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Fernando dos Santos Lima

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

UNIVERSITÉ PARIS 1 PANTHÉON SORBONNE

Fernando dos Santos Lima

Política pública e capacidade de inovação nacional: um estudo comparativo entre países líderes em inovação tecnológica

Mestrado Profissional em Economia da Mundialização e do Desenvolvimento

Master 2 Recherche Economie de La Mondialisation

SÃO PAULO

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO – PUC/SP

UNIVERSITÉ PARIS 1 PANTHÉON SORBONNE

Fernando dos Santos Lima

Política pública e capacidade de inovação nacional: um estudo comparativo entre países líderes em inovação tecnológica

Mestrado Profissional em Economia da Mundialização e do Desenvolvimento

Master 2 Recherche Economie de La Mondialisation

Dissertação apresentada à Banca Examinadora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, como exigência parcial para obtenção do título de MESTRE PROFISSIONAL em Economia da Mundialização e do Desenvolvimento, sob a orientação do Prof. Dr. Celso Ribeiro Campos

SÃO PAULO

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“Minha mãe achava estudo a coisa mais fina do mundo. Não é. A coisa mais fina do mundo é o sentimento.”

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RESUMO

Capacidade nacional de inovação (CNI) é a habilidade de um país de produzir e comercializar um fluxo de inovação tecnológica por um longo período dado a força da infraestrutura de inovação interna, o ambiente para inovação nos principais clusters industriais e a interligação entre essas duas áreas. O objetivo deste trabalho de pesquisa é revalidar conclusões sobre convergência obtidas por Stern, Porter e Furman (2000), levando em consideração as mudanças ocorridas nos últimos 20 anos. Para atingir esse objetivo, com base no arcabouço teórico da CNI, desenvolvemos uma exploração empírica dos determinantes de nível de produtividade nacional de P&D e da relação entre a produção de patentes internacionais e um conjunto de características observáveis associadas à CNI. Os resultados que encontramos apontam que um processo de convergência se intensificou nos últimos 20 anos, existindo diferenças marcantes nos determinantes para o crescimento da produção de patentes entre países desenvolvidos e em crescimento.

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ABSTRACT

National innovative capacity (NIC) is the ability of a country to create and trade a flow of technological innovation for a long period of time given the strength of the internal infrastructure of innovation, the environment for innovation in key industrial clusters and the interaction between these two areas. The objective of this dissertation is to validate conclusions about convergence obtained by Stern, Porter and Furman (2000), taking into account the changes occurred in the last 20 years. In order to reach our goal, based on the NIC theory, we developed an empiric exploration of the R&D productivity determinants and international patents production and a group of observables characteristics associated to NIC. The results we found direct us to conclude that a convergence process has intensified in the last 20 years, however there are relevant differences in the growth patent production between developed and emerging countries.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Número de pesquisadores e percentual da população mundial de

pesquisadores...23

Tabela 2 Número de Patentes registradas no USPTO por país e ano...25

Tabela 3 Variáveis e definições...28

Tabela 4 Resultados da Regressão Múltipla Linear e teste FIV...34

Tabela 5 Resultado Análise de Painel – 17 Países...36

Tabela 6 Resultado da Análise de Painel para toda a população da amostra...38

Tabela 7 Resultado da análise de painel para novos entrantes...40

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 Patentes per capita– 1990 a 2011 – países selecionados...22

Gráfico 2 Gastos em P&D Gráfico – 1990 a 2011 – países selecionados...24

Gráfico 3 Número de Pesquisadores – 1990 a 2011 – países selecionados...24

Gráfico 4 Percentual de Investimento Privado em P&D – 1990 a 2011 – países selecionados...26

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LISTA DE SIGLAS

CNI Capacidade Nacional de Inovação

C&T Ciência e Tecnologia

FIV Fator Inflação da Variância

GERD Gross domestic expenditure on R&D (Gasto nacional com P&D)

IDH Índice de Desenvolvimento Humano

OECD Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico

P&D Pesquisa e Desenvolvimento

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...10

1. O CONCEITO DE INOVAÇÃO...14

2. CAPACIDADE NACIONAL DE INOVAÇÃO...20

3. METODOLOGIA E RESULTADOS...33

4. CONCLUSÃO...41

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10 INTRODUÇÃO

Enquanto a atividade de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) é relativamente dispersa ao redor do mundo, a introdução de tecnologias inovadoras historicamente tem se concentrado em poucos países. Conforme Stern, Porter e Furman (2000), durante a década de 1970 e início de 1980, apenas a Suíça, uma economia relativamente pequena, mas de tecnologia intensiva, atingiu uma taxa de registro de patentes per capita internacional comparável a de inventores norte-americanos. No entanto, nos últimos 20 anos, o volume de patentes e o número de países que apresentaram novas invenções junto ao United States

Patent and Trademarket Office (USPTO) apresentaram importantes mudanças, com novos

entrantes importantes, como Coreia e China.

Essa variação entre as economias em sua capacidade de inovar na fronteira global levanta uma questão empírica: se atualmente, com o avanço da internet e comunicação virtual, inventores podem recorrer a conhecimentos tecnológicos e científicos de todo o mundo, por que a atividade inovadora depende da localização? O aumento substancial no número de registro patentes de novas tecnologias no USPTO nos últimos 20 anos por países em desenvolvimento é resultado de políticas públicas que impulsionaram a atividade inovadora das indústrias locais?

Essas questões são importantes por pelo menos duas razões:

1. Segundo Stern, Porter e Furman (2000), a inovação tecnológica desempenha um papel central no processo de crescimento econômico de longo prazo e a variação da produtividade de P&D apresenta uma oportunidade para examinar como diferentes influências contribuem para a inovação tecnológica e, assim, distinguir entre os diferentes motores para o crescimento da produtividade.

2. Compreender como as diferenças internacionais na produtividade de P&D têm impacto direto na ciência, tecnologia e questões mais amplas de política econômica.

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11 investimentos, políticas e compromissos de recursos que sustentam a produção de novas tecnologias. CNI não é o nível de inovação em um único ponto no tempo, mas reflete os mais relevantes determinantes do processo de desenvolvimento de novas tecnologias. As diferenças na CNI refletem a variação, tanto na geografia econômica (por exemplo, o nível de spillovers1 entre empresas), bem como as diferenças entre as políticas de inovação dos países (por exemplo, o nível de apoio público à investigação básica ou proteção legal à propriedade intelectual).

O quadro de CNI desenvolvido pelos autores, apresenta três áreas distintas de pesquisas:

a. teoria de crescimento endógeno (ROMER, 1990);

b. teoria da vantagem competitiva da indústria nacional (PORTER, 2000); e c. sistemas de inovação nacional (NELSON, 1993).

Cada uma dessas perspectivas procura identificar fatores, em um ambiente nacional, que determinam o fluxo de inovação. Importante ressaltar que essas teorias compartilham elementos comuns, no entanto, cada uma contribui para uma perspectiva distinta. Por exemplo, em modelos de crescimento endógeno de Romer (1990) a função de produção de ideias depende de dois fatores agregados que influenciam a taxa de inovação em uma economia nacional: o estoque do conhecimento acumulado e o nível de esforço de P&D dedicado à produção ideias (em oposição à produção de produtos finais). Porter (1990) enfatiza os fundamentos microeconômicos da inovação em clusters industriais específicos de cada país; segundo ele, essa relação depende de interações sutis entre fornecimento de insumos e as condições de demanda locais, a presença e orientação de indústrias correlatas e de apoio, bem como a natureza da rivalidade competitiva local. Ao concentrar-se em clusters industriais (por exemplo, tecnologia da informação) em vez de segmentos da indústria individual, essa perspectiva destaca como a taxa de inovação depende criticamente dos spillovers de conhecimento e da natureza das interdependências tecnológicas em todos os setores relacionados. Finalmente, o sistema de inovação nacional, construído com base na organização da inovação em países específicos, tende a enfatizar o papel do ambiente político nacional (por exemplo, a propriedade intelectual ou política comercial), o nível de educação formal da população, bem como instituições mais idiossincráticas que afetam a inovação (por exemplo, as regras de agências específicas de financiamento em cada país).

1

(13)

12 Quando consideradas em conjunto, essas perspectivas sugerem que os fatores determinantes da CNI podem ser divididos em várias áreas amplas:

a. A CNI depende da presença de uma forte infraestrutura comum. Entre outras coisas, a infraestrutura comum de inovação inclui a política científica e tecnológica nacional, os mecanismos existentes de apoio à pesquisa básica e ao ensino superior e o estoque acumulado de conhecimento tecnológico sobre o qual novas ideias são desenvolvidas e comercializadas. Assim, a infraestrutura comum de inovação inclui vários dos principais elementos destacados pela perspectiva nacional de sistemas de inovação da teoria do crescimento endógeno de Romer (1990).

b. A CNI de um país depende dos clusters industriais com potencial inovador. Conforme enfatizado por Porter (1990), a lógica microeconômica inerente ao ambiente competitivo local determina a propensão das empresas em investir e competir com base em inovação. Em última análise, são as condições microeconômicas associados com clusters industriais de uma nação que determinam se as empresas respondem à oportunidade tecnológica para inovar na fronteira global.

c. A CNI depende da força de ligações entre a infraestrutura comum de inovação e grupos específicos na economia nacional. A produtividade de uma infraestrutura nacional de inovação é maior quando os mecanismos ou instituições específicas, como um sistema universitário nacional forte e mecanismos de financiamento para novos empreendimentos, permitem migrar ideias da infraestrutura comum para a atividade industrial e comercial.

d. A CNI depende da presença de mecanismos de proteção da atividade intelectual.

(14)

13 pesquisa prévia se concentra em como a geografia influencia os spillovers de conhecimento e o acesso diferenciado ao capital humano (PORTER, 1990; JAFFE, HENDERSON e TRAJTENBERG, 1993; KRUGMAN, 1991), uma segunda área de trabalho já enfatizou como diferenças nacional de produtividade de P&D podem ser movidas por políticas e instituições públicas distintas (NELSON, 1993). Ao invés de nos concentrarmos em uma única explicação para diferenças de produtividade de P&D entre os países, a nossa análise incorpora um conjunto relativamente diversificado de fatores potenciais e depois julga sua relevância empírica. Finalmente, o quadro nacional da CNI sugere que embora os modelos de crescimento formais de geração de ideias ofereçam uma visão sobre os grandes determinantes das atividades inovadoras, diferenças na produtividade de P&D entre países podem ser impulsionadas por fatores mais sutis (como os relacionados com a composição de financiamento, políticas públicas e as circunstâncias específicas dos clusters nacionais).

Com base nesse arcabouço teórico, desenvolvemos uma exploração empírica dos determinantes de nível de produtividade nacional de P&D, para fazer uma estimativa da relação entre a produção de patentes internacionais e um conjunto de características observáveis associadas à CNI. Ao concentrar-nos em dados de patentes internacionais agregados, nossa análise não pode refletir completamente a gama de inovações produzidas por uma economia nem controlar totalmente as diferenças de composição industrial dos países. No entanto, como outros pesquisadores, utilizando dados de patentes internacionais (EATON e KORTUM, 1996; 1998), a abordagem da CNI oferece várias vantagens:

a. por meio da análise de novas patentes (uma consequência observável da CNI), distinguimos a produção de novas tecnologias da relação mais geral entre o investimento em P&D e crescimento geral da produtividade;

b. por meio da exploração dos resultados da análise de painel dos dados, podemos estimar a força de vários processos inerentemente dinâmicos, como o acúmulo de conhecimento de fronteira ao longo do tempo por cada país;

c. o quadro empírico pode ser usado para fornecer avaliações quantitativas comparáveis da CNI dos países ao longo do tempo, sendo que essas estimativas complementam os resultados comparáveis da literatura nacional sobre o sistema de inovação.

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14 forças mais críticas (como o ambiente para a inovação em grupos específicos) não podem ser observadas diretamente no nível agregado. Para contornar esse aspecto, empregamos um número de medidas intermédias (ou proxies) que não capturam as causas subjacentes diretamente, mas medem os resultados econômicos importantes associados com a sua força.

Nossos resultados sugerem que a função de produção de patentes internacionais é surpreendentemente bem caracterizada por um pequeno número de fatores observáveis que descrevem a CNI de um país. Em particular, encontramos efeitos decisivos e robustos sobre patenteamento internacional provocados por: mão de obra e gastos com P&D, escolhas políticas agregadas (como abertura ao comércio internacional), participação da pesquisa realizada pelo setor acadêmico, além da parte financiada pelo setor privado. Nós inferimos que a função de produção de patentes internacionais depende do estoque de conhecimento de cada país individualmente e que a CNI tem diferentes determinantes dado o grau de desenvolvimento da economia.

1 - O CONCEITO DE INOVAÇÃO

Segundo Schumpeter (1964), o crescimento econômico ocorre como um processo de

destruição criativa. O que impulsiona essa dinâmica e cria a força e a origem da flutuação

(16)

15 seja, o conhecimento das pessoas representa um fator adicional de produção. Segundo Mankiw et al. (1992), aumentos de produtividade podem ser resultado de melhorias no capital humano inerente e na qualidade do trabalho.

A CNI se traduz em novas tecnologias, produtos e processos como apontam as teorias de crescimento endógeno. Romer (1986, 1990) e Lucas (1988) sugerem que os agentes econômicos devem investir não apenas em capital físico, mas em inovações e na acumulação de capital humano. Dessa forma, a cooperação universidade-empresa; principalmente entre cientistas e engenheiros, parece ser relevante para o incremento da produtividade, na incorporação e difusão de inovações tecnológicas no ambiente empresarial e, portanto, no crescimento econômico. Mansfield (1996), por outro lado, em seu estudo sobre as fontes de ideias para inovação tecnológica aponta que menos de 10% dos novos produtos ou processos introduzidos por empresas nos Estados Unidos tiveram a participação essencial da área acadêmica:

“....a maioria dos novos produtos ou processos que não poderiam ter sido desenvolvidos sem o apoio de pesquisa acadêmica não foram inventados em universidades; ao contrário, a pesquisa acadêmica forneceu novas descobertas teóricas ou empíricas e novos tipos de instrumentação que foram usados no desenvolvimento, mas nunca a invenção específica ela mesma. Isto dificilmente vai mudar. O desenvolvimento bem sucedido de produtos ou processos exige um conhecimento íntimo de detalhes de mercado e técnicas de produção, bem como a habilidade para reconhecer e pesar riscos técnicos e comerciais que só vem com experiência direta na empresa. Universidades não tem esta expertise e é irrealista esperar que possam obtê-la”. (MANSFIELD, 1996, p. 132).

Dessa forma, parece ser necessário considerar na política de Ciência e Tecnologia (C&T) nacional e na política para desenvolvimento industrial o papel central da empresa nacional como polo realizador de P&D.

1.1. Inovação e crescimento econômico – Base teórica

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16 origem da flutuação econômica é a inovação, no sentido de estabelecer novas funções de produção. Schumpeter (op. cit.) não foca apenas na inovação tecnológica, mas distingue entre inovações de produto, de processos e organizacionais. Adicionalmente, ele menciona que a necessidade de inovação social não ocorre apenas na arena econômica, mas também na cultura, política e na sociedade, de forma a garantir a eficácia econômica das inovações técnicas. Até bem pouco tempo, os trabalhos teóricos raramente mencionavam a inovação social e concentravam-se, em sua maioria, no conceito de inovação tecnológica (MOULAERT et al., 2005).

1.1.1. Modelo Solow de crescimento

No modelo de Solow, o crescimento populacional e a acumulação de capital não podem sustentar o crescimento econômico por si só, porque tanto o trabalho quanto o capital estão sujeitos a retornos marginais decrescentes. Segundo a ideia de Solow, o progresso tecnológico é o motor do crescimento porque se pressupõe que nunca se esgota; aumenta de maneira exógena, independente. De acordo com esse modelo a taxa de poupança de uma economia determina o tamanho de seu estoque de capital e assim seu nível de produção. Dessa forma, quanto mais alta a taxa de poupança, maior o estoque de capital e mais alto o nível de produção. Esse aumento na taxa de poupança exerce um efeito positivo, num primeiro momento, no nível de renda per capita; contudo esse crescimento da renda não se mantém. Como explica Burda e Wyplosz (2001) inicialmente uma alta taxa de poupança resulta num aumento do capital total, mas num segundo momento, ocorre um aumento na depreciação desse capital, que por sua vez requer mais poupança para manter seu nível estável. Entretanto, os recursos para esse aumento de investimento não existem, pois a produtividade marginal do capital diminui. Ou seja, os acréscimos adicionais à relação capital-trabalho geram incrementos cada vez menores na renda, e portanto, na poupança. A depreciação, no entanto, apresenta um aumento proporcional. Simplificando, o princípio da produção marginal decrescente indica que o aumento progressivo da poupança vai compensar cada vez menos a depreciação total gerada, a menos que a produtividade marginal do capital não seja decrescente. Por consequência, embora uma alta taxa de poupança e investimento proporcione um elevado nível de produção no estado estacionário2 (steady-state), por si só a poupança não consegue gerar um crescimento do PIB per capita de forma persistente.

2

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17 se assim, buscar equilibrar a taxa de poupança para um nível que seja alinhado ao estado estacionário no qual o consumo por trabalhador ou consumo por unidade de eficiência da mão de obra é maximizado. Portanto, no modelo de Solow com crescimento populacional constante, o estado estacionário é caracterizado pela igualdade entre a produtividade marginal do capital líquido (PMgK-δ) e a taxa de crescimento do total da renda no estado estacionário

(n+g). Taxa de poupança acima da determinada por essa regra, conhecida como regra de Ouro, não seria eficiente, pois se abriria mão do consumo em favor da poupança e não provocaria um crescimento proporcional da economia. Dessa forma, o crescimento é explicado por uma variável exógena (o resíduo de Solow). Assim sendo, no steady state do modelo de crescimento de Solow, a taxa de crescimento do PIB per capita é determinada pela taxa exógena de progresso tecnológico.

Ainda de acordo com o modelo de Solow, a tecnologia é considerada como se fosse um bem público e estaria, portanto, disponível a todos os agentes que desejassem utilizá-la. Nesse contexto, vemos que a produtividade total dos fatores de produção cresce a uma taxa constante g, taxa essa que será igual à taxa de crescimento da renda per capita em steady-state. Pelo modelo em estudo, as rendas per capita baixas resultam de insuficiente acumulação de capital, presumivelmente por falta de poupança, por guerras, ou pela ausência de uma economia de mercado em funcionamento. Os países com tecnologias e taxa de poupança similares deveriam, no entanto, dispor da mesma renda em estado estacionário. Adicionalmente, os países que partem de um PIB per capita baixo deveriam acumular capital

per capita mais rapidamente do que as economias ricas, e assim as acabariam alcançando e

convergindo a seus níveis de renda per capita. Essa é a hipótese da convergência.

(19)

18 nesse modelo exclusivamente, é possível explicar as grandes diferenças existentes nos níveis de renda per capita entre os países? E como explicar o persistente hiato no PIB per capita observado entre os países mais desenvolvidos e os em desenvolvimento?

Os modelos endógenos de crescimento, como veremos a seguir, sugerem que, no longo prazo, as economias crescem à taxa do progresso tecnológico, a qual por sua vez é determinada pelo aprender-fazendo (learning by doing), pelo investimento em capital físico e humano e pelas externalidades geradas por pesquisa e desenvolvimento. Uma barreira importante ao crescimento econômico de um país ou região é a baixa qualificação de sua mão de obra, o que dificulta a assimilação da nova tecnologia. O reconhecimento de que o progresso técnico é resultado de investimentos intencionais, planejados, é extremamente importante para o desenho e determinação de políticas públicas. Como afirmam Batella e Diniz (2006), a convergência do índice de desenvolvimento humano (IDH) só é possível se a tecnologia convergir dessa maneira, resultando em melhores níveis de vida e bem estar.

1.1.2. Teorias de Crescimento endógeno e capital humano

Uma estratégia para explicar a pobreza persistente em alguns dos países em desenvolvimento é adaptar a hipótese da convergência para incluir outras influências, como o nível educacional da população e o nível de infraestrutura pública. Nesse sentido, para que haja crescimento é necessário que a tendência decrescente dos retornos do capital seja eliminada. Assim, fatores como inovação tecnológica endógena, que resultam dos agentes produtivos para maximizarem seus lucros, capital humano (entendido como o estoque de conhecimento dos agentes econômicos), as políticas governamentais e a organização da sociedade civil assumem um papel fundamental no crescimento contínuo da renda per capita em uma economia. É nesse ponto que se insere o papel fundamental do governo no apoio às políticas promotoras de crescimento econômico, sejam blocos econômicos de países, economias nacionais ou regiões de um país. Os modelos de crescimento endógeno buscam entender o motor que está por trás do progresso tecnológico, tentando explicar a dinâmica do diferencial de renda per capita e apontam para os seguintes fatores como promotores desse crescimento:

a. incorporação do capital humano;

b. learning by doing, conceito introduzido por Arrow (1962) e utilizado por Romer

(20)

19 produtividade existindo o que ele chamou de spillovers of knowledge, ou seja que o aprendizado realizado por um trabalhador aumenta a produtividade de outros; c. investimentos em C&T e P&D podem gerar de forma deliberada o progresso e

inovações tecnológicas.

Romer (1990) ressalta que a educação desempenha um papel importante no tocante à dotação dos indivíduos de capacidade para P&D de novos produtos e processos. Assim, a formação de pesquisadores, engenheiros e cientistas é fundamental para o progresso tecnológico e crescimento econômico.

1.1.3. Teorias dos Clusters e seu impacto na inovação tecnológica

Porter (1998) introduziu o conceito de cluster3e seu papel para inovação e aumento da produtividade. Segundo o autor, as empresas no cluster ao colaborarem entre si se tornam mais eficientes e são capazes de perceber, de forma mais clara e rápida, novas necessidades dos compradores, fato que as estimulam a buscar a inovação. Adicionalmente, os relacionamentos contínuos com outras entidades do cluster (incluindo universidades) facilitam a aprendizagem e assimilação de novos conceitos e ideias. As vantagens dos clusters em perceber tanto a necessidade quanto a oportunidade para a inovação são relevantes, mas de igual importância pode ser a flexibilidade e capacidade de agir sobre eles rapidamente. Uma empresa dentro de um cluster, muitas vezes pode adquirir de maneira mais eficiente novos insumos, serviços, máquinas e outros elementos necessários para implementar inovações, seja na forma de uma nova linha de produtos, um novo processo, ou um novo modelo de distribuição. Porter (op. cit.) também menciona a facilidade para as empresas do cluster em estabelecer novas parcerias com fornecedores e a contratação de especialistas. Dessa forma, as complementaridades exigidas para a inovação são alcançadas com maior facilidade e agilidade.

Segundo Porter (2000), as empresas dentro de um cluster podem experimentar novas tecnologias a um custo menor ou retardar grandes compromissos até que haja uma maior garantia de que um novo produto, processo ou serviço irão funcionar. Por outro lado, uma

3 Segundo Porter (2000) cluster é definido pela aglomeração geográfica de empresas com

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20 empresa fora do cluster enfrenta maiores desafios para contratação, entrega de insumos, suporte técnico e de coordenação entre as entidades complementares.

Outra vantagem para as empresas, no que diz respeito a inovação, é a enorme pressão da concorrência, dos colegas em comparação constante - que ocorre em clusters geograficamente concentrados. A semelhança das circunstâncias básicas (por exemplo, custos trabalhistas, custos de serviços públicos), combinada com a presença de vários rivais, obriga as empresas a procurar formas criativas para se diferenciar. Individualmente, as empresas no cluster têm dificuldade em manter-se à frente por muito tempo, mas elas muitas vezes são capazes de progredir mais rápido do que aquelas fora do cluster.

Sob certas circunstâncias, no entanto, a participação no cluster pode retardar a inovação. Quando um cluster compartilha uma abordagem uniforme para a competição, uma espécie de pensamento de grupo muitas vezes reforça comportamentos antigos, suprime novas ideias e cria rigidez que impedem a adoção de melhorias. Segundo Porter (op. cit.),

clusters também podem não apoiar a inovação radical, que invalide ou coloque em risco o

sistema de produção vigente, informações, fornecedores e infraestrutura.

2 – CAPACIDADE NACIONAL DE INOVAÇÃO

Definimos a CNI como o potencial de uma economia, também como uma entidade política, para produzir um fluxo de inovações comercialmente relevantes. A capacidade de inovação depende, em parte, da sofisticação tecnológica global da economia e de sua força de trabalho, mas também de investimentos e escolhas de políticas de governo e do setor privado. A capacidade de inovação é relacionada, mas distinta dos avanços científicos e técnicos não comerciais, que não necessariamente envolvem a aplicação econômica da nova tecnologia. A capacidade de inovação também é distinta da vantagem industrial competitiva nacional atual ou a produtividade, que podem ser resultado de muitos fatores além do desenvolvimento e aplicação de novas tecnologias. As diferenças na CNI refletem a variação tanto da geografia econômica (por exemplo, o nível de spillovers entre empresas) como da inovação (por exemplo, o nível de apoio público à investigação básica ou proteção legal à propriedade intelectual).

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21 após a Segunda Guerra Mundial, por exemplo, não é surpresa que muitas das descobertas científicas e tecnológicas mais importantes da época - incluindo o transistor, o laser, o computador - foram desenvolvidos e inicialmente explorados por universidades e empresas norte-americanas. Apesar de alguns avanços técnicos ou científicos ocorrerem em países com baixos níveis de capacidade de inovação, porque a mudança tecnológica é, pelo menos em parte, acidental, o desenvolvimento e comercialização de tais avanços é provável que ocorra nos países que têm políticas que estimulem a aplicação de novas tecnologias para o uso industrial. Considere a evolução do setor químico na segunda metade do século XIX. Enquanto a tecnologia subjacente deveu-se às (um pouco acidentais) descobertas do químico britânico Perkins, o setor desenvolveu rapidamente e tornou-se uma importante área de exportação para a Alemanha. Pelo menos em parte, essa migração dos frutos da descoberta científica para a Alemanha foi devido a fortes relações universidade-indústria daquele país e da maior disponibilidade de capital para uso intensivo de tecnologia ventures (MURMANN, 1998; ARORA, LANDAU e ROSENBERG, 1998).

(23)

22 Gráfico 1: Patentes per capita– 1990 a 2011 – países selecionados

Fonte: Elaboração própria com base em dados de USPTO (2014)

A estrutura de análise proposta por Stern, Porter e Furman (2000) aponta como determinantes da capacidade nacional de inovação:

a. a infraestrutura de inovação comum do país: recursos e políticas de apoio à inovação em toda a economia;

b. o ambiente particular de inovação nos clusters industriais do país; e

c. as ligações entre essas duas áreas: desempenho inovador global de uma economia resulta da interação entre a infraestrutura comum, que beneficia uma ampla gama de campos, e os fatores específicos que a inovação forma em particular nos clusters.

(24)

23 Com relação à infraestrutura de inovação, o investimento total em P&D e o número de pesquisadores disponíveis no país são considerados variáveis determinantes para produção científica. Especificamente, a concentração de pesquisadores em poucos países parece ser um fator que limita a produtividade da inovação e apresenta restrição à convergência. Na tabela 1, demonstramos que em 2007, 50% dos pesquisadores estavam concentrados em apenas três países: Estados Unidos, Japão e China. Portanto, o investimento nas universidades e centros de pesquisa é fundamental para aqueles países que objetivam incentivar a capacidade nacional de inovação.

Tabela 1 – Número de pesquisadores e percentual da população mundial de pesquisadores

País Pesquisadores

2002

Pesquisadores

2007

% de pesquisadores

2002

% de pesquisadores

2007

Japão 646.5 710.0 11.1 9.8

China 810.5 1423.4 13.9 19.7

Índia 115.9 154.8 2.3 2.2

Brasil 71.8 124.9 1.2 1.7

Coreia 141.9 221.9 2.4 3.1

Rússia 491.9 469.1 8.5 6.5

Estados Unidos 1342.5 1425.6 23.1 20.0

Fonte: Elaboração própria, com base em dados da UNESCO (2010)

(25)

24 Gráfico 2: Gastos em P&D Gráfico – 1990 a 2011 – países selecionados

Fonte: Elaboração própria com base em dados da OCDE (2014) e UNESCO (2014)

No gráfico 3, podemos verificar que os pesquisadores estão concentrados em poucos países, o que pode representar um importante limitador para o crescimento da inovação naqueles países com baixo número de cientistas e engenheiros.

Gráfico 3: Número de Pesquisadores – 1990 a 2011 - países selecionados

Fonte: Elaboração própria com base em dados da OCDE (2014) e UNESCO (2014)

0.0 50000.0 100000.0 150000.0 200000.0 250000.0 300000.0 350000.0 400000.0 450000.0 U S A JAPAN G E R MAN Y U N IT E D KIN G D OM FR AN CE KOR E A , S OUT H T AIWAN CA N A DA SWIT ZE RLAN D IT ALY SWE DE N N E T H E RLAN DS AU ST

RALIA ISRAE

L CHIN A, PE OPL E' S RE PU BLIC… BE LG IUM FIN LAN D AU ST RIA DE N MARK IN DIA SPA IN N ORWA Y SIN G

APORE U.S.S.R.

CHIN A, H ON G K ON G S.A. R. SOU T H A FRIC A IRE LAN D RU SSIA N FE DE RA T ION N E W Z E ALA N D H U N G ARY BR AZIL 0 200000 400000 600000 800000 1000000 1200000 1400000 1600000 1800000 U S A JAPAN G E R MAN Y U N IT E D KIN G D OM FR AN CE KOR E A , S OUT H T AIWAN CA N A DA SWIT ZE RLAN D IT ALY SWE DE N N E T H E RLAN DS AU ST

RALIA ISRAE

L CHIN A, PE OPL E' S… BE LG IUM FINLAND AU ST RIA DE N MARK IN DIA SPA IN N ORWA Y SIN G

APORE U.S.S.R.

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25 Nos últimos 15 anos, Coreia , Taiwan, China e Singapura são países se destacaram pela sua capacidade de inovação. O percentual de crescimento anual desses países foi muito superior ao da França ou Reino Unido. Esse processo de convergência tem implicações importantes para o futuro da atividade inovadora: sugere que a exploração comercial de oportunidades tecnológicas emergentes (de biotecnologia, robótica, etc.) está cada vez geograficamente menos concentrada do que foi no período após a Segunda Guerra Mundial. Entender os motivos subjacentes desse desempenho é relevante para análise de políticas de promoção à inovação, principalmente em países em desenvolvimento. A tabela 2 apresenta dados sobre o crescimento do registro de patentes para alguns países da amostra.

Tabela 2: Número de Patentes registradas no USPTO por país e ano

País 2002 2010 Crescimento (%)

Japão 36.339 46.977 29,3

Coreia 4.009 12.508 212,0

China 391 3.303 744,8

Índia 267 1.137 325,8

Rússia 203 287 41,4

Brasil 112 219 95,5

Fonte: Elaboração própria com base em dados da USPTO (2014)

b) Ambiente particular de inovação nos clusters industriais:

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26 Gráfico 4 – Percentual de Investimento Privado em P&D em relação ao Gasto Total

em P&D – 1990 a 2011 – países selecionados

Fonte: Elaboração própria com base em dados da OCDE (2014) e UNESCO (2014)

c) Qualidade da ligação entre infraestrutura e ambiente empresarial na inovação:

Quanto maior for o relacionamento entre o setor privado e público com relação a atividade inovadora, maior será a produtividade da atividade inovadora do país. Por exemplo, quanto maior for a capacidade da Embraer4 competir e lançar inovações no segmento aéreo maior será a demanda por estudantes e graduados do Instituto Tecnológico da Aeronáutica5 (ITA). O gasto em P&D feito pelas Universidades e Centros de Pesquisas nacionais permitem que as empresas se beneficiem dos resultados e pesquisadores qualificados continuem a ser contratados para dar continuidade na atividade inovadora no ambiente empresarial. No gráfico 5, notamos que o investimento em P&D pelas universidades está aumentando gradativamente na maior parte dos países da amostra. Observamos que incrementos relevantes ocorreram na China, Coreia, Japão e Estados Unidos para o período analisado, ao passo que no Brasil o valor investido é irrisório.

4 Empresa Brasileira de Aeronáutica, privatizada na década de 1990, situada em São José dos Campos/SP. 5

Instituição federal de ensino superior, especializada na formação de engenheiros aeronáuticos, também localizada em São José dos Campos/SP.

(28)

27 Gráfico 5 – Investimento das Universidades em P&D em Milhões de Dólares – 1990 a 2012 –

Países selecionados

Fonte: Elaboração própria com base em dados da OCDE (2014) e UNESCO (2014)

2.1. Dados Estatísticos

Com base na literatura sobre inovação tecnológica apresentada na parte inicial deste estudo, especialmente no trabalho de Stern, Porter e Furman (2000), identificamos as seguintes variáveis como potenciais determinantes da capacidade de inovação de um país:

a. infraestrutura de inovação: PIB per capita, o número de pesquisadores por país, o gasto total em P&D, o grau de abertura de uma economia, número de artigos científicos publicados, o percentual de gastos com P&D pelas universidades; b. o ambiente dos cluster industriais: o percentual do gasto em P&D financiado pelo

setor privado

A base de dados que utilizamos abrangeu o período de 1990 a 2011 e centrou-se em uma amostra inicial de 17 economias altamente industrializadas6 (o mesmo grupo de países estudado por Stern, Porter e Furman (op. cit.) para o período de 1973 a 1995).

6 Alemanha, Austrália, Áustria, Canadá, Dinamarca, Finlândia, França, Holanda, Itália, Japão, Nova

Zelândia, Noruega, Espanha, Suécia, Suíça, Reino Unido e Estados Unidos.

(29)

28 Adicionalmente, ampliamos a base dados para incluir países que apresentaram um incremento substancial no número de patentes registradas no USPTO nos últimos vinte anos7. A tabela 3 informa as variáveis e respectivas fontes dos dados utilizados na análise.

Tabela 3 - Variáveis e definições

Variável Descrição da

Variável

Definição Fonte

PAT Patentes Total de patentes de

novas invenções registradas anualmente no USPTO USPTO PAT_PC (patentes_million-pop) Patentes por milhões de habitantes

Total de patentes por milhões de habitantes

USPTO (número de patentes)

OECD, Main Science and Technology Indicators e UNESCO, Institute for Statistics (População)

POP População

(milhares de habitantes)

População (milhares de habitantes)

OECD, Main Science and Technology Indicators e UNESCO, Institute for Statistics

PIB_PC Produto

Interno Bruto Per Capita

Produto Interno Bruto Per Capita

Banco Mundial

FTE_R Número de

pesquisadores em C&T

Número de pesquisadores em C&T (FTE)

OECD, Main Science and Technology Indicators e UNESCO, Institute for Statistics

GERD Gastos em Gasto nacional com OECD, Main Science and

7 Coréia, Taiwan, Bélgica, Hong Kong, Israel, China, Índia, Singapura, Irlanda, África do Sul, Rússia,

(30)

29 P&D P&D -- (em milhões

de dólares – Preços constantes 2005)

Technology Indicators e UNESCO, Institute for Statistics

OPENC Abertura ao

comércio internacional

Abertura da economia

Pen World Tables

IP Grau de

proteção a propriedade intelectual

Grau de Proteção de Patentes

The Heritage Foundation

EDUC Número

médio de anos de estudo para população acima dos 25 anos

Número médio de anos de estudo para população acima dos 25 anos

Barro-Lee Educational Attainment Dataset R&D_PRIV (private_rd_funding) Percentual de P&D financiado pelo setor privado

Percentual do GERD (Gasto nacional com P&D) financiado pela indústria

OECD, Main Science and Technology Indicators e UNESCO, Institute for Statistics UNIV_R&D_PERF (univ_rd_performan ce) Percentual de P&D efetuado pelas Universidades

Percentual do GERD gasto pelas

Universidades

OECD, Main Science and Technology Indicators e UNESCO, Institute for Statistics

ART (articles) Número de publicações de artigos científicos e

Número de publicações de artigos científicos e acadêmicos

(31)

30 acadêmicos

FTE_RPC Número de

pesquisadores em C&T per capita

Número de pesquisadores em C&T (FTE) per capita

OECD, Main Science and Technology Indicators e UNESCO, Institute for Statistics

GERD_PC (gerd_pc)

Gastos em P&D per capita

Gasto nacional com P&D per capita -- (em milhões de dólares – Preços constantes 2005)

OECD, Main Science and Technology Indicators and UNESCO, Institute for Statistics

OPEN (Import_gdp) Abertura ao comércio internacional

– Total de importações sobre PIB

Importação sobre PIB (%)

Banco Mundial

2.1.1. Medição da inovação

Nossa regressão assume como variável dependente a inovação tecnológica, medida pelo número de patentes per capita referente a novas invenções (utility patents) concedidas pelo USPTO. Essa medição permite comparações internacionais das atividades inovadoras, uma vez que todos os países estão sob as mesmas regras de patenteamento. Ao considerar invenções que obtiveram patentes concedidas nos Estados Unidos assumimos que elas estão próximas da fronteira global de inovação tecnológica e que existe um interesse econômico a explorar, dado que o custo associado ao processo de registro de uma patente nos Estados Unidos é relativamente alto. No entanto, reconhecemos que as patentes são uma medida imperfeita para o nível total de inovação em um determinado país. Por exemplo, a propensão a solicitar a proteção de patente pode refletir diferenças em países sobre composição

industrial (por exemplo, ter um setor farmacêutico grande) ou diferenças das instituições de

(32)

31 Griliches (1984)), que instituiu as vantagens (bem como as limitações) do uso de dados de patentes em relação a outras medidas de inovação (Dosi, Pavitt e Soete, 1990; Cockburn e Henderson, 1995; Eaton e Kortum, 1996; 1998).

2.1.2. Variáveis explicativas: colaboradores para a capacidade de inovação nacional

Para estimar o modelo, utilizamos as medidas de infraestrutura comum de inovação de uma nação aplicadas anteriormente por Stern, Porter e Furman (2000). Conceitos mais sutis e multifacetados, como o ambiente de inovação específica do cluster, não podem ser quantificados diretamente com base em dados internacionais disponíveis. Para esse efeito, utilizamos medidas de intermediários ou proxies que não capturam as causas subjacentes, mas medem os resultados econômicos associados com a força em áreas específicas.

A infraestrutura comum de inovação consiste do estoque de conhecimento de um país, o nível global de trabalho e recursos de capital dedicados à atividade inovadora, além de compromissos de recursos de apoio à inovação. Nossa análise explora duas medidas distintas para o estoque de conhecimento relativo de um país em um determinado ponto no tempo: o PIB per capita e o registro de patentes no USPTO no ano de observação. Embora ambos meçam o estado geral de desenvolvimento tecnológico de um país, eles diferem em aspectos importantes. PIB per capita captura a capacidade de um país em traduzir suas ações e conhecimentos em um estado realizado de desenvolvimento econômico (e por isso produz um controle agregado para a sofisticação tecnológica de um país). Em contraste, o total de patentes registradas no ano constitui uma medida mais direta da capacidade de inovação de um país. Na análise, também consideramos o nível de capital e de recursos destinados ao setor de produção de ideias, usando para esse fim o número de pesquisadores por país (FTE_R) e gastos com P&D (GERD). Embora os esforços individuais de P&D e engenharia tendam a ser especializados em determinadas áreas técnicas e científicas, as inovações geradas por meio de P&D (via aplicação direta ou como base para os esforços futuros) irão impactar vários setores econômicos (GLAESER et al., 1992). Assim, podemos classificar a oferta global orientada para a inovação trabalho e capital como um elemento-chave da infraestrutura de inovação comum.

(33)

32 investimento em capital humano; um alto nível de educação cria uma base de profissionais altamente qualificada, nas quais empresas e outras instituições econômicas podem se apoiar, tanto para atividades formais de P&D, como outras atividades relacionadas com a inovação, envolvendo resolução de problemas complexos. Incluímos também medidas de política econômica que afetam o ambiente para a atividade inovadora: o grau de abertura relativa de um país para o comércio internacional e a concorrência externa (OPENC) e o percentual de importação com relação ao PIB (IMPORT_GDP). Levamos em consideração que essas variáveis têm suas limitações como instrumento de pesquisa, no entanto, cada uma delas pode capturar o conceito base.

Captar o ambiente agregado pela inovação em clusters industriais de um país é muito difícil, tanto pela sutileza dos conceitos envolvidos, como pela falta de dados internacionais sistemáticos. Utilizamos para esse fim uma proxy que, apesar de sua limitação, apresenta o grau de envolvimento das empresas com a atividade inovadora: a parcela de gastos em P&D que são financiados pelo setor privado (Private_RD_FUNDING). Em 1990, por exemplo, as empresas financiavam entre 40 a 60 por cento do P&D na maioria dos países investigados por Stern, Porter e Furman (2000).

(34)

33 3 – METODOLOGIA E RESULTADOS

3.1. Modelo

Utilizamos neste estudo o cálculo da regressão com dados de painel, o qual utiliza o método dos mínimos quadrados com procedimentos de efeitos fixos entre os anos de 1990 e 2011. Além das variáveis explanatórias já mencionadas, inserimos variáveis dummies para cada ano da amostra, com o intuito de isolar quaisquer efeitos macroeconômicos que possam ter afetado o conjunto de países no período do estudo.

Assim nessa análise aplicamos a fórmula abaixo:

PATpci,t+2 = α + β1FTE_Rit+ β2GERD+ β3PRIVATE_RD_FUNDINGit+ β4OPENCit+ β5FTE_Rpcit +

β6GERD_pcit+ β7UNIV_RD_PERFORMANCEit+ uit

Nesse modelo i é o i-ésimo país, t é o período de tempo para as variáveis que definimos acima e uit é o termo de erro aleatório. A nomenclatura it representa os efeitos fixos

temporais e individuais dos países selecionados. Utilizamos duas defasagens temporais na variável de patentes per capita, uma vez que o processo de inovação e melhorias na infraestrutura de um país vai apresentar seu impacto na produção de patente com defasagem, nesse modelo estimada em dois anos.

3.2. Resultados Empíricos

(35)

34 Tabela 4 – Resultados da Regressão múltipla linear e teste FIV

Fonte: Elaboração própria, output do Stata

(36)

35 modelo para os novos entrantes no mercado de alta tecnologia. A seção final discute os padrões da capacidade de inovação nacional implícitos nas estimativas ao longo do período da amostra.

3.2.1. Regressão com dados em painel para economias avançadas

(37)

36 Tabela 5 - Resultado Análise de Painel – 17 Países

(38)

37 Observamos que as variáveis sugeridas pela teoria do crescimento endógeno - gasto com P&D (gerd total e per capita) - são estatisticamente significativas e número de pesquisadores per capita no país (fte_rpc) é marginalmente significativa, pois o p-valor é um pouco maior que 10% e ambas apresentam coeficientes positivos, indicando impacto positivo sobre a produção de patentes per capita. Como sugerido pelos defensores do crescimento endógeno, o nível de capital humano, nesse caso medido por meio do número de pesquisadores per capita de um país e o total de recursos destinados a P&D per capita desempenham um papel importante na determinação da capacidade inovadora. O percentual de investimento em P&D do setor privado (private_rd_funding) da economia apresenta coeficiente positivo, alinhado com o conceito de inovação Schumpeteriano. O grau de abertura da economia (openc), dado pelas exportações mais importações dividido pelo PIB, apresenta impacto negativo sobre o número de patentes per capita, indicando que o nível de abertura para o comércio internacional tem impacto negativo para a produção de patentes. Importante mencionar que os 17 países dessa amostra, são países desenvolvidos, com economia aberta e com alto engajamento do setor privado no financiamento da atividade de P&D. O tamanho da economia nacional tem um importante peso nesse indicador, nos Estados Unidos, por exemplo o grau de abertura para o período analisado varia entre 20 a 30%, enquanto em países menores como Noruega, Holanda e Suécia esse percentual varia entre 60 a 150% do PIB. Essas diferenças entre o tamanho da economia nacional justificam o sinal do coeficiente. Para analisar a qualidade das ligações entre os elementos da infraestrutura para inovação de um país e os clusters industriais, os autores mencionam o gasto em P&D das universidades. Contudo, observamos no resultado da regressão que o gasto em P&D das universidades (univ_rd_performance) apresenta coeficiente negativo. Isso indica que essa variável não está beneficiando a atividade inovadora das empresas como esperado pelo modelo, mas é razoável assumir que as mesmas podem criar condições favoráveis para o ambiente inovador do país.

3.2.2. Regressão com dados em painel para economias líderes em inovação

(39)

38 Tabela 6 – Resultado da análise de Painel para toda a população da amostra

(40)

39 O R2 para esse grupo de países foi de 64,35% e os resultados da regressão são coerentes com a teoria de crescimento endógeno, segundo a qual o capital humano (fte-rpc e gerd_pc) e gastos com P&D (gerd) têm um impacto positivo na produtividade de patentes do país; todas essas variáveis são estatisticamente significantes e apresentaram parâmetros positivos. O papel do investimento privado em P&D (private_rd_funding) e gasto em P&D das Universidades (univ_rd_performance) não impactam a produtividade da inovação tecnológica nesse modelo, e são estatisticamente nulas. Ainda, com relação à qualidade das ligações entre as variáveis de infraestrutura e cluster notamos que gasto em P&D das Universidades (univ_rd_performance) apresenta coeficiente negativo, o que parece ressaltar que muitas das pesquisas científicas não estão diretamente relacionados com a atividade inovadora. A abertura da economia (openc) não é relevante para o modelo e seu parâmetro é estatisticamente nulo. Importante ressaltar que entre os novos entrantes, temos países em desenvolvimento, como Coreia, China, Brasil, Índia, Rússia, Singapura e Taiwan, cujo processo de inovação tecnológica difere substancialmente de economias mais desenvolvidas como Estados Unidos, Japão e Alemanha. Essa diferença na lógica do processo de inovação nos leva a considerar o papel dos Governos e das políticas públicas dos países em crescimento para o aumento no nível de produção de patentes dessas economias que analisamos na próxima regressão.

3.2.3. Regressão com dados em painel para os novos entrantes

Na Tabela 7 apresentamos o resultado da regressão para os novos países entrantes8 no mercado de patentes de produtos e processos inovadores. Nesse grupo incluímos países que apresentaram notável crescimento na atividade de patenteamento nos últimos 20 anos e o resultado da regressão nos auxilia no entendimento de políticas públicas que foram utilizadas para incentivar a atividade inovadora nesses países.

(41)

40 Tabela 7 – Resultado da análise de painel para novos entrantes

(42)

41 Nessa regressão, os coeficientes são na maioria significativos e explicam 76,9% da variabilidade da atividade inovadora, indicando boa aderência das variáveis ao modelo. Para esse grupo de países, o número de pesquisadores per capita (fte_rpc) possui um peso considerável no processo de inovação, bem como o gasto total em P&D (gerd) do país. O gasto em P&D per capita (gerd_pc) não é estatisticamente relevante para o modelo, talvez devido à população total da Índia e China provocarem distorções na medida dessa variável. O modelo revela um comportamento inesperado da variável que mede a abertura da economia (openc), apresentando parâmetro negativo. Possivelmente o resultado foi influenciado pelos países na amostra com uma maior grau de abertura (Hong Kong, Taiwan, Hungria e Irlanda) vis-à-vis o respectivo nível de inovação dessas economias. O percentual de investimento privado em P&D (private_rd_funding) não é estatisticamente significativo. Surpreendentemente, o impacto significativo de gastos em P&D das universidades (univ_rd_performance) no total de patentes per capita sugere que aqueles países que destinaram um percentual maior de seu gasto em P&D para o setor educacional (em oposição ao setor privado ou em outros programas governamentais) foram capazes de atingir maior produtividade de patenteamento.

Para confirmar se há dependência entre os dados de corte transversal, utilizamos o teste Pasaran CD9. O resultado obtido, mostrado na tabela 8, indica que não podemos rejeitar a hipótese nula de ausência de dependência dos dados de corte transversal.

Tabela 8 – Resultado do teste Pasaran CD

Fonte: Elaboração própria, output do Stata

4. CONCLUSÕES

A respeito dos determinantes empíricos da atividade de patenteamento internacional, nossos resultados sugerem que:

a. São passíveis de análise empírica sistemática motivada pela estrutura utilizada.

9

(43)

42 b. O papel do setor privado para atividade de P&D (private_rd_funding), apresenta um impacto nulo para o aumento na capacidade de inovação nas duas últimas regressões avaliadas, ambas incluem países em crescimento, evidenciando que o modelo não foi capaz de captar sua real influência. Contudo, na primeira regressão feita apenas com países desenvolvidos, essa variável apresentou impacto positivo sobre a capacidade de inovação.

c. A política pública tem um papel importante na formação da capacidade de inovação nacional de um país, conforme podemos observar com as variáveis gerd e gerd_pc, positivas e significativas para as três as regressões, com a ressalva de que na última regressão a variável gerd_pc apresentou parâmetro estatisticamente nulo. Acreditamos que além de simplesmente aumentar o nível de recursos de P&D disponível para a economia, a agenda política do governo desempenha um papel importante na formação de incentivos ao investimento de capital e inovação. d. A estrutura utilizada fornece insights sobre a natureza do nível de P&D nacional e

as diferenças de produtividade entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Em particular, as diferenças de produtividade de P&D resultam de fatores associados a cada uma das fontes distintas da CNI e diferem substancialmente entre o grupo de países desenvolvidos da OCDE (regressão tabela 5) do grupo de países entrantes na atividade inovadora (tabela 7). Por um lado, elementos do ambiente econômico variam entre os países, incluindo o acesso ao conhecimento de ponta, o grau em que as despesas em P&D são movidas por investimentos do setor privado, e a presença de mecanismos, tais como universidades, que ligam esforços inovadores em toda a economia. Por outro lado, as diferenças de produtividade de P&D estão associados a diferentes fatores variáveis. Por exemplo o gasto de P&D nas universidades parece ser um dos motores para o crescimento da produtividade na produção de patentes para países entrantes (regressão tabela 7) enquanto para países desenvolvidos essa variável não tem um efeito positivo.

(44)

43 (2000), entendemos que a localização geográfica é importante na medida em que o país tenha desenvolvido um ambiente interno favorável para a inovação tecnológica. Como inferimos pelos resultados apresentados na tabela 7, países em desenvolvimento que historicamente não apresentaram alto índice de inovação podem aumentar seu nível de patenteamento por meio do uso de políticas públicas que visem melhoria da infraestrutura interna para inovação. Dessa forma, verificamos nos últimos 20 anos a entrada de novos participantes importantes como Coreia e China que até a década de 1990 não apresentavam atividade inovadora relevante.

(45)

44 BIBLIOGRAFIA

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Imagem

Tabela 1  –  Número de pesquisadores e percentual da população mundial de pesquisadores
Gráfico 3:   Número de Pesquisadores  –  1990 a 2011 - países selecionados
Tabela 2: Número de Patentes registradas no USPTO por país e ano
Tabela 3 - Variáveis e definições  Variável  Descrição da

Referências

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