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Relatório da Auditoria Interna da Qualidade 2018

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Janeiro 2019

Relatório da Auditoria

Interna da Qualidade

2018

(2)

ÍNDICE

1. Introdução ...1

2. Auditorias em 2018 ...2

2.1. Auditorias Internas da Qualidade ...2

2.2. Auditoria de Acompanhamento - ISO 9001 ...6

2.3. Auditoria aos Registos - Processo Clínico em Papel...7

2.4. Auditoria de Monitorização da Nota de Alta em Processo Clínico Eletrónico ...9

2.5. Auditoria ao Consentimento Informado Cirúrgico... 10

2.6. Auditoria ao Consentimento Informado da Substituição da Função Renal ... 11

2.7. Auditoria à Utilização da LVSC... 12

3. AIQ para 2019 ... 15

4. Conclusão ... 16

LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Não conformidades e Oportunidades de Melhoria 2017-2018 ...3

Gráfico 2 - Auditoria Interna aos Serviços Clínicos- Oportunidades de Melhoria ...4

Gráfico 3 - Auditorias Internas aos Serviços Clínicos – Não Conformidades...5

Gráfico 4 - Consentimento Informado FC ... 11

Gráfico 5 - Utilização da LVSC - Não Conformidades ... 13

LISTA DE TABELAS Tabela 1- Cronograma de AIQ 2018 ...3

Tabela 2 - Constatações das auditorias aos serviços ISO 9001:2015 ...6

Tabela 3 - Distribuição de processos clínicos por serviço e planos de ação ...8

Tabela 4 - Resultados globais por serviço...8

Tabela 5 - % cumprimento CI ... 10

(3)

1. INTRODUÇÃO

O Serviço da Qualidade e Segurança assegura a auditoria interna como uma ferramenta da qualidade e de segurança dos doentes de modo a obter dados, para sustentar a tomada de decisões, que podem alterar os processos e atividades da organização, numa perspetiva de melhoria contínua do HFF.

Para a eficiência e eficácia da auditoria interna, é importante que se realize de forma sistemática e programada tendo em conta:

— o cumprimento dos requisitos do seu sistema de gestão da qualidade, nomeadamente o cumprimento dos requisitos externos dos modelos de acreditação, certificação e avaliação adotados, nomeadamente CHKS, ACSA/DGS, ISO 9001 e SINAS/ERS;

— a implementação das normas de orientação clínica da DGS;

— a gestão documental de suporte aos processos;

— o cumprimento da legislação aplicável.

Em Abril de 2018 o CA aprovou o programa de auditoria interna da qualidade 2018/2019 com o propósito de, acompanhar e consolidar o processo de acreditação CHKS, e de certificação ISO 9001:2015.

O presente documento apresenta as principais atividades relacionadas com o programa de auditoria

interna da qualidade de 2018 bem como a atualização do plano para 2019.

(4)

2. AUDITORIAS EM 2018

O Programa de Auditoria Interna da Qualidade engloba diversas tipologias de auditoria com âmbitos diferentes:

2.1. Auditoria Interna da Qualidade

As auditorias que decorreram em 2018 tiveram por base uma checklist com novos critérios e assentes numa nova metodologia de avaliação.

Inicialmente foram revistos e elaborados novos documentos inerentes ao processo de auditoria interna da qualidade, nomeadamente:

 PO 0123 T CA – Politica de Auditoria Interna ao Sistema de Gestão da Qualidade;

 PR 0012 T QUAL – Planeamento e realização de auditorias internas;

 IMP 0109 T QUAL – Relatório de Auditoria Interna;

 IT 0542 T QUAL – Gestão da Bolsa de Auditores.

Relativamente aos critérios utilizados no processo de auditoria interna, tiveram por base os critérios transversais da última versão do manual do CHKS e as áreas/processos/procedimentos que foram identificados como críticos nas auditorias realizadas no biénio anterior. No presente ano promoveu-se a mudança de paradigma de auditoria baseada em análise de documentos (procedimentos, politicas, etc.) para uma metodologia de observação dos resultados das boas práticas existentes.

Entre Janeiro e Dezembro de 2018 foram realizadas 18 auditorias, sendo que 11 foram AIQ a serviços clínicos e 7 a serviços ISO, de acordo com o cronograma definido (Tabela 1- Cronograma de AIQ 2018 ).

A maior limitação no planeamento foi a dificuldade de garantir a presença/disponibilidade das direções dos serviços. De forma a mitigar este constrangimento optou-se por antecipar o agendamento passando a ser proposto com um mês de antecedência, deixando à consideração do serviço algumas datas e indicando que as chefias na impossibilidade de comparência deveriam se fazer representar. Mesmo com estas melhorias verificamos o cancelamento de uma auditoria por duas vezes, na UCIENP, por indisponibilidade dos responsáveis médicos do serviço.

Também a auditoria de acompanhamento ISO do serviço de Imagiologia e ao Serviço de Negociação e

Logística, teve de ser adiada a pedido dos serviços.

(5)

Tabela 1- Cronograma de AIQ 2018

Fonte: Serviço da Qualidade e Segurança

O planeamento das auditorias é mensal, dando-se prioridade aos serviços que estão há mais tempo sem auditoria.

2.2. Constatações

Em 2018, foram observadas 288 constatações, das quais 113 foram classificadas com “Oportunidade de Melhoria” e 175 classificadas como “Não Conformes” (Gráfico 1).

Gráfico 1 - Não conformidades e Oportunidades de Melhoria 2017-2018

Fonte: Serviço da Qualidade e Segurança

Revisão da metodologia

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Medicina 1 / Infeciologia

Medicina 2 / Pneumologia Medicina 3 / Int. Geral

Urologia / IG 2 Medicina 4 Cardiologia / UCIC Nefro / Gastroenterologia

Neurologia Oncologia Obstétricia / Ginecologia

UCIEP / UCIEN remarc.

Pediatria / Cir. Pediátrica / HD Ped.

Cirurgia Geral Espec. Cirurgicas (Oft.; ORL; CPR)

Ortopedia A / Ortopedia B UTP/UTG

UCIP UCICRE Urgência Geral Urgência Pediátrica

Psiquatria Unidade da Dor HD Medicina e Especiliadades Médicas

HD Infec.

Medicina Física e de Reabilitação Anestesiologia

SSHT Serviço Social Urgência Obst. e Ginecológica

Consultas Externas BOC /UCA S. Sangue e M. Transfusional

Esterilização

Imagiologia remarc.

Anatomia Patológica Patologia Clínica Serviços Farmacêuticos Unidade de Nego ciação e Gestão de Co ntrato s /

Unidade de Gestão Lo gística remarc.

Núcleo de Co o rdenação Ho spitalar da Do ação

S. C n ic o s IS O

Cronograma de AIQ

Mês de realização

Serviços / Processos 2018

49

175

88 113

0 50 100 150 200

2017 2018 2017 2018

Não conformidades Oportunidades de Melhoria

(6)

O aumento significativo no número de constatações apuradas, no nosso entender estão associadas:

 À alteração da checklist com inclusão de critérios do novo manual do CHKS e de processos considerados como críticos no HFF;

 Ao aumento do número de critérios associados a registos clínicos e observação de práticas , ambiente e instalações dos espaços auditados;

 Às limitações dos serviços em termos de equipamentos e número de profissionais;

 Às auditorias serem realizadas pelo menos por 2 auditores, sendo um deles clínico e sempre com um profissional do SQS.

— Relativamente às não conformidades bem como às oportunidades de melhoria são apresentadas no

— Gestão do percurso do utente / registos clínicos.

e no Erro! A origem da referência não foi encontrada. a distribuição das mesmas, tendo sido identificadas 4 áreas críticas:

— Instalações, ambiente, limpeza e resíduos;

— Melhoria do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ);

— Risco, ocorrências e segurança;

— Gestão do percurso do utente / registos clínicos.

Gráfico 2 - Auditoria Interna aos Serviços Clínicos- Oportunidades de Melhoria

Fonte: Serviço da Qualidade e Segurança

Da análise do gráfico 2, relativo a Oportunidades de Melhoria constatadas, verificamos:

─ 27% estão associadas a “Instalações, ambiente, limpeza e resíduos”, sendo exemplos dessas constatações, propostas de alteração de utilização de espaços e equipamentos de forma a promover a privacidade e dignidade dos utentes ou a melhoria das condições de trabalho dos profissionais.

Instalações, ambiente Limpeza e resíduos:

27%

Melhoria do SGQ:

18%

Risco, ocorrências e segurança: 14%

Gestão do percurso do utente / registos

clínicos: 14%

Medicamento: 9%

Gestão do serv iço / formação: 7%

Equipamentos e dispositiv os médicos: 4%

O utros: 4%

C ontrolo de Infeção: 2%

Gestão documental: 1%

Outro

27%

(7)

─ 18% estão associados a “Melhoria do SGQ”, sendo exemplos dessas constatações, propostas de revisão de indicadores ou de estabelecimento de planos de ação para projetos que estejam a ser implementados nos serviços;

─ 14% das oportunidades de melhoria são relacionados com “Risco, ocorrências e segurança” e outros 14% a “Gestão do percurso do utente/registos clínicos”, sendo exemplos destas constatações a promoção de ações de sensibilização para assegurar melhorias das práticas na gestão do percurso do utente, maior envolvimento das famílias e utentes na sua identificação inequívoca e sensibilização dos profissionais para encerrar as sessões do PC na sua ausência.

Gráfico 3 - Auditorias Internas aos Serviços Clínicos – Não Conformidades

Fonte: Serviço da Qualidade e Segurança

Da análise do gráfico 3, relativo as Não Conformidades constatadas, verificamos que:

─ 22% das não conformidades identificadas são associadas a “Instalações, ambiente, limpeza e resíduos”, sendo exemplos dessas constatações o descarte inadequado de resíduos, nomeadamente ampolas, as inconformidades associadas ao armazenamento de balas de oxigénio ou instalações inadequadas (pavimentos degradados ou salas com infiltrações).

─ Com 16%, encontra-se as não conformidades associadas ao “Risco, ocorrências e Segurança”, onde se encontra, por exemplo, a ausência de avaliação de risco ou os extintores sem manutenção válida;

─ Em terceiro, com 15% das não conformidades, encontra-se a tipologia “Gestão do percurso do utente / registos clínicos”, sendo exemplo dessas constatações a ausência da prescrição de dieta ou a não reavaliação do risco de queda de acordo com o procedimento ou a ausência de pulseira de identificação ou pulseira de elevado risco de queda (quando aplicável).

Instalações, ambiente Limpeza e resíduos

22%

Risco, ocorrências e segurança

16%

Gestão do percurso do utente / registos

clínicos 15%

Melhoria do SGQ 14%

Equipamentos e disp.

médicos: 12%

Medicamento: 11%

Sangue e hemod.: 4%

Gest. serv . / formação:

2%

Gestão documental: 2%

C ontrolo de Infeção: 1%

O utros: 1%

Outro

33%

(8)

2.3. Auditoria de Acompanhamento - ISO 9001

Em 2018, foram realizadas internamente 7 auditorias ISO, duas ainda do calendário do ano anterior.

Constando-se 57 “Não Conformidades” e 106 “Oportunidades de Melhoria (Tabela 2 - Constatações das auditorias aos serviços ISO 9001:2015 ).

De salientar que a Auditoria ao Bloco Operatório / Unidade de Cirurgia Ambulatória foi uma auditoria diagnóstica, ou seja de levantamento sumário de cumprimento de requisitos da nova versão da norma ISO 9001, não incidindo em processos específicos do Serviço. Esta opção foi consensualizada com a Direção do Serviço, após se ter tido em consideração a mudança na Direção do Serviço e as insuficientes ações empreendidas durante 2017 para proceder à transição para o novo referencial da norma.

Tabela 2 - Constatações das auditorias aos serviços ISO 9001:2015

Não confor midades Opor tunidades de Melhor ia

Valor

absoluto % Valor

absoluto %

C ontexto da organização 2 4% 27 25%

Liderança 4 7% 14 13%

Planeamento 1 2% 8 8%

Suporte 27 47% 35 33%

O peracionalização 13 23% 14 13%

A v aliação de desempenho 7 12% 6 6%

Melhorias 3 5% 2 2%

T OT A L 5 7 1 0 0 % 1 0 6 1 0 0 %

Fonte: Serviço da Qualidade e Segurança

Em termos de Não Conformidades, em 2018, observamos que 2 grupos de requisitos correspondem a 70% desse tipo de constatações. São eles:

— Suporte (47%) – refere-se aos recursos necessários para a operacionalização e melhoria dos processos dos serviços, nomeadamente pessoas, competências, infraestrutura, ambiente, informação documentada, entre outros; por exemplo “Constatou-se porta de emergência (…) obstruída”;

“evidência de equipamento (…) com indicação da próxima manutenção programada agendada para 06/2017 e não realizada” ou “Não foram evidenciados planos específicos de higienização e desinfeção do serviço gerais ou por áreas, incluindo superfícies de trabalho, bancadas e equipamentos”;

— Operacionalização (23%) – atividade dos serviços, clínica ou não clínica, inclui aspetos como o planeamento e o controlo operacional, determinação de requisitos de qualidade para essa atividade, controlo e avaliação de fornecedores externos; por exemplo “Constatou-se no gabinete médico (…) sem profissional e com a sessão aberta com dados pessoais de um utente, visíveis”, “O serviço não evidenciou o Regulamento interno do Serviço nos termos da Portaria n.º166/2014 de 21 de Agosto”

ou “Não foi evidenciada uma estrutura de avaliação dos fornecedores onde são efetuados exames externos”;

Em termos de Oportunidades de Melhoria, 2 grupos de requisitos correspondem a 58%, nomeadamente:

(9)

— Suporte (33%), explicado no ponto anterior; por exemplo “O serviço deve promover e assegurar o conhecimento interno adquirido para a operacionalização de determinados processos, caso ocorra saída de profissionais com conhecimento relevante” ou “Melhoramento das condições físicas para operacionalização dos processos através da resolução de algumas situações identificadas”;

— Contexto da Organização (25%) – inclui requisitos associados à envolvente onde se insere o Serviço, às expectativas das partes interessadas, ao âmbito do Sistema de Gestão da Qualidade e respetivos processos; por exemplo “promover a realização de análise de contexto do serviço em resposta aos requisitos”, “Promover a revisão dos documentos que suportam os processos do serviço de modo a melhorar de forma contínua o seu SGQ;” ou “Promover a determinação do âmbito (limites e aplicabilidade) do Sistema de gestão da qualidade do serviço”. Salientando que algumas destas oportunidades de melhoria, continuando sem resolução irão passar a Não Conformidades ao abrigo da certificação ISO 9001:2015.

2.4. Auditoria aos Registos - Processo Clínico em Papel

A auditoria aos Registos em saúde em suporte de papel, tem como referencial o manual CHKS 2016 Norma 19 e os requisitos legais previstos no Despacho nº 2784/13 de 20 de fevereiro do Gabinete do Secretário de Estado da Saúde.

O processo aborda três áreas de registos clínicos, respetivamente, (1) área administrativa, (2) área de enfermagem e (3) área médica.

Esta auditoria aplica-se às unidades que ainda suportam os seus registos clínicos em papel, respetivamente Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente (UCIP), Unidade de Cuidados Intensivos Cirúrgicos Especiais (UCICRE), Unidade de Cuidados Intensivos Cardíacos (UCIC), Unidade de Cuidados Intensivos Especiais Pediátricos (UCIEP) e Serviço de Neonatologia.

A realização destas auditorias é da responsabilidade das Unidades. O processo de auditoria, em causa, incide:

— Na observação de uma amostra representativa de 10% dos doentes saídos/serviço;

— Disponibilização mensal dos dados recolhidos pela equipa de auditoria, ao Serviço da Qualidade e Segurança;

— Desenvolvimento de planos de melhoria, com base nas não conformidades que foram identificadas;

— Disponibilização ao Serviço da Planeamento e Controlo de Gestão que trata e disponibiliza mensalmente, em Indicadores da Qualidade através do portal qlikview.

No período em análise, dos 132 processos clínicos previstos serem auditados, pelos Serviços/Unidades,

foram realizadas 131 observações previstas pela área Administrativa e de Enfermagem, ficando por

realizar a área médica nos serviços de Serviço de Neonatologia e UCIC (Tabela 3).

(10)

Tabela 3 - Distribuição de processos clínicos por serviço e planos de ação

Fonte: Serviço da Qualidade e Segurança Observa-se uma taxa de conformidade global de 92,8% (Tabela 4).

Tabela 4 - Resultados globais por serviço Serviço % Conformidade 2018

UCIP 98,0

UCICRE 100

UCIEN 89,2

UCIC 91,5

UCIEP 91,5

Total 92,8

Fonte: Indicadores da Qualidade

 Taxa de conformidade global por áreas observadas:

 Administrativos 99,4%.

 Enfermagem 94,8%

 Médicos 93,8%

Registos Administrativos

Não apresentaram nenhum critério abaixo de 90%.

Registos de Enfermagem

Critérios com menor % de conformidade (top 3):

 Avaliação inicial de Enfermagem está completa (para o internamento em análise) – 56,3 %;

Auditoria ao Processo Clínico em suporte papel 2018 Serviço Área a auditar Nº processos a

auditar /mês

Nº processos a

auditar/ano Total auditado Plano de Ação

U C IC

Administrativa 3 36 35 0

Enfermagem 3 36 35 1

Médica 3 36 0 0

U C IP

Administrativa 2 24 24 0

Enfermagem 2 24 24 0

Médica 2 24 24 0

U C IC RE Administrativa 1 12 12 0

Enfermagem 1 12 12 1

Médica 1 12 12 0

U C IE N Administrativa 3 36 36 0

Enfermagem 3 36 36 0

Médica 3 36 0 0

U C IE P Administrativa 2 24 24 0

Enfermagem 2 24 24 0

Médica 2 24 24 0

(11)

 Evidência de que assina a Avaliação inicial de enfermagem (a assinatura inclui nome e nº de ordem e/ou nº mecanográfico) – 60,3%

 Evidência de intervenções dirigidas a focos ou diagnósticos de enfermagem ativos (orientações para autocuidado, ensinos, cuidados feridas, etc.) – 59,3%

Registos Médicos

Critérios abaixo de 90%:

 Evidência na folha de prescrição de terapêutica de assinatura legível do prescritor (a assinatura inclui nome e nº de ordem e/ou nº mecanográfico) - 84,7%

 Existe consentimento informado devidamente preenchido e assinado (aplicável a todos os procedimento cirúrgicos e procedimentos invasivos (ex. Transfusão de Hemoderivados/ exames de Gastro/ Pneumologia, entre outros)- 68,6%

Fragilidades observadas, decorrente do processo em análise:

 Disponibilização atempada dos processos clínicos em suporte papel aos serviços. Tendo sido apurado que estes se encontravam retidos na Codificação;

 Disponibilização de dados de auditoria correspondente à área médica. Dois dos cinco Serviços não evidenciaram dados;

 Disponibilização de evidência de Registos de Melhoria com base nas não conformidades (critérios que não estão a 100%) que foram identificadas no decorrer das auditorias realizadas em 2018.

2.5. Auditoria de Monitorização da Nota de Alta em Processo Clínico Eletrónico

A auditoria/monitorização da nota de alta em processo clínico eletrónico tem como referencial o Despacho 2784/13 de 20 de Fevereiro do Gabinete do Secretário de Estado da Saúde.

Para os registos clínicos produzidos em suporte eletrónico, de forma automatizada, está definida a monitorização da totalidade das notas de alta (100%) dos doentes saídos. O serviço de Gestão Tecnologias de Informação e Comunicação é responsável pela extração mensal, da informação definida relativa aos registos clínicos eletrónicos, sendo esta informação disponibilizada ao Serviço da Qualidade e Segurança que coloca na aplicação Indicadores da Qualidade.

Na sequência da continuidade de parâmetros não conformes, a Comissão de Auditoria Clínica e Registos

em Saúde com o apoio Serviço de Tecnologias de Informação e Comunicação efetuou no início de 2019

uma análise às fontes de dados para a monitorização da Nota de Alta de forma a aferir a validade dos

dados obtidos e definir ações de melhoria, pelo que não se apresentará dados referentes a 2018.

(12)

2.6. Auditoria ao Consentimento Informado Cirúrgico

A auditoria ao registo do “Consentimento Informado” para procedimentos cirúrgicos, tem por referencial a Norma 015/2013 de 03/10/2013 atualizada a 04/11/2015, da Direção-Geral da Saúde.

A auditoria é realizada pelo Serviço da Qualidade e Segurança, a registos relativos a procedimentos cirúrgicos executados pelas especialidades cirúrgicas no Bloco Central e no Bloco de Partos ao procedimento Cesariana. Auditoria realizada por amostragem.

A auditoria ao registo do “Consentimento Informado Válido” para procedimentos cirúrgicos, foi realizada à totalidade da amostra prevista, 780 processos em 12 tempos de auditoria, sendo o nível de conformidade global observada de 68,6 %.

Fragilidades observadas, decorrente do processo em análise:

─ não conformidade relativamente à implementação no HFF, da atualização a 04/11/2015 do referencial normativo;

A Comissão de Auditoria Clínica e Registos em Saúde, procedeu em 2018, à revisão do impresso de consentimento informado e respetiva documentação enquadradora, visando o cumprimento da Norma 15/2013. Será expectável que em 2019 esteja disponível em PCE o impresso atualizado.

A conformidade associada à auditoria do consentimento informado tem vindo a diminuir (Tabela 5 - % cumprimento CI)

Tabela 5 - % cumprimento CI

Ano % Cumprimento

Consentimento Informado

2016 73,7

2017 73,1

2018 68,6

Fonte: Indicadores Qualidade

Oportunidades de melhoria identificadas:

— envolvimento da Direção Clínica na implementação do referencial Normativo;

— apoio aos serviços na análise dos resultados, através da participação mensal e/ou trimestral do SQS nas reuniões de departamento/serviço, para partilha de informação válida e apoio no desenvolvimento de planos de melhoria;

— envolvimento da Comissão de Auditoria Clínica e Registos em Saúde, Direção Clínica e Direção de

Enfermagem, para a identificação de ações corretivas, sempre que identificadas e oportunidades de

melhoria transversais ao HFF, na avaliação dos resultados da auditoria.

(13)

2.7. Auditoria ao Consentimento Informado da Substituição da Função Renal

A auditoria ao Consentimento Informado para Opção da Substituição da Função Renal, decorre da NOC 017/2011 “Tratamento Conservador Médico da Insuficiência Renal Crónica Estádio 5”, da DGS, que determina a necessidade de avaliação da sua implementação. Assim, desde Outubro de 2013, o HFF adotou esta avaliação.

O Serviço da Qualidade e Segurança tem garantido a auditoria em causa mensalmente, ao total (100%) dos doentes inscritos, na Consulta de Esclarecimento / Opção da Função Renal, assim como tem disponibilizado com a mesma periodicidade, os dados recolhidos em auditoria, ao serviço de Planeamento e Controlo, que assegura o tratamento dos mesmos e os disponibiliza em Indicadores da Qualidade.

A auditoria foi realizada à totalidade dos processos clínicos dos utentes (100) que realizaram Consulta de

”Esclarecimento e Opção de Substituição da Função Renal”.

Os resultados obtidos (Erro! A origem da referência não foi encontrada.), demostram que do total dos doentes inscritos (100), 90 concretizaram a sua opção e esta foi evidenciada, 72 apresentavam o Consentimento Informado, em conformidade, no processo clínico.

Gráfico 4 - Consentimento Informado FC

Fonte: Indicadores Qualidade

Fragilidades observadas, decorrente do processo em análise:

— Necessidade de desenvolvimento de Indicadores face ao cumprimento da NOC 017/2011 “Tratamento Conservador Médico da Insuficiência Renal Crónica Estádio 5”,

Oportunidades de melhoria identificadas:

— Acompanhar o serviço no desenvolvimento de Indicadores da Qualidade em conjunto com o Serviço da Qualidade e Segurança.

Sim 72%

Não 19%

NA

9%

(14)

2.8. Auditoria à Utilização da LVSC

O indicador ao processo associado à “Utilização da Lista de Verificação da Segurança Cirúrgica” tem como referencial a NOC nº 002/2013 de 12/02/2013 atualizada a 25/06/2013 – Cirurgia Segura, Salva Vidas.

Este processo de auditoria iniciou-se em 2013 com a criação de um grupo multidisciplinar de 8 auditores, entre médicos e enfermeiros nomeados, respetivamente pela Direção da Qualidade, Direção Clínica e Direção de Enfermagem, tendo ficado definida um periodicidade mensal e uma amostra de 15 observações por auditor. Desde 2016 até final de 2017, o Serviço da Qualidade e Segurança assegurou a auditoria mensal com um auditor.

No final de 2017 foi feita a integração, a três enfermeiros para a realização de auditorias à LVSC a partir de 2018 de forma autónoma, mediante a disponibilidade dos mesmos.

Em virtude de se verificar um número reduzido de auditorias foi solicitada à Direcção Clínica e de Enfermagem a inclusão de novos elementos sugeridos pelas mesmas. Neste sentido foi feita a formação no âmbito da LVSC a 4 médicos que iram iniciar de forma autónoma auditorias em 2019.

O hospital foi auditado pela DGS no âmbito da utilização da LVSC em 11 de Outubro de 2018, tendo sido realizadas observações in loco e a processos clínicos. No âmbito desta auditoria foram evidenciadas algumas não conformidades e recomendações que vão de encontro às evidências obtidas pelos auditores internos.

Relativamente aos resultados do processo de auditoria interna, no período em análise foram realizadas 128 observações à utilização da LVSC, sendo o nível médio de não conformidade por serviço, de 12%

(Tabela 5). As observações foram realizadas no Bloco Operatório e no Bloco de Partos.

Tabela 6 - Não conformidade da LVSC 2018

Serviço % NC

Bloco de Partos 5,7%

Cirurgia Geral 13,1%

Oftalmologia 15,3%

ORL 15,7%

Ortopedia A 7,2%

Ortopedia B 17,2%

Pediatria 14,7%

Urologia 11,7%

Média 12%

Fonte: Indicadores Qualidade

(15)

Gráfico 5 - Utilização da LVSC - Não Conformidades

Fonte: Indicadores Qualidade Relativamente aos resultados globais mais expressivos (

), no que diz respeito à utilização da LVSC, estes referem-se às seguintes “Não Conformidades”:

— ausência de um protocolo institucional de utilização de antibioprofilaxia cirúrgica (critério 12) – 88,1%;

— ausência de marcação do local cirúrgico de forma inequívoca à entrada do bloco operatório, quando aplicável (existência de bilateralidade, níveis do procedimento, áreas anatómicas) - (critério 4) – 50,0

%;

— o coordenador de utilização da LVSC não inicia o segundo momento do processo imediatamente antes do início do ato cirúrgico (“Time Out”) (critério 8) – 33,6 %;

No processo em análise constataram-se algumas fragilidades:

— não evidência de planos de melhoria pelos serviços, decorrente das não conformidades observadas, em auditoria.

— Relativamente ao critério 6 “Existe uma lista de verificação de equipamento de anestesia preenchida e com a data atual”, existe um procedimento, mas que não permite o seu preenchimento, pelo que será expectável que a não conformidade deste ponto em 2019 possa aumentar, se não ocorrer a implementação da lista de verificação do equipamento de anestesia.

Oportunidades de melhoria identificadas:

— reforçar a equipa de auditores;

— melhoria de registos do questionário da LVSC;

— promover a prática do “Time-Out”;

— desenvolver e aplicar nova metodologia nomeadamente à (1) adequação da amostra por auditor, (2) tipologia de procedimentos a observar (procedimentos major/especialidade cirúrgica), que possa permitir atingir o objetivo de auditoria;

— promover a criação, divulgação e formação nos protocolos de profilaxia antibiótica;

3,1% 14,1% 13,4%

50,0%

6,3% 3,1% 6,7%

33,6%

9,4% 10,2%

0,8%

88,1%

1,1% 0,0% 4,8% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 5,8%

0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

100,0%

% Não Conformidade

(16)

— desenvolver uma checklist que permita garantir o correto funcionamento dos dispositivos de apoio à anestesia;

— apoiar os serviços na análise dos resultados, através da participação mensal e/ou trimestral do SQS nas reuniões de departamento/serviço;

— promover a formação de todos os profissionais envolvidos;

— envolver a Comissão de Auditoria Clínica, Direção Clínica e Direção de Enfermagem, para a

identificação de ações corretivas.

(17)

3. AIQ PARA 2019

Na programação da AIQ para 2019 há a considerar a preparação da auditoria de acreditação e certificação ISO pelo que é prioritário acompanhar os trabalhos para conformidade com as normas CHKS.

Fatores críticos de sucesso para programa de auditorias:

─ Disponibilidade de auditores:

Em 2019 pretendemos continuar a agendar as auditorias internas da qualidade com a máxima antecipação possível, de forma a promover a melhor disponibilidade de auditores possível.

─ Indisponibilidade dos diretores dos serviços a auditar: Este ponto tem sido crítico na dificuldade de agendamento de auditorias. Em 2019 mantemos a hipótese dos Diretores se fazerem representar na auditoria. Sendo fundamental o envolvimento da Governação Clínica no processo de Auditoria Interna, designadamente na criando condições para incentivar e garantir a participação em auditoria das Direções dos Serviços;

─ Definição de planos de ação subsequentes:

De forma a colmatar a diminuta definição de planos de ação decorrentes de constatações de

auditorias, promovemos reuniões de acompanhamento com os serviços auditados. Entendemos

que existe a necessidade de maior colaboração com a Governação Clínica e a Comissão de

Auditoria Clínica, para motivar o fecho do ciclo dos processos de Auditoria Interna, permitindo

incorporar melhorias efetivas nos serviços e processos auditados.

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4. CONCLUSÃO

A auditoria interna da qualidade é uma atividade relevante e fundamental para a consolidação do sistema de gestão da qualidade do HFF.

A integração dos novos referenciais promoveu o aumento das constatações das auditorias internas da qualidade, demonstrando assim a importância da melhoria contínua e a constante evolução dos referenciais de acreditação.

A realização das auditorias contou com dificuldades de agendamento relacionado com a disponibilidade dos intervenientes nomeadamente dos diretores de serviço, o que não facilitou o cumprimento do programa de auditoria para o presente biénio com consequências no cumprimento dos objetivos definidos para as auditorias.

No processo de auditoria do HFF, outra dimensão a ser fortemente melhorada é o trabalho subsequente à auditoria, ou seja o tratamento das constatações consideradas como “Não Conformidades” e das constatações consideradas como “Oportunidades de Melhoria”.

Deste modo, o fecho do ciclo dos processos de Auditoria Interna com a oportunidade da implementação

de melhorias efetivas, poderá garantir a motivação de novos ciclos de auditoria.

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