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PLANEJAMENTO TRIBUTARIO

Luis Carlos Kolberg1 Antonio Osório Gonçalves 2

RESUMO

O planejamento tributário resume-se em um conjunto de sistemas legais que traz possibilidade da empresa escolher a redução da carga tributaria de uma entidade de forma licita visando diminuir o desembolso com impostos, em ultima análise gerar economia tributária. No trabalho foi abordado um referencial teórico da contabilidade tributaria e também os conceitos dos tributos estaduais e federais referente à forma de tributação, objetivando mostrar o conceito das seguintes modalidades de tributação: Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional para ver qual a melhor forma da empresa se enquadra. Metodologicamente está delineado como uma pesquisa exploratória procedimentada como estudo de caso passando por pesquisa documental e bibliográfica, abordada como de caráter quantitativo. O resultado obtido através da realização dos cálculos nos três métodos de apuração de tributos, Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real, demonstra ser vantajoso para o grupo de empresa Baratilhão continuar no modelo do Simples Nacional. Os cálculos evidenciaram uma economia de tributos neste método em relação aos demais.

Palavras chaves: Planejamento tributário, Simples Nacional, Lucro Presumido e

Lucro Real.

ABSTRACT

Tax planning can be summarized in a set of legal systems that brings the possibility to choose the company reduced the tax burden of an entity so as lawfully decreasing order with tax disbursement, ultimately generate tax savings, at work was approached from a theoretical accounting summarized and also the concepts of state and federal taxes on the form of taxation, aiming to show the concept of the following forms of taxation: Income, National Income Deemed Simple and to see how best the company fits. Methodologically is designed as an exploratory case study as procedure through desk research and literature, as discussed in quantitative character. The result obtained by performing calculations on the three methods of calculating tax, National Simple, Presumed Income and Taxable Income, proves to be advantageous for the group company Baratilhão continue the model of the National Simple. The calculations showed a tax savings this method over the other.

Keywords: Tax planning, National Simple, Presumed Income and Taxable Income. 1 Graduando do Curso de Ciências Contábeis da Faculdade Dom Alberto

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1. INTRODUÇÃO

Em todos os países existem diversas formas de tributação, mas no Brasil o sistema de tributação é um dos mais complexos. A responsabilidade das pessoas físicas na qualidade de sócios e ou administradores tem uma grande importância na escolha da melhor forma de tributação para a empresa. A contabilidade cada vez mais é percebida pelos gestores como instrumento de grande valia na geração de informações relevantes para o apoio ao processo decisório. Gerenciar uma empresa no atual cenário de negócios requer que os gestores tenham conhecimento do ambiente no qual atuam e para tanto precisam monitorar constantemente fatores externos e internos. No meio ambiente externo forma variável que impacta a gestão das empresas é o fato dos clientes tornaram-se mais vigentes em relação à qualidade. Isso fez com que o mercado ficasse extremamente competitivo, trazendo reflexos à gestão.

É evidente o crescimento do agravamento da responsabilidade dos gestores das empresas e dos profissionais da área. Todos os profissionais da área de contabilidade devem ter um imenso conhecimento da legislação tributaria, devido as suas responsabilidades perante a empresa para se ter uma melhor forma de gerenciamento, pois sabe-se que cada vez existe mais competitividade entre as empresas.

Uma das formas de gestão tributaria nas organizações é por meio do estudo prévio do impacto das opções tributárias nas operações da empresa. Este estudo realizado pelos gestores é denominado de planejamento tributário.

O planejamento tributário é a atividade empresarial que se desenvolve de forma estritamente preventiva, projeta os atos e fatos administrativos, que vem informar quais tributos legais que estão disponíveis. Pois existem aos contadores mais de uma forma de atuação no mercado, sendo de estrema importância para as empresas. O contador deve ter um amplo conhecimento nas normas e legislação brasileira de contabilidade para poder desenvolver um trabalho que resulte em benefício para a empresa.

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quatro organizações distintas, com personalidade jurídica própria, e todas se encontram inseridas na modalidade de tributação do simples nacional.

Desta forma, busca-se investigar se a transformação destas organizações em uma única empresa implicará no acréscimo significativo dos tributos pagos pela organização. Buscar-se-á analisar o impacto das modalidades de tributação do Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real, em uma situação de reestruturação societária na empresa.

Nesse contexto, O planejamento tributário torna-se essencial e importante, para o dimensionamento dos custos advindo das obrigações tributárias.

O estagio tem como objetivo adquirir conhecimentos teóricos para poder desenvolver um trabalho prático, requerendo um amplo conhecimento do profissional na área de contabilidade, tanto no campo científico quanto técnico.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. Planejamento Tributário

O sistema e a carga tributária no Brasil atualmente são extremamente elevados e mais complexos do mundo. Isso traz como conseqüência, a necessidade de investimento nos setores contábil e fiscal das empresas. Os empresários, bem como os contabilistas estão cientes que o gerenciamento dos tributos da organização não pode mais ser considerado apenas como uma obrigação, mas como estratégia.

O planejamento tributário consiste em um conjunto econômico de sistemas legais que visa à redução da carga tributária por meios lícitos, que exige bom senso e alto conhecimento técnico do planejador, buscando alternativas que permitam alcançar melhores resultados, tendo assim um ganho na competitividade, pois um mínimo detalhe não observado na lei pode elevar a carga tributária.

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Urgentemente esta sendo discutido mudanças no sistema tributário e adoção de mecanismo para simplificar as rotinas tributaria. Enquanto isso não ocorre, as empresas cada vez necessitam de um planejamento tributário mais completo. Dentando resguardar os direitos dos contribuintes para proteger seu patrimônio.

Conforme Oliveira, et.al. (2006, p. 38), endente-se planejamento tributário: “endente-se por planejamento tributário uma forma licita de reduzir a carga fiscal, o que exige alta dose de conhecimento técnico e bom-senso dos responsáveis pela decisões estratégicas no ambiente corporativo. Trata-se do estudo prévio à concretização dos fatos administrativos, dos efeitos jurídicos, fiscais e econômicos de determinada decisão gerencial, com o objetivo de encontrar a alternativa legal menos onerosa para o contribuinte”. O planejamento tributário não pode confundir com sonegação fiscal. O

planejamento tributário e planejar e escolher entre duas ou mais formas licitas, que resulte no menor imposto para pagar. Sonegar já por sua vez, é utilizar meios ilegais para recolher o tributo devido.

2.2 Renda

Conforme a Lei 5.172 (Código Tributário Nacional) o imposto de competência da União, sobre a renda e proventos de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica: I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos; II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior.

A renda, para efeitos tributários, abrange os proventos, que compreendem o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos e os acréscimos patrimoniais. Conforme Dr. Nilton Latorraca, “a obrigação tributária surge quando a pessoa jurídica adquire disponibilidade jurídica ou econômica de renda, isto é, quando se constata um acréscimo patrimonial.” (OLIVEIRA, et all 2006, p. 177).

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O Simples Nacional é um regime tributário diferenciado, simplificado e favorecido previsto na Lei Complementar n º 123, de 2006, aplicável às Microempresas e às Empresas de Pequeno Porte, a partir de 01.07.2007. O artigo 12 da referida Lei Complementar define o Simples Nacional como um Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte.

De acordo com Souza (2007, p. 267) o Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único, dos seguintes impostos e contribuições: apenas o IRPJ (imposto sobre a renda da pessoa jurídica), IPI (imposto sobre produtos industrializados), CSLL (contribuição social sobre o lucro líquido), COFINS (contribuição sobre o financiamento da seguridade social), contribuição para PIS/PASEP, Contribuição para seguridade social para determinadas pessoas jurídicas, ICMS (imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação) e ISS (imposto sobre serviços de qualquer natureza).

As alíquotas das tabelas do SIMPLES NACIONAL devem ser aplicadas sobre a base de cálculo mensal. No entanto, para identificar a alíquota correspondente, o contribuinte deve acumular o total das receitas auferidas nos 12 meses anteriores ao mês da tributação. Uma vez obtido o montante, deve compará-lo com as faixas de receita bruta da respectiva tabela de incidência, a fim de identificar a alíquota a ser aplicada sobre a receita bruta daquele mês.

2.4. Lucro Real

O regime normal de tributação do imposto sobre a renda das pessoas jurídicas, ou equiparadas, é o lucro real.

Com o passar do tempo, o legislador tributário, atento às complexidades da apuração do lucro real e à dimensão das empresas, criou outros regimes de tributação, como o lucro presumido e o Simples.

Essas formas de tributação são opções do contribuinte e estão subordinadas a certas condições.

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Algumas empresas são, necessariamente, tributadas pelo lucro real, seja em razão da receita bruta, da atividade desenvolvida, da origem dos lucros, de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto ou por terem recolhido o imposto pelo regime de estimativa mensal, durante o exercício.

Segundo artigo 14 da Lei Nº 9.718, de 27 de novembro de 1998, estão obrigadas a apuração do lucro real as pessoas jurídicas:

a ) cuja receita bruta total, no ano-calendário anterior, seja superior ao limite de R$ 48.000.000,00, ou proporcional ao número de meses do período, quando inferior a doze meses;

b ) cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários. empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta;

c ) que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;

d ) que autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto;

e ) que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa ;

f ) que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring).

Lucro Real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões e compensações prescritas ou autorizadas pela legislação do imposto sobre a renda.

2.5. Lucro Presumido

Pode optar pelo Lucro Presumido toda pessoa jurídica que não esteja obrigada a tributação pelo lucro real.

Assim, não podem optar pelo Lucro Presumido as pessoas jurídicas:

a - cuja receita bruta total, no ano-calendário anterior, tenha sido superior a R$ 48.000.000,00, ou ao limite proporcional de R$ 4.000.000,00 multiplicado pelo número de meses de atividade no ano, se inferior a doze;

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corretoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta;

c - que tiveram lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;

d - que, autorizadas pela legislação tributária usufruam de benefícios fiscais relativos a isenção ou redução do Imposto de Renda;

e - que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal do Imposto de Renda pelo regime de estimativa;

f - que explorem atividades de prestação cumulativa e continua de serviço de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring);

g - que explorem atividades de compra e venda, loteamento, incorporação e construção de imóveis, desde que possuam operações imobiliárias para as quais haja registro de custo orçado.

O Lucro Presumido é determinado mediante a aplicação, sobre a receita bruta de vendas de mercadorias e/ou prestação de serviços, percebida em cada trimestre civil, de determinados percentuais, fixados em função da atividade da pessoa jurídica, adicionado de valores de algumas operações.

A receita bruta, sobre a qual se aplicam os percentuais de presunção do lucro, é constituída pelo produto da venda de mercadorias nas operações de conta própria, pelo preço dos serviços prestados e pelo resultado auferido nas operações de conta alheia, não computados os valores relativos: às vendas canceladas; aos descontos incondicionais concedidos; o IPI incidente sobre as vendas; e ICMS retido pelo substituto tributário, nos regimes de substituição tributária.

A base de calculo do imposto devido trimestralmente será determinada, mediante aplicação sobre a receita bruta auferida, conforme segue descrito abaixo.

1,6% (um inteiro e seis décimos por cento) sobre a receita bruta auferida na revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural;

8% (oito por cento) sobre a receita bruta auferida nas atividades de:

comércio, indústria, prestação de serviços hospitalares e transporte de carga;

loteamento, incorporação, venda de imóveis construídos ou adquiridos para revenda;

16% (dezesseis por cento) sobre a receita bruta auferida na prestação dos demais serviços de transporte;

32% (trinta e dois por cento) sobre a receita bruta auferida com as atividades de:

a) prestação de serviços, pelas sociedades civis, relativos ao exercício de profissão legalmente regulamentada;

b)intermediação de negócios;

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d) construção por administração ou por empreitada unicamente de mão-de-obra;

e)prestação de qualquer outra espécie de serviço não mencionada anteriormente. ( ECONET)

3. METODOLOGIA

A realização da pesquisa, no que diz respeito aos objetivos, classifica-se como uma pesquisa exploratória. Para Beuren (2004, p.80) “a pesquisa exploratória busca conhecer com maior profundidade o assunto, de modo a torná-lo mais claro possível”.

Ainda conforme Gil (1999), a pesquisa exploratória significa reunir mais conhecimento e incorporar características inéditas, bem como buscar novas dimensões até então desconhecidas. Quanto aos procedimentos o estudo pode ser classificado como um estudo de caso, pois busca observar de maneira detalhada e profunda o assunto objeto da pesquisa. Para Silva (2003, p.63) “Pesquisa Estudo de Caso - é um estudo que analisa um ou poucos fatos com profundidade”.

De acordo com Gil (2010, p.37),

“o estudo de caso consiste no estudo de aprofundamento exaustivo de um ou poucos objetivos, de maneira que permita seu amplo e detalhamento conhecimento, tarefa praticamente impossível mediante outros delineamentos já considerados”

Quanto à abordagem do problema, a pesquisa é quantitativa, representado pelo levantamento dos dados existentes nos documentos da empresa, como as notas fiscais, Livros Diário e Balancetes, pela análise dos cálculos de tributos mensais devidos pelos três métodos de tributação que compõem o experimento.

A partir dessa análise de dados, adotou-se um processo comparativo dos resultados obtidos no período compreendido pelo exercício de 2011, que permitiu estabelecer as considerações finais e recomendações do presente trabalho.

4. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS DA PESQUISA

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LTDA E BARATILHÃO ATACADO DE UTILIDADES DOMESTICAS LTDA. Sendo essas administrada pelo mesmo sócio-gerente.

Para que pudesse alcançar o objetivo proposto neste estudo, inicialmente buscou-se identificar quais os valores reais consolidados do grupo de empresa Baratilhão, tais como faturamento mensal, e apurado os valores calculados e recolhidos a título de tributos, considerando a sistemática tributária do Simples Nacional, utilizada efetivamente pela empresa no período avaliado.

PERÍODO VALOR R$ JANEIRO R$ 225.209,88 FEVEREIRO R$ 244.960,33 MARÇO R$ 155.640.03 ABRIL R$ 189.339,14 MAIO R$ 176.512,50 JUNHO R$ 150.466,23 JULHO R$ 174.225.38 AGOSTO R$ 218.694.46 SETEMBRO R$ 200.546,85 OUTUBRO R$ 292.294,01 NOVEMBRO R$ 273.702,79 DEZEMBRO R$ 243.259,66 TOTAL R$ 2.544.851,26

QUADRO 01 - FATURAMENTO ANUAL 2011

4.1. Apuração dos Impostos pagos pela sistemática do Simples Nacional

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SETEMBRO R$ 14.480,46

OUTUBRO R$ 21.607,65

NOVEMBRO R$ 19.528,05

DEZEMBRO R$ 15.324,80

TOTAL R$ 184.304,47

QUADRO 02 - VALORES DO SIMPLES NACIONAL

No quadro 02 estão calculados os valores recolhidos pelo grupo de empresa Baratilhão, composto por quatro empresas, objeto do presente estudo, pela metodologia tributária simplificada, identificada como Simples Nacional, no exercício de 2011, tendo como base de cálculo o faturamento bruto consolidado.

Num segundo momento, para fins de análise comparativa, fez-se um cálculo, a partir dos dados reais de faturamento apresentados pelas empresas, utilizando-se a metodologia tributária pelo Lucro Presumido, onde foram apurados os valores de PIS/COFINS/CSLL/IRPJ e do ICMS, sendo a soma destes valores o total do imposto que a empresa viria a recolher na hipótese de se valer dessa modalidade tributária.

4.2. Apuração dos Impostos Federais a serem pagos pelo Lucro Presumido

Objetivando obter termos comparativos para a empresa em estudo, foram feitos levantamentos, sendo ela, tributada pelo método do Lucro Presumido, os valores do faturamento anual de 2011, são aqueles coletados junto à empresa, descritos anteriormente. Cabe lembrar, que neste método de tributação as alíquotas utilizadas são de 0,65%, 3,00%, 1,08%, 1,20% e 17% respectivamente para PIS/COFINS/CSLL/IRPJ/ICMS.

No quadro abaixo faz-se a demonstração dos valores calculados pelo sistema tributário do Lucro Presumido.

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AGOSTO 218.694,46 12.968,58 17.380,94 R$ 30.349,52 SETEMBRO 200.546,85 11.892,43 8.688,16 R$ 20.580,58 OUTUBRO 292.294,01 17.333,03 16.263,75 R$ 33.596,79 NOVEMBRO 273.702,79 16.230,58 20.637,72 R$ 36.868,29 DEZEMBRO 243.259,66 14.425,30 10.680,07 R$ 24.805,37 TOTAL R$ 2.544.851,26 R$ 150.909,68 R$ 128.431.28 R$ 279.040,98 QUADRO 03 – VALORES DO LUCRO PRESUMIDO

O quadro supra, demonstra o cálculo do Lucro Presumido, pela aplicação do método de cálculo descrito acima. Também apresenta o calculo dos valores recolhidos a titulo de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS. Mais uma vez, cumprindo o regramento legal, o valor recolhido a título de ICMS, caso a empresa fosse tributado pelo Lucro Presumido, seria recolhido no ano de 2011 um valor total de R$ 128.731,28 de ICMS. Lembrando que o valor do ICMS foi apurado e aplicando-se a alíquota de 17% sobre o faturamento da empresa, e como ela obteve compras no período, sendo o credito apropriado no calculo do ICMS. Sendo que o total de imposto pago pela empresa fosse tributado pelo Lucro Presumido seria no valor de R$ 279.040,98.

4.3. Apuração dos Tributos a serem pagos pelo Lucro Real

A fim de estender a análise comparativa das diversas possibilidades de tributação, disponibilizada pelo Sistema Tributário Nacional, apresenta-se o cálculo efetuado com base no Lucro Real. Os cálculos efetuados por este método demonstraram os seguintes valores conforme Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) dos dados consolidados do exercício de 2011 do grupo de empresa Baratilhão.

DEMONSTRAÇAO DO RESULTADO DO EXERCICIO RECEITA OPERACIONAL BRUTA

+ VENDA DO PRODUTO 2.544.851,26

DEDUCAO DA RECEITA BRUTA

- IMPOSTOS INCIDENTE SOBRE VENDA 407.272,67

= RECEITA OPERACIONAL LIQUIDA 2.137.578,59

- CUSTO DO PRODUTO VENDIDO

CMV 1.548.746,59

= LUCRO BRUTO 588.832,00

DESPESAS OPERACIONAIS

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- DESPESAS ADMINISTRATIVAS 66.551,13

- DESPESAS GERAIS 117.209,06

ENCARGOS FINANCEIROS LIQUIDOS

- DESPESAS FINANCEIRAS 107.391,78

= LUCRO OPERACIONAL 67.588,26

= RESULT.DO EXERC.ANTES DOS IMP.CONTR.E PARTICIP. 67.588,26

- PROVISAO PARA IMPOSTO DE RENDA

- IMPOSTO DE RENDA DA PJ 15% 10.138,24

- CONTRIBUICAO SOCIAL 9% 6.082,94

= LUCRO LIQUIDO DO EXERCICIO 51.367,08

QUADRO 04 – VALORES DO LUCRO REAL

A demonstração do Resultado do Exercício (DRE) consolidado acima, elaborada de acordo com as Normas Brasileira de Contabilidade e a Legislação do Imposto de Renda, demonstra um montante de tributos, pela sistemática do Lucro Real de R$ 423.493,85, somados os impostos incidentes sobre vendas e os tributos sobre resultado.

8.5. Analise comparativa Simples Nacional x Lucro Presumido x Lucro Real

Conforme proposto como objetivo deste trabalho, realizou-se a analise comparativa dos três métodos de tributação: Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real. O quadro seguir apresenta a diferença de tributos apurado nessas três possibilidades:

Itens Simples nacional Lucro presumido Lucro real

Exercício 2011 184.304.47 279.040,98 423.493,85

Relatividade 1,00 1,5140 2,2977

Faturamento 2.544.851,26 2.544.851,26 2.544.851,26

Relatividade 0,0724 ou 7,24% 0,1096 ou 10,96% 0,1664 ou 16,64%

QUADRO 05 – ANÁLISE COMPARATIVA

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423.493,85, com projeção de 129,77% em relação à sistemática utilizada atualmente pela empresa, significando um comprometimento da receita bruta anual de 7,24% para o Simples Nacional, 10,96% para o Lucro Presumido e 16,64% para a sistemática do Lucro Real, significando, na análise dos limites, um crescimento da carga tributária de 9,40% da receita bruta anual.

5. CONSIDERACOES FINAIS

A forma de tributação das empresas hoje em dia é um fator muito importante. Ela depende de um estudo muito aprofundado do assunto. Reduzir custos é a voz no segmento empresarial. Incentivada por essas questões, busca-se esclarecer, de forma acadêmica, o assunto através da realização deste trabalho.

O sistema de tributação Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real, possuem grandes diferenças entre alíquotas e forma de apuração. Por esse motivo torna-se necessário um amplo conhecimento a respeito do assunto para enquadrar a empresa no sistema que demonstre ser menos oneroso.

Conforme os resultados obtidos através da realização dos cálculos nos três métodos de apuração de tributos, Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real, considerando-se mais vantajoso para o grupo de empresa Baratilhão a continuar no modelo do Simples Nacional. Os cálculos evidenciaram uma economia de tributos neste método em relação aos demais.

Com uma simples verificação, realizada através de comparação dos resultados obtidos pelas três formas de tributação estudadas, constituiu uma das varias maneiras de elaboração de um planejamento tributário, objetivando redução do custo direito dos tributos devidos ou do custo indireto da apuração desses mesmos tributos.

Dessas forma, observou-se a importância dos incentivos tributários que as microempresas e empresas de pequeno porte necessitam para sua sobrevivência. Assim, concluiu-se que o Simples Nacional é a melhor forma de tributação para o grupo de empresas Baratilhão.

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que ele estará contribuindo para um futuro cada vez melhor.

6. REFERÊNCIAS

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