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Parecer Consultoria Tributária de Segmentos Renovação de Licitação

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Parecer Consultoria Tributária de Segmentos

Renovação de Licitação

15/10/2014

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Parecer Consultoria Tributária de Segmentos

Título do documento

Sumário

1. Questão ... 3

2. Normas apresentadas pelo cliente ... 3

3. Análise da Consultoria ... 5

4. Conclusão ... 8

5. Referências ... 8

6. Histórico de alterações ... 8

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Parecer Consultoria Tributária de Segmentos

1. Questão

O cliente em questão é a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, uma associação de caráter pública, atuante como representante das indústrias fluminenses nos âmbitos municipal, estadual e federal. A entidade, promove debates e produz pesquisas, estudos e projetos, que têm como fim o desenvolvimento sustentável às empresas a ela filiadas, objetivando o crescimento econômico industrial e social.

Composta no sistema FIRJAN como importante parceiro das empresas do Estado do Rio de Janeiro na busca pelo desenvolvimento.

As cinco instituições que compõem o Sistema oferecem soluções e serviços capazes de multiplicar a produtividade das empresas e melhorar a qualidade de vida dos funcionários, sendo a FIRJAN - Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, CIRJ - Centro Industrial do Rio de Janeiro, SESI - Serviço Social da Indústria, SENAI - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial e IEL - Instituto Euvaldo Lodi, que trabalham a fim de garantir uma posição de destaque para a indústria fluminense nos níveis político, econômico e social do cenário nacional.

O cliente deseja fazer uma renovação de contrato oriundo de edital. O contrato inicialmente possui um ano, e o cliente deseja renovar com seu fornecedor por mais um ano. Acontece que ao término do contrato, quando renovado o valor a ser adicionado, o sistema está tratando como um acréscimo de valor e não mantém o mesmo valor devido a contratação inicial. Nesse caso o cliente questiona que há apenas uma renovação de contrato não alterando o valor do contrato e sim o número de parcelas passando de 12 para 24 meses.

Relata o seguinte cenário no sistema ERP com o exemplo:

Ao término do contrato, quando renovamos o prazo, também renovamos o valor cadastrado. Se gastávamos R$ 60.000,00 ano, quando renovamos o contrato, cadastramos mais R$ 60.000,00, pois o valor de R$ 5.000,00 mensais continuará a existir. O sistema ERP, nesse caso, também está lendo como acréscimo, o que não é. Trata-se de uma mera renovação do contrato. Aqui cabe fazer uma observação, a qual peço análise da TI. Quando o ERP foi implantado, fomos orientados a cadastrar nos contratos contínuos com pagamentos mensais, a quantidade 1 e o valor total anual. Assim, se pagamos R$ 5.000,00 por mês, devíamos cadastrar quantidade 1 e valor unitário R$ 60.0000,00 (que corresponde a 12 parcelas de R$ 5.000,00).

2. Normas apresentadas pelo cliente

O cliente nos encaminhou anexo ao chamado a norma, informando que a entidade possui o próprio Regulamento de Licitações e Contratos, não estando sujeito as disposições da Lei nº 8.666/1993 que institui as normas para licitações e contratos da Administração Pública.

Conforme ATO AD REFERENDUM Nº 04/1998 aprova o Regulamento de Licitações e Contratos do Serviço Social da Indústria:

A PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DO SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA, no uso de suas atribuições legais, regulamentares e regimentais, CONSIDERANDO que, mediante Comunicação ao Plenário do Tribunal de Contas da União (TCU ), em Sessão de 11/06/97, o eminente Ministro daquela Corte, Adhemar Paladini Ghisi, abriu ao “Sistema S” (SESI, SENAI, SESC, SEST, SENAT , SENAR e SEBRAE) a oportunidade de entendimentos buscando tratamento adequado às questões surgidas na relação fiscalizador

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Parecer Consultoria Tributária de Segmentos

Título do documento

CONSIDERANDO que, em Sessão Plenária de 22/10/97, o ilustre Ministro Lincoln Magalhães da Rocha comunicou àquele Egrégio Tribunal que, em reunião realizada no dia 10 do mesmo mês com representantes do

“Sistema S”, das CISET s do Ministério da lndústria, Comércio e Turismo e do Ministério do Trabalho, havia sido firmado o entendimento quanto à conveniência de constituição de Grupo do “Sistema S” com o propósito de apresentar um regulamento comum de licitações e contrato a ser oportunamente submetido ao Plenário do Tribunal de Contas da União;

CONSIDERANDO que o Douto Tribunal de Contas da União, através da Decisão nº 907/97-Plenário, em 11/12/97 (D.O.U. de 26/12/97), consolidou a interpretação de que os Serviços Sociais Autônomos não estão sujeitos aos estritos procedimentos da Lei nº 8.666/93 e, sim, aos seus regulamentos próprios devidamente publicados;

Diante apresentação dos fatos acima, pesquisados os autos do Diário Oficial da União, sessão 3, de 20/09/2004 na página 100, concluímos que a entidade não está obrigada a exigência da Lei 8.666/1993, e sim aos seus regulamentos próprios.

CONCLUSÃO

10. Em vista do exposto, elevamos o assunto à consideração superior, propondo:

a) conhecer do Recurso de Reconsideração de interesse dos Srs. Antônio Oliveira Santos e Oswaldo Kilzer da Rocha, contra a contra o Acórdão n. 1.120/2003 -TCU- 2ª Câmara, com fundamento nos arts. 32, I, e 33 da Lei n. 8.443/92, para, no mérito, negar-lhe provimento, mantendo-se, em conseqüência, os exatos termos da deliberação recorrida;

b) comunicar os interessados da deliberação que vier a ser adotada por esta Corte.”

3. O Representante do Ministério Público/TCU, às fls. 114/115 - V. 1, manifesta concordância à proposta da unidade técnica, fazendo menção a doutrina que esclarece a natureza jurídica do SESC e destacando que, com o advento da Decisão nº 907/1997 - TCU Plenário, restou o entendimento de que as entidades do Sistema S, como o SESC, não estariam incluídas entre aquelas enumeradas no parágrafo único do art. 1º da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Com isso, tais entidades não estariam sujeitas aos estritos mandamentos dessa lei, mas, sim, aos seus regulamentos próprios devidamente publicados.

4. A essas observações, acrescenta o Parquet especializado junto à Corte de Contas:

“4. Assim, cobra relevo observar o disposto no art. 11 da Resolução SESC n.º 949/98 (Regulamento de Licitações e Contratos do Serviço Social do Comércio - SESC, f. 345/356 do volume principal):

'Art. 11 - As dispensas, salvo os casos previstos nos incisos I e II do art. 9.º, ou as situações de inexigibilidade,serão circunstanciadamente justificadas pelo órgão responsável inclusive quanto ao preço , e ratificadas pela autoridade competente.' (grifos acrescidos)

5. Ocorre que, nos processos n.ºs 00/359-IN, 00/360-IN e 00/367-IN do SESC- Administração Nacional (f. 149-226), referente à compra de diversos equipamentos odontológicos sem licitação, não consta justificativa de preço nem tampouco planilhas que atestem a compatibilidade de preço com outros equipamentos similares. Daí a razão de se entender correto o julgamento pela irregularidade das contas dos recorrentes, bem como pela aplicação da multa prevista no art. 58, I e III, da Lei n.º 8.443/92.”

É o relatório.

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Parecer Consultoria Tributária de Segmentos

3. Análise da Consultoria

Atualmente o sistema (Protheus) encontra-se embasado pela Lei 8.666/1993, que rege os contratos de licitações onde existe limitação para acréscimo ou supressão nos valores dos contratos gerados a partir de edital.

Esta limitação está baseada no artigo 65, parágrafo I da Lei 8.666/1993, onde atualmente o sistema aplica a regra ao contratado estabelecendo a limitação por teto do valor inicial do contrato, com acréscimos ao preço na renovação do contrato e não ao número de parcelas na prorrogação do contrato.

A seguir parte da Lei nº 8.666/1993:

Da Alteração dos Contratos

Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos:

I - unilateralmente pela Administração:

a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos;

b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei;

II - por acordo das partes:

a) quando conveniente a substituição da garantia de execução;

b) quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou serviço, bem como do modo de fornecimento, em face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais originários;

c) quando necessária a modificação da forma de pagamento, por imposição de circunstâncias supervenientes, mantido o valor inicial atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com relação ao cronograma financeiro fixado, sem a correspondente contraprestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou serviço;

d) (VETADO).

d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição da administração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de conseqüências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea econômica extraordinária e extracontratual. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

§ 1o O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinqüenta por cento) para os seus acréscimos.

Conforme a base legal, o cliente não se enquadra nesta norma e questiona esta funcionalidade do sistema, que o limita a revisão contratual em 25% ou 50% dependendo do tipo de edital.

Expõe que está sujeito ao próprio Regulamento de Licitações e Contratos SESI e o SENAI, como mencionado no tópico anterior (2), onde ficam estabelecidas as regras licitatórias:

Regulamento de licitações e contratos do SESI: com as modificações da Resolução nº 01/2011 / Serviço Social da Indústria.

Departamento Nacional. – Brasília, 2011 através do ATO AD REFERENDUM Nº 02/2001 que acrescentou o parágrafo único do Artigo 26:

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Título do documento

A norma estabelecida no Regulamento de Licitações e Contratos do SESI, fica evidenciado a prorrogação do limite de 60 meses.

Apesar da Lei nº 8.666/1993, também estabelecer o limite de 60 meses na renovação de contrato, fica a entidade sujeita a obedecer as normas próprias estabelecidas através de seu Regulamento de Licitação e Contrato de acordo com a Decisão nº 907/97 - Plenário, em 11/12/97 (D.O.U. de 26/12/97).

Apenas servindo como comparativo a Lei nº 8.666 e o regulamento próprio a seguir:

Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários, exceto quanto aos relativos:

I - aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser prorrogados se houver interesse da Administração e desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório;

II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

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Parecer Consultoria Tributária de Segmentos

Quanto a manutenção do Preço, estabelece o Regulamento de Licitações e Contratos do SESI, a renovação do contrato com a prorrogação por meio convocatório por igual período desde que o preço se mantém vantajoso.

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Parecer Consultoria Tributária de Segmentos

Título do documento 4. Conclusão

Conforme podemos verificar nas normas mencionadas neste parecer, comprova a legalidade, podendo o processo de licitação ser renovado sem aplicação da norma estabelecida pelo artigo 65 da Lei nº 8.666/1993, que o limita a revisão contratual em 25% ou 50% dependendo do tipo de edital em relação ao preço.

Cabe reforçarmos que a entidade possui o seu próprio Regulamento de Licitações e Contratos devendo seguir as normas estabelecidas neste regulamento, não estando sujeita as condições estabelecidas da Lei nº 8.666/1993.

Diante ao questionamento, sugerimos apenas a alteração no sistema do número de parcelas na renovação do contrato, não sendo alterada a condição de preço com acréscimos como foi nos relatado no cenário apresentado pelo cliente através da exposição do seu exemplo.

5. Referências

• http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666cons.htm

• http://www.jusbrasil.com.br/diarios/302966/pg-100-secao-3-diario-oficial-da-uniao-dou-de-20-09-2004

• http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1950-1969/D57375.htm

6. Histórico de alterações

ID Data Versão Descrição Chamado

AM 15/10/14 1.00 Renovação de Licitação TQPVP6

Referências

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