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O ECOTURISMO COMO ALTERNATIVA DE USO INDIRETO NA RESERVA PARTICULAR DE PATRIMÔNIO NATURAL

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O ECOTURISMO COMO ALTERNATIVA DE USO INDIRETO NA RESERVA PARTICULAR DE PATRIMÔNIO NATURAL

Gisele Assis Mafra Otávio Cezar Zacante Ramos Universidade Federal de Juiz de Fora gisele_mafra@yahoo.com.br zacantejf@yahoo.com.br

Eixo Temático 3 – Manejo e Conservação dos Recursos Naturais através do Turismo Sustentável

Palavras Chaves: Ecoturismo, Reserva Particular de Patrimônio Natural, Unidade de Conservação.

Introdução

Em um cenário mais contemporâneo após o fim da Segunda Guerra Mundial, em meio ao restabelecimento do equilíbrio geopolítico, ao estabelecimento de novos padrões socioeconômicos e culturais, ao desenvolvimento de infra-estrutura e de avanços tecnológicos oriundos do esforço bélico, a sociedade civil começa a incorporar os progressos tecnológicos nas comunicações e nos transportes, principalmente com a entrada dos aviões para passageiros, o que trouxe maiores disponibilidades de tempo e recursos para o lazer, ampliando de forma acelerada o setor de turismo e gerando um progressivo fluxo de viagens regionais e internacionais.

Deste ponto em diante, deram-se as condições para o crescimento de amplos segmentos sociais que passaram a ter acesso aos bens de consumo, entre eles as viagens, que foram proporcionadas pelo desenvolvimento de larga escala. De acordo com Pires (2002), as décadas de 1950 e 1960 foram um período de grande expansão nas viagens, com conseqüente aumento do turismo.

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O período pós-guerra ficou conhecido não só pela expansão das viagens, mas também pela insatisfação gerada pelo turismo convencional, ou de massa, muito criticado por não levar em consideração aspectos das regiões visitadas e de sua orientação “não-lugar”. Essa crítica associada ao crescimento mundial da consciência ambiental contribuiu para aumentar a demanda por experiências mais autênticas, baseadas na natureza e em aspectos culturais.

Neste contexto, buscando uma exploração sustentável dos recursos naturais e o respeito da identidade cultural de populações nativas, o ecoturismo surgiu como uma alternativa para os anseios e necessidades desenvolvimentistas de muitos países. Embora a prática de tal atividade não deixe de causar impactos no ecossistema, os defensores argumentam que sua realização, quando bem planejada, contribui para a preservação e para o desenvolvimento sustentável das populações locais, melhorando a qualidade de vida das mesmas. Pires (2002) afirma, ainda, que o ecoturismo surgiu como alternativa da evolução ambientalista, estabelecendo um contraponto ao turismo convencional justamente no campo da sustentabilidade.

Considerando que a prática do ecoturismo é uma tendência mundial e que a sociedade vem buscando cada vez mais o uso sustentável dos recursos naturais, a criação de áreas protegidas, como os parques ambientais, além de servir de matéria prima para a prática do ecoturismo, é um forte aliado para diminuir os efeitos da destruição dos ecossistemas.

Os autores Terborgh e Van Schaik (2002) afirmam que os parques são extremamente vitais para a perpetuação da biodiversidade em um mundo dominado pelo homem, e que os benefícios fundamentais derivados da conservação da natureza não são mensuráveis, relacionados principalmente com recreação, bem estar físico e o valor intrínseco da própria natureza.

Para John Terborgh (2002, p. 272):

Os parques são marcos fundamentais dos esforços globais para a conservação da biodiversidade. Em um crescente número de países, os parques contêm os únicos remanescentes dos hábitos naturais sendo então os últimos baluartes contra a extinção completa da flora e da fauna. Os parques devem ser fortalecidos e providos com recursos necessários para funcionar bem, e não abandonados.

Atualmente, observa-se no Brasil um conjunto de Unidades de Conservação sob domínio federal, estadual, municipal e particular, que oferecem uma ampla área protegida, fundamental para o desenvolvimento do ecoturismo no país.

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Contudo existem algumas lacunas a serem preenchidas para garantir uma real conservação da biodiversidade. O sucesso deste processo dependerá da eficiência de políticas públicas voltadas para integrar os fragmentos de vegetação que ficam isolados ecologicamente de outras áreas protegidas e, além disso, é necessário assegurar a disponibilidade de recursos e de infra-estrutura para que realmente os objetivos preservacionistas dos parques sejam alcançados.

Para Barry Spergel (2002) e Jeff Langholz (2002) muitos parques criados oficialmente nos países em desenvolvimento se tornaram “Parques de Papel”, ou seja, só existem porque uma lei regulamentou sua criação, mas, na realidade, a qualidade da proteção governamental freqüentemente se mostra insuficiente para o pagamento de salário do seu pessoal, de uniformes, equipamentos ou combustível para veículos.

Neste cenário, a Reserva Particular de Patrimônio Natural - RPPN, unidade de conservação de domínio privado, legalmente instituída por ato de poder público atendendo vontade do proprietário da área, que consta de interesse público e tem como objetivo conservar e restaurar a diversidade biológica, aparece como uma alternativa para a integrar o mosaico da conservação dos recursos naturais.

Evidenciando que as áreas protegidas de propriedade privada vêm aumentando em todo mundo e pouco se tem estudado esse fenômeno, Langholz (2002, p.197) afirma que “em virtude dos poucos recursos públicos disponíveis para a conservação, e do interesse crescente em iniciativas do setor privado, é importante que se proceda a uma investigação sistemática desse fenômeno”. Seguindo essa preocupação, a presente pesquisa busca ser mais uma fonte de dados em relação à conservação em áreas privadas e à prática do ecoturismo como forma de uso sustentável. Objetiva-se contribuir no sentido de apresentar o ecoturismo, a partir do uso racional dos recursos naturais, como instrumento de uso indireto nas RPPN’s, mostrando, assim, a importância da conservação da biodiversidade em áreas privadas para complementar as iniciativas governamentais.

Utilizou-se a pesquisa exploratória através de pesquisa bibliográfica e documental, com levantamento das principais obras e artigos sobre o tema, tanto através de publicações impressas quanto de publicadas na internet, que apresentam como principal foco o ecoturismo e as Unidades de Conservação. Também foram pesquisados os principais documentos referentes às Reservas Particulares do Patrimônio Natural.

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Áreas protegidas

A história da civilização mostra que a evolução do homem sempre esteve associada à exploração dos recursos naturais para que o progresso fosse alcançado. Historicamente, os povos também sempre conservaram lugares com características especiais, e, é a partir deste ponto, que observamos que desde os primórdios da humanidade, existiram ações com objetivo de proteger determinadas localidades. Muitos desses sítios estiveram associados a fatos marcantes a cada povo, ou mesmo, fatos do cotidiano, como a proteção de fontes de água, lugares que possuíam plantas medicinais, recursos naturais diversos e até mesmo locais onde existiam práticas religiosas.

Para os autores Wearing e Neil (2001), a natureza forneceu tanto a matéria-prima quanto a inspiração para a existência humana. A natureza sempre foi responsável por suprir desde as necessidades mais básicas, como água, alimento e ar, até as necessidades materiais que constituem a diversidade de nossas culturas.

O impacto gerado pelo ser humano no sistema ecológico tem se mostrado maléfico, principalmente se comparado com as modificações causadas por outros seres vivos. O homem é hoje o agente individual que causa mais alterações na superfície da Terra.

Os graves problemas ambientais gerados colocaram em evidência a necessidade da conservação da biodiversidade e da redução da poluição causada pela civilização, para que o planeta continue habitável. Neste ponto, podemos dizer que a exploração dos recursos naturais passou a ser pensada de forma racional, alterando a percepção inicial da simples proteção dos lugares, para a proteção que possa garantir o equilíbrio de todo ecossistema.

Ao longo do tempo, portanto, a evolução humana alterou também a importância da conservação dos lugares naturais, passando de um estágio inicial restrito à proteção de determinados elementos para a conservação de um contexto mais amplo que incluísse todo ecossistema.

Um dos mecanismos criados para obter o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a manutenção da biodiversidade é a proteção de ecossistemas em locais onde consigam se manifestar o mais natural possível. Assim, deu-se origem às, hoje denominadas, Unidades de Conservação.

O movimento a favor dos parques teve seu inicio no fim do século XIX nas nações mais desenvolvidas e ganhou importância durante o século seguinte. Iniciou-se lentamente nos

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países em desenvolvimento, situados nas regiões tropicais do planeta. Este movimento só foi se firmando gradualmente depois da Segunda Guerra Mundial, quando muitos países se tornaram independentes e um conjunto de conservacionistas reconhecerou a necessidade de proteger a natureza nos países em desenvolvimento. (SCHAIK; RIJKSEN, 2002).

Nos Estados Unidos, ao final do século XIX, se empregou pela primeira vez, efetivamente, o conceito moderno de Unidade de conservação em enormes extensões de áreas virgens com a criação do Parque Nacional Yellowstone, em 1872, e do Parque Nacional Yosemite, em 1890. Já nessa época, a sociedade exercia pressão para que os recursos naturais fossem preservados, visto que essa era a forma de salvar importantes recortes da natureza evitando os efeitos devastadores do desenvolvimento urbano-industrial.

A partir da experiência norte-americana, as unidades de conservação começaram a surgir como ferramentas de preservação e conservação dos recursos ambientais. O Parque Nacional de Yellowstone, sendo o mais antigo do mundo, serviu de modelo para outros parques como o Parque Nacional de Banff, no Canadá (1885), o Parque Nacional Real, na Austrália (1888), o Parque Nacional Egmont, na Nova Zelândia (1894), o Parque Nacional Kruger, na África do Sul (1898), o Parque Nacional Nahuel Huapi, na Argentina (1903), o Parque Nacional Galápagos, no Equador (1934), e, finalmente, no Brasil, com o Parque Nacional do Itatiaia (1937).

No Brasil, o primeiro esforço no sentido de participar de criação de áreas protegidas aconteceu em 1911, com Luís Felipe Gonzaga de Campo, cientista brasileiro que idealizou e editou o livro intitulado Mapa Florestal do Brasil, com a intenção de subsidiar as autoridades brasileiras para a criação de um conjunto de parques nacionais. Este foi o primeiro estudo abrangente feito no Brasil que detalhava os diferentes ecossistemas presentes e o estágio de conservação de cada um.

Posteriormente à publicação do Mapa Florestal do Brasil, decretos foram publicados criando Parques Nacionais no território do Acre. Contudo tal iniciativa caiu no esquecimento e essas áreas nunca foram implementadas. Somente na década de 30 o primeiro Parque Nacional foi criado: o Parque Nacional do Itatiaia, 1937, situado na Serra da Mantiqueira, na divisa dos Estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais.

Na década de 40 o Brasil assinou, juntamente com outras nações da América, a Convenção para a Proteção da Flora, da Fauna e das Belezas Cênicas Naturais dos Países da América. Esta convenção tinha como objetivo proteger e conservar, no ambiente, exemplares de todas as espécies e gêneros da flora e fauna, incluindo aves migratórias. Visava ainda proteger e conservar as paisagens de grande beleza, as formações geológicas extraordinárias,

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as regiões e os objetos naturais de interesse estético ou valor histórico ou científico, e os lugares caracterizados por condições primitivas. A partir deste momento, criou-se diversos parques no Brasil.

Logo após a primeira Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente, realizada na Suécia, Estocolmo, 1972, foi criada no Brasil a Secretaria Especial do Meio Ambiente - SEMA. Já no inicio da década de 80, foi aprovada uma lei que institui uma nova categoria de proteção, a Área de Proteção Ambiental - APA, que revolucionou o conceito de áreas protegidas no país. Com essa lei, as Áreas de Proteção Ambiental passaram a poder ser criadas não só em áreas públicas, como era até então, mas também em terras privadas. Esta nova forma de proteger o meio ambiente foi influenciada pelo “Parque Natural” que era adotado na Europa. Outro fato marcante na década de 80 é a promulgação da Constituição de 1988.

Pela primeira vez as Unidades de Conservação foram citadas em um texto constitucional.

Na década de 90 ocorreu outra inovação, a incorporação de mais uma nova área, a Reserva Extrativista. Esta unidade de conservação tem a função de abrigar áreas protegidas de propriedade do governo, cuja finalidade é promover a estabilidade do ecossistema, garantindo o uso sustentável dos recursos ali presentes.

E finalmente, em 18 de julho de 2000, foi instituído o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza - SNUC, através da Lei nº 9.985, consolidando, assim, o modo de ordenar as áreas protegidas. O SNUC é constituído pelo conjunto de Unidades de Conservação federais, estaduais e municipais, todas criadas através de ato do Poder Público. Através dessa legislação foram estabelecidos critérios e normas para a criação, implantação e gestão das Unidades de Conservação - UC.

A criação de uma Unidade de Conservação deve ser precedida de estudos técnicos e de consulta pública que permitam definir a dimensão, limites e localização. A redução dos limites só pode ser feita mediante lei específica. Toda Unidade de Conservação deve dispor de um Plano de Manejo. Este Plano deve abranger toda a área da Unidade, incluindo ações para promover sua integração à vida econômica e social das comunidades vizinhas. São proibidas quaisquer alterações, atividades ou modalidades de utilização em desacordo com seus objetivos e seu regulamento. Entre outros fatores, deve-se estabelecer quais áreas são adequadas para receber turistas e quais atividades podem ser realizadas. O Plano de Manejo deve ser elaborado no prazo de cinco anos a partir da data de criação da UC e atualizado a cada cinco anos.

A gestão do SNUC é realizada por um Conselho Gestor formado por três níveis administrativos. O primeiro é um Órgão Consultivo e Deliberativo, o Conselho Nacional do Meio

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Ambiente - CONAMA, que tem como atribuições acompanhar a implementação do Sistema. Em seguida há o Órgão Central, que é o Ministério do Meio Ambiente - MMA responsável por coordenar o Sistema e, por fim, os Órgãos Executores, que são o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA e os órgãos estaduais e municipais, que têm a função de implementar o SNUC, subsidiar as propostas de criação e administrar as UC’s federais, estaduais e municipais, nas respectivas esferas de atuação.

As Unidades de Conservação são legalmente instituídas pelo poder público nas suas três esferas: municipal, estadual e federal. Estão divididas em dois grupos: as de proteção integral e as de uso sustentável, como esquematizado abaixo:

TABELA 1: Unidades de Proteção Integral X Unidades de Uso Sustentável

Categoria Objetivo

Unidades de Proteção

Integral Preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, com exceção dos casos previstos na Lei.

Unidades de Uso Sustentável Compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais

TABELA 2: Unidades integrantes do (SNUC)

Unidades de Proteção Integral Unidades de Uso Sustentável Estação Ecológica Área de Proteção Ambiental

Reserva Biológica Área de Relevante Interesse Ecológico Parque Nacional Floresta Nacional

Monumento Natural Reserva Extrativista Refúgio de Vida Silvestre Reserva de Fauna

Reserva de Desenvolvimento Sustentável Reserva Particular do Patrimônio Natural.

Unidades de Proteção Integral

Nas Unidades de Proteção Integral a gestão não envolve diretamente consumo, coleta, dano ou destruição dos recursos naturais. Visa a proteção a longo prazo das espécies, habits e ecossistemas, além da manutenção dos processos ecológicos, prevenindo a perda dos sistemas naturais. Este grupo dividi-se nas seguintes categorias de unidades de conservação:

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TABELA 3: Categorias de UC’s de Proteção Integral Estação Ecológica

(ESEC ou EE) Tem como objetivo a preservação da natureza e a realização de pesquisas científicas. É de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites devem ser desapropriadas. É proibida a visitação pública, exceto quando com objetivo educacional. A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão responsável pela administração da unidade. Legislação específica sobre Estação Ecológica Lei Nº. 6.902, de 27 de abril de 1981.

Reserva Biológica (REBIO ou RB)

Tem como objetivo a preservação integral da biota e demais atributos naturais existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais, excetuando-se as medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações de manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e os processos ecológicos naturais. Como na Estação Ecológica é de posse e domínio públicos, as áreas particulares incluídas em seus limites devem ser desapropriadas e só é permitida a visitação com objetivo educacional.

A pesquisa científica também depende de autorização prévia do órgão responsável pela administração da unidade. Legislação específica sobre Reserva Biológica Lei Nº. 5.197, de 3 de janeiro de 1967.

Parque Nacional (PN)

Tem como objetivo a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico. No caso de propriedades particulares nos limites do Parque Nacional, segue o exemplo da Estação Ecológica e Reserva Nacional. A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão responsável pela administração da unidade, e no caso de visitação está sujeita às normas e restrições estabelecidas no Plano de Manejo da unidade. As unidades dessa categoria, quando criadas pelo Estado ou Município, são denominadas, respectivamente, Parque Estadual e Parque Natural Municipal. Legislação específica para Parque Nacional Decreto Federal Nº. 84.017, 21 de setembro de 1979.

Monumento Natural (MN)

Tem como objetivo preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza cênica. Pode ser constituído por áreas particulares, desde que seja possível compatibilizar os objetivos da unidade. A visitação pública está sujeita às condições e restrições estabelecidas no Plano de Manejo da unidade

Refúgio de Vida Silvestre (RVS)

Tem como objetivo proteger ambientes naturais onde se assegurem condições para a existência ou reprodução de espécies ou comunidades da flora local e da fauna residente ou migratória. A visitação pública está sujeita às condições e restrições estabelecidas no Plano de Manejo da unidade. Pode ser constituído por áreas particulares, desde que seja possível compatibilizar os objetivos da unidade. A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão responsável pela administração da unidade.

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Unidades de Uso Sustentável

Compreendem a preservação, a manutenção, a utilização sustentável, a restauração e a recuperação do ambiente natural, em bases sustentáveis. Têm como objetivo compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável dos recursos naturais por meio de uma gestão integrada de sua área. Admiti-se coleta e uso dos recursos naturais. Este grupo de unidades dividi-se nas seguintes categorias de unidades de conservação:

TABELA 4: Categorias de UC’s de Uso Sustentável Área de Proteção

Ambiental (APA) Tem como objetivo proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais . É constituída por terras públicas ou privadas. As condições para a realização de pesquisa científica e visitação pública nas áreas sob domínio público são estabelecidas pelo órgão gestor da unidade e nas áreas sob propriedade privada, cabe ao proprietário estabelecer as condições para pesquisa e visitação pelo público. Dispõem de um Conselho presidido pelo órgão responsável por sua administração. Legislação específica sobre Área de Proteção Lei Nº. 6.902, de 27 de abril de 1981 e Resolução CONAMA Nº. 010, 14 de dezembro de 1988.

Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE)

Área de pequena extensão, com pouca ou nenhuma ocupação humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, com características naturais extraordinárias ou que abriga exemplares raros da biota regional. Tem como objetivo manter os ecossistemas naturais de importância regional ou local e regular o uso admissível dessas áreas, de modo a compatibilizá-lo com os objetivos de conservação da natureza. Pode ser constituída por terras públicas ou privadas. Legislação específica sobre as Áreas de Relevante Interesse Ecológica Lei Nº. 89.336, 31 de janeiro de 1984.

Floresta Nacional

(FLONA ou FN) Área com cobertura florestal de espécies predominantemente nativas, onde deve ser realizado o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais. A pesquisa científica mantém a ênfase em métodos para exploração sustentável de florestas nativas. É de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites devem ser desapropriadas.

Admiti-se a permanência de populações tradicionais que a habitam quando de sua criação. A visitação pública é permitida e a pesquisa é permitida e incentivada. A unidade desta categoria, quando criada pelo Estado ou Município, será denominada, respectivamente, Floresta Estadual e Floresta Municipal. Legislação específica sobre as Florestas Nacional Decreto Federal Nº. 1.298, 27 de outubro 1994.

Reserva Extrativista (RESEX ou REX)

Área utilizada por populações extrativistas tradicionais, cuja subsistência baseia-se no extrativismo. É de domínio público, com uso concedido às populações extrativistas tradicionais, tem como objetivo proteger os meios de vida e a cultura dessas populações, e assegurar o uso sustentável dos recursos naturais da unidade. A visitação pública é permitida e a pesquisa

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é permitida e incentivada. Legislação específica sobre as Reservas Extrativista Lei Nº. 7.804, de18 julho de 1989 e Decreto Nº 98.897, 30 de janeiro de 1990.

Reserva de Fauna

(REF) Área natural com populações animais de espécies nativas, terrestres ou aquáticas, residentes ou migratórias, adequada para estudos técnico- científicos sobre o manejo econômico sustentável de recursos faunísticos.

É de posse e domínio públicos, a visitação pública é permitida.

Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS)

Área natural que abriga populações tradicionais, cuja existência baseia-se em sistemas sustentáveis de exploração dos recursos naturais, desenvolvidos ao longo de gerações e adaptados às condições ecológicas locais e que desempenham um papel fundamental na proteção da natureza e na manutenção da diversidade biológica. É de domínio público, é permitida e incentivada a visitação pública, permitida e incentivada a pesquisa científica voltada à conservação da natureza e admite-se a exploração de componentes dos ecossistemas naturais em regime de manejo sustentável.

Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN)

Área privada, gravada com perpetuidade, com o objetivo de conservar a diversidade biológica, criada quando há solicitação do proprietário da área.

Permite somente pesquisa científica, visitação com objetivos turísticos, recreativos e educacionais. Legislação específica sobre as Reservas Particular do Patrimônio Natural Decreto Federal Nº. 1.922, 5 de junho de 1996.

Reservas Particulares do Patrimônio Natural – RPPN

No esforço nacional para conservação da natureza o primeiro registro sobre o estabelecimento de propriedades particulares destinadas à conservação vem do antigo Código Florestal, Decreto nº 23.793, de 23 de janeiro de 1934. Nesse período estes espaços naturais poderiam ser instituídos para proteção por iniciativa do proprietário rural, denominado “Florestas Protetoras”.

Em 1965, foi instituído o novo Código Florestal, Lei nº 4.771, e a figura das “Florestas Protetoras” desaparece, mas ainda permaneceu a possibilidade do proprietário de floresta não preservada gravá-la com perpetuidade, desde que verificada a existência de interesse público pela autoridade florestal.

Em 1977, a Portaria nº 327 do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal - IBDF determinou o reconhecimento de terras privadas para proteger fazendas, cujos proprietários sentiam a necessidade de dar proteção oficial às suas propriedades face à pressão de caça, denominando-as Refúgios Particulares de Animais Nativos - REPAN, que mais tarde foi

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substituída pela Portaria 277/88 que lhes deu o novo nome de Reservas Particulares de Fauna e Flora. (REPANS, 2006).

Em 22 de fevereiro de 1989, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA é criado, formado pela fusão das diversas entidades que atuavam na área ambiental: Secretaria do Meio Ambiente - SEMA, Superintendência da Borracha - SUDHEVEA, Superintendência da Pesca - SUDEPE e o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal - IBDF. Com a criação do IBAMA as áreas privadas com caráter de proteção à natureza começaram a ganhar maior relevância, devido à racionalização dos processos.

Em 1990, o Decreto Federal nº 98.914 defini o IBAMA como responsável pelo reconhecimento das RPPN’s e define os procedimentos para tal.

No ano de 1996, o Decreto Federal nº 1.922 estabelece a possibilidade de RPPN’s serem reconhecidas pelos órgãos ambientais estaduais e estabelece as principais atividades permitidas em suas áreas: atividades de cunho científico, cultural, educacional, recreativo e de lazer, desde que assegurada à proteção dos recursos da reserva. Mas só com a publicação do da lei n° 9.985, que institui o SNUC, as RPPN’s conquistaram o status de Unidades de Conservação.

Esses dispositivos fazem do Brasil um dos poucos paises do mundo a incluir as reservas privadas no seu sistema de áreas protegidas oficial.

Características das RPPN’s

A RPPN é uma área de domínio privado protegida por iniciativa do proprietário mediante reconhecimento do Poder Público, escolhida por ser importante para a manutenção da biodiversidade ou pelo aspecto paisagístico, ou ainda por apresentar características ambientais que justifiquem a recuperação do local.

As RPPN’s têm o objetivo de proteger os recursos ambientais representativos da região.

Podem ser utilizadas com autorização do órgão responsável, somente para o desenvolvimento de atividades de cunho cientifico, cultural, educacional, recreativo e de lazer.

O proprietário interessado em ter seu imóvel reconhecido, integral ou parcialmente, como RPPN deverá requerer junto ao IBAMA ou junto ao Órgão Estadual do Meio Ambiente, com a apresentação dos diversos documentos listados na Instrução Normativa nº 145, de 09 de janeiro de 2007.

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As Reservas Privadas, de acordo com o SNUC, se encontram na categoria de Unidades de Uso Sustentável, contudo as RPPN’s poderiam ser consideradas como de proteção integral, uma vez que o uso direto não é permitido como pode-se observar no art. 21 parágrafo 2º: “Só poderá ser permitida, na Reserva Particular do Patrimônio Natural, conforme se dispuser em regulamento: a pesquisa científica e a visitação com objetivos turísticos, recreativos e educacionais”. (BRASIL, Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000)

A conservação na RPPN é fator fundamental na sua criação tanto que seu reconhecimento depende da manutenção da biodiversidade da área. O órgão responsável, sempre que julgar necessário, realiza vistoria na Reserva ou credencia outra entidade para verificar se a área está sendo mantida com os propósitos estabelecidos no plano de manejo.

Caso sejam encontrados danos, estes serão objetos de notificação.

Essas Reservas apresentam importantes características que podem contribuir, tanto quantitativamente quanto qualitativamente, para melhorar o quadro de conservação no país. As RPPN’s podem ser importantes ferramentas na formação de corredores ecológicos entre as reservas protegidas pelo Estado, além de contribuírem para uma rápida ampliação das áreas protegidas e ajudarem na proteção do entorno de unidades criadas pelo governo, diminuindo, assim, a pressão nestas reservas. Além disso, muitas das Reservas protegem espécies endêmicas e contribuem significativamente para a proteção da biodiversidade dos biomas brasileiros.

Basicamente, as atividades permitidas em RPPN são: o ecoturismo, que exige planejamento, investimentos e boa capacidade de gestão, além de ser recomendável apenas para as reservas que estejam localizadas em regiões de forte apelo turístico; pesquisa científica que geralmente tem um alto custo e exige especialização; e a educação ambiental que pode ser desenvolvida juntamente com a comunidade do entorno para se garantir a proteção da área e diminuir os problemas com queimadas, caça e extrativismo.

Considerando o direito à propriedade, nenhum proprietário está obrigado a abrir sua reserva para visitantes ou pesquisadores. Diferente das áreas protegidas administradas pelos órgãos públicos, na reserva particular só é desenvolvida atividade que seja de interesse do gestor. É necessário que o responsável submeta à aprovação do órgão ambiental o plano de utilização da Reserva de acordo com a legislação.

Ao proprietário do imóvel caberá a responsabilidade de assegurar a manutenção da qualidade ambiental da área a ser preservada, promover a divulgação mediante a colocação de placas, advertindo quanto aos aspectos da proibição de determinadas práticas na área. É

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obrigatório, sempre que solicitado pelo órgão responsável, encaminhar relatório da situação e das atividades desenvolvidas na Reserva.

Para incentivar a criação de RPPN e facilitar sua gestão são oferecidos alguns benefícios para seus proprietários. Existem programas de apoio às RPPN’s realizados por diversas entidades ambientalistas que repassam recursos para projetos e atividades de pesquisa, ecoturismo e educação ambiental. Há preferência na análise de pedidos de concessão de crédito agrícola, junto às instituições oficiais de crédito, além da possibilidade de cooperação com entidades privadas e públicas na proteção, gestão e manejo da unidade. Há ainda isenção do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR e prioridade na análise dos projetos, pelo Fundo Nacional do Meio Ambiente - FNMA.

O Ecoturismo

O turismo é visto atualmente como uma das mais dinâmicas atividades econômicas e situa-se como o setor econômico que mais cresce no mercado mundial. No entanto, sua prática ainda encontra muita resistência e dificuldades no Brasil, pois o setor turístico não está preparado para operar dentro das normas e limitações que esse tipo de atividade exige.

Muitos conceitos de turismo sustentável chamam atenção para importância do exercício do turismo responsável respeitando tanto o meio ambiente, quanto elementos sociais e culturais da localidade. O turismo sustentável, então, não objetiva formatar um produto para o mercado, mas, sim, um conceito de prática racional das relações do homem com o homem e do homem com a natureza. O principal segmento turístico que atende às práticas sustentáveis em ambiente natural preservado é o ecoturismo, conceituado pelo The Ecotourism Society (apud MENDONÇA; NEIMAN, 2002, p. 168) como “... visita responsável a áreas naturais visando preservar o meio ambiente e o bem-estar das populações locais.”

Ao desenvolver o turismo respeitando o meio ambiente, em detrimento de atividades massificadas e predatórias, o ecoturismo preserva os atrativos naturais e culturais, garantindo, assim, uma atividade duradoura possível de ser realizada dentro de RPPN’s. O ecoturismo passa a ser uma interessante alternativa econômica para locais, como a RPPN, onde se deseja conservar o ambiente, pois dinamiza a economia sem gerar grandes modificações na área explorada, além de atender a crescente demanda por atividades praticadas em áreas naturais e selvagens.

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O Brasil possui diversos biomas relevantes e é um país de grande diversidade. Seu potencial de exploração ecoturístico é enorme, o que tem proporcionado o desenvolvimento desta atividade, principalmente nas Unidades de Conservação, tanto públicas quanto privadas, mas seu crescimento depende de planejamento e estrutura para que não ocorram os mesmos problemas do turismo tradicional.

Considerações Finais

É fundamental entender que o ecoturismo deve ser um meio alternativo às práticas tradicionais de turismo. Não deve ser uma forma massifica de visita à natureza, mas uma forma de propiciar experiências à sociedade, que afetem suas atitudes, valores e ações no ambiente.

A visitação à RPPN possibilita a democratização do acesso ao patrimônio natural e incentiva a educação ambiental, disseminando práticas ambiental responsáveis.

A prática de ecoturismo em RPPN deve ser precedida de um planejamento da atividade, onde sejam definidos métodos de se minimizar os impactos gerados, envolver a comunidade local na tomada de decisões, garantir a viabilidade econômica e definir a metodologia de educação ambiental. Deve-se procurar manter os ambientes naturais e fortalecer as comunidades receptoras, objetivando a sustentabilidade e a conservação de ambos.

Por todos argumentos expostos neste artigo apresenta-se que a prática do ecoturismo é muito valiosa para os proprietários de RPPN, uma vez que pode ser mais uma fonte de recursos para manter a conservação da área, além de poder valorizar toda cultura local possibilitando a criação de emprego e renda das comunidades próximas às reservas.

BIBLIOGRAFIA

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Acesso em: 5 set. 2007.

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BRASIL. Decreto n° 98.914, de 31 de janeiro de 1990, dispõe sobre a instituição, no território nacional, de Reservas Particulares do Patrimônio Natural, por destinação do proprietário.

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Referências

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