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PROJETO PEDAGÓGICO CURSO DE GRADUAÇÃO DIREITO PRESENCIAL ARAGUAÍNA-TOCANTINS

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Academic year: 2021

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PROJETO PEDAGÓGICO

CURSO DE GRADUAÇÃO

DIREITO

PRESENCIAL

ARAGUAÍNA-TOCANTINS 2020

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2 SUMÁRIO

1. DADOS GERAIS DO CURSO ... 5

1.1 Denominação do Curso ... 5 1.2 Periodicidade ... 5 1.3 Carga Horária ... 5 1.4 Modalidade de ensino ... 5 1.5 Vagas ... 5 1.6 Tempo de integralização ... 5

1.7 Ato de Criação do Curso ... 5

2. HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO ... 6

3. CONTEXTUALIZAÇÃO E JUSTIFICATIVA DO CURSO ... 8

4. OBJETIVOS DO CURSO ... 22

5. FORMA DE INGRESSO ... 27

6. MATRICULA ... 28

7. PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO ... 29

7.1 Competências e Habilidades ... 30

8. ESTRUTURA CURRICULAR ... 31

8.1 Matriz Curricular ... 36

8.2 Quadro Resumo da Matriz ou Representação Gráfica ... 38

8.3 PERCURSO FORMATIVO ... 39

9. CONTEÚDOS CURRICULARES ... 40

10. METODOLOGIA ... 47

11. ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO ... 53

12. ATIVIDADES COMPLEMENTARES ... 57

13. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ... 58

14. PESQUISA E EXTENSÃO NO CURSO ... 59

15. APOIO AO DISCENTE ... 65 15.1 Programa de Bolsas ... 69 15.2 Estímulo à Permanência ... 70 15.3 Programa de Nivelamento ... 71 15.4 Programa de Monitoria ... 71 15.5 Organização Estudantil ... 72

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3

15.7 Acolhimento do Ingressante ... 73

15.8 Acompanhamento do Egresso... 73

15.9 Programa de Internacionalização ... 74

15.10 Ouvidoria ... 74

16. GESTÃO DO CURSO E O PROCESSO DE AUTOAVALIAÇÃO ... 75

17. ATIVIDADES DE TUTORIA ... 81

17.1 Conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias às atividades de Tutoria 83 18. TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO PROCESSO ENSINO- APRENDIZAGEM ... 84

19. AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM – AVA ... 88

20. PROCEDIMENTOS DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DOS PROCESSOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM ... 95

21. NÚMERO DE VAGAS ... 99

22. INTEGRAÇÃO COM AS REDES PÚBLICAS DE ENSINO ... 99

23. GESTÃO ACADÊMICA ... 99

23.1 Coordenação ... 102

23.2 Colegiado de curso ... 103

23.3 Núcleo Docente Estruturante -NDE ... 105

23.4 Equipe multidisciplinar ... 107

23.5 Corpo Docente... 108

23.5.1 Titulação ... 110

23.5.2 Regime de trabalho ... 110

23.5.3 Experiência Profissional ... 112

23.5.4 Experiência no exercício da Docência Superior ... 113

23.5.5 Experiência no exercício da Docência em Educação a Distância .... 114

23.5.6 Produção Científica, Cultural, artística ou tecnológica ... 115

23.6 Corpo Tutorial... 116

23.6.1 Experiência no exercício da tutoria na Educação a Distância ... 116

23.6.2 Formação e titulação do corpo de tutores do curso ... 117

23.6.3 Experiência do corpo de tutores em Educação a Distância ... 118

23.6.4 Interação entre tutores, docentes e coordenador do Curso ... 118

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4

24.1 Espaço de trabalho para docentes em tempo integral ... 119

24.2 Espaço de trabalho para o Coordenador ... 119

24.3 Sala coletiva de professores ... 120

24.4 Salas de aula ... 121

24.5 Acesso dos alunos a equipamentos de informática ... 121

24.6 Bibliografia Básica e Complementar por unidade curricular ... 122

24.7 Ementas e Bibliografia ... 124

24.8 Laboratórios didáticos de formação específica ... 188

24.9 Núcleo de Prática Jurídica ... 189

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5 1. DADOS GERAIS DO CURSO

1.1 Denominação do Curso

Curso de Graduação em Direito Bacharelado 1.2 Periodicidade

O curso funciona em período semestral. 1.3 Carga Horária

O curso tem a carga horária total 3.700 horas, atendendo as normativas legais: Resolução nº 05 de 17 de dezembro de 2018, DCNs do Curso de Graduação bacharelado, Resolução CNE/CES nº 02 de 18-06-/2007 para Graduação, Bacharelado, Presencial e a Resolução CNE/CES nº 04 de 06-04-/2009, para Graduação, Bacharelado na modalidade Presencial.

1.4 Modalidade de ensino

O curso é ofertado na modalidade presencial e respeita o limite de até 40% (quarenta por cento) da carga horária total do curso na modalidade a distância, conforme definido na Portaria nº 2.117, de 6 de dezembro de 2019.

1.5 Vagas

O Curso tem 240 vagas anuais autorizadas pelo Ministério da Educação. 1.6 Tempo de integralização

O período de Integralização Curricular do Curso é de no Mínimo 5 anos (10 semestres) e Máxima 10 anos (20 semestres)

1.7 Ato de Criação do Curso Conselho Estadual de Educação:

 Parecer Autorização nº 136 de 29 de abril de 2005;

 Autorização Decreto nº 2.419 de 17 de maio de 2005;

 Renovação de Autorização Decreto nº 3.444 de 30 de julho de 2008;

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6 Ministério da Educação:

 Autorização Portaria MEC nº 2.419 de 17 de maio de 2005;

 Reconhecimento Portaria MEC nº 3.628 de 16 de fevereiro de 2009;

 Renovação Reconhecimento Portaria MEC nº 536 de 23 de setembro de 2016;

 Renovação de Reconhecimento Portaria MEC nº 267 de 03 de abril de 2017;

 Renovação de Reconhecimento Portaria MEC nº 205 de 25 de junho de 2020.

2. HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO

Mantenedora

Em 22 de dezembro de 1998, foi constituída a sociedade denominada Instituto Tocantinense de Educação e Ciência que, em seguida, teve a denominação alterada para Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos – ITPAC. Em 22 de janeiro de 1999, o Contrato Social foi registrado no Cartório do Registro de Pessoas Jurídicas, Títulos, Documentos e Protestos, situado à Rua 1º de Janeiro, nº 1.221 – Centro – Araguaína – TO, sob o número 1.632, no livro “A” nº 6, situada a Av. Filadélfia, 568 – Setor Oeste – Araguaína – TO, CEP: 77816-540, Telefone: (63) 3411-8500, E-mail: direcao@itpac.br, com registro no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ nº: 02.941.990/0001-98 e Inscrição Municipal: 220.391.142.335-1.

Mantida

UNITPAC – Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos, está situado a Av. Filadélfia, 568, Setor Oeste, no município de Araguaína, estado do Tocantins, região norte do Brasil. CEP: 77816-540 Telefone: (63) 3411-8500, e-mail: unitpac@unitpac.edu.br

A vocação global do Centro Universitário Presidente Antônio Carlos é o desenvolvimento do ensino tendo por base uma filosofia educacional sob a égide da necessária identificação com os problemas que afligem o Estado e a Região na qual está inserida.

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7 A autorização para o funcionamento do Instituto Tocantinense Presidente Antônio Carlos (ITPAC) foi através do Decreto nº 724 de 02 de fevereiro de 1999 do Governador do Estado do Tocantins permitindo o ingresso no Sistema Estadual de ensino e o início das atividades com os cursos de Ciências Contábeis e Pedagogia.

A Faculdade de Ciências Humanas, Econômicas e da Saúde de Araguaína– FAHESA, mantida pelo ITPAC, foi credenciada junto ao sistema federal de ensino (MEC) pela Portaria nº 4.330, de 13 de dezembro de 2005, publicada no D.O.U. nº 239 de 14 de dezembro de 2005, e através da mesma portaria foi autorizado o funcionamento do curso de Ciências Contábeis.

Em 18 de março de 2015 foi protocolado no e-MEC o pedido de mudança de organização acadêmica de Faculdade para Centro Universitário. O Credenciamento do Centro Universitário de Araguaína - UNIARA deu-se através da Portaria MEC nº 421, de 27 de março de 2017, sendo a denominação retificada para Centro Universitário Norte Brasil – UniBRAS (Dou nº 66 de 05/04/2017) e, posteriormente, para Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos – UNITPAC através do Cadastro e-MEC em 02/08/2017, baseado na Portaria Normativa MEC nº 10, de 18 de maio de 2017.

O UNITPAC possui Conceito Institucional – CI 4, Conceito Institucional EaD – CI 5 e índice Geral de Curso – IGC 3. Oferece 17 cursos: Administração, Agronomia, Ciências Contábeis, CST em Estética e Cosmética, CST em Radiologia, Direito, Educação Física, Enfermagem, Engenharia Civil, Engenharia de Produção, Engenharia Elétrica, Farmácia, Medicina, Odontologia, Pedagogia, Psicologia e Sistema de Informação.

O compromisso do Centro Universitário Tocantinense Presidente Antônio Carlos se cumpre por ofertar cursos absolutamente relacionados à conjuntura e a seus desdobramentos, trabalhando com o rompimento de formas ultrapassadas de organização, de produção e troca de conhecimentos. A Instituição compromete-se em oferecer a um mercado, aceleradamente competitivo e em permanente transformação, pessoas capazes para a administração, desta nova ordem e de seus novos paradigmas.

Na perspectiva da implantação de um ensino de qualidade que gere desenvolvimento técnico-científico e cultural, a IES define sua missão, visão e valores. Tendo como missão:

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8 “Desenvolver e disseminar competências à partir do ensino, pesquisa e extensão que formem profissionais capazes de transformar o Brasil a partir de suas regiões”.

Sua visão: “Estar entre as melhores Instituições de Ensino Superior do Brasil, gerando valor para os alunos, colaboradores, mantenedores e sociedade”.

Seus valores: foco no aluno: atender os alunos com presteza, dedicação e eficiência superando suas expectativas; valorização dos nossos colaboradores: reconhecer o valor de todos os colaboradores com respeito e dignidade promovendo o entusiasmo e satisfação; honestidade: praticar a honestidade ética, moral e intelectual nos relacionamentos internos e externos; comprometimento: ter atitude e proatividade para atuar em defesa da Missão do grupo; foco em resultado: agir com simplicidade e contar com a inovação para buscar os resultados que nos levarão a nossa visão; responsabilidade social: promover o bem-estar social e desenvolver ações sustentáveis para o meio-ambiente.

3. CONTEXTUALIZAÇÃO E JUSTIFICATIVA DO CURSO

Trata-se de apresentar elementos que permitam contextualizar e identificar essencialmente o Curso de Direito oferecido pelo UNITPAC.

Sabe-se, que as capitais estaduais abrigam as principais instalações educacionais do país e que a economia formal apresenta desempenho geral favorável e com estruturação produtiva relativamente atual, provocando transformações significativas no trabalho como fator econômico, vez que há maior valorização e necessidade de ética, intelecto, criatividade e proatividade pelos empreendimentos e empreendedores quando da busca de recursos humanos, ultrapassando as limitadas exigências do esforço físico tão somente.

Contudo, é preciso ressaltar: há também uma enorme rede comercial e de serviços situada no campo de informalidade e caracterizada especialmente por pequenos empreendimentos que acabam tendo um significativo peso para a economia e o desenvolvimento humano já que absorvem mão de obra e fazem circular riqueza, propiciando assim melhoria da qualidade de vida da comunidade.

Agregue-se a este cenário marcado por contrastes, as incertezas provenientes do processo de globalização e inter-relacionamento estatal e ter-se-á por parte de

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9 todos aqueles que desejem adentrar ao setor produtivo social premente necessidade de aprimoramento e formação continuadas nos planos ético, científico e tecnológico.

Naturalmente, em ambiente como este e em contexto de franca expansão econômica e populacional, não há dúvidas de que os choques de interesses e as áreas de embates e conflitos expandir-se-ão à mesma razão, inclusive carreando ao Poder Judiciário demandas daí derivadas, o que por si mesmo já explica, sustenta e justifica a necessidade deste Curso de Direito.

Em realidade, impõe-se regionalmente a criação e manutenção de cursos superiores consentâneos com os mais refinados desenvolvimentos teóricos no campo educacional, e, portanto, pautados no relacionamento íntimo entre os eixos ensino, pesquisa (iniciação científica) e extensão.

Empreendimentos educacionais desse matiz estimulam a capacidade criativa e a autonomia que subsidiam ações proativas e empreendedorismo responsável, juntamente com desenvolvimento ético e compromisso social em prol do bem comum e do desenvolvimento econômico sustentável e legítimo, o que é essencial para a satisfação das inúmeras necessidades regionais.

Esse movimento pode ser comprovado por meio de estudos e análises de indicadores da educação superior no Brasil produzidos pelo MEC/INEP,1 dos quais

extraímos algumas informações e gráficos apresentados adiante.

Ressalte-se que, como afirmado em um dos estudos referidos acima, “O desenvolvimento de uma região está diretamente ligado aos investimentos locais. O incentivo à educação, principalmente superior, leva ao local de implantação um crescimento acelerado [...]”, o que corre mais rapidamente pela necessidade de se adequar à nova realidade, o que resulta em desenvolvimento face ao aumento da demanda de docentes, técnicos e discentes na região. Lado outro, em havendo nesta carência de empreendimentos educacionais de nível superior haverá uma tendência dos egressos do ensino médio migrarem, muitas vezes definitivamente, para locais onde há oferta mais ampla e diversificada, o que leva à perda da oportunidade de

1Cf.: MEC. O plano nacional de educação e a expansão da educação superior. Disponível em:

<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=12082-apresentacao-inep-pdf&Itemid=30192>. Acesso em: 10 jul. 2016; MEC. A democratização e

expansão da educação superior no país 2003-2014. Disponível em:

<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=16762-balanco-social-sesu-2003-2014&Itemid=30192>. Acesso em: 10 jul. 2016.

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10 fixação de profissionais qualificados, e ainda, à dificuldade de qualificação para os estudantes sem condições financeiras de migrar para regiões mais propícias. “Assim, a interiorização da oferta de educação superior é essencial para combater o desequilíbrio no desenvolvimento regional e atingir estudantes sem condições de se deslocar para outras regiões.”

O Mapa do Ensino Superior do Brasil referente ao ano de 2019 revela que a região norte do país é, ainda, a que possui o menor número de matrículas em todo o pais. O documento revela que o estado do Tocantins tem uma população de 1,6 milhão de habitantes e a maior taxa de escolarização líquida da região Norte com 24,2%, que estima o percentual de jovens de 18 a 24 anos matriculados no ensino superior em relação ao total da população nessa mesma faixa etária. O estado é formado por duas mesorregiões (totalizando 139 municípios) que concentram 52,8 mil matrículas presenciais em suas 24 instituições de ensino superior, 0,8% das matrículas totais do país.

O ensino superior no estado do Tocantins obteve nos últimos nove anos um crescimento de 55,6% em relação ao número de matrículas em cursos presenciais. No setor privado, esse aumento foi de 50,9%.

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11 As matrículas nas IES privadas apresentaram acréscimo de 7,7% no período compreendido entre os anos de 2016 e 2017.

Como se percebe, sob a ótica da oferta, há iniciativas inovadoras sob a perspectiva tradicional – historicamente localizada em cursos de bacharelado e na modalidade de ensino presencial – que contribuem para a expansão da educação superior, especialmente diante da necessidade de rápida resposta para a formação de profissionais e da evolução das novas tecnologias. Neste diapasão, novos formatos de cursos têm sido adotados, tais como os cursos na modalidade de ensino a distância e os cursos de menor duração, voltados à formação profissionalizante de nível superior e chamados Tecnológicos.

Ao se observar a trajetória do número de matrículas na educação superior nos últimos anos, fica evidente o destaque do crescimento desses cursos, em especial do curso de Direito que é o primeiro curso presenciais mais procurados pelos estudantes no estado do Tocantins em 2019, com 8 mil matrículas, sendo o curso também o mais procurado em buscas na internet, seguido de enfermagem e medicina.

Como se percebe, sob a ótica da oferta, há iniciativas inovadoras sob a perspectiva tradicional – historicamente localizada em cursos de Bacharelado e na modalidade de ensino presencial – que contribuem para a expansão da educação superior, especialmente diante da necessidade de rápida resposta para a formação de profissionais e da evolução das novas tecnologias. Neste diapasão, novos formatos de cursos têm sido adotados, tais como os cursos na modalidade de ensino a distância e os cursos de menor duração, voltados à formação profissionalizante de nível superior e chamados Tecnológicos.

Ao se observar a trajetória do número de matrículas na educação superior nos últimos anos, fica evidente o destaque do crescimento desse curso.

Araguaína possui diversas instituições de ensino profissionalizante em nível médio, tanto públicas quanto privadas, capacitando e/ou treinando mão de obra especializada em atendimento às demandas dos diversos setores econômicos.

Os dados educacionais do município revelam possuir 37.806 alunos matriculados, sendo na Educação Infantil 5.334, Ensino Fundamental 25.739 e Ensino Médio 6.733 (IBGE, 2018). O índice de analfabetismo é 11,88%. (IBGE, 2014).

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12 Com finalidade de assegurar apoio social aos estudantes, sua inclusão e permanência nas unidades de ensino, sem deixar de lado a qualidade nas condições de aprendizagem, a Secretaria de Educação e Cultura desenvolve ações de infraestrutura e apoio social.

De acordo com o e-MEC/MEC 2020, o Estado do Tocantins tem, atualmente, 16 instituições de ensino que ofertam o curso de Direito. Em Araguaína/TO, o curso vinculado ao UNITPAC, iniciou suas atividades com autorização do Decreto nº 2.419 de 17 de maio de 2005, sendo a primeira Instituição a ofertar o curso na região.

Araguaína é um município com forte influência político ideológica definidor de sua vocação para a agropecuária extensiva e latifundiarista. A partir dos anos 1999 passou a conviver com o chamado boom expansivo do ensino superior. Neste ano foi criado na FAHESA o Curso de Medicina, alavancando a partir daí o crescimento da cidade e da região, com melhora visível das escolas, principalmente de ensino médio, juntamente com o crescimento do comércio e da construção civil. Este processo desdobrou-se e ainda segue com a criação de novos cursos, estratégicos para a formação humana regional atender às demandas de crescimento sociais, como se deu no caso do Curso de Direito.

A oferta do curso por essa instituição de ensino não atenderá somente o município de Araguaína, mas se estenderá por uma vasta região do centro sul do Estado e vencendo fronteiras estaduais, é um ponto de referência de interesses e, sobretudo, de respostas às populações desta área amazônica marcada pelos rios Tocantins e Araguaia. Atualmente o curso conta com acadêmicos de diversas cidades do estado do Tocantins e dos Estados do Pará e Maranhão.

Araguaína é um município com forte influência político ideológica definidor de sua vocação para a agropecuária extensiva e latifundiarista. A partir dos anos 1999 passou a conviver com o chamado boom expansivo do ensino superior. Neste ano foi criado no UNITPAC o Curso de Medicina, alavancando a partir daí o crescimento da cidade e da região, com melhora visível das escolas, principalmente de ensino médio, juntamente com o crescimento do comércio e da construção civil. Este processo desdobrou-se e ainda segue com a criação de novos cursos, estratégicos para a formação humana regional atender às demandas de crescimento sociais.

Sua rede de influência se estende a todo o Tocantins, inclusive como polo de Educação Superior, sendo Araguaína considerada uma “Capital Regional”, atingindo

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13 direta ou indiretamente, ainda segundo o referido estudo do IBGE, aos Municípios tocantinenses de Aguiarnópolis, Ananás, Angico, Aragominas, Araguanã, Araguatins, Arapoema, Augustinópolis, Axixá do Tocantins, Babaçulândia, Bandeirantes do Tocantins, Barra do Ouro, Bernardo Sayão, Brasilândia do Tocantins, Buriti do Tocantins, Cachoeirinha, Campos Lindos, Carrasco Bonito, Centenário, Colinas do Tocantins, Colméia, Couto de Magalhães, Darcinópolis, Esperantina, Filadélfia, Goianorte, Goiatins, Itacajá, Itaguatins, Itapiratins, Itaporã do Tocantins, Juarina, Luzinópolis, Maurilândia do Tocantins, Muricilândia, Nazaré, Nova Olinda, Palmeira do Tocantins, Palmeirantes, Pau d’Arco, Pedro Afonso, Pequizeiro, Piraquê, Praia Norte, Presidente Kennedy, Recursolândia, Riachinho, Sampaio, Santa Fé do Araguaia, Santa Maria do Tocantins, Santa Terezinha do Tocantins, São Bento do Tocantins, São Miguel do Tocantins, São Sebastião do Tocantins, São Valério, Sítio Novo do Tocantins, Tocantinópolis, Tupiratins, Wanderlândia e Xambioá, dentre outros, cuja população total, somada também a de Araguaína, atingiriam hoje cerca de 618.000 habitantes (população estimada para início de 2018).

O mesmo ocorre em porção dos Estados do MA e do PA, considerando-se sua posição geográfica e sua importância regional, sua relevância avulta para o primeiro, em relação aos Municípios de Campestre do Maranhão, Carolina, Davinópolis, Formosa da Serra Negra, Governador Edison Lobão, Grajaú, João Lisboa, Lajeado

Novo, Montes Altos, Porto Franco, São João do

Paraíso, Sítio Novo e Tasso Fragoso, dentre outros,

os quais reunidos estima- se em 2018 uma população

aproximada de 259.000 (duzentos e cinquenta e nove)

habitantes, e no Estado do PA, para Brejo Grande do Araguaia, Piçarra, São Félix do Xingu e São Geraldo

do Araguaia, dentre outros, algo em torno de

170.000 (cento e setenta mil) habitantes (Figura 1). 2

FIGURA 1 – Região de Influência das cidades.

2 IBGE. Estimativas da população em 2018. Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/estatisticas-novoportal/sociais/populacao/9103-estimativas-de-populacao.html?edicao=22367&t=resultados>. Acesso em: 04 mar. 2019.

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14 Face ao exposto, ressaltamos que a formação do Bacharel em Direito representa uma das ações estratégicas na melhoria da qualidade da assistência prestada à população, visto que boa parte dos profissionais atuantes no mercado de trabalho não contam com uma formação superior, trabalhando por muitas vezes sem certificação, devido a esses fatos considera-se a necessidade e a relevância social deste curso, visando propiciar formação ou aprimoramento de profissionais com potencial para acompanhar os avanços científicos e tecnológicos da região, do país e do mundo.

A partir do descrito, não há como negar a relevância do curso tanto para atender ao mercado de trabalho, quanto para oferecer uma oportunidade para o profissional que atua ou gostaria de atuar na área para apresentar um bom desempenho no mercado. Assim, em consonância com a realidade atual, o UNITPAC vem reafirmar seu compromisso de manter a oferta do curso, sintonizado com as mais modernas propostas curriculares, e também com uma metodologia que permite o estabelecimento de mobilidade acadêmica, tanto de dentro da própria IES, quanto para outras Instituições conveniadas.

Depreende-se de tudo quanto foi visto que a importância e a significação concretas de Araguaína e UNITPAC se estendem para além dos limites municipais e estaduais, atingindo extensa área geográfica, tal como conclui o estudo Regiões de Influência das Cidades, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O UNITPAC foi uma das primeiras instituições a contribuir para a redução do déficit da educação superior na região, e, concomitantemente, para o seu crescimento

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15 socioeconômico, fato que é público e notório, reconhecido unanimemente pela sociedade civil e pelo Estado. Assim, com inegável sucesso, cumprem-se mais do que metas empresariais, posto que, sem demagogia alguma, realiza-se a missão institucional inscrita já no PDI e efetivamente assumida, constante em essencialmente, contribuir efetivamente para a promoção do desenvolvimento do país, e, em particular, da região Norte e do Estado do Tocantins.

Cumpre, portanto, ressaltar: que não se olvide a realidade da região onde se situa o Município de Araguaína, e, tampouco, a de sua população, sob pena de se perpetrar a violência jurídica e ética de tratar igualmente desiguais, em posicionamento de total anacronismo sob todas as perspectivas contemporâneas que visem a realização dos ideais democráticos e de cidadania, bem como o respeito a diversidade e a diferença. Não existem sociedades homogêneas como as que eram imaginadas em passado não tão remoto. Não é por outra razão que um dos objetivos traçados pelo PNE 2014-2024 para a Educação Superior, por meio da Lei Federal nº 13.005/2014 é, conforme está previsto em seu Art. 2º, III, a “superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação [...]”, estando estabelecido na Meta 14, item 14.14 o seguinte:

14.14 estimular a pesquisa científica e de inovação e promover a formação de recursos humanos que valorize a diversidade regional e a biodiversidade da região amazônica e do cerrado, bem como a gestão de recursos hídricos no semiárido para mitigação dos efeitos da seca e geração de emprego e renda na região;

A vocação da cidade de Araguaína recebeu o contributo desta Instituição de Ensino Superior que passou a qualificar profissionais da própria região, e para a região, com sensibilidade para a compreensão dos problemas da comunidade local e regional e qualificados para um atendimento ético, humanístico e com resolutividade.

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16 Viu-se que Araguaína é um polo regional pujante, que se destaca nos quesitos comercial, educacional, saúde e serviços, requerendo grande atenção por parte do Estado e da sociedade, especialmente no que se refere aos subsídios para seu desenvolvimento sustentável. Por exemplo, a taxa de analfabetismo é de 11,88%, sendo que a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade aparece com 12,9%. No Brasil a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade está em 8,5%.

Considerados o contexto e os fatos referentes descritos neste documento, é possível concluir facilmente que a região abrangida por Araguaína está em franca expansão populacional e socioeconômica, de modo que existe inequívoca necessidade social do oferecimento deste Curso de Direito caso se deseje assegurar a cidadania e o desenvolvimento regional em todas as suas dimensões. Neste sentido, razão assiste às considerações de Mauro Barroso Andrés3:

Dentre os desenvolvimentos teóricos que se acercam da cidadania, apresenta capital interesse aquele realizado por Thomas Humphrey Marshall, para quem ela é “[...] um status concedido aqueles que são membros integrais de uma comunidade [...]” (1967, p. 76). T. H. Marshall chega a tal conclusão depois de analisar criticamente o pensamento de Alfred Marshall, que tem o conteúdo da cidadania como restrito a “igualdade humana básica de participação” a ser obtida através do Estado quando este garante efetivamente, como um único e fundamental dever seu, um único direito incontestável dos indivíduos: sua educação (1967, p. 62).

Para Alfred Marshall, apenas a partir da educação seria possível a igualdade de participação, vez que a capacidade de escolha consciente e livre apenas se dá quando as pessoas se encontram adequadamente preparadas para tanto, vez que, conforme T. H. Marshall apud Andrés, “[...] A livre escolha preside os demais [passos] tão logo a capacidade de escolher seja criada”.4

Ora, a qualificação permanente dos recursos humanos, advinda da educação, é sabidamente fator essencial ao desenvolvimento da cidadania, da qualidade de vida

3 Cf. ANDRÉS, Mauro Barroso. Democracia e cidadania na sociedade contemporânea: o papel da Constituição e das instituições. 2005. 161 f. Dissertação (Mestrado em Direito) – Universidade Gama Filho, Rio de Janeiro, 2005. p. 42-43. Cf., para a citação de Thomas Humphrey Marshall, MARSHALL, Thomas Humphrey. Cidadania, classe social e status. Trad. Meton Porto Gadelha. Rio de Janeiro: Zahar, 1967.

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17 e da economia de qualquer região, e não será meta que se alcance concretamente, para além dos discursos vazios como sói ocorrer, sem que se desenvolva um polo gerador e difusor de conhecimento técnico-científico situado em ponto estratégico, condição e posição já ocupada por Araguaína nesta região específica que, como qualquer outra no mundo, está imersa em um oceano de informações, mas isto não basta, posto que é preciso saber trabalhar com elas.

Sendo assim, se o que se pretende é a afirmação histórica da democracia e da cidadania em nosso país, não se pode negar a população desta região a possibilidade de se insurgir contra um aspecto perverso da atualidade, para o qual nos alerta Manuel Castells, a defasagem “[...] entre a capacidade cultural das pessoas e a riqueza de informação [...]”,5 indicando ser necessário um sistema educativo capaz de

proporcionar tal habilidade,6 no qual se insere, obviamente, a Educação Superior,

especialmente na área jurídica, atentos que estamos ou deveríamos estar, aos movimentos sociais.

Seguindo na esteira do pensamento de Andrés, podemos afirmar que a cidadania reflete o processo de juridicização7 das relações sociais, as quais, sendo

travadas em um ambiente marcado pela informação, pluralismo de interesses e opções possíveis, implicam realização de escolhas-decisões em que a ambivalência lhe é inerente, o que leva a conflitos que necessitam ser resolvidos de maneira pacífica e ordenada, culminando naturalmente com o fenômeno da judicialização8, por um

5 Cf. CASTELLS, Manuel. A revolução de um mundo ligado. Folha de S. Paulo, São Paulo, 23 maio 1999. Caderno “Mais!”, p. 9.

6 CARDOSO JÚNIOR, Nerione. Crítica política aideia de democracia digital. Revista de Informação Legislativa, Brasília - SF, ano 39, n. 156, p. 129-145, out./dez. 2002. p. 141.

7 O termo “juridicização” “[...] é melhor empregado quando se refere, precipuamente, ao adensamento do sistema jurídico positivo, implicando isto expansão de sua abrangência a regiões que antes pertenciam, por exemplo, ao campo da ética. Pode-se ilustrar isto com o fato de constar em nossa Constituição, como princípio basilar e objetivo primeiro da República, “[...] construir uma sociedade livre, justa e solidária [...]” (CRFB/1988, art. 3.º, I). No tocante a este aspecto, vale consultar GARAPON, Antoine. O juiz e a democracia: o guardião das promessas. Trad. Maria Luíza de Carvalho. Rio de Janeiro: Revan, 1999. [Título original: Le gardiendespromesses] e ZAGREBELSKY, Gustavo. El derecho dúctil: ley, derechos, justicia. Trad. Marina Gascón. Madrid, ES: Trotta, 1995. p. 38.”(ANDRÉS, 2005, p. 62).

8 Segundo Andrés, pode-se afirmar que o vocábulo “judicialização” “[...] se refere mais a necessidade premente que a sociedade encontra de, para ver realizados no plano subjetivo os direitos objetivamente previstos, ter de recorrer ao Poder Judiciário. Este, com a expansão de seu âmbito de atuação em função da juridicização, passou a ter aumentada sua capacidade de influenciar nos destinos do Estado e da Sociedade, levando a uma politização do Judiciário e uma judicialização da política, conforme prelecionam C. Neal Tate e TorbjörnVallinder na obra The global expansionof

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18 lado, vez que o Estado assumiu historicamente o controle da distribuição da justiça, e da desjudicialização9por outro, em razão de o Estado não ser capaz de realizar

adequadamente tal tarefa. Ironicamente, isto ilustra bem a magnitude dos conflitos existentes no meio social, os quais, em qualquer caso, necessitam de profissionais do Direito para serem solucionados pacificamente.

Ressalte-se ainda que, como já afirmado, o UNITPAC e seus Cursos Superiores valorizam sobremaneira a iniciação científica, contribuindo assim para o fortalecimento de cultura científica na região, em referência a isto, ainda incipiente. Concomitantemente, incentiva e capacita os estudantes a serem sujeitos “mais” autônomos na produção e aplicação do conhecimento quando do exercício das inúmeras carreiras jurídicas que se lhes abrirá as portas quando egressos.

No que toca especificamente ao Curso de Direito, há o Núcleo de Iniciação Científica e de Extensão (NICE), órgão destinado a fomentar e valorizar o trabalho intelectual dos estudantes e docentes (pesquisa) em qualquer momento do Curso, bem como, em conjunto com o Núcleo de Prática Jurídica (NPJ), auxiliar a colocação do conhecimento produzido intramuros em contato direto e útil com a sociedade (extensão), dando-lhe o retorno esperado e necessário.

Caracteriza-se o Curso ainda por ser marcado por sua preocupação em formar estudantes cidadãos, com forte base ética, e, além disso, dotados de compreensão mais profunda dos fatos da vida real, tendo em vista a tônica conferida as atividades

9Cf. SIFUENTES, Mônica. Conflitos familiares: judicialização dos conflitos familiares. Cidadania e Justiça: Revista da Associação dos Magistrados Brasileiros, Rio de Janeiro, ano 7, n. 13, p. 153-155, 1. sem. 2004. Conforme Andrés, Sifuentes observa que: “Se a experiência dos outros vale como exemplo, Portugal tem adotado caminho diferente: partiu para a desjudicialização. Medidas relativas a menores ou relações familiares, tais como atribuição de alimentos a filhos maiores, a autorização para utilização ou proibição do uso do sobrenome do cônjuge divorciado, a conversão da separação em divórcio, quando não houver litígio, a reconciliação de cônjuges separados, entre outras,foram transferidas para o Ministério Público ou o próprio Cartório de Registro Civil (Decretos-Leis n.º 272 e nº 273, de 13 de outubro de 2001). É o retorno ao Estado-Administrador das questões que efetivamente não possuíam natureza jurisdicional e foram por isso denominadas de ‘jurisdição voluntária’. O Judiciário português se despe dessas atribuições, para se concentrar naquilo que originariamente lhe cabe: a solução dos conflitos. (p. 154)”, caminho que de resto seguiu o Brasil. Andrés ainda anota a expansão da arbitragem como forma de resolução de conflitos mais dinâmica e técnica, tanto no plano das relações que tenham um elemento internacional quanto no plano interno, como atesta o surgimento de inúmeros “tribunais arbitrais” sob o influxo da Lei federal 9.307/1996, referindo-se a título de ilustração a fala de RECHSTEINER, Beat Walter. Direito Internacional

Privado: teoria e prática. 6. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2003, p. 29: “Quase noventa por

cento de todos os contratos internacionais referentes a transações comerciais contêm uma cláusula arbitral [...]” (2005, p. 62).

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19 de ensino quanto a interdisciplinaridade, transversalidade e, quando possível, transdisciplinaridade.

Desta forma, busca amalgamar o ensino, a pesquisa e a extensão no cadinho da vida acadêmica, aliando teoria e prática a fim de ir além dos belos discursos, e que, ao se desenvolver em um ambiente inquestionavelmente incipiente no campo educacional, demanda fortemente profissionais adaptados aos desafios gerados pela conjuntura e contexto atuais, a fim de atender ao que realmente precisa não só o Norte, mas todo o Brasil.

Além disso, a região apresenta forte estruturação institucional ligada ao campo jurídico. Voltando os olhos para os setores sócio-institucionais de especial interesse para o Curso de Direito, é preciso lembrar que a Comarca de Araguaína é classificada pelo Poder Judiciário estadual como Comarca de 3º entrância, atendendo aos Municípios de Aragominas, Araguanã, Carmolândia, Muricilândia, Nova Olinda e Santa Fé do Araguaia, sediando o Município uma das 13 (treze) Subseções da OAB/TO. A Seccional do Tocantins tem atualmente inscritos em seus quadros cerca de 4.826 advogados em suas Subseções.10 Em Araguaína, uma das maiores cidades

e comarcas do Estado, estão instalados inúmeros órgãos públicos pertencentes a Justiça Estadual, Federal e especializada, bem como a Polícia Civil, Polícia Federal, Defensoria Pública e cartórios, dentre muitos outros.

Tal é o esboço do complexo institucional que, somado ao formado pelo próprio UNITPAC e outras empresas privadas, necessita de pessoas com graduação em Direito para formar seus quadros, e, ao mesmo tempo, se encontra apto a absorver estagiários deste Curso, isto sem que sejam relacionados os demais órgãos públicos municipais, estaduais e federais, e escritórios de advocacia nas condições previstas pela OAB para tanto, devidamente registrados na OAB/TO, na Subseção de Araguaína e em outras próximas, de onde acorrem estudantes.

O UNITPAC pretende, portanto, que o Curso de Bacharelado em Direito contribua para o robustecimento da qualidade de vida da população regional, vez que

10Informações obtidas junto ao Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil e junto a Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil do Estado do Tocantins. Cf.: ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. Quadro de advogados regulares e cadastrados. Conselho Federal. Disponível em: <http://www.oab.org.br/relatorioAdvOAB.asp>. Acesso em: 20 maio 2016; ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. Subseções. Seccional do Estado do Tocantins. Disponível em: <http://www.oabto.org.br/institucional/subsecoes/>. Acesso em: 20 abr. 2011.

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20 se mostra investimento estratégico para que possa continuar seguindo sua atual trajetória, de franco e firme desenvolvimento.11

Em síntese, o UNITPAC entende justificar-se a existência e manutenção de seu Curso de Direito com base nos seguintes argumentos e considerações:

a) O UNITPAC possui um conjunto de excelentes conceitos atribuídos pelo INEP/MEC, advindos das avaliações externas e do ENADE, como CI 4 e IGC 3;

b) O PNE 2014-2024 preconiza ampliação significativa do quantitativo de matrículas nos cursos superiores até 2020, isto é, 30% (taxa líquida) e 50% (taxa bruta) a mais de alunos nos próximos 10 anos;

c) a ampliação da participação da área de conhecimento na vida acadêmica da Região Norte, auxiliando na promoção da cidadania e difusão de conhecimento;

d) o PPC atende a todos os requisitos legais e apresenta proposta inovadora para formação acadêmica, privilegiando as características da região sem deixar de considerar os postulados desta área de saber;

e) o número de vagas ofertadas está de acordo com a dimensão e qualificação dos docentes e técnicos administrativos, com a proposta pedagógica do referido curso, com as necessidades sociais e com as instalações da IES; f) a necessidade de formação de recursos humanos na área que leve em conta

o contexto socioeconômico, cultural e político da região norte, do Tocantins e do País e, a situação da população, promovendo aprendizagem, efetivamente, significativa para a contribuição com a transformação das condições de vida da população de Araguaína e do Tocantins;

g) a perspectiva de fixação do egresso à região educacional, ampliando a concentração de profissionais e serviços e possibilitando o preenchimento dos postos interiorizados de trabalho no campo jurídico;

11 Não sem razão, há praticamente uma década atrás, o Plano Nacional de Educação então vigente já preconizava que “As IES têm muito a fazer, no conjunto dos esforços nacionais, para colocar o País a altura das exigências e desafios do Séc. XXI, encontrando a solução para os problemas atuais, em todos os campos da vida e da atividade humana e abrindo um horizonte para um futuro melhor para a sociedade brasileira, reduzindo as

desigualdades.”. Cf. Plano Nacional de Educação, disponível em:

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21 h) apresenta NDE responsável pelo PPC composto por docentes com dedicação preferencial ao Curso, atendendo plenamente, às Diretrizes Curriculares Nacionais, baseando-se em perspectiva pedagógica e didática que privilegia a transversalidade das temáticas, a interdisciplinaridade, a multidisciplinaridade e a transdisciplinaridade, permitindo a integração e a complementação entre os diversos conteúdos, contemplando, portanto, a formação humanística, ética, técnica e científica dos estudantes;

i) o PPC que informa o Curso possibilita a inserção do corpo discente em atividades de monitoria, extensão e de iniciação científica, contando os discentes com núcleos de apoio que abrangem tanto a parte didática por sua perspectiva, quanto psicopedagógica;

j) há o desenvolvimento contínuo de processos de autoavaliação, conforme preconizado pela Lei Nº 10.861/2004, que dispõe sobre o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES);

k) o UNITPAC conta com as instalações necessárias e qualificadas para o Curso, incluindo Núcleo de Prática Jurídica (onde estudantes são assistidos por preceptores capacitados e coordenados diretamente pelo Curso de Direito, atendendo às demandas judiciais emergentes), Núcleo de Iniciação Científica e de Extensão, Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), Laboratórios de Informática, Biblioteca, convênios institucionais etc., essencialmente no Município de Araguaína, bem como com instituições de ensino superior estrangeiras, onde este Curso é oferecido;

l) o UNITPAC oferta cursos de pós-graduação na área de Direito e em áreas afins, visando contribuir e incentivar a formação continuada de seus egressos. Repise-se: a análise das condições objetivas do contexto e da conjuntura em se insere o Curso de Direito em tela permite verificar que, para além do desejável, seu oferecimento e manutenção são objetivamente necessários caso se pretenda realmente e sob todos os aspectos, alavancar o desenvolvimento regional e a qualidade de vida da população, especialmente no que se refere ao campo da cidadania e da afirmação democrática que, aliás, são temáticas arroladas em programas de pesquisa que integram este PPC. Longe está, portanto, de se configurar como um “excesso de oferta”,

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22 especialmente se consideradas as metas do PNE 2014-2024, restando adequados seu formato e dimensões.

4. OBJETIVOS DO CURSO

Na qualidade de um curso autônomo, este contribui com a sociedade promovendo a formação de profissionais, com condições de atuar de maneira individual ou em equipes multiprofissionais. No âmbito de seu papel social, o curso pode pôr a sua autonomia a serviço do debate das grandes questões éticas e científicas com as quais se confrontará. Pode, além disso, ser instrumento de reforma e de renovação de educação, concedendo mais espaço à formação científica e tecnológica para corresponder a procura de especialistas que estejam a par das tecnologias mais recentes. O curso foi construído a partir da necessidade detectada, com base na realidade socioeconômica locorregional de se formar profissionais voltados para o mercado de trabalho, desenvolvendo uma visão multidisciplinar, mas sem perder de vista as peculiaridades das questões locais.

A estrutura curricular dispõe de uma relação com várias áreas do conhecimento, conduzindo o aluno ao aprofundamento do saber, permitindo uma vivência prática, bem como o engajamento nas atividades, tendo como referencial os princípios da interdisciplinaridade e flexibilidade.

Foi tomado o cuidado para que haja o sequenciamento lógico das disciplinas, objetivando preparar o acadêmico para atuar na área do curso. Ressalta-se que este sequenciamento possibilita a formação paulatina e continuada do profissional desejado pelo curso. Todas as etapas de formação visam fornecer ao profissional uma bagagem com todas as habilidades e conhecimentos que o tornarão aptos a atender os objetivos delineados quando da concepção do curso.

Os objetivos traçados definem os resultados esperados no final do tempo previsto para a conclusão do curso. O objetivo geral esclarece e determina de modo amplo a contribuição do Curso para a formação do aluno. Os objetivos específicos caracterizam o desdobramento do objetivo geral, redigidos de modo mais concreto e alcançáveis em menor tempo.

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23 Com a finalidade de atender aos anseios atuais e potenciais do Estado, no que tange aos aspectos econômicos, sociais, políticos, culturais e mercadológicos, o UNITPAC de Araguaína estruturou um curso capaz de atender aos objetivos, a seguir caracterizados.

Objetivo geral:

O objetivo geral deste curso pode ser descrito como: habilitar efetivamente seus estudantes-egressos ao pleno, ético e eficaz exercício profissional, social e técnico-científico do Direito, de modo que seus estudantes se desenvolvam pessoalmente e possam contribuir para o desenvolvimento social e regional.

Pretende-se que os estudantes-egressos contribuam para o desenvolvimento da Ciência Jurídica e de suas comunidades através de seu labor competente e adequado, qualquer que seja a carreira que venham a seguir, face ao aprendizado que deverão obter de “aprender a aprender”, fundado este na sua capacitação para a produção de conhecimentos marcada pela autonomia e por posicionamento ético, crítico, proativo e compreensivo da realidade.

Objetivos específicos:

Já os objetivos específicos do Curso de Direito, sob a perspectiva desta IES, podem ser referidos a partir dos ângulos próprios do ensino, da pesquisa e da extensão, bem como do perfil pretendido para os egressos do Curso.

Então, quanto ao ensino podem ser elencados os seguintes compromissos institucionais, dentre outros provenientes de seus desdobramentos:

a) analisar o contexto social e econômico identificando as necessidades locais, sem perder de vista que estas estão insertas na região, no país e no plano internacional, articulando tais conhecimentos a fim de promover estudos jurídicos constantemente atualizados e voltados para a prática;

b) promover ensino superior não dissociado da postura crítico-especulativo e criativa a ser buscada e incentivada no estudante, de modo que este venha a produzir conhecimento no plano subjetivo, e não apenas armazená-lo;

c) promover a formação humanística do estudante, criando condições suficientes para que, no exercício de suas funções profissionais, saiba reconhecer sua

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24 relevância social, a fim de que sua atuação seja compromissada para com a sociedade;

d) fortalecer o papel do professor enquanto orientador e criador de práticas pedagógicas inovadoras e envolventes, notadamente com uso das metodologias ativas e interacionais;

e) adequar, em caráter permanente, a estrutura curricular deste curso, de modo a deixá-la sempre em consonância com as diretrizes nacionais e com a realidade social, e, por consequência, estudar os fenômenos sociais de massa e sua repercussão no ambiente sócio-político, a fim de que o Direito seja aplicado visando a efetiva realidade social;

f) manter canais de comunicação abertos com os estudantes, especialmente através de órgãos de representação estudantil (Diretório Central de Estudantes, Diretório Acadêmico do Curso, Colegiado e Ligas Acadêmicas, dentre outros) e fornecer condições adequadas de realização do ensino-aprendizagem sob todos os aspectos, da estrutura física ao Corpo Docente qualificado profissional e eticamente, passando por apoio psicopedagógico, atividades de nivelamento no que se refere a conhecimentos fundamentais para os ingressantes no Curso, monitorias visando reforçar e sedimentar aprendizado etc.;

g) promover o diálogo entre os diferentes campos do saber, não somente indo do teórico ao prático no âmbito do Direito, mas também correlacionando tais conhecimentos com os fenômenos humanos e sociais para além do jurídico, alcançando aspectos antropológicos, sociológicos, biológicos, econômicos, éticos (com diálogo constante com o CEP)etc.;

h) fornecer ao estudante ferramental teórico e prático suficiente para o desenvolvimento de suas habilidades e competências em geral, especialmente no que se refere ao raciocínio lógico-jurídico e, consequentemente, à leitura, compreensão e interpretação de textos de cunho jurídico, bem como ao domínio e manejo do vocabulário jurídico técnico-científico e também para a produção de textos e documentos jurídicos.

Já quanto à pesquisa, os compromissos institucionais podem ser enumerados, dentre outros, como os seguintes:

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25 a) promover a compreensão e a valorização da pesquisa por estudantes e professores, de modo que as atividades desta natureza sejam percebidas como essenciais ao desenvolvimento dos conhecimentos técnico-científicos utilizados cotidianamente no labor jurídico sob qualquer perspectiva, bem como a sua aplicação criativa e inovadora;

b) aprimorar as ações do Núcleo de Iniciação Científica e de Extensão (NICE) do Curso de Direito, órgão institucional destinado a permanentemente promover e operacionalizar a produção de trabalhos técnico-científicos, pesquisas e atividades de extensão, bem como colaborar com as atividades monitoria que se desenvolvem segundo Regulamento Institucional próprio, dentre outras, afetando-se recursos materiais e humanos a estas finalidades específicas, bem como fornecimento de suporte logístico e orientação constantes;12

c) incentivar a adoção de postura crítico-especulativa desde o início do curso, de modo que estudantes e professores possam desenvolver e sedimentar uma cultura de investigação planejada, reflexão e crítica;

d) levar os estudantes a percorrerem os caminhos da produção técnico-científica não só pela inclusão do TCC como componente curricular obrigatório, como também através do incentivo a realização de revisões bibliográficas amplas, envolvendo textos doutrinários, jurisprudência, legislação, bem como produção de artigos técnico-científicos, resenhas e recensões, participação em eventos (ativa e passivamente) etc.;

e) estimular a produção e a publicação, através de revista institucional e outros veículos especializados, de trabalhos acadêmicos de qualidade, especialmente os produzidos por estudantes e professores;

f) criar a curto prazo publicação científica própria, para divulgação da produção técnico-científica e cultural qualificada, não só de seus Corpos Docente e Discente, mas da sociedade em geral, na forma de regulamentação a ser criada;

12 O NICE deve atuar juntamente com o NPJ, de modo que o primeiro venha a realizar pesquisas contínuas a partir do universo de pesquisa formado pelo estrato social atendido pelo último, permitindo-se compreender suas necessidades e carências, a fim de elaborar projetos de extensão e estratégias de ação eficazes, bem como melhorar a eficiência do NPJ sob tal perspectiva, sempre com o acompanhamento da CoPPEx e do CEP, quando necessário.

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26 g) levar estudantes e professores a dominarem e a utilizarem as metodologias ativas de ensino-aprendizagem e tecnologias disponíveis, poderosos ferramentais para o desenvolvimento do raciocínio e do labor em pesquisa que são.

No que se refere à extensão, vale lembrar que é sob sua perspectiva que a união entre teoria e prática assume relevo especial, posto que se trata de adentrar à realidade em toda a sua complexidade e retribuir à sociedade mesma sua confiança na IES, tudo isso em um ambiente assistido por profissionais aptos a orientar os estudantes nos primeiros momentos em que estes se deparam com dificuldades concretas. Sob este aspecto, podem ser relacionados os seguintes objetivos específicos basilares:

a) possibilitar a aplicação prática dos conhecimentos desenvolvidos nos planos teórico e prático-simulado, especialmente via Núcleo de Prática Jurídica (NPJ), orientadas por estudos éticos, deontológicos e humanísticos, a fim de que a produção de conhecimento e todos os seus consectários possam chegar mais rápida e facilmente a sociedade a qual pretende servir esta IES;13

b) preparar o estudante para trabalhar em equipe ou individualmente, sempre atuando de maneira planejada e eficiente, integrando conhecimentos teóricos ao ambiente em que devem se realizar e as exigências da prática neste ambiente;

c) desenvolver os projetos de extensão gestados no âmbito do NICE, já descrito no tópico referente à pesquisa, bem como no do Núcleo de Prática Jurídica

13 Considera-se de suma relevância, neste mister, que sejam conhecidas e obedecidas pelos estudantes a Lei Federal no 8.906/1994, Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil, Código de Ética e Disciplina da OAB, Regulamento Geral da OAB e Provimentos do Conselho Federal da OAB, bem como de resoluções da Seccional da OAB do Estado do Tocantins (OAB/TO), tendo em vista o seu labor. Contudo, ensina-se ao estudante os conhecimentos fundamentais necessários a compreensão da importância do agir ético nas profissões jurídicas em geral, especialmente sob uma perspectiva deontológica, desde os primeiros períodos do Curso. Contudo, tais estudos serão aprofundados na Disciplina Ética e Deontologia Jurídica), concomitante com a Disciplina Estágio Curricular Supervisionado II, ocasião em que a primeira turma deste Curso iniciará suas práticas reais e razão suficiente para reforçar o estudo de seus conteúdos, dada a importância de sua compreensão e apreensão pelos estudantes, tanto para si mesmos, que se encontram sob o peso da responsabilidade de seus atos ao potencialmente se inscreverem na OAB, quanto para a sociedade a que servirão. Importante lembrar que os estudos de ética e deontologia são continuamente repisados e complementados ao longo de todas as disciplinas do Curso, e, especialmente, em Estágio Curricular Supervisionado III e IV, de modo a permitir formação consistente do estudante sob este aspecto, interligando-se sempre conhecimentos teóricos e prática, humanísticos e técnico-científicos.

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27 (NPJ), destinado este a oferecer aos estudantes a possibilidade de realizarem práticas simuladas e práticas reais, levando à sociedade o fruto das atividades educacionais do Curso de Direito, de modo que, a um só tempo, contribui-se para a satisfação das necessidades sociais e melhor se conhece a sociedade, permitindo dimensionar-se a importância do papel dos profissionais do Direito na comunidade;

d) possibilitar ao estudante o exercício prático da reflexão crítica, do raciocínio lógico-jurídico, da argumentação, da persuasão, do julgamento e da tomada de decisões.

5. FORMA DE INGRESSO

Atualmente existem distintas formas de ingresso no UNITPAC no Curso de Direito:

1. Vestibular: processo seletivo que permite ao candidato, com o ensino médio completo, aprovado e classificado em concurso específico, o ingresso no curso em questão;

2. Transferência externa ou interna: transferência externa poderá ser solicitada quando o aluno é oriundo de outra instituição de ensino superior autorizada ou reconhecida e deseja, transferir para o mesmo curso, ou pode ser solicitada transferência interna quando o aluno é oriundo de um curso de área afim, ou ainda de outra área, com o mínimo de duas disciplinas iguais ou equivalentes, obedecendo ao número de vagas fixadas em edital específico, feitas as necessárias adaptações curriculares, e em cada caso, de acordo com as normais institucionais e legais vigentes e o disposto no Regimento Interno da IES. As transferências ex-officio dar-se-ão na forma da lei. O requerimento da matrícula por transferência é instruído com a documentação constante no Regimento Interno do UNITPAC.

3. Portador de diploma de nível superior: graduado em curso de área afim, ou ainda de outra área, com o mínimo de duas disciplinas iguais ou equivalentes, obedecendo edital específico para vagas remanescentes.

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28 4. ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio: a classificação ocorrerá pela nota deste, a qual consta no boletim de desempenho do ENEM fornecido pelo INEP, assim o estudante não é submetido a provas, nesta modalidade.

5. PROUNI: candidatos pré-selecionados pelo Governo Federal, submetidos a um processo seletivo próprio.

6. FIES: candidatos pré-selecionados pelo Governo Federal, submetidos a um processo seletivo próprio.

6. MATRICULA

A matrícula nos cursos de graduação é feita em regime de créditos.

O requerimento da matrícula deve ser dirigido ao Diretor Geral da IES, sendo a matrícula inicial instruída com os seguintes documentos:

 prova de conclusão do ensino médio ou de estudos equivalentes;

 prova de estar o requerente em dia com as suas obrigações eleitorais e com o Serviço Militar, se for do sexo masculino (apresentar);

 carteira de identidade (apresentar);

 CPF;

 certidão de nascimento ou casamento (apresentar);

 prova de pagamento da primeira parcela da semestralidade; e

 2 (duas) fotografias, (3x4), recentes, de frente.

Os critérios e os procedimentos de matrícula são estabelecidos pelo Regimento Interno da IES, obedecendo ao cronograma estabelecido no Calendário Acadêmico aprovado pelo Conselho Superior.

A matrícula no curso é efetivada por disciplina, de acordo com a matriz curricular vigente, atendendo-se à compatibilidade de horários e o limite máximo de 40 horas semanais.

O aluno deve matricular-se, no mínimo, em vinte créditos por período letivo regular, salvo casos especiais, a juízo do Coordenador de Curso, observadas as normas do ConEPE.

Para efetivar a matrícula, o aluno deverá comprovar a regularidade da sua situação em todos os departamentos da IES.

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29 As turmas que não alcançarem o quórum mínimo, os alunos serão automaticamente dissolvidos com a consequente devolução de valores pagos, na hipótese de não ser possível a inserção em outras turmas.

7. PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO

O UNITPAC privilegia a formação pautada em realidade científica e profissional, capacitando-o a desenvolver ações de ordem educativa, promocional, preventiva, assistencial e administrativa permitindo a atuação crítica, reflexiva e criativa na resolução de problemas, considerando os aspectos econômicos, sociais e ambientais, contemplando visão ética e humanista no atendimento às demandas da sociedade.

Os egressos deverão levar consigo o saber que conquistaram ao longo do Curso ao “aprenderem a aprender” e que tem suas raízes na adoção de posicionamento ético, humanista, crítico-especulativo e reflexivo, que desemboca na produção proativa e autônoma de conhecimentos. Vale lembrar que a construção de tal perfil tem seu início já nos primeiros tempos em que, como estudantes deste Curso, se envolvem com as atividades de ensino, orientadas pelas metodologias ativas, e irão se consolidando ao longo do tempo com o exercício da pesquisa, da extensão e com a participação em Atividades Complementares (AC).

Portanto, aos egressos deseja-se deixar além de sólida formação ética e humanística, ferramental técnico-científico que lhes possibilite lograr êxito ao se lançarem em estudos autônomos ou desenvolvidos na seara da educação continuada, vez que sua inegável formação holística lhes permitirá organizar, aplicar e produzir conhecimentos a semelhança de quem tece, dia a dia, uma rede tridimensional composta de fios de saberes científicos, éticos e técnicos, que se entrelaçam e se interligam uns aos outros, em múltiplas direções, formando um todo, tal qual é a realidade humana e social, o tecido do mundo da vida.

Como afirma Andrés14:

Se por um lado perseguimos a cientificidade15 [e desejamos egressos aptos a tanto], por outro não podemos ignorar o mundo da vida sobre o qual se

142005, p. 14.

15 Cf. ECO, Umberto. Como se faz uma tese. Trad. porLucrecia D’Aléssio Ferrara. 2. ed.. São Paulo, SP: Perspectiva, 1985. p. 21-25. Trata-se de característica que se apóia na especialização para mais

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debruçam os estudiosos e que, de algum modo, pretendemos todos compreender e modificar, como bem ilustra Ulrich Beck: “[...] a tarefa dos intelectuais é desenvolver conceitos com a ajuda dos quais seja possível redefinir e reorganizar a sociedade e a política.”.16

7.1 Competências e Habilidades

Atendendo a Diretriz Curricular Nacional, Resolução nº 05 de 17 de dezembro de 2018 o curso de graduação em Direito deverá possibilitar a formação profissional que revele, pelo menos, as competências cognitivas, instrumentais e interpessoais, que capacitem o graduando a:

I - interpretar e aplicar as normas (princípios e regras) do sistema jurídico nacional, observando a experiência estrangeira e comparada, quando couber, articulando o conhecimento teórico com a resolução de problemas;

II - demonstrar competência na leitura, compreensão e elaboração de textos, atos e documentos jurídicos, de carater negocial, processual ou normatizado, bem como a devida utilização das normas técnico-jurídicas

III - demonstrar capacidade para comunicar-se com precisão;

IV - dominar instrumentos da metodologia jurídica, sendo capaz de compreender e aplicar conceitos, estruturas e racionalidades fundamentais ao exercício do Direito;

V - adquirir capacidade para desenvolver técnicas de raciocínio e de argumentação jurídicos com objetivo de propor soluções e decidir questões no âmbito do Direito;

VI - desenvolver a cultura do diálogo e o uso de meios consensuais de solução de conflitos;

VII - compreender a hermenêutica e os métodos interpretativos, com a necessária capacidade de pesquisa e de utilização da legislação, da jurisprudência, da doutrina e de outras fontes do Direito;

VIII - atuar em diferentes instâncias extrajudiciais, administrativas ou judiciais, com a devida utilização de processos, atos e procedimentos;

seguramente realizar-se. Eco afirma que um de seus requisitos está no fato de que o estudo deve se referir a um objeto reconhecível e definido, no sentido de serem precisamente delimitadas as questões investigadas.

16 Cf. quanto a citação de Ulrich Beck, BECK, Ulrich. Liberdade ou capitalismo: Ulrich Beck conversa com JohannesWillms. Trad. Luiz Antônio Oliveira de Araújo. São Paulo: UNESP, 2003. p. 20.

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31 IX - utilizar corretamente a terminologia e as categorias jurídicas;

X - aceitar a diversidade e o pluralismo cultural;

XI - compreender o impacto das novas tecnologias na área jurídica;

XII - possuir o domínio de tecnologias e métodos para permanente compreensão e aplicação do Direito;

XIII - desenvolver a capacidade de trabalhar em grupos formados por profissionais do Direito ou de caráter interdisciplinar; e

XIV- apreender conceitos deontológico-profissionais e desenvolver perspectivas transversais sobre direitos humanos.

8. ESTRUTURA CURRICULAR

O Curso de Direito do UNITPAC é oferecido em 10 semestres, pelo regime semestral por créditos, essencialmente no turno matutino, ou no turno noturno, havendo algumas atividades que são realizadas no período vespertino, como reposições de aulas (feriados etc.) e Estágios Curriculares Supervisionados, podendo ainda ser oferecidas disciplinas neste turno, conforme sejam eletivas de outros cursos ou em virtude de demanda dos estudantes interessados.

A carga horária total do Curso de Direito é de 3.700 horas. A partir do 7º semestre, inicia-se o Estágio Curricular Supervisionado de caráter obrigatório, o qual prossegue até o 10º período, em um total de 300 horas. Exige-se que os estudantes tenham cursado Direito Processual Civil I para que iniciem o Estágio Curricular Supervisionado I que será oferecido no 7º período, progredindo-se aos Estágios II, III e IV.

No 9º período há o oferecimento da disciplina Trabalho de Curso I (TCC I), destinada ao desenvolvimento dos projetos que poderão subsidiar a elaboração do Trabalho de Curso final, por ocasião da disciplina TC II.

Na Matriz Curricular os estudantes devem cumprir 200 horas de atividades complementares

A estrutura curricular foi concebida a partir de toda a legislação pertinente, especialmente Diretrizes Curriculares Nacionais e PDI 2021-2025, além de outras mais específicas, de modo que o NDE a desenvolveu a partir de tais parâmetros,

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32 contando ainda com o apoio importante dos diálogos havidos no âmbito dos órgãos de representação acadêmica colegiados, com representantes de turmas, com o Corpo Docente, e também pelas informações trazidas pelas avaliações periódicas da CPA e Ouvidoria.

A IES, juntamente com o NDE preocupa-se em investir em um Programa Permanente de Formação e Desenvolvimento Docente, a fim de preparar o Corpo Docente para a mudança paradigmática em relação à concepção pedagógica baseada no desenvolvimento de habilidades e competências a partir do uso de metodologias ativas. Isto porque, a vivência acadêmica e a literatura especializada relatam que as transformações curriculares costumam provocar a utilização de táticas isoladas, como por exemplo, usar pontualmente um “novo” instrumento de avaliação, usar uma “nova” metodologia (ativa), normalmente sem uma estratégia clara definida. Nesse sentido, o NDE do Curso de Direito e o próprio UNITPAC adotaram como estratégia a indução do movimento de mudança pretendido ancorada em um sólido Programa de Formação e Desenvolvimento Docente, a fim de superar mudanças superficiais sem a necessária transformação da praxis docente.

Essa linha argumentativa fundamentou a elaboração das estruturas curriculares com Matrizes sequenciais ainda organizadas por períodos, portanto, sem rompimento abrupto com o modelo tradicional, contudo, flexibilizadas em sua essência de modo a atender aos princípios básicos para construção de um bom currículo de Direito conformado aos ideais institucionais e do próprio Curso.

Os conteúdos que compõem as disciplinas dessas estruturas são condizentes com as Diretrizes Curriculares Nacionais e com o PDI 2021-2025 permitindo a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de habilidades e competências em níveis crescentes de complexidade. Destacamos aqui algumas questões relevantes:

a) incremento das atividades práticas no âmbito das disciplinas teóricas processuais, a fim de melhorar a interação teoria-prática, e, ainda, contribuir para o desenvolvimento de habilidades que resultem na competência de leitura e produção de textos de viés jurídico-profissional;

b) incremento das disciplinas voltadas para o desenvolvimento de habilidades concernentes ao desenvolvimento da competência de leitura e produção de textos jurídicos, percebida como uma falha na formação do ensino médio,

Referências

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