Norma: 01/2013
Para: Diretor Presidente, Diretor de Processos Médicos, Diretor Administrativo-financeiro,
Escritório de Qualidade, Gerência de Enfermagem, Gerente de Risco, Coordenação da Farmácia, Coordenação da Clínica Médica, Coordenação das UCEs, Coordenação da Cirurgia, Coordenação da Pediatria, Coordenação da UTI Pediátrica, Coordenação da UTI Neonatal, Coordenação da UTI Adulto e Coordenação do Laboratório.
Assunto: Padronização do período de permanência dos equipamentos de assistência
respiratória e dos dispositivos invasivos no HGWA
A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, no uso de suas atribuições e após a XXIX reunião da CCIH com seus membros participantes realizada em 28 de agosto do corrente ano, vem, por intermédio desta, padronizar os períodos de troca dos equipamentos de assis- tência respiratória e de permanência dos dispositivos invasivos no Hospital Geral Waldemar Alcântara.
Em unidades de internamento e principalmente em unidade de terapia intensiva, é fre- quente a utilização de procedimentos invasivos. Diante deste fato, estamos padronizando o pe- ríodo de permanência destes dispositivos, facilitando dessa forma, a segurança e conforto do paciente.
Esta Norma 01/2013, substitui as recomendações anteriores desta Comissão de Contro- le de Infecção Hospitalar.
MATERIAL / TIPO DE CATETER FREQUENCIA DE TROCA
Ambú bag + reservatório + válvula + extensão Entre pacientes e sempre que sujo.
Manter protegido em saco plástico quando em uso intermitente.
Ambú máscara Entre pacientes e sempre que sujo.
Manter protegido em saco plástico quando em uso intermitente.
Circuito do Ventilador. Entre pacientes e sempre que sujo.
Manter protegido com “pulmão teste” ou “baraka”
quando não estiver em uso (consultar cada caso na observação 3).
Circuito do CPAP (neonatal) e BIPAP. Entre pacientes e sempre que sujo.
Observação.: Nas UCEs (Unidades de cuidados es- peciais) e no PAD (Programa de atendimento domi- ciliar) não exceder 30 dias.
Tubo T, conector ou intermediário. Entre pacientes e sempre que sujo
MATERIAL / TIPO DE CATETER FREQUENCIA DE TROCA
Frasco de Vácuo (vidro) Entre pacientes e sempre que sujo.
Prongas (Rns), HOOD e Cateter Nasal. Trocar entre pacientes e sempre que sujo.
Frasco convencional de aspiração e látex de aspi- ração.
24 horas.
Bolsa do sistema QuinpotR para aspiração de se- creções das vias aéreas respiratórias
- No mesmo paciente: a cada 15 dias ou quando bol- sa estiver acima do nível recomendado.
- Entre pacientes.
Máscara de aerossol. A cada uso.
Máscara de Venturi. Trocar entre pacientes e sempre que sujo.
Macronebulizador. Trocar entre pacientes e sempre que sujo.
Observação: Trocar a água diariamente, despre- zando o líquido anterior antes.
Umidificador de oxigênio (parede) e látex do umidi- ficador.
Trocar entre pacientes e sempre que sujo.
Observação: Trocar a água diariamente, despre- zando o líquido anterior antes.
Sistema “Trach Care”. 72 horas.
Traqueóstomo Metálico:
No Hospital
No Domicílio
Sem troca programada, salvo indicação médica.
Sem troca programada, exceto em casos de oxida- ção e com indicação médica.
EQUIPO para bomba de infusão de hidratação ve- nosa.
72 horas.
Trocar em intervalo menor se estiver com vazamen- to ou danificado ou com sujeira visíveis.
Fazer desinfecção com álcool 70% antes do manu- seio das torneiras de três vias (thee way).
EQUIPO para bomba de infusão de drogas vasoati- va e antimicrobianos (exceto Anfotericina B).
24 horas.
Trocar em intervalo menor se estiver com vazamen- to ou danificado ou com sujeira visíveis.
Fazer desinfecção com álcool 70% antes do manu- seio das torneiras de três vias (thee way).
EQUIPO para administração de antimicrobianos (sem Bomba de infusão).
Trocar a cada horário da dose do antimicrobiano.
EQUIPO para administração de soluções lipídicas ou hemoderivados.
Trocar após cada infusão.
Fazer desinfecção com álcool 70% antes do manu- seio das torneiras de três vias (thee way).
EQUIPO para administração de propofol. 06 horas.
Fazer desinfecção com álcool 70% antes do manu- seio das torneiras de três vias (thee way).
EQUIPO para bomba de infusão de dieta enteral
continua. 24 horas.
EQUIPO para dieta enteral intermitente. Trocar a cada instalação de dieta.
Seringa para dieta enteral. Trocar seringa a cada horário da dieta.
EQUIPO (macrogotas, microgotas, buretas) equipo de PVC.
72 horas
Trocar em intervalo menor se estiver com vazamen- to ou danificado ou com sujeira visíveis.
Fazer desinfecção com álcool 70% antes do manu- seio das torneiras de três vias (thee way).
Extensor, torneiras de três vias (thee way) e bure- tas.
A troca deve obedecer aos mesmos critérios usados para os equipos de acesso venoso periférico (72h).
Observação: Trocar em intervalo menor quando houver mudança de acesso central ou se estiver da- nificado ou com sujeira visível.
Fazer desinfecção com álcool 70% antes do manu- seio das torneiras de três vias (thee way).
Extensores de antimicrobianos nas UTIS Neonatal e Pediátrica e em pacientes sem medicações con- tínuas.
Trocar a cada dose do antimicrobiano.
Transofix®. 24 horas desde que conectado ao mesmo sistema.
Sistema de diálise peritoneal. 48 horas.
Trocar em intervalo menor se estiver com vazamen- to ou com sistema danificado.
Sonda nasoenteral. 90 dias.
Trocar em intervalo menor se estiver danificada.
Sonda nasogástrica na pediatria (UTI Pediátrica e enfermarias pediátricas).
05 dias.
Trocar em intervalo menor se estiver danificada.
Sonda nasogástrica nos adultos. 30 dias.
Trocar em intervalo menor se estiver danificada.
Sonda orogástrica UTI neonatal 48 horas
Trocar em intervalo menor se estiver danificada.
Gastrostomia Sem troca programada.
Trocar quando houver indicação médica.
Sonda vesical sistema fechado em pacientes hos- pitalizados.
Sem troca programada.
Preferencialmente deverá ser trocada quando apre- sentar quebra do sistema, obstrução, vazamento, grumos ou suspeita de ITU, entretanto nos casos de pacientes urológicos, discutir cada caso de troca de sonda vesical com o urologista.
MATERIAL / TIPO DE CATETER FREQUENCIA DE TROCA Sonda vesical sistema fechado ou cistostomia em
pacientes ambulatoriais. Retorno a cada trinta dias ao ambulatório para rea- valiar.
Cistostomia Sem troca programada.
Preferencialmente deverá ser trocada quando apre- sentar quebra do sistema, obstrução, vazamento, grumos ou suspeita de ITU, entretanto nos casos de pacientes urológicos, discutir cada caso de troca de sonda vesical com o urologista.
Cateter venoso periférico em adultos (jelco ou Inti- ma®).
96 horas.
Trocar em intervalo menor em casos de flebite ou outras complicações.
Cateter venoso periférico em crianças. Até o término da terapia EV.
Trocar em intervalos menores em casos de extrava- samento, flebite e outras complicações.
Atenção: Observar diariamente e rotineiramente todo o período de terapia EV.
Percutâneo (PICC – Cateter Central de Inserção Periférica).
Sem troca programada.
Cateter venoso central. Sem troca programada.
Cateter de Swan Ganz. 05 dias
Cateter venoso central para hemodiálise. Sem troca programada.
Cateter umbilical. Arterial: 05 dias
Venoso: 08 dias
Cateter de Tenkoff Sem troca programada.
Cateter arterial periférico. 05 dias.
Recomendações:
1. Trocar todo equipamento entre pacientes e sempre que visivelmente sujo ou desgastado;
2. Etiquetar os equipamentos com troca rotineira com a data da próxima troca e datar os acessos com cateter periférico.
3. Circuito de ventilação mecânica deve ser protegido com pulmão teste ou baraka nos seguintes casos:
a. Toda vez que for montado;
b. Após extubação, por um período Maximo de 24 horas. Após isso, recolher o circuito;
c. Quando paciente estiver em “desmame” de ventilação mecânica.
Sem mais para o momento, colocamo-nos a disposição para maiores esclarecimentos.
Atenciosamente,
REFERÊNCIAS
Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Guidelines for the Prevention of Intravascular Catheter-Related Infections. 2011.
5 Million Lives Campaign. Getting Started Kit: Prevent Ventilator Associated Pneumonia. Cambridge, MA:
Institute for Healthcare Improvement; 2008. (Available at www.ihi.org).
LEVIN, Anna Sara S. et al. Guia de utilização de anti-infecciosos e recomendações para a prevenção de infecções hospitalares. 5o. edição. São Paulo. Hospital das clínicas, 2011.
Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Série: Segurança do Paciente e qualida- de em serviços de saúde. Medidas de Prevenção de Infecção Relacionados à Assistência à Saúde. 1o. edição. Brasí - lia. 20013.
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Bráulio Matias de Carvalho Médico Infectologista Coordenador do SCIH/CCIH
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Danilo Amâncio Campos
Médico Infectologista Thais Lobo Herzer
Médica Infectologista
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Cristiane Costa Araújo Enfermeira do SCIH/CCIH
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Márcia Amélia de Carvalho Barbosa Enfermeira dO SCIH/CCIH
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Jamile de Souza Pacheco Paiva Enfermeira do SCIH/CCIH
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Rita Maria de Sousa Secretária da SCIH/CCIH