Fármacos utilizados no
tratamento de
HORMONAS SEXUAIS
Terapêutica hormonal de substituição
Contracetivos
Progestagénios
Androgénios e anabolizantes
ESTIMULANTES DA OVULAÇÃO
ANTI-HORMONAS
Antiestrogénios
Antiprogestagénios
Antiandrogénios
Mulheres histerectomizadas: estrogénios
– estradiolMulheres com útero: estrogénios e progestagénios
– ciproterona + valerato de estradiol, didrogesterona + estradiol, dienogest + valerato de estradiol, drospirenona + estradiol, gestodeno + estradiol, levonorgestrel + estradiol, noretisterona + estradiol, medroxiprogesterona + valerato de estradiol, norgestrel + valerato de estradiol, tibolonaSinais e sintomas de início rápido:
Sintomas vasomotores (afrontamentos, suores noturnos, enxaquecas)
Alterações de humor (letargia, depressão, desordens de pânico)
Distúrbios do sono (insónia)
Sintomas urinários (infeções urinárias recorrentes, incontinência urinária)
Sinais e sintomas de início intermédio:
Sintomas genitais (atrofia vulvar e vaginal, dispaneuria)
Perda de densidade óssea (osteopenia)
Artralgias e mialgias
Alterações da pele (perda de elasticidade, desidratação, diminuição da espessura)
Alterações dos pêlos (alopécia, hirsutismo)
Doenças de instalação mais tardia: Osteoporose
Doença cardiovascular (doença coronária, AVC, tromboembolismo venoso)
Interrupção permanente da menstruação (12 meses
contínuos de amenorreia), causada pela perda da
sensibilidade dos folículos ováricos (> 50 anos…).
+
ESTROGÉNIO
PROGESTAGÉNIO
Regime cíclico – doses diárias de estrogénio com o
progestagénio durante 10 a 14 dias do ciclo de 21 dias com 7 dias de descanso
Regime contínuo – doses diárias iguais de estrogénio com o
progestagénio
Regime sequencial contínuo – doses diárias de estrogénio com
valerato de estradiol
ciproterona
(10 dias em 21)dienogest
(28 dias em 28)medroxiprogesterona
(10 dias em 21)norgestrel
(10 dias em 21)estradiol
didrogesterona
(14 dias em 28)drospirenona
(28 dias em 28)gestodeno
(12 dias em 28)levonorgestrel
(12 dias em 28)noretisterona
(28 dias em 28) (10 em 28) (2 mg) (1-2 mg)tibolona
(2,5 mg)ESTROGÉNIO
Administração transdérmica (em mulheres histerectomizadas) Evita o metabolismo de 1ª passagem
estradiol
ESTROGÉNIO
estradiol, estriol
Formulações vaginais para alívio dos sintomas resultantes da atrofia vaginal pós-menopausa (sem efeito sistémico)
Hemorragias irregulares (E+P)
Tensão mamária (E dose elevada)
Efeitos adversos daTHS
Doença cardiovascular:
-
doença cardíaca coronária
-
acidente vascular cerebral
-
tromboembolismo venoso
Aumento do risco de:
-
cancro da mama
-
cancro do endométrio
Androgénios e anabolizantes
Mesterolona
Nandrolona
Testosterona
Indicações clínicas dos androgénios e anabolizantes
Terapêutica de substituição no hipogonadismo primário
(produção testicular deficiente das hormonas androgénicas)
(testosterona, mesterolona)
Doping
(“esteróides anabolizantes”)
(nandrolona)
Cancro da mama
Osteoporose
Anemias aplásticas
Inibição da secreção das gonadotrofinas...
Efeitos virilizantes
Efeitos tóxicos (edema, hepatite colestática,
peliose hepática, carcinoma hepático...)
ESTIMULANTES DA OVULAÇÃO
Folitropina alfa
(FSH humana recombinante) Folitropina beta
(FSH humana recombinante) Gonadotropina coriónica
(LH) Lutropina alfa
(FSH e LH) Menotropina
(FSH e LH)Indicações clínicas das gonadotropinas
Infertilidade por anovulação (mulher)
Desenvolvimento
multifolicular
na
procriação
medicamente assistida (mulher)
Oligospermia
com
origem
em
insuficiência
hipotalâmico-hipofisária (homem)
Hipogonadismo (adolescentes)
Ovulações múltiplas
Quistos ováricos
Reações alérgicas
Ginecomastia nos adolescentes
Edemas
Cefaleias
ANTI-HORMONAS
Antiestrogénios
– clomifeno, tamoxifeno
Antiprogestagénios
– mifepristonaAntiestrogénios
Antagonistas/agonistas parciais dos recetores estrogénicos
Inibidores da síntese dos estrogénios (inibidores da aromatase)
Clomifeno, tamoxifeno, raloxifeno
Antagonistas/agonistas parciais dos recetores estrogénicos
Clomifeno
– indutor da ovulação
Tamoxifeno
– terapêutica do cancro da mama
Perturbações visuais
Hiperestimulação ovárica
Endometriose
Náuseas e vómitos
Depressão
Afrontamentos
Insónia
Cefaleias
Aumento de peso
Queda de cabelo
Tromboembolismo venoso
Existem subtipos de
recetores diferentes
para os estrogénios...
Antiprogestagénios
Mifepristona
Antagonista competitivo da progesterona
Antagonistas dos recetores dos androgénios
Inibidores da 5
-redutase tipo II (que converte a
testosterona em dihidrotestosterona)
Ciproterona, flutamida / finasterida
Ciproterona
– contraceção; terapêutica do cancro da próstata
Flutamida
– terapêutica do cancro da próstata
FÁRMACOS QUE ATUAM NO OSSO E NO
METABOLISMO DO CÁLCIO
Fragilidade óssea devida a baixa
massa óssea e deterioração do
tecido ósseo, conduzindo a um
aumento do risco de fraturas.
Score T > -1 Massa óssea normal Score -2,5 < T < -1 Osteopenia
Terapêutica não-farmacológica
–
vida ativa, exercício físico, restrição do tabaco e do café (aumenta a excreção de cálcio), dieta equilibrada (cálcio, vitamina D e restrição de substâncias osteoporóticas). Calcitonina
Vitamina D
– alfacalcidol, calcifediol, calcitriol, colecalciferol, paricalcitol Bifosfonatos
– ácido alendrónico, ácido ibandrónico, ácido zoledrónico, risedronato de sódio Raloxifeno
Ranelato de estrôncio
Teriparatida
A calcitonina é uma hormona secretada pelas células
parafoliculares da tiróide que tem uma ação essencialmente hipocalcemiante:
Diminuição da reabsorção óssea pelos osteoclastos
Aumento da formação óssea pelos osteoblastos
Aumento da excreção renal de cálcio e fosfato
Calcitonina
Calcitonina de salmão, (calcitonina humana)
Indicações clínicas da calcitonina
Osteoporose (2ª linha)
Doença de Paget (actividade osteoclástica muito intensa)
Hipercalcémia (doença maligna)
Hiperparatiroidismo
Hipercalcémia idiopática na criança
Intoxicação por vitamina D
Metastases ósseas
Via parentérica (i.m. ou s.c.) Via nasal
Cálcio e vitamina D
Vitamina D2 = calciferol = ergocalciferol (dieta)
Vitamina D3 = colecalciferol (sintetizada na pele a partir da irradiação U.V. do 7- desidrocolesterol)
Calcitriol (vitamina D ativa)
Estimulação da absorção intestinal de cálcio e fosfato
Efeitos na remodelação óssea
Diminuição da excreção renal de cálcio e fosfato
Colecalciferol Calcifediol Calcitriol
Alfacalcidol, calcifediol, calcitriol, colecalciferol, paricalcitol
Indicações clínicas da vitamina D
Osteoporose (2ª linha)
Raquitismo
Osteomalácia
Osteodistrofia renal (IR crónica)
Bifosfonatos
Efeitos na mineralização do osteóide:
devido à sua forte analogia com o pirofosfato, inibem a deposição de sais de cálcio na matriz orgânica
dada a sua estrutura química, fixam-se avidamente aos cristais de hidroxiapatite, integrando-se na estrutura do osso onde permanecem durante anos
Inibição da reabsorção óssea osteoclástica:
modificam as propriedades da membrana celular dos osteoclastos, inibindo quase imediatamente a sua capacidade de reabsorção
reduzem a diferenciação das células precursoras em osteoclastos adultos
Ác. alendrónico, ác. ibandrónico, ác. zoledrónico, risedronato de sódio
Indicações clínicas dos bifosfonatos
Osteoporose pós-menopáusica
Doença de Paget
Hipercalcémia (doença maligna)
Complicações metabólicas ósseas de neoplasias (ácido zoledrónico)
Ácido alendrónico
– 10 mg/dia ou 70 mg/semana
Ácido ibandrónico
– 150 mg/mês
Risedronato de sódio
– 5 mg/dia ou 35 mg/semana
Ácido zoledrónico
– perfusão endovenosa única na
doença de Paget ou perfusão endovenosa anual de 5 mg
na osteoporose pós-menopáusica
o
Fraca absorção oral (1-5%), ainda mais diminuída na
presença de alimentos (devem ser tomados em jejum)
o
Semivida plasmática curta mas longa duração de ação,
funcionando o osso como um reservatório
o
Eliminação na forma inalterada pelo rim
Sintomas gastrointestinais (perfuração da mucosa esofágica)Raloxifeno
Agonista dos recetores dos estrogénios ósseos (e
cardiovasculares, mas antagonista na mama e no útero),
promovendo um aumento da densidade mineral óssea
Indicações clínicas do raloxifeno
Osteoporose pós-menopáusica
Ranelato de estrôncio
Estimulação dos osteoblastos e
inibição dos osteoclastos
Indicações clínicas do ranelato de estrôncio
Osteoporose pós-menopáusica (2 g / dia, ao deitar) Náuseas e diarreia Cefaleias Tromboembolismo venoso Reações de hipersensibilidade
Teriparatida
Análogo da hormona paratiróide que leva à
diminuição da apoptose dos osteoblastos e ao
aumento da formação óssea
Indicações clínicas da teriparatida
Osteoporose pós-menopáusica grave (adm. subcutânea diária, até máx. de 18 meses)
Sintomas gastrointestinais
Hipotensão postural
Terapêutica hormonal de substituição
Os estrogénios diminuem o recrutamento e a
atividade dos osteoclastos, inibem a paratormona
perifericamente, aumentam as concentrações de
calcitriol e a absorção intestinal de cálcio e
diminuem a excreção renal de cálcio
O risco parece não compensar o benefício no que respeita apenas à prevenção da osteoporose