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POLÍTICA DE TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO E RECUSA

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Academic year: 2021

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1. INTRODUÇÃO

O termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) é o documento que embasa as informações ao paciente/responsável, na internação e/ou antes da realização de procedimentos/exames com potencial para causar algum dano ou agravo à saúde, bem como apresentar efeitos indesejáveis durante ou após a sua realização.

O esclarecimento, pertinente e suficiente sobre justificativas, objetivos esperados, benefícios, riscos, efeitos colaterais, complicações, duração, cuidados e outros aspectos específicos inerentes à execução tem o objetivo de obter o consentimento livre e a decisão segura do paciente ou responsável para a realização de procedimentos médicos.

A forma verbal é a normalmente utilizada para obtenção de consentimento para a maioria dos procedimentos realizados, devendo o fato ser registrado em prontuário. Contudo, recomenda- se a elaboração escrita (Termo de Consentimento Livre e Esclarecido)

O consentimento livre e esclarecido tornou-se prática médica obrigatória, sob o prisma ético e jurídico. Receber esclarecimento e informação adequados é direito fundamental do paciente.

O termo de consentimento deve ser assinado pelo próprio paciente ou responsável, para comprovar que lhe foi feito o devido esclarecimento antes da internação, realização de procedimentos e exames

Nesse documento - abaixo - além das regras norteadoras, executadas no Hospital Escola, para o TCLE, será normatizada também, as regras para o preenchimento e utilização do documento Termo de Recusa, que fará parte do prontuário do paciente quando o mesmo se recusar a ser submetido a procedimentos médicos e ou exames.

2. OBJETIVOS

 Esclarecer ao paciente e/ou responsável quanto aos principais aspectos relacionados à internação, aos procedimentos médicos - cirúrgicos e exames aos quais será submetido, complementando as informações prestadas pelo seu médico e pela equipe de profissionais e prestadores de serviços do Hospital Escola de Itajubá.

POLÍTICA DE TERMO DE CONSENTIMENTO

LIVRE E ESCLARECIDO E RECUSA

COORPORATIVO

Código: CORP-POL-0004 Versão: 1

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 Permitir que diante dessas informações o paciente e/ou responsável possa exercer a sua autonomia e tomar uma decisão livre sobre o procedimento/exame o qual será submetido.

 Obter assinatura do paciente/responsável em impresso próprio, de acordo com o procedimento ao qual deverá ser submetido.

 Normatizar quando será dispensado a aplicação do termo de consentimento livre e esclarecido.

 Definir o executor da aplicação do termo de Consentimento Livre e Esclarecido ou o Termo de Recusa

3. INDICAÇÃO

3.1 TERMOS DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Os termos de consentimento estão indicados para os seguintes casos, conforme descrito abaixo:

Internação Procedimentos Hemocomponente Óbito

 TCLE para serviços hospitalares para internação SUS

 TCLE para Hemodiálise  TCLE para transfusão de sangue e

hemocomponentes

 TCLE para Serviço de Verificação de Óbito (SVO)

 TCLE para serviços e despesas hospitalares para internação particular, pacote e convênio

 TCLE indução do parto normal

 TCLE para alteração de

acomodação

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Alta Procedimentos Cirúrgicos e Invasivos

Procedimentos Anestésicos

Procedimento Cirúrgico Ambulatorial

 Termo de alta a pedido contraindicação médica

 TCLE para procedimento cirúrgico e invasivo

 TCLE para anestesia ou sedação

 TCLE para

procedimento cirúrgico ambulatorial

 TCLE para procedimentos intervencionistas e endovascular

 TCLE implante de marcapasso

 TCLE para Transplante Renal

 TCLE para Transplante Cardíaco

 TCLE para Transplante Hepático

 TCLE para Cirurgia Bariátrica

 TCLE para vasectomia

Exames Catação de doadores de Sangue

 Exame radiológico com injeção de contraste iodado

 Para captação de doadores de sangue.

 Colonoscopia, Endoscopia digestiva, 3, broncoscopia e amniocentese

 TCLE para realização de CPRE

 TCLE para realização de biópsia renal percutânea

 Outras biópsias e Punção aspirativa por agulha fina (PAF)

 Sorologia HIV, hepatite B e

hepatite C.

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4. DESCRIÇÃO DE PROCESSO

 Todo o paciente deverá ter em seu prontuário o TCLE segundo o procedimento ao qual será submetido, conforme indicação para aplicação do TCLE, descrita no item 3 desta política.

 As informações e os esclarecimentos dados pelo médico têm de ser substancialmente adequados, ou seja, em quantidade e qualidade suficientes para que o paciente possa tomar sua decisão, ciente do que ocorre e das consequências que dela possam decorrer.

 O profissional deverá certificar-se de que o paciente e/ou responsável entendeu de forma clara o teor do contido no TCLE.

 Após esclarecer o paciente e/ou responsável sobre o procedimento a ser realizado e colocando-se à disposição para responder suas dúvidas, o profissional deverá preencher o termo de consentimento e solicitar ao paciente e/ou responsável que assine, evidenciando que está ciente e que concorda com o que foi esclarecido.

 O paciente e/ou responsável, após esclarecido, assume a responsabilidade de cumprir fielmente todas as recomendações feitas pelo médico.

 O documento deverá ser feito em duas vias. A primeira via deverá ficar no prontuário do paciente, no Hospital Escola de Itajubá, e a segunda via deverá ser entregue ao paciente ou responsável.

 O paciente e/ou responsável pode retirar seu consentimento a qualquer tempo, sem que resulte a ele qualquer desvantagem ou prejuízo, exceto se a retirada do consentimento, quando já iniciado o procedimento médico, implicar possibilidade de dano, risco ou qualquer tipo de prejuízo ao paciente.

 Procedimentos médicos que envolvam comunidades ou indivíduos pertencentes a comunidades culturalmente diferenciadas, como os indígenas, devem ser precedidos de consentimento livre e esclarecido do paciente e/ou responsável, mesmo que seja costumeiro o consentimento, por exemplo, do líder da comunidade.

 Em casos de pessoas incapaz de consentir, a legislação determina que seja representado

por quem a lei estabelecer sendo que, na hipótese de menor, havendo divergência entre os

pais que os representam, caberá ao juiz decidir a respeito. Incluem-se no grupo daqueles

que não possuem capacidade para outorgar o consentimento as crianças, os adolescentes

menores de 18 anos, os portadores de doenças físicas ou mentais que comprometam o

entendimento, pessoas inconscientes ou gravemente debilitadas.

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4.1 EXECUTOR E RESPONSABILIDADE QUANTO A APLICAÇÃO E PREENCHIMENTO DO TCLE

Gestão de Atendimento Médicos, anestesistas e cirurgiões

Enfermeiros

 TCLE para serviços

hospitalares para internação SUS

 TCLE para procedimentos cirúrgicos e invasivos

 TCLE para transfusão de sangue e hemocomponentes

 TCLE para serviços e despesas hospitalares para internação particular, pacote e convênio

 TCLE para anestesia e sedação  Teste rápido de HIV ou Sorologia para HIV, hepatite B e hepatite C.

 TCLE para alteração de acomodação

 TCLE implante de marcapasso

Agência Transfusional

 TCLE para procedimentos intervencionistas e

endovasculares

 TCLE para captação de doadores de sangue

 TCLE para hemodiálise

 TCLE para procedimento cirúrgico ambulatorial

 TCLE para Transplantes

 TCLE para Cirurgia Bariátrica

 TCLE para Vasectomia

 TCLE indução do parto normal

 TCLE para realização de CPRE

 TCLE para realização de biópsias

 TCLE para exames radiológicos com aplicação de contraste

 TCLE para colonoscopia, Endoscopia digestiva, retossigmoidoscopia,

broncoscopia e amniocentese

 Termo de alta a pedido contraindicação médica

 TCLE para SVO

4.2 CONSENTIMENTO PARA PROCEDIMENTOS EM CARÁTER DE EMERGÊNCIA

 Em situações de emergência, nas quais não seja possível obter o consentimento do paciente e/ou de seu responsável, o médico atuará em favor da vida do paciente, amparado no princípio da beneficência, entre outros.

 Nesses casos, o médico deverá, obrigatoriamente, descrever e justificar o fato, por escrito,

no prontuário do paciente.

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4.3 TERMOS DE RECUSA LIVRE E ESCLARECIDO

 O termo de recusa deve ser assinado em situações em que o paciente negue seu consentimento para a realização de determinado procedimento médico e/ou exames.

 Se o paciente é capaz e negar seu consentimento, o médico deve registrar sua decisão por escrito; propor alternativas, se existentes; dar-lhe tempo para reflexão; explicar o prognóstico e as consequências; e, finalmente, preencher um termo de recusa.

 Em casos de recusa do paciente e/ou responsável ao tratamento parcial ou total o HE disponibiliza os seguintes termos, conforme descrito abaixo:

TCLE de Recusa Gerais de Tratamento e Procedimento

TCLE de recusa para Transplantes

 Termo de Recusa Parcial/Total ao tratamento ou Procedimento

 Termo de recusa para transplantes (paciente com mais de 18 anos)

 Termo de recusa para transplantes (paciente com menos de 18 anos)

OBS: O profissional médico e de enfermagem deverá manter uma via do termo de recusa no prontuário do paciente e também registrar na evolução pertinente a cada categoria profissional.

4.3.1 Recusa de consentimento por crença religiosa

 Os pacientes testemunhas de Jeová fornecem consentimento de forma substancialmente autônoma pelo fato de ser dado por pessoa de firme convicção religiosa. Deve-se, então, dar as informações adequadas sobre a condição do paciente e oferecer as alternativas clínicas e cirúrgicas que o caso requer. Porém, a recusa do paciente deve ser respeitada e a busca de alternativas terapêuticas, considerada.

 A Resolução CFM nº 1.021/80, em seu artigo 2º, diz: "Se houver iminente perigo de vida, o médico praticará a transfusão de sangue, independentemente de consentimento do paciente ou de seus responsáveis”.

 Mesmo quando houver alternativas à transfusão sanguínea, em certas ocasiões a

transfusão de sangue torna-se necessária, e é nessas situações que o médico precisa

informar ao paciente os riscos e benefícios da realização do procedimento, assim como

aqueles decorrentes da sua não aceitação.

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4.4 CONSENTIMENTO EM CASOS COM RISCOS GRAVES PARA A SAÚDE PÚBLICA

 Em saúde pública, podem ocorrer situações de risco em que pacientes portadores de enfermidades transmissíveis, potencialmente causadoras de riscos graves para terceiros, sobretudo a menores, negligenciam o tratamento ou negam seu consentimento para a adoção dos cuidados necessários. Nessas situações, não havendo possibilidade de separar o indivíduo do grupo em risco de contato com a doença, justifica-se o tratamento compulsório, que somente pode ocorrer depois de esgotadas todas as possibilidades de convencimento.

Em casos excepcionais, após conferência com outros médicos e visando à saúde do paciente e à preservação do bem comum, o consentimento do paciente pode ser dispensado. Tal fato, no entanto, deverá estar suficientemente descrito e justificado pelo médico no prontuário do paciente e, conforme o caso, ser comunicado à autoridade competente.

4.5 TERMO DE ALTA A PEDIDO CONTRA INDICAÇÃO MÉDICA

 Em casos em que o próprio paciente solicita alta sem indicação médica, o médico responsável deve dar os devidos esclarecimentos ao paciente e/ou responsável e não apresentando risco iminente de morte, o médico fica desobrigado de dar continuidade ao tratamento, bem como emitir receita.

 Diante da assinatura do Termo de alta a pedido contraindicação médica, o médico não será responsável por eventuais prejuízos causados a saúde do paciente na alta a pedido sem iminente risco de morte.

 Posteriormente deve-se anotar todo o processo de esclarecimento e tomada de decisão do paciente diretamente no prontuário.

 Entretanto, em casos de iminente perigo à vida do paciente, o médico pode se recusar a conceder a alta a pedido. Essa é uma exceção prevista no Código de Ética Média (Art. 56) para que o médico possa intervir contrariamente à vontade do paciente e/ou responsável, e, situações de “iminente risco de morte”. Portanto, é a gravidade ou a iminência de perigo a vida que deve condicionar a aceitação ou recusa de alta a pedido contraindicação médica.

 A alta a pedido frente ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), os pais são os

responsáveis pela garantia do direito a vida e a saúde das crianças e adolescentes, porém

não é necessário que a criança esteja em risco iminente de morte para se negar a alta. Em

circunstância onde possa colocar a criança ou adolescente em situação de risco, deve-se

acionar o Conselho Tutelar ou o Juízo da Infância e Juventude.

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5. CONSIDERAÇÕES

 Em casos de pacientes e/ou responsáveis analfabetos deve ser considerado a assinatura a rogo, ou seja, assinar no lugar do outro que não tem condição de assinar. Deve-se colocar a impressão digital do analfabeto e outra pessoa coloca o nome e o número da identidade ou CPF e assina. Duas testemunhas maiores e capazes que presenciaram o fato devem assinar o documento como testemunha. Ex.: a rogo de (nome do paciente e/ou responsável), por não poder assinar, assina o rogado (nome da pessoa que assina), RG n° e assinatura.

 Em caso de evasão do paciente, ou seja, saída do paciente do hospital sem autorização médica e sem comunicação prévia da saída ao setor, o hospital, através de um representante legal ou do profissional da saúde, inclusive de enfermagem, deverá comunicar o fato a família e a autoridade policial mais próxima para realização de “Boletim de Ocorrência”. O desaparecimento de qualquer paciente sem a comunicação poderá gerar responsabilidade civil, em caso de dano ao paciente. Importante salientar a importância do registro no caderno de ocorrências do setor e no prontuário do paciente a evasão ocorrida.

6. REFERENCIAS

 CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Recomendação CFM n° 1/2016. Brasília, 21 de janeiro de 2016.

 CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Câmara Técnica de Bioética: consentimento livre e esclarecido. Brasília, 2015

 CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Código de Ética Médica. Resolução CFM n° 931/09 de 17 de setembro de 2009.

 Direitos dos pacientes e familiares (PFR) In Padrões e familiares (PFR) In Padrões de acreditação da Joint Commission Internacional para Hospitais- 4º edição.2011, pg 55.

SITUAÇÃO NOME ÁREA DE ATUAÇÃO DATA DE APROVAÇÃO

Elaboração Rita de Cassia Carneiro Maciel Gerência Assistencial 17/04/2017

Flávia Gama Sampaio Qualidade 19/05/2017

Consenso

Milene Garcia Ribeiro Gerência Gestão de Atendimento 06/09/2017 Naury de Jesus Danzi Soares Coordenadora Assistencial 11/06/2017

Alexandre Masseli Assistência Jurídica 01/08/2017

Dr. Marcelo Mendonça Coordenador Clínica Cirúrgica 20/06/2017 Dr. Heres Sallum Al’Osta Coordenador Centro Cirurgico 06/09/2017

Dr. José Caruso Anestesiologista 16/06/2017

Dra. Helena Grilo Coordenadora Pediatria 03/09/2017

Dr. Rodrigo Nascimento Plantonista UTI 16/06/2017

Aprovador final Dr. Carlos Magno Diretor técnico 06/09/2017

Referências

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