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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO

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RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO

3º TRIMESTRE 2009

(NÃO AUDITADO)

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SAG GEST – Soluções Automóvel Globais, SGPS,SA Sociedade Aberta

Capital Social: EUR 169.764.398 NIPC: 503 219 886

Matriculada na CRC da Amadora sob o n.º 503 219 886 Sede: Estrada de Alfragide, nº. 67 – 2614-519 Amadora

Escritórios: Alfrapark – Edifício SGC, Piso 2 2614-519 Amadora

Tel: 21 359 66 64 Fax: 21 359 66 74

E-mail: investor.relations@sag.pt Web: http://www.sag.pt

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RELATÓRIO DE GESTÃO CONTAS CONSOLIDADAS

(NÃO AUDITADAS)

3º Trimestre 2009

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Exmos. Senhores Accionistas,

De acordo com os Estatutos e as disposições regulamentares aplicáveis, o Conselho de Administração da SAG GEST – Soluções Automóvel Globais SGPS SA apresenta o Relatório da Actividade, as Demonstrações Financeiras Consolidadas e respectivas Notas em relação ao período de nove meses findo em 30 de Setembro de 2009.

RELATÓRIO DA ACTIVIDADE

1. ACTIVIDADES

1.1. Comércio Automóvel

O mercado Português de Veículos Ligeiros (que inclui as Viaturas Ligeiras de Passageiros – VP – e os Veículos Comerciais Ligeiros – VCL) manteve, a nível acumulado nos primeiros nove meses do ano, a acentuada tendência de queda registada nos trimestres anteriores, com uma redução de 31,2% em relação ao mesmo período de 2008.

Apesar do contexto geral, a SIVA manteve a sua posição de liderança, matriculando um total de 17 625 viaturas, o que representou uma redução de 25,2% em relação ao volume registado no período homólogo de 2008. Esta redução foi substancialmente menor do que a verificada no mercado e, como consequência, a quota de mercado das Marcas representadas reforçou-se em 1 ponto percentual.

No mercado dos Veículos de Passageiros (VP), as Marcas representadas pela SIVA alcançaram um volume de 16 588 unidades, que representaram uma quota de mercado de 14,7% (contra 13,3% no acumulado do 3º Trimestre de 2008).

A Volkswagen e a Audi foram as Marcas que mais contribuíram para o reforço de quota da SIVA neste mercado, muito em resultado do sucesso que têm registado os novos modelos que começaram a ser comercializados em 2008, como o Tiguan, o Golf Variant e o novo Golf, da Volkswagen, e o Audi A4, Audi A4 Avant e Q5, da Audi.

Nos Veículos Comerciais Ligeiros (VCL) onde, no mesmo período, a contracção do mercado foi superior a 34,3%, a quota de mercado da SIVA situou-se em 3,89% (contra 4,92% no período homólogo do ano anterior), tendo sido vendidas 1 037 viaturas.

É de salientar o facto de que, perante a já referida redução do mercado de mais de 31%, a que contribuiu para o decréscimo do volume das viaturas comercializadas pela SIVA em cerca de 25%, o Volume de Negócios desta Empresa registou uma diminuição de apenas 15% em relação ao valor do 3º Trimestre de 2008.

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(apenas menos 2,7% do que o volume registado no mesmo período de 2008), e 1 387 viaturas usadas (representando um aumento de 21,3% em relação ao volume de vendas do 3º Trimestre de 2008) na rede de concessionários Soauto. Os volumes relativos a 2009 já incluem os que foram originados pela Loures Automóveis, que integrou o Grupo SAG apenas partir de 1 de Agosto de 2008.

Na mesma área de negócios, os indicadores do volume de serviço registaram uma evolução muito positiva em comparação com o mesmo período de 2008, com o número de passagens em oficina a registar um crescimento assinalável de 16,4%.

1.2. Serviços Automóvel a) Portugal

No negócio do AOV em Portugal, que é desenvolvido através da Santander Consumer Multirent, verificou-se um aumento de cerca de 2% no nível de actividade comercial, quando comparado com o ano anterior, traduzido na produção de cerca de 4 700 novos contratos, dos quais cerca de 2 300 representam prorrogações de contratos já existentes. Em consequência, a carteira de contratos ascendeu a 10 685 unidades, a que corresponde um valor de capital financiado de € 166,1 milhões (menos 8,1% do que o valor que se verificava em 30 de Junho de 2008).

A Empresa reforçou, em 2009, a sua actividade na área da gestão de serviços relacionados com as viaturas de Clientes, prestando serviços que incluem a extensão de garantias, a manutenção e revisões a viaturas e outros serviços semelhantes. A 30 de Setembro de 2009, a carteira deste tipo de contratos incluía mais de 8 000 contratos, o que representa um aumento de 47% em relação ao volume sob gestão em 30 de Setembro de 2008.

Na actividade de Leilões de Automóveis (Remarketing), a Manheim Portugal aumentou muito substancialmente a eficiência das suas operações, aumentando o seu rácio de conversão (relação entre o número de viaturas vendidas e o número de viaturas apresentadas em leilão) de 20,8%, em 2008, para 23,5%.

b) Espanha

Em Espanha, a participada Santander Consumer Iber-Rent detinha, no final do 3º Trimestre de 2009, uma frota de 13 224 viaturas, correspondendo a um capital financiado de € 151,4 milhões, evidenciando uma redução de cerca de 43% em relação ao valor da carteira na mesma data em 2008. Esta redução reflecte a quebra ocorrida no mercado automóvel em Espanha.

c) Polónia

A Santander Consumer Multirent, Sp Zoo, que iniciou a actividade em Março de 2008, detinha no final de Setembro de 2009 uma carteira com cerca de 2 500 contratos.

d) Brasil

Nos primeiros nove meses de 2009, a actividade no Brasil, desenvolvida através da Unidas, registou um crescimento moderado, com uma redução na actividade de Renting que foi mais do que compensada pelo aumento registado na actividade de Rent-a-Car, na sequência da implementação das medidas de reorientação estratégica adoptadas em 2008 com o objectivo de privilegiar a rentabilidade.

No negócio de Renting, o número de contratos (incluindo a actividade de Franquias) ascendia a 19 254, o que representa uma redução de 19,8% em relação ao volume verificado no final do mesmo Trimestre do ano anterior. O capital financiado totalizava 525 milhões de reais (aproximadamente € 210 milhões). Os principais indicadores de rentabilidade evoluíram favoravelmente, com o rácio da Receita Líquida / Activo Médio Total a progredir de 32,5% para 37,5%, e o rácio da Margem Líquida / Activo Médio Total a aumentar de 15,2% para 19%.

As actividades de Rent-a-Car registaram um crescimento muito substancial do nível de produção, com o número de dias de aluguer a ultrapassar os 950 mil, o que representa um aumento de cerca de 39%

relativamente ao ano anterior. Nesta área da Unidas é de salientar o sucesso que tem vindo a registar a parceria “Fly and Drive” estabelecida com a transportadora aérea GOL em Maio de 2009.

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1.3. Reciclagem de Viaturas em Fim de Vida (VFV)

A Ecometais, empresa adquirida pela SAG no 2º semestre de 2007, e que desenvolve a sua actividade na área da reciclagem de viaturas em fim de vida e de outro tipo de resíduos metálicos, processou, durante os primeiros nove meses de 2009, cerca de 31 mil toneladas de matéria-prima.

2. RESULTADOS ACUMULADOS ATÉ AO FINAL DO 3º TRIMESTRE DE 2009

O resultado líquido consolidado da SAG no 3º Trimestre de 2009 foi negativo em € 7,6 milhões, e o resultado líquido acumulado no final do nove meses findos em 30 de Setembro de 2009 apresenta um prejuízo de € 9,2 milhões.

Este valor inclui o reconhecimento de amortizações aceleradas – calculadas nas actuais condições de mercado – no valor de cerca de € 15,6 milhões (com um impacto negativo de € 10,2 milhões no resultado líquido consolidado) para ajustar o valor das viaturas que integram a frota da Unidas ao valor de realização previsto para a data em que cessa a sua utilização.

Os preços das viaturas semi-novas e usadas foram negativamente afectados na sequência da adopção temporária de isenções fiscais que resultaram em substanciais reduções no preço de venda de viaturas novas no mercado brasileiro durante todo o ano de 2009. A reposição da anterior fiscalidade automóvel será feita de forma progressiva a partir do início do 4º Trimestre de 2009, sendo razoável esperar que se venha a verificar alguma recuperação das condições de preço vigentes no mercado brasileiro de viaturas usadas e semi-novas.

Tal como ocorreu em relação ao 1º Semestre de 2009, foram adoptadas, com efeitos retroactivos a 1 de Janeiro de 2009, as alterações introduzidas no IAS 16 (Property, Plant and Equipment) no que respeita ao tratamento de activos detidos para arrendamento. No casos, como o da Unidas, em que os activos detidos para serem arrendados são recorrentemente vendidos depois de terminado o período de arrendamento, a IAS 16 determina agora que, no final do prazo de arrendamento e quando ficam disponíveis para venda, estes activos devem ser transferidos para existências. Em consequência, as receitas destas vendas, quando ocorrem, devem ser reconhecidas como proveitos, sendo naturalmente os custos contabilísticos dos activos vendidos reconhecidos como custo das vendas.

Esta alteração não teve qualquer impacto nem nos resultados líquidos consolidados nem nos resultados líquidos da Unidas, uma vez que se traduziu numa mera reafectação, dentro da Demonstração de Resultados, dos ganhos e perdas associados à venda, pela Unidas, de veículos semi-novos e usados, que passaram a ser reflectidos no EBITDA.

Em consequência desta alteração, e para efeitos de comparação, foram ajustadas as Demonstrações Financeiras relativas a 2008.

No período de nove meses findo em 30 de Setembro de 2009, o Volume de Negócios consolidado, já ajustado pelo efeito das alterações atrás referidas ascendeu a € 625,7 milhões, menos 11,5% do que o valor registado no mesmo período de 2008.

O valor das Vendas consolidadas (incluindo já o montante das vendas de veículos semi-novos e usados da Unidas, que atingiu € 95,5 milhões nos primeiros nove meses 2009 e € 108,0 milhões no mesmo período de 2008) foi de € 517,7 milhões, o que representa uma redução de 15,1% em relação ao valor registado no período homólogo de 2008.

O valor das vendas realizadas em Portugal (que corresponde, na sua maioria, a vendas de viaturas realizadas num mercado que, como acima se refere, apresentou uma redução em volume de 30%) registaram uma redução de 15,9% em relação ao valor dos primeiros noves meses de 2008.

O valor consolidado da Prestação de Serviços registou um aumento de 10,6% em relação ao valor acumulado registado até 30 de Setembro de 2008. O valor originado pelas actividades da Unidas aumentou 10,4%, enquanto que o crescimento das actividades de pós-venda (que inclui em 2009 o contributo da Loures Automóveis, empresa adquirida apenas no 2º Semestre de 2008) contribuiu muito significativamente para o aumento de 12,2% evidenciado no valor da Prestação de Serviços em Portugal.

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redução de 3,0% em relação ao valor que se verificava no final dos primeiros noves meses de 2008, apesar de incluírem cerca de € 1,5 milhões respeitantes à apropriação de custos respeitantes à implementação de medidas de reestruturação orgânica.

O EBITDA, que passou a incluir os ganhos e as perdas associados à venda dos veículos semi-novos e usados da Unidas, atingiu € 63,4 milhões, o que representa um crescimento de 6,8% em relação ao valor ajustado do mesmo período de 2008 (€ 55,8 milhões).

O Resultado Financeiro consolidado apresentou, no total, um aumento homólogo de custos no valor de cerca de € 6,3 milhões, para o que contribui muito significativamente a redução dos resultados (apropriado através do método da equivalência patrimonial) das Empresas Associadas onde a SAG detém participações minoritárias.

3. ESTRUTURA FINANCEIRA

Os capitais próprios consolidados registaram novo reforço de cerca de € 2,9 milhões, em comparação com o valor evidenciado em 30 de Junho de 2009, e em 30 de Setembro de 2009, ascendiam a € 88,8 milhões (mais € 27,0 milhões, ou 43,8%, do que em 31 de Dezembro de 2008). Este aumento resultou da evolução favorável da cotação do Real Brasileiro em relação ao Euro, que provocou uma redução muito significativa do valor negativo do ajustamento de conversão das Demonstrações Financeiras da Subsidiária Unidas (que são denominados em Reais Brasileiros).

A dívida líquida consolidada era em 30 de Setembro de 2009 de € 541,8 milhões, dos quais o equivalente a € 236,0 milhões (43,6% da dívida líquida consolidada total) são contratados directamente pela Unidas SA para financiamento da sua actividade.

Em relação aos valores de 31 de Dezembro de 2008 e de 30 de Junho de 2009, a dívida líquida da Unidas SA registou aumentos de, respectivamente, € 8,4 milhões e € 12,7 milhões que se ficam a dever, exclusivamente, à apreciação do Real Brasileiro em relação ao Euro. De facto, em Reais Brasileiros, a dívida líquida da Unidas registou uma redução de R$ 125,9 milhões (17,0%) em relação aos valores de 31 de Dezembro de 2008, e uma diminuição de R$ 1,4 milhões em comparação com os montantes reportados em 30 de Junho de 2009.

A dívida líquida em Portugal registou um aumento de € 72,5 milhões (31,1%) quando comparada com o valor evidenciado em 31 de Dezembro de 2008, e de € 21,9 milhões em realção aos valores referidos a 30 de Junho de 2009.

Em consequência destas alterações, o rácio “Debt to Equity” consolidado em 30 de Setembro de 2009 era 6,10, registando uma significativa melhoria em relação ao valor de 7,46 apresentado com referência a 31 de Dezembro de 2008.

Alfragide, 27 de Novembro de 2009 O Conselho de Administração

Dr. João Manuel de Quevedo Pereira Coutinho Engª Esmeralda da Silva Santos Dourado Dr. Carlos Alexandre Antão Valente Coutinho Dr. Fernando Jorge Cardoso Monteiro Dr. António Carlos Romeiras de Lemos Dr. Rui Eduardo Ferreira Rodrigues Pena Dr. José Maria Cabral Vozone

Engº Pedro Roque de Pinho de Almeida

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONTAS CONSOLIDADAS

(Não Auditadas)

3º Trimestre 2009

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NOTAS ÀS

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONTAS CONSOLIDADAS

(NÃO AUDITADAS)

3º Trimestre 2009

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NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 30 DE SETEMBRO DE 2009

1. INFORMAÇÃO GERAL DA ACTIVIDADE DO GRUPO

As Demonstrações Financeiras Consolidadas da SAG Gest referidas a 30 de Setembro de 2009 foram aprovadas e autorizadas para apresentação pelo Conselho de Administração.

As contas são consolidadas em Portugal. O Grupo SAG, do qual a SAG Gest - Soluções Automóvel Globais SGPS, SA (abreviadamente SAG GEST SGPS SA) é a Empresa-Mãe, é constituído por Empresas que actuam em diferentes áreas de negócio, em Portugal, em Espanha, no Brasil e na Polónia designadamente no comércio de distribuição e retalho, em Portugal, das marcas Volkswagen, Audi, Skoda, Bentley e Lamborghini, na comercialização de usados multi-marca, na preparação de viaturas novas e na reparação de carroçarias, no Aluguer Operacional de Viaturas – produtos e serviços de aluguer automóvel de médio e longo prazo, contratos de manutenção, serviços de rent-a-car, na mediação de seguros, nos leilões de viaturas semi-novas e usadas e na reciclagem de veículos em fim de vida.

A SAG GEST SGPS SA, cuja actividade é a gestão de participações sociais, tem sede social na Estrada de Alfragide Nº 67 – Alfragide, Amadora.

2. RESUMO DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS 2.1 Bases de preparação

As Demonstrações Financeiras Consolidadas incluem as contas da SAG GEST SGPS, SA e das filiais em cujo Capital Social esta participa directamente e de modo maioritário, ou exercendo o controlo da sua gestão. As Demonstrações Financeiras destas Empresas foram integradas pelo método de consolidação integral, com a excepção das respeitantes às empresas Santander Consumer Iber-Rent SL, Santander Consumer Multirent, Sp.z.o.o., Autolombos, Lda., CRE SGPS e Manheim, Lda., onde se aplicou o método da equivalência patrimonial.

Todos os valores constantes das Notas e para as quais não esteja indicada outra unidade monetária, estão expressos em EUROS.

2.2 Declaração de conformidade

As Demonstrações Financeiras Consolidadas foram preparadas em conformidade com as

“Internacional Financial Reporting Standards” (IFRS).

2.3 Declaração de consistência

As políticas contabilisticas adoptadas são consistentes com as aplicadas na preparação das Demonstrações Financeiras anuais referidas a 31 de Dezembro de 2008, excepto no que decorre da adopção, a partir de 1 de Janeiro de 2009, das novas Normas e Interpretações, como segue:

• IFRS 8 – Segmentos Operacionais

• IAS 1 – Apresentação das Demonstrações Financeiras (Revisão)

• Alterações à IAS 1 – Apresentação das Demonstrações Financeiras

• Alterações à IAS 16 – Activos Fixos Tangíveis

• Alterações à IAS 27 – Demonstrações Financeiras Separadas e Consolidadas

• Alterações à IAS 39 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Valorização

• Aterações à IFRS 7 – Instrumentos Financeiros: Divulgações

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Com excepção das alterações relativas à IAS 16 – Activos Tangíveis, cujos impactos nas Demonstrações Financeiras Consolidadas se encontram descritos nas Notas 8 e 12, e que implicaram ajustamentos nas Demonstrações Financeiras relativas a períodos anteriores (sem que fossem alterados os resultados consolidados do Grupo), a adopção destas alterações não produziu efeitos materialmente relevantes sobre a posição patrimonial e os resultados consolidados do Grupo.

2.4 Bases de Consolidação

As Demonstrações Financeiras Consolidadas, assim como as Demonstrações Financeiras separadas das Empresas que integram o actual perímetro de consolidação da SAG GEST SGPS, SA reportam-se ao período de nove meses findo em 30 de Setembro de 2009, e foram preparadas utilizando políticas contabilísticas consistentes entre elas, com excepção da Globalrent - Sociedade Portuguesa de Rent-a-car, Lda.e Unidas, S.A. onde, pelo facto de a respectiva actividade ter um carácter específico que, pela sua natureza, difere da actividade das restantes Empresas englobadas na consolidação, as viaturas afectas à actividade são registadas como equipamento básico.

Assim, o critério e as taxas de amortização aplicadas aos bens utilizados por estas Empresas, e incluídos nas Demonstrações Financeiras Consolidadas, são diferentes das que são utilizadas pelas restantes Empresas incluídas no perímetro de consolidação. No entanto, estes critérios de amortização são uniformemente aplicados em todas as Empresas do Grupo que desenvolvem actividades idênticas, como é o caso das Empresas acima referidas.

Foram eliminados, no processo de consolidação, os saldos e as transacções significativas (com os correspondentes proveitos e custos) realizados entre as Empresas incluídas no perímetro de consolidação.

As diferenças entre o valor contabilístico dos investimentos financeiros e os valores de aquisição das Empresas objecto de consolidação através da aplicação do método integral ou do método da equivalência patrimonial são relevados como segue:

• Nos casos em que o valor de aquisição seja superior ao valor dos capitais próprios adquiridos, em Diferenças de Consolidação Activas;

• Quando o valor de aquisição for inferior ao valor dos capitais próprios adquiridos, as diferenças apuradas afectam os Resultados Líquidos do exercício em que ocorra a aquisição.

As diferenças apuradas na data da primeira consolidação, independentemente da sua natureza, positiva ou negativa, foram contabilizadas na Situação Líquida.

Do conjunto de Empresas englobadas na consolidação pelo método de consolidação integral, ou da equivalência patrimonial de acordo com o procedimento divulgado, resultaram as seguintes diferenças de consolidação:

• Devedoras, reflectidas nos activos intangíveis (Nota 9), que resultam da entrada de novas Empresas no Grupo entre 1999 e 2009:

O Grupo aplicou a IFRS 3 – Business Combinations, com efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2004, pelo que a partir desta data deixou de ser considerada a amortização do “goodwill”

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gerado na aquisição das participações acima referidas. O valor do “goodwill” passou a estar sujeito, numa base anual, a testes de imparidade. Consideramos que o valor evidenciado no Balanço Consolidado se aproxima do respectivo valor recuperável.

• Credoras, reflectidas nos Capitais Próprios (Situação Líquida), e que resultam da primeira consolidação, efectuada em 1998:

O valor correspondente à participação de terceiros não relacionados é apresentado no Balanço Consolidado e na Demonstração de Resultados Consolidada na rubrica “Interesses Minoritários”.

Os interesses minoritários representam os interesses de terceiros não relacionados com o Grupo nas Subsidiárias Rolporto - Comércio e Indústria de Automóveis, S.A., Inovision - Tecnologias de Informação, S.A, Rolvia- Sociedade de Automóveis, S.A. e Loures Automóveis, S.A.

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2.5 Principais políticas contabilisticas

Edifícios e Equipamentos

Os Edifícios e Equipamentos encontram-se registados pelo respectivo custo de aquisição, ou por valor reavaliado. Todos os terrenos do Grupo são, desde 2001, reavaliados de 2 em 2 anos com base em avaliações técnicas efectuadas por peritos independentes. Estas avaliações são utilizadas como base para a realização dos testes de imparidade requeridos de acordo com as IFRS.

As amortizações são calculadas sobre o valor de custo ou de reavaliação, pelo método das quotas constantes, excepto nos casos referidos abaixo, de forma a amortizar totalmente os bens no fim da sua vida útil estimada, como segue:

%

Edifícios e outras construções 2,00 a 16,66

Equipamento básico 10,00 a 31,25

Equipamento de transporte 14,28 a 25,00

Ferramentas e utensílios 10,00 a 25,00

Equipamento administrativo 10,00 a 33,33

Outras imobilizações corpóreas 10,00 a 33,33

Na Unidas, SA, as amortizações das viaturas incluídas como equipamento básico que se encontram afectas às actividades de “Renting” são calculadas de forma a reflectir a perda de valor estimado da viatura durante a vigência do contrato a que respeitam.

Nas Empresas Globalrent e Unidas, SA, as amortizações das viaturas incluídas como equipamento básico que se encontram afectas, respectivamente, às actividades de “rent-a-car”

e de “Daily” são calculadas por forma a reflectir, pelo método das quotas constantes, a perda de valor estimado da viatura entre a respectiva data de compra e a data de venda prevista.

As despesas decorrentes da reparação e manutenção dos equipamentos são registadas como custo no exercício em que ocorrem.

Activos Intangíveis

Os Activos Intangíveis encontram-se valorizados pelo respectivo custo de aquisição. As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes, utilizando taxas que permitam a completa amortização destes activos até ao termo da sua vida útil.

Esta rubrica inclui as diferenças (“goodwill”) entre o valor contabilístico das Empresas incluídas no perímetro de consolidação através da aplicação do método integral e o respectivo valor dos capitais próprios à data da sua entrada no Grupo.

Nos termos do Apendice B do IFRS 1 (“First Time Adption of International Financial Reporting Standards”), optou-se por não se proceder à aplicação retroactiva dos cálculos para determinação do valor do “goodwill” nos termos do IFRS 3 (“Business Combinations”), nem à aplicação retroactiva do IAS 21 (“The Effects of Changes in Foreign Exchange Rates”) em relação às aquisições efectuadas em períodos anteriores a 1 de Janeiro de 2004.

Investimentos em Associadas

Os investimentos do Grupo nas Empresas Associadas encontram-se registados através da aplicação do método da equivalência patrimonial. Nestes termos, os investimentos são reconhecidos pelo respectivo custo de aquisição, ajustado por eventuais alterações

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subsequentes que ocorram na proporção detida pelo Grupo nos activos daquelas Empresas. O correspondente “goodwill” não é amortizado, sendo sujeito a testes anuais de imparidade.

Os resultados do exercício reflectem a apropriação pelo Grupo da sua proporção nos resultados das operações das Empresas Associadas.

Os dividendos recebidos no ano são deduzidos ao valor do Investimento Financeiro.

Activos Financeiros

Os activos financeiros classificam-se como segue, dependendo da intenção do Conselho de Administração na sua aquisição:

a) Empréstimos e contas a receber b) Investimentos detidos até à maturidade

c) Investimentos detidos para negociação mensurados ao justo valor através de resultados

d) Activos financeiros disponíveis para venda e) Outros activos financeiros.

a) Empréstimos e Contas a Receber

Incluem-se os activos financeiros não derivados com recebimentos fixos ou determináveis. Os saldos de clientes e de devedores são contabilizados pelo respectivo valor nominal, deduzido de qualquer perda de imparidade, por forma a que os valores incluídos nas Demonstrações Financeira reflictam o seu valor realizável líquido.

b) Investimentos Detidos até à Maturidade

Os investimentos detidos até à maturidade são classificados como Investimentos não correntes, excepto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data do balanço, sendo registados nesta rubrica os investimentos com maturidade definida que o Grupo tem a intenção e a capacidade de manter até essa data. Os investimentos detidos até à maturidade são registados ao custo amortizado, deduzido de eventuais perdas por imparidade.

c) Investimentos Detidos para Negociação mensurados ao justo valor através de resultados

Incluem-se nesta categoria os activos financeiros não derivados detidos para negociação, e os derivados que não qualifiquem para efeitos de contabilidade de cobertura (“hedge accounting”), e são apresentados como activos correntes.

Um activo financeiro está classificado como detido para negociação se for:

• Adquirido ou incorrido principalmente com a finalidade de venda ou de recompra num prazo muito próximo;

• Parte de uma carteira de instrumentos financeiros identificados que são geridos em conjunto e para os quais existe evidência de um modelo real recente de tomada de lucros a curto prazo;

• Um derivado (excepto no caso de um derivado que seja um instrumento de cobertura designado e eficaz).

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Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são registados na demonstração de resultados do período.

d) Activos Financeiros Disponíveis para Venda

Os investimentos disponíveis para venda são activos financeiros, não derivados, que o Grupo tem intenção de manter por tempo indeterminado, ou que são assim designados no momento da aquisição, ou que não se enquadram nas restantes categorias de classificação dos activos financeiros. São apresentados como activos não correntes, excepto se houver a intenção de os alienar nos 12 meses seguintes ao da data de balanço.

Após o reconhecimento inicial, os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus justos valores, por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem qualquer dedução relativa a custos da transacção que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos que não sejam cotados e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para venda são registados no capital próprio, na rubrica de Reservas, até o investimento ser vendido, recebido, ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que o ganho ou perda acumulada é registado na demonstração de resultados.

Existências

As Existências encontram-se valorizadas ao custo de aquisição ou ao valor realizável líquido, dos dois o mais baixo. O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda normal deduzido dos custos de comercialização.

O custo é determinado da seguinte forma:

• Viaturas Novas - Custo de aquisição e outras despesas adicionais de compra;

• Viaturas Usadas:

• Quando as viaturas em existências são resultantes de retomas, estão valorizadas ao custo de aquisição encontrado na avaliação pela retoma;

• As viaturas em existência que se encontravam afectas a contratos de “Renting” cujo prazo contratual expirou e que se encontram disponíveis para venda estão registadas pelo respectivo valor contabilistico referido à data do termo do contrato de “Renting” correspondentes. Este valor encontra-se deduzido de eventuais perdas de imparidade.

• Peças e restantes mercadorias - Custo médio de aquisição e outras despesas incorridas até à respectiva entrada em armazém.

Imposto Sobre o Rendimento

As Empresas incluídas na consolidação que cumprem os requisitos do artº nº 63º do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (CIRC) optaram pelo Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades (RETGS), para o exercício de 2009.

O Imposto sobre o Rendimento é o resultado do somatório dos impostos referentes a cada uma das Empresas englobadas na consolidação.

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De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das Autoridades Fiscais durante um período de quatro anos (cinco a dez anos para a Segurança Social, conforme aplicação do regime de transição). Deste modo, as declarações fiscais das Empresas incluídas na consolidação referentes aos anos de 2006 a 2008 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão, embora o Grupo SAG considere que eventuais correcções resultantes de revisões fiscais àquelas declarações de imposto não terão efeito significativo nas Demonstrações Financeiras Consolidadas à data de 30 de Setembro de 2009.

O Grupo adopta como procedimento o reconhecimento de impostos diferidos, de acordo com o estabelecido na IAS 12 (“Income Taxes”), como forma de especializar adequadamente os efeitos fiscais das suas operações, e de excluir as distorções relacionadas com os critérios de natureza fiscal que contrariam os efeitos económicos de determinadas transacções.

O movimento ocorrido durante o exercício, a reconciliação entre o imposto do exercício e o imposto corrente e a decomposição dos impostos diferidos estão apresentados na Nota 6.

Caixa e seus Equivalentes

Os valores das rubricas de Caixa e Depósitos à Ordem que figuram no Balanço Consolidado compreendem valores com uma maturidade de 3 meses ou menos, considerados pelo valor líquido de descobertos bancários.

Passivos Financeiros

Os passivos financeiros são classificados de acordo com a substância contratual, independentemente da forma legal que assumem, e classificam-se como segue:

a) Passivos Financeiros mensurados ao justo valor através de resultados b) Empréstimos Bancários

c) Contas a Pagar

a) Passivos Financeiros mensurados ao justo valor através de resultados

Incluem-se nesta categoria os passivos financeiros detidos para negociação, e os derivados que não qualifiquem para efeitos de contabilidade de cobertura (“hedge accounting”), e que sejam classificados desta forma no seu reconhecimento inicial.

Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos passivos financeiros mensurados ao justo valor através de resultados são registados na demonstração de resultados do período.

b) Empréstimos Bancários

Os empréstimos são registados no passivo pelo valor nominal, e o valor registado é líquido de comissões incorridas com a emissão desses empréstimos. Os encargos financeiros são calculados de acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na demonstração de resultados de acordo com o princípio de especialização dos exercícios.

c) Contas a Pagar

Os saldos de fornecedores e outros credores são inicialmente registados pelo seu valor nominal, que se entende ser o seu justo valor, e subsequentemente, sempre que aplicável, são registados ao custo amortizado, de acordo com o método da taxa de juro efectiva.

(21)

Activos e Passivos Contingentes

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas Demonstrações Financeiras Consolidadas, sendo divulgados nestas Notas, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos seja remota, caso em que não são objecto de divulgação.

Os activos contingentes não são reconhecidos, e apenas são divulgados quando é provável a existência de um benefício económico futuro.

Provisões

São constituídas Provisões quando a Empresa tem uma obrigação presente (legal ou construtiva) decorrente de acções passadas, que implique uma provável saída de recursos económicos para fazer face a essa obrigação, e esta possa ser medida com fiabilidade.

Julgamentos Profissionais

Na preparação das Demonstrações Financeiras Consolidadas de acordo com as IFRS, o Conselho de Administração utiliza estimativas e pressupostos que afectam a aplicação de políticas e montantes reportados. As estimativas e julgamentos são continuamente avaliados e baseiam-se na experiência de eventos passados e outros factores, incluindo expectativas relativas a eventos futuros considerados prováveis face às circunstâncias em que as estimativas são baseadas ou resultado de uma informação ou experiência adquirida. As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas demonstrações financeiras consolidadas são como segue:

a) Análise de imparidade do “Goodwill”

O Grupo testa anualmente, e sempre que se verifiquem circunstâncias que indiciem que o valor contabilistico possa estar em situação de imparidade, o valor do “goodwill” com o objectivo de verificar se o mesmo está em imparidade. Os valores recuperáveis das unidades geradoras de caixa foram determinados com base na metodologia do valor em uso. A utilização deste método requer a estimativa de fluxos de caixa futuros provenientes das operações de cada unidade geradora de caixa e a escolha de uma taxa de desconto apropriada.

b) Valorização e vida útil de Activos Intangíveis

O Grupo utilizou diversos pressupostos na estimativa dos fluxos de caixa futuros provenientes dos activos intangíveis adquiridos como parte de processos de aquisição de empresas, entre os quais a estimativa de receitas futuras, taxas de desconto e vida útil dos referidos activos.

c) Reconhecimento de Provisões e Ajustamentos

O Grupo é parte em diversos processos judiciais em curso para os quais, com base na opinião dos seus Advogados, efectua um julgamento para determinar se deve ser registada uma provisão para essas contingências.

Os ajustamentos para contas a receber são calculados essencialmente com base na antiguidade das contas a receber, o perfil de risco dos clientes e a respectiva situação financeira. As estimativas relacionadas com os ajustamentos para contas a receber diferem de negócio para negócio.

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e) Determinação do valor de mercado dos Instrumentos Financeiros

O Grupo escolhe o método de avaliação que considera apropriado para os instrumentos financeiros não cotados num mercado activo com base no seu melhor conhecimento do mercado e dos activos, aplicando as técnicas de avaliação usualmente utilizadas no mercado e usando pressupostos com base em taxas de mercado.

Instrumentos de Capital Próprio

Os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual, independentemente da forma legal que assumem. Os instrumentos de capital próprio emitidos pelas empresas do Grupo são registados pelo valor recebido, líquido dos custos suportados com a sua emissão.

Reconhecimento dos Proveitos

Os Proveitos são reconhecidos como tal, na medida em que é provável que benefícios económicos fluam para a Empresa, e que esses proveitos possam ser avaliados com fiabilidade.

Para que o proveito seja reconhecido é necessário também que sejam observados na íntegra os seguintes critérios:

Venda de mercadorias

O proveito é reconhecido quando os riscos e benefícios significativos resultantes da propriedade do bem tenham passado para o comprador, e o mesmo possa ser medido com fiabilidade.

No caso das viaturas, o reconhecimento do proveito coincide com a transmissão da propriedade da viatura, que ocorre, na maior parte dos casos, em simultâneo com a emissão da factura de venda.

Nas transacções onde, em simultâneo com a emissão da factura de venda, sejam assumidos, pela Empresa Vendedora, ou por uma outra Empresa incluída no perímetro de consolidação, compromissos de recompra dos mesmos veículos, foram aplicados os princípios constantes do IAS 18 (“Revenue”). Desta forma, não foram reconhecidos, nem os proveitos correspondentes aos valores de facturação, nem quaisquer outros custos ou proveitos associados a este tipo de transacções, que foram especializados, numa base de duodécimos, durante o período em que se mantêm estes compromissos que, geralmente, corresponde ao período de tempo que decorre entre a data de emissão da correspondente factura de venda e a data em que o veículo volta a ser adquirido.

Prestação de Serviços

Os proveitos relativos a prestação de serviços são reconhecidos no período em que efectivamente são prestados, independentemente de ter sido, ou não, emitida a respectiva factura.

Juros

Os proveitos relativos a juros a receber são periodificados, de forma a serem reconhecidos no período a que respeitem, independentemente de ser, ou não, emitido o respectivo documento de suporte.

Dividendos

Estes proveitos são reconhecidos quando, em substância, se constitui, na Empresa declarante, a obrigação de proceder à declaração de dividendos.

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Leasing

Os activos imobilizados adquiridos ao abrigo de contratos de locação financeira, ou de outros instrumentos contratuais que, na sua substância, configurem alugueres de natureza financeira, são contabilizados como alugueres financeiros (“financial leases”), de acordo com a IAS 17 (“Leases”) reconhecendo, por um lado, o imobilizado corpóreo deduzido das respectivas amortizações acumuladas e, por outro, as dívidas pendentes de liquidação, de acordo com o plano financeiro acordado. Os juros incluídos nas rendas e as amortizações são reconhecidos como custo no exercício a que respeitam.

Imparidade de Activos

O Grupo avalia, em cada data de reporte, se existem indícios de imparidade dos seus activos.

Sempre que estes se verificam, ou quando as IFRS requerem a realização de testes de imparidade, o Grupo estima o valor recuperável do activo em questão, que corresponde ao mais alto do correspondente justo valor, deduzido de eventuais custos de venda, ou ao seu valor de uso. Caso se verifique uma situação de imparidade, o valor do activo é reduzido por forma a reflectir o seu valor recuperável.

Transacções em moeda estrangeira

A moeda funcional e de apresentação das Demonstrações Financeiras Consolidadas da SAG GEST SGPS, SA, assim como das suas filiais e associadas, é o EURO, com excepção da Subsidiária Unidas, SA, cuja moeda funcional é o Real Brasileiro, e da Participada Santander Consumer Multirent Sp. Z.o.o., cuja moeda funcional é o Zloty Polaco. As Demonstrações Financeiras da Unidas, SA são transpostas para Euro, de acordo com os seguintes critérios:

• A Demonstração da Situação Patrimonial é convertida em Euros utilizando-se a taxa de câmbio em vigor no final do período;

• A Demonstração do Resultado Integral convertida em Euros resulta da adição de todas as Demonstrações do Resultado Integral mensais, depois de cada uma delas ser convertida em Euros utilizando a taxa de câmbio em vigor na data do final de cada mês.

As operações em moeda estrangeira (fora da zona Euro) são registadas ao câmbio da data da operação. Os valores a receber e a pagar em moeda estrangeira estão expressos em Euros às taxas em vigor à data de referência da Demonstração da Situação Patrimonial.

Todas as diferenças de câmbio que são apuradas em consequência da aplicação deste critério são reconhecidas como custos ou proveitos do exercício, com excepção das diferenças de transposição das Demonstrações Financeiras da Unidas, SA, que são registadas na Situação Líquida Consolidada.

Instrumentos Financeiros (e Instrumentos Financeiros Derivados)

Algumas Empresas do Grupo utilizam regularmente, no âmbito do normal desenvolvimento das suas operações, instrumentos financeiros, ou instrumentos financeiros derivados, com o único e explícito objectivo de minimizar a respectiva exposição aos riscos relacionados com flutuações de taxas de juro e de taxas de câmbio, e não para efeitos de negociação ou de especulação.

Os instrumentos de cobertura mais utilizados são registados como segue:

Cobertura do risco de flutuação de taxas de juros

Operações de “swap” de taxas de juro e “Forward Rate Agreements” – O justo valor dos instrumentos financeiros derivados são registados em Capitais Próprios e posteriormente reconhecidos em Resultados do exercício à medida que ocorrem os “cash flows” associados a essas operações. Os juros pagos e/ou recebidos são reconhecidos mensalmente durante o prazo da operação.

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Cobertura do risco de flutuação de taxas de câmbio

• Opções cambiais ou “forwards” cambiais relativos ao investimento em Subsidiárias localizadas no estrangeiro – o justo valor dos instrumentos financeiros derivados é reconhecido em Capitais Próprios, onde igualmente são registados os ajustamentos de transposição que decorrem da conversão para Euros das Demonstrações Financeiras dessas Subsidiárias;

• “Forwards” cambiais para cobertura dos riscos de flutuação das taxas de câmbio associados a financiamentos denominados em moeda estrangeira – os justos valores dos instrumentos financeiros derivados são registados em Capitais Próprios, e reconhecidos em Resultados do exercício numa base mensal, em simultâneo com o reconhecimento mensal do resultado das variações cambiais associadas ao passivo correspondente.

Estes procedimentos foram adoptados pelo Grupo de acordo com a correspondente política escrita, que foi aprovada pelo Conselho de Administração, e que entrou em vigor com efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2004.

O des-reconhecimento dos instrumentos financeiros ocorre quando o Grupo deixa de controlar os direitos contratuais que regem os instrumentos financeiros, o que acontece regularmente quando os instrumentos são vendidos ou quando todos os “cash-flows” atribuíveis a esses instrumentos são transmitidos para uma terceira parte.

Determinação do Valor de Mercado (“Fair Value”) dos instrumentos financeiros (e instrumentos financeiros derivados)

São integralmente adoptados os princípios e procedimentos definidos nos IAS 32 (“Financial Instruments: Disclosure and Presentation”) e IAS 39 (“Financial Instruments: Recognition and Measurement”).

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2.6. Empresas Incluídas na Consolidação

As Empresas filiais incluídas nas Demonstrações Financeiras Consolidadas, assim como os seus principais indicadores financeiros são os seguintes:

Estas Participadas foram consolidadas pelo método integral, com excepção das Participadas Santander Consumer Iber-Rent SL, Santander Consumer Multirent, Sp.z.o.o., Autolombos, Lda., CRE SGPS e Manheim, Lda., que foram consolidadas através da aplicação do método da equivalência patrimonial.

Ao longo do período de nove meses findo em 30 de Setembro de 2009 não se verificaram alterações relevantes ao perímetro de consolidação. As sociedades que integram o perímetro são as mesmas que em Dezembro de 2008, à excepção das 5 empresas da área do Retalho Automóvel detidas a 100% pela SAG GEST SGPS SA, que foram fusionadas numa só entidade.

Deste modo as empresas Castelimo, Justocar, Cervag, Cercascais e JM Seguro foram integradas numa nova Sociedade denominada Soauto Comércio de Automóveis S.A.. Esta operação de fusão seguiu o princípio da neutralidade fiscal e não teve qualquer impacto nas contas consolidadas do Grupo.

(26)

3. RELATO POR SEGMENTOS

O formato prioritário do Grupo é o relato por segmentos de negócio, e o secundário é o relato por área geográfica.

As áreas do negócio identificadas são geridas separadamente de acordo com a natureza dos produtos e serviços prestados. Cada segmento representa uma unidade de negócio estratégica que oferece produtos diferentes e serve mercados distintos.

O segmento das viaturas novas, usadas e peças corresponde designadamente ao comércio de distribuição e retalho, em Portugal, das marcas Volkswagen, Skoda, Audi, Bentley e Lamborghini, à comercialização de usados multimarca e à comercialização das peças e acessórios das respectivas marcas.

O segmento do serviço de aluguer de viaturas sem condutor corresponde essencialmente aos serviços de “Fleet Management”, “Renting”, “Rent-a-Car” e ”Daily” – produtos e serviços de aluguer automóvel de médio e longo prazo, contratos de manutenção e serviços de aluguer de viaturas sem condutor a curto prazo.

As outras operações compreendem nomeadamente a preparação e reparação de viaturas e a reciclagem de veículos em fim de vida e de sucatas.

Os preços de transferência entre os segmentos de negócio são praticados ”on an arm’s length basis”, de forma em tudo idêntica às transacções realizadas com terceiros não relacionados actuando de boa fé.

Os segmentos geográficos do Grupo são reportados de acordo com a localização física dos activos e das operações.

(27)

Segmentos de negócio

O quadro a seguir representa o resultado obtido, os activos e os passivos em 30 de Setembro de 2009 e comparativos com valores idênticos referidos a 30 de Setembro de 2008 em relação aos diversos segmentos de negócio onde o Grupo desenvolve as suas operações:

(28)

O quadro a seguir representa o resultado obtido, os activos e os passivos em 30 de Setembro de 2009 e 30 de Setembro de 2008 nos segmentos geográficos:

(29)

4. OUTROS PROVEITOS E OUTROS CUSTOS

Os Outros Proveitos e Outros Custos são compostos como segue:

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5. CUSTOS COM O PESSOAL

Os custos com pessoal detalham-se como segue:

Durante o período de nove meses findo em 30 de Setembro de 2009, o Grupo implementou diversas medidas de restruturação e reorganização, que incluiram a eliminação de diversas posições em todos os níveis da sua estrutura organizacional, e que implicaram o alargamento das funções e responsabilidades de várias posições.

Estas acções, que abrangeram todas as Unidades Operacionais do Grupo, em Portugal e no Brasil, encontram-se na base da redução que se verifica nos Custos com o Pessoal consolidados, apesar de incluirem já os custos incorridos com a sua implementação.

(31)

6. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

A estimativa para Impostos Sobre o Rendimento registada na Demonstração de Resultados Consolidados acumulada até 30 de Setembro de 2009 é calculada como segue:

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A rubrica de outros custos não dedutíveis inclui as diferenças de natureza permanente que se verificam entre a base contabilistica dos activos e a base fiscalmente relevante dos mesmos activos. O imposto foi calculado às taxas de imposto vigentes em cada País.

Os saldos das contas de Impostos Diferidos são compostos como se indica no quadro abaixo, onde são também identificadas as diferenças entre as bases fiscais e as bases de reporte dos respectivos activos:

O efeito líquido total do ano inclui ajustamentos que foram registados directamente na Situação Líquida e que, como tal, não tiveram impacto no resultado líquido do exercício.

Os ganhos e perdas em operações de “hedging” encontram-se registados nos Capitais Próprios pelo seu valor líquido de imposto. Os impostos correspondentes a estas operações, no valor de Eur 915959 encontram-se registados em Impostos Diferidos Passivos, e está evidenciado como Outros Itens do Resultado Integral na Demonstração do Resultado Integral.

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7. RESULTADOS POR ACÇÃO

Em 30 de Setembro de 2009, o Grupo SAG detinha 16 771 015 acções próprias.

O valor nominal das acções da SAG é de EUR 1 cada.

(34)

Os movimentos registados nas contas de Activos Fixos Tangíveis durante o ano de 2008 e o período de nove meses findo em 30 de Setembro de 2009 foram como segue:

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Os valores relativos a Terrenos e a Edifícios incluem EUR 7.316.338 e EUR 22.129.012, respectivamente, que respeitam a activos registados ao abrigo de contratos que configuram operações de “sale and lease-back”.

Perante a manutenção da tendência de redução dos preços que vem afectando o mercado Brasileiro de viaturas semi-novas e usadas, o Grupo decidiu registar, em Agosto de 2009, uma amortização extraordinária no valor de Eur 15.042.227,19 , de maneira a que o valor contabilistico das viaturas incluídas na frota da Subsidiária Unidas SA reflectisse a melhor estimativa do respectivo valor de mercado.

As alterações introduzidas na IAS 16 – Activos Tangíveis aplicam-se nos casos em que uma Empresa, no decorrer das suas actividades normais, habitualmente vende bens do seu activo imobilizado que se encontram afectos a contratos de aluguer a terceiros. O valor de venda destes bens deve ser reconhecido como Proveitos, de acordo com o IAS 18 (“Revenue”),e o valor contabilistico, no momento da venda, dos bens vendidos deve ser reconhecido como Custo das Vendas.

Estas alterações abrangeram o tratamento das actividades de vendas de viaturas semi-novas e usadas desenvolvidas pela Unidas SA, e impactaram as Demonstrações Financeiras Consolidadas referidas a 30 de Setembro de 2009, 30 de Setembro de 2008 e 31 de Dezembro de 2008 como segue:

O Grupo considera que, em 30 de Setembro 2009, não existem quaisquer indícios de imparidade em relação aos seus Activos Tangíveis.

9. ACTIVOS INTANGÍVEIS

A IAS 38 (“Intangible Assets”) define como activo intangível um activo não monetário, identificável, sem substância física, detido para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, para arrendamento a outros, ou para finalidades administrativas. Um activo é um recurso:

• controlado pela Empresa em resultado de acontecimentos passados;

• a partir do qual se espera que fluam benefícios económicos para a Empresa.

(36)

foram como segue:

(37)

O Grupo considera que, em 30 de Setembro de 2009, não existem quaisquer indícios de imparidade em relação ao valor do “goodwill” que se encontra registado.

10. INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS

Os investimentos em associadas estão decompostos como segue:

11. OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS

Os outros activos financeiros respeitam a outros títulos e aplicações de tesouraria.

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12. EXISTÊNCIAS

As existências detalham-se como segue:

(39)

13. DÍVIDAS DE TERCEIROS

As dívidas de terceiros detalham-se como segue:

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O detalhe das contas a receber de Clientes, de acordo com a respectiva antiguidade, à data de 30 de Setembro de 2009, é o seguinte:

14. IMPOSTOS CORRENTES SOBRE O RENDIMENTO A RECEBER

O valor do saldo a receber relativo a Impostos Correntes Sobre o Rendimento é composto como segue:

15. OUTROS IMPOSTOS A RECEBER

O valor do saldo a receber relativo a Outros Impostos é composto como segue:

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16. CAIXA E EQUIVALENTES

O saldo de Caixa e Equivalentes tem a seguinte composição:

Os valores incluídos na rubrica de Caixa e Equivalentes são determinados por forma a incluir apenas os valores cuja realização é possível num período inferior a três meses contados a partir da data do Balanço, e incluem os valores dos saldos credores que, na mesma data, se verificam nas contas bancárias.

Em 30 de Setembro de 2009 as Empresas do Grupo dispunham de linhas de financiamento no valor de EUR 44.167.507 disponíveis para futuras utilizações na satisfação das suas necessidades operacionais.

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17. EMISSÃO DE CAPITAL E RESERVAS

Em 30 de Setembro de 2009, o Capital Social encontrava-se representado por 169.764.398 acções ordinárias com o valor nominal de 1 Euro cada, e estava integralmente realizado.

As acções próprias são detidas pela “holding” do Grupo que, em 30 de Setembro de 2009, tinha em carteira 16.760.815 acções, e pelas Participadas Rolporto S.A. e Loures Automóveis S.A.

que, na mesma data, detinham, cada uma, 5.100 acções da SAG SGPS.

O valor de EUR 37.124.916 registado como Ajustamentos de Conversão de Moeda corresponde à variação positiva que se verificou, durante o período de nove meses findo em 30 de Setembro de 2009 na conversão em Euros, para efeitos de consolidação, do investimento e resultados da Subsidiária Unidas, SA, em razão da valorização do Real Brasileiro perante o Euro que ocorreu durante o mesmo período.

O registo pelo justo valor, nos termos da IAS 39 (“Financial Instruments: Recognition and Measurement”), dos instrumentos financeiros derivados de cobertura do risco de flutuação de taxa de juro (considerados como “Cash Flow Hedging Instruments”) originou uma diminuição na rubrica de Outras Reservas no valor de EUR 1.439.428.

Estes instrumentos foram contratados de acordo com a Política de Coberturas de Risco de Câmbio aprovada pelo Conselho de Administração, conforme especificado na Nota 24.

(43)

18. EMPRÉSTIMOS

O saldo da rubrica de Empréstimos é composto como segue:

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Notas:

(1) Os saldos apresentados referem-se a diversas linhas de crédito de curto prazo, sob a forma de Descobertos Bancários ou Contas Correntes Caucionadas, que têm utilizações pontuais e maturidades de muito curto prazo (“roll-overs” sucessivos em bases mensais, trimestrais ou semestrais).

(2) Os saldos apresentados referem-se a diversas linhas de crédito de prazo inferior a um ano, contratadas com diversas Instituições Financeiras. As taxas de juro associadas variam entre 7,44% e 18,99%, e as respectivas maturidades ocorrem entre Setembro de 2009 e Setembro de 2010.

(3) Os saldos apresentados referem-se a diversas linhas de crédito de prazo inferior a um ano em USD e JPY, contratadas com diversas Instituições Financeiras. As taxas de juro associadas variam entre 13,30% e 15,25%, e as respectivas maturidades ocorrem entre Setembro de 2009 e Julho de 2010.

(4) Os saldos apresentados referem-se a diversas linhas de crédito de prazo superior a um ano, contratadas com diversas Instituições Financeiras. As taxas de juro associadas variam entre 7,44% e 18,77%, e as respectivas maturidades ocorrem entre Novembro de 2010 e Setembro de 2013.

(5) Os saldos apresentados referem-se a diversas linhas de crédito de prazo superior a um ano, em USD e JPY, contratadas com diversas Instituições Financeiras. A taxa de juro associada em Setembro de 2009 era de 13,30%, e a respectiva maturidade ocorre em Dezembro de 2010.

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(46)

19. PROVISÕES PARA OUTROS RISCOS E ENCARGOS

As provisões constituídas referem-se a riscos específicos identificados, sendo objecto de reapreciação anual.

As contingências associadas com estas provisões respeitam, nomeadamente, a riscos de natureza operacional relacionados com a possibilidade de o Grupo vir a incorrer em perdas, em consequência de:

• processos judiciais em curso, incluindo os de natureza fiscal;

• situações de apropriação indevida de activos.

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20. DÍVIDAS A TERCEIROS

As Dívidas a Terceiros detalham-se como segue:

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21. IMPOSTOS CORRENTES SOBRE O RENDIMENTO A PAGAR

O valor do saldo a pagar relativo a Impostos Correntes Sobre o Rendimento é composto como segue:

22. OUTROS IMPOSTOS A PAGAR

O valor do saldo a pagar relativo a Outros Impostos é composto como segue:

23. DIVULGAÇÕES DE PARTES RELACIONADAS

Para além dos saldos e das transacções com as Empresas incluídas no perímetro de consolidação, referidas na Nota 2, que foram anulados no processo de preparação das Demonstrações Financeiras Consolidadas, existem outros saldos e transacções com partes relacionadas como segue:

Entidade Natureza da Transacção

Montante dos saldos e transacções realizadas

no período

SGC – S.G.P.S., S.A. Saldo Devedor

Accionistas - Activo 68.755.000€

SGC – S.G.P.S., S.A. Proveitos Financeiros 3.624.809€

Volpe Participações Ltda.

Saldo Devedor - Outros

Devedores 8.420.554€

Os valores relativos às transacções com a SGC – SGPS, SA respeitam a aplicações de tesouraria de curto prazo (com vencimento inferior a um ano) efectuadas pela SAG, e aos correspondentes proveitos financeiros (juros). As condições em que estas transacções se

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concretizam são em tudo equivalentes às que vigoram no mercado nas datas em que são contratadas

A Unidas detinha, em 30 de Setembro de 2009 opções cambiais contratadas com a Volpe Participações Ltda. com o valor (“notional”) total de 228.534.208 milhões de BRL. Estes contratos de opções destinam-se a eliminar o risco de flutuações de taxa de câmbio, conforme mencionado na Nota 24.

24. RISCOS FINANCEIROS A) Risco de mercado

No decorrer da actividade normal das Empresas do Grupo SAG são geradas exposições às variações de taxas de juro e de taxas de câmbio, que são controladas de forma dinâmica, de maneira a garantir o cumprimento das politicas estabelecidas para gestão desses riscos financeiros.

A definição das políticas de gestão de riscos financeiros do Grupo SAG é da responsabilidade do ALCO (“Assets and Liabilities Committee”), que também acompanha e avalia a implementação das estratégias de cobertura recomendadas, numa base regular.

Para implementação das estratégias de cobertura de risco são negociados, quando determinado pelo ALCO, Instrumentos Financeiros Derivados que permitam fixar o nível de taxa de juro ou de câmbio ou que, alternativamente, limitem o intervalo de flutuação destas variáveis.

Os derivados habitualmente utilizados nestas operações de “hedging” são os seguintes:

Cobertura do risco de flutuação de taxas de juro – “Interest Rate Swaps” (IRS) e “Forward Rate Agreements” (FRA);

Cobertura do risco de flutuação de taxa de câmbio – “Forwards” e Opções Cambiais.

Para as exposições ao risco de flutuação de taxas de juro ou de taxa de câmbio, o Grupo SAG documenta adequadamente, de acordo com o IAS 39 (“Financial Instruments: Recognition and Measurement”):

• a relação existente entre a posição coberta (“Hedged Item”) e o instrumento de cobertura (“Hedging Item”)

• os objectivos a alcançar com esta cobertura

• o método utilizado para avaliar a eficiência do “Hedge”

• a forma de contabilização da operação.

O Grupo tem actualmente dois tipos de posições que geram exposição ao risco de variação das taxas de juro e das taxas de câmbio, em relação a que se encontram definidas politicas.

1. Investimento em Moeda Estrangeira

Em cada período de “reporting”, as Demonstrações Financeiras da Unidas, SA, Empresa do Grupo SAG sediada no Brasil e cuja moeda funcional é o Real Brasileiro, são convertidas com base na taxa de câmbio em vigor na data das Demonstrações Financeiras, de acordo com o que é referido na Nota 2 – Resumo das Principais Políticas Contabilisticas (Transacções em Moeda Estrangeira).

A flutuação das taxas de câmbio de mercado e a consequente utilização de taxas diferentes em cada período de reporting origina diferenças cambiais que são registadas em Capitais Próprios (Ajustamentos de Transposição ou ‘Cummulative Translation Adjustment’).

Pelo facto de não existir um mercado líquido onde se tansacione activamente o Real contra o Euro, a SAG analisa e gere o risco cambial originado por este Investimento em duas vertentes

(50)

distintas, considerando que a sua exposição cambial total proveniente do Investimento em Moeda Estrangeira é composta por dois riscos diferentes e não relacionados:

• Risco da variação do Real contra o Dólar Americano; e

• Risco de variação do Dólar Americano face ao Euro.

Em consequência, as decisões de cobertura dos dois riscos são independentes e habitualmente são contratados instrumentos financeiros distintos para cobertura dos riscos inerentes a cada uma destas vertentes.

Os resultados obtidos com estas coberturas são registados em Capitais Próprios.

Por outro lado, e de acordo com as políticas definidas, os custos de transacção associados à contratação de instrumentos de cobertura podem implicar que, em certos momentos, não se encontrem cobertas, ou se encontrem apenas parcialmente cobertas, determinadas exposições.

Em 30 de Setembro de 2009 o Grupo não tinha qualquer operação de cobertura activa.

Em consequência das variações cambiais verificadas durante os primeiros nove meses do ano, o valor do referido investimento do Grupo registou uma valorização cambial total de EUR 36.604.795,05 no processo de conversão de Reais para Euros, que se decompõe da seguinte forma:

• Ganho de EUR 43.742.107,63 por força da valorização do BRL face ao USD;

• Perda de EUR 7.137.312,58 em resultado da desvalorização do USD face ao Euro.

Análise de Sensibilidade:

Para efeitos de testes de sensibilidade da exposição da SAG GEST SGPS, SA às variações cambiais decorrentes do Investimento na Unidas S.A, foram considerados dois cenários alternativos para cada risco envolvido:

Variações face a 30/Set/09

Cenário 1 Cenário 2 - Variação do Real contra o Dólar Americano 25% 50%

- Variação do Dólar Americano face ao Euro 10% 20%

Foram por isso considerados 4 cenários alternativos para a evoluçao desfavorável do câmbio do Real Brasilleiro face ao Euro. Estas variações cambiais potenciais teriam os seguintes efeitos nos Capitais Próprios da SAG:

Cenários Impacto nos Capitais Próprios

BRL / USD USD / EUR BRL / EUR

Variações BRL / USD

Variações

USD / EUR Total

Real 1,7781 1,4643 2,6037

25% 10% 38%

2,2226 1,6107 3,5800

25% 20% 50%

2,2226 1,7572 3,9055

50% 10% 65%

2,6672 1,6107 4,2961

50% 20% 80%

2,6672 1,7572 4,6866

-13.393.344 -19.407.535 -32.800.879 Cenário 1

Cenário 2

Cenário 3

8.055.095 -19.407.535 -11.352.440

7.383.837 -29.460.496 -22.076.659

-12.277.232 -29.460.496 -41.737.729 Cenário 4

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2. Passivos em Moeda Estrangeira - Brasil

Em 30 de Setembro de 2009 existiam financiamentos em moeda estrangeira (USD e JPY) contratados pela Unidas SA, no Brasil. De forma e eliminar a exposição às variações cambiais associadas à conversão dessas operações para Reais Brasileiros, foram simultaneamente contratados instrumentos financeiros derivados que permitiram trocar os fluxos financeiros em moeda estrangeira para Reais.

Na mesma data, o valor das referidas operações de financiamento da Unidas SA em moeda estrangeira totalizava 229,0 milhões de Reais Brasileiros, que corresponde ao valor nominal das respectivas coberturas cambiais. As operações de cobertura cambial tinham, em 30 de Setembro de 2009 um valor de mercado de 231,2 milhões de Reais Brasileiros.

A Unidas SA tinha também contratos de opções cambiais negociados com Instituições Financeiras. O “notional” destas opções em vigor totalizava 163,99 milhões de Reais Brasileiros.

O valor de mercado destas operações era negativo em 26,2 milhões de Reais Brasileiros. O resultado acumulado destes instrumentos, registado durante os nove meses de 2009 foi negativo em 30 milhões de BRL . As perdas incorridas com estes contratos foram compensadas com ganhos do mesmo montante, decorrentes de opções simétricas negociadas entre a Unidas SA e a Volpe Participações Ltda.

Análise de Sensibilidade:

Para efeitos do desenvolvimento de testes de sensibilidade foram considerados dois cenários alternativos para a evolução dos câmbios em questão:

i) desvalorização do Real Brasileiro em 25% face a cada moeda ii) desvalorização do Real Brasileiro em 50% face a cada moeda

Obtiveram-se os seguintes resultados:

Operações em USD:

30-Set-09 Cenário I Cenário II

Câmbio USD / BRL 1,7781 2,2226 2,6672

(valores em Euros)

Impacto sobre Passivo de Financiamento 1.595.875 1.915.049 Impacto sobre Derivados de Cobertura -1.595.875 -1.915.049

Impacto Total 0 0

Operações em JPY:

(52)

30-Set-09 Cenário I Cenário II

Câmbio JPY / BRL 49,3461 61,6826 74,0192

(valores em Euros)

Impacto sobre Passivo de Financiamento 8.764.205.981 10.517.047.177 Impacto sobre Derivados de Cobertura -8.764.205.981 -10.517.047.177

Impacto Total 0 0

(53)

Opções Cambiais:

30-Set-09 Cenário I Cenário II

Câmbio USD / BRL 1,9516 2,4395 2,9274

(valores em Euros)

Impacto sobre Derivados -8.049.125 -20.045.153

3. Passivos a Taxa de Juro Variável – Portugal

A totalidade dos financiamentos contratados pelo Grupo SAG em Portugal são remunerados com base na taxa de juro Euribor acrescida de um spread de risco. Para alguns desses passivos de financiamento que não se destinam a financiar Activos directamente sensiveis a variações das taxas de juro, foram contratados instrumentos financeiros para cobertura do risco de variação da taxa de juro. A decisão de efectuar este tipo de coberturas é casuística, e depende das expectativas de evolução das taxas de juro de mercado.

Existiam em 30 de Setembro de 2009 algumas coberturas efectuadas mediante a contratação de “Interest Rate Swaps” (IRS), através das quais o Grupo SAG pretende cobrir a parcela dos juros relativos aos empréstimos contratados que depende do valor futuro da Euribor.

Estas coberturas são consideradas como “Cash Flow Hedges”, e o justo valor dos derivados de cobertura afecta os Fundos Próprios do Grupo SAG, sendo progressivamente transferido para a Demonstração de Resultados à medida que a parcela de juros cobertos é reconhecida no Resultado Financeiro.

As operações cobertas, que são todas objecto de “re-pricing” semestral ou mensal, tinham as seguintes características:

Passivo Coberto

(Eur) Maturidade Taxa de Juro EUR 30.000.000,00 Jun-12 Euribor 6M EUR 30.000.000,00 Ago-12 Euribor 1M EUR 7.500.000,00 Out-11 Euribor 1M EUR 25.000.000,00 Jul-10 Euribor 1M

Os instrumentos financeiros derivados de cobertura associados a estes passivos, que vigoraram no período em análise, foram os seguintes:

Valor Nominal dos Instrumentos Financeiros (Eur)

Data de Contratação

Data de Vencimento

Taxa de Juro

Justo valor em 30/09/09

Resultado Registado

EUR 30.000.000,00 Jun-07 Jun-12 4,65% -1.570.796,78 -491.043,33 EUR 30.000.000,00 Ago-07 Ago-12 4,55% -2.217.658,63 -495.581,67 EUR 7.500.000,00 Out-08 Out-11 3,65% -378.781,00 -100.230,63 EUR 15.000.000,00 Out-08 Out-11 3,63% -745.225,00 -212.160,83 EUR 10.000.000,00 Out-08 Out-11 3,63% -502.394,00 -141.440,56

No sentido de avaliar a eficiência do hedge foram desenvolvidos os testes adequados, através dos quais foi possível demonstrar que:

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