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Auxiliar Didáctico do Curso de Educação Ambiental para o Agente Turístico

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Auxiliar Didáctico do Curso de

Educação Ambiental

para o

Agente

Turístico

(4)

Ficha Técnica

Coordenação Direcção Regional do Ambiente Autoria e adaptação de texto Nível Q Design e Fotografias Nível Q Ano 2005 Tiragem

(5)

Módulo 1

Espécies Representativas da Região Autónoma da Madeira ...6

Floresta Laurissilva – Património Mundial Natural pela UNESCO ...7

Florestas Indígenas da Ilha da Madeira ...8

Zambujal ...8

Laurisilva do Barbusano ...8

Laurisilva do Til ...9

Laurisilva do Vinhático ...9

Urzal de Altitude ...10

União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) ...10

Livros Vermelhos ...11

Escalas de “Estado de Conservação” ...12

Módulo 2 Secretaria Regional do Ambiente e dos Recursos Naturais ...16

Parque Natural da Madeira ...15

Direcção Regional das Florestas ...18

Jardim Botânico da Madeira ...18

Direcção Regional das Pescas ...18

Câmara Municipal do Funchal ...20

Estação de Biologia Marinha ...20

Museu Municipal do Funchal ...20

Parque Ecológico do Funchal ...21

Câmara Municipal de Machico ...23

Museu da Baleia ...23

Universidade da Madeira (UMa) ...24

Centro de Ciências Biológicas e Geológicas ...25

Associação Nacional de Conservação da Natureza (QUERCUS) ...25

Acções ...26

Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) ...26

Cosmos - Assoc. Port. de Defesa do Amb. e de Qualidade de Vida ...27

Projectos de Protecção de Espécies Implementados na RAM ...29

Projectos Life - Natureza ...29

Projecto Freira da Madeira...32

Projecto Moluscos Terrestres do Porto Santo e Ilhéus Adjacentes ...34

(6)

Projecto do Lobo Marinho ...34

Projecto dos Cetáceos do Arquipélago da Madeira ...35

Protecção Legal ...36

Projecto de Rec. de Espécies e Habitats Prioritários da Madeira ...37

Projecto de Recuperação da Floresta Laurissilva nas Funduras ...38

Projecto para a Recuperação do Habitat Terrestre da Deserta Grande ...38

Módulo 3 Condições básicas a ter em atenção pelos caminhantes: ...40

O Planeamento ...41

O Equipamento ...42

A meteorologia ...42

Os acidentes ...43

Módulo 4 Directiva “Habitats” ...44

Directiva “Aves” ...46

Rede Natura 2000 ...48

1. Ilhas Desertas ...49

2. Laurissilva da Madeira ...50

3. Maciço Montanhoso Central da Ilha da Madeira ...50

4. Ponta de São Lourenço ...51

5. Ilhéu da Viúva ...51

6. Achadas da Cruz ...52

7. Moledos – Madalena do Mar...52

8. Pináculo ...53

9. Ilhéus do Porto Santo ...53

10. Pico Branco – Porto Santo ...53

11. Ilhas Selvagens ...54

Parques e Jardins ...55

Jardim Botânico da Madeira ...55

Jardim dos Loiros ou Loiro Parque ...57

Jardim da Quinta das Cruzes ...57

Jardim da Quinta Magnólia ...57

Jardins do Palheiro ...58

Jardim Tropical Monte Palace ...58

(7)

Jardins da Quinta da Boa Vista ...59

Jardim Orquídea ...59

Parque da Santa Catarina ...60

Jardim Municipal do Funchal ...60

Parque Municipal do Monte ...61

Parque Ecológico do Funchal ...61

Parque Florestal do Ribeiro Frio ...62

Parque Florestal das Queimadas ...63

Sítio dos Moledos ...64

Percursos Pedonais ...64

Rabaçal – Risco – 25 Fontes – Rabaçal ...64

Ribeiro Frio – Balcões – Ribeiro Frio ...66

Queimadas – Caldeirão Verde – Queimadas ...67

Ribeiro Frio - Portela ...68

Pico do Areeiro – Pico Ruivo – Achada do Teixeira ...70

Pico Branco do Porto Santo ...71

Pico Ana Ferreira do Porto Santo ...72

Reservas Naturais ...73

Reserva Natural da Rocha do Navio ...74

Reserva Natural da Ponta de São Lourenço ...76

Reserva Natural do Garajau ...78

Reserva Natural das Ilhas Desertas ...81

Reserva Natural das Ilhas Selvagens ...83

Módulo 5 A Organização Mundial de Turismo ...87

O Código Mundial de Ética no Turismo ...87

Cooperação Euromediterrânica no Sector do Turismo ...88

O Futuro do Turismo Europeu ...89

Orientação da Política de Turismo Portuguesa ...89

Regime de Turismo da Natureza ...90

Regulamentação das Actividades ...90

Programa Nacional de Turismo de Natureza ...90

Regulamento da Prática de Campismo ...91

Regulamento dos Parques de Campismo ...91

(8)

MÓDULO

1

BIODIVERSIDADE DA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA

Espécies Representativas da Região Autónoma da Madeira

As características geofísicas e edafoclimáticas da Madeira e a sua localização geográfica possibilitam a existência de grande número de habitats, de espécies e de tipos de vegetação associados.

A floresta Laurissilva, as Reserva Naturais e os restantes sítios abrangidos pela Rede Natura 2000 destacam a riqueza de um património incalculável.

Flora

As espécies vegetais mais características da Região Autónoma da Madeira são as quatro Lauráceas:

Loureiro (Laurus novocanariensis), Til (Ocotea foetens), Vinhático (Persea indica) e Barbusano (Apollonias barbujana) que fazem parte da floresta Laurissilva. Destacam-se, ainda nesta floresta, espécies como Aderno (Heberdenia excelsa), Mocano (Visnea mocanera e Pittosporum coriaceum), Pau branco (Picconia excelsa) e Sanguinho (Rhamnus glandulosa), às quais se associam arbustos com porte arbóreo tais como Folhado (Clethra arborea), Perado (Ilex perado ssp. perado), e o Azevinho (Ilex canariensis).

Existem outras espécies vegetais que também estão integradas na Laurissilva e são, muitas vezes, o “cartaz” do Arquipélago, tais como o Gerânio da Madeira (Geranium maderense), o Massaroco da Serra (Echium candicans), o Alegra Campos (Semele androgyna) e a Orquídea Branca (Goodyera macrophylla).

Fauna

A Laurissilva é também o habitat privilegiado de muitos animais, quer vertebrados como invertebrados. O destaque obrigatório é o Pombo Trocaz (Columba trocaz), espécie endémica neste ecossistema e considerado um dos exemplos mais antigos da avifauna Macaronésica.

Outras duas aves emblemáticas, cujo habitat preferencial é a Laurissilva, são o Bis-bis (Regulus ignicapillus madeirensis) e o Tentilhão (Fringilla coelebs madeirensis).

A Freira da Madeira (Pterodroma madeira) é outra das aves que se destacam, visto ser uma das aves marinhas mais raras do mundo e esteve considerada extinta até aos finais do século passado.

Só ocorre na ilha da Madeira, com uma distribuição muito localizada na parte oriental do Maciço Montanhoso Central.

A Cagarra (Calonectris diomedea borealis) é uma ave marinha que nidifica em todas as ilhas do Arquipélago, mas em maior número (cerca de 14.000 casais) nas Ilhas Selvagens, sendo considerada a maior colónia de cagarras do mundo.

A área marinha das Ilhas Desertas é o refúgio privilegiado para o Lobo marinho (Monachus

(9)

monachus), ali residindo uma colónia estimada em 23 animais e que se encontra em recuperação populacional. Como tal, é considerada a espécie emblemática da Reserva.

Floresta Laurissilva – Património Mundial Natural pela UNESCO

• 15.000 hectares de área, o equivalente a 20% da ilha

• Localiza-se, essencialmente na costa Norte, dos 300 aos 1300 metros de altitude, e na costa Sul persiste nalguns locais de difícil acesso, dos 700 aos 1200 metros.

• Património Mundial Natural da UNESCO

Flora

• Loureiro (Laurus novocanariensis)

• Til (Ocotea foetens)

• Vinhático (Persea indica)

• Barbusano (Apollonias barbujana)

• Isoplexis (Isoplexis sceptrum)

• Massaroco (Echium candicans)

• Estreleira (Argyranthemum pinnatifidum)

• Orquídea Branca (Goodyera macrophylla)

• Orquídea da Serra (Dactylorhiza foliosa)

• Gerânio (Geranium maderense)

• Ranúnculo (Ranunculus cortusifolius)

Fauna

• Pombo trocaz (Columba trocaz): espécie endémica

• Bis-bis (Regulus ignicapillus madeirensis): subespécie endémica

• Tentilhão (Fringilla coelebs madeirensis): subespécie endémica

• Lavandeira (Motacilla cinerea schmitzi): subespécie endémica

• Manta (Buteo buteo harterti): subespécie endémica

• Morcego-arborícola-da-Madeira (Nyctalus leisleri verrucosus): subespécie endémica

• Tarântula da Laurissilva (Lycosa blackwalii): espécie endémica

Moluscos endémicos (existem 34 espécies endémicas de um conjunto de 52 espécies), entre as quais se destacam:

• Leiostyla cheilogona

• Leiostyla. filicum

(10)

• Leiostyla laurinea

• Leiostyla arborea

• Leiostyla fanalensis

• Actinella obserata

• Hemilauria limneana

Florestas Indígenas da Ilha da Madeira

As cinco florestas indígenas da Ilha da Madeira distribuem-se por andares e apresentam diferentes áreas de desenvolvimento potencial, ou seja, áreas que cada floresta ocuparia se não houvesse intervenção do homem. A área potencial de cada floresta está relacionada pela temperatura e pluviosidade que a altitude condiciona.

As cinco florestas designam-se por:

• Zambujal

• Laurissilva do Barbusano

• Laurissilva do Til

• Laurissilva do Vinhático

• Urzal de Altitude

Zambujal

O Zambujal é a floresta que ocupa as altitudes mais baixas. A árvore dominante é o Zambujeiro ou Oliveira Brava (Olea europaea ssp. maderensis), que é uma subespécie endémica da Madeira.

Desta comunidade arbórea climácica fazem parte o Marmulano e arbustos, tais como as duas espécies endémicas de Buxo da rocha (Maytenus umbellata e Chamaemeles coriacea), a Malfurada (Globularia salicina), o Massaroco (Echium nervosum), o Esparto (Asparagus scoparius), a Perpétua (Helichrysum melaleucum), entre outros.

A área potencial de desenvolvimento do Zambujal é maior na vertente Sul da ilha. Actualmente, este tipo de vegetação encontra-se num estado de degradação notório, devido à actividade humana. É possível encontrar alguns vestígios desta floresta em ravinas declivosas, na vila da Calheta, no Vale da Ribeira Brava e Caniço.

Laurissilva do Barbusano

A Laurissilva do Barbusano é uma comunidade arbórea climácica, dominada por Barbusanos (Apollonias barbujana) e Loureiros (Laurus novocanariensis). A estas árvores da família das Lauráceas associam-se outras de famílias diferentes, das quais se destacam a Faia (Myrica faya), o Azevinho (Ilex canariensis) e o Mocano (Visnea mocanera). Ao estrato arbustivo pertence a Urze das vassouras (Erica platycodon ssp. maderincola), a Malfurada (Hypericum grandifolium) e no estrato herbáceo a Palha-carga (Festuca donax).

Esta floresta é rica em plantas trepadeiras, tais como o Alegra-campo (Semele androgyna), a Hera

(11)

(Hedera maderensis ssp. maderensis) e a Corriola (Convolvulus massonii).

A área potencial de desenvolvimento da Laurissilva do Barbusano atinge os 700 m de altitude na vertente Sul e 300 m na vertente Norte. Esta Laurissilva encontra-se em zonas declivosas, devido à intensa ocupação humana da sua área potencial. Na vertente Norte ainda se podem observar núcleos desta floresta entre Santana e Porto Moniz. Na vertente Sul, quase que desapareceu, existindo apenas pequenas comunidades, um pouco degradadas, nalgumas vertentes declivosas como na Ribeira Brava e Funchal.

Apenas uma pequena área de ocorrência da Laurissilva do Barbusano, entre São Vicente e Porto Moniz, é que está incluída na área de Património Mundial Natural pela UNESCO.

Laurissilva do Til

A Laurissilva do Til é uma comunidade arbórea climácica dominada por Tis (Ocotea foetens), Loureiros (Laurus novocanariensis) e Folhados (Clethra arborea). Esta floresta alberga grande diversidade de árvores endémicas, tais como o Aderno (Heberdenia excelsa), o Perado (Ilex perado ssp. perado), o Pau-branco (Picconia excelsa), o Mocano (Pittosporum coriaceum), entre outros. Os estratos arbustivo e herbáceo são muito ricos em endemismos. Dos arbustos pode-se referir a Urze das vassouras (Erica platycodon ssp. maderincola), a Uveira (Vaccinium padifolium), Isoplexis sceptrum e a Língua de vaca (Sonchus fruticosus). No estrato herbáceo são muito comuns os endemismos madeirenses como a Palha-carga (Festuca donax) e Erva-redonda (Sibthorpia peregrina). Existe também uma grande diversidade de pteridófitos (fetos), briófitos (musgos e hepáticas) e líquenes. Muitas destas plantas são epífitas, ou seja, vivem sobre outras plantas, principalmente nos troncos e ramos de árvores.

A área de desenvolvimento potencial da Laurissilva do Til está compreendida entre os 700 e os 1.500 m de altitude na vertente Sul e entre os 300 e os 1.300 m na vertente Norte.

A Laurissilva do Til encontra-se bem conservada na vertente Norte, onde constitui importantes comunidades arbóreas climácicas com árvores d egrande porte. Na vertente Sul, assiste-se a uma destruição, sendo possível encontrar alguns núcleos em zonas de difícil acesso.

A área de ocorrência da Laurissilva do Til está incluída na área de Laurissilva da Madeira classificada de Património Mundial Natural pela UNESCO.

Laurissilva do Vinhático

A Laurissilva do Vinhático é uma comunidade arbórea dominada por Vinháticos (Persea indica), Seixos (Salix canariensis) e Loureiros (Laurus novocanariensis), predominando, no estrato arbustivo, o Sabugueiro da Madeira (Sambucus lanceolata), a Cabreira (Phyllis nobla) e a Malfurada (Hipericum grandifolium).

A nível herbáceo o destaque vai para os pteridófitos, como o Feto de Botão (Woodwardia radicans), o Diplazium caudatum, o Pteris incompleta e, ainda para alguns espermatófitos endémicos da Madeira como a Palha Carga (Festuca donax), a Parafestuca albida e a Erva Redonda (Sibthorpia peregrina).

(12)

10

A área de desenvolvimento potencial da Laurissilva do Vinhático está compreendida entre os 300 e os 600 m no lado Norte da ilha.

Urzal de Altitude

O Urzal de altitude (Polysticho falcinelli – Ericetum arboreae) é uma comunidade arbórea climácica denominada por Urzes Molares (Erica arborea).

Fazem parte desta comunidade arbustos e herbáceas, tais como a Urze das Vassouras (Erica platycodon ssp. maderincola), a Uveira (Vaccinium padifolium), Teucrium scorodonia, o feto (Polystichum falcinellum), entre outras. O arbusto endémico da Madeira, vulgarmente conhecido como Sorveira (Sorbus maderensis) também faz parte desta floresta.

A área de desenvolvimento desta comunidade começa a partir dos 1.500 m de altitude na vertente Sul e a partir dos 1.300 m na vertente Norte. Infelizmente esta floresta encontra-se actualmente destruída em muitas zonas da ilha, mas ainda é possível encontrar bons núcleos nas proximidades do Paúl da Serra e no Pico Ruivo.

União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN)

Objectivos da IUCN A União Internacional para a Conservação da Natureza é uma organização não governamental, com representação em mais de 133 países que tem como principais objectivos:

• fomentar a cooperação entre governos, organizações nacionais e internacionais e pessoas interessadas na conservação da natureza e dos seus recursos;

• favorecer medidas nacionais e internacionais em prol da conservação da natureza e dos seus recursos;

• fomentar a investigação científica relativa à conservação da natureza e dos seus recursos, e divulgar informações sobre esta investigação;

• apoiar a educação e a divulgação da informação relativa à conservação da natureza e dos seus recursos e incentivar a sensibilização do público à conservação da natureza e dos seus recursos;

• elaborar projectos de acordos internacionais sobre a conservação da natureza e dos seus recursos, e incitar os governos a aderir aos acordos existentes;

• ajudar os governos a melhorarem a legislação relativa à conservação da natureza;

• adoptar quaisquer outras medidas susceptíveis de favorecerem a conservação da natureza e dos seus recursos.

(13)

11 Critérios

Livros Vermelhos

Os Livros Vermelhos são considerados documentos estruturantes de uma política de conservação da natureza, e são uma importante ferramenta na conservação das espécies da flora e da fauna selvagens e respectivos habitats.

Os Livros Vermelhos existentes em Portugal datam de 1990 (Mamíferos, Aves, Répteis e Anfíbios), 1991 (Peixes Dulciaquícolas e Migradores) e 1993 (Peixes Marinhos e Estuarinos), no entanto a sua informação está desactualizada.

Por sua vez, a IUCN – International Union for Conservation of Nature, estabeleceu novas categorias de ameaça que se baseiam, pela primeira vez, num conjunto de critérios de natureza quantitativa e que pretendem avaliar os diferentes factores que afectam o risco de extinção das espécies.

Os Livros Vermelhos devem ser permanentemente actualizados, reflectindo em cada edição um melhor conhecimento científico. A sua elaboração deve ser de interesse público e mobilizadora de todos os que disponham de informação relevante e actualizada para a avaliação do estatuto das diferentes espécies, nomeadamente entre a Comunidade Científica.

O estabelecimento de prioridades de conservação deverá ser um processo autónomo relativamente à elaboração do Livro Vermelho. As prioridades de conservação não decorrem directamente dos diferentes níveis de ameaça de extinção, podendo haver espécies não ameaçadas que necessitem de medidas de conservação e espécies de elevado risco de extinção que não constituam um prioridade de conservação. O conhecimento das prioridades de conservação não deve interferir no processo de classificação.

Compete ao ICN promover a elaboração dos Livros Vermelhos (Dec.-Lei nº19/93 de 24 de Maio). No presente projecto de Revisão fazem parte os seguintes grupos taxonómicos:

• Peixes Dulciaquícolas e Migradores, Anfíbios, Répteis, Aves e Mamíferos teve início em 2001. A análise dos Peixes Marinhos e Estuarinos será realizada posteriormente

Ao longo do projecto foram adoptados vários documentos produzidos pela IUCN, tendo sido também elaborada documentação específica para apoiar os trabalhos no sentido de orientar a aplicação dos conceitos da IUCN relativos à classificação de espécies:

• RedList Guidelines

• Regional guidelines

• Definições

• Critérios

• Categorias

• Quadro das categorias

(14)

12

Escalas de “Estado de Conservação”

A avaliação do Estado de Conservação das espécies consideradas é feita de acordo com os critéios e categorias recomendadas pela IUCN, usadas no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal (www.icn.pt). Para consultar em detalhe todos os critérios (www.redlist.org):

Criticamente em Perigo (CR):

Espécie que enfrenta um risco extremamente alto de extinção no estado selvagem num futuro imediato, de acordo com o definido pelos critérios A a E.

Em Perigo (EN):

Espécie que enfrenta um risco muito alto de se extinguir no estado selvagem num futuro próximo, de acordo com o definido pelos critérios de A a D.

Vulnerável (VU):

Espécie que enfrenta um risco alto de se extinguir no estado selvagem a médio prazo, de acordo com o definido pelos critérios A a E.

Menor Preocupação (LC):

Espécie que de acordo com os critérios estabelecidos não se qualifica em nenhuma das categorias anteriores. Não apresenta risco de se extinguir no estado selvagem a longo prazo.

Dados Insuficientes (DD):

Espécie sobre a qual o estado de conhecimento é insuficiente para a aplicação dos critérios estabelecidos.

Espécies Ameaçadas de Fauna de Vertebrados (Mamíferos da Madeira) Espécies Ameaçadas de Fauna de Vertebrados (Mamíferos da Madeira)

Nome Científico Nome Vulgar

Criticamente em Perigo (CR)

Monachus monachus Lobo-marinho

Em Perigo (EN)

Balaenoptera physalus Baleia comum

Vulnerável (VU)

Orcinus orca Orca ou Roaz da Bandeira

Menor Preocupação (LC) Nyctalus leisleri verrucosus

Plecotus austriacus Eubalaena glacialis

Morcego arborícola da Madeira Morcego-orelhudo

Baleia Franca ou Baleia Basca Dados Insuficientes (DD)

(15)

13 Pipistrellus maderensis

Mesoplodon densirostris Mesoplodon bidens Kogia breviceps

Morcego da Madeira Baleia-de-bico-grosso Baleia de Bico de Sowerby Cachalote Pigmeu

Fonte: ICN.

Espécies Ameaçadas de Fauna de Vertebrados (Aves da Madeira)

Nome Científico Nome Vulgar

Criticamente em Perigo (CR)

Charadrius alexandrinus Rolinha da Praia

Em Perigo (EN) Gallinula chloropus

Pterodroma madeira

Galinha de água Freira da Madeira Vulnerável (VU)

Anthus berthelotii berthelotii Columba trocaz

Corre caminhos

Pombo-Trocaz; Pombo-negro Passer hispaniolensis

Pelagodroma marina Petronia petronia Pterodroma feae Puffinus assimilis baroli Puffinis puffinus Scolopax rusticola Sterna hirundo

Sylvia conspicillata orbitalis Upupa epops

Pardal espanhol Calcamar Pardal da terra Freira do Bugio Pintainho Patagarro Galinhola Garajau comum Cigarrinho Poupa Menor Preocupação (LC) Accipiter nisus granti

Anthus berthelotii madeirensis Apus unicolor

Bulweria bulwerii

Fura bardos Corre caminhos Andorinha da serra Ama negra

(16)

14

Buteo buteo harterti

Calonectris diomedea borealis Carduelis cannabina guentheri Carduelis carduelis parva Carduelis chloris

Coturnix coturnix Erithacus rubecula

Falco tinnunculus canariensis Fringilla coelebs madeirensis Larus cachinnans atlantis Motacilla cinerea schmitzi Oceanodroma castro

Regulus ignicapillus madeirensis Serinus canaria canaria

Sylvia atricapilla heineken Turdus merula cabrerae Tyto alba schmitzi

Manta Cagarra Pintarroxo Pintassilgo Verdilhão Codorniz Papinho Francelho Tentilhão

Gaivota de patas amarelas Lavandeira

Roque de Castro Bis-bis

Canário da terra Toutinegra Melro preto Coruja Dados Insuficientes (DD) Apus pallidus

Columba livia atlantis

Andorinha do mar Pombo da rocha Fonte: ICN

(17)

15

MÓDULO

2

PROTECÇÃO E CONSER- VAÇÃO DO PATRIMÓNIO NATURAL MADEIRENSE

Entidades oficiais e associativas responsáveis pela protecção da Natureza na Região Autónoma da Madeira

Entre as entidades públicas, que têm a competência de salvaguardar todo o património natural do arquipélago destacam-se:

Secretaria Regional do Ambiente

• Direcção Regional do Ambiente (DRAmb)

• Parque Natural da Madeira

• Direcção Regional das Florestas Jardim Botânico do Funchal

• Direcção Regional das Pescas Câmara Municipal do Funchal

• Estação de Biologia Marinha

• Museu Municipal do Funchal

• Parque Ecológico Câmara Municipal de Machico

• Museu da Baleia Universidade da Madeira

Entre as entidades associativas, podem-se referir:

• Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza

• Spea – Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves

• Cosmos – Associação Portuguesa de Defesa do Ambiente e de Qualidade de Vida

(18)

1

Secretaria Regional do Ambiente e dos Recursos Naturais Direcção Regional do Ambiente

Natureza

Segundo o Artigo 1 do Decreto Regulamentar Regional nº. 31/2001/M a Direcção Regional do Ambiente, designada pela abreviatura DRAmb, é o serviço integrado na Secretaria Regional do Ambiente e dos Recursos Naturais a que faz referência a alínea c) do artigo 4º do Decreto Regulamentar Regional n.o 11/2001/M, de 6 de Julho.

A DRAmb, em estreita ligação com o Secretário Regional do Ambiente e dos Recursos Naturais, coordena a política de gestão da qualidade do ambiente, da conservação da natureza e da biodiversidade.

Competências

Segundo o Artigo 2 do decreto Decreto Regulamentar Regional nº 31/2001/M, a DRAmb tem as seguintes competências:

a) Coordenar os instrumentos de gestão, monitorização ambiental, informação e participação públicas no domínio do ambiente, enquanto contributos para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos;

b) Promover a integração dos valores ambientais nos modelos de desenvolvimento socioeconómico, sustentando o uso dos factores ambientais, enquanto dinamizadores do desenvolvimento;

c) Constituir um sistema de indicadores ambientais que permita sustentar as decisões e acções do desenvolvimento socioeconómico, enquanto forma de contribuir para um elevado nível da qualidade de vida dos cidadãos;

d) Promover o conhecimento, a preservação e a valorização dos elementos naturais madeirenses, nomeadamente a sua biodiversidade, enquanto suporte de todos os sistemas naturais e sociais;

e) Coordenar os instrumentos e acções de conservação da natureza, da biodiversidade e a gestão de áreas protegidas;

f) Promover o cumprimento da legislação em vigor em matéria de ambiente e implementar os instrumentos e acções tendentes a garantir a detecção e correcção de disfunções ambientais, nomeadamente no âmbito das contra-ordenações;

g) Implementar, a nível regional, as directivas e instrumentos operacionais e legais, nacionais e comunitários, no domínio do ambiente e da conservação da natureza;

h) Acompanhar os desenvolvimentos de iniciativas nacionais e internacionais na área do ambiente e conservação da natureza e proceder à respectiva adaptação e aplicação a nível regional.

(19)

1

Parque Natural da Madeira

O Parque Natural da Madeira é a autoridade administrativa e científica regional para os efeitos da Convenção Internacional sobre o Comércio de Espécies da Fauna e da Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção.

No exercício das suas atribuições, o PNM deverá promover as acções necessárias com vista a coordenar a sua actuação com as demais entidades públicas, com atribuições no âmbito da protecção e conservação da natureza no ambiente.

O Parque Natural da Madeira (PNM) tem como funções:

• Promover o plano de conservação da natureza, a nível regional;

• Promover a execução da política e objectivos definidos pelo Governo Regional na área da protecção e conservação da natureza, de acordo com as competências;

• Elaborar estudos e propor medidas visando a preservação do património genético, da gestão racional da flora e da fauna e a protecção das espécies;

• Dar continuidade a medidas e acções que promovam o desenvolvimento harmonioso e equilibrado dos diversos ecossistemas regionais;

• Implementar as acções necessárias à conservação de espécies raras, ameaçadas ou vulneráveis;

• Alargar a área de distribuição das espécies indígenas da flora e da fauna, sempre que tal medida contribua para a conservação das espécies raras, ameaçadas ou vulneráveis;

• Promover a reintrodução de espécies indígenas extintas em território regional, sempre que tal medida contribua para o enriquecimento e conservação dos ecossistemas;

• Promover o ordenamento biofísico dos espaços naturais da Região, com vista a beneficiar o contacto com a natureza por parte dos cidadãos;

• Proteger indivíduos, formações vegetais ou unidades geomorfológicas com reconhecido interesse científico ou paisagístico;

• Propor a criação de áreas protegidas e assegurar a sua implementação e gestão;

• Informar e sensibilizar as populações com vista a uma utilização da natureza consciente e coerente por parte de todos;

• Implementar acções pedagógicas sistemáticas, junto das populações, de forma a consciencializar acerca do valor do património natural e do ambiente, co- responsabilizando-as na salvaguarda e manutenção daquele património de forma a usufruirmos de um ambiente equilibrado e sadio;

• Promover e participar em actividades de investigação, científica e técnicas, no domínio da protecção da natureza e do ambiente;

• Emitir pareceres técnicos que se mostrem necessários sobre pedidos que visem a construção e a realização de obras ou outras acções, de iniciativa pública ou privada, que pela sua localização, implementação, dimensão ou características se insiram na sua área de jurisdição, proximidades e zonas de influência;

• Administrar a Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna

(20)

1

e Flora Ameaçadas de Extinção (CITES);

• Emitir os demais pareceres previstos na lei, bem como os solicitados por entidades públicas, no quadro das suas atribuições;

• Exercer todas as competências previstas na lei.

Direcção Regional das Florestas Jardim Botânico da Madeira

O Jardim Botânico da Madeira é uma Direcção de Serviços da Direcção Regional de Florestas, da Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais, do Governo Regional da Madeira.

O Jardim Botânico da Madeira tem a seu cargo as seguintes competências:

• Impulsionar e desenvolver a investigação científica nos domínios da botânica, colaborando com as diversas entidades, nacionais e internacionais, que desenvolvam funções semelhantes;

• Incentivar e divulgar a pesquisa da flora da Região;

• Promover trabalhos de selecção, multiplicação e distribuição de plantas com interesse científico, ornamental ou económico;

• Proceder a trocas com outros jardins e institutos botânicos de sementes e propágulos naturalizadas, cultivadas ou indígenas da Região, bem como de material herborizado;

• Assegurar a manutenção do herbário;

• Promover, realizar e participar em todo o tipo de estudos e experimentações científicas nos domínios da floricultura e silvicultura;

• Proceder à introdução e aclimatização de plantas;

• Desenvolver trabalhos de controlo e erradicação, quando necessário, de espécies florísticas que apresentem características invasoras;

• Fomentar a introdução e a recuperação de espécies de plantas endémicas consideradas raras ou em vias de extinção;

• Promover o inventário e proceder à classificação de árvores ou plantas de interesse científico, bem como assegurar a sua permanência e conservação;

• Realizar a manutenção de espaços verdes sob a sua jurisdição;

• Promover a formação profissional de pessoal técnico e auxiliar de jardinagem.

Direcção Regional das Pescas

A Direcção Regional das Pescas tem como competências executar a política definida pelo Governo Regional para o sector das pescas e assegurar, de acordo com as orientações superiormente estabelecidas, a sua dinamização e modernização.

(21)

1 Esta Direcção compreende quatro direcções de serviços:

Direcção dos Serviços de Desenvolvimento e Administração das Pescas (DSDAP):

• Elaboração de estudos técnico-económicos;

• Propor políticas de investimentos;

• Emitir pareceres técnico-económicos;

• Coordenar acções de formação profissional;

• Dar continuidade ao processo de informatização de todos os serviços desta Direcção Regional.

Direcção de Serviços de Investigação das Pescas (DSIP):

• Propor a definição de política de investimentos e a elaboração de planos e programas de desenvolvimento do sector;

• Emitir pareceres técnico-económicos sobre propostas e projectos sobre unidades de produção do sector;

• Assegurar o cumprimento das normas de protecção, conservação e gestão dos recursos marinhos;

• Promover e realizar formação profissional no sector;

• Proceder à fiscalização do cumprimento das normas regulamentadoras da actividade da pesca e da actividade de culturas marinhas;

• Manter ligação com organismos nacionais e comunitários competentes em matéria de aplicação das regras da organização comum de mercados dos produtos da pesca.

Direcção de Serviços de Recepção de Pescado (DSRP)

• Controlar todas as operações ligadas à primeira venda de pescado fresco, que abrange todo o processo que vai desde a verificação do peso e do valor a atribuir a cada lote de peixe;

• Proceder ao registo e cobrança das contribuições de acordo com a legislação em vigor. Esta Direcção administra todos os onze portos distribuídos pela ilha.

Direcção de Serviços de Entrepostos Frigoríficos (DSEF)

• Administrar todas as instalações frigoríficas pertencentes a esta Direcção Regional.

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Câmara Municipal do Funchal Estação de Biologia Marinha

A Estação de Biologia Marinha destina-se ao desenvolvimento das ciências e tecnologias do mar, complementando as actividades já desenvolvidas no âmbito do Departamento de Ciência da Câmara Municipal do Funchal (Museu Municipal do Funchal - História Natural) e como reforço das potencialidades da Universidade da Madeira. Esta Estação foi oficialmente inaugurada em 28 de Setembro de 1999.

A Estação de Biologia Marinha do Funchal ocupa um edifício de 5 pisos, com uma área bruta de 392 m2 e que equivale a uma área (bruta) total construída de 1960 m2.

A referida Estação tem como equipamentos de trabalho vários laboratórios divididos pelos pisos, cada qual com uma funcionalidade; um centro de documentação e informação; sala de computadores; várias câmaras (escura, refrigeração, congelação), oficina de mecânica e electrotecnia, alojamentos para os visitantes, devidamente bem equipados; instalações sanitárias, entre outros.

A Estação de Biologia Marinha do Funchal abre as portas ao público uma vez por mês. No chamado dia aberto, os alunos e público em geral podem visitar a Estação e observar de perto o trabalho dos vários investigadores.

Museu Municipal do Funchal

O Museu Municipal do Funchal (MMF) foi fundado pela Câmara Municipal do Funchal em 1929, tendo para o efeito a Câmara adquirido o Palácio de S. Pedro, um dos mais nobres e belos edifícios dos finais do séc. XVII existentes na cidade. Inicialmente foi criado, como Museu Regional, onde exponha temas da História Natural, Etnografia e Arqueologia. Com o tempo, foi-se especializando em pormenor na História Natural, sendo actualmente o seu âmbito exclusivo.

O MMF desenvolve diversas actividades, nomeadamente científicas, ilustrações científicas, actividades didácticas, actividades exteriores ao MMF, entre outras.

Actividades Científicas:

• Projectos de investigação de curta e longa duração;

• Inventário da fauna marinha do Arquipélago (catálogos dos Peixes, Crustáceos e Moluscos Marinhos da Madeira);

• Colecções exemplares (cerca de 30.000) quer da fauna e flora terrestres e marinhas, quer da geologia e paleontologia do Arquipélago.

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21 Ilustrações Científicas:

• Reproduz por meio de métodos artísticos a natureza, aliando sempre o rigor científico à própria estética da representação do objecto desenhado.

Actividades Didácticas:

• Promover a divulgação da informação resultante das actividades de investigação desenvolvidas no Museu junto população madeirense;

• As actividades didácticas do Museu Municipal do Funchal abrangem todos os níveis e tipos de escolaridade e caracterizam-se genericamente pelos seguintes tipos:

- Visitas de estudo - Apoio directo a alunos Outras Actividades:

• Cursos de formação pós-licenciatura na área da Biologia, em colaboração com a Associação Portuguesa de Biólogos, nomeadamente um Curso de Análise Multivariada Aplicada à Biologia e um Curso de Ilustração Científica;

• Foi organizado o Primeiro Simpósio Fauna e Flora das Ilhas Atlânticas, que teve a participação de três centenas de investigadores nacionais e estrangeiros (15 países).

• Publicação das actas num suplemento do BOLETIM DO MUSEU MUNICIPAL DO FUNCHAL (História Natural).

Parque Ecológico do Funchal

O Parque Ecológico do Funchal tem uma área total de cerca de 1.000 ha (10 Km2). As terras mais altas localizam-se nas proximidades do Pico do Areeiro, a 1.800 metros de altitude, estendendo- se até a confluência do Córrego do Pisão com a Ribeira de Santa Luzia, apenas 520 metros acima do nível do mar.

A alternância dos cursos de água muito encaixados com as cristas de basalto dos interflúvios, associada aos 1200 metros de desnível entre os extremos norte e sul, determinam a existência de microclimas e o aparecimento de uma flora bastante variada.

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Fonte: CMF (Câmara Municipal do Funchal)

O Parque Ecológico do Funchal tem dentro dos seus limites, cinco casas de apoio. Duas delas foram restauradas, com o propósito de acolher voluntários nas actividades do Parque:

• Casa do Barreiro

• Casa do Areeiro

O Parque Ecológico do Funchal tem como objectivos:

Conservar o Património Natural

• Realizar trabalhos de limpeza nas áreas invadidas por eucaliptos e acácias;

• Reflorestar as montanhas sobranceiras ao Funchal com espécies indígenas da floresta autóctone;

• Retirar todas as ovelhas e cabras que viviam em pastoreio livre, no sentido de conservar e permitir a expansão das associações vegetais indígenas;

• Ao longo da vertente sobre a Ribeira de Santa Luzia está a decorrer um trabalho de desratização com o principal objectivo de proteger as colónias de Patarragos- Puffinus puffinus.

Desenvolver acções de Educação Ambiental

• Enquadrar os alunos das escolas de todos os concelhos da Madeira, bem como de alguns países em actividades educativas, como limpeza de matas e ramagens secas de forma a evitar os incêndios, plantação de espécies indígenas nas áreas do Pico Alto e da Casa do Barreiro, manutenção do viveiro e percursos de descoberta da natureza.

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23 Oferecer um espaço para o recreio e lazer da população do Funchal e seus visitantes

• Actividades recreativas ao ar livre para o público em geral, tendo sido melhoradas as infraestruturas de apoio e aumentado o número de lareiras.

Câmara Municipal de Machico Museu da Baleia

O Museu da Baleia localiza-se na vila do Caniçal e este narra toda a a história da caça à baleia e da indústria de extracção do óleo e produção de farinhas de baleia no arquipélago da Madeira.

A exposição é feita através de uma colecção de fotografias, de um vídeo com imagens da época, da exposição de artefactos e arpões utilizados na caça à baleia.

Fonte: CMM (Câmara Municipal de Machico).

Os aspectos da biologia e da protecção das baleias e golfinhos são abordados na exposição contribuindo para a sensibilização de todos para a necessidade de preservar estes animais espantosos.

Fonte: CMM (Câmara Municipal de Machico).

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Objectivos do Museu da Baleia:

• Expandir o conhecimento e fomentar a conservação dos cetáceos no Arquipélago da Madeira através do “Projecto para a Conservação dos Cetáceos no arquipélago da Madeira”.

• Preservar a História da actividade baleeira no arquipélago da Madeira, através de um conjunto de depoimentos, documentos e peças ligados à caça à baleia na Madeira;

• Construção do novo edifício para o Museu da Baleia, previsto para o próximo ano, que permitirá a esta Instituição oferecer aos seus visitantes um serviço de maior qualidade e mais diversificado, designadamente, uma melhor exposição permanente, mais completa e interactiva e exposições temporárias várias.

Fonte: CMM (Câmara Municipal de Machico).

Universidade da Madeira (UMa)

O Departamento de Biologia da Universidade da Madeira constitui uma estrutura de ensino e de investigação fundamental e aplicada, tendo por objectivos:

• O desenvolvimento tecnológico;

• A prestação de serviços à comunidade;

• A efectivação de actividade de extensão universitária, nos domínios que lhe são próprios.

O Departamento está organizado em cinco secções:

• Biologia Funcional;

• Biologia Marinha e Oceanografia;

• Bioquímica e Biotecnologia;

• Citogenética e Biologia Molecular;

•Ecologia e Entomologia.

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25 O Departamento de Biologia é o detentor da investigação do Centro de Estudos da Macaronésia e do Laboratório de Genética Humana.

Este Departamento tem o apoio de cinco Laboratórios de Investigação para o desenvolvimento das suas pesquisas:

• Laboratório de Biologia Marinha e Oceanografia

• Laboratório de Bioquímica e Biotecnologia

• Laboratório de Ecologia e Sistemática

• Laboratório de Filogenia e Biologia Molecular

• Laboratório de Biologia Funcional

Centro de Ciências Biológicas e Geológicas

O Centro de Ciências Biológicas e Geologias foi criado pela Universidade da Madeira em 1994 e assumiu uma nova designação em 2002, altura que passou a ser reconhecido como Centro de Estudos da Macaronésia – Ciências da Vida e da Terra (CEM).

Objectivos:

Investigação nas áreas das ciências da terra e da vida, dedicando-se ao estudo da Flora, Fauna e Geologia do Arquipélago da Madeira;

Estudo da biodiversidade, dos ecossistemas insulares terrestres e marinhos da Macaronésia;

Evolução do património biológico e da utilização biotecnológica dos recursos silvestres e agrícolas.

A equipa do CEM tem cerca de 54 membros com formação académica em Biologia, Bioquímica, Oceanografia, Biotecnologia ou Engenharia Química e está organizada em Unidades Mistas de Investigação (UMI’s).

O centro e a sua equipa estabelecem ligações com diversas instituições nacionais e internacionais e prestam serviços de consultadoria nas áreas de Biologia Molecular, aspectos do Ambiente e Biologia Marinha.

Associação Nacional de Conservação da Natureza (QUERCUS)

A Associação Nacional de Conservação da Natureza, é uma Organização Não Governamental de Ambiente (ONGA), e foi criada em 1985.

O Núcleo Regional da Quercus na Madeira teve início no fim de 1994, pela iniciativa de um grupo de jovens universitários do curso de Biologia da Universidade da Madeira, os quais estavam sensibilizados para as questões de defesa e preservação do ambiente na Região.

Os assuntos de maior relevo discutidos pela Quercus no Arquipélago da Madeira relacionam- se com os resíduos, ordenamento do território, conservação da natureza e sensibilização ambiental.

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2

Acções:

Resíduos

• Implementação da recolha selectiva em todos os concelhos da Região (matéria orgânica, papel, vidro e pilhas), por forma a que permita a redução do lixo para menos de metade;

• Diminuição da quantidade de lixo produzido.

Ordenamento do Território

• Aprovação dos Planos Directores Municipais, dos Planos de Ordenamento da Orla Costeira , da Reserva Agrícola e da Reserva Ecológica.

Conservação da Natureza

• Concretização de projectos no âmbito dos fogos florestais;

• Divulgação do património da Laurissilva.

Sensibilização Ambiental

• Realização de diversas acções de sensibilização nas escolas;

• Divulgação de documentos;

• Realização de palestras;

• Elaboração de exposições.

Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA)

O grupo da SPEA nasceu na Madeira em 1998, através de um grupo de pessoas que pretendiam desenvolver a Ornitologia na Região.

Actualmente a SPEA tem cerca de 125 sócios na Madeira.

Os objectivos da SPEA - Madeira são:

• Promover e divulgar as aves selvagens que vivem no estado selvagem no Arquipélago. Para tal realiza um conjunto de actividades, nomeadamente:

• Fomenta e coordena projectos de estudo e conservação de aves;

• Organiza saídas de campo com o fim de transmitir conhecimentos sobre as aves da região;

• Promove cursos e acções de formação ligadas à avifauna;

• Realiza um levantamento das ameaças presentes para as populações de aves na RAM;

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• Divulga nos meios de comunicação social todas as notícias ou eventos relacionados com as aves de interesse público;

• Promove um concurso de fotografia anual e exposições com o objectivo de divulgar as aves observadas na Região;

• Colabora com o projecto “Novo Atlas das Aves Nidificantes em Portugal”;

• Colabora na implementação da Rede IBAs (Zonas Importantes para Aves) na Região, monitorizando (através de vigilantes) e coordenando as áreas;

• Organiza Workshops e colóquios, com o objectivo de divulgar trabalhos relacionados com a avifauna e reunir pessoas e investigadores interessados nesta temática;

- Workshop Puffinus 2000

-Workshop Sítios Prioritários para a conservação da Natureza na RAM - IBA’s, ZPEs (Zona de Protecção Especiais) e Rede Natura 2000

- Apresentação da Campanha e brochura Rede Natura 2000

- Divulgação e venda das novas publicações: Guia das aves de Europa, Zonas Importantes para as Aves em Portugal, Anuário Ornitológico etc.

• Mantém e disponibiliza uma biblioteca de artigos científicos e publicações de ordem variada, relacionada com a avifauna regional.

- Cosmos -

Associação Portuguesa de Defesa do Ambiente e de Qualidade de Vida

Associação regional de defesa do ambiente, fundada por um grupo de cidadãos preocupados com o futuro ambiental do Arquipélago da Madeira, e cujas acções se prendem sobretudo com a denúncia de situações que possam de algum modo fazer perigar os equilíbrios ecológicos e biológicos existentes na região. Esta associação possui um gabinete de atendimento na cidade do Funchal.

Denúncias de Situações Anómalas

Na participação ou conhecimento de qualquer situação que possa violar a legislação ambiental, essa deve ser imediatamente comunicada às autoridades competentes.

Para tal, existe um conjunto de entidades que se pode recorrer de acordo com a situação em questão.

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Entidades Regionais

• Direcção Regional do Ambiente (DRAmb)

A DRAmb dispõe de um serviço telefónico gratuito, disponível 24 horas, de forma a prestar apoio à população, em diversas situações:

• Pedidos de informações/esclarecimentos

• Protestos

• Alertas/denúncias

• Sugestões

Todas as questões relacionadas com poluição de água, odores incomodativos, resíduos, ruídos, litoral, poluição atmosférica, ribeiras, entre outros, podem ser comunicadas à DRAmb através da linha Ambiente 800 21 20 21 ou através do formulário existente no site da Secretaria Regional do Ambiente (www.sra.pt).

Todos as questões ambientais referidas anteriormente podem também ser comunicadas na Câmara Municipal do concelho em que decorrem.

• Câmara Municipal do Funchal Linha Ambiente: 291 230 821

• Câmara Municipal do Porto Santo Linha Verde: 800 200 030

• Câmara Municipal de Santa Cruz

Divisão Ambiente e Salubridade: 291 523 072/077

• Câmara Municipal de Santana Secretaria: 291 570 200

• Câmara Municipal de Machico Geral: 291 969 990

• Parque Natural da Madeira (PNM)

Todas as dúvidas, pedidos de esclarecimento ou comunicação de qualquer situação que seja da competência dos Serviços do Parque Natural da Madeira deve ser comunicado ao Centro de Informação da Conservação da natureza, por telefone para o número 291 795 155 / 291 794 258 ou por e-mail para: cispnm@netmadeira.com

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Entidades Nacionais

• Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional (MAOTDR)

O MAOTDR dispõe de uma linha SOS – Ambiente24, que funciona 24 horas por dia, através do número azul 808 200 520.

Entidades Internacionais Comissão Europeia

Linha EuropeDirect: 0080067891011

(http://europa.eu.int/comm/environment/index_pt.htm) ou através do formulário existente no site (http://europedirect-cc.cec.eu.int/websubmit/

?lang=pt)

Projectos de Protecção de Espécies Implementados na Região Autónoma da Madeira

Projectos Life - Natureza

Projecto Tartarugas Marinhas

O Projecto Tartarugas Marinhas foi financiado a 75% pelo Programa Comunitário Life – Natureza e decorreu da acção conjunta de diversas instituições:

• Universidade da Madeira (UM)

• CITMA

• Museu Municipal do Funchal – História Natural

• Parque Natural da Madeira

O principal objectivo deste projecto é apoiar a conservação da Tartaruga Marinha Caretta caretta no Atlântico Norte.

As Tartarugas Marinhas no Atlântico Norte

A presença de Tartarugas Marinhas no nosso território é mais frequente nas águas do sul, onde são regularmente vistas no Algarve e abundantemente nas ilhas, nomeadamente na Madeira e nos Açores. São vistas cinco espécies de tartarugas em águas portuguesas, no entanto, não existem registos da sua reprodução nem em Portugal, nem noutros países europeus atlânticos.

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Nas ilhas atlânticas ocorrem quase exclusivamente tartarugas-bobas (Caretta caretta) juvenis que ainda não atingiram a idade reprodutora. Estas tartarugas nascem nas Caraíbas e costas dos Estados Unidos de onde se dirigem rapidamente para o alto mar, o chamado domínio pelágico, onde vivem associadas a algas flutuantes e outros objectos. A corrente prevalecente nessa área é a do Golfo que as leva em direcção aos Açores, não tendo de superar correntes contrárias.

Da corrente do Golfo seguem para a corrente das Canárias, passando pela Madeira; uma vez nas águas das Canárias, são impelidas pela denominada Corrente Equatorial do Norte que as transporta passivamente para as águas maternas.

As tartarugas-bobas fazem esta viagem mais do que uma vez, já que levam 15 a 30 anos a atingir a maturidade sexual. Quando termina esse período juvenil ficam na área onde nasceram, alimentando-se perto das costas americanas e reproduzindo-se cada dois a três anos.

Como já foi anteriormente referido, a tartaruga mais comum nas águas portuguesas é a tartaruga-boba, no entanto, é possível aparecerem outras espécies. Para a identificação destas, foi determinado neste projecto a seguinte chave:

• Avistamentos,

• Arrojamentos e capturas acidentais deveriam ser comunicados ao autor, com data, localidade, espécie, estado da tartaruga e outra informação relevante;

• Medição do comprimento da carapaça em milímetros, que se mede com uma simples fita métrica, seguindo a curvatura da carapaça no seu ponto mais comprido desde a nuca até à ponta mais distante da margem posterior.

É importante referir que todas as tartarugas marinhas têm de ser libertadas, imediatamente, no seu ambiente natural ou entregue às autoridades competentes, estando protegidas por lei pelo que o não cumprimento da lei sugere aplicação de coima.

Fonte: Projecto Tartarugas Marinhas Protecção das Tartarugas Marinhas

As 8 espécies de tartarugas marinhas existentes no mundo encontram-se protegidas legalmente pelos convénios de Bona e Berna e do tratado CITES. A lei é clara quando refere que a captura destes animais é proibida, tal como a manutenção em cativeiro e a comercialização dos próprios animais ou parte deles.

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31 As tartarugas marinhas tiveram muitas utilidades por parte do homem, como fonte alimentar, ornamentação e couro. Por estas razões, é um animal valioso e muito cobiçado. A sua captura é fácil, quando esta se dirige à terra para depositar os ovos. No entanto, o resultado desta exploração é a extinção quase total das gerações seguintes. O problema agrava-se devido ao longo tempo de maturação destes animais; só 20 a 30 anos mais tarde é que se irá notar um declínio no número de tartarugas que nidificam numa dada praia.

A comunidade internacional reconheceu o problema e incluiu estas espécies na legislação internacional desde há bastantes anos.

Por um lado, luta-se nas praias de nidificação contra a acção predatória dos humanos, por outro recolhem-se ovos dos seus ninhos naturais e incubam-se de forma semi-artificial. Os recém eclosionados podem ser soltos imediatamente ou mantidos até um ano de idade.

Mas estas acções não são suficientes para que se consiga assegurar a continuidade da espécie. É imprescindível que se façam estudos de conservação.

Nos Estados Unidos o Dr. Crouse e seus colaboradores tentaram determinar a fase da vida das tartarugas-bobas em que é mais sensível o efeito de conservação, ou seja, determinaram o grupo etário mais carente de defesa para que a população voltasse rapidamente a aumentar.

Contrariamente ao que se esperava, os ovos não representam a fase mais vulnerável de vida, nem sequer os recém-eclosionados. São os juvenis, o mesmo grupo de idades que frequentam as nossas ilhas, de forma que salvar um juvenil na Madeira ou nos Açores equivale a preservar algumas centenas ou milhares de ovos ou neonatos, dado que estes últimos, por razões naturais, já sofrem uma elevada mortalidade. Daí resulta que, Portugal tem um contributo importante a dar na conservação internacional, mesmo sem ter populações nidificantes de tartarugas marinhas.

Fonte: Projecto Tartarugas marinhas

Leis internacionais, vigentes em Portugal, que protegem as tartarugas marinham:

• Convenção Relativa à Conservação da Vida Selvagem e dos Habitats Naturais da Europa. (Convenção de Berna)

• Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES)

• Convenção sobre a Conservação das Espécies Migratórias de Animais Selvagens (Convenção de Bona)

• Convenção para a Protecção do Mar Mediterrâneo contra a Poluição

Legislação que protege as tartarugas marinhas a nível da Região Autónoma da Madeira:

• Decreto Legislativo Regional nº 18/85/M, de 7 de Setembro

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Projecto Freira da Madeira

O Parque Natural da Madeira está a desenvolver desde Abril de 2001 um projecto co-financiado pelo programa-LIFE - Natureza que termina em Abril de 2005 e intitula-se: “Conservação da Freira da Madeira através da recuperação do seu habitat.”

A floresta Laurissilva e o Maciço Montanhoso Oriental da Ilha da Madeira constituem dois dos mais importantes habitats terrestres da Macaronésia e apresentam uma alta proporção de endemismos. Nestes habitats, reconhecidos a nível europeu como Zonas de Protecção Especial (ZPE) e integradas na Rede Natura 2000, podemos encontrar um número elevado de animais e plantas únicos, dos quais muitos têm estatuto de conservação desfavorável.

Fonte: PNM

O objectivo deste projecto é recuperar todo o ecossistema e proporcionar todas as condições para que atinja um estado clímax. Este objectivo aplica-se especialmente à Freira da Madeira (Pterodroma madeira) uma espécie de ave prioritária que nidifica na área.

O projecto tem a duração de 4 anos (Abril de 2001 a Abril de 2005), ao fim dos quais se esperam os seguintes resultados:

• Recuperação da vegetação de altitude;

• Aumento da população da Freira da Madeira (Pterodroma madeira);

• Existência de uma participação activa da população na preservação da área, permitindo através do seu uso um reforço para a consciencialização da importância da sua conservação;

• Implementação duma gestão eficiente da área.

Referências

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