1
sumário
grito de liberdade...02
preconceito nosso de cada dia...04
preconceito não deve ser aceito...06
preconceito não...08
por favor não desista de mim...10
somos mito...12
lute como uma garota...14
dia a dia...16
elevação mental...18
até onde vai o preconceito?...20
O mal do preconceito...22
Cabra da peste...24
Liberdade...26
O cabeçudo...28
Branquismo...30
Zói Puxadin...32
Trans...34
A população negra canta...36
O padrão é se amar...38
Racismo...40
O chorão...42
Preconceito linguístico...44
Preconceito...46
Meu português tá certo...48
A força do nordestino...50
A beleza da arte moderna...52
A cor que corre em meu sangue...54
O amor não tem preço...56
Racismo...58
Se liga, mané...60
O mal capitão...62
Vira macho...64
Sempre índios...66
Seja...68
Minhas gírias...70
Arte em uma folha...72
Minha arte, minha cultura...74
A língua do preconceito...76
Olha o preconceito...78
Mal sabe Zezinho...80
O preconceito pelo brasil...82
Cordel...84
Índole de boa fé...86
2
GRITO DE LIBERDADE
O mundo continua igual O negro sofredor Levado ao caminho do mal
Pelo branco Opressor
Chorando pela violência policial O negro na pele sente a dor
De um ciclo imperial
Como você se sente agora Vendo o racismo lá fora?
Se esconde e vai embora?
Depois de causar o tremor Pra minha vida trouxe o terror
Agora jogamos na tua cara Pra todo racista eu grito: Para!
Desde o descobrimento A partir de mil e quinhentos
Eles são retidos e jogados De qualquer jeito jogados
No navio do tormento
Trouxeram todos aprisionados E a auto estima, em todos acabado.
Lucas – Marcos – Leonardo G. – 1ª série A
3
4
PRECONCEITO NOSSO DE CADA DIA
Seja transparente Seja simplesmente, gente
Mesmo que alguém Te julgue diferente
Mesmo que você Se sinta diferente
Eu digo de novo, seja gente
Com o final da escravidão Não acabou o preconceito
E o preto não se via Permanecia sem direitos.
Continuava sendo tratado Como animal imperfeito E o branco, só falta de respeito
Hoje em dia é diferente O negro é mais respeitado Mas, o preconceito ainda existe
Permanecendo enraizado Implantado em nossas mentes
Com desculpas incoerentes Tornando em prisão os inocentes
João – Lucas – Edson – 1ª série A
5
6
Preconceito não deve ser aceito
Preconceito existe em todo o mundo Na dama e no vagabundo
Me pergunto todos os dias Se isso ainda há de mudar É só ser diferente dos outros
Pro dedo já te apontar E assim te condenar
O negro não é desrespeitado É brevemente tolerado E todos esses parâmetros De que só negros fazem arrastão
Parecem mares de hipocrisia Como teremos paz no coração Vivendo meio a discriminação?
Para mudar o preconceito Devemos agir com respeito E com amor poder libertado As diferenças poder respeitar
Vamos olhar para dentro de nós mesmos E aceitar que somos todos
Independente de tudo, iguais.
Jazmin – Brenda - Emily
7
8
Preconceito não
Tinha menos preconceito E mais amor no peito Doe amor, exija respeito E se mesmo assim for difícil
Não precisa ser perfeito O que vale é o sacrifício De acabar com o preconceito
O lado certo é amar Amar para respeitar
Amar para tolerar Amar para compreender Que ninguém tem o dever
De ser igual a você Apenas seja você
O brasil é um país Que recebe muita gente Porém temos um problema
Vou dizer infelizmente Que ainda há preconceito Contra quem é diferente
O que falta é amar toda essa gente!
Nicolay – Yuri – Mateus
9
10
Por favor, não desista de mim
Até quando vai ser assim?
Será que o preconceito nunca terá fim?
O nordestino sai da sua terra Tentando fugir do sofrimento
Mas, acaba sofrendo o tal do preconceito até me chamam de negro, como se fosse algo ruim acaba com minha autoestima, esse preconceito ruim
Se você não consegue me amar Tente ao menos me respeitar
E não tenha preconceito Eu te peço, por favor Já cansei de tanta dor
Tente espalhar um pouco de amor
Esse sentimento ruim Está me destruindo sim Espero que um dia a sociedade
Sinta amor de verdade Possa ter mais respeito Me aceitando desse jeito Por favor, não desista de mim
Sei que ainda encontrarei a felicidade Mesmo que não seja aqui, na sua cidade
Julia – Grasiely - Midiã
11
12
SOMOS MITO
PRECONCEITO RACIAL SE REFERE A TODA COR PARA UNS É ALGO LEGAL PARA OUTROS TRAZ A DOR INSULTADOS E XINGADOS
CAUSANDO DISSABOR E FICANDO CALADOS
GÊNERO TEM DIFERENCIAL TRAZ DESCONFORTO E DOR
E AFETA O EMOCIONAL
DO MORADOR AO TRABALHADOR MOSTRANDO SEUS FARDOS
E TENTANDO IMPOR NOS DEIXANDO AFOGADOS
LIBERTE-SE DESTE PRECONCEITO NÃO VENHA A NINGUÉM JULGAR
FAREMOS UNIDOS ESTE FEITO
ISSO É O QUE SOMOS, NÃO IREMOS MUDAR QUEREMOS NOSSO RESPEITO
E QUEM SOFRE, VAMOS SALVAR
NESTA REVOLUÇÃO SOMOS MITO
CAMILLY – ANA – LUIZ – 1ª SÉRIE A
13
14
LUTE COMO UMA GAROTA
COMO UMA OVELHA DESGARRADA ESTOU NO MEIO DESSA PALHAÇADA
DE MULHER FRACA, DELICADA QUE AGUENTA TUDO CALADA
É DA MINHA ESSÊNCIA VIVER SOBRE REVERÊNCIA
AO MEU OPRESSOR
HOJE DEIXO DE SER OBJETO VOU A GUERRA COMO MULHER
LUTAR PELO DIREITO DE SER O QUE QUISER EU NÃO PRECISO DE AMOR
EU EXIJO RESPEITO
LUTO PELA MINHA LIBERDADE QUERO MEUS DIREITOS
PRONTO, A LUTA ACABOU A SOCIEDADE JÁ SE SACIOU NÕ, AINDA S MUITO A SE BATALHAR
AINDA HÁ MUITO O QUE FALAR NÃO SE EXIGE PADRÃO PARA SER UM CIDADÃO
POR ISSO NÃO ABAIXO A CABEÇA PARA A OPRESSÃO
TAYNÁ – DAIANE - NICOLE
15
16
DIA A DIA
TODO DIA ESTOU PREPARADO PARA A BATALHA ESTA É MINHA LUTA DIÁRIA
NO ÔNIBUS JÁ ME DEPARO COM O PRECONCEITO ELES NÃO DEVERIAM TER ESSE DIREITO
MUITO TRISTE O MUNDO QUE VIVEMOS ONDE OS BRANCOS OPRIMEM OS NEGROS
DESSE JEITO A PAZ NÃO VEREMOS
CHEGO NO TRABALHO, NOTÍCIA DE DEMISSÃO SERÁ QUE É PORQUE SOU “NEGÃO”?
HOJE, CARTEIRA ASSINADA É DIFÍCIL ENTREGAR CURRÍCULO É UM SACRIFÍCIO
CHEGO TARDE EM CASA, DOU DE CARA COM OS FILHOS FALARAM QUE SOFRERAM BULLYING E QUE NÃO TÊM AMIGOS
MINHA ESPOSA SOFREU POR SEU CABELO QUEM DISSE QUE ESSE ESTILO NÃO É MODELO?
MORENAS, PARDAS, BRANCAS COSTUMAM FALAR MAS, QUERO VER MINHAS CONTAS PAGAR
NOSSA VIDA NUNCA FOI FÁCIL E NUNCA ASSIM SERÁ
MAS, EU TENHO FÉ DE QUE TUDO IRÁ MUDAR
KAILANY – LETÍCIA RANIELLY – MARJORIE – 1ª SÉRIE A
17
18
ELEVAÇÃO MENTAL
EU NÃO QUERO SER FEMINISTA É TRISTE AINDA TER QUE IMPLORAR
TODOS DEVEM ME RESPEITAR SERÁ QUE UM DIA TEREI PAZ?
EM MEIO AO CAOS, VAMOS TER GLÓRIA EM MEIO A TANTA LUTA
VAMOS CHEGAR A VITÓRIA
A MÍDIA NOS EMPURRA UM PADRÃO E QUER QUE TENHAMOS NOÇÃO DE QUE NUNCA CHEGAREMOS ENTÃO NO QUE É CONSIDERADO BONITO PELA NAÇÃO ESCUTAMOS QUE NÃO ESTÃO NOS RESPEITANDO
ENTENDAM... DO MEU CORPO EU ESTOU NO COMANDO
VOCÊS DEVEM ENTENDER O NOSSO LADO NÓS NÃO ATURAMOS PAPO DE MANDADO EU ME ENCAIXO E VOCÊ DIZ SER MACHO
O QUE EU PASSEI NA VIDA VOCÊ NÃO SABE COMO É PARA VIVER NA MINHA PELE
TEM QUE SER MUITO, MAIS MUITO MULHER.
Jheilica – Geovanne – Gabrielle – Leonardo Raugi – 1ª série A
19
20
Até onde vai o preconceito?
Preconceito é uma suposição Resultado da ignorância De pessoas sem relevância
Perante a discriminação Cor, sexo, idade e religião Tem gente que diz que não existe Mas, ao serem zoadas ficam tristes
Os negros lá do morro Vivem levando esporro Do cidadão branco que diz Ser melhor do que os outros
Os oprimidos não são poucos Que vivem num mundo
De ódio profundo
Sua cor não te define
Mas ao falarem, você se oprime Pra quem não tem coração
Não há perdão
Não se deixe ser julgado pelo valentão Levante a cabeça e lute
Como herói da sua narração
Bruna – Clara – Laysa – 1ª série A
21
22
O MAL DO PRECONCEITO
O PRECONCEITO VIROU FREQUENTE DEIXANDO MUITA GENTE DESCONTENTE
O RESPEITO SE TORNOU INCOMUM TODOS TORNARAM-SE SÓ MAIS UM ISSO ACONTECE EM TODO LUGAR
DESDE O CAMPO ATÉ O MAR LEVANDO MUITOS A SE SUICIDAR
SEJA RACIAL, DE GÊNERO OU SOCIAL TODOS SÃO USADOS PARA O MAL PORÉM POSSUI SUAS VERTENTES POIS EXISTEM OLHARES DIVERGENTES
ISSO NÃO ESTÁ EM TODAS AS MENTES JÁ QUE EXISTEM PESSOAS INTELIGENTES
COM UM PENSAMENTO DIFERENTE
MUITOS PREGAM A PAZ E O RESPEITO JÁ OUTROS LEVAM SÓ O DESPEITO ÀS VEZES, PARECE ATÉ SER MALDADE
MAS É INVEJA NA REALIDADE PERMITINDO DO CAMPO ATÉ O MAR
UM DIA O PRECONCEITO
LEVANDO SÓ PESSOAS A SONHAR
GUSTAVO – VICTOR – TÁLITA – 1ª SÉRIE A
23
24
CABRA DA PESTE
O IRMÃO LÁ DO SERTÃO AO VIR PARA CIDADE SOFRE COM O PRECONCEITO
E, ASSIM, SENTE SAUDADE DO SEU CANTO DO NORDESTE
ONDE ERA CABRA DA PESTE PRA ELE NINGUÉM DIZIA NÃO
MAS, NA SELVA DE CONCRETO A COIS É DIFERENTE OS TOLOS E ARROGANTES PENSAM QUE HÁ SUBGENTE
ASSIM, O POBRE COITADO DO SERTÃO É MALTRATADO POR INFELIZES DEMENTES
MESMO TRAZENDO A BUCHADA O CORDEL E O REPENTE NOSSO IRMÃOS NORDESTINOS SÃO TRATADOS INDIGNAMENTE
PRECONCEITO É UM CONCEITO CONCEBIDO ERRONEAMENTE
DEVE SER COMBATIDO CONSCIENTEMENTE
ALISON RODRIGO – NATHAN – ADRIAN
25
26 LIBERDADE
POR QUANTO TEMPO ESSE MUNDO AINDA VAI CONTINUAR CEGO?
SERA QUE TODO ESSE TEMPO SOMBRIO DE ESCRAVIDÃO, NÃO SERVIU DE LIÇÃO?
E ÀQUELES QUE MACHUCAM, POR QUE DESSE APEGO COM O PRECONCEITO?
SERÁ QUE É DIFÍCIL ESTABELECER O MÍNIMO DE RESPEITO?
“MAS ESSA PIADA NÃO É ALGO QUE MATA?
MAIS UM MENINO NEGRO MORRE”
DESCRATADO PELA MÍDIA COMO SUCATADA, PARA!
O MUNDO ATÉ GIROU NOS DIAS DE HOJE MAS O RACISMO NÃO ACABOU
E O NEGRO CONTINUA SEM SEUS VALORES A TUA IGNORÂNCIA NÃO TE LEVA NADA MAS BEM QUE PODERIA COMO UMA ESTRADA
BEM LONGE DE NOSSAS CAPITAIS ONDE VOCÊ VAI E NÃO VOLTA NUNCA MAIS
ATÉ QUANDO ISSO VAI DURAR?
TODO DIA É ESTÁ LUTA?!
SERÁ QUE NINGUÉM NOS ESCUTA?
OCORRE NO PRESENTE, FUTURO E PASSADO NUNCA NA MINHA VIDA DEIXAREI ISSO DE LADO POR ISSO DIGO: AQUELES QUE FORAM ENSINADOS A ODIAR
POR FAVOR, APRENDAM A AMAR
ALINE – GABRIEL – RODRIGO – 1ª SÉRIE B
27
28
O CABEÇUDO
O PRECONCEITO NÃO PARA
TODO MUNDO O CHAMA DE CABEÇA DE LATA ELE ANDA DEPRIMIDO COM A SITUAÇÃO
MAS NÃO TEM A SOLUÇÃO ENTÃO ELE PARA DE LIGAR
E COMEÇA A BRINCAR
COM O TEMPO, PARARAM DE ZOAR
SURGIRAM AMIZADES
NOVAS PESSOAS, NOVOS LUGARES UM AMOR APARECEU
UM SONHO CONQUISTADO A ALEGRIA RESPLANDECEU
0 PLANO SE ESTENDEU, A FAMÍLIA CRESCEU O CHORO CAIU, A CRIANÇA NASCEU
MAS UM MEMBRO PRA COMPLEMENTAR E POR MAIS INCRÍVEL QUE PAREÇA O MENINO COM A MESMA GRANDEZA
CHORAVA SEM PARAR
MAL SABIA ELE DO FUTIRO PRECONCEITO SEM CULPA NENHUMA
DESSA FALTA DE RESPEITO
Gustavo H. – Guilherme – João – 1ª série B
29
30
Branquismo
VOU FALAR SOBRE RACISMO OU PRECONCEITO RACIAL EM QUE A MAIORIA NEGRA SOFRE NA SOCIEDADE DESIGUAL COMEÇOU COM O SEU PRÉ – CONCEITO
E QUANDO FOMOS VER TINHA VIRADO PRECONCEITO
O PRECONCEITO COMEÇOU NA COLONIZAÇÃO ONDE OS NEGROS ERAM ESCRAVOS
QUASE BICHOS DE ESTIMAÇÃO
OS NEGROS ESTÃO SEMPRE EM UMA BATALHA SABENDO QUE O MUNDO CASTIGA QUEM FALHA ENTÃO, COM A COR É SEMPRE UMA NOVA GUERRA
MOLEQUE DO GUETO SABE QUE NÃO PODE ERRAR
CORDEL PAPO RETO E NA HORA MUNDO ESTÁ CHEIO DE RACISTAS ZOANDO QUEM SAIU DA QUILOMBOLA
PESSOAL SAIU DE LÁ E SEMPRE TEVE RACISMO DE QUE ADIANTA SAIR SE ENTROU EM OUTRO ABISMO?
ESSE É O FAMOSO “BRANQUISMO”
SÓ PORQUE É BRANCO, ACHA QUE TEM DIREITO A ISSO.
Lucas – Kevyn – Cauã – Guilherme
31
32
Zói Puxadin
O japonês chegou todo animado Pra mostrar que era todo engraçado
Mas só repararam no seu zói puxado E então começaram a rir
Japonês disse: o que há de errado?
Meus zói puxado não é engraçado
Vocês vão ver o que há de rir e então ficaram preocupados
Japonês foi embora pra mostrar que é diferente Eles disseram: olha o zói puxado
E o japonês foi então logo tirar satisfação Por aquela baita confusão
Então disseram: senta aqui e toma um litrão Para ficar bebão com seus zói puxadão
E então, começou a confusão
E daí se for baixin Neguin com cabelo lizin
E o seu zói puxadin
Mas, que opressão em um só coração Isso pode dar prisão
Vamos fazer a revolução
E mostrar que preconceito, aqui NÃO!
Estella – Sabrina – Laura – 1ª série B
33
34
Trans
O Joãozinho da esquina Agora é Joaquina Já viveu como guri Mas, agora é guria Ele disse que partiria
E que ela viria E que assim se amaria
Agora vive arrebitada Com cabelo pixaim As outras tudo enjoada
Querendo ser assim
Mas, não precisava criar motim Pois somente ela era assim
Não precisava de aceitação Porque conhecia seu coração
Dizia sempre com emoção
“Agora sou um mulherão”
Conte uma história tão bela assim
Uma flor em um belo campo
Essa é a Joaquina de Jasmim
Beatriz Paixão – Johnny – 1ª série B
35
36
A população Negra canta
Se ser negro é ser ruim Não me diga pra ser bom
Preconceito para mim é não ter bom coração É para o mundo ser assim?
Não quero essa “diversão”
Preconceito aqui sofrido Perdido na multidão
Solução desse problema:
Lidar com a situação Desigualdade é o tema
Eles fingem proteção
Dos negros eles têm pena e cota é a solução Se calarem a nossa boca
Não calarão o coração
Procuramos igualdade Num mundo de gente branca
No Brasil, mediocridade A famosa “Nação Santa”
Num mundo sem bondade Erguemos a bandeira branca
Pra não sermos oprimidos População negra canta
Amanda – Juliana
37
38
O padrão é se amar
Neguinha toda bonitinha Que não sabe se amar Seu sonho era de um dia Seu cabelo poder alisar
O belo foi padronizado Aquele que não se encaixa
Fica deixado de lado
O verdadeiro padrão Faz bem ao coração
Olhar no espelho Dizer sem ilusão Eu não preciso mudar Porque não existe perfeição
Apenas pessoas sem coração
Sua beleza é única Não queira a de ninguém
Não seja uma escrava E nem refém
O encanto que apresenta Nenhuma pessoa tem Nenhuma pessoa expressa
Nicole – Beatriz - Thainá
39
40
Racismo
O home traduz na cor O que condiz com sua raça Mas o que lhe falta é amor
Precisando de pelo menos um que te faça Apesar de tudo sempre haverá esperança
Mesmo sendo um grande absurdo Preciso relembrar que há semelhança
Não é por uma cor Que alguém seja inferior
Não é por uma cor
Que alguém não mereça amor
Todos têm seus direitos e gostam de ter respeito Se houvesse uma troca de lugar
Seria tudo sentido, menos gostar
Mas, somos todos iguais
Não existe essa de ser melhor ou de raça Não é só por ter características diferentes
Que deva ser considerado uma ameaça
Se amar é essencial, independente do que irão falar Feio é o racismo deles
Ninguém tem o direito de te julgar
Diego – Cristina – Marcela – 1ª série B
41
42
O chorão
Preconceito desde o início De quando o brasil surgiu
Que acabou virando vício Não de drogas, nem remédio
Vício de desigualdade O que causa essa maldade Que o governo não corrigiu
Meu amigo Joaquim De uma pele neguin
Sentiu na pele o preconceito Que não foi bem aceito No emprego que sonhou
Muita crítica levou Sua vida logo estacionou
Da melancolia da alma A depressão veio a bater
Em um bar sem valor Joaquim estava a beber
Se afogando na dor Com as portas a fechar E o dono pedindo para zarpar
Stefany – Eduarda - Igor
43
44
Paulista e carioca boca torta
Muitos prédios e pessoas, o mar, o sol e a areia A seca que infelizmente não é boa
Poluição em abundância e um tanto de gente feia Calção, chinelo e sereia, no calor da quarentena Em que pessoas são invisíveis a ponto de não acreditar
Ignorância é tanta que não conseguem enxergar O seu celular vem em primeiro do que sentar e conversar
No calçadão, haja diversidade Se vê homens, mulheres e crianças
Também tem a favela onde reina a esperança Querendo tornar realidade aquele sonho de criança Aí chega um forasteiro, prepare-se para o desespero Aqui nas grandes cidades só interessa quem tem dinheiro
Renomado e reconhecido, bola no pé do artilheiro
Histórias para contar, cultura a ensinar Esse é o povo nordestino
Criticados por aqueles cheios de preconceito Como o povo paulista e carioca
Sempre vai ter aquele de boca torta para faltar com o respeito
Respeitar é essencial e também conforta.
Franciele – Jennifer - Milene
45
46
Preconceito
O preconceito não é de hoje em dia
Infelizmente, não nos proporciona alegria Traz para perto uma multidão
Aquela mesma, que sofreu a escravidão A mesma que ajudou a formar essa nação
Aquela etnia que luta pela mudança Luta por uma melhor condição de vida
As mulheres de 1970 viveram carvão Lutaram por uma melhora de condição
Para que o homem se achar um machão Qual vai ser então? Toda luta será em vão?
Não acredito que a luta irá acabar Infelizmente são poucos que lutam
São poucos que nos ajudam a mudar
A desigualdade é nítida Tudo culpa do maldito dinheiro
Como pode um papel mudar o mundo inteiro Existem famílias cheias de exagero Também existem as que estão em desespero Alguns acordam bem cedo, outros dormem o dia
inteiro
Hoje em dia, nem o amor é verdadeiro
Arthur de Souza – Arthur Henrique – Beatriz Vianna
47
48
Meu Português tá certo
Aqui na minha terrinha O português também é falado
A língua também é minha E dizem que tá errado...
As veiz nóis perde a linha E fica um pouco irritado
Inté fica chocado
Nóis até tem paciência E não somo bobo não Quem conhece nóis sabe
Temo um bom coração A fé é grande acredite ...
Se não conhece nossa vida Não pode dar parpite
Dizem que nóis é preguiçoso Pensa num povo mentiroso
As cultura é diferente Então não vem julgar a gente
Pense antes de falar E aja consciente
Vamo ser feliz e vivem bem, gente!
Manoela – Isadora – Gustavo Castilho – 1ª série B
49
50
A força do Nordestino
A linguagem nordestina É muito discriminada Por todo povo brasileiro Mas, isso não tá com nada
Pois ela só é diferente precisa ser respeitada
Que nem gente descente que deve ser admirada
Ao falar do nordestino Acho bom lavar a boca Quem só conversa asneira
Tem conversa pouca
Sendo um neonazista ou tolo racista Deixe sua atitude tosca
Deixar de ser idealista
O homem nordestino Na verdade, é aguerreado
Reconstrói o seu destino se ele for menosprezado Ele nasceu lá no Nordeste
É forte, é cabra da peste É ser cabra destemido
É sua natureza, isso não pode ser alterado
Victória – Eduarda – Laura
51
52
A beleza da arte moderna
A arte moderna não é digna Quem a faz não tem vida
Sempre sem sentido Não importa se tem existido
Por que fazer pinturas E estranhas arquiteturas Relatando suas amarguras?
Aqui, no incrível sertão Arte moderna, sem valor Fazemos nossa música no tambor
Será que tudo é feito com amor?
E aquelas danças estranhas Em que todos se jogam no chão?
Tudo isso apenas por diversão?
Pense nas dramatizações Estão realmente encenando
Ou imitando leões
Tudo é diferente por ande eu ando As pessoas se importam mais com isso
Do que com a pobreza no sertão O que custa estender a mão?
Julia – Cesar – Aynoa – 1ª série C
53
54
A cor que corre meu sangue
Venho falar de evolução Venho falar de preconceito Do jeito que essa gente sofre
Passar em branco não pode É, eu vi os militares de farda,
No morro, matar a mulata
Eu ouvi o menino gritar “corre minha mãe caiu, lá”
Mais sangue derramado ao chão Mais um coração sem batida
É preconceito tirar vida?
É coração que acelera a cada dia
Menino, vai, não chora, sei que o chicote dói nas costas Mas, a dor faz parte da sua história
Mostra pra esse povo a sua garra
Você é melhor, você sabe
Eles mentem, mas você conhece a verdade A saudade dói,
Eu sei que tu serás vitorioso
Não deixe subir à cabeça essa dor que corrói Pois, o sangue dela corre em tua veia Não se esqueça que colherá tudo que semeia
Amanda J. – Amanda M. – Vitor – 1ª série C
55
56
O amor não tem preço
Hoje eu vim aqui cantar Uma breve história
Que acontece no Nordeste, lá no sul do Ceará Uma moça bem bonita
Que era cheia da grana Por um cara sem dinheiro
Foi logo se apaixonar
A mocinha na janela Recebeu uma cantiga Não sabia que era com ela Mas, foi logo ficando ativa
Ficou olhando iludida
E foi totalmente surpreendida
Com o moço da rocinha, beijando-a todinha
Ela ficou toda sem graça
Ao perceber que estava apaixonada Pelo moço da rocinha
Que de dinheiro não tinha nada Dinheiro não a importava
Para isso ela não ligava O que ela queria era ser amada
Gabriela – Letícia – Vitória – 1ª série C
57
58
Racismo não
Quero abordar o preconceito racial Que partiu de uma ideologia
Do pensamento social Que é um conjunto de cultura De valores e também de posturas
De uma sociedade desigual
Esse pensamento surgiu desde a escravidão
Os negros não eram considerados cidadãos Eram excluídos da sociedade
Pois não havia igualdade Só discriminação
A partir daí, apareceu a superioridade Do branco sobre o negro
Havia autoridade
Por terem cargos altos Os negros só teriam baixos
Isso é a realidade
A crença na existência da raça social
Branco, “negão”, indígena e também oriental contribuem para o conceito
Aumentando o valor deste conceito
Gustavo – Alan – João Luiz – 1ª série C
59
60
Se liga, mané
O preconceito está a nossa volta Das mais variadas formas
Pare com essa revolta
Seu coração precisa de umas reformas O preconceito regional
É horrível meu senhor Não aparece no jornal Mas me dá muito pavor
Dói no coro, dói na mente Seu efeito não é amor
Não seja divergente Faça a si mesmo esse favor
Dói no coro, dói na mente Seu efeito é apenas dor
Pessoas vivem friamente, mais amor por favor
E você que é negro, gordo ou fala “errado”
Não viva em desespero Sei que é muito complicado Nem pense em ficar triste
Seja rico ou seja pobre Sorria pra você, não pra mim
Fará a ti um gesto nobre
Francielly – Jhemilly - Paulo
61
62
O mal capitão
Na Alemanha onde tudo começou Adolf Hitler uma guerra iniciou
Tirou a paz do mundo belo E implantou nele um novo elo
Na busca pela perfeição Tirando vidas sem compaixão Mesmo assim foi chamado capitão
Hitler era o líder dos nazistas Sempre preparado para riscar a lista Implantando sua ideologia pela nação
Espalhando rancor do seu coração Quis prevalecer a raça ariana E acabou separando a raça humana
Tirando de todos a esperança
Com todo caos no mundo Acabou seu ímpeto imundo Depois de todo seu esforço em vão
Não aguentou toda pressão Então se suicidou
Que bom que sua loucura acabou E paz ao mundo retornou
João – Vinicius – Bruno – 1ª série C
63
64
Vira Macho
Eu estava aqui pensando E fiquei muito abismado Com o que está acontecendo
Com a galera desse lado Estamos perdendo o respeito
Estamos sendo humilhados
E isso só pode ser culpa, desse bando de mal-amado
Aonde já se viu, acho isso um absurdo
Está tudo fora dos trilhos, fazendo o povo de mudo Até a televisão acata essa sacanagem
Querendo mostrar que é ”realidade”
Isso não é uma verdade Por culpa dessa má criadagem Agora tudo que se vê é viadagem
Não posso nem fazer uma piada para entreter Vão querer me julgar e até me prender Tão dizendo que o que eu faço é homofobia Logo eu que estou tentando, trazer a alegria
Está tudo tão estranho, está tudo mudando Acredita? Até tem homem engravidando
Quer saber, eu vou falar o que eu acho É melhor que esse povo comece a virar macho
Livia – Amanda Elesbão – Luana Alencar
65
66
Sempre índios
No início tudo era festa Nós éramos livres na floresta Libertos sem correntes na mão Se um errava sempre tinha perdão Todos com sorriso que ia até a testa
Não tinha alegria como esta Lá não existia nenhum padrão Éramos unidos como uma nação
Até que os portugueses chegaram E o nosso sangue derramaram Naquele momento o amor desapareceu E o ódio, rancor e tristeza prevaleceu
No mar, pobres escravos fizeram Aos poucos, eles nos mataram Ao horizonte o céu escureceu E meu povo inteiro, a morte conheceu
Minha linda floresta ele derrubou E meus pequenos animais caçou E a tristeza no espelho refletiu
O meu simples mundo sumiu E a nossa riqueza saqueou
Para sua Terra natal nunca voltou E o nosso Deus diminuiu
Aos poucos roubou nosso Brasil
Luiz – Gabriel - Otávio
67
68
Seja
Existe respeito nesse mundo?
Para mim soa tão confuso Alguém que é diferente
Em um mar de gente Lutando por igualdade E talvez essa igualdade
Seja um sonho de viver em liberdade
Ser quem quiser ser Homem ou mulher Sem medo de errar
Seja transparente, seja você Seja gente mesmo que te julguem Existem pessoas que nasceram para amar
E outras para julgar
O amor é cura
Remédio para alma ferida Estamos no mesmo caminho
Preto, branco, colorido Pessoas lutando por seu destino
Aqui ou ali sempre vai existir Alguém que te julgue até cair
Mayumi – Melissa – Aline
69
70
Minhas gírias
Não entendo o porquê
Do preconceito com o Nordeste Será que o jeito de ser
Ou a roupa que vestem?
Talvez por puxar mais o “ê”
E pular um pouco do “r”
Por que esse preconceito com o Nordeste?
Eu sei que temos um jeito ousado De ficar de bobeira
Vai tomar um tapaço Só para parar de sê abestado Mas desde piá falo desse jeito
Eu amo minha forma de dizê E também amo esse jeito de sê
Mas, temos que aceitar Todos somos iguais
Não temos que nos diferenciar Ame seu jeito de brilhar
Nunca pare de amar Se todos nos unirmos O mundo vai melhorar
Erick – Felipe - Augusto
71
72
Arte em uma folha
O preconceito existe E muitos dizem que faz parte
Vamos falar agora Do preconceito com a arte
Tal fato vem acontecendo, é fácil de perceber Discriminação que vem crescendo
Não consigo entender
Os gostos estão diferentes E é a grande variedade Um preconceito incoerente
Por conta da vaidade
Um ódio que é crescente, que se espalha na cidade No coração de tanta gente
Sem nenhuma necessidade
Julgar uma escolha Que por outra foi realizada
Uma arte numa folha, passa ser discriminada Por não ser tão comum
Se torna coisa errada Não tem o porquê de ser assim
Só depende de nós a chegada desse fim
Lídia – Leonardo – Milena – 1ª série D
73
74
Minha arte, minha cultura
A cultura do Nordeste Eu vou apresentar
Aquela que chamam de peste E vivem a julgar
A literatura de Cordel, que vem do Nordeste E a xilogravura no papel
No azul do meu céu
Em uma Terra clara De um povo que declara
Sua vida no cordão em meio à multidão Nas feiras do Nordeste
A cultura nos veste Direito de cidadão É a nossa valorização
Você pode não gostar Da minha arte, minha cultura
Mas, vai ter que me aturar
O Cordel está a sua altura, com toda sua formosura Minha arte é minha armadura
Então não tem amargura A arte é nossa cura
Julia Tomaz – Letícia – Igor – 1ª série D
75
76
A Língua do Preconceito
De Norte a Sul De Leste a Oeste São tantos sotaques Guri, mano, cabra da peste
Paulista, mineiro, carioca Cada um conhece de um jeito
Beju, zarolho, tapioca
O cabra sai do interior Tenta a vida na cidade E o povo com a sua maldade
Vai corrigir a linguagem Do interior o senhor Com conhecimento de doutor
Que nem mesmo se formou
O preconceito linguístico Se mostra em todo lugar
É um mal a ser vencido Uma opção é não julgar Então povo convencido Aprenda não criticar E comece a respeitar
André – Fabrício – Larissa – Paulo
77
78
Olha o Preconceito
No Nordeste, no Sul
No Sudeste ou no Centro-Oeste O preconceito é constante
Com o sotaque prevalece O Brasil é um país Que muitos sotaques têm
Oxente, mano, guri, uai e mainha também
Na mistura dos sotaques Feio! Olha o preconceito Pela falta de umas letras Ou pela palavra não dita direito
As cinco regiões do Brasil, falam a língua de Portugal
As pronúncias podem ser difíceis Mas, suas diferenças as tornam especiais
Mesmo com as diferenças Somos todos um só país Temos algumas semelhanças
E assim eu sou feliz
Hoje, os sotaques são bons e até são engraçados Eles dizem quem nós somos
Contam um pouco do nosso passado
Anny – Jeniffer – Camille
79
80
Mal sabe Zezinho
Eu nem sabia que eu falava errado E diziam que eu não estava certo Mal sabia Zezinho que tudo é variado Nossa cultura, Língua está tudo certo
Ocê vem me corrigindo
Se achando o centro do universo Bicho ignorante, arrogante
Bicho não coeso
Mal conhece o Brasil direito Vivendo numa gaiola Mal conhece sua história Gostoso da vida com sua situação
Somente engaiolada ou vai levar até o caixão Vivem-no a “Nossa Pátria”
Mas, já quiseram separar de nós Onde querem chegar com essa oratória?
Nós é humano também, pensa, sente como ôces Nós não é burro não
Nossa arte é cultura Se carrega no coração
Goste ocês ou não
Thais – maria – Beatriz – 1ª série D
81
82
O preconceito pelo Brasil
Meu amigo, nosso Brasil Está ceio de diferenças Cada um tem suas manias Seu sotaque, suas crenças
Todos têm uma qualidade E em qualquer cidade O que importa é ser gentil
Só não pode preconceito Não vai falar bobeira Em São Paulo é mandioca E no Nordeste é macaxeira
Temos muitos patrimônios E infinito sonhos
O que importa é o respeito
Nesse Cordel eu te conto Que preconceito é sacanagem
Sotaque é nossa natureza E pelo Brasil faça uma viagem
Onde verá que a diferença é nossa história E em qualquer região para o preconceito não há
vitória
Ana Flavia – Fernanda – Isabela – 1ª série D
83
84
Cordel
Como nordestino me caracterizo Meu sotaque é motivo de piadas
Xenofóbicos são sem juízo Com frases formadas
Prontas para puxar o gatilho De frases humilhadas Para o suicídio me inclino
Minha família não entende Não entende a minha dor
Eles não são do interior E não sabe o que a gente sente
“É só brincadeira”, com tom de rancor É a nossa mente, mente
Achando que tem um pouquinho de amor
Já não sei mais o que é ser livre Sem ao menos te julgarem Tanto sofrimento que já tive Para um dia minha luz apagarem Quero ver agora quem sobrevive
Em meio de tanta malandragem Hoje eu vivo triste
Amanhã sinto saudades
Ana Clara – Gabrielly – Kamila – 1ª série D
85
86
Índole de boa fé
Quando Deus criou o mundo Ele fez muito bem feito Com gente de toda índole Nos deu todos os conceitos
Para vivermos na paz Nos amando cada vez mais
E livres do preconceito
E com o passar dos anos Muita gente se mudou
Uns viraram idiotas Outros viraram doutor Mas, foram os cabras da peste
Da Terra de Virgulino Que Jesus abençoou
Abençoou de tal forma Que muita gente reclama Mas nós não somos culpados
E tão pouco condenados Porque Deus tanto nos ama
Por isso os invejosos Nos agridem e nos difama
Beatriz – Marcelly – Isabelly – Mariele – 1ª série D
87