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Rev. latinoam. psicopatol. fundam. vol.3 número2

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Academic year: 2018

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Editorial

O V Congresso Brasileiro de Psicopatologia Fundamental, que ocorrera no Hotel Solar das Andorinhas, em Campinas, SP, de 15 a 17 de setembro de 2000, e que esta sendo organizado pelo Prof. Dr. Mario Eduardo Costa Pereira, do Departamento de Psiquiatria e Psicologia Medica da Faculdade de Ciencias Medicas da Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, reafirmara o acerto na cria9ao deste novo campo tanto para o tratamento do sofrimento humane como no avanco de uma experiencia a respeito do pathos psiquico.

A Psicopatologia Fundamental, ao se diferenciar da Psicopatologia Geral, postula nao so a natureza subjetiva e s i n g u l a r do humano, como pretende ser o ambito de congrega^ao de diferentes posigoes que se inclinam sobre ele para melhor compreender sua natureza psicopatologica.

Os diversos Congresses Brasileiros de Psicopatologia Fundamental tern sido reunioes realizadas com o espfrito proprio da Palis, onde diferentes se reunem na Agora para se con-vencerem mutuamente da justeza de seus argumentos a respeito dos assuntos referentes aos humanos.

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A reuniao de diferentes especialistas, desde psiquiatras ate artistas, passando por psicologos, psicanalistas, filosofos, cientistas sociais e professionals da imprensa nao pretende fazer da Psicopatologia Fundamental um campo interdisciplinar. O que se deseja, ao contrario, e que os participantes, ocupando as mais diversas posi^oes, falem e escrevam a partir de suas vivencias no tratamento do pathos psfquico visando, assim, estabelecer um campo de experiencia que, por sua propria natureza, e sempre compartilhada.

A constituicao da experiencia supoe, portanto, especialistas ocupando posi9oes diversas, referindo-se a um fenomeno complexo, se escutando mutuamente e deixando se afetar pelas falas narrativas de vivencias.

Neste sentido, a Psicopatologia Fundamental e eminentemente clfnica: ela surge de uma atenta inclina9ao voltada para a escuta psicoterapeutica do pathos psfquico realizado em hospitals, ambulatories, consultorios particulares, teatros, cinemas, na literatura etc. Sua posifao nao e, portanto, ortodoxa, pois reconhece que, em se tratando do pathos psfquico nao ha uma so verdade, mas multiplas experiencias.

O discurso ortodoxo, repetindo impecavelmente o discurso do Mestre e indisposto a escutar o diferente, incorporando-o a medida que for significante, so aparentemente pode fazer parte da Psicopatologia Fundamental pois, na verdade, dispensa a vivencia clfnica. E desta e de seus fracassos, seus enigmas, seus trope§os que um discurso psicoterapeutico pode nascer para tratar o pathos psfquico.

Referências

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