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CTN anno XXXVIIII 2014/3 p. 44

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CTN anno XXXVIIII 2014/3 – p. 44

Escrevo a vocês …

p. 46

Para uma comunhão visível

p. 48

Informações do Governo Geral

p. 50

Solicidadas pela compaixão do bom Pastor

p. 52

Plenamente conformadas a Cristo Pastor

p. 54

Na partilha dos bens

p. 56

No espírito de Familía Paulina

p. 58

Igreja – Mundo

p. 59

Aprofundemos juntas

p. 61

Da conexão à comunhão

p. 63

Agenda de família

p. 64

Vivendo na casa do Pai

p. 64

Suore di Gesù Buon Pastore “Pastorelle” – Roma, Via della Pisana 419/421

Bollettino Informativo anno XXXX

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(3)

Querida,

“Queria fazer-me intérprete do grito que se eleva, com crescente angústia, em todos os cantos da terra, em todos os povos, em cada coração, na única grande família que é a humanidade: o grito da paz! É um grito que diz com força: queremos um mundo de paz, queremos ser homens e mulheres de paz, queremos que nesta nossa sociedade, dilacerada por divisões e conflitos, possa irromper a paz! Nunca mais a guerra! Nunca mais a guerra! A paz é um dom demasiado precioso, que deve ser promovido e tutelado. Vivo com particular sofrimento e com preocupação as várias situações de conflito que existem na nossa terra; mas, nestes dias, o meu coração ficou profundamente ferido por aquilo que está acontecendo na Síria, e fica angustiado pelos desenvolvimentos dramáticos que se preanunciam”1.

Estas palavras pronunciadas pelo Papa Francisco há dois anos são muito atuais, sobretudo hoje, quando temos sob os nossos olhos acontecimentos tão trágicos. Elas evidenciam ainda mais o drama no qual está envolvida toda a humanidade, sempre mais incapaz de percorrer os caminhos da paz.

Ninguém pode ficar indiferente diante dessa tragédia que nos acomuna. Os meios de informação nos bombardeiam todo dia com notícias preocupantes e angustiantes. Os conflitos vão se alargando, como a dor e o sofrimento no coração humano. Imediatamente brotam temor, confusão, raiva, medo; emoções que podem sufocar, também em nós, a esperança da paz, a certeza de que o Senhor está agindo, mesmo nesta complexa e dramática história, chamada, porém, a se tornar história de salvação.

Este ano, na proximidade do Santo Natal, festa de luz e de alegria, ressoa ainda o grito e o pranto de tantas pessoas, vitimas de uma loucura atroz que infelizmente está ameaçando todos os países do mundo. E é justamente neste mundo, que também hoje nasce um Menino!

O Filho de Deus nasce chorando, como tantas crianças que vêm ao mundo… mas o seu choro é diferente. É o pranto do Pai pela humanidade incapaz de percorrer, com as suas próprias forças, os caminhos da paz, mas sobre a qual Ele quer, hoje, derramar a sua Misericórdia. É o pranto do Espirito por aqueles que fizeram da violência, do ódio e da guerra, a razão de suas vidas e não percorrem os caminhos do amor. É o pranto do Filho do homem que, por respeito a nossa liberdade, continua a dar a vida por nós: Nele está a vida, e a vida é a luz dos homens (cf. Jo 1, 4)

"Hoje não se compreende o caminho da Paz" – disse ainda Papa Francisco – "Será bom também para nós pedir a graça do pranto por este mundo que não reconhece mais o caminho da paz (...). Peçamos a conversão do coração”2.

1

Papa Francisco, no Angelus de 1º de setembro de 2013. 2

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conversão do nosso coração, quero convidar-lhe a fazer um gesto concreto que expresse a sua disponibilidade em percorrer os caminhos da paz, partindo justamente da sua própria vida, das suas próprias relações.

Neste tempo em que toda a Congregação está focada no dom da comunhão, proponho de individuar uma pessoa que possivelmente tenha ofendido você e com a qual o seu coração não esteja em paz: comece, ou se já está fazendo, continue a rezar por ela, suplique ao Pai de toda misericórdia que remova qualquer sentimento negativo do seu coração e do dela, e peça ao Espírito a coragem e a graça de um encontro de reconciliação.

É uma estrada simples, mas exigente, sobretudo se você deixou passar muitos anos com sentimentos desagradáveis no seu coração em relação a alguma Irmã. Porém, é também uma via privilegiada para ajudar a tirar do nosso mundo um pouco das divisões e hostilidades, para deixar-nos habitar por um pouco mais de paz e de unidade.

Na força da comunhão doada pela Trindade, este gesto brilhará muito mais forte do que as luzes artificiais que serão acesas nestas festividades natalícias... e também você terá dado a sua pequena contribuição, a sua gota no oceano da vida que suplica mais do que nunca pela paz.

“Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus!” (Mt 5,9), serão abençoados pelo meu Pai – disse Jesus – e, porque o amor é sempre concreto, tornemo-lo visível na simplicidade dos gestos que alimentem a paz, a solidariedade, a comunhão, evitando tudo aquilo que divide, destrói, semeia morte, dúvidas e calúnia. Ajudemo-nos a ter atenção com a língua, que frequentemente destrói mais do que as armas.

Você também pode fazer resplandecer este Natal, no Ano Santo da Misericórdia, vivendo as palavras incomodas mas eficazes do Evangelho: “Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem...!”. (Mt 5,44).

Sim, com maior amor, também você pode contribui para vencer o terrorismo e toda divisão!!! A paz pode crescer no mundo partindo do seu, do meu coração habitado pelo Amor misericordioso. Não perca esta oportunidade que o Senhor lhe concede neste Natal!

“Senhor Jesus, agora vos acolhemos como uma criança que necessita de cuidado e de atenção; agora vos acolhemos como um irmão que precisa contar com o nosso amor incondicional; recebemos-vos como nosso Salvador que nos liberta do medo de sermos carinhosos e bons. Pedimos-vos para nos acolher aos pés da manjedoura, com o pobre dom que somos diante de vós e dos nossos irmãos e irmãs em humanidade. Emanuel, Deus conosco!”3.

Com o coração cheio de confiança de que também nós, Pastorinhas, podemos contribuir humildemente para construir a paz, na obediência ao Espírito, desejo a você um verdadeiro e santo Natal!

Ir. Marta Finotelli Superiora geral

Roma, 8 de dezembro de 2015 Solenidade da Imaculada Conceição Início do Ano Jubilar da Misericórdia

3

Frate Michael Davide, Eterna è la sua misericordia – Itinerario liturgico-spirituale del Giubileo della Misericordia, p. 114.

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Do grupo do governo geral…

Somos parte da Família Paulina que tem no Padre Tiago Alberione, o pai e Fundador comum (...). Todos os Institutos, não obstante sua autonomia, se reconhecem num único projeto espiritual e apostólico: comunicar Jesus Cristo ao mundo. A pertença à Família Paulina, querida como tal pelo Fundador, é um elemento carismático de cada Instituto. (RdV 2)

Este artigo da Regra de Vida é um convite para acolher e viver o dom da comunhão, não somente entre nós, mas entre os membros da Família Paulina, com os pastores e com o povo de Deus confiado à nossa cura pastoral.

Durante as visitas nas Circunscrições, de acordo com a possibilidade dos compromissos e do tempo, procuramos visitar os outros membros da Família Paulina presentes nas diversas nações, constatando o quanto é enriquecedora a partilha recíproca. É bonito perceber como o projeto unitário da Família Paulina é encarnado, cultivado, como amadureceu e está amadurecendo para dar frutos sempre novos, na fidelidade criativa às intuições do nosso Fundador comum.

Com este pensamento, Ir. Rita Ruzzene participou de 6 e 7 de novembro, juntamente com representantes das outras Congregações da Família Paulina, de um Congresso com o tema: “Famílias Carismáticas em diálogo, no ano da Vida Consagrada”. Objetivos do Congresso: conhecimento maior das Famílias Carismáticas; sensibilizar para a comunhão e a colaboração; agir com maior incidência na evangelização, segundo os próprios carismas. Pareceu-nos muito oportuno refletir sobre o nosso ser família, desde a fundação de cada Instituto da Família Paulina, e sobre aquilo que possamos oferecer, como família, à Igreja e a sociedade deste tempo histórico, em benefício de toda a humanidade, necessitada da paz e da solidariedade.

Continua o acompanhamento das Circunscrições, em formas e momentos diversos: as visitas canônicas e finalizadas já programadas, as comunicações, os encontros pessoais com algumas Irmãs e a lembrança na oração, particularmente na celebração da Eucaristia. Nestes meses, as Irmãs do governo empenharam-se na reflexão e no discernimento para a nomeação dos governos das Circunscrições: Brasil-São Paulo e Chile-Peru-Cuba. A visita canônica realizada na Província Filipinas-Austrália-Saipan-Taiwan, foi uma experiência de comunhão, de fraternidade e de maior conhecimento recíproco. Através do compromisso de Ir. Marta como Vice-Presidente da USMI nacional (União dos Superiores Maiores), sentimo-nos também nós mais envolvidas no caminho da vida Religiosa na Itália.

Apenas celebramos a abertura do Jubileu extraordinário, um Ano Santo da Misericórdia, iniciado na solenidade da Imaculada Conceição e que se concluirá no dia 20 de novembro de 2016, Domingo de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo e rosto vivo da misericórdia do Pai. Um tempo propício para viver a misericórdia do Senhor e para nos tornarmos sempre mais testemunhas da mesma misericórdia de Deus. Saboreamos a explicação de Papa Francisco sobre o significado deste acontecimento: “Deverá ser um Ano santo durante o qual se sentirá «forte em nós a alegria de sermos reencontrados por Jesus, que como Bom Pastor veio procurar-nos porque estávamos perdidos. Um jubileu para sentir o calor quando nos carrega sobre os ombros, para conduzir-nos à casa do Pai. Um ano no qual sejamos tocados e transformados pelo Senhor Jesus, com a sua misericórdia, para nos tornarmos também testemunhas da misericórdia1”.

Continuamos o caminho de confiança no Senhor Jesus. Boa preparação para o Natal do Senhor, Ir. Purisima Tañedo Pelas Irmãs do Governo Geral

1

Papa Francisco, Homilia por ocasião da entrega e leitura da Bula de proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, «Misericordiae vultus», 11 de abril de 2015.

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Do grupo de governo da Delegação

Chile - Peru - Cuba

O CAMINHO DE COMUNHÃO, OS DESAFIOS, E O EMPENHO EXIGIDO PELA EXPERIÊNCIA DA UNIFICAÇÃO DE CHILE - PERU - CUBA

Fazer memória daquilo que Deus operou na nossa vida e na nossa Delegação, significa ter um coração agradecido, porque Ele é bom e nos permitiu fazer a experiência de uma maior abertura à missão e de uma forte comunhão entre nós.

Acolher a notícia da abertura de uma comunidade de Pastorinhas na querida terra de Cuba, muito nos alegrou e sentíamos como uma resposta concreta às inspirações do Espírito Santo para Igreja e para nossa Congregação. Sentimo-nos muito próximas desta realidade, mesmo porque uma Irmã Filha de São Paulo, que tinha vivido muitos anos no Peru, conheceu o Padre Jesús Marcoleta, atual Pároco da Paróquia “Virgen de la Caridade del Cobre”, (Nossa Senhora da Caridade do Cobre), em Cantel, Cuba, onde estão colaborando as nossas Irmãs. Ela tinha falado com ele sobre a nossa Congregação e o encorajou a fazer o pedido de abertura de uma nova comunidade de Pastorinhas na sua Paróquia, para colaborar na missão pastoral.

Causou-nos comoção saber que três Irmãs de nossa Delegação foram chamadas por Deus para responderem a esta intuição. Cuba: o seu povo, o seu caminho de fé, a sua problemática, as suas diversas necessidades se tornaram próximos de nós.

Seguimos passo a passo a preparação das nossas Irmãs Chiara Raccuglia e Jesús Aurelia Casimiro, que com grande entusiasmo e generosidade se disponibilizaram a iniciar o caminho de acompanhamento daquela porção de Igreja em terra cubana, escutando o grito dos mais pobres e distantes, e com o desejo de anunciar com alegria o Evangelho da vida e da esperança. Depois de um ano de presença, juntou-se a elas Ir. Alicia Fogliatti. Continuamos seguindo todo o processo de inserção: as pequenas alegrias e as dificuldades se tornaram nossas; os desafios pastorais e uma nova visão da experiência pastoral vivida, tornaram-se também para nós grandes desafios.

Experimentamos de perto que, quando damos com generosidade, na nossa pobreza e pequenez, Deus nos enriquece com infinitas bênçãos; e com alegria, com paz, com experiências profundas de comunhão, permite-nos alargar o coração, vivendo a alegria de acolher os mais distantes e necessitados da evangelização.

A dificuldade de uma comunicação real não foi um impedimento, porque a comunicação espiritual e a comunhão fraterna se tornam ainda mais fortes, ajudando a valorizar o essencial da vida. No dia 29 de junho deste ano de 2015, acolhemos com alegria a notícia oficial sobre a integração da comunidade de Cuba à nossa Delegação, agora chamada CI-PE-CU. É uma grande alegria, e, ao mesmo tempo, um compromisso que exige de todas muita generosidade, abertura, espírito missionário, comunhão, contínua oração e disponibilidade concreta. Estamos em processo de conhecimento, de acolhida de uma nova realidade tanto diversa quanto rica; a nossa próxima Assembleia de Delegação, em Janeiro de 2016, ajudar-nos-á nisso. Teremos tempo para escutar e ver, para deixar aquecer o coração por um novo ardor missionário, para que os rostos concretos dos irmãos cubanos se tornem parte da nossa vida e do nosso acompanhamento pastoral.

Estamos convencidas que as sementes de vida, que já foram semeadas em terra cubana, brotarão e darão frutos; as nossas Irmãs presentes em Cantel são testemunhas dessa realidade, porque Deus guia e acompanha a história dos seus filhos, a história dos nossos irmãos cubanos.

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CTN anno XXXX 2015/3 – p. 50

A Superiora geral, Ir. Marta Finotelli, com o consenso do Conselho, de setembro a dezembro de 2015 encaminhou os seguintes assuntos:

Emanou o decreto de ereção da comunidade de Campo Grande “comunidade vocacional” da Província BR-CdS.

Nomeou as Conselheiras da Província BR-SP: o novo governo para o quadriênio de 2016-2019, assim composto:

• Ir. Maria de Fátima PIAI (Superiora provincial) • Ir. Lusineide CARDOSO DE MELO (Conselheira) • Ir. Rosilene DE LIMA (Conselheira)

• Ir. Genoveva FOGAÇA (Conselheira) • Ir. Elisabéte MARTINS (Conselheira)

Constituiu a Comissão preparatória para o 9° Capitulo Geral: Ir. Annarita Cipollone (italiano), Ir. Marylin Delalamon (inglês), Ir. Cristina Jae Kyung Lee (coreano), Ir. Magally Marin (espanhol) e Ir. Cristiane Ribeiro (português). Ir. Cesarina Pisanelli, Conselheira geral, acompanhará o trabalho da Comissão.

Ir. Teresa Simionato, S.M.S.D., nos acompanhará na fase preparatória e estará também presente durante o Capítulo como Facilitadora.

Conclui a preparação da Visita Canônica na Província PI-AU-SA-TA, que foi realizada de 26 de setembro a 5 de novembro de 2015. Nesta visita Ir. Marta Finotelli foi acompanhada pelas conselheiras: Ir. Inácia dos Santos, Ir. Marisa Loser e Ir. Purissima Tañedo, secretária geral para as traduções. Animou também os Exercícios Espirituais para todas as Irmãs da Província. No seu retorno partilhou e considerou o resultado da mesma

Realizou a consulta e nomeou o novo governo da Delegação Chile-Peru-Cuba para o quadriênio de 2016-2020, assim composto:

• Ir. Mirina Bacilia IBARRA GANOZA (Superiora delegada) • Ir. Erika Guadalupe CABRERA CASTILLO (Conselheira) • Ir. Elsa Rebecca ZAVALETA CHAVEZ (Conselheira)

Avaliou o caminho realizado em 2015 e elaborou a Programação para 2016-2017 que será enviada para todas as comunidades.

Elaborou a Carta Mensagem da Visita Canônica do governo geral para as Irmãs da Província Filippine-Australia-Saipan-Taiwan realizada de 26 de setembro a 5 de novembro de 2015. Refletiu sobre os temas e o programa do encontro dos governos gerais da Família Paulina

que será realizado em Ariccia de 7 a 10 de janeiro de 2016

Concluiu a preparação das visitas finalizadas: em Albânia de 4 a 5 de dezembro; no Uruguai de 9 a 14 de dezembro e na ARG-BO de 15 a 21 de dezembro de 2015.

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ANNIVERSARI DI PROFESSIONE RELIGIOSA 2016

25°

Sr Stefania Seung Ja Hong Sr Anna Kim Ok Soon Sr Hellena Kim Hyun Sook Sr Juliana Kim Un Young Sr Maria Lim Hee Jung

50°

Sr Giuseppina Alù Sr Carmen Benvenuti Sr Lucia Carta Sr Donatella Cavazzuti Sr Ermelinda Denotti Sr Rosina De Simone Sr Rosaria Di Virgilio Sr Marilena Finotelli Sr Piera Leonardi Sr Lorenza Lovato Sr Maria Teresa Manca Sr Loredana Manoni Sr Michela Sapia Sr Caritas Zamonaro

60°

Sr Clelia Boscaini Sr Fatima De Nardo Sr Natalina Fiorini Sr Giuseppa La Barbera Sr Lavinia Mantovani Sr Giacinta Padoan Sr Giulia Tacconi

70°

Sr Federica Carli Sr Maria Pia De Luca Sr Enrica Orler Sr Celina Orsini Sr Agnese Simonotti

«Gesù ci assicura: “Qualunque cosa voi chiederete” (Mt 21,22);

è per tutti, anche se ci crediamo peccatori e indegni.

Egli effonderà maggiormente la sua misericordia.»

(PrP III, 1948, p. 203)

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CTN anno XXXX 2015/3 – p. 52

E

SPERIENZE

D

I

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OMUNIONE

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ASTORALE

ICN-MZ

IO CON VOI SEMPRE

Missione al Popolo nella Parrocchia Santa Maria Immacolata di Verona Borgo Milano

Esperienza di comunione tra sacerdoti, persone consacrate e laici

La Missione parrocchiale dal 4 al 15 novembre c.a. che ha avuto come slogan “Io con voi sempre”, si è posta l’obiettivo di vivere l’esperienza della ‘Chiesa missionaria in uscita’: nell’incontro con le persone, nell’annuncio della Parola, nei luoghi e nei tempi della vita quotidiana. La missione ha voluto essere un’occasione per ritrovare e rinvigorire la propria fede e contribuire a provocare quella conversione del cuore che cambia il proprio modo di concepire la vita e le relazioni con gli altri.

Trenta missionari – sacerdoti e consacrate – passando casa per casa, hanno visitato i volti della sofferenza negli ammalati, anziani, disabili…, ma anche delle situazioni dolorose delle famiglie segnate da lutti, separazioni, disoccupazione, emarginazione sociale.

Trenta missionari che nei vari incontri con ragazzi, adolescenti, giovani, adulti, hanno favorito il confronto e il dialogo nell’ascolto della Parola di Dio; hanno testimoniato come è bello e gioioso seguire il Signore; incoraggiato alla speranza che scaturisce dalla scoperta della presenza di Dio nella storia personale e dell’intera umanità.

Noi Pastorelle, abbiamo partecipato nei modi possibili: chi nella fase organizzativa del consiglio pastorale, chi direttamente a tutta la missione nel gruppo dei missionari, chi nei diversi appuntamenti parrocchiali, chi nell’accoglienza e ospitalità.

Al centro l’Eucaristia, sorgente e compimento della comunione con il Signore e con i fratelli/sorelle: alla mensa di Cristo Pastore per imparare la compassione e la misericordia.

Pastorelle di Verona

COREA

Attività di Ecumenismo e Dialogo interreligioso in Corea nel 2015

Due iniziative tra le tante attività ecumeniche per il dialogo interreligioso del 2015 in Corea.

1) “Accademia ecumenica” su “Fede e Costituzione in Corea”

Il 22 maggio 2014 è nata la “Commissione fede e Costituzione” in Corea che ha segnato una svolta profonda nel dialogo ecumenico. Uno dei frutti di un lungo cammino che negli ultimi anni si è venuto rafforzando.

All’inizio del 2015 si è aperta, in Corea, anche una “Accademia Ecumenica” che ha ottenuto un buon risultato grazie a professori appartenenti a confessioni cristiane diverse, membri di “Fede e Costituzione” che hanno svolto 13 lezioni. Si è iniziato con 48 studenti (31 cattolici, 17 protestanti) e concluso con 36 studenti. L’Arcivescovo ortodosso ed Io, abbiamo svolto il tema: “La storia dello Scisma tra la Chiesa cattolica e la Chiesa ortodossa e l’insegnamento cattolico per l’ecumenismo”. Inizialmente, tra i partecipanti si sentiva una certa distanza poiché c’erano pregiudizi vicendevoli, ma andando avanti con le lezioni, cresceva la comprensione vicendevole e si allargava la comunione tra loro. Hanno espresso una grande soddisfazione generale per questo corso e un grande desiderio di continuare l’approfondimento. Secondo loro, l’ignoranza, il malinteso, il pregiudizio, l’esclusione, la

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critica e il rifiuto dell’insegnamento dogmatico delle altre confessioni, il numero dei Sacramenti e la concorrenza tra le Chiese potrebbero essere ostacoli all’ecumenismo in Corea.

2) Il Pellegrinaggio e la Conferenza internazionale ecumenica della Corea.

Dal 23 al 30 ottobre 2015, con un gruppo ecumenico composto di 17 persone, abbiamo avuto incontri con i leaders delle varie religioni visitando Gerusalemme, Assisi e Roma accompagnati dal tema: “Desiderando la Pace pur nell’insicurezza di un equilibrio imperfetto”.

In Terra Santa abbiamo visitato i luoghi centrali delle diverse religioni e confessioni: il Patriarcato ortodosso di Gerusalemme, la comunità francescana (OFM), l’ufficio centrale dell’Islam, la Sinagoga e il Patriarcato cattolico di Gerusalemme. Abbiamo pregato nella Basilica della Natività di Betlemme, presso il Sepolcro e il Muro del pianto. Il nostro Pellegrinaggio ci ha permesso di andare ad Assisi e a Roma dove abbiamo partecipato all’udienza del Papa, visitato il Pontificio Consiglio per la Promozione dell’Unità dei Cristiani, la tomba di San Pietro e le Tre fontane, luogo che ricorda il martirio di S. Paolo. Ho osservato come tutte le religioni sottolineano la pace, l’amore, la giustizia. Mi sembra però che sia necessario purificare l’interpretazione di queste terminologie.

I giudei e i musulmani hanno spiegato che desiderano la pace, la giustizia e il rispetto della vita delle altre religioni ma continua ad esistere il conflitto tra loro. Per questo è necessario purificare l’interpretazione di questi termini attraverso incontri tra i leaders delle religioni presenti in questi luoghi. È sempre più necessario il rispetto vicendevole guardando gli altri con gli occhi dell’altra persona, invece che insistere soltanto sulla propria posizione.

Mi ha fatto molto piacere vedere un Pastore protestante, membro del nostro gruppo, che era commosso, perché visitando il patriarcato cattolico in Gerusalemme, Assisi e Roma ha visto come la Chiesa cattolica sia aperta ed attiva nel dialogo ecumenico e interreligioso. Sono orgogliosa della Chiesa cattolica e mi viene maggior voglia di essere utile per l’ecumenismo in quanto cattolica.

sr. Cecilia Son Chung Myung

CO-VE-ME

Comunità di Caracas, Venezuela

“Un milione di bambini pregando il Rosario per l’Unità e la Pace”

Con grande gioia abbiamo partecipato a questa attività, proposta dal Consiglio Nazionale dei Laici del Venezuela (CNL), che coordina e realizza ogni anno la Giornata di Preghiera intitolata: “Un milione di

bambini pregando il Rosario, riempiendo di fede e di speranza scuole, parrocchie, ospedali e case.

Quest’anno, in modo particolare, la giornata ha avuto come intenzione centrale: pregare per l’unità e la pace del nostro caro Venezuela che, come già sappiamo, sta attraversando momenti difficili a livello sociale, politico ed economico. Questa attività, appoggiata dai Vescovi, Sacerdoti, Religiose e Religiosi, Presidi e Genitori, ci ha permesso di vivere una esperienza di comunione nella cura pastorale dove, come Pastorelle, accompagniamo e coordiniamo le diverse giornate di preghiera insieme ai Parroci e ai Catechisti delle parrocchie dove stiamo operando.

L’iniziativa è cominciata nel Venezuela. Da dieci anni, grazie alla collaborazione di molti volontari, hanno visto la necessità di seminare nei bambini e nei giovani la devozione al Santo Rosario e l’insegnamento dei valori cristiani fondamentali per la formazione integrale della persona. L’esperienza è stata molto positiva ed edificante. Lo slogan è stato preso dalle parole di Papa Francesco: “Dio è

innamorato di noi, siamo il suo sogno di amore”. Queste parole cariche di tenerezza, di gioia e di

speranza, vogliono ispirare tutti quelli che hanno responsabilità nell’educazione e nella formazione dei bambini e dei giovani, bisognosi di una particolare cura pastorale. Rendiamo grazie a Dio.

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CTN anno XXXX 2015/3 – p. 54

Ir. MARIA LILIANA FAVA

um magistério pastoral em tempo pleno

Liliana Fava nasceu em 18 de julho de 1930, em Nonantola. Uma antiga e renomada cidadezinha da província de Modena, em uma bela família, profundamente cristã e de uma boa situação econômica e cultural.

A fama de Nonantola se deve principalmente à Abadia de São Silvestre, fundada em 752, pelo abade beneditino Anselmo, em um território recebido como doação do seu cunhado, o rei lombardo Astolfo. A doação compreendia, além do vasto território de planície, pantanoso ao redor da Abadia, também um grande território de bosque na zona da Cordilheira dos Apeninos di Fanano. A igreja da Abadia foi inicialmente dedicada a Maria Virgem e a São Bento, depois aos santos Apóstolos, e por fim a São Silvestre Papa, quando aconteceu o translado do seu corpo de Roma a Nonantola. Até hoje a Abadia custodia algumas relíquias de São Silvestre. No decorrer da sua história foi saqueada pelos Húngaros, em 899 e sofreu um terremoto em 1117, mas continuou a desenvolver um papel importante, não somente de caráter religioso. Os beneditinos melhoraram toda a planície, construindo canais e margens para os rios, e ensinando aos camponeses da região o gosto por uma vida boa e distinta, tornando-os corresponsáveis na gestão agrícola da terra.

A abadia em estilo românico, remonta ao século VIII, sendo uma obra de grande beleza e harmonia, feita provavelmente por discípulos di Wiligelmo, arquiteto autor da Catedral de Modena, absoluta obra prima deste estilo. A oficina scriptoria de Nonantola foi um dos principais centros de formação da escrita pré-carolíngia. O arquivo da abadia conta com mais de 4500 pergaminhos, dos quais 131 anteriores ao ano 1000. Entre os mais importantes, recordamos os de Carlos Magno, com o seu celebre monograma, o de Matilde di Canossa que traz a sua assinatura e o de Federico Barbarossa.

Liliana foi batizada no dia 11 de outubro de 1930, na capela rural de São Miguel Arcanjo, pelo padre Carlo Berselli, uma esplendida figura de pastor de almas. Na mesma capela recebeu a Primeira Comunhão e a Crisma, em 14 de setembro de 1936. A nossa Liliana cresceu e estudou em um contexto cultural muito amplo: desde pequena era dotada de uma inteligência profunda e vivaz e de um temperamento forte e silencioso, que lhe permitiu a interiorização daquilo que aprendia. A sua notável capacidade crítica permitia-lhe uma elaboração original dos conteúdos culturais, favorecida também pelo estilo de vida familiar e pela vida eclesial.

Participava ativamente da Ação católica e logo se tornou coordenadora da Juventude feminina. Distinguia-se pela fidelidade aos compromissos e pelo cuidado para com os outros, podendo-se dizer que nasceu para ensinar e formar, dona de um carisma magisterial. Muito jovem conseguiu, com bons resultados, o diploma de habilitação para o magistério no Instituto Magistral de Modena, no ano letivo de 1947-1948. No ano seguinte Liliana era já professora na escola elementar de Bomporto e em diversos grupos escolares da região de Nonantola, até 1954.

Neste período ela realizava também um caminho espiritual e sentiu o chamado a consagrar-se ao Senhor como religiosa. O cuidado com a sua vida interior e a fidelidade à prática dos Sacramentos tornou-a sensível ao chamado e pronta a seguir mais de perto o Senhor Jesus, como bom Pastor. Justamente nestes anos encontrou as Irmãs Pastorinhas, que tinham aberto algumas comunidades na baixa modenese: em Solara, Medolla, Budrione, ficando encantada com a modernidade da vocação pastoral delas, em meio ao povo. Depois de um maduro discernimento, entrou na Congregação das Irmãs Pastorinhas, em 21 de novembro de 1954, dia da Apresentação de Maria no templo.

Os anos da sua formação à vida religiosa transcorreram serenos: Liliana se distinguia pelo ótimo fundamento da sua fé e pela plena correspondência à formação, sendo admitida ao noviciado em 2 de setembro de 1956. Tinha um temperamento sociável e aberto; no trabalho espiritual era muito exigente consigo mesma e se empenhava para melhorar alguns aspectos do seu temperamento. Em seus relatórios, as formadoras destacaram logo a sua propensão para o estudo e o magistério, percebendo

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nela a possibilidade de desenvolver estes dons para o apostolado. Várias vezes sublinharam a sua generosidade e sinceridade, o espírito de sacrifício e o amor à pobreza.

Ao fim do noviciado foi admitida à Primeira Profissão com uma ótima avaliação, emitindo-a em 3 de setembro de 1957, em Albano Laziale (RM), nas mãos de padre Alberione. Ele não trocou o seu nome de batismo, como era costume na época, mas somente acrescentou o nome da Mãe de Deus, e ela passou a chamar-se, para sempre, Maria Liliana. Já nos anos de formação, mas de modo especial depois da profissão, Ir. Liliana foi chamada a ensinar, ao interno do Instituto, assumindo o cuidado das jovens formandas e das Irmãs que estavam empenhadas nos estudos. Por 13 anos se dedicou com grande alegria a este ministério, preparando as suas aulas cuidadosamente e dando às mais jovens não só cultura, mas também o amor pela sabedoria, o estilo sério e empenhado de preparar-se à missão pastoral. Em 3 de setembro de 1962 emitiu a Profissão Perpétua com profunda e íntima alegria, plenamente consciente da beleza de uma vida toda doada a Deus.

Em setembro de 1967 foi aberta uma comunidade em Caltagirone (CT), na paróquia Santa Ana, atendendo o insistente pedido do zeloso pároco, padre Francesco Sinatra, que pretendia oferecer aos seus paroquianos também a escola elementar. A paróquia tinha sito fundada por padre Luigi Sturzo, nos anos 30, em uma zona periférica que se expandia rapidamente e tinha uma bela Igrejinha em estilo neo gótico, dedicada a Mãe de Maria. Com o passar dos anos tinha crescido enormemente o número de habitantes, com a chegada de tantas jovens famílias, com muitos filhos. Um lugar ideal para o apostolado das Pastorinhas. Ir. Liliana estava entre as três primeiras Irmãs que deram início a nossa presença e, naturalmente, foi destinada ao magistério na escola elementar. Dedicava-se aos pequenos com cuidado, mas também com severidade: era exigente com eles para forjar-lhes o caráter, além de proporcionar conhecimento. Somente depois de crescidos eles foram capazes de apreciar o estilo de Ir. Liliana, manifestando imenso reconhecimento. Aquilo que tinham aprendido com a Mestra permanecia como fundamento sólido para os estudos sucessivos.

Em 1973 foi-lhe solicitado de integrar a comunidade de Reggio Calábria, que tinha sido aberta em 1968, na paróquia Santa Luzia, também esta com uma escola paroquial. Ir. Liliana aceitou a transferência com total disponibilidade e foi acolhida com entusiasmo e gratidão pelo pároco, padre Mimmo Geraci e por todos os paroquianos. Nesta nova realidade Ir. Liliana pode manifestar toda a potencialidade da sua preparação, não somente intelectual, mas, sobretudo espiritual, expandindo de muitas formas o seu generoso serviço pastoral. Na paróquia existia também uma estação, chamada Rádio Santa Luzia, que transmitia conteúdos de vários tipos, sobretudo formativos, sendo pedido a Ir. Liliana que assumisse um programa matutino, de explicação e comentário do Evangelho. Durante a celebração das exéquias, o pároco assim lembrou Ir. Liliana: “Ir. Liliana havia uma personalidade a qual se podia definir imediatamente depois de conhecê-la: uma personalidade disciplinada e forte de uma mulher de caráter, com algumas ideias na cabeça e uma grande chama no coração, uma personalidade que conhecia e respeitava a hierarquia dos valores (...). Por causa desta solidez e essencialidade na qual edificava a sua vida na ação pastoral e no empenho comunitário, Ir. Liliana não levava somente entusiasmo e vivacidade de interesses, mas também a capacidade de organizar e educar, de orientar e formar, conseguindo dar à missão pastoral um rosto novo...”

Depois de 10 anos de intenso ministério pastoral em Reggio Calábria, em 1983, Ir. Liliana foi chamada a Roma, para se dedicar em tempo pleno à redação escrita do áudio das pregações do Fundador e à sua publicação. A sua obra de transcrição dá garantia absoluta ao pensamento de padre Alberione, porque por 13 anos ela pode escutá-lo diretamente em Albano, onde o Fundador se dirigia regularmente, também por ocasião de retiros e exercícios espirituais.

Desde a sua chegada na paróquia Santa Luzia, Ir. Liliana tinha começado a sentir fortes dores nas ancas, o que suportava com paciência. Submeteu-se a tratamentos intensos e dolorosos, sem diminuir os compromissos comunitários e pastorais, porém com poucos resultados. Depois da pausa romana, no início do ano pastoral de 1984, pediu para retornar a Reggio Calábria, não mais como professora, mas como coordenadora da escola e professora de religião na escola média estadual. Permaneceu ali por mais quatro anos, levando avante, além da escola, as outras atividades pastorais que envolviam tanto os mais jovens quanto as famílias. Mas a dor que a atormenta era sinal de um mal mais grave e depois de diversos exames clínicos o diagnóstico foi preocupante. Mesmo assim, ela quis permanecer em Reggio até a festa patronal de Santa Luzia, da qual participou com o mesmo zelo criativo e intenso de sempre.

Em 17 de dezembro de 1988 teve que retornar para a Casa Mãe, em Albano, sendo internada no hospital Regina Apostolorum, onde foi diagnosticado um tumor iniciado no rim, mas que tinha já se espalhado pelo aparato esquelético. Na tentativa de conter o câncer, ela foi submetida a uma cirurgia para extrair o rim doente. Mas a partir daquele momento iniciou-se uma “longa agonia de cem dias”, na

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qual se cumpriu em Ir. Liliana a oferta generosa da sua vida a Jesus bom Pastor, em meio a sofrimentos indescritíveis e a provas espirituais. Mas foi justamente na doença que ela revelou a forma mais elevada do seu magistério pastoral.

Nos colóquios com as Irmãs que a assistiam amorosamente, e especialmente no diálogo com Madre Celina, emergia a sua profundidade espiritual: “No ano de 1988 senti a necessidade de cultivar melhor a minha vida espiritual, e quis fazer dois cursos de Exercícios Espirituais. Vê-se que o Senhor me preparava para me pedir algo a mais”. No suceder-se dos dias, às vezes mais claramente outras mais confusamente, por causa dos fortes remédios que lhe eram ministrados, ela exprimia aquilo que habitava o seu coração: a paróquia Santa Luzia, as diversas pessoas, o pároco, as celebrações Eucarísticas, as transmissões da Rádio e, sobretudo, as irmãs da comunidade de Reggio, as quais chamava por nome na sua oração e na sua oferta. Ela manifestava um grande afeto e reconhecimento por toda a Congregação e exprimia, do modo como conseguia, a alegria de pertencer a ela: “Quero dizer a todos um sincero e sentido obrigada”. Assim, em 13 de abril de 1989, despediu-se deste mundo para ir ao encontro do Senhor, que tinha já terminado a preparação para as núpcias.

Ir. Giuseppina Alberghina, sjbp

Carissime Sorelle,

si è da poco conclusa Expo Milano 2015, il cui tema è stato “Nutrire il Pianeta, Energia per la

Vita”. Questo grande evento internazionale, di cui sono certa, abbiate avuto modo di sentirne parlare,

ha individuato alcune questioni che interessano l’utilizzo sostenibile delle risorse del Pianeta.

Da questo evento è sorta la Carta di Milano, che rappresenta l’eredità culturale di Expo Milano 2015. Nella carta troviamo quattro grandi temi che ruotano attorno al diritto al cibo e che interpellano tutti i popoli:

• quali modelli economici e produttivi potranno garantire uno sviluppo sostenibile in ambito economico e sociale;

• quali tra i diversi tipi di agricoltura esistenti riusciranno a produrre una quantità sufficiente di cibo sano senza danneggiare le risorse idriche e la biodiversità;

• quali saranno le migliori pratiche e tecnologie per ridurre le disuguaglianze all'interno delle città, dove si sta concentrando la maggior parte della popolazione umana;

• come riuscire a considerare il cibo non solo come mera fonte di nutrizione, ma anche come identità socio-culturale.

La Santa Sede ha partecipato a questa esposizione universale con un padiglione che ruotava attorno alla frase del Vangelo “Non di solo pane vive l’uomo, ma di ogni parola che esce dalla bocca di Dio”. Dalla presentazione del padiglione vi riportiamo uno stralcio significativo:

“Il cibo si raffigura quindi non solo come nutrimento per il corpo, ma come gesto del nutrire che diventa pasto e convivium, momento di incontro e di comunione, di educazione e di crescita. Tutto ciò in netta contrapposizione con quella “cultura dello scarto”, che sempre di più oggi influenza la nostra società generando iniquità e situazioni di povertà che rappresentano delle vere e proprie piaghe. […] la Santa Sede vuole offrire ai visitatori uno spazio di riflessione attorno alle problematiche che ancora oggi sono connesse all’alimentazione e all’accesso al cibo, mettendo in luce come l’operazione antropologica del nutrire sia al cuore dell’esperienza cristiana e della riflessione culturale e spirituale che ha generato dentro la storia”.

Infine è significativo che Papa Francesco abbia inviato un videomessaggio in occasione dell’evento "Le Idee di Expo 2015 - Verso la Carta di Milano", indicando tre atteggiamenti per superare le tentazioni

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dei sofismi, dei nominalismi che non approdano in soluzioni concrete: «Scegliere a partire dalla priorità: la dignità della persona; essere uomini e donne testimoni di carità; non aver paura di custodire la terra che è madre di tutti».

Nello spiegare questi tre atteggiamenti, troviamo un accorato invito a sentirci in cammino con l’umanità del nostro tempo e a favorire un vero cambiamento attraverso le nostre scelte quotidiane e testimonianza di vita. Vediamoli da vicino:

«1) Andare dalle urgenze alle priorità

Abbiate uno sguardo e un cuore orientati non ad un pragmatismo emergenziale che si rivela come proposta sempre provvisoria, ma ad un orientamento deciso nel risolvere le cause strutturali della povertà. Ricordiamoci che la radice di tutti i mali è l’iniquità (cfr Evangelii gaudium, 202). A voi desidero ripetere quanto ho scritto in Evangelii gaudium: "No, a un'economia dell’esclusione e dell’iniquità. Questa economia uccide. Non è possibile che non faccia notizia il fatto che muoia assiderato un anziano ridotto a vivere per strada, mentre lo sia il ribasso di due punti in borsa" (ibid., 53).

È dunque necessario, se vogliamo realmente risolvere i problemi e non perderci nei sofismi, risolvere la radice di tutti i mali che è l'iniquità. Per fare questo ci sono alcune scelte prioritarie da compiere: rinunciare all'autonomia assoluta dei mercati e della speculazione finanziaria e agire anzitutto sulle cause strutturali dell’iniquità.

2) Siate testimoni di carità

"La politica, tanto denigrata, è una vocazione altissima, è una delle forme più preziose della carità perché cerca il bene comune". Dobbiamo convincerci che la carità "è il principio non solo delle micro-relazioni: rapporti amicali, familiari, di piccolo gruppo, ma anche delle macrorelazioni: rapporti sociali, economici, politici" (ibid., 205).

Da dove dunque deve partire una sana politica economica? Su cosa si impegna un politico autentico? Quali i pilastri di chi è chiamato ad amministrare la cosa pubblica? La risposta è precisa: la dignità della persona umana e il bene comune. Purtroppo, però, questi due pilastri, che dovrebbero strutturare la politica economica, spesso "sembrano appendici aggiunte dall'esterno per completare un discorso politico senza prospettive né programmi di vero sviluppo integrale" (ibid., 203).

3) Custodi e non padroni della terra

Ricordo nuovamente, come già fatto alla FAO, una frase che ho sentito da un anziano contadino, molti anni fa: "Dio perdona sempre, le offese, gli abusi; Dio sempre perdona. Gli uomini perdonano a volte. La terra non perdona mai! Custodire la sorella terra, la madre terra, affinché non risponda con la distruzione" (Discorso alla FAO, 24 nov. 2014).

[…] La terra è generosa e non fa mancare nulla a chi la custodisce. La terra, che è madre per tutti, chiede rispetto e non violenza o peggio ancora arroganza da padroni. Dobbiamo riportarla ai nostri figli migliorata, custodita, perché è stato un prestito che loro hanno fatto a noi. L'atteggiamento della custodia non è un impegno esclusivo dei cristiani, riguarda tutti. Affido a voi quanto ho detto durante la Messa d'inizio del mio ministero come Vescovo di Roma: "Vorrei chiedere, per favore, a tutti coloro che occupano ruoli di responsabilità in ambito economico, politico o sociale, a tutti gli uomini e le donne di buona volontà: siamo custodi della creazione, del disegno di Dio iscritto nella natura, custodi dell'altro, dell'ambiente; non lasciamo che segni di distruzione e di morte accompagnino il cammino di questo nostro mondo! Ma per custodire dobbiamo anche avere cura di noi stessi! [...] Non dobbiamo avere paura della bontà, anzi della tenerezza". Custodire la terra non solo con bontà, ma anche con tenerezza».

Credo che il tema di Expo 2015 “Nutrire il Pianeta, energia per la Vita” trovi nelle parole di Papa Francesco le linee guida per scelte coraggiose che partano dalla dignità della persona e ci spronino ad essere testimoni di carità e custodi coraggiosi della “madre terra”; nonché artefici di pace in questo tempo segnato da atti di violenza che coinvolgono il mondo intero.

Con affetto,

sr. Aminta Sarmiento Puentes economa generale

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I

FIGLI DI

A

LBERIONE DI CULTURE DIVERSE SI INCONTRANO

Il corso di Formazione del Carisma della Famiglia Paolina continua il suo cammino. Già nell’Eucaristia celebrata all’inizio del corso era evidente la ricchezza culturale dei partecipanti provenienti soprattutto dal continente Africano e Asiatico. L’atteggiamento di apertura e condivisione è lampante, soprattutto nell’animazione dei momenti fraterni vissuti nel gruppo in questi mesi. Inoltre, il far memoria della storia fondazionale della Famiglia Paolina sta riaccendendo nei partecipanti il desiderio di unità, da sempre voluta dal Fondatore. Preghiamo perché il Carisma di Famiglia Paolina continui, in modo vivo, nella Chiesa come dono dello Spirito che fa crescere la comunione attraverso il contatto con la realtà e l’incontro delle diverse culture.

I

N RICERCA DELLE STRADE DI

D

IO DI FRONTE A UN CAMBIAMENTO DI EPOCA

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In tante parti del mondo i membri della Famiglia Paolina, attraverso diverse iniziative, evidenziano l’inquietudine di rispondere alle sfide del mondo contemporaneo.

A proposito del rapporto con la cultura digitale, le Figlie di San Paolo, a Nairobi, in occasione dell’anno della vita consacrata, hanno organizzato alla fine di Ottobre un seminario di studio sull’uso di Internet nella vita religiosa oggi. A questo seminario hanno partecipato altri Istituti di vita consacrata maschili e femminili. Le piste di riflessione sono state: I rapporti nell'era di Internet; le sfide e i vantaggi dei social media: WhatsApp, Facebook, Twitter, ecc.; vivere Dio nell'era di Internet; la narrazione e la condivisione della fede attraverso la comunicazione digitale, il Cinema religioso e l’evangelizzazione nell'era di Internet.

Circa la formazione nell’ambito teologico e pastorale, a Roma, sono stati organizzati dalle Pie Discepole del Divino Maestro, diversi incontri formativi aperti a tutti, tenuti da don Angelo de Donatis, ora vescovo designato, sul tema: Contemplare la storia alla luce dello Spirito; don Paolo Asolan, teologo, sul Discernimento spirituale nell’azione pastorale e Costanza Miriano, giornalista, mamma di quattro figli che ha dato la sua testimonianza con il tema: "Essere famiglia si può!"

Un’altra iniziativa, sul dialogo tra teologia, pastorale e mondo contemporaneo, è stata realizzata in Brasile, da PAULUS Editora, la casa editrice della Società San Paolo, che il 22 ottobre ha promosso il 1° Simposio di Teologia e Pastorale nell’uditorio della FAPCOM (Faculdade PAULUS de Tecnologia e Comunicação), a São Paulo (Brasile). L’evento: “A 50 anni dal Concilio Vaticano II”, ha avuto un notevole gradimento da parte dei partecipanti, in particolar modo dei professori, delle persone impegnate nella pastorale e dei ricercatori, catechisti e laici. Auguriamo che queste iniziative contribuiscano ad allargare lo sguardo nella ricerca delle strade di Dio per quest’umanità.

U

N

G

RAZIE A DON

P

IETRO

C

AMPUS

Noi Pastorelle, sentiamo di dover esprimere la gratitudine a don Pietro Campus per la sua vicinanza e ricordiamo particolarmente la bellissima esperienza vissuta in occasione della Beatificazione del nostro Fondatore. Riportiamo qui la testimonianza delle nostre sorelle dell’Australia.

“Nella Famiglia Cristiana del 15 novembre 2015, abbiamo letto di Don Pietro Campus: “molti sono i Paolini che gli sono grati per il bene concreto ricevuto”. Anche noi Pastorelle d’Australia possiamo assecondare questo a partire dalla nostra esperienza, quando don Pietro si trovava in Australia come superiore regionale dal 1981 al 1984.

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- Il suo consiglio saggio nel momento del discernimento su come procedere nella gestione delle due scuole materne che richiedevano la presenza di almeno sei sorelle, mentre cresceva la richiesta di dare priorità alla pastorale parrocchiale.

- La disponibilità a guidare per noi gli esercizi spirituali col metodo paolino. Per le più giovani di noi questa è stata un’esperienza che ci ha comunicato il pensiero e lo zelo del nostro Fondatore, mentre per le più grandi provenienti dall’Italia come missionarie ha ravvivato quello spirito tanto caro al loro cuore.

- La sua vicinanza negli anni 2002-2004, a noi e, in particolare, a sr Alberta Scalet, con la quale aveva condiviso per parecchi anni il servizio dell’autorità nelle Filippine, quando gli fu diagnosticato un tumore. Durante il periodo della sua malattia, fino al suo ritorno alla casa del Padre, Don Pietro telefonava frequentemente facendo sentire la sua presenza e assicurandoci un ricordo nella celebrazione Eucaristica. Possiamo dire che don Pietro per noi è stato un vero padre, una persona essenziale, senza tante parole. Così sapeva comunicare la sua cura e voler bene alle persone”.

“Migranti e rifugiati ci interpellano. La risposta del Vangelo della misericordia”

“Ci sono momenti nei quali in modo ancora più forte siamo chiamati a tenere fisso lo sguardo sulla misericordia per diventare noi stessi segno efficace dell’agire del Padre” (Misericordiae Vultus, 3). (…) La premura paterna di Dio è sollecita verso tutti, come fa il pastore con il gregge, ma è particolarmente sensibile alle necessità della pecora ferita, stanca o malata. (…)

Nella nostra epoca, i flussi migratori sono in continuo aumento in ogni area del pianeta: profughi e persone in fuga dalle loro patrie interpellano i singoli e le collettività, sfidando il tradizionale modo di vivere e, talvolta, sconvolgendo l’orizzonte culturale e sociale con cui vengono a confronto. Sempre più spesso le vittime della violenza e della povertà, abbandonando le loro terre d’origine, subiscono l’oltraggio dei trafficanti di persone umane nel viaggio verso il sogno di un futuro migliore. Se, poi, sopravvivono agli abusi e alle avversità, devono fare i conti con realtà dove si annidano sospetti e paure. (…) Più che in tempi passati, oggi il Vangelo della misericordia scuote le coscienze, impedisce che ci si abitui alla sofferenza dell’altro e indica vie di risposta che si radicano nelle virtù teologali della fede, della speranza e della carità, declinandosi nelle opere di misericordia spirituale e corporale. (…) Ogni giorno, però, le storie drammatiche di milioni di uomini e donne interpellano la Comunità internazionale, di fronte all’insorgere di inaccettabili crisi umanitarie in molte zone del mondo. L’indifferenza e il silenzio aprono la strada alla complicità quando assistiamo come spettatori alle morti per soffocamento, stenti, violenze e naufragi. (…)

I migranti sono nostri fratelli e sorelle che cercano una vita migliore lontano dalla povertà, dalla fame, dallo sfruttamento e dall’ingiusta distribuzione delle risorse del pianeta, che equamente dovrebbero essere divise tra tutti. Non è forse desiderio di ciascuno quello di migliorare le proprie condizioni di vita e ottenere un onesto e legittimo benessere da condividere con i propri cari?

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Famiglia e Convivialità

La convivialità è un termometro sicuro per misurare la salute dei rapporti: se in famiglia c’è qualcosa che non va, o qualche ferita nascosta, a tavola si capisce subito. Una famiglia che non mangia quasi mai insieme, o in cui a tavola non si parla ma si guarda la televisione, o lo smartphone, è una famiglia “poco famiglia”. Quando i figli a tavola sono attaccati al computer, al telefonino, e non si ascoltano fra loro, questo non è famiglia, è un pensionato.

Il Cristianesimo ha una speciale vocazione alla convivialità, tutti lo sanno. Il Signore Gesù insegnava volentieri a tavola, e rappresentava talvolta il regno di Dio come un convito festoso. Gesù scelse la mensa anche per consegnare ai discepoli il suo testamento spirituale - lo fece a cena - condensato nel gesto memoriale del suo Sacrificio: dono del suo Corpo e del suo Sangue quali Cibo e Bevanda di salvezza, che nutrono l’amore vero e durevole.

In questa prospettiva, possiamo ben dire che la famiglia è “di casa” alla Messa, proprio perché porta all’Eucaristia la propria esperienza di convivialità e la apre alla grazia di una convivialità universale, dell’amore di Dio per il mondo. Partecipando all’Eucaristia, la famiglia viene purificata dalla tentazione di chiudersi in sé stessa, fortificata nell’amore e nella fedeltà, e allarga i confini della propria fraternità secondo il cuore di Cristo.

In questo nostro tempo, segnato da tante chiusure e da troppi muri, la convivialità, generata dalla famiglia e dilatata dall’Eucaristia, diventa un’opportunità cruciale. L’Eucaristia e le famiglie da essa nutrite possono vincere le chiusure e costruire ponti di accoglienza e di carità. Sì, l’Eucaristia di una Chiesa di famiglie, capaci di restituire alla comunità il lievito operoso della convivialità e dell’ospitalità reciproca, è una scuola di inclusione umana che non teme confronti! Non ci sono piccoli, orfani, deboli, indifesi, feriti e delusi, disperati e abbandonati, che la convivialità eucaristica delle famiglie non possa nutrire, rifocillare, proteggere e ospitare. (…)

Oggi molti contesti sociali pongono ostacoli alla convivialità familiare. E’ vero, oggi non è facile. Dobbiamo trovare il modo di recuperarla. A tavola si parla, a tavola si ascolta. Niente silenzio, quel silenzio che non è il silenzio delle monache, ma è il silenzio dell’egoismo, dove ognuno fa da sé, o la televisione o il computer… e non si parla. No, niente silenzio. Occorre recuperare quella convivialità familiare pur adattandola ai tempi. La convivialità sembra sia diventata una cosa che si compra e si vende, ma così è un’altra cosa. (…)

Guardiamo al mistero del Convito eucaristico. Il Signore spezza il suo Corpo e versa il suo Sangue per tutti. Davvero non c’è divisione che possa resistere a questo Sacrificio di comunione; solo l’atteggiamento di falsità, di complicità con il male può escludere da esso. Ogni altra distanza non può resistere alla potenza indifesa di questo pane spezzato e di questo vino versato, Sacramento dell’unico Corpo del Signore. L’alleanza viva e vitale delle famiglie cristiane, che precede, sostiene e abbraccia nel dinamismo della sua ospitalità le fatiche e le gioie quotidiane, coopera con la grazia dell’Eucaristia, che è in grado di creare comunione sempre nuova con la sua forza che include e che salva.

(Da una Catechesi di Papa Francesco, 11 novembre 2015)

L’imam del Centro Culturale Islamico d'Italia condanna il terrorismo

Per la sua consueta predicazione del venerdì, l'imam della Grande Moschea di Roma, Muhammad Hassan Abdulghaffar, ha scelto ieri il tema "La qualità della misericordia". Si tratta, come ha dichiarato alla televisione italiana il presidente del Centro Culturale Islamico d'Italia, Abdellah Redouane, di un argomento in armonia "con il papa Francesco" e con il "Giubileo della Misericordia”, che sta per iniziare. "Fratelli e sorelle, l’argomento odierno è la qualità innata della misericordia”, ha cominciato l'imam di Roma la sua predicazione postata sulla pagina Facebook del Centro Islamico Culturale d'Italia & Grande Moschea di Roma.

Per l’imam, “il fedele è misericordioso e questa è una delle sue caratteristiche basata sulla purezza e la serenità dell’anima e sull’integrità dello spirito.”

“Il fedele, - ha proseguito - compiendo il bene e agendo correttamente e quindi astenendosi dal male e allontanandosi dagli atti immorali, è sempre in uno stato di purificazione dell’anima e il suo spirito è buono ed amabile.”

L’imam ha continuato la sua riflessione, invitando i fedeli ad agire di conseguenza. “La misericordia, la compassione e la clemenza non abbandonano il cuore di colui che è in questa condizione, per questo egli desidera avere un comportamento dettato da queste doti”, ha sottolineato Abdulghaffar, che ha ricordato poi le parole del Profeta o Messaggero di Dio”: “Siate misericordiosi con chi è sulla terra e chi è nel cielo è misericordioso con voi.”

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Tocca quindi al credente di essere “misericordioso, compassionevole e benevolo con il fratello credente ma anche con tutti gli altri che non lo sono.”

“La nostra religione - ha aggiunto l’imam - è una religione sotto la bandiera della misericordia, non una religione che insegna la crudeltà e la violenza. La nostra religione è una religione che insegna indulgenza e non una religione di vendetta.”

Quindi il terrorismo è da respingere con decisione. “La nostra religione è la religione della vita, non una religione di morte, che è il motivo per cui il Centro Culturale Islamico d'Italia condanna fermamente tutti gli atti di terrorismo che colpisce la vita umana, perché ogni vita è sacra”, ha sottolineato.

L’imam della Grande Moschea di Roma ha concluso la sua predicazione esortando i fedeli “ad essere misericordiosi, compassionevoli e benevoli e con l’ammonimento di stare in guardia dal castigo divino per coloro che non applicano questi nobili insegnamenti.”

(da https://mail.google.com/mail/u/0/?tab=wm#inbox/1512b773342129b8 del 21 novembre 2015)

LOUCOS COM CRISTO

Os desafios da vida consagrada ao mundo contemporâneo

A LOUCURA DA OBEDIÊNCIA

A tradição secular da Igreja sintetizou nos três conselhos evangélicos o estilo de vida escolhido por Jesus. Os nossos votos são o baú de onde tiramos os questionamentos a serem feitos ao mundo, ou se quiserem, a fonte de luz que ilumina a realidade, colocando ao centro questões urgentes e inevitáveis. A obediência dirige a todos os homens a pergunta: de quem se depende verdadeiramente? A pobreza interroga: o que você deseja? A Castidade questiona: de quem você é verdadeiramente? Quem cuida de você? À luz destas perguntas parece ainda mais verdadeira a afirmação de Antonietta Potente, segundo a qual os votos, mais do que um sacrifício, são uma «emergência histórica». Ninguém escapa dos questionamentos que os votos propõem. Karl Rahner afirmava que eles são o destino de cada homem criado: de fato, cedo ou tarde todos seremos obedientes ao ciclo da vida, castos diante da solidão da morte, pobres porque somos colocados inevitavelmente diante da fragilidade constitutiva da vida humana. Na realidade os votos são simplesmente o retrato do homem nu e cru. A nós compete manter vivo em todos – crentes e não crentes – os questionamento que os conselhos evangélicos suscitam. E vale a pena reforçar: os nossos votos – antes mesmo de serem observâncias – são um dom carismático que ajuda pensar, que salva da banalidade dos lugares comuns e da anestesia do pensamento dominante. A obediência contém a primeira pergunta que fazemos a nós mesmos e ao mundo. Recebendo o dom de reproduzir em nós a escuta absoluta de Jesus para com o Pai, impomos à nossa realidade questionamentos fundamentais. Jesus encarnou em toda a sua vida o mandamento primordial: Escuta Israel, um só é o Senhor. Ele é a perfeição do Shemá. Jesus, obedecendo ao Pai pela salvação dos homens, desvinculou-se de tantos senhores do mundo e dos fanáticos da religião, que queriam fazê-lo rei. A opção totalizante de acolher a vontade do Pai, como alimento bom e necessário, tornou Jesus livre da tentação de sentar-se à mesa dos poderosos. Assim, no Mestre de Nazaré brilha uma vez para sempre a ligação real entre obediência e liberdade. Se é livre quando se escolhe a quem ouvir.

A liberdade social é uma conquista, mas a liberdade pessoal é um dom: Cristo nos libertou para que permanecêssemos livres. Isto deveria ser o único slogan permitido nos nossos Institutos. É este o desafio que, através do voto de obediência, a vida consagrada coloca sob os olhos de um mundo que promove uma liberdade de órfãos. Escolher em quem confiar é o maior exercício de liberdade. Contava Atanásio que um visitador fez esta pergunta para Antônio: o que vocês Monges têm? E o grande Padre respondeu: «A liberdade e as santas Escrituras»! Isso é tudo – diríamos nós? Sim, é tudo. Prometendo obediência, empenhamo-nos em fazer crescer a liberdade escutando a Palavra. Estamos fazendo isso? Não podemos, porém, permitir uma banalização do voto, reduzindo-o à permissão para sair de casa. Isso não constitui nenhuma provocação para o mundo.

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CTN anno XXXX 2015/3 – p. 62

A LOUCURA DA POBREZA

A depressão social é uma consequência de tristes paixões. Como num sonho ao despertar – canta o salmista – as ilusões de desfazem, deixando o campo aberto a profunda sensação de uma vida inútil e repetitiva. Mas a depressão é também filha de expectativas estratosféricas, que canibalizam a esperança, tornando as pessoas prisioneiras de expectativas tão ingênuas quanto nocivas. Nós não esperamos mais nada da vida, porque sonhamos com realidades que não podemos nos permitir – para usar uma expressão de Zygmunt Baumann. Doando-se em uma vida pobre, os consagrados apresentam ao mundo a questão extremamente séria do aprender o discernimento, entre ilusões e desejos. Como bem sabemos, a vida se transforma somente graças aos desejos, grandes e possíveis ao mesmo tempo. Em um bom livreto sobre o argumento, Massimo Recalcati dizia que os desejos são a única coisa verdadeiramente minha, e que ao mesmo tempo, são capazes de me levar além de mim mesmo. Eles são, simultaneamente, o ápice da identidade e o impulso para sair de si mesmo. Nós somos os nossos desejos, mas não os possuímos. Eles representam, portanto, a ocasião mais paradoxal, porém realista, para iniciar processos de mudança. Com o voto de pobreza nós escolhemos desejar Aquele que satisfaz infinitamente cada expectativa humana. Em uma cultura que suscita expectativas irrealizáveis, para transformar os cidadãos em consumidores, devemos começar a dizer algo mais significativo com um estilo pobre de pretensões e rico de desejos fora do comum. E ainda, o voto de pobreza ensina ao mundo a serena aceitação da fragilidade humana, do morrer, do envelhecer e da doença. Isso não é infortúnio, mas faz parte da estrutura precária e maravilhosa da vida terrena. Quantos adultos se fingem adolescentes? Quantos poderosos não se conformam em deixar o lugar para outros? Não seria a pobreza religiosa a escola mais idônea para aprender que se pode viver uma vida feliz, mesmo com os refletores apagados, amando o pequeno e o escondido?

A LOUCURA DA CASTIDADE

Para explicar o voto que toca os sentimentos, a tradição nos dá três termos: celibato, castidade e virgindade. Não quero escolher um deles a todo custo, porque cada um revela um aspecto irrenunciável. Celibatário é o contrário de casado: quem assume o celibato sabe que recebeu o dom da companhia de Jesus, como relação que não exclui todas as outras relações, mas é a fonte delas. Celibatário é quem agrada ao Senhor – escreve Paulo aos Coríntios – sem preocupações (embora legítimas), renunciando para sempre a possibilidade de ter consigo um parceiro. Irmão Enzo Bianchi escreve em um recente livro seu, que o celibatário é aquele que ouve somente do Senhor, a pergunta dirigida a si: «Tu me amas mais do que eles?»; isso não significa que Jesus não se dirija a cada batizado, mas que o celibatário consagrado escuta esta pergunta feita exclusivamente pelo Senhor. Castidade é o oposto da luxúria, e é o contrário de incastus (não casto). Incestuoso é – como sabemos – aquele que vive as relações afetivas e sexuais somente no âmbito preciso e confortante do próprio clã. Existem atos incestuosos, mas existe também uma maneira não casta de estabelecer as relações: cada vez que se dá afeto apenas àqueles que nos confirmam e consolam, cai-se numa armadilha. Não casto é aquele que quer bem somente como condição para confirmar o seu poder. O próprio Mestre recorda isso: «Se amais aqueles que vos amam, que merecimentos tereis?». Ao contrário, a castidade é a capacidade de amar sem nenhuma vantagem, ou melhor, esperando exatamente de não receber nada! Este discurso diz respeito às pessoas singularmente, mas também à realidade eclesial: existem redes relacionais que, em troca de uma tranquilizante pertença, pedem as pessoas uma cega adesão ao líder ou a uma forma especial de vida. Cede-se a liberdade para ter em troca um ninho quente no qual morar, uma salinha cômoda – diria Papa Francisco. Por fim a virgindade. O objetivo final da castidade e do celibato é se tornar pessoas virgens. Virgo é o termo (latino) do qual deriva virgultus (broto). Virgem é aquilo que está para florir e dar fruto. Eis o lado mais bonito do nosso voto: nós somos castos e celibatários para dar fruto. A virgindade é a aurora da paternidade e da maternidade. Passar a vida aos outros, deixando que serenamente se afastem de nós, para reencontrarmo-nos a sós novamente diante de Deus, é uma experiência extraordinária. Diz-se que estamos em crise de pais. Na minha opinião, hoje na Igreja se tem até pais demais... porém, muitas vezes são pais que amarram e não adultos capazes de lançar para a vida! Virgem é quem vive contente pelo fato que alguém possa ser feliz também graças a ele, mas sem ele! É inútil dizer o quanto estas sugestões ligadas ao voto, sejam flechas prontas para atingir as muitas modalidades patológicas de amor que vemos em nós e ao redor de nós: certamente o mundo – já consciente de tantos escândalos – não está muito disposto a deixar-se interrogar sobre isto. Contudo, não podemos reter entre os dentes a profecia da castidade consagrada, porque é um dos traços mais característicos do estilo de vida de Jesus. Certamente devemos depor os falsos pudores e examinar a nossa vida: não basta ser castos no corpo, é necessário ter relações castas, relações que não afundem as pessoas no buraco negro da dependência (quem sabe com a desculpa do apostolado). Somos castos para o Reino, quando

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proporcionamos vontade de viver às pessoas que encontramos. Jesus não fez ninhos e não cavou tocas, mas levou as pessoas pelas estradas: o Mestre foi louco até nisto, porque transformou a castidade, de regra de pureza em risco pelo Reino. Jesus não conservou a castidade, fez muito mais: Ele compartilhou!

(Giuseppe Forlai igs, FOLLI PER CRISTO, Le sfide della vita consacrata al mondo contemporaneo, pp 19-27)

“No” mundo, mesmo que não “do” mundo

1

Nos números anteriores refletimos sobre o ambiente digital como um verdadeiro lugar, no qual precisamos estar como consagrados. E é exatamente a partir deste princípio que parece oportuno ressaltar a importância do estar “no” mundo digital, sem pertencer a ele, com um testemunho qualificado de quem é consagrado para seguir o Senhor.

A separação do mundo é intrínseca à própria tradição da vida religiosa na Igreja, desde o início. Certamente evoca aquilo que disse Jesus na sua célebre oração sacerdotal: “Eles não são do mundo, como eu do mundo não sou. Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade. Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo” (Jo 17,16-18). O próprio conceito de consagração comporta esta separação, no sentido que é uma “tomada de posse da parte de Deus, para o seu exclusivo serviço”2. Portanto, é uma separação não no senso físico, de não estar, mesmo porque no fim das contas, concretamente e fisicamente, nós estamos no mundo, mas da pertença ao Senhor, do não agir segundo a lógica do mundo, mas segunda a lógica de Deus, que nos consagrou.

“A profissão dos conselhos evangélicos tem uma eficácia consacratória, já que exprime o dom da própria vida a Deus”3, ou seja, uma dimensão absolutamente pessoal de resposta ao chamado do Senhor, que implica na liberdade dessa doação incondicionada de si mesmo: afetos, coisas, a própria liberdade. Pode parecer um paradoxo, mas não é, ao contrário, faz parte da essência, da mística da vida consagrada: somente uma pessoa livre pode doar até mesmo a própria liberdade!

De fato, Jesus com a sua encarnação assumiu a humanidade até o fim, com todos os seus sofrimentos, menos no pecado. Ele esteve no mundo fisicamente, viveu com as pessoas e manifestou grande conhecimento da sua realidade, não estando, portanto, separado fisicamente do mundo. Mas apesar de estar “no mundo”, Ele mesmo declarou: “Eu não sou do mundo”, porque era separado do mundo pelo testemunho que dava da Verdade. Ele era consagrado na Verdade, para testemunhar a Verdade. Ser consagrados, portanto, significa seguir Jesus incondicionalmente, tornando sempre mais profundo o testemunho da Verdade, na realidade e na cultura na qual vivemos.

É exatamente neste testemunho que consiste a profecia da vida consagrada, ontem, hoje e sempre. Uma forma antiga e muito atual de dizer “não” aos apelos que a sociedade consumista e individualista nos propõe. Desta forma nos tornamos sinal evangélico de contradição e expressão viva de um modo diferente de estar “no” mundo, baseado no amor que vem de Deus. Eis a verdadeira profecia que a vida religiosa é chamada a dar, de modo especial no hoje da nossa história e, portanto, também no ambiente digital. Realmente a presença dos consagrados em rede não é casual ou ocasional, é necessário compreendê-la “como um edificante sinal de cristandade testemunhada”4, algo que exige um profundo espírito de discernimento, capaz de vencer qualquer tipo de medo.

Ir. Cristiane Ribeiro, sjbp

1

Texto baseado na Tese para o Mestrado em Direito Canônico de Ir. CRISTIANE RIBEIRO, intitulada L’influsso della

comunicazione digitale sulla vita consacrata – uno sguardo giuridico canonico. 2

V.DE PAOLIS, La vita consacrata nella Chiesa, p. 308. 3

Idem, p. 74. 4

Referências

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