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Filosofia. Empirismo inglês: John Locke. Teoria. John Locke e a mente como uma tábula rasa

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Academic year: 2021

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Texto

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Empirismo inglês: John Locke

Objetivo

Você aprenderá alguns conceitos básicos do empirismo desenvolvidos por Jonh Locke, tais como a concepção da mente humana como uma tábula rasa, as noções de qualidades primárias e qualidades secundárias e, por fim, a produção do conhecimento a partir da interação entre sensação e razão.

Se liga

Para que você possa entender o contexto em que se desenvolveu o pensamento de John Locke, é recomendável que você compreenda alguns aspectos do racionalismo de René Descartes. Caso surja alguma dúvida, clique aqui para assistir a uma aulinha. Ou, caso não seja direcionado, procure na biblioteca pela aula

“Descartes e o Racionalismo”.

Curiosidade

O problema da análise crítica da doutrina das ideias inatas surgiu na mente de Locke a partir da leitura da obra O Verdadeiro Sistema Intelectual do Universo, de Ralph Cudworth. Para Cudworth, a demonstração da existência de Deus exige o pressuposto de que o homem possui ideias inatas, isto é, ideias que se encontram na mente desde o nascimento e que, portanto, não derivam da experiência. Segundo ele, a doutrina empirista conduz diretamente ao ateísmo. Para Locke, é possível demonstrar a existência de Deus sem recorrer às ideias inatas, através de uma variante do argumento da contingência. Ou seja, a existência contingente, que é o homem, supõe a existência se um ser eterno, todo-poderoso e inteligente (Deus).

Teoria

John Locke e a mente como uma tábula rasa

John Locke foi um médico, filósofo e político inglês nascido em Wrington, no ano de 1632. Considerado um dos mais importantes teóricos do conhecimento, foi o responsável por sistematizar as ideias da corrente filosófica conhecida como empirismo. Dentre as suas áreas de interesse estão a química, a teologia, a filosofia e a medicina. Profundamente influenciado pelo contexto político de sua época, Locke destacou-se como um filósofo contratualista, mas também como o “pai do liberalismo político”. Suas principais teorias acerca da origem e do alcance do conhecimento estão na obra intitulada Ensaios sobre o entendimento humano; já as concepções políticas estão presentes nos seus Dois Tratados Sobre o Governo.

Opondo-se ao inatismo de Descartes e Ralph Cudworth (seu contemporâneo), Locke propõe que não existem ideias inatas (ideias que já nascem com os homens, como a ideia de Deus). Para ele, o homem nasce como uma tábula rasa (uma folha em branco); por isso, ele é desprovido de qualquer conhecimento e de qualquer ideia previamente impressa em sua alma. Ou seja, nada existe na mente humana que não tenha passado primeiro pelos sentidos, isto é, todo conhecimento de um homem é adquirido ao longo de sua vida, através da experiência sensível imediata e de seu processamento interno.

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Desse modo, nós interagimos com os objetos e com os fenômenos e produzimos ideias a partir dessa interação. Por isso, Locke defende que nossas ideias provêm de duas fontes distintas, quais sejam, a sensação e a reflexão. No primeiro estágio, nossas ideias são criadas pela sensação, cujo estímulo externo é oriundo de modificações, feitas em nossa mente, pelos sentidos em uma experiência qualquer. Assim, através da sensação percebemos as qualidades (primárias ou secundárias) dos objetos, e tais qualidades podem produzir ideias em nós.

As qualidades primárias são sempre objetivas, ou seja, existem realmente nas coisas, independentemente do sujeito que as contempla. Como exemplo, temos o movimento, o repouso, o número, a configuração, a extensão, entre outros. Já as qualidades secundárias são aquelas que variam de acordo com o sujeito e que são, portanto, subjetivas. Como exemplo, temos a cor, o som, o sabor, entre outros.

No segundo estágio, tudo é processado internamente. É nesse momento que a alma processa os objetos apreendidos pelos sentidos. Portanto, as ideias resultam da combinação e associação das sensações com a reflexão. Desse modo, a mente sintetiza e gera uma série de ideias que não são passíveis de surgir a partir da experiência, tais como a percepção, o pensamento, o duvidar, o crer, o raciocinar. Por isso, a reflexão equivale aos sentidos na produção de ideias, porém agindo no nosso interior e tendo como matéria-prima o conhecimento que absorvemos das experiências sensíveis.

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Exercícios de fixação

1.

Qual das alternativas abaixo apresenta somente qualidades primárias?

a) movimento, repouso e cor b) movimento, repouso e número c) configuração, repouso e som d) cor, som e número

2.

As qualidades primárias dos objetos são:

a) objetivas b) subjetivas c) neutras d) imperceptíveis

3.

Qual das alternativas abaixo apresenta somente qualidades secundárias?

a) configuração, som e cor b) movimento, repouso e som c) cor, movimento e repouso d) cor, som e sabor

4.

As qualidades secundárias dos objetos são:

a) singulares b) plurais c) subjetivas d) neutras

5.

John Locke, ao conceber a mente humana como uma tábula rasa, se opõe ao:

a) relativismo b) inatismo c) cristianismo d) moralismo

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Exercícios de vestibulares

1.

Posto que as qualidades que impressionam nossos sentidos estão nas próprias coisas, é claro que as ideias produzidas na mente entram pelos sentidos. O entendimento não tem o poder de inventar ou formar uma única ideia simples na mente que não tenha sido recebida pelos sentidos. Gostaria que alguém tentasse imaginar um gosto que jamais impressionou seu paladar, ou tentasse formar a ideia de um aroma que nunca cheirou. Quando puder fazer isso, concluirei também que um cego tem ideias das cores, e um surdo, noções reais dos diversos sons.

John Locke. Ensaio acerca do entendimento humano, 1991. Adaptado.

De acordo com o filósofo, todo conhecimento origina-se a) da reminiscência de ideias originalmente transcendentes.

b) da combinação de ideias metafísicas e empíricas.

c) de categorias a priori existentes na mente humana.

d) da experiência com os objetos reais e empíricos.

e) de uma relação dialética do espírito humano com o mundo.

2.

"Todas as nossas ideias derivam de uma ou de outra fonte. Parece que o entendimento não tem o menor vislumbre sobre quaisquer ideias se não as receber de uma das duas fontes. Os objetos externos suprem a nossa mente com as ideias das qualidades sensíveis, que são todas as diferentes percepções produzidas em nós, e a mente supre o entendimento com ideias através das próprias operações”. O texto citado retrata o empirismo de Jonh Locke. Para ele, existem duas fontes básicas de experiência:

a) Percepção e idealização.

b) Percepção e internalização.

c) Sensação e reflexão.

d) Sensação e memorização.

e) Percepção e razão.

3.

A maneira pela qual adquirimos qualquer conhecimento constitui suficiente prova de que não é inato.

LOCKE, John. Ensaio acerca do entendimento humano. São Paulo: Nova Cultural, 1988, p.13.

O empirismo, corrente filosófica da qual Locke fazia parte

a) afirma que o conhecimento não é inato, pois sua aquisição deriva da experiência.

b) é uma forma de ceticismo, pois nega que os conhecimentos possam ser obtidos.

c) aproxima-se do modelo científico cartesiano, ao negar a existência de ideias inatas.

d) defende que as ideias estão presentes na razão desde o nascimento.

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4.

“Se os que nos querem persuadir que há princípios inatos não os tivessem compreendido em conjunto, mas considerado separadamente os elementos a partir dos quais estas proposições são formuladas, não estariam, talvez, tão dispostos a acreditar que elas eram inatas. Visto que, se as ideias das quais são formadas essas verdades não fossem inatas, seria impossível que as proposições formadas delas pudessem ser inatas, ou nosso conhecimento delas ter nascido conosco. Se, pois, as ideias não são inatas, houve um tempo quando a mente estava sem esses princípios e, desse modo, não seriam inatos, mas derivados de alguma outra origem. Pois, se as próprias ideias não o são, não pode haver conhecimento, assentimento, nem proposições mentais ou verbais a respeito delas. […] De onde apreende a mente todos os materiais da razão e do conhecimento? A isso respondo, numa palavra, da experiência. Todo o nosso conhecimento está nela fundado, e dela deriva fundamentalmente o próprio conhecimento. Empregada tanto nos objetos sensíveis externos como nas operações internas de nossas mentes, que são por nós mesmos percebidas e refletidas, nossa observação supre nossos entendimentos com todos os materiais do pensamento.”

Locke

Tendo presente o texto acima, é correto afirmar, segundo Locke, que

a) há duas fontes de nossas ideias, a sensação e a reflexão, de modo que tudo o que é objeto de nossa mente, por ser ela como que um papel em branco, é adquirido por meio de uma ou de outra dessas duas fontes.

b) contrariamente ao que afirma o texto, o autor admite excepcionalmente como inatos alguns princípios fundamentais e algumas ideias simples.

c) chama-se experiência a forma de conhecimento que, produzido por meio das diferentes sensações, nos permite saber o que as coisas são em sua essência e na medida em que são independentes de nós.

d) a ideia de substância é uma ideia simples formada diretamente a partir de nossa experiência das coisas e da capacidade que elas têm de subsistirem.

e) todas as nossas percepções ou ideias provém das sensações externas e de nosso contato com o que existe fora de nós.

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5.

Ao investigar as origens das ideias, diversos filósofos fizeram interferências importantes no pensamento filosófico da humanidade. Dentre eles, destaca-se o pensamento de John Locke. Assinale a alternativa que expressa as origens das ideias para John Locke.

a) “Não há dúvida de que todo o nosso conhecimento começa com a experiência [...] mas embora todo o nosso conhecimento comece com a experiência, nem por isso todo ele pode ser atribuído a esta, mas à imaginação e à ideia.”

b) “O que sou eu? Uma substância que pensa. O que é uma substância que pensa? É uma coisa que duvida, que concebe, que afirma, que nega, que quer, que não quer, que imagina e que sente, uma ideia em movimento.

c) “Quando analisamos nossos pensamentos ou ideias, por mais complexos e sublimes que sejam, sempre descobrimos que se resolvem em ideias simples que são cópias de uma sensação ou sentimento anterior, calcado nas paixões.”

d) “Afirmo que essas duas, a saber, as coisas materiais externas, como objeto da sensação, e as operações de nossas próprias mentes, como objeto da reflexão, são, a meu ver, os únicos dados originais dos quais as ideias derivam.”

e) “Há já algum tempo eu me apercebi de que, desde meus primeiros anos, recebera muitas falsas opiniões como verdadeiras, e de que aquilo que depois eu fundei em princípios tão mal assegurados não podia ser senão mui duvidoso e incerto”

6.

John Locke é apontado como pioneiro do materialismo moderno. Sobre o “materialismo moderno”, é CORRETO afirmar que:

a) “Deriva as ‘ideias’ de que se constitui o conhecimento diretamente das sensações que se marcaram na mente [...] não cabendo assim ao pensamento nada mais, [...] que combinar, comparar e analisar essas mesmas ideias”.

b) “Todo o princípio do conhecimento material é sensorial, transponível, relativo e infinito”.

c) “O valor da experiência sensível, como fator primário da elaboração cognitiva, está na possibilidade de conhecer a essência da natureza”.

d) “O conhecimento deve ser introjetado a partir da experiência extrassensorial, peculiar a todo ser pensante”.

e) Tudo que existe aconteceu duas vezes na história, a primeira na ideia e a segunda na materialidade.

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7.

"É de grande utilidade para o marinheiro saber a extensão de sua linha, embora não possa com ela sondar toda a profundidade do oceano. É conveniente que saiba que era suficientemente longa para alcançar o fundo dos lugares necessários para orientar sua viagem, e preveni-lo de esbarrar contra escolhos que podem destruí-lo. Não nos diz respeito conhecer todas as coisas, mas apenas aquelas que se referem à nossa conduta.”

LOCKE, John. Ensaio sobre o entendimento humano. In: CHALITA, Gabriel. Vivendo a filosofia: ensino médio. 4.ª ed. São Paulo: Ática, 2011. p. 251.

Com base nessa citação em que John Locke considera os conhecimentos do marinheiro, é correto afirmar que

a) o entendimento humano é ilimitado.

b) a profundidade do oceano é menor do que o instrumento de medida do marinheiro.

c) a medida da linha não precisa ser maior do que o necessário para orientar a correta navegação do barco.

d) a linha está orientada apenas em função da pesca.

e) a experiência empírica não é válida.

8.

Todas as ideias derivam da sensação ou reflexão. Suponhamos que a mente é, como dissemos, um papel em branco, desprovida de todos os caracteres, sem quaisquer ideias; como ela será suprida? (...) De onde apreende todos os materiais da razão e do conhecimento?

A isso respondo, numa palavra, da experiência. Todo o nosso conhecimento está nela fundado, e dela deriva fundamentalmente o próprio conhecimento.”

LOCKE, John. Ensaio acerca do entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 165.

Assinale o que for incorreto.

a) Para John Locke, nosso conhecimento se origina na experiência, fruto da sensação e da reflexão.

b) Como seguidor de Descartes, John Locke assume a diferença entre conhecimento verdadeiro, que é puramente intelectual e infalível, e conhecimento sensível, que, por depender da sensação, é suscetível de erro.

c) John Locke é o iniciador da teoria do conhecimento em sentido estrito, pois se propôs, no Ensaio acerca do entendimento humano, a investigar explicitamente a natureza, a origem e o alcance do conhecimento humano.

d) Para John Locke, todo nosso conhecimento provém e se fundamenta na experiência. As impressões formam as ideias simples; a reflexão sobre as ideias simples, ao combiná-las, formam ideias complexas, como substância, Deus, alma etc.

e) John Locke distingue as qualidades do objeto em qualidades primárias (solidez, extensão, movimento etc.) e qualidades secundárias (cor, odor, sabor etc.); as primeiras existem realmente nas coisas, as segundas são relativas e subjetivas.

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9.

O ponto de partida do empirismo de Locke é a ideia de que tudo que está na mente passou antes pelos sentidos.

Considerando isso, qual das alternativas abaixo está INCORRETA:

a) Locke também usou a expressão latina “tábula rasa” para se referir à sua concepção sobre o conhecimento.

b) Tato, paladar, olfato, audição e visão são os meios pelos quais ideias sobre o mundo exterior são criadas na mente humana.

c) A ideia de infinito é uma ideia simples produzida pela visão, sem o trabalho das faculdades da mente.

d) Ideias como pensamento e emoção são obtidas a partir da observação de nossas próprias operações mentais.

e) Apesar da importância das sensações como fonte e origem do conhecimento, o empirismo não dispensa a razão como fator fundamental do processo de conhecer, ocorrendo após a interação dos sentidos com o objeto cognoscível.

10.

Se não há na alma nenhuma ideia inata: se a alma é semelhante a um papel branco, white paper, ou, como traduziram seus tradutores latinos, uma “tábula rasa” (tábua rasa) na qual nada está escrito, e tudo vem a ser escrito posteriormente pela experiência: se não há, pois, ideias inatas, o problema que se apresenta é o problema de qual seja a origem das ideias; e este é o problema que Locke trata com maior profundidade.

(Manuel Garcia Morente. Fundamentos de filosofia, 1967.)

Locke respondeu a questão referida pelo excerto, sustentando filosoficamente que as ideias a) são as condições a priori da experiência empírica.

b) mascaram os verdadeiros interesses egoísticos dos homens.

c) nascem da captação pelos sentidos do mundo exterior.

d) surgem no espírito por meio da intuição intelectual.

e) têm origem em uma causa virtuosa, Deus.

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Gabaritos

Exercícios de fixação

1. B

A alternativa B é a única que apresenta apenas qualidades primárias, quais sejam, movimento, repouso e número.

2. A

As qualidades primárias são sempre objetivas, ou seja, existem realmente nas coisas, independentemente do sujeito que as contempla. Portanto, a alternativa A é o gabarito da questão.

3. D

A alternativa D é a única que apresenta somente qualidades secundárias, quais sejam, a cor, o som e o sabor.

4. C

As qualidades secundárias são aquelas que variam de acordo com o sujeito e que são, portanto, subjetivas. Como exemplo, temos a cor, o som, o sabor, entre outros.

5. B

Opondo-se ao inatismo de Descartes e Ralph Cudworth (seu contemporâneo), Locke propõe que não existem ideias inatas (ideias que já nascem com os homens, como a ideia de Deus). Para ele, o homem nasce como uma tábula rasa (uma folha em branco); por isso, ele é desprovido de qualquer conhecimento e de qualquer ideia previamente impressa em sua alma.

Exercícios de vestibulares

1. D

John Locke é um dos principais representantes do empirismo. Segundo ele, as ideias são resultado da experiência humana com objetos reais, exatamente como apresenta a alternativa D.

2. C

Para John Locke, as fontes básicas da experiência são a sensação e a razão. No primeiro estágio, nossas ideias são criadas pela sensação, cujo estímulo externo é oriundo de modificações na mente, feitas pelos sentidos em uma experiência qualquer. No segundo estágio, tudo é processado internamente. É nesse momento que a alma processa os objetos apreendidos pelos sentidos. As ideias nesse estágio resultam da combinação e associação das sensações de reflexão.

3. A

Para os empiristas, como John Locke, não existem ideias inatas, e só é possível alcançar a verdade, isto é, conhecer as coisas, a partir da experiência, ou seja, através dos sentidos. Para eles, a mente humana é uma tábula rasa, ou seja, uma folha de papel em branco, completamente sem conteúdo. Ao longo da vida, o homem adquire seus conhecimentos a partir da experiência sensível.

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4. A

A alternativa A é a única correta. Locke considera que as ideias provêm ou da sensação, ou da reflexão.

Ainda que o conhecimento advenha da experiência, esta não está relacionada somente às sensações externas, mas é “empregada tanto nos objetos sensíveis externos quanto nas operações internas de nossas mentes”.

5. D

Locke defende que nossas ideias são criadas, empiricamente, a partir da sensação e da reflexão. Assim, através da sensação, percebemos as qualidades (primárias ou secundárias) das coisas, e tais qualidades podem produzir ideias em nós. Depois, a mente sintetiza e gera uma série de ideias que não são passíveis de surgir da experiência, tais como a percepção, o pensamento, o duvidar, o crer e o raciocinar. Ou seja, a reflexão é equivalente aos sentidos na produção de ideias, mas agindo no nosso interior.

6. A

Ao fundamentar o conhecimento na experiência sensível, isto é, na interação entre os nossos sentidos (visão, audição, tato, olfato e paladar) e os objetos, Locke aponta para uma maior valorização do mundo material. Opondo-se ao idealismo de Platão, Descartes e Ralph Cudworth, ele dá os primeiros passos em direção ao materialismo moderno.

7. C

Nessa analogia, Locke compara o fato de um marinheiro comum não ser capaz de investigar a totalidade das características do oceano sobre o qual navega com a nossa incapacidade mesma de investigar a totalidade das características das nossas experiências cotidianas. Em ambos os casos, embora o conhecimento não seja completo, nem por isso deixa de ser útil e importante.

8. B

A alternativa B está incorreta. Primeiro, porque Locke não era seguidor de Descartes. Depois, porque ambos apresentaram teorias opostas acerca da origem do conhecimento. Descartes, como racionalista, propõe a existência de ideias inatas e fundamenta o conhecimento seguro apenas na razão, uma vez que os sentidos são enganosos. Locke, por sua vez, como empirista, discorda da existência de ideias inatas e defende que todo o conhecimento provém da experiência sensível.

9. C

O infinito não pode ser percebido pelos sentidos, já que representa exatamente algo incomensurável e impossível de experienciar. Sendo assim, apesar de não derivar da experimentação, a ideia de infinito se constrói no intelecto, a partir da conclusão de que a existência comporta medidas acima dos limites da percepção humana.

10. C

Para John Locke, não existem ideias inatas (ideias que nascem com o homem, como a ideia de Deus), o homem nasce como uma tábula rasa, desprovido de qualquer conhecimento, sem nenhuma ideia pré- formada em sua alma. Locke vai defender que nossas ideias serão criadas empiricamente a partir da sensação e da reflexão.

Referências

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