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O efeito da aplicação do SNC no Capital Próprio em empresas do Setor Agrícola.

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O efeito da aplicação do SNC no Capital Próprio em empresas do Setor Agrícola.

António José Rodrigues Monteiro

Professor Doutor José Manuel Pereira

Dissertação apresentada ao Instituto Politécnico do Cávado e do Ave para a obtenção do Grau de Mestre em Auditoria.

Dezembro 2013.

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O efeito da aplicação do SNC no Capital Próprio em empresas do Setor Agrícola.

António José Rodrigues Monteiro

Professor Doutor José Manuel Pereira

Dissertação apresentada ao Instituto Politécnico do Cávado e do Ave para a obtenção do Grau de Mestre em Auditoria.

Dezembro 2013.

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Nome

António José Rodrigues Monteiro

Endereço eletrónico: ajr.monteiro@gmail.com

Tel./Telem.: 964468945

Número de Bilhete de Identidade: 11542199

Título da Dissertação X / Trabalho

O efeito da aplicação do SNC no Capital Próprio em empresas do Setor Agrícola.

Orientador:

Professor Doutor José Manuel Pereira

Ano de Conclusão:

2013

Designação do Mestrado:

Mestrado de Auditoria

Nos exemplares das Dissertações de Mestrado ou de outros trabalhos entregues para prestação de Provas Públicas, e dos quais é obrigatoriamente enviado exemplares para depósito legal, deve constar umas das seguintes declarações:

1. É AUTORIZADA A REPRODUÇÃO INTEGRAL DESTA DISSERTAÇÃO APENAS PARA EFEITOS DE INVESTIGAÇÃO, MEDIANTE DECLARAÇÃO ESCRITA DO INTERESSADO, QUE A TAL SE COMPROMETE;

2. É AUTORIZADA A REPRODUÇÃO PARCIAL DESTA DISSERTAÇÃO, APENAS PARA EFEITOS DE INVESTIGAÇÃO, MEDIANTE DECLARAÇÃO ESCRITA DO INTERESSADO, QUE TAL SE COMPROMETE;

3. DE ACORDO COM A LEGISLAÇÃO EM VIGOR, NÃO É PERMITIDA A REPRODUÇÃO DE QUALQUER PARTE DESTA DISSERTAÇÃO.

Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, 03/12/2013.

Assinatura: ________________________________________________

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i RESUMO

O processo de Harmonização Contabilística é um processo que surge em consequência do processo de Globalização da Economia. Com a evolução do comércio global, exige-se que a informação contabilística seja mais uniforme entre os diversos países/continentes, para que os utilizadores dessa informação possam tomar as melhores decisões.

Em Portugal, o referido processo tem sido influenciado pela regulamentação produzida a nível europeu. Fruto desta influência, a partir de 01 de janeiro de 2005 as empresas cotadas em bolsa ficaram obrigadas a aplicar as International Accounting Standards/International Financial Reporting Standards (IAS/IFRS) e as Standing Interpretations Committee/International Financial Reporting Interpretations Committee (SIC/IFRIC), de acordo com o Regulamento 1606/CE/2002.

Em 2003, a CNC elaborou um projeto de linhas de orientação para um novo modelo de normalização contabilística, documento que serviria de base ao Projeto do novo Sistema de Normalização Contabilística (SNC), tendo o novo SNC entrado em vigor em 1 de janeiro de 2010.

É, pois, dentro destas alterações introduzidas no normativo contabilístico nacional que se desenvolve este estudo, que tem como principal objetivo analisar e quantificar os impactos sobre o Capital Próprio, decorrentes da adoção do SNC em empresas do setor agrícola. Para o efeito utilizamos uma amostra de 6980 empresas do referido setor.

Dos resultados obtidos concluímos que 4910 empresas, o que representa 70,34% do total, apresentaram alterações no Capital Próprio. A rubrica Reserva foi aquela que mais vezes sofreu variações, tendo sido alterada no Balanço de 4008 empresas. As alterações no Capital Próprio têm impacto nos rácios de Solvabilidade Financeira e Autonomia Financeira. Uma análise desses indicadores permitiu-nos concluir que, em termos de Solvabilidade Financeira, 6,32 % das empresas (441) pioraram a sua situação, 81,15 % (5664) mantiveram-na inalterada e 6,72 % (469) melhoraram a sua Solvabilidade Financeira. Relativamente à Autonomia Financeira as variações foram menos significativas, pois 99,07 % (6915 empresas) mantiveram inalterado o seu desempenho, 0,11 % (8 empresas) pioraram a sua situação relativamente ao presente indicador e 0,19 % (13 empresas) melhoraram. No entanto, estes indicadores de equilíbrio financeiro devem ser analisados num contexto de transição, uma vez que não se verificou um real aumento ou diminuição da estrutura de Capitais Próprios destas empresas, mas apenas uma nova reconfiguração contabilística.

Palavras-chave: Harmonização Contabilística, Plano Oficial de Contabilidade (POC), Sistema de Normalização Contabilística (SNC), Capital Próprio.

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ii ABSTRACT

The Accounting Harmonization process appears as a result of the economic globalization process. The evolution of global trade requires that the information regarding accounting is more uniform across countries / continents, so that its users may take better decisions.

In Portugal, this process has been influenced by the legislation produced at European level. As a result, since 1st January 2005 the listed companies were required to employ the International Accounting Standards/International Financial Reporting Standards (IAS/IFRS) and Standing Interpretations Committee/International Financial Reporting Interpretations Committee (SIC/IFRIC), according to Regulation (EC) No 1606/2002. In 2003, the CNC created draft guidelines for a new model of accounting standardization, in which its document t served as the basis for the Project of the new Accounting Normalization System (SNC), which entered into force on 1st January 2010.

Therefore, this study emerges due to these modifications in our national accounting standards and its aim is to analyze and quantify the impacts on equity capital arising from the adoption of the SNC in agricultural enterprises. Thus, a sample of 6.980 companies of that sector was used.

The results demonstrate that 4910 companies (70.34 % of the total) reveal changes in Equity. The Reserve was the one which suffered more variations, changed in the Balance of 4008 companies. These changes in Equity have an impact in Financial Solvency and Financial Autonomy ratios. An analysis on these indicators allowed us to conclude that in terms of Financial Solvency , 6.32 % of the businesses (441) worsened their situation , 81.15 % (5.664) remained unchanged at 6.72 % and (469) improved their Financial Solvency . Regarding Financial Autonomy, the results were less significant; 99.07 % (6.915 companies) remained unchanged, 0.11

% (8 companies) worsened their situation considering the present indicator and 0.19 % (13 companies) improved. However, these indicators of financial stability must be analyzed in a context of transition, since there was no real increase or decrease in the structure of Equities of these companies but a mere accounting reconfiguration.

Keywords: Accounting harmonization, National Plan of Accounts (POC), Accounting Normalization System (SNC), Equity.

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iii AGRADECIMENTOS

À minha família, especialmente à minha esposa e filhos, que perderam muitas horas de convívio em família dado o empenhamento necessário para a realização desta tese.

Aos meus pais e irmãs, pela força que sempre me deram para que este objetivo fosse atingido.

Aos meus camaradas, que de maio a novembro de 2013, no Teatro de Operações do Afeganistão, perderam momentos de convívio e de sã camaradagem, e sempre me motivaram para que a dissertação tomasse forma, especialmente ao Tenente-Coronel Mascarenhas, Capitão Borges, 1º Tenente Fulgêncio e Tenente Monteiro.

Aos meus amigos, pela amizade e apoio, mesmo que tenham muitas vezes sido

“preteridos” em prol desta dissertação.

À Maria Lima e ao José Neto pelo companheirismo, amizade e ajuda no desenvolvimento deste trabalho.

À Inês Costa pela leitura atenta deste trabalho, bem como pela crítica ao mesmo.

Ao Sr. Professor Doutor José Manuel Pereira pela ajuda, amizade e toda a orientação prestada na elaboração desta dissertação.

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iv LISTA DE SIGLAS

ABDR – Anexo ao Balanço e Demonstração dos Resultados

BADF – Bases para a Apresentação de Demonstrações Financeiras CE – Comissão Europeia

CEE – Comunidade Económica Europeia

CESR – Committee of European Securities Regulators CLC – Certificação Legal de Contas

CNC – Comissão de Normalização Contabilística CRL – Cooperativa de Responsabilidade Limitada CSC – Código das Sociedades Comerciais DC – Diretriz Contabilística

DF’s – Demostrações Financeiras DL – Decreto-Lei

EC – Estrutura Conceptual EPS – Earnings Per Share

ESNL – Entidades do Setor Não Lucrativo

GAAP – Generally Accepted Accounting Principles IAS – International Accounting Standards

IASB – International Accounting Standards Board IASC – International Accounting Standards Committee

IFRIC – International Financial Reporting Interpretations Committee IFRS – International Financial Reporting Standards

IOSCO – International Organization of Securities Commissions MDF – Modelo de Demonstrações Financeiras

MEP – Método de Equivalência Patrimonial

NC-ESNL – Norma Contabilística – Entidades do Setor Não Lucrativo NCRF – Norma Contabilística e de Relato Financeiro

NCRF – PE – Norma Contabilística e de Relato Financeiro – Pequenas Entidades NI – Notas Interpretativas

NIC – Normas Internacionais de Contabilidade NIRF – Normas Internacionais de Relato Financeiro PCGA – Princípios Contabilísticos Geralmente Aceites PER – Price Earnings Ratio

PME – Pequenas e Médias Empresas POC – Plano Oficial de Contabilidade PSI - Portuguese Stock Index

ROA – Return On Assets ROE – Return On Equity

SIC – Standing Interpretations Committee

SGPS – Sociedades de Gestão de Participações Sociais

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v SNC – Sistema de Normalização Contabilística

UE – União Europeia

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vi ÍNDICE

RESUMO ... i

ABSTRACT ... ii

AGRADECIMENTOS ... iii

LISTA DE SIGLAS ... iv

1. INTRODUÇÃO ... 1

2. DA HARMONIZAÇÃO CONTABILÍSTICA AO SISTEMA DE NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA ... 3

2.1.NECESSIDADE DE HARMONIZAÇÃO ... 3

2.2. O PROCESSO DE HARMONIZAÇÃO CONTABILÍSTICA DO IASB ... 3

2.3. O PROCESSO DE HARMONIZAÇÃO CONTABILÍSTICA EUROPEU ... 5

2.4.O SURGIMENTO DO SISTEMA DE NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA (SNC) ... 6

2.5. ÂMBITO DE APLICAÇÃO DO SNC... 7

2.6. ESTUDOS SOBRE TRANSIÇÃO / IMPLEMENTAÇÃO DAS IAS/IFRS ... 8

2.7.ANÁLISE DAS DIFERENÇAS E ALTERAÇÕES ENTRE OS NORMATIVOS CONTABILÍSTICOS: POC, IAS/IFRS E SNC ... 15

2.8. ALTERAÇÕES SIGNIFICATIVAS POC – SNC – IAS/IFRS ... 24

2.9. APLICAÇÃO DA NORMA TRANSITÓRIA (NCRF 3) ... 28

3. PARTE EMPÍRICA ... 37

3.1. METODOLOGIA ... 37

3.2. DESCRIÇÃO DA AMOSTRA ... 37

3.3.ANÁLISE DO ATIVO ... 38

3.4. ANÁLISE DO PASSIVO ... 48

3.5. ANÁLISE DO CAPITAL PRÓPRIO ... 54

3.6.ANÁLISE DE RÁCIOS ... 56

4. CONCLUSÃO ... 59

5. BIBLIOGRAFIA ... 61

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vii ÍNDICE DE QUADROS

Quadro 1: IAS/IFRS que estiveram na origem das NCRF ... 16

Quadro 2: Quadro de Contas POC vs SNC ... 17

Quadro 3: Demonstrações Financeiras POC vs SNC ... 18

Quadro 4: Características qualitativas POC vs SNC ... 19

Quadro 5: Estrutura do Balanço POC vs SNC ... 21

Quadro 6: Estrutura da Demonstração dos Resultados (Classe 6) POC vs SNC ... 22

Quadro 7: Estrutura da Demonstração dos Resultados (Classe 7) POC vs SNC ... 23

Quadro 8: Principais diferenças entre o POC, SNC e as IAS/IFRS ... 24

Quadro 9: Exemplos de Reconhecimento, Desreconhecimento, Reclassificação e Mensuração. ... 30

ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1: Datas relevantes na transposição do POC para o SNC ... 35

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viii ÍNDICE DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Comparação entre o Ativo Fixo Tangível e o Imobilizado Corpóreo ... 39 Gráfico 2: Comparação entre o Ativo Fixo Tangível e o Imobilizado Corpóreo, em termos percentuais ... 39 Gráfico 3: Análise do Máximo, Mínimo, Média e Desvio Padrão das diferenças entre as rubricas Ativo Fixo Tangível e o Imobilizado Corpóreo ... 40 Gráfico 4: Comparação entre o Ativo Intangível e o Imobilizado Incorpóreo ... 40 Gráfico 5: Comparação entre Outros Ativos e Outro Imobilizado ... 41 Gráfico 6: Comparação entre Outros Ativos e Outro Imobilizado, em termos percentuais 41 Gráfico 7: Análise do Máximo, Mínimo, Média e Desvio Padrão das diferenças entre as rubricas Outros Ativos e Outros Imobilizados ... 42 Gráfico 8: Comparação entre Total do Ativo Não Corrente, e o Total do Imobilizado ... 42 Gráfico 9: Comparação entre Total do Ativo Não Corrente e o Total do Imobilizado, em termos percentuais ... 43 Gráfico 10: Análise do Máximo, Mínimo, Média e Desvio Padrão das diferenças entre as rubricas Total do Ativo Não Corrente e o Total do Imobilizado ... 43 Gráfico 11: Comparação entre Ativo Corrente e o Ativo Circulante ... 44 Gráfico 12: Comparação entre Ativo Corrente e o Ativo Circulante, em termos percentuais ... 44 Gráfico 13: Análise do Máximo, Mínimo, Média e Desvio Padrão das diferenças entre as rubricas Total do Ativo Não Corrente e o Total do Imobilizado ... 45 Gráfico 14: Comparação entre Inventários e Existências. ... 45 Gráfico 15: Comparação entre Inventários e Existências, em termos percentuais ... 46 Gráfico 16: Análise do Máximo, Mínimo, Média e Desvio Padrão das diferenças entre as rubricas de Inventários e Existências. ... 46 Gráfico 17: Comparação entre o Ativo no SNC e o Ativo no POC ... 47 Gráfico 18: Comparação entre o Ativo no SNC e o Ativo no POC, em termos percentuais ... 47 Gráfico 19: Análise do Máximo, Mínimo, Média e Desvio Padrão das diferenças entre o Ativo no SNC e o Ativo do POC ... 48 Gráfico 20: Comparação entre o Total do Passivo Não Corrente e o Total do Passivo MLP ... 49 Gráfico 21: Comparação entre o Total do Passivo Não Corrente e o Total do Passivo MLP, em termos percentuais ... 49

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ix Gráfico 22: Análise do Máximo, Mínimo, Média e Desvio Padrão das diferenças entre o Total do Passivo Não Corrente e o Total do Passivo MLP ... 50 Gráfico 23: Comparação entre Financiamentos Obtidos Não Correntes e as Dívidas a Terceiros de MLP ... 50 Gráfico 24: Comparação entre Financiamentos Obtidos Não Correntes e as Dividas a Terceiros de MLP, em termos percentuais ... 51 Gráfico 25: Análise do Máximo, Mínimo, Média e Desvio Padrão das diferenças entre os Financiamentos Obtidos Não Correntes e as Dívidas a Terceiros de MLP ... 51 Gráfico 26: Comparação entre as rubricas de Provisões no SNC e no POC ... 52 Gráfico 27: Comparação entre as rubricas de Financiamentos Obtidos e Dívidas

Financeiras ... 52 Gráfico 28: Comparação entre o Total do Capital Próprio e do Passivo, entre o atual normativo e o anterior normativo ... 53 Gráfico 29: Comparação entre o Total do Capital Próprio e do Passivo, entre o atual normativo e o anterior normativo, em termos percentuais ... 53 Gráfico 30: Análise do Máximo, Mínimo, Média e Desvio Padrão das diferenças entre o Capital Próprio e Passivo na transição do POC para o SNC ... 54 Gráfico 31: Gráfico representativo das rubricas que contribuíram para as alterações no Capital Próprio, na passagem do POC para o SNC ... 55 Gráfico 32: Gráfico que traduz as percentagens das rubricas que originaram alterações no Capital Próprio, com a passagem do POC para o SNC ... 56 Gráfico 33: Alteração no rácio de Solvabilidade Financeira na passagem do POC para o SNC, em termos percentuais... 58 Gráfico 34: Alteração no rácio de Autonomia Financeira na passagem do POC para o SNC, em termos percentuais... 58

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1 1. INTRODUÇÃO

Desde a criação da Comunidade Económica Europeia (CEE), agora designada União Europeia (UE), que se têm tentado uniformizar procedimentos contabilísticos, com o “objetivo de incrementar a comparabilidade, a compreensibilidade e a relevância e fiabilidade” (Pires, 2010:25) da informação contida nas Demonstrações Financeiras (DF’s). Para se alcançarem estes objetivos, foram publicadas as Diretivas 78/660/CEE e 83/349/CEE, vulgarmente designadas por 4ª e 7ª Diretivas, respetivamente. A 4ª Diretiva tinha como objetivo harmonizar o conteúdo das contas anuais das empresas. Por outro lado, a 7ª Diretiva tinha como objetivo harmonizar as contas anuais consolidadas. No entanto, com a transposição destas para a legislação de cada país, os resultados obtidos não produziam os efeitos desejados, devido a diversos fatores, dos quais se destacam o meio económico, o meio social ou meio legal de cada um dos países.

Verificando-se que os objetivos não tinham sido alcançados, a UE estabelece um acordo com o Internacional Accounting Standard Board (IASB), de forma a transpor o normativo já desenvolvido por esta instituição, para o normativo europeu. A primeira iniciativa desta aproximação foi a de sujeitar as empresas cotadas em bolsa, a prepararem as DF’s, de acordo com as IAS/IFRS, adotadas pela UE, a partir de 01 de janeiro de 2005. Esta obrigação é vertida no Regulamento nº1606/2002, tendo este diploma efeito direto nos países membros da UE, sem ser necessária a transposição para os normativos dos países, como é o caso das Diretivas. A partir deste diploma, cada estado membro ficava comprometido a rever o seu normativo contabilístico, de forma a “ir de encontro aos princípios orientadores das IAS/IFRS” (Pires, 2010:1).

Em Portugal as alterações foram acompanhando as alterações na UE. A 1ª Versão do POC foi publicada através da Decreto-Lei nº47/77 de 07 de fevereiro. Em 1980 é criada a Comissão de Normalização Contabilística (CNC), através da Portaria nº 810/80 de 13 de outubro, constituindo-se como a entidade responsável pelo “aperfeiçoamento e a divulgação da normalização contabilística nacional” e, em 1986, fruto da adesão de Portugal à CEE, é efetuada a transposição da 4ª Diretiva para o normativo português, sendo publicado o Decreto-Lei nº 419/89, que implementa a 2ª versão do POC. Entre 1992 e 2007, a CNC assume um papel mais relevante, emitindo um conjunto interpretações ao POC (Diretrizes Contabilísticas e Normas Interpretativas).

Fruto do Regulamento nº1606/2002, a CNC iniciou o processo de estudo para transição para um novo sistema de normalização contabilística, que culminou em 2007 com o Projeto do Novo Sistema de Normalização Contabilística. Em 2009, é Publicado o Decreto-Lei 158/2009, que aprova o SNC. Este normativo está assente em princípios, e não em regras tal como acontecia no POC.

O atual modelo contabilístico apresenta um conjunto de novos procedimentos, alterando consequentemente a informação contida nas DF’s, sendo que é proposto neste trabalho analisar algumas dessas alterações. “É expectável que esta mudança de referencial contabilístico represente uma mudança substancial na forma de apresentação e divulgação do relato

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2 empresarial, dando origem a uma maior transparência e comparabilidade entre as empresas que atuam, quer no mercado nacional, quer no mercado internacional”. (Almeida e Albuquerque 2009:14)

Perante esta problemática, na elaboração deste trabalho, procuraremos analisar quais as principais alterações verificadas no Capital Próprio na transição para o novo normativo, numa amostra de 6980 empresas do setor agrícola.

Para tentar dar resposta a questão levantada, organizamos esta investigação em duas partes principais, para além da introdução e conclusão.

Na primeira parte efetuaremos uma análise ao processo de Harmonização Contabilística, que envolveu instituições internacionais como o IASB e a UE, bem como o processo de transição para o nosso país. Faremos uma revisão de literatura, focada em estudos realizados por autores estrangeiros e portugueses, sobre a transição para os novos normativos contabilísticos. Seguir-se- á uma sistematização das principais diferenças verificadas entre o POC, as IFRS e as NCRF, bem como a análise da NCRF 3 - Adoção Pela Primeira Vez das Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro, que assume um papel muito importante no processo de transição para o SNC.

Na segunda parte desta investigação, analisar-se-á quais as principais alterações no Capital Próprio, observadas na transição do POC para o SNC, numa amostra de 6.980 empresas nacionais do setor agrícola.

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3 2. DA HARMONIZAÇÃO CONTABILÍSTICA AO SISTEMA DE

NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA

2.1. NECESSIDADE DE HARMONIZAÇÃO

A globalização como processo de interação e integração entre as pessoas, empresas e governos de diferentes nações impulsionou, de forma significativa, a atividade económica internacional quer no volume de transações internacionais, quer na dimensão do investimento estrangeiro, incentivando a interdependência entre países e as suas economias.

A deslocalização de muitas empresas tornou-se uma realidade, acarretando muitos aspetos negativos, apesar de ter beneficiado muitas organizações multinacionais. O desenvolvimento dos mercados financeiros permitiu uma grande mobilidade dos seus capitais, significativa liquidez e facilidade de acesso aos diversos investidores.

Uma vez que a informação financeira era preparada para os diferentes utilizadores de acordo com um conjunto de princípios e procedimentos que diferiam de país para país, naturalmente que a comparabilidade das diversas DF’s tornava-se quase impossível ou com elevados custos associados. Para além do exposto, a elaboração de DF’s para o mesmo conjunto de transações, com base em normativos de diferentes países, proporcionava, frequentemente, grandes diferenças de resultados, o que em nada contribuía para a credibilização da informação contabilística como um todo.

Para Ding et al. (2005:3), o processo de harmonização contabilística tem como objetivos transmitir informação de qualidade aos seus utilizadores, de forma a garantir a eficiência dos mercados, reduzir o custo de produção de informação e transmitir uma imagem única e fiável para o mercado.

Estes são alguns dos motivos que impulsionaram a criação de normas e procedimentos contabilísticos que possam ser, cada vez mais, utilizados e aceites a nível internacional.

2.2. O PROCESSO DE HARMONIZAÇÃO CONTABILÍSTICA DO IASB

O IASB1, enquanto organismo internacional de normalização contabilística, foi fundado em 1973, por dezasseis organismos contabilísticos profissionais de nove países, com o objetivo de dar resposta à necessidade de harmonização contabilística a nível internacional. Para isso, elabora e difunde Normas Internacionais de Contabilidade - NIC (International Accounting Standards – IAS) e Normas Internacionais de Relato Financeiro – NIRF (International Financial

1 Inicialmente denominado IASC - International Accounting Standards Committee.

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4 Reporting Standards – IFRS2), e respetivas interpretações, cuja aceitação e aplicação a nível mundial tem sido crescente.

Ball (2006:6) e Choi e Meek (2005) enumeram algumas das vantagens de adoção das IFRS:

 Maior segurança e fiabilidade na informação para os investidores, dado que as IFRS são de fácil compreensão e mais rigorosas que as normas nacionais;

 Diminuição da assimetria de informação entre analistas e investidores, pois melhora a qualidade e compreensão de informação e reduz a procura a analistas especializados;

 Maior comparabilidade entre empresas de vários países, com a eliminação dos custos de processamento de informação;

 Proporciona o aumento da concorrência e a eficiência dos mercados.

O processo de Harmonização Contabilística do IASB desenvolveu-se ao longo de três etapas principais, que seguidamente faremos referência:

1) A PRIMEIRA ETAPA: PERÍODO DESCRITIVO

Nesta etapa, que durou de 1973 a 1988, o IASB teve uma postura essencialmente descritiva das práticas contabilísticas existentes nos diversos países, caracterizada pela elaboração de normas com várias alternativas e de elevada flexibilidade, ausência de definição de formatos de apresentação das DF’s e também a ausência de uma Estrutura Conceptual (EC). Esta postura deu origem a muitas críticas no panorama contabilístico internacional (Almeida, 2010).

2) A SEGUNDA ETAPA: PERÍODO NORMATIVO

Esta etapa, balizada entre 1989 e 1994, foi marcada pelo desenvolvimento de uma EC para a elaboração e apresentação das DF’s e pela implementação de um projeto de comparabilidade de melhoria da qualidade das suas normas.

3) A TERCEIRA ETAPA: ACORDO COM A IOSCO E REESTRUTURAÇÃO DO IASB

Nesta etapa, que se inicia em 1995, ano em que o IASB celebra um importante acordo com a International Organization of Securities Commissions3 (IOSCO) no sentido de rever e eliminar certas IAS, bem como elaborar outras sobre problemáticas não normalizadas.

Em maio de 2000 surge uma Resolução que torna pública a recomendação da IOSCO aos seus membros, a qual permite às empresas cotadas a utilização de (certas) IAS na preparação das suas DF’s, exigindo, quando necessário em determinadas jurisdições, alguns tratamentos suplementares.

2 A partir de 2001, na sequência de um processo de reestruturação do IASB, as normas emitidas pelo IASB passaram a ter designação de IFRS. Estão atualmente em vigor 41 IAS e 8 IFRS.

3 Organismo que regula os mercados de valores mobiliários a nível internacional.

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5 De igual modo, desde 1995, a UE delineou uma estratégia em prol da harmonização contabilística, que consistia em tornar as diretivas comunitárias em matéria de contabilidade (IV e VII Diretivas) compatíveis com as normas internacionais emitidas pelo IASB.

2.3. O PROCESSO DE HARMONIZAÇÃO CONTABILÍSTICA EUROPEU

O processo de harmonização contabilística no seio da UE desenvolveu-se ao longo de 3 etapas principais, às quais estão associados diferentes instrumentos legais de normalização:

 1ª Etapa: 1970-1995 (Diretivas Comunitárias);

 2ª Etapa: 1995-2000 (Comunicações: estratégica comunitária para harmonização);

 3ª Etapa: após 2000 (Regulamentos).

1) 1ª ETAPA: 1970-1995 (DIRETIVAS COMUNITÁRIAS)

O primeiro passo da estratégia comunitária, em sede de normalização contabilística, consistiu na emissão de Diretivas Comunitárias a serem introduzidas na legislação nacional de cada Estado Membro (no caso de Portugal, através de Decreto-Lei que aprova o POC). Destas diretivas destacam-se as IV e VII respeitantes às contas anuais e consolidadas de certos tipos de sociedades, respetivamente.

2) 2ª ETAPA: 1995-2000 (COMUNICAÇÕES)

Uma vez constatada a falta de eficiência das diretivas para alcançar a comparabilidade da informação financeira, procurou-se uma nova estratégia para a harmonização contabilística europeia, através da publicação de uma comunicação, em 1995: Harmonização Contabilística:

“Uma nova estratégia relativamente à harmonização internacional” COM 95 (508) PT. Com esta comunicação a Comissão Europeia incentiva a UE a participar no processo de harmonização internacional desenvolvido pelo IASB.

A verificação da (quase) compatibilidade IAS-Diretivas, associado ao passo dado pela IOSCO com a publicação da sua Resolução acerca do corpo normativo do IASB (recomendando aos seus membros que permitam o uso das IAS às empresas cotadas nos seus mercados), conduziu a um reforço da posição da UE face ao processo de harmonização contabilístico internacional. Deste modo, é emitida em 2000, uma nova comunicação “Estratégia da UE para o futuro em matéria de informações financeiras a prestar pelas empresas – COM (2000) 359 final PT”.

3) 3ª ETAPA: APÓS 2000 (REGULAMENTOS)

O segundo grande passo da estratégia de harmonização comunitária consistiu na aprovação, em julho de 2002, pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho do Regulamento (CE) nº

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6 1606/2002, de 19 de julho – (“Regulamento NIC”), relativo à aplicação das normas internacionais de contabilidade (IAS/IFRS e das SIC/IFRIC), a partir de 1 de janeiro de 2005.

Consequentemente, foi exigido às sociedades da UE cujos valores mobiliários são admitidos à cotação em mercados regulamentados, bem como a todas as sociedades que elaborem prospetos de ofertas públicas de valores mobiliários (isto é, empresas que preparam a sua admissão à cotação), a elaboração das suas contas consolidadas em conformidade com as NIC’s, o mais tardar a partir de 20054.

Existia ainda a possibilidade dos Estados Membros autorizarem ou exigirem às sociedades não cotadas, o mesmo conjunto de normas e sempre que possível também, para as contas individuais.

O terceiro grande passo da estratégia comunitária consistiu na aprovação da Diretiva 2003/51/CE (“Diretiva de Modernização”), que altera a VII diretiva e as diretivas 86/635/CEE e 91/764/CEE, no sentido de eliminar incoerências ainda existentes entre as diretivas e as Normas Internacionais de Contabilidade.

2.4. O SURGIMENTO DO SISTEMA DE NORMALIZAÇÃO CONTABILÍSTICA (SNC)

Na sequência do Regulamento n.º 1606/02, a CNC aprovou em 15 de janeiro de 2003 um

“Projeto de Linhas de Orientação de um Novo Modelo de Normalização Contabilística Nacional”, no qual propôs a aplicação do normativo do IASB (com as devidas adaptações) às restantes empresas não abrangidas pelo regulamento.

Tendo por base aquele Projeto, a CNC aprovou em julho de 2007 o novo “Sistema de Normalização Contabilística” (SNC), aprovado governamentalmente pelo Decreto-Lei (DL) n.º 158/2009, de 13 de julho, que revogou o POC e demais legislação complementar5, e que entrou em vigor a partir de 1 de janeiro de 2010.

Trata-se de um modelo baseado nas normas do IASB adotadas na UE, garantindo a compatibilidade com as Diretivas Contabilísticas Comunitárias, sendo por isso criadas as Normas

4 De acordo com Regulamento (CE) n.º 1725/2003 da Comissão, de 21 de setembro, devem ser adotadas todas as NIC’s vigentes em 14 de setembro de 2002, exceto a NIC 32 e a NIC 39 (relativas a instrumentos financeiros), e interpretações a elas conexas, em virtude das mesmas poderem sofrer alterações. Ao longo dos anos subsequentes foram surgindo vários Regulamentos (CE) relacionados com a adoção das IAS/IFRS na UE. Tal deve-se ao mecanismo de endorsement existente na UE, isto é, as normas do IASB não são automaticamente aceites pela UE; após apreciação do Comité de Regulamentação Contabilística as normas ou são aceites ou rejeitadas. Assim, podem resultar diferenças entre o texto emitido pelo IASB e o aprovado pela UE. Daí que ao invocar as IAS/IFRS se deva especificar se são emitidas pelo IASB ou aprovadas ao abrigo de um Regulamento (CE).

5 Durante a vigência do POC-89, foram publicadas 29 Diretrizes Contabilísticas e 5 Interpretações Técnicas (para além de alguns Decretos-lei, dos quais se destaca o DL n.º 35/2005, de 17 de fevereiro) que deixaram de vigorar desde de 1 de janeiro de 2010, com a entrada em vigor do novo SNC.

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7 Contabilísticas de Relato Financeiro (NCRF). É um modelo no qual se atende às diferentes necessidades de relato financeiro, pelo que foi criada uma norma destinada a entidades de pequena dimensão (Norma Contabilística e de Relato Financeiro para Pequenas Entidades (NCRF-PE)), com necessidades de relato mais reduzidas.

Foi ainda criado um regime de Normalização Contabilística para entidades do Setor Não Lucrativo (aprovado pelo DL 36-A/2011), que faz parte integrante do SNC.

O normativo contabilístico português passará, de uma forma autónoma, a contar com um regime especial simplificado de normas e informações contabilísticas aplicáveis às microentidades (regime aprovado pelo DL 36-A/2011), que não é parte integrante do SNC, ao contrário do regime aplicável às Entidades do Setor Não Lucrativo (ESNL), recorrendo contudo a conceitos e procedimentos contabilísticos enunciados no SNC.

Deste modo, Portugal passou a dispor de normativos contabilísticos distintos. Às empresas cujos valores mobiliários estejam admitidos à negociação num mercado regulamentado de qualquer Estado Membro da UE é aplicável o normativo contabilístico do IASB (NIC/NIRF e respetivas Interpretações) adotado na UE, por força do Regulamento 1606/2002.

Às restantes empresas (exceto do setor da banca e seguros) é aplicável o SNC (modelo geral), e como tal as NCRF e respetivas interpretações, se bem que as entidades de menor dimensão possam adotar a NCRF-PE compreendida no SNC. Ainda sob a alçada do SNC é criado um regime de normalização para as entidades do setor não lucrativo (NCRF-ESNL).

Operando de forma autónoma, mas com base em conceitos e procedimentos do SNC, é criado um regime de normalização para microentidades.

2.5. ÂMBITO DE APLICAÇÃO DO SNC

Nos termos dos n.ºs 1 e 2 do artigo 3º do Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de julho, o SNC é de aplicação obrigatória às seguintes entidades:

 Sociedades abrangidas pelo Código das Sociedades Comerciais;

 Empresas individuais reguladas pelo Código Comercial;

 Estabelecimentos individuais de responsabilidade limitada;

 Empresas públicas;

 Cooperativas;

 Agrupamentos complementares de empresas e agrupamentos europeus de interesse económico;

Entidades s/ fins lucrativos → NC-ESNL (aprovado pelo DL 36A-2011)

 Outras entidades, que por legislação específica, se encontrem sujeitas ao POC ou venham a estar sujeitas ao SNC.

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8 Analogamente ao que ocorria no n.º 5 do artigo 3º do Decreto-Lei n.º 410/89, de 21 de novembro (POC), o artigo 10º do Decreto-Lei que aprova o SNC prevê uma cláusula de dispensa da sua aplicação a pessoas que, exercendo a título individual qualquer atividade comercial, industrial ou agrícola, não realizem na média dos últimos três anos um volume de negócios superior a 150.000 €.

No artigo 9.º do Decreto-Lei que aprova o SNC, alterado pela Lei n.º 20/2010 de 23 de agosto, estabelecem-se as condições para que entidades de pequena dimensão possam optar por não aplicar o conjunto total de NCRF, mas apenas a NCRF-PE.

Em conformidade com o n.º 1 do artigo 9.º, as entidades que não ultrapassem dois dos três limites seguintes podem optar pela aplicação da NCRF-PE (cujas contas não estejam sujeitas obrigatoriamente a CLC e que não integrem o perímetro de consolidação de uma entidade que apresente DF´s consolidadas):

Total do balanço: 1.500.000€

Total das vendas líquidas e outros rendimentos: 3.000.000€

 Nº de trabalhadores empregados em média durante o exercício: 50.

Note-se que a adoção da NCRF-PE não é uma imposição, mas uma opção, podendo sempre as entidades, qualquer que seja a sua dimensão, aplicar o conjunto completo de NCRF.

2.6. ESTUDOS SOBRE TRANSIÇÃO / IMPLEMENTAÇÃO DAS IAS/IFRS

Ao analisarmos a harmonização contabilística na Europa, podemos concluir que esta ocorreu em duas fases distintas. A primeira ocorreu com a publicação do Regulamento 1606/2002, que obrigava as empresas cotadas dos Países Membros a utilizar as IFRS. A segunda fase ocorreu com a obrigatoriedade da implementação das referidas normas, mais tarde, a partir de 01 de janeiro de 2010.

Durante este período diversos autores tentaram perceber quais as alterações ocorridas com a transição para o novo modelo contabilístico. Dos vários trabalhos, faremos de seguida uma breve referência aos que foram mais citados na literatura sobre o tema.

Hung e Subramanyam (2004) estudaram as implicações da adoção das IAS na Alemanha, em substituição do Germany Accounting Rules, através da análise das Demonstrações Financeiras e dos principais Rácios. As principais conclusões deste estudo foram:

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9 a) Os Ativos Totais e o valor contabilístico do Capital Próprio, bem como as variações no book-

value6 e nos resultados, são significativamente superiores sob IAS/IFRS do que sob normas alemãs;

b) O book-value e os resultados não são mais relevante sob IAS/IFRS.

Estas variações foram justificadas pelas alterações da valorimetria, com a implementação do Justo Valor, bem como a passagem para um sistema menos conservador.

Neves (2004) desenvolveu um estudo onde realiza a comparação entre as IAS e as Accounting Standards na Europa e nos Estados Unidos da América, aplicadas ao setor imobiliário.

Desde logo o autor alerta para as diferenças verificadas na interpretação de dados: por exemplo, dependendo dos normativos em análise, poderemos obter classificações diferentes dos Ativos. O autor direcionou o estudo para análise de dois objetivos específicos principais: a forma de contabilização dos custos de bens imoveis e os valores do Ativos e as receitas obtidas dos imoveis.

Do estudo o autor conclui que as IAS têm aplicabilidade no setor imobiliário e possibilitam uma boa descrição contabilística neste setor, surgindo uma limitação que se prende com o facto de não ser expectável a aplicação uniforme das regras contabilísticas do IASB, proporcionado essencialmente pela abrangência das definições das IAS, nomeadamente relativa o método de valorização dos bens7, bem como pela possibilidade de capitalização dos custos de financiamento no valor do Ativo. O autor concluiu ainda que se verifica uma diferença considerável entre as Normas Contabilísticas em vigor em cada país, e as IAS, sendo mais relevante em países de corrente Roman Law 8(e.g. Alemanha, França e Portugal), do que países de corrente Common Law9(e.g. Inglaterra e Austrália).

Em Espanha, Perramon e Amat (2006) realizaram um estudo, onde efetuaram a primeira análise da implementação das IAS/IFRS, nas Demostrações Financeiras de empresas Espanholas, cotadas e não cotadas. A comparação entre as normas Espanholas e as IAS/IFRS levou a concluir que ocorreram alterações significativas nos Resultados Líquidos. Para esta conclusão contribuíram a contabilização do justo valor, do custo amortizado e da não amortização do goodwill. O novo normativo contabilístico (IAS/IFRS) introduziu alterações consideráveis, essencialmente provocadas pelos novos métodos de contabilização da capitalização de custos, benefícios de empregados e investimentos em empresas associadas.

6 Situação Liquida.

7 O IASB ressalva que a utilização do Custo Histórico é mais fiável e mais fácil de auditar, enquanto que por outro lado, o Justo Valor é mais significativo para os stackolders, uma vez que valoriza os bens ao valor de mercado.

8 Neste sistema as leis das sociedades e os códigos comerciais definem regras detalhadas para a Contabilidade e Relato Financeiro.

9 Este sistema define-se pela preocupação em definir soluções para casos específicos, em detrimento da formulação de regras gerais para o futuro.

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10 Alertam no entanto, não ser fiável efetuar uma extrapolação para outras empresas cotadas, uma vez que os testes empíricos realizados demonstraram uma grande variabilidade no Resultado Líquido, não sendo desta forma possível estabelecer um padrão. Este estudo leva os autores a concluir que a adoção das IAS/IFRS poderá influenciar de forma semelhante as empresas Espanholas, independentemente do seu tamanho e rentabilidade.

Com base num grupo de empresas do Reino Unido, Stenka et al. (2008) procuraram estudar o impacto das IAS/IFRS nesse território, tentando identificar quais as alterações ocorridas na rentabilidade da empresa, no seu património, bem como indagar as razões para estas alterações. Os autores concluíram que o Resultado Líquido sofreu alterações significativas, sendo estas provocadas pelas modificações contabilísticas introduzidas ao nível do goodwill.

Armstrong et al. (2008) realizaram um estudo onde observaram a reação do mercado europeu de ações, a um conjunto de dezasseis eventos relacionados com a adoção das IFRS.

Observaram resultados genericamente positivos, para empresas sedeadas em países de corrente continental. A explicação para este resultado reflete-se na forma como os utilizadores da informação, nomeadamente investidores, percebem os benefícios da implementação das IAS/IFRS, nomeadamente na maior qualidade da informação prestada, diminuição de informação divergente, uma aplicação mais exigente das normas e sua convergência a nível europeu.

Em Portugal, também se desenvolveram diversos estudos centrados sobre as Empresas Cotadas na Euronext, dos quais podemos destacar os de: Gomes, Serra e Ferreira (2005), Lemos (2006), Guerreiro (2006), Couto e Cordeiro (2006), Cordeiro, Couto e Silva (2007) e Costa e Lopes (2010).

No estudo realizado por Gomes, Serra e Ferreira (2005), foi analisada a forma como as empresas cotadas aplicaram a IAS 38, que versa acerca dos Ativos Intangíveis. Verificam que as empresas de serviços, relacionadas com o setor financeiro e telecomunicações, apresentam maiores índices de divulgações, justificados pelo facto de terem maiores investimentos em tecnologias, sistemas de informação e processos de gestão. A análise foi efetuada sobre as demonstrações financeiras de 200310, levando as autoras a concluir que as empresas em análise não demonstraram grande sensibilidade para o processo de harmonização contabilística, optando muitas delas, por continuar a aplicar o POC.

Guerreiro (2006) desenvolveu um estudo acerca do modo como as empresas Portuguesas cotadas, acompanharam a Recomendação do Commitee of European Securities Regulators (CESR), que no seguimento da publicação do Regulamento nº 1606/2002 da Comissão Europeia, encorajou a divulgação de informação quantitativa nas Demonstrações Financeiras de 2004.

Paralelamente procurou definir um estereótipo das empresas que apresentam maiores níveis de divulgação.

10 A utilização das contas de 2003 limita muito a análise, uma vez que as empresas cotadas, só foram obrigadas a aplicar as IAS a partir de 01 de janeiro de 2005.

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11 Relativamente ao primeiro objetivo, conclui que 15 empresas, representando 28% da amostra11, não seguiram a Recomendação da CESR (preferindo fornecer informação qualitativa sobre o impacto das IFRS) e as restantes 38 empresas, representando 72% da amostra, efetuaram divulgações de uma forma diversificada, embora de uma forma heterogenia. A autora utilizou a classificação de Aisbitt e Walton (2005), para classificação da informação divulgada.

Assim, considerou que apresentaram informação mínima12, 18 empresas; informação média13, 9 empresas; e informação detalhada14, 29 empresas.

Relativamente ao segundo objetivo proposto, a autora conclui que são as empresas de maior dimensão e com maior internacionalização comercial, as que apresentam os maiores níveis de divulgação. Esta conclusão é relacionada com o tipo de auditor que examina as DF’s, uma vez que as empresas multinacionais de auditoria estão mais familiarizadas com as IFRS e também com a sua própria reputação que querem preservar, nesta fase de transição. Observou-se também que, nas empresas cujo rácio de endividamento é elevado, a informação divulgada tende a ser menor, em contraponto com as empresas que se financiam preferencialmente com Capitais Próprios. Estes parecem entender melhor que a informação segundo as IFRS, presta informação de melhor qualidade aos seus investidores.

Couto e Cordeiro (2006) analisaram o impacto das IFRS nas empresas cotadas na Bolsa Portuguesa. Da análise efetuada verificaram, desde logo, que quanto maior fosse a dimensão da empresa, maiores seriam as alterações apresentadas. Observaram que as alterações mais expressivas ocorreram nos Ativos Fixos Tangíveis, nos Financiamentos Obtidos e nos Custos Operacionais, não conseguindo, no entanto, identificar um padrão. Consideram que fica condicionada a análise, por parte dos utilizadores da informação, devido ao não conhecimento do novo normativo, e pela dificuldade de comparação com anos anteriores, ressalvando no entanto que a informação, em termos de qualidade, saiu melhorada.

No estudo de Cordeiro, Couto e Silva (2007) foi analisado o impacto da aplicação das IAS/IFRS na informação financeira das empresas cotadas portuguesas. Concluíram que tanto o Balanço, como a Demonstração dos Resultados sofreram alterações significativas, com a aplicação do novo normativo. Não concluíram acerca dum padrão explícito, para estas variações.

O estudo concluiu que o desempenho das empresas fica condicionado, nomeadamente pela informação prestada aos stochkolders, concretamente pelos dados fornecidos pelos coeficientes de atualização de resultados (PER) e lucro por ação (EPS).

11 A amostra foi constituída por 56 empresas.

12 Informação mínima é considerada aquela que menciona o processo de transição sem referir quais as rubricas que terão alterações ao nível do reconhecimento e mensuração.

13 Informação média é considerada aquela que identifica as rubricas que vão ter alterações ao nível do reconhecimento.

14 Informação detalhada é considerada a que identifica as rubricas que terão alterações e quantifica o impacto da adoção das IFRS.

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12 Costa e Lopes (2010) desenvolveram uma investigação acerca do impacto da adoção da IAS/IFRS nas DF’s das Empresas Cotadas na Euronext Lisboa, tendo como objetivos principais:

(1) avaliar a materialidade dos impactos da transição na posição financeira e na performance, (2) testar a presença de diferenças significativas em rubricas do Balanço, da Demonstração dos Resultados e em rácios financeiros quando apresentados sob Generally Accepted Accounting Principles (GAAP) e sob IAS/IFRS e (3) compreender se as IAS/IFRS refletem práticas contabilísticas mais ou menos conservadoras do que os GAAP. Da análise efetuada a 37 empresas da Euronext Lisboa observaram que ocorreram alterações relevantes em doze rubricas do Balanço15, duas rubricas da Demonstração dos Resultado16, e em cinco rácios17. Relativamente ao conservadorismo, verificaram que o novo normativo é menos conservador, comparativamente ao POC.

Na literatura também é possível encontrar trabalhos sobre os efeitos da adoção das IAS/IFRS, nas Demonstrações Financeiras das empresas portuguesas não cotadas, de que são exemplo os elaborados por Pires e Rodrigues (2008 e 2010), Bianchi (2010) e Costa (2013).

Pires e Rodrigues (2008) desenvolveram um estudo acerca da aplicação das IAS/IFRS às Pequenas e Médias Empresas (PME)18 em Portugal.

Os autores analisaram os principais pontos que são alterados com o novo normativo:

Ativos Tangíveis, Ativos Intangíveis, Imparidades, Métodos de Depreciação e Amortização, Custos de Empréstimos Obtidos, Ativos Biológicos, Inventários, Subsídios do Governo, Efeitos das Alterações das Taxas de Câmbio e Instrumentos Financeiros, referindo que, a grande alteração que salta à vista, é a quantidade e qualidade da informação prestada. O estudo leva os autores a crer que a introdução do novo normativo permitirá uma maior comparabilidade entre diferentes anos, e com a introdução da NCRF-PE, é simplificado o processo contabilístico, sem no entanto se perder o objetivo de ter um só normativo para todas as entidades.

Os mesmos autores desenvolveram um estudo sobre o Efeito da Aplicação do SNC no Capital Próprio em 50 empresas sujeitas a Revisão Legal de Contas (Pires e Rodrigues, 2010).

Nesse estudo foram selecionadas 50 empresas dos distritos de Bragança e Vila Real, estando as mesmas sujeitas a Revisão Legal de Contas, o que implica que apliquem na íntegra o SNC. Das

15 As rubricas mais relevantes do Balanço foram: Propriedades de Investimento, Ativos por Impostos Diferidos, Disponibilidades, Resultado Líquido do Exercício, Interesses Minoritários, Provisões, Dívidas a Terceiros Não Correntes, Financiamentos Obtidos Não Correntes, Passivos por Impostos Diferidos, Total de Passivos Não Correntes, Financiamentos Obtidos Correntes e Passivo Total.

16 As rubricas mais relevantes da Demonstração dos Resultados foram: Resultados Operacionais e Resultados Correntes.

17Os rácios com alterações mais relevantes foram: a liquidez imediata, ROA com base no Resultado Operacional, ROA com base no Resultado Corrente, ROE com base no Resultado Corrente e ROE com base no Resultado Líquido.

18 Microempresas são as empresas que têm menos de dez trabalhadores e um volume de negócios inferior a dois milhões de euros; Pequenas-Empresas são as empresas que têm entre dez e cinquenta trabalhadores e um volume de negócios inferior a dez milhões de euros; Médias-Empresas são as que têm entre cinquenta e duzentos e cinquenta trabalhadores e um volume de negócios inferior a cinquenta milhões de euros.

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13 50 empresas 4% (2 empresas) são Empresas Municipais, 4% (2 empresas) são Sociedades Gestoras de Participações Sociais (SGPS), 6% (3 empresas) são Cooperativas (CRL), 34% (17 empresas) Sociedades por Quotas e 52% (26 empresas) Sociedades Anónimas. As empresas são predominantemente, empresas do setor industrial, 52% (26 empresas); 28% (14 empresas) ligadas ao setor do comércio; 18% (9 empresas) direcionadas para os serviços e 2% (4 empresas) ligadas ao setor da agricultura. Tal como outros autores tinham concluído, Pires e Rodrigues referem que é difícil extrapolar para a realidade portuguesa os resultados obtidos em outros países, essencialmente pelas características da envolvente. Estão convictos que as principais alterações introduzidas pelo normativo ocorrerão pela opção do justo valor, da realização de testes de imparidade e da realização de operações contabilísticas mais complexas.

Concluem que a exposição a que as empresas estão sujeitas, pela introdução do SNC, ao nível do Capital Próprio, é reduzida. Mais especificamente, 66% da amostra das empresas não apresentaram qualquer impacto no seu Capital Próprio, enquanto as restantes 34% apresentam alterações, se bem que não se consegue definir um padrão para esta variação, uma vez que 58,82% apresentam um efeito negativo, e 41,18% apresentam variação positiva. Os itens que mais contribuíram para a ocorrência destes desvios foram: o desreconhecimento de Ativos Intangíveis (nomeadamente despesas de instalação, formação, expansão, investigação e campanhas publicitárias) e a reclassificação de subsídios do Governo ao Investimento. Os autores alertam para o facto de haver um grande percurso a percorrer no âmbito da harmonização contabilística, nomeadamente na adaptação da legislação à realidade de cada país.

Bianchi (2009) desenvolveu um estudo em que procurou analisar os efeitos da adoção das IAS/IFRS nas Demonstrações Financeiras das empresas portuguesas não cotadas, tentando identificar, cumulativamente, se os efeitos das adoção das IAS/IFRS, são coincidentes com determinados estudos já realizados, bem como quais as motivações que lhes assistiam, para levar as empresas a iniciar o processo de mudança para o novo normativo.

Relativamente ao primeiro objetivo, concluiu que a alteração do POC para as NCRF poderá ou não ter um impacto relevante, justificando esta indefinição com o processo de gestão de transição. Constatou no entanto que, os impactos significativos nos Capitais Próprios e Resultado Liquido são provocados pelo tratamento contabilístico de aspetos específicos do setor de atividade da empresa (não sendo estes particularizados neste estudo).

Relativamente ao segundo objetivo do estudo, concluiu que os fatores externos, não legais levaram a empresa a adotar o novo normativo, nomeadamente: pressão dos credores, necessidade de promoção e visibilidade externa e imposição dos auditores ou acionistas. Para além destes, identifica que a empresa tem como preocupação a remuneração dos acionistas, através da distribuição de dividendos e a alteração de normativos que visou identificar os impactos, quer nas Demonstrações Financeiras, quer nas políticas contabilísticas, de forma a perceber se a alteração de normativo poderia alterar os objetivos da gestão.

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14 Costa e Teixeira (2013) desenvolveram um estudo onde procuraram verificar o impacto da adoção do SNC no Capital Próprio das empresas portuguesas. Para a persecução deste objetivo, utilizaram uma amostra de 30 empresas (20 grandes empresas, 6 médias empresas e 4 pequenas empresas). Destas 30 empresas, 4 são das indústrias transformadoras, 4 de Captação, tratamento e distribuição de água; 4 da construção, 2 de comércio por grosso e retalho, reparação de veículos automóveis e motociclos, 12 de transporte e armazenagem, 2 de atividades de informação e de comunicação,1 de atividades de consultoria, cientifica, técnicas e similares, e 1 de atividades de saúde humanas e apoio social.

Os autores concluíram que ocorreram diferenças significativas no valor contabilístico das empresas em análise, nomeadamente na variação no Capital Próprio, que se cifrou em 20 milhões de Euros, representando 0,7 % nos Capitais Próprios no POC. Salientam que esta variação é pouco significativa, sendo o resultado a combinação de aumentos e diminuições, que quase se anulam. Nas trinta empresas estudadas detetaram-se 89 variações sendo que 41 são positivas, e 48 negativas. Para as variações negativas contribuíram as rubricas de Instrumentos Financeiros Derivados (38%), Ativos Fixos Tangíveis (13%), Capital e Prestações Suplementares (13%), Ativos Intangíveis (10 %), Impostos Diferidos (9%) e Benefícios de Empregados (9%), representando estas rubricas aproximadamente 91 % do valor das variações negativas. Em termos de variações positivas contribuíram significativamente a rubrica de Subsídios ao Investimentos (em 80 % dos casos), e Ativos Fixos Tangíveis (10 % dos casos).

Os autores justificam a relevância na afetação no Capital Próprio, pela rubrica de Subsídios ao Investimento, devido ao facto do SNC adotar procedimentos de reconhecimento diferentes das NIC, e que também não eram seguidas no POC. Alertam para o facto de esta situação poder colocar em causa a comparabilidade do relato financeiro, um dos principais objetivos do novo normativo.

Os autores relevam que as conclusões retidas deste estudo, não poderão ser generalizadas, uma vez que a amostra utilizada, não representa a realidade nacional, tanto a nível de dimensão, origem de capitais ou setor de atividade.

Terminamos este ponto relativo os estudos sobre transição / implementação das IAS/IFR, fazendo referência a dois estudos cujo objetivo era uma análise comparada.

Gueifão (2007) elaborou um estudo aplicado às principais empresas cotadas nos mercados financeiros de Portugal, Espanha, França, Itália e Reino Unido. A autora conclui que as empresas Francesas e Italianas obtiveram um impacto positivo, quer no Resultado Liquido, quer no Capital Próprio, não sendo possível nos outros países estudos, identificar um padrão, devido à alternância de impactos positivos e negativos.

Analisando especificamente as alterações no nosso país, a autora verifica um impacto negativo no Capital Próprio de cerca de 7,78 %, e um impacto positivo no Resultado Liquido de cerca de 11,42 %.

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