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PNEUS E MEIO AMBIENTE: UM GRANDE PROBLEMA REQUER UMA GRANDE SOLUÇÃO Material gentilme ilmente enviado por Antonio J. Andrietta - * Professo essor univ

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PNEUS E MEIO AMBIENTE: UM GRANDE PROBLEMA PNEUS E MEIO AMBIENTE: UM GRANDE PROBLEMA REQUER UMA GRANDE SOLUÇÃO

REQUER UMA GRANDE SOLUÇÃO Mate

Material rial gentgentilmeilmente nte envienviado ado por Antonipor Antonio o J. J. AndriAndrietta - etta - * * ProfProfessoessor r univuniversiersitáritário,o,  pesquisad

 pesquisador e or e consultor de empresas.consultor de empresas.

1 Introdução 1 Introdução

Há mais de um século a humanidade tem desfrutado de um útil e necessário invento Há mais de um século a humanidade tem desfrutado de um útil e necessário invento que proporciona desempenho, economia e conforto à rodagem de veículos terrestres que proporciona desempenho, economia e conforto à rodagem de veículos terrestres auto

automotomotores res e e outroutros. os. O O pneupneumátimático, co, simplsimplificificadamadamente denominente denominado ado de de pneupneu, , é é umum tubo de borracha cheio de ar e ajustado ao aro da roda do veículo, permitindo a tração tubo de borracha cheio de ar e ajustado ao aro da roda do veículo, permitindo a tração do veículo e, ao mesmo tempo, absorvendo os choques com o solo sobre o qual o do veículo e, ao mesmo tempo, absorvendo os choques com o solo sobre o qual o veículo trafega. Será inconcebível, senão impossível, supor que

veículo trafega. Será inconcebível, senão impossível, supor que outro dispositivo venhaoutro dispositivo venha a substituir o atual pneumático.

a substituir o atual pneumático.

Ao mesmo tempo que os veículos automotores terrestres - automóveis, caminhões, Ao mesmo tempo que os veículos automotores terrestres - automóveis, caminhões, utilitários, máquinas agrícolas, motocicletas - foram sendo produzidos em cada vez utilitários, máquinas agrícolas, motocicletas - foram sendo produzidos em cada vez ma

maioriores es quaquantintidaddades, es, movmovimeimentantando ndo o o maimaior or conconjujunto nto de de indindústústriarias s do do plplaneaneta,ta, tam

também bém crecrescesceram ram as as indindústústriarias s de de pnepneus, us, desdestintinandando-oo-os s tatanto nto à à equequipaipagem gem dodoss ve

veícuículolos s novnovos os quaquanto nto à à repreposiosição ção na na frofrota ta em em circirculculaçãação. o. Não Não há há estestatíatístisticacass disponíveis, mas estima-se que a produção mundial de pneus esteja ao redor de um disponíveis, mas estima-se que a produção mundial de pneus esteja ao redor de um  bilhão de unidades. Os principais fabricantes de pneus remontam suas origens aos  bilhão de unidades. Os principais fabricantes de pneus remontam suas origens aos  pioneiros, ainda no Século 19: a inglesa Dunlop, depois absorvida pela italiana Pirelli,  pioneiros, ainda no Século 19: a inglesa Dunlop, depois absorvida pela italiana Pirelli,

a

a frafrancencesa sa MicMichelhelin, in, as as nornorte-te-ameamericricanaanas s GooGoodyedyear ar e e FirFiresestontone, e, estesta a últúltima ima hojhojee consorciada com a japonesa Bridgestone. Atuando no Brasil, juntas estas empresas consorciada com a japonesa Bridgestone. Atuando no Brasil, juntas estas empresas  produzem, anualmente, 45 milhões de pneus, um terço dos quais é exportado, outro  produzem, anualmente, 45 milhões de pneus, um terço dos quais é exportado, outro terço é adquirido pelas montadoras para equipar os veículos novos e o terço restante é terço é adquirido pelas montadoras para equipar os veículos novos e o terço restante é destinado à reposição da frota.

destinado à reposição da frota.

  N

  Nos os ananos os mamais is rerececentnteses, , a a prpreoeocucupapaçãção o cocom m a a ququalalididadade e do do memeio io amambibienentete,, aceleradamente deteriorado, voltou-se para os pneus descartados na natureza e que aceleradamente deteriorado, voltou-se para os pneus descartados na natureza e que ccoonsnsttititueuemm, , nnos os ppaíaíseses s mmaais is ddeesesenvnvololvividodos s e e em em mumuititos os dodos s em em vivia a ddee de

desensenvovolvilvimenmentoto, , um um já já enoenorme rme papassissivo vo ambambieientantal. l. NoNos s paípaíses ses da da ComComuniunidadadede Econômica Européia são descartados 180 milhões de pneus, anualmente, e outros 150 Econômica Européia são descartados 180 milhões de pneus, anualmente, e outros 150 milhões somente nos Estados Unidos da América onde estimados 3 bilhões de pneus milhões somente nos Estados Unidos da América onde estimados 3 bilhões de pneus formam montanhas em áreas desérticas, porém sob iminente ameaça de devastadores formam montanhas em áreas desérticas, porém sob iminente ameaça de devastadores incêndios

incêndios, liberando gases , liberando gases tóxicos na atmosfera. A dispostóxicos na atmosfera. A disposição em ição em aterros sanitários tematerros sanitários tem se mostrado inadequada, por diversas razões. Assim, vários países começaram a

se mostrado inadequada, por diversas razões. Assim, vários países começaram a adotar adotar  medidas para que se dê destinação mais adequada aos pneus descartados. Diretriz já medidas para que se dê destinação mais adequada aos pneus descartados. Diretriz já adotada pela Comunidade Européia, em 1999, estabelece que, a partir de 2003, os adotada pela Comunidade Européia, em 1999, estabelece que, a partir de 2003, os aterros não poderão receber pneus inteiros e, a partir de 2006, nem mesmo os pneus aterros não poderão receber pneus inteiros e, a partir de 2006, nem mesmo os pneus fragmentados, porém, ainda não se definiu o que fazer depois.

fragmentados, porém, ainda não se definiu o que fazer depois.

Pode-se considerar que o Brasil se colocou em posição mais avançada na questão de Pode-se considerar que o Brasil se colocou em posição mais avançada na questão de disposição final dos pneus descartados. A Resolução nº 258, de 26/8/1999, baixada pelo disposição final dos pneus descartados. A Resolução nº 258, de 26/8/1999, baixada pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA, determinou que as empresas Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA, determinou que as empresas fabricantes e importadoras de pneus fossem as responsáveis pela destinação final, fabricantes e importadoras de pneus fossem as responsáveis pela destinação final, iniciando com um pneu inservível para cada quatro novos a partir de 1º/01/2002 e iniciando com um pneu inservível para cada quatro novos a partir de 1º/01/2002 e crescendo ano a ano a proporção até chegar a cinco para cada quatro a partir de crescendo ano a ano a proporção até chegar a cinco para cada quatro a partir de 1º/01/2005.

1º/01/2005.

A questão subjacente ao problema da destinação final dos pneus inservíveis tem sido A questão subjacente ao problema da destinação final dos pneus inservíveis tem sido com

como o fazfaze-le-la a de de modmodo o adadequequadado o e e sem agredsem agredir ir o o meimeio o ambambieniente. te. OutOutro ro aspaspecectoto controverso, também crucial, é a reciclagem dos pneus inservíveis, reaproveitando-se controverso, também crucial, é a reciclagem dos pneus inservíveis, reaproveitando-se

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todo seu conteúdo de materiais e potencial energético.

todo seu conteúdo de materiais e potencial energético.

O presente trabalho pretende focar o problema tanto sob os aspectos técnicos dos O presente trabalho pretende focar o problema tanto sob os aspectos técnicos dos  processos de destinação final dos pneus inservíveis, quanto dos aspectos ambientais e  processos de destinação final dos pneus inservíveis, quanto dos aspectos ambientais e sob a ótica do interesse econômico da reciclagem. Diversas fontes, com créditos ao sob a ótica do interesse econômico da reciclagem. Diversas fontes, com créditos ao final, serviram de base à elaboração do trabalho que, entretanto, não se pretende que final, serviram de base à elaboração do trabalho que, entretanto, não se pretende que seja definitivo posto que, em

seja definitivo posto que, em muitos países, especialismuitos países, especialistas e tas e entidades se voltam para osentidades se voltam para os mesmos aspectos aqui enfocados, deles se esperando novas e úteis contribuições.

mesmos aspectos aqui enfocados, deles se esperando novas e úteis contribuições.

2 Tipos e construção dos pneus 2 Tipos e construção dos pneus

Muitos são os tipos de pneus devido a sua aplicação em diferentes veículos. Os mais Muitos são os tipos de pneus devido a sua aplicação em diferentes veículos. Os mais comuns, e em maior quantidade, são os pneus para automóveis, caminhões, ônibus, comuns, e em maior quantidade, são os pneus para automóveis, caminhões, ônibus, utilitários leves (pick-ups, vans), motocicletas e bicicletas. Também são fabricados utilitários leves (pick-ups, vans), motocicletas e bicicletas. Também são fabricados   pne

  pneus us espeespeciaiciais s para para aviõaviões, es, veícveículos ulos de de compcompetiçetição ão espoesportivartiva, , tratotratores res agrícagrícolasolas,, equipamentos de construção e de movimentação de materiais. Na maior parte destes equipamentos de construção e de movimentação de materiais. Na maior parte destes tipos de usos os pneus são preenchidos por ar comprimido, numa câmara de borracha tipos de usos os pneus são preenchidos por ar comprimido, numa câmara de borracha inserida dentro do pneu, porém, nos últimos anos cresceu a aplicação de pneus sem inserida dentro do pneu, porém, nos últimos anos cresceu a aplicação de pneus sem câmara, principalmente nos automóveis, com o ar comprimido diretamente no interior  câmara, principalmente nos automóveis, com o ar comprimido diretamente no interior  do pneu. Há, também, pneus de borracha sólida, chamados "pneus maciços" com do pneu. Há, também, pneus de borracha sólida, chamados "pneus maciços" com aplicação restrita a alguns veículos industriais, agrícolas e militares.

aplicação restrita a alguns veículos industriais, agrícolas e militares.

Um pneu é construído, basicamente, com uma mistura de borracha natural e de Um pneu é construído, basicamente, com uma mistura de borracha natural e de elastômeros (polímeros com propriedades físicas semelhantes às da borracha natural), elastômeros (polímeros com propriedades físicas semelhantes às da borracha natural), também chamados de "borrachas sintéticas". A adição de negro de fumo confere à também chamados de "borrachas sintéticas". A adição de negro de fumo confere à   bo

  borrarracha cha propropripriedaedades des de de resresististêncência ia memecâncânica ica e e à à açação ão dodos s rairaios os ultultra-ra-viovioleleta,ta, durabilida

durabilidade e de e desempenho. desempenho. A mistura é espalmada num molde A mistura é espalmada num molde e, para e, para a vulcanização -a vulcanização - feita a uma temperatura de 120-160ºC - utiliza-se o enxofre, compostos de zinco como feita a uma temperatura de 120-160ºC - utiliza-se o enxofre, compostos de zinco como aceleradores e outros compostos ativadores e anti-oxidantes. Um fio de

aceleradores e outros compostos ativadores e anti-oxidantes. Um fio de aço é embutidoaço é embutido no talão, que se ajusta ao aro da roda e, nos pneus de automóveis do tipo radial (v.

no talão, que se ajusta ao aro da roda e, nos pneus de automóveis do tipo radial (v.

Fi

Figugura ra 1)1), , umuma a mamantnta a de de tetecicido do de de nynylolon n rerefoforçrça a a a cacarcrcaçaça a e e a a mimiststurura a dede  borracha/elastômeros é espalmada, com uma malha de arame de aço entrelaçada nas  borracha/elastômeros é espalmada, com uma malha de arame de aço entrelaçada nas

camadas superiores. Estes materiais introduzem os

camadas superiores. Estes materiais introduzem os elementoelementos químicos da s químicos da composiçãcomposiçãoo total de um pneu típico.

total de um pneu típico.

Considerando aqui os principais e mais abundantes tipos de pneus, examinam-se sua Considerando aqui os principais e mais abundantes tipos de pneus, examinam-se sua composição química (Tabela 1) e a dos materiais neles contidos (Tabela 2).

composição química (Tabela 1) e a dos materiais neles contidos (Tabela 2).

O peso de um pneu de automóvel varia entre 5,5 e 7,0 kg (182 a 143 unidades por  O peso de um pneu de automóvel varia entre 5,5 e 7,0 kg (182 a 143 unidades por  tonelada), e um pneu de caminhão pesa entre 55 e 80 kg.(18 a 12 unidades por  tonelada), e um pneu de caminhão pesa entre 55 e 80 kg.(18 a 12 unidades por  tonelada).

tonelada).

Figura 1: Corte de um

Figura 1: Corte de um pneu radial de automóvel compneu radial de automóvel com suas partes e respectivos materiais componentes suas partes e respectivos materiais componentes

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Tabela 1: Composição química média de um pneu Tabela 1: Composição química média de um pneu

E

Elleemmeennttoo//ccoommppoosstto o %% C

Caarrbboonnoo 7700,,00 H

Hiiddrrooggêênniioo 77..00 Ó

Óxxiiddo o dde e ZZiinnccoo 11,,22 E

Ennxxooffrree 11,,33

F

Feerrrroo 1155,,00

O

Ouuttrrooss 55,,55

Tabela 2: Comparação dos materiais contidos em pneus Tabela 2: Comparação dos materiais contidos em pneus

Automóve Automóve

ll CaminhãoCaminhão M

Maatteerriiaall %% %%

B

Boorrrraacchhaa//EEllaassttôômmeerroos 4s 488 4455 N

Neeggrro o dde e ffuummo o 2222 2222 A

Aççoo 1155 2255

T

Teecciiddo o dde e nnyylloonn 55 -- Ó

Óxxiiddo o dde e ZZiinnccoo 1 1 22 E

Ennxxooffrree 1 1 11

A

Addiittiivvooss 88 55

3 Destinação dos pneus usados 3 Destinação dos pneus usados

Descrevem-se aqui as mais ocorrentes destinações que se dão, atualmente, Descrevem-se aqui as mais ocorrentes destinações que se dão, atualmente, aos pneus usados.

aos pneus usados.

3.1 Reforma

3.1 Reforma (recauchu(recauchutagem)tagem)

Os pneus se constituem no segundo item de maior custo de uso dos veículos Os pneus se constituem no segundo item de maior custo de uso dos veículos automotores, depois do combustível. Devido a isto, há muito tempo se

automotores, depois do combustível. Devido a isto, há muito tempo se desenvolv

desenvolveu um processo para a eu um processo para a reforma de um pneu usado, denominadoreforma de um pneu usado, denominado recauchutagem, em que é reposta e vulcanizada a camada superior de recauchutagem, em que é reposta e vulcanizada a camada superior de  borracha da banda de rolamento. Os requisitos para que se possa fazer a  borracha da banda de rolamento. Os requisitos para que se possa fazer a

reforma são que a estrutura geral do

reforma são que a estrutura geral do pneu não apresente cortes epneu não apresente cortes e

deformações, e a banda de rodagem ainda apresente os sulcos e saliências deformações, e a banda de rodagem ainda apresente os sulcos e saliências que permitem sua aderência ao solo (ou seja, que na linguagem popular o que permitem sua aderência ao solo (ou seja, que na linguagem popular o  pneu não esteja "careca"). As precárias condições de conservação dos  pneu não esteja "careca"). As precárias condições de conservação dos

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 pavimentos de estradas e ruas limitam muito a vida útil do pneu de primeira  pavimentos de estradas e ruas limitam muito a vida útil do pneu de primeira rodagem, assim como impedem sua reforma. Outra limitação é econômica.

rodagem, assim como impedem sua reforma. Outra limitação é econômica.

Em boas condições de conservação, um pneu de caminhão pode suportar até Em boas condições de conservação, um pneu de caminhão pode suportar até cinco reformas. No Brasil, a reforma de um pneu de caminhão ou ônibus cinco reformas. No Brasil, a reforma de um pneu de caminhão ou ônibus custa em torno de um terço

custa em torno de um terço do preço do novo. Já do preço do novo. Já um pneu reformado deum pneu reformado de automóvel custa 60% do preço do novo, e não se recomenda que seja automóvel custa 60% do preço do novo, e não se recomenda que seja reformado mais de uma

reformado mais de uma vez. Além disto, nos grandes centros, redes de vez. Além disto, nos grandes centros, redes de lojaslojas especializadas e supermercados vendem os pneus novos com pagamento especializadas e supermercados vendem os pneus novos com pagamento  parcelado, enquanto o pneu reformado deve ser pago à vista. Estes fatores  parcelado, enquanto o pneu reformado deve ser pago à vista. Estes fatores

têm resduzido cada vez mais a reforma de pneus de automóveis.

têm resduzido cada vez mais a reforma de pneus de automóveis.

Devido à má conservação das estradas e ruas brasileiras, metade das Devido à má conservação das estradas e ruas brasileiras, metade das carcaças não atende aos requisitos para a reforma, e estima-se que apenas carcaças não atende aos requisitos para a reforma, e estima-se que apenas um terço dos pneus produzidos anualmente para o mercado interno sejam um terço dos pneus produzidos anualmente para o mercado interno sejam reformados, cerca de 10

reformados, cerca de 10 milhões.milhões.

Em outros países, a reforma de pneus também é limitada aos pneus de Em outros países, a reforma de pneus também é limitada aos pneus de veículos comerciais, caminhões e ônibus principalmente. No Reino Unido, veículos comerciais, caminhões e ônibus principalmente. No Reino Unido, apenas 47% deles passam pelo processo de reforma, ou cerca de 100 mil apenas 47% deles passam pelo processo de reforma, ou cerca de 100 mil unidades por ano.

unidades por ano.

3.2 Recuperação 3.2 Recuperação

A recuperação consiste na simples trituração dos pneus e moagem dos A recuperação consiste na simples trituração dos pneus e moagem dos resíduos, reduzidos a pó fino. A borracha contida nos resíduos, na forma resíduos, reduzidos a pó fino. A borracha contida nos resíduos, na forma vulcanizada, não sofre modificação e não é separada dos demais compostos.

vulcanizada, não sofre modificação e não é separada dos demais compostos.

Os pneus recuperados têm dois usos mais comuns:

Os pneus recuperados têm dois usos mais comuns:

1º) Na mistura com asfalto para a pavimentação de vias e pátios de 1º) Na mistura com asfalto para a pavimentação de vias e pátios de

estacionamento. Da trituração, as partículas não maiores que 5 mm e com estacionamento. Da trituração, as partículas não maiores que 5 mm e com umidade de no máximo 2% são misturadas ao asfalto na proporção de 1 a umidade de no máximo 2% são misturadas ao asfalto na proporção de 1 a 3% em peso.

3% em peso.

2º) Nas fábricas de cimento, o produto da

2º) Nas fábricas de cimento, o produto da moagem, com partículas de 1 a 6moagem, com partículas de 1 a 6 mm, podendo chegar a 50-500 micras, é incinerado no forno como

mm, podendo chegar a 50-500 micras, é incinerado no forno como

combustível e a fumaça (gases produzidos pela queima) é incorporada ao combustível e a fumaça (gases produzidos pela queima) é incorporada ao cimento.

cimento.

O recuperado, sob certos aspectos, tem propriedades semelhantes à da O recuperado, sob certos aspectos, tem propriedades semelhantes à da  borracha vulcanizad

 borracha vulcanizada, porém, como a, porém, como não vulcaniza novamente, não pode ser não vulcaniza novamente, não pode ser  utilizad

utilizado como substituto da borracha o como substituto da borracha crua na produção de crua na produção de artefatos.artefatos.

Entretanto, devido a seu custo reduzido e baixo peso específico, pode ser  Entretanto, devido a seu custo reduzido e baixo peso específico, pode ser  empregado como elemento de carga na produção de saltos e solados de empregado como elemento de carga na produção de saltos e solados de calçados, mangueiras, tapetes para automóveis, etc.

calçados, mangueiras, tapetes para automóveis, etc.

3.3 Regeneração ou desvulcanização 3.3 Regeneração ou desvulcanização

As carcaças de pneus se enquadram na classificação de resíduos que contêm As carcaças de pneus se enquadram na classificação de resíduos que contêm fibras em elevadas proporções. A regeneração é feita por vários processos - fibras em elevadas proporções. A regeneração é feita por vários processos - alcalino

alcalino, ácido, mecânico e , ácido, mecânico e vapor superaquecido. Na regeneração osvapor superaquecido. Na regeneração os resíduos passam por modificações que os tornam mais plásticos e aptos a resíduos passam por modificações que os tornam mais plásticos e aptos a receber nova vulcanizaçào, mas não têm as

receber nova vulcanizaçào, mas não têm as mesmas propriedades damesmas propriedades da  borracha crua sendo, geralmente, misturado a ela

 borracha crua sendo, geralmente, misturado a ela para a para a fabricação defabricação de artefatos. No processo de regeneração, utilizado para pneus, a

artefatos. No processo de regeneração, utilizado para pneus, a borracha éborracha é separada dos outros componentes e desvulcanizada, o arame e a malha de separada dos outros componentes e desvulcanizada, o arame e a malha de

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aço são recuperados como sucata de ferro qualificada, o tecido de nylon é aço são recuperados como sucata de ferro qualificada, o tecido de nylon é recuperado e utilizado como reforço em

recuperado e utilizado como reforço em embalagenembalagens de s de papelão.papelão.

Este processo pode ser resumidamente descrit

Este processo pode ser resumidamente descrito em suas etapas: (1ª) o em suas etapas: (1ª) O pneuO pneu é picado em pedaços e (2ª) estes são colocados num tanque com solvente é picado em pedaços e (2ª) estes são colocados num tanque com solvente  para que a borracha inche e se torne quebradiça; (3ª) em seguida os pedaços  para que a borracha inche e se torne quebradiça; (3ª) em seguida os pedaços

são pressionado

são pressionados para que a s para que a borracha se desprenda da malha de aço e doborracha se desprenda da malha de aço e do tecido de nylon, e (4ª) um

tecido de nylon, e (4ª) um sistema de imãs e peneiras separa a borracha, osistema de imãs e peneiras separa a borracha, o aço e o nylon; (5ª) a borracha é, então, moída e separada num sistema de aço e o nylon; (5ª) a borracha é, então, moída e separada num sistema de  peneiras e bombas de alta pressão, (6ª) passando para um reator

 peneiras e bombas de alta pressão, (6ª) passando para um reator ouou autoclav

autoclave onde ocorre e onde ocorre a desvulcanizaçãa desvulcanização da o da borracha, recuperando cerca deborracha, recuperando cerca de 75% de suas propriedades originais; (7ª) a borracha segue para um

75% de suas propriedades originais; (7ª) a borracha segue para um tanquetanque de secagem onde o

de secagem onde o solvente é recuperado, retornando ao processo.solvente é recuperado, retornando ao processo.

Um novo processo para a desvulcanização está em desenvolvimento no Um novo processo para a desvulcanização está em desenvolvimento no Laboratório de Tecnologia Ambiental da Universidade Federal de Minas Laboratório de Tecnologia Ambiental da Universidade Federal de Minas Gerais. Com um solvente mais acessível e de menor custo pretende-se Gerais. Com um solvente mais acessível e de menor custo pretende-se tornar o processo atual menos

tornar o processo atual menos complexo, e viável para menores escalas decomplexo, e viável para menores escalas de  produção.

 produção.

A borracha regenerada de pneus pode ser empregada na fabricação de A borracha regenerada de pneus pode ser empregada na fabricação de muitos artefatos, como tapetes, pisos industriais e de quadras esportivas, muitos artefatos, como tapetes, pisos industriais e de quadras esportivas, sinalizadores de trânsito, rodízios para móveis e carrinhos. Também é sinalizadores de trânsito, rodízios para móveis e carrinhos. Também é utilizada na recauchutagem de pneus, no revestimento de tanques de utilizada na recauchutagem de pneus, no revestimento de tanques de combustível, como aditivo em peças de plásticos aumentando-lhes a combustível, como aditivo em peças de plásticos aumentando-lhes a elastici

elasticidade e em dade e em outros usos.outros usos.

3.4 Outros processos 3.4 Outros processos

Há dois outros processos para a recuperação dos pneus. O primeiro se Há dois outros processos para a recuperação dos pneus. O primeiro se assemelha ao descrito em 3.2, com a trituração ou moagem à temperatura assemelha ao descrito em 3.2, com a trituração ou moagem à temperatura ambiente, seguida de peneiramento e separação magnética para a borracha, ambiente, seguida de peneiramento e separação magnética para a borracha, o aço e o nylon. No segundo, chamado de processo criogênico, os resíduos o aço e o nylon. No segundo, chamado de processo criogênico, os resíduos são tratados numa câmara à

são tratados numa câmara à temperatura sub-zero e, em temperatura sub-zero e, em seguida, passamseguida, passam  pelo processo mecânico anterior. Ambos são processos considerados  pelo processo mecânico anterior. Ambos são processos considerados

"limpos", sem emissão de óxidos de enxofre ou de azoto.

"limpos", sem emissão de óxidos de enxofre ou de azoto.

Comparativamente, o processo exclusivamente mecânico à temperatura Comparativamente, o processo exclusivamente mecânico à temperatura ambiente é de menor investimento inicial, simplicidade e flexibilidade do ambiente é de menor investimento inicial, simplicidade e flexibilidade do  processo, e volumes de produção elevados. O processo criogênico apresenta  processo, e volumes de produção elevados. O processo criogênico apresenta

as vantagens de um pó de granulometrias regulares e muito reduzidas, a as vantagens de um pó de granulometrias regulares e muito reduzidas, a limpeza do produto final e a reduzida manutenção. Ao que consta, o limpeza do produto final e a reduzida manutenção. Ao que consta, o

 processo criogênico não tem sido utilizado no Brasil, e o processo mecânico  processo criogênico não tem sido utilizado no Brasil, e o processo mecânico

com separação dos materiais passou a ser utilizado mais recentemente.

com separação dos materiais passou a ser utilizado mais recentemente.

Há também os processos químicos para recuperação da borracha, entre os Há também os processos químicos para recuperação da borracha, entre os quais craqueamento, pirólise, gaseificação, hidrogenação, extração por  quais craqueamento, pirólise, gaseificação, hidrogenação, extração por  degradação e extração catalítica.

degradação e extração catalítica.

Desde meados da década de 1990, o processo da pirólise tem sido o mais Desde meados da década de 1990, o processo da pirólise tem sido o mais implementado na reciclagem de pneus. A pirólise, considerada uma implementado na reciclagem de pneus. A pirólise, considerada uma

destilação destrutiva, visa reaproveitar componentes do pneu como matérias destilação destrutiva, visa reaproveitar componentes do pneu como matérias  primas e/ou combustíveis. A seguir são descritos o processo genérico da  primas e/ou combustíveis. A seguir são descritos o processo genérico da  pirólise e algumas de suas implementações conhecidas, no Brasil e em  pirólise e algumas de suas implementações conhecidas, no Brasil e em

outros países.

outros países.

3.4.1 Pirólise genérica 3.4.1 Pirólise genérica

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O processo de pirólise pode ser genericamente definido como sendo o de O processo de pirólise pode ser genericamente definido como sendo o de decomposiç

decomposição química por calor ão química por calor na ausência de oxigênio. Os resíduos quena ausência de oxigênio. Os resíduos que alimentam o reator pirolítico podem ser provenientes do lixo doméstico, de alimentam o reator pirolítico podem ser provenientes do lixo doméstico, de resíduos plásticos e outros resíduos industriais.

resíduos plásticos e outros resíduos industriais.

O processo consiste da trituração destes resíduos que deverão ser  O processo consiste da trituração destes resíduos que deverão ser 

 previamente selecionados. Após esta etapa são levados ao reator pirolítico  previamente selecionados. Após esta etapa são levados ao reator pirolítico

onde, através de uma

onde, através de uma reação endotérmica, ocorrerão as separações dosreação endotérmica, ocorrerão as separações dos subproduto

subprodutos em s em cada etapa do processo. O cada etapa do processo. O reator pirolítico possui três zonasreator pirolítico possui três zonas específicas a saber:

específicas a saber:

1) zona de secagem, onde os resíduos que irão alimentar o reator passam por  1) zona de secagem, onde os resíduos que irão alimentar o reator passam por  duas etapas, a pré-secagem e a secagem propriamente dita; nesta zona as duas etapas, a pré-secagem e a secagem propriamente dita; nesta zona as temperaturas estã

temperaturas estão na faixa de 100º o na faixa de 100º a 150º C (deve-se observar que a 150º C (deve-se observar que estaesta etapa é de suma importância, pois a umidade pode interagir negativamente etapa é de suma importância, pois a umidade pode interagir negativamente com os resultados do

com os resultados do processo);processo);

2) zona de pirólise, onde ocorrem as r

2) zona de pirólise, onde ocorrem as reações químicaeações químicas, sendo elas as, sendo elas a

volatização, a oxidação e a fusão; as temperaturas variam de 150º a 1600º C, volatização, a oxidação e a fusão; as temperaturas variam de 150º a 1600º C, e onde são coletados os produtos (alcoóis, óleo combustível, alcatrão, etc);

e onde são coletados os produtos (alcoóis, óleo combustível, alcatrão, etc);

3) zona de

3) zona de resfriamentoresfriamento, onde , onde os resíduos gerados pelo processo sãoos resíduos gerados pelo processo são coletados no final do processo (char, cinzas e escória).

coletados no final do processo (char, cinzas e escória).

Existem variados tipos de reatores pirolíticos em operação, com tecnologias Existem variados tipos de reatores pirolíticos em operação, com tecnologias diversas para a extração de subprodutos dos resíduos que processam.

diversas para a extração de subprodutos dos resíduos que processam.

3.4.2 Pirolise de pneus com xisto -

3.4.2 Pirolise de pneus com xisto - PETROBRÁSPETROBRÁS

Desde 1998, em sua unidade de São Mateus do Sul-PR, onde há anos Desde 1998, em sua unidade de São Mateus do Sul-PR, onde há anos explora o xisto betuminoso, a PETROBRÁS instalou uma usina de explora o xisto betuminoso, a PETROBRÁS instalou uma usina de reprocessame

reprocessamento conjunto de xisto e nto conjunto de xisto e pneus descartados para a produção depneus descartados para a produção de óleo e gás combustíveis, por meio de tecnologia desenvolvida pela própria óleo e gás combustíveis, por meio de tecnologia desenvolvida pela própria empresa e reconhecida mundialmente.

empresa e reconhecida mundialmente.

Os pneus são cortados em pedaços, misturados ao xisto e a mistura é levada Os pneus são cortados em pedaços, misturados ao xisto e a mistura é levada a um reator cilíndrico vertical (retorta), para ser aquecida a,

a um reator cilíndrico vertical (retorta), para ser aquecida a, aproximadame

aproximadamente, 500ºC. Sob alta nte, 500ºC. Sob alta temperatura, o mineral libera matériatemperatura, o mineral libera matéria orgânica em forma de óleo e gás. Em seguida, o xisto e a borracha passam orgânica em forma de óleo e gás. Em seguida, o xisto e a borracha passam  por resfriamento, resultando na condensação dos vapores de óleo

 por resfriamento, resultando na condensação dos vapores de óleo na formana forma de gotículas, que então constituem o óleo pesado. Após retirado o óleo de gotículas, que então constituem o óleo pesado. Após retirado o óleo  pesado, os gases de xisto passam por outro processo de limpeza para  pesado, os gases de xisto passam por outro processo de limpeza para

 produção do óleo leve. O restante é encaminhado para outra unidade, onde  produção do óleo leve. O restante é encaminhado para outra unidade, onde

são obtidos o gás combustível e o gás liquefeito (GLP), além da recuperação são obtidos o gás combustível e o gás liquefeito (GLP), além da recuperação do enxofre. O que sobrou da mistura do pneu com o xisto é então levado do enxofre. O que sobrou da mistura do pneu com o xisto é então levado  para as cavas da mina e recoberto por uma camada de argila e solo vegetal,  para as cavas da mina e recoberto por uma camada de argila e solo vegetal,  permitindo a recuperação do meio ambiente. O arame de aço é reciclado  permitindo a recuperação do meio ambiente. O arame de aço é reciclado  para a indústria siderúrgica.

 para a indústria siderúrgica.

3.4.3 Pirólise de pneus

3.4.3 Pirólise de pneus SVEDALA/METSOSVEDALA/METSO

Com larga experiência na pirólise de diversos materiais, a empresa de Com larga experiência na pirólise de diversos materiais, a empresa de origem sueca, mas sediada no USA (desde 2001 fundida com a METSO origem sueca, mas sediada no USA (desde 2001 fundida com a METSO MINERALS), começou a desenvolver intensa pesquisa com a reciclagem de MINERALS), começou a desenvolver intensa pesquisa com a reciclagem de  pneus a partir de 1996. Primeiro em

 pneus a partir de 1996. Primeiro em laboratório, depois numa usina pilotlaboratório, depois numa usina pilotoo chegou, finalmente, aos resultados objetivados, iniciando depois a

chegou, finalmente, aos resultados objetivados, iniciando depois a

construção de usinas comerciais, com capacidade de processar 50, 100, 150 construção de usinas comerciais, com capacidade de processar 50, 100, 150 e 200 toneladas diárias de pneus. O processo completo pode ser 

e 200 toneladas diárias de pneus. O processo completo pode ser 

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resumidamente descrito no seguinte (v. Figura 2):

resumidamente descrito no seguinte (v. Figura 2):

1) o pneu é

1) o pneu é triturado em partículas não maioretriturado em partículas não maiore

s que 50 mm e um alimentador introduz o material num forno horizontal s que 50 mm e um alimentador introduz o material num forno horizontal rotativo - o reator pirolítico - onde é feita, termicamente, a separação dos rotativo - o reator pirolítico - onde é feita, termicamente, a separação dos componentes básicos dos pneus: carbono, óleo, aço e gás;

componentes básicos dos pneus: carbono, óleo, aço e gás;

2) o forno descarrega os sólidos num separador que separa o

2) o forno descarrega os sólidos num separador que separa o carbono docarbono do aço;

aço;

3) o carbono (carvão) é

3) o carbono (carvão) é resfriado, passa por outra separação magnéticresfriado, passa por outra separação magnética paraa para retirar pequenas partículas de aço, é

retirar pequenas partículas de aço, é moído e classificado para venda comomoído e classificado para venda como negro de fumo.

negro de fumo.

4) o fluxo de gás é captado do forno para um condensador, onde gás e óleo 4) o fluxo de gás é captado do forno para um condensador, onde gás e óleo são separados;

são separados;

5) o óleo é

5) o óleo é bombeado para tanques de armazenamentbombeado para tanques de armazenamento para ser vendidoo para ser vendido como combustível e/ou reaproveitado na própria usina;

como combustível e/ou reaproveitado na própria usina;

6) o

6) o gás pode receber dois gás pode receber dois tratamentos alternattratamentos alternativos: a) queimado numaivos: a) queimado numa câmara de combustão secundária, resfriado, lavado,

câmara de combustão secundária, resfriado, lavado, retirada de partículasretirada de partículas sólidas em filtros de mangas e liberado na atmosfera; ou b) comprimido, sólidas em filtros de mangas e liberado na atmosfera; ou b) comprimido,  purificado e aplicado numa turbina a gás para gerar energia elétrica para a  purificado e aplicado numa turbina a gás para gerar energia elétrica para a  própria usina e venda do excedente; parte do gás assim tratado pode ser   própria usina e venda do excedente; parte do gás assim tratado pode ser 

usada como fonte energética para o formo de pirólise, ou ainda para gerar  usada como fonte energética para o formo de pirólise, ou ainda para gerar  vapor.

vapor.

A produção típica de uma usina que processa 100 t/dia de pneus é de 28 t de A produção típica de uma usina que processa 100 t/dia de pneus é de 28 t de carvão, 12 t de aço, 22 t de óleo e 30 t de gás não condensável. Dos

carvão, 12 t de aço, 22 t de óleo e 30 t de gás não condensável. Dos

materiais básicos de um pneu apenas não se aproveitam o tecido de nylon, materiais básicos de um pneu apenas não se aproveitam o tecido de nylon, consumido na pirólise, e parte dos aditivos, representando cerca de 8% do consumido na pirólise, e parte dos aditivos, representando cerca de 8% do  pneu, pequena parte sólida e a maior parte em gases condensados. A

 pneu, pequena parte sólida e a maior parte em gases condensados. A instalação da planta é compacta, toda encapsulada, e o processo é instalação da planta é compacta, toda encapsulada, e o processo é considerad

considerado o "limpo"."limpo".

Figura 2:

Figura 2:Diagrama de planta de Diagrama de planta de pirólise de pneuspirólise de pneus

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3.4.4 Pirólise de pneus

3.4.4 Pirólise de pneus com reator catalítico secundáriocom reator catalítico secundário

Uma inovação patenteada pelo Dr. Paul Williams, do Departamento de Uma inovação patenteada pelo Dr. Paul Williams, do Departamento de Combustív

Combustível e el e Energia da Universidade de Leeds - Energia da Universidade de Leeds - Inglaterra, procurouInglaterra, procurou agregar mais valor ao óleo. Considerando que o óleo produzido pela pirólise agregar mais valor ao óleo. Considerando que o óleo produzido pela pirólise contém valiosos componentes químicos como benzeno, tolueno, xileno e contém valiosos componentes químicos como benzeno, tolueno, xileno e limoneno, largamente usados na indústria química, em particular na limoneno, largamente usados na indústria química, em particular na

manufatura de borracha, inseticidas, farmacêuticos e explosivos, a inovação manufatura de borracha, inseticidas, farmacêuticos e explosivos, a inovação consiste em fazer o gás obtido da pirólise passar por um reator catalítico consiste em fazer o gás obtido da pirólise passar por um reator catalítico secundário, reduzindo a quantidade de óleo obtida, mas aumentando a secundário, reduzindo a quantidade de óleo obtida, mas aumentando a concentração de certos compostos químicos, em alguns casos mais de 40 concentração de certos compostos químicos, em alguns casos mais de 40 vezes.

vezes.

3.4.5 Pirólise PKA/Toshiba 3.4.5 Pirólise PKA/Toshiba

Visando complementar seu núcleo de negócios no tratamento de resíduos Visando complementar seu núcleo de negócios no tratamento de resíduos sólidos e sistemas de reciclagem, a japonesa Tokio-Toshiba Corp., em 1998, sólidos e sistemas de reciclagem, a japonesa Tokio-Toshiba Corp., em 1998, selou um acordo de cooperação com a alemã PKA Umwelttchik GmbH &

selou um acordo de cooperação com a alemã PKA Umwelttchik GmbH &

Co. A tecnologia da PKA é baseada num sistema de pirólise e gaseificação Co. A tecnologia da PKA é baseada num sistema de pirólise e gaseificação  para tratamento de diversos resíduos sólidos, incluindo automóveis, pneus,  para tratamento de diversos resíduos sólidos, incluindo automóveis, pneus,  plásticos e solo contaminado, na forma triturada. Os resíduos são

 plásticos e solo contaminado, na forma triturada. Os resíduos são  processado

 processados para s para recuperação de produtos, entre os quais recuperação de produtos, entre os quais gasesgases

combustíveis limpos de hidrogênio e monóxido de carbono, metais ferrosos combustíveis limpos de hidrogênio e monóxido de carbono, metais ferrosos e não-ferrosos, e carbono. Outra vantagem do processo PKA é que as

e não-ferrosos, e carbono. Outra vantagem do processo PKA é que as

emissões de dioxinas (NOx e SOx) na atmosfera são substancialmente mais emissões de dioxinas (NOx e SOx) na atmosfera são substancialmente mais  baixas (menos de 0,1

 baixas (menos de 0,1 mg/Nm3) que outros tratamentos convencionais demg/Nm3) que outros tratamentos convencionais de resíduos sólidos.

resíduos sólidos.

3.5 Destinações de pneus agressivas ao meio

3.5 Destinações de pneus agressivas ao meio ambienteambiente

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Consensualmente, é considerada a destinação mais agressiva ao meio Consensualmente, é considerada a destinação mais agressiva ao meio

ambiente o descarte de pneus ao ar livre, nos campos, matas, rios, córregos, ambiente o descarte de pneus ao ar livre, nos campos, matas, rios, córregos, lagos e mesmo em áreas desertas. Além do péssimo aspecto que deixam na lagos e mesmo em áreas desertas. Além do péssimo aspecto que deixam na  paisagem, os pneus assim descartados representam pelo menos três graves  paisagem, os pneus assim descartados representam pelo menos três graves

ameaças à saúde humana: 1) sua forma de tubo aberto retém água que ameaças à saúde humana: 1) sua forma de tubo aberto retém água que favorece a proliferação de insetos nocivos e transmissores de doenças (

favorece a proliferação de insetos nocivos e transmissores de doenças (comocomo a dengue); 2) embora se biodegradem muito lentamente (estima-se um prazo a dengue); 2) embora se biodegradem muito lentamente (estima-se um prazo não inferior a 150 anos), os pneus contém substâncias tóxicas que podem ser  não inferior a 150 anos), os pneus contém substâncias tóxicas que podem ser  liberadas na atmosfera e também contaminar o solo, o lençol freático e os liberadas na atmosfera e também contaminar o solo, o lençol freático e os cursos de água; e 3) um pneu comum de automóvel contém o equivalente a cursos de água; e 3) um pneu comum de automóvel contém o equivalente a 10 litros de óleo combustível, e o risco de incêndios é sempre iminente, 10 litros de óleo combustível, e o risco de incêndios é sempre iminente, durando semanas até se extinguir, exalando gases tóxicos e fumaça negra na durando semanas até se extinguir, exalando gases tóxicos e fumaça negra na atmosfera.

atmosfera.

A disposição dos pneus em aterros sanitários vem em segundo lugar.

A disposição dos pneus em aterros sanitários vem em segundo lugar.

Descartados inteiros, os pneus ocupam mais espaço, dificultam a Descartados inteiros, os pneus ocupam mais espaço, dificultam a

compactação e acumulam gases (metano) da decomposição do material compactação e acumulam gases (metano) da decomposição do material orgânico, vindo à tona mesmo depois de aterrados. A solução paliativa orgânico, vindo à tona mesmo depois de aterrados. A solução paliativa (inclusive a ser adotada na Europa entre 2003 e 2005) é triturar os pneus, (inclusive a ser adotada na Europa entre 2003 e 2005) é triturar os pneus, dispondo-o

dispondo-os nos aterros s nos aterros em camadas misturadas com outros resíduos.em camadas misturadas com outros resíduos.

Outra destinação agressiva, infelizmente também adotada aqui, é s pura e Outra destinação agressiva, infelizmente também adotada aqui, é s pura e simples queima do pneu como combustível em fornos de cerâmicas e simples queima do pneu como combustível em fornos de cerâmicas e outros, sem qualquer tratamento dos gases da

outros, sem qualquer tratamento dos gases da queima.queima.

Pneus inteiros costumam ser empregados como proteção anti-choque em Pneus inteiros costumam ser empregados como proteção anti-choque em cais de atracação de embarcações. Colocam-se ressalvas a esta utilização cais de atracação de embarcações. Colocam-se ressalvas a esta utilização  pois podem reter água, deterioram-se com os choques e a ação da água e do  pois podem reter água, deterioram-se com os choques e a ação da água e do

sol, além de um desagradável aspecto estético. Além do mais, existem sol, além de um desagradável aspecto estético. Além do mais, existem  produtos específicos para a mesma finalidade, também fabricados com  produtos específicos para a mesma finalidade, também fabricados com  borracha regenerada, moldada com insertos metálicos em seu interior.

 borracha regenerada, moldada com insertos metálicos em seu interior.

Há menção ao uso de pneus inteiros como proteção de encostas e taludes, Há menção ao uso de pneus inteiros como proteção de encostas e taludes, solução de baixo custo em áreas sujeitas a desmoronamentos, habitadas por  solução de baixo custo em áreas sujeitas a desmoronamentos, habitadas por   população de baixa renda. Embora seja adotada metodologia construtiva que  população de baixa renda. Embora seja adotada metodologia construtiva que  preenche o interior dos pneus com terra, trata-se de solução paliativa e

 preenche o interior dos pneus com terra, trata-se de solução paliativa e  precária para a

 precária para a indesejáindesejável condição de moradia em vel condição de moradia em áreas de permanenteáreas de permanente risco. O mesmo se pode dizer da proteção de margens de córregos em zonas risco. O mesmo se pode dizer da proteção de margens de córregos em zonas urbanas, para a qual também se tem indicado a aplicação de pneus

urbanas, para a qual também se tem indicado a aplicação de pneus descartados.

descartados.

..

 Não se conhecem números precisos do descarte de pneus no Brasil, nem do  Não se conhecem números precisos do descarte de pneus no Brasil, nem do  passivo ambiental representado pelos pneus abandonados na natureza.

 passivo ambiental representado pelos pneus abandonados na natureza.

Estimativa que se pode considerar modesta calcula que 100 milhões de Estimativa que se pode considerar modesta calcula que 100 milhões de  pneus descartados estão depositados (jogados) no meio ambiente, mas é  pneus descartados estão depositados (jogados) no meio ambiente, mas é

razoável supor que a realidade se mostre bem mais grave. Quanto ao razoável supor que a realidade se mostre bem mais grave. Quanto ao

descarte anual, uma comparação pode ser feita com o caso de Portugal. Em descarte anual, uma comparação pode ser feita com o caso de Portugal. Em 1996, um minucioso levantamento dos pneus descartados nesse país,

1996, um minucioso levantamento dos pneus descartados nesse país, abrangendo todos os tipos de pneus, até os de bicicletas, apontou 3,0 abrangendo todos os tipos de pneus, até os de bicicletas, apontou 3,0 milhões de pneus de automóveis e veículos comerciais leves, 120 mil de milhões de pneus de automóveis e veículos comerciais leves, 120 mil de caminhões e 1,6 milhão de outros tipos, atingindo um total de 43 mil caminhões e 1,6 milhão de outros tipos, atingindo um total de 43 mil toneladas; uma projeção anual sinalizou um descarte total de 50 mil toneladas; uma projeção anual sinalizou um descarte total de 50 mil

toneladas para 2000. Há mesma época, pouco menos de 10% do descarte em toneladas para 2000. Há mesma época, pouco menos de 10% do descarte em  peso estavam sendo incinerados num complexo cimenteiro e outros tantos  peso estavam sendo incinerados num complexo cimenteiro e outros tantos

dispostos em aterros sanitários, indicando que cerca de 80% estavam sendo, dispostos em aterros sanitários, indicando que cerca de 80% estavam sendo,

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simplesmente, dispostos no meio ambiente ou queimados sem controle. Não simplesmente, dispostos no meio ambiente ou queimados sem controle. Não será fantasioso estimar que, pela maior frota, maior dependência do modal será fantasioso estimar que, pela maior frota, maior dependência do modal rodoviário de transporte de cargas, as distâncias continentais a ser 

rodoviário de transporte de cargas, as distâncias continentais a ser  transpostas e o autotransporte pessoal nos grandes centros, devido à transpostas e o autotransporte pessoal nos grandes centros, devido à deficiência do transporte coletivo de massa, os números do descarte de deficiência do transporte coletivo de massa, os números do descarte de  pneus no Brasil sejam da ordem de, ou

 pneus no Brasil sejam da ordem de, ou superior a, cinco vezes os desuperior a, cinco vezes os de Portugal. Seguindo a determinação do CONAMA, e mantido o volume Portugal. Seguindo a determinação do CONAMA, e mantido o volume anual médio de pneus novos fabricados para o mercado interno, em 2002 anual médio de pneus novos fabricados para o mercado interno, em 2002 deverão ser reciclados 7,5 milhões, o

deverão ser reciclados 7,5 milhões, o dobro em 2004, dobro em 2004, dobrando novamentedobrando novamente em 2005 e, a partir de 2006, mais 20%. Essa progressão indica que, de em 2005 e, a partir de 2006, mais 20%. Essa progressão indica que, de início não se estará atingindo o total anual de descarte e depois deverá se início não se estará atingindo o total anual de descarte e depois deverá se reciclar, gradativamente, o passivo acumulado.

reciclar, gradativamente, o passivo acumulado.

4 Comparação entre alternativas de reciclagem dos pneus 4 Comparação entre alternativas de reciclagem dos pneus

Considera-se que a reciclagem ocorre quando o produto ou a maior parte Considera-se que a reciclagem ocorre quando o produto ou a maior parte dos materiais de sua composição podem ser reutilizados ou gerar 

dos materiais de sua composição podem ser reutilizados ou gerar  subprodutos aproveitáveis. Dos casos de destinação aqui descritos são subprodutos aproveitáveis. Dos casos de destinação aqui descritos são

reciclados os pneus recauchutados, recuperados, regenerados e os destruídos reciclados os pneus recauchutados, recuperados, regenerados e os destruídos totalmente pela pirólise. É interessante analisar, comparativamente, estas totalmente pela pirólise. É interessante analisar, comparativamente, estas alternativas, ponderando suas vantagens e desvantagens sob diversos pontos alternativas, ponderando suas vantagens e desvantagens sob diversos pontos de vista, para deduzir a viabilidade e conveniência de sua adoção.

de vista, para deduzir a viabilidade e conveniência de sua adoção.

Primeiramente

Primeiramente, é preciso reconhecer que o , é preciso reconhecer que o tema como um todo, e em tema como um todo, e em suassuas diversas nuances, desperta explícita ou velada oposição de uns setores e diversas nuances, desperta explícita ou velada oposição de uns setores e conflitos de interesses em outros, embora se perceba que a maior parte dos conflitos de interesses em outros, embora se perceba que a maior parte dos envolvidos está consciente de que algo deve ser feito para solucionar o envolvidos está consciente de que algo deve ser feito para solucionar o grave e crescente problema ambiental.

grave e crescente problema ambiental.

Um Indicativo já é a dificuldade de adoção imediata das medidas corretivas Um Indicativo já é a dificuldade de adoção imediata das medidas corretivas e preventivas para a solução do problema. Os prazos de entrada em vigor  e preventivas para a solução do problema. Os prazos de entrada em vigor  das medidas foram protelados em anos e em outros tantos para sua plena das medidas foram protelados em anos e em outros tantos para sua plena efetivação, como na disposição dos pneus em aterros sanitários na

efetivação, como na disposição dos pneus em aterros sanitários na Comunidade Européia e a reciclagem no Brasil. Aqui, os fabricantes Comunidade Européia e a reciclagem no Brasil. Aqui, os fabricantes acabaram por aceitar o ônus da coleta (por ora apenas na rede de lojas acabaram por aceitar o ônus da coleta (por ora apenas na rede de lojas especializadas das respectivas marcas) e do desembolso pela trituração e especializadas das respectivas marcas) e do desembolso pela trituração e  pelo transporte dos resíduos. As importadoras de veículos ainda não  pelo transporte dos resíduos. As importadoras de veículos ainda não adotaram a coleta, e questionam se, legalmente, estariam sujeitas à adotaram a coleta, e questionam se, legalmente, estariam sujeitas à Resolução do CONAMA, alegando que não fabricam

Resolução do CONAMA, alegando que não fabricam nem os veículos nemnem os veículos nem os pneus. Os reformadores de pneus pleiteiam poder examinar os pneus os pneus. Os reformadores de pneus pleiteiam poder examinar os pneus coletados antes de encaminhados para a reciclagem, avaliando suas coletados antes de encaminhados para a reciclagem, avaliando suas condições de reforma. A reciclagem não convém às empresas que condições de reforma. A reciclagem não convém às empresas que

administram aterros sanitários. Aos fabricantes de asfalto não agrada o uso administram aterros sanitários. Aos fabricantes de asfalto não agrada o uso do pó de pneu recuperado. As cimenteiras estão recebendo combustível e do pó de pneu recuperado. As cimenteiras estão recebendo combustível e aditivo para o cimento gratuitamente. A PETROBRÁS obtém uma fonte de aditivo para o cimento gratuitamente. A PETROBRÁS obtém uma fonte de combustível dos pneus para mistura com o xisto, e dispõe dos resíduos combustível dos pneus para mistura com o xisto, e dispõe dos resíduos sólidos para aterrar as cavas de onde retirou o xisto, e que há anos sólidos para aterrar as cavas de onde retirou o xisto, e que há anos

degradaram o meio ambiente das minas de São Mateus do Sul. Os Estados degradaram o meio ambiente das minas de São Mateus do Sul. Os Estados Unidos não adotaram ainda qualquer medida a respeito, mas há anos tentam Unidos não adotaram ainda qualquer medida a respeito, mas há anos tentam exportar pneus "meia-vida" para os

exportar pneus "meia-vida" para os países em desenvolvimentopaíses em desenvolvimento, Brasil, Brasil inclusive, com importações já proibidas, mas o contrabando sem controle inclusive, com importações já proibidas, mas o contrabando sem controle (na Internet, encontram-se "bolsas" de sucatas que

(na Internet, encontram-se "bolsas" de sucatas que incluem pneus comincluem pneus com ofertas norte-americanas). As recicladoras norte-americana

ofertas norte-americanas). As recicladoras norte-americanas s lutam paralutam para

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