• Nenhum resultado encontrado

Rev. Col. Bras. Cir. vol.33 número5

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "Rev. Col. Bras. Cir. vol.33 número5"

Copied!
1
0
0

Texto

(1)

Complicação ou Erro Médico?

264

Ferraz et al. Rev. Col. Bras. Cir.

Editorial

Vol. 33 - Nº 5: 264, Set. / Out. 2006

Rev. Col. Bras. Cir.

ISSN 0100-6991

COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA EM CIRURGIA

SCIENTIFIC COMMUNICATION IN SURGERY

Saul Goldenberg, ECBC-SP1

Carlos Alberto Guimarães, TCBC-RJ2

A comunicação científica consiste na divulgação dos resultados das pesquisas à comunidade científica, permitin-do a disseminação permitin-do conhecimento. A comunicação científi-ca em Cirurgia tem merecido nossa constante atenção.

Obediência às regras vigentes: esse é o norte que levou à publicação do periódico Acta Cirúrgica Brasileira e à criação do Núcleo de Comunicação Científica em Cirurgia (NCCC)1, grupo de pesquisa cadastrado no CNPQ, vinculado

e certificado pela Coordenadoria de Pós - Graduação e Pes-quisa da Unifesp-Epm e filiado à Sociedade Brasileira para o Desenvolvimento da Pesquisa em Cirurgia [Sobradpec], cuja finalidade é acompanhar e realizar apreciação crítica da litera-tura científica da área da Cirurgia.

A função essencial da linguagem é a da comunica-ção2. A parte da linguagem geral dedicada à ciência,

denomi-na-se linguagem científica. Uma das suas subdivisões é a linguagem médica, com dois setores primordiais: o da redação e o da terminologia ou nomenclatura3.

Escrever significa representar por meios de caracteres, os quais nem sempre cumprem a índole do idioma e muitas vezes não constam dos nossos dicionários. Já, redi-gir é exprimir por escrito aquilo que se concebe e se deseja externar, isto é, colocar em forma literária o pensamento. Redi-gir exige esmero, aprimoramento e refinamento.

Cada setor do conhecimento tem a sua nomenclatu-ra particular. A terminologia ou nomenclatunomenclatu-ra é um nomenclatu-ramo técni-co e especializado da linguagem médica. Por exemplo, a Nomina Anatomica (em latim) é internacional, preparada pela Comis-são Internacional da Nomenclatura Anatômica e que tem a versão para o idioma português pela Sociedade Brasileira de Anatomia4.

Normalizar é salutar. Evita angústias e confusões, principalmente quando a normalização é consenso e univer-sal5.A adoção e o cumprimento das normas editoriais e

bibli-ográficas, seguindo padrões já estabelecidos, são imprescin-díveis para aperfeiçoar o registro, a recuperação e o uso da informação publicada6.

Por iniciativa do seu Editor, a Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões passa a contar, a partir deste número, com uma seção dedicada exclusivamente à Comunicação Ci-entífica.

O objetivo principal dessa nova Seção é realizar uma avaliação da forma da apresentação da comunicação científi-ca, investigando os problemas existentes e propondo solu-ções. Por suas características, essa Seção será multidisciplinar, recebendo contribuições de médicos, cirurgiões e não-cirur-giões, e de outros profissionais das mais variadas áreas.

Como primeira contribuição da nova Seção, tem-se a tradução “Normas para Manuscritos Submetidos às Revistas Biomédicas: Escrita e Edição da Publicação Biomédica” ou, simplesmente, Normas de Vancouver. Nessa belíssima cida-de, em 1978, um pequeno grupo de editores de revistas médi-cas se encontrou informalmente, a fim de estabelecer diretri-zes para o formato dos manuscritos submetidos às suas re-vistas. O grupo ficou conhecido como o Grupo de Vancouver. Suas normas para os manuscritos, inclusive com os formatos das referências elaborados pela Biblioteca Nacional de Medi-cina, foram publicados, pela primeira vez, em 1979. O Grupo de Vancouver se expandiu e se tornou o Comitê Internacional dos Editores de Revistas Médicas (CIERM), que se reúne anualmente6.

Parabéns, Senhor Editor, por essa iniciativa pionei-ra. Colegas, leiam e contribuam. Vida longa para a seção Comunicação Científica da Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões!

REFERÊNCIAS

1. Goldenberg S. Núcleo de Comunicação Científica em Cirurgia [NCCC] e Núcleo dos Amigos da Cirurgia Experimental [NACE] da SOBRADPEC [editorial]. Acta Cir Bras. 2002;17(2):87-8. 2. Becker I. Terminologia cirúrgica. In: Goldenberg S, Bevilacqua RG, editores. Bases da cirurgia. 2ª ed. São Paulo: EPU; 1981. p. 5-11.

3. Guimarães CA. A Língua Portuguesa na Medicina. In:

Goldenberg S, Guimarães CA, Castro AA, editores. Elaboração e apresentação de comunicação científica. São Paulo; 2001. Disponível em: http://www.metodologia.org/gramatica_2.pdf 4. Terminologia Anatômica. São Paulo: Manole; 2001.

5. Goldenberg S. Normalizar é salutar [editorial]. Acta Cir Bras.2000;15(2); doi: 10.1590/S0102-86502000000200001 6. International Committee of Medical Journal Editors. Uniform

Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals: Writing and Editing for Biomedical Publication. Fev 2006. Disponível em: http://www.icmje.org/

1. Fundador e Editor Chefe da Revista Acta Cirúrgica Brasileira; Líder do Grupo de Pesquisa Núcleo de Comunicação Científica em Cirurgia do CNPq.

Referências

Documentos relacionados

ajuizou AÇÃO CAUTELAR contra GLACIR GOMES, também qualificado nos autos, relatando que realizou reunião na sede da Secretaria de Saúde em 30 janeiro de 2014, tendo convidado

MELO NETO e FROES (1999, p.81) transcreveram a opinião de um empresário sobre responsabilidade social: “Há algumas décadas, na Europa, expandiu-se seu uso para fins.. sociais,

Crisóstomo (2001) apresenta elementos que devem ser considerados em relação a esta decisão. Ao adquirir soluções externas, usualmente, a equipe da empresa ainda tem um árduo

Os gerentes precisam decidir se atribuirão apenas os custos privados, ou se todos os custos sejam atribuídos (custo total). Depois, precisam decidir usar uma abordagem por função

Ainda nos Estados Unidos, Robinson e colaboradores (2012) reportaram melhoras nas habilidades de locomoção e controle de objeto após um programa de intervenção baseado no clima de

Além disso, esse indicador pode ser desdobrado com a apuração dos custos comprometidos de cada empreendimento (CTE – FTE), tendo assim o gestor a informação de

Para a validação do código Ecoterra foi considerado como georreferenciamento padrão de latitude e longitude a precisão de milésimo de minuto para que, por meio de

Prestar atendimento médico a pacientes nos ambulatórios, e/ou em regime de plantão, nos serviços de pronto atendimento ou em outras unidades de saúde do Município, nos aspectos