos quadros têm-se a relação das instituições (abreviadas) e na linha correspondente à instituição têm-se a quantidade de trabalhos publicados sozinhos ou em colaboração (2A– 2 autores, ou seja, o docente mais 1 colaborador; 3A– 3 autores, ou seja, o docente mais 2 colaboradores, e assim por diante).

Quadro 2 - Tipo de autoria mais utilizada pelos docentes para publicação de sua produção científica

INSTITUIÇ

ÃO 1A 2A 3A 4A 5A

6 A 7 A 8 A 9 A 10 A 11 A 12 A 13 A 14 A 15 A 18 A

UFBA 155 168 75 42 16 6 2 6 5 10

UFPB 278 193 85 37 8 1

1 1 1 1 1

UFF 399 173 44 27 9 1

1 2 1

UFSC 110 203 10

5 38 7 5 1 1 1 USP 287 302 86 26 23 7 4 5 2 3

UNESP 187 394 10

3 31 18 6 4 3 2 1 2 4 3 1 2

UFRJ/IBIC

T 221 195 83 18 8 3 1

UnB 310 269 75 25 12 7 1 1

UFMG 240 374 10

8 29 21 7 5 9 1 1

TOTAL 218

7 227 1 76 4 27 3 12 2 6 3 2 0 2 6 1

1 16 2 5 3 2 1 2

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Figura 2 – Mapa do Brasil e as divisões dos Programas de Pós-Graduação, por região

S

SUUDDEESSTTEE

USP

►Apropriação Social da Informação GT3; ► Gestão de

Dispositivos de Informação GT4; ► Organização da Informação e Conhecimento GT2

UFMG

►Informação, Cultura e Sociedade GT3; ►Gestão da Informação e do Conhecimento GT4; ►Organização e Uso da Informação GT2

UNESP/Marilia

►Informação e Tecnologia GT8; ► Produção e Organização da Informação GT2; ► Gestão, Mediação e Uso da

Informação GT3, GT4

UFRJ-IBICT

►Teoria,epistemologia, interdisciplinaridade; e ciência da Informação GT1; ►Representação, gestão e tecnologia da Informação GT2, GT4, GT8

►Informação, conhecimento e sociedade GT3

UFF

►Teoria, epistemologia, interdisciplinaridade GT1 e ciência da Informação; ►Representação, Gestão e Tecnologia da Informação GT2, GT4, GT8; ►Informação, Conhecimento e Sociedade GT3

S

SUULL

UFSC

►Fluxos de Informação GT2; ►Profissionais da Informação GT6

C

CEENNTTRROOOOEESSTTEE

UnB

►Gestão da Informação e do Conhecimento GT4; ►Arquitetura da Informação GT8; ►Comunicação da Informação GT7

N

NOORRDDEESSTTEE

UFBA

► Políticas Tecnológicas e usos da Informação e Produção GT7, GT8; ►Circulação e Mediação da Informação Fluxos de Informação GT3

UFPB/JP

►Memória, Organização, Acesso e Uso da Informação GT2, GT3, GT10 ► Ética, Gestão e Políticas de Informação GT 5

C

CEENNTTRROO--OOEESSTTEE N

NOORRTTEE

S

SUUDDEESSTTEE

S SUULL

N

(12)

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após a coleta dos dados, obteve-se o mapeamento da produção científica dos docentes vinculados aos programas de Pós-Graduação em Ciência da Informação credenciadas pela CAPES, no período de 2000 a 2009.

As considerações serão feitas de acordo com os objetivos específicos propostos.

Objetivo a (Verificar o veículo de comunicação mais utilizado pelos docentes para publicarem seus trabalhos)

Em cada instituição observou-se qual foi à tipologia documental mais utilizada pelos docentes para a divulgação de sua produção científica e observou-se que a UFBA (222), a UFF (192), a USP (257), a UNESP (317), a UnB (301) e UFMG (378) utilizaram o veículo de comunicação, com maior frequência, o Trabalho Publicado em Anais e Eventos. Já a UFPB (258), a UFSC (223) e a UFRJ/IBICT (199) optaram por publicar sua produção científica utilizando os Artigos Completos Publicados em Periódicos. Observamos que do total dos docentes pesquisados 41% (2.265) utilizaram como veículo de comunicação para a publicação dos seus trabalhos a tipologia de Trabalho Publicado em Anais e Eventos, enquanto que 34% (1.882) dos docentes optaram pela tipologia Artigos Completos Publicados em Periódicos.

Este resultado surpreende pelo fato de escolherem como canal de comunicação os Trabalhos Publicados em Anais e Eventos, pois na área de Biblioteconomia e Ciência da Informação, existem mais Revistas científicas que eventos na área. Na literatura da área da saúde, tem-se a indicação que o veículo de comunicação preferido por docentes de Pós-Graduação são os Artigos em Periódicos, segundo estudos de Cardoso (2009), Fernandes (2009) e Funaro (2010).

A comparação entre estas áreas (humanas e da saúde) se justifica por não encontrar na literatura pesquisada trabalhos que comparam a tipologia documental na área de humanidades. O maior número de trabalhos que pesquisam a produção científica concentra-se na área da saúde.

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A quantidade de docentes e cada instituição e a data de criação dos cursos podem ser fatores que confirmem uma maior produção na UFMG, visto que não foi possível obter a data de criação do curso de pós-graduação da UFF. Outros tipos de estudos poderiam mensurar mais especificamente estes resultados.

Os canais formais identificados para disseminação da informação científica, na área da saúde, são os periódicos científicos. No trabalho de Meadows (1999), os tipos de publicação preferidos para as áreas de ciência, tecnologia e medicina são os artigos de periódicos, enquanto para as áreas de ciências sociais e humanidades são os livros.

Embora na afirmação de Meadows, seja o livro o maior veículo de comunicação encontrou-se, especificamente na área de Ciência da Informação, os trabalhos apresentados em anais de eventos como já citado anteriormente. Mostrando que dentro de uma mesma área global há diferenças na escolha para a publicação dos resultados de uma pesquisa.

Concluí-se que os docentes de Pós-Graduação em Ciência da Informação, estão migrando para uma nova forma de comunicação de seus trabalhos, Sugerimos uma nova pesquisa para estudar esta tendência.

Acredita-se que esta tendência reflete as novas formas de comunicação que estão ligadas a expansão das redes sociais e colaborativas. Somado a isso, pensa-se que outro fator que possa contribuir para esta migração de veículo de comunicação é a questão de possíveis dificuldades de ter seus trabalhos publicados em periódicos científicos, mediante as exigências dos editores.

Em síntese, a área da Ciência da Informação dentro das Ciências Sociais Aplicadas I, revela outra forma de comunicação da produção científica, os Trabalhos Publicados em Anais de Evento.

Mediante esta nova tendência, e segundo Asa Fujino2 (2010), que explicou que para a CAPES o único evento que é considerado na avaliação da produção científica dos docentes, na área de Ciência da Informação, são os trabalhos apresentados no ENANCIB. Assim, observou-se que do total dos Trabalhos Publicados em Anais e Eventos (2.265) somente 17% (450) foram apresentados no ENANCIB.

Este fenômeno merece um estudo especial, mas que não foi objeto deste trabalho.

2

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O quadro a seguir apresenta um comparativo entre os Trabalhos Publicados em Anais e Eventos e os Trabalhos Apresentados no ENANCIB, por IES.

A maior quantidade de trabalhos apresentados em eventos não é o da ENANCIB. Apenas com o resultado não nos foi possível fazer qualquer afirmação da não escolha do ENACIB por se tratar de uma outra pesquisa que poderá ser feita futuramente para melhor analisar estes dados.

Objetivo b (Verificar a forma de colaboração no desenvolvimento das pesquisas e publicação dos trabalhos: autoria única ou múltipla)

Quanto à autoria, resultados semelhantes foram encontrados nos trabalhos de Fernandes (2009) e Funaro (2010), na área da saúde. Neste estudo verificou-se que a forma de colaboração escolhida pela maioria dos docentes de Pós-Graduação, no desenvolvimento, pesquisa e publicação dos trabalhos é a autoria múltipla, com destaque para dois autores, perfazendo o total de 2.271, seguidos por autoria única com 2.187.

Embora a diferença seja pequena entre a autoria múltipla, com dois autores, e a autoria individual, aferimos que os pesquisadores docentes preferem compartilhar com seus pares de forma colaborativa e complementar no momento de publicar seus trabalhos. Isso provavelmente é fruto da relação orientador-orientando.

Como menciona em seu trabalho, Meadows (1999), a colaboração nas pesquisas dá maior visibilidade e pode ser medida pela citações e tende a ser de melhor qualidade.

Estes dados mostram que na área de ciências humanas quando comparada com a da saúde, têm mais trabalhos publicados individualmente.

Muito se discute as particularidades de cada área mas, não se encontrou na literatura trabalhos que justifiquem estas características. Só há estudos bibliométricos que mensuram os dados da produção e mostram a tendência de cada área.

Objetivo c (Verificar, por região brasileira, as linhas de pesquisas dos programas e comparar com os Grupos de Trabalho (GTs), organizados pela Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Ciência da Informação (ANCIB)

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100

Pode-se aferir estes resultados, tanto da área da Saúde como a da Ciência da Informação, que a Região Sudeste possui os Estados mais desenvolvidos do país e, claro, com maior número de cursos.

Destaca-se na Região Sudeste, tanto os GT4 e GT2, com a maior incidência, quando comparados com as linhas de pesquisa, embora algumas linhas possam incluir mais de um GT.

Este trabalho não teve como foco a pesquisa qualitativa e, sim, a quantitativa. Por isso, alguns resultados não podem ter conclusões que as justifiquem, pois os dados não foram analisados individualmente não permitindo, assim, um olhar mais crítico com base em pesquisa.

Algumas observações poderiam ser feitas, mas apenas com o olhar das autoras o que não teria validade metodológica que comprovasse estas observações.

Observou-se que a Região Norte não possui nenhum curso de Pós-Graduação em Ciência da Informação credenciada pela CAPES, e na Região Nordeste uma diversidade nos Grupos de Trabalho com uma leve tendência para o GT3 que aparece nas duas Universidades. Quanto a Região Centro-Oeste somente com uma Universidade, com os GTs 4, 7 e 8. O mesmo acontece com a Região Sul que com uma Universidade atua nos GTs 2 e 6.

O GT 9 que trata do Museu, Patrimônio e Informação não aparece em nenhuma das Universidades que fazem parte do Universo de pesquisa deste trabalho.

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REFERÊNCIAS

CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Disponível em: <http://www.capes.gov.br>. Acesso em: 15 abr. 2010; 07 set. 2010

CARDOSO, S. C. Panorama da produção científica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo no período de 200-2006. 2009. 102 f. Dissertação (Mestrado) - Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.

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Figura 1 - Tipologias documentais utilizadas pelos docentes para publicarem sua produção  científica  050100150200250300350400 ACPP 124 258 174 223 214 168 199 221 301 LP/O 43 27 18 29 89 34 68 75 14 CLP 97 101 69 57 178 206 105 102 92 TPAE 222 223 192 202
Figura 2 – Mapa do Brasil e as divisões dos Programas de Pós-Graduação, por região

Referências

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