• Nenhum resultado encontrado

Arq. Bras. Oftalmol. vol.64 número6

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "Arq. Bras. Oftalmol. vol.64 número6"

Copied!
1
0
0

Texto

(1)

Arq Bras Oftalmol 2001;64:497 Alguns, talvez; mas, seguramente, no máximo, muito poucos,

tenham se dado conta de modificações na apresentação dos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia. De fato são discretas, aparentemente epidérmicas e inocentes, mas representam profundas e importan-tíssimas mudanças de rumo. Só mesmo um observador atento e capacitado a discriminar as requintadas delicadezas da biblioteco-nomia poderia tê-las notado.

Mas desde que passamos a ter em nossa equipe editorial o concurso profissional de duas especialistas no assunto, Edna Tere-zinha Rother (Diretora do Centro de Documentação Científica e Coordenadora do Curso de Especialização em Biblioteconomia Médica do Instituto de Assistência Médica ao Serviço Público Estadual) e Maria Elisa Rangel Braga (Diretora da Biblioteca Central da Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina), assessorando a já minuciosa revisão gráfica de Paulo Imamura, aper-feiçoou-se a qualidade formal dos Arquivos, chegando-se agora ao nível atual. Depuradas as imperfeições biblioteconômicas e com nosso reconhecido padrão editorial, garantido pelos selecionados trabalhos de nossos autores, aprimorados pelos comentários de seus analistas redatoriais, tudo incessantemente supervisionado por Cristina Muccioli, Mauro S. Q. Campos, Mauro Goldchmit, Samir J. Bechara e Vital Paulino Costa, sob o controle de secretaria da indispensável Claudete N. Moral e sua filha Claudia, conseguimos colher um primeiro fruto dessa organização. Claro que ainda se deve mencionar a importantíssima atividade de Henrique S. Kikuta, o homem da gerência comercial e financeira (também Tesoureiro do C.B.O.) e o apoio logístico do C.B.O., consubstanciado na figura de seu Presidente Marcos Ávila e, agora, na de Suel Abujamra. Mas suas contribuições e méritos na melhoria do desempenho de nossa revista deverão ser especialmente consideradas em novas oportuni-dades, que suponho bem próximas. O fato é que o fruto agora colhido é suculento e saboroso. Trata-se da inclusão dos A.B.O. no sele-tíssimo grupo da SciELO, um indexador de periódicos científicos nacionais (e já abrangendo áreas da América Latina), cujos exigentes critérios de admissão representam, por eles próprios, inequívocos filtros de reconhecimento de qualidade de uma publicação. Um selo de garantia.

A SciELO (“Scientific Electronic Library Online”) é uma biblio-teca virtual, projetada e coordenada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo e pelo Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (BIREME). Desde sua criação, há alguns anos, vem crescendo, ao incorporar a seu acervo de consultas e acompanhamento editorial as melhores e mais representativas revistas nacionais, tornando-se a avalista por excelência de suas qualificações. Reciprocamente, esse timbre passou a ser adotado por outras destacadas agências de fomento à pesquisa científica brasileira (CNPq, CAPES), instituições interes-sadas em assuntos correlatos (Associação Brasileira de Editores Científicos) e universidades, como um referencial na validação dos periódicos por ela selecionados. Para se ter uma idéia da importância dessa classificação, convém mencionar que na avaliação da

importân-E D I T O R I A L

Um certificado de qualidade

Harley E. A. Bicas

cia das publicações (para julgamentos de níveis de cursos de pós-graduação, de méritos curriculares pessoais e outros) a CAPES considera como de “boa qualidade” (Qualis A) “as revistas nacionais que se encontram indexadas em pelo menos um dos seguintes indexadores internacionais: ... SciELO...” (Essa agência tem quantifi-cado a produção intelectual de pessoas, considerando que artigos publicados em periódicos nacionais “Qualis” A valem 7 pontos, contra 3 da qualificação B e 1 da C. As duas revistas brasileiras de Oftalmologia mais importantes, como de resto muitas outras, de várias áreas do conhecimento científico, em uma recente e bem mais exigente reclassificação desse órgão, haviam passado a “B”.) Sobem assim as publicações dos Arquivos a esse primeiro grau de dife-renciação, consideração e respeito. Estar os A.B.O. na “SciELO” é, portanto, motivo de justo orgulho de toda a Oftalmologia nacional. Aos menos avisados das questões editoriais, ou sem muita con-vivência com os padrões acadêmicos, pode parecer um requinte supérfluo essa tal “indexação”, quase como se fosse, apenas, a etiqueta de uma roupa famosa (e de qualidade), mas nem por isso muito diferente da de outra menos reconhecida. Mas não é o caso de uma simples “griffe”. Na verdade, desde há já algum tempo, as facilidades de publicação de matérias fizeram subir, desordenada-mente, o número de periódicos científicos e de artigos ofertados. A tal ponto que, mesmo para um especialista, tornou-se inexequível a leitura de tudo o que aparece editado sobre seu assunto. Obviamente, também, além de publicações com elevados padrões de controle de qualidade de suas matérias, surgiram as de baixa exigibilidade de méritos para a divulgação. Ouro e ganga, trigo e joio misturados, confiabilidade e incerteza na leitura, prudência e leviandade na di-vulgação, tornou-se necessário quem estabelecesse critérios de orde-nação, quem indicasse o valor (pelo menos relativo) da qualidade editorial. Um sinal dos tempos: numa época de tantas oportunidades e de grande competição, os julgamentos imparciais de desempenho de marcas e produtos tornaram-se imperiosas necessidades para orientação dos consumidores. Surgiram, pois, os órgãos indexadores das revistas científicas.

Timidamente a princípio, meros referenciais de ajuda à busca de assuntos, em breve se converteram em catálogos fundamentais de bibliografia e da fidedignidade de produções. Os indexadores vieram para ficar, meios de diferenciação entre revistas, balisas para ava-liações de desempenhos acadêmicos, eles próprios, agora, modelos de estudo e aperfeiçoamento. Obviamente, pode haver exageros em seus usos e discussões sobre seus processos mas, basicamente, são indispensáveis órgãos de serviço à comunidade científica: informa-tivos, sem ser doutrinários. Se mal empregados, o problema não é intrinsecamente deles, mas de quem aplica suas informações de modo impróprio. Daí a atenção que, recentemente, os A.B.O. pas-saram a devotar a aspectos antes considerados supérfluos ou sem importância: os das indexações, cujos processos são demorados e de finas exigibilidades.

Referências

Documentos relacionados

O primeiro passo para introduzir o MTT como procedimento para mudança do comportamento alimentar consiste no profissional psicoeducar o paciente a todo o processo,

da quem praticasse tais assaltos às igrejas e mosteiros ou outros bens da Igreja, 29 medida que foi igualmente ineficaz, como decorre das deliberações tomadas por D. João I, quan-

forficata recém-colhidas foram tratadas com escarificação mecânica, imersão em ácido sulfúrico concentrado durante 5 e 10 minutos, sementes armazenadas na geladeira (3 ± 1

Após a colheita, normalmente é necessário aguar- dar alguns dias, cerca de 10 a 15 dias dependendo da cultivar e das condições meteorológicas, para que a pele dos tubérculos continue

Devido a demanda tecnológica das empresas de pequeno porte e as tendências de Serviços Convergentes, muitas empresas necessitam se adaptar ao novo modelo

complexa. De fato, o pensamento cartesiano opera a partir de causalidades simples. Assim, as políticas públicas apenas detectam uma variável e, com isso, tendem a perder

En este sentido, el concepto de interés general, ahora abierto a la participación por exigencias de un Estado que se presenta como social y democrático de Derecho, presenta

6 Num regime monárquico e de desigualdade social, sem partidos políticos, uma carta outor- gada pelo rei nada tinha realmente com o povo, considerado como o conjunto de