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MUDANÇA CLIMÁTICA, CAPACIDADE DE ADAPTAÇÃO E GOVERNANÇA DE RISCO NA SUB-BACIA TRANSFRONTEIRIÇA DO RIO PURUS OTCA / GEF / PNUMA GEF-AMAZÔNIA

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Organização do Tratado de Cooperação Amazônica

Fundo para o Meio Ambiente Mundial

Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente

MUDANÇA CLIMÁTICA, CAPACIDADE DE ADAPTAÇÃO E GOVERNANÇA DE RISCO NA SUB-BACIA TRANSFRONTEIRIÇA DO RIO PURUS

OTCA / GEF / PNUMA GEF-AMAZÔNIA

Fonte: Raimundo Nonato Cunha Pinheiro- Rio Purus

CONSULTOR: ADRIANO MARLISOM LEÃO DE SOUSA COMPONENT-III ESTRATÉGIAS DE RESPOSTA

Subprojeto-III.2 PRIORIDADES ESPECIAIS SOBRE ADAPTAÇÃO

AtividadeIII.2- Mudanças Climáticas, capacidade de adaptação e governança de risco na Sub- baciaTransfronteiriça do Rio Purus é parte do projeto “Gestão Integrada e Sustentável dos Recursos Hídricos Transfronteiriços da Bacia do Rio Amazonas considerando a Variabilidade e a Mudança Climática”

Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guyana, Peru, Suriname e Venezuela

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO, FUNDAMENTOS E DEFINIÇÕES. ... 2

1.1 Definições ... 2

1.2 Introdução e Fundamentos ... 2

1.3 Impactos dos eventos extremos (Passado, Presente e Projeções) ... 4

1.3.1 Passado ... 4

1.3.2 Presente ... 5

1.3.3 Projeções ... 8

1.4 Impactos, Vulnerabilidades e Adaptação ... 9

1.4.1 Impactos dos eventos extremos ... 9

1.4.2 Vulnerabilidade e adaptação aos eventos extremos ... 9

2 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 10

REFERÊNCIAS ... 12

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PRODUTO FINAL

PRODUTO IV - CENÁRIOS HIDRO-METEOROLÓGICOS E SEUS IMPACTOS DA MUDANÇA CLIMÁTICA NA SUB BACIA DO RIO PURUS

1 INTRODUÇÃO, FUNDAMENTOS E DEFINIÇÕES.

1.1 Definições

A mudança climática ou no clima, definida pelo IPCC (2007), refere-se a qualquer mudança do clima ao longo do tempo, seja devido à variabilidade natural ou como resultado da atividade humana. Esse uso difere daquele da Convenção Quadro sobre Mudanças Climáticas, onde a mudança climática é atribuída direta ou indiretamente à atividade humana que altera a composição da atmosfera do planeta e que se soma à variabilidade climática natural observada ao longo de períodos de tempo comparáveis.

Adaptação é o ajustamento nos sistemas naturais ou humanos em resposta a estímulos hidroclimáticos ou reais ou os seus efeitos, o que permite explorar oportunidades benéficas.

Vulnerabilidade é o grau em que um sistema é suscetível e incapaz de lidar com os efeitos adversos da mudança do clima, inclusive variabilidade hidroclimática e os extremos. A vulnerabilidade é uma função do caráter, magnitude e taxa de mudança do clima e da variação que um sistema está exposto, sua sensibilidade e sua capacidade de adaptação.

1.2 Introdução e Fundamentos

As mudanças no clima apontam para um cenário de extrema mudança na temperatura média do ar acima de 2ºC, que incluem grandes desequilíbrios em ecossistemas fundamentais para a sobrevivência da humanidade. À medida que o planeta aquece, os padrões de chuva e temperatura mudam e eventos climáticos extremos como secas, chuvas intensas, que podem gerar inundações, ondas de frio e de calor se tornam mais frequentes, com impactos importantes em todas as regiões do planeta.

Em se tratando de eventos extremos e seus principais impactos, o Brasil vivenciou o primeiro furacão já observado no Atlântico Sul, o furacão Catarina, ocorrido em março de 2004, e no Sul-Sudeste do Brasil as chuvas intensas têm sido mais frequentes nos últimos 50 anos. Além da mudança do clima, os principais fatores que contribuem para o aumento da vulnerabilidade são: a pressão demográfica, crescimento urbano desordenado, a pobreza e a migração rural, baixo investimento em infraestrutura e serviços, e os problemas relacionados à governança, com a coordenação intersetorial.

A mudança climática é um dos desafios mais complexos deste século, e nenhum país está imune aos possíveis impactos que poderão surgir. Os desafios estão interconectados e

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compreendem decisões políticas e econômicas controversas, bem como, avanços tecnológicos com consequências globais de longo alcance.

O Brasil possui uma grande disponibilidade hídrica distribuída de forma heterogênea no território. A vazão média anual dos rios em território brasileiro é de 179 mil m3/s, o que corresponde a aproximadamente 12% da disponibilidade hídrica superficial mundial.

A região hidrográfica Amazônica detém 73,6% dos recursos hídricos superficiais nacionais. Ou seja, a vazão média dessa região é quase três vezes maior que a soma das vazões de todas as demais regiões hidrográficas brasileiras. A vazão específica indica a capacidade de geração de vazão de uma determinada bacia. No Brasil, a vazão específica varia de menos de 2 l/s.km2 nas bacias da região semiárida até mais de 40 l/s.km2 no noroeste da região Amazônica (PBMC, 2013).

Segundo Tucci (1998) a previsão meteorológica da precipitação, integrada a um modelo chuva-vazão (denominada previsão hidroclimática, Figura 01). Podemos observar um exemplo fictício da previsão de vazão realizada para um instante To + ΔT, sendo que ΔT é a antecedência, variando de 0 até 24 horas. A chuva observada nos postos telemétricos está disponível até o instante To, e está representada na figura pela parte escura do hietograma. A partir do instante To a precipitação na bacia não é conhecida.

Neste caso a previsão de vazão com modelo chuva-vazão poderá será realizada em três formas: I) considerar que a chuva a partir do instante To é nula; ii) utilizar a previsão de chuva a partir de To; e III) utilizar a estimativa de água precipitável.

Se a previsão de vazão for realizada com base na hipótese de precipitação nula a partir de To, então existe a tendência que a vazão prevista seja inferior à vazão observada, como ocorre na Figura 01. Ressalta-se, inclusive, que o hidrograma previsto com base na hipótese de precipitação nula a partir de To representa uma estimativa do limite inferior das vazões futuras. Ademais, existe uma previsão quantitativa de precipitação de boa qualidade para as próximas horas, e esta previsão estiver disponível no instante To, então a previsão de vazão tende a melhorar. Já a utilização da água precipitável (quantidade de água, que poderia ser recolhida se todo o vapor d'água contido numa na atmosfera, fosse condensado e precipitado) indica um limite teórico máximo.

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Figura 01. Modelo conceitual de previsão hidroclimática.

Fonte: Dados da pesquisa.

1.3 Impactos dos eventos extremos (Passado, Presente e Projeções)

1.3.1 Passado

Nos últimos anos os impactos desses eventos extremos foram fortes na Amazônia ocidental, principalmente para o sul e se estenderam em várias esferas da vida e subsistência humana, afetando inclusive os serviços essenciais como, Agricultura, transporte, energia hídrica e saúde pública foram alguns dos setores afetados, com consequências significativas para a economia. Se o risco de eventos climáticos extremos aumentarem com o aquecimento global, deverão ser adotadas medidas para mitigar seus impactos principalmente no meio hídrico.

Neste contexto, podemos citar dois eventos extremos ocorrido nos últimos anos na bacia amazônica que afetou tanto o sudoeste como o sul da bacia. A seca de 2005 foi estudada a partir de perspectivas meteorológicas, ecológicas, hidrológicas e humanas. Foi provocada pelas temperaturas elevadas no Atlântico Norte tropical, o que efetivamente desloca os ventos alísios e toda a umidade que carregam para o norte, distante da Amazônia. A enchente de 2009 ocorreu devido ao aumento da precipitação sobre a Amazônia Central e Ocidental (Figura 2), que foi quase 100% acima do normal durante o verão e parte do outono austral de 2009, o que elevou extraordinariamente o nível dos rios durante o outono e o inverno (Marengo et al. 2008b).

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Figura 2. Anomalia de precipitação mensal (em mm/mês, diferença a partir da média de 1961- 2009) durante as enchentes de novembro de 2008 a outubro de 2009. As cores vermelhas indicam condições mais secas que o normal; as azuis indicam condições mais úmidas. Fonte:

The Global Precipitation Climatology Centre (GPCC).

Enchente de 2009Seca de 2005

Fonte: Dados da pesquisa.

1.3.2 Presente

Segundo a (CPRM, Bol. 02 – 16/01/2015) a Bacia Rio Purus está em período de enchente, principalmente na estação de Boca do Acre – AM,onde podemos observar nesta estaçãono Rio Purus está 1,34 m abaixo do registrada na mesma data em 2014 (Figura 3).

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Figura 3. Cotagrama Rio Purus na estação de Boca do Acre – AM, cota em 15/01/2015: 15,00 m.

(linha azul 2015, linha lilás maior cheia 1997 e linha marrom 2014) Fonte: CPRM, Bol. 02 – 16/01/2015.

Fonte: Dados da pesquisa.

Conforme o Boletim número 3 da CPRM emitido no dia 23 de janeiro de 2015, o Rio Purus no posto de Boca do Acre apresentava cota de 17.80cm, onde em 9 dia o rio Purus subiu 2.80m em referencia ao boletim número, com aproximadamente 0.31cm de subida do nível do rio por dia (Figura 4).

Figura 4. Cotagrama Rio Purus na estação de Boca do Acre – AM, cota em 22/01/2015: 17,80 m.

(linha azul 2015, linha lilás maior cheia 1997 e linha marrom 2014) Fonte: CPRM, Bol. 03 – 23/01/2015.

Fonte: Dados da pesquisa.

A figura 5, mostra uma previsão de precipitação de aproximadamente 374mm para o mês de março, assim corroborando com o aumento da cota do rio no Município. Ademais, a figura

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em miniatura é a climatologia para o mês de fevereiro 1961-1990, e corrobora dentro do intervalo de 300-340, para o mês de fev.15 que foi de 317mm.

Figura 5. Precipitação mensal simulada (RegCM4) no posto de Boca do Acre para o ano de 2015. Figura em miniatura é a climatologia para o mês de fevereiro 1961-1990 (Fonte:

www.inmet.gov.br).

Fonte: Dados da pesquisa.

Coletiva de imprensa para divulgação de dados apurados pela CPRM Cheia no Acre – Coletiva de Imprensa, Jornal Local.

Foto 1- Coletiva de imprensa jornal local.

Fonte: CPRM, 2015.

A situação do rio Acre, no entanto, é a mais grave. Nesta semana o município de Assis Brasil foi inundado e os municípios de Brasiléia, Xapuri e Rio Branco, também ficaram seriamente comprometidos com as chuvas. Já o rio Branco está aproximadamente 2 metros acima da cota de inundação e os níveis continuam a subir. Chuvas intensas tem atingido a bacia hidrográfica do rio Acre desde semana passada e a previsão é de que permaneçam intensas por mais alguns dias. Uma equipe da CPRM encontra-se em Brasiléia para registrar as áreas alagadas dos municípios que foram atingidos. Atualmente a CPRM mantém 74 estações de monitoramento, que utilizam equipamentos de ponta para medir o nível dos rios em Rondônia e no Acre. Além disso, de acordo com a CPRM, no Acre as chuvas que caem no Brasil afetam diretamente as águas do rio. "O rio

223.7

317.4

373.7

204.9

127.1

44.2 39.5 56.2

96.6

164.4

294.3

280.3

0.0 50.0 100.0 150.0 200.0 250.0 300.0 350.0 400.0

jan feb mar apr may jun jul aug sep oct nov dec

Precipitação Acumulada Mensal (mm)

Meses Boca do Acre PRP-RegCM4

Normal Climatológica Fev. (61/90) aprox. 300-340mm

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Acre tem a nascente em parte do Peru, mas o que está influenciando hoje são os rios que ficam dentro do Brasil, que são o Xapuri e o Espalha", informou Francisco Reis.(CPRM, 2015).

1.3.3 Projeções

Conforme relatam diversos autores a projecão mais crítica para a região Amazônica é a possível “savanização” da floresta, um dos primeiros autores a publicar sobre este tema foi(Nobre et al., 1991) que acarretaria perdas significativas nos estoques de carbono tanto do solo como da vegetação. Os cenários previstos pelos modelos do Hadley Center (HadCM3), a região leste da Amazônia poderia ser substituída por uma vegetação tipo savana. No entanto, outros autores (Cox et al. 2000; e Betts et al. 2004, 2008), utilizando uma compilação maior de modelos climáticos globais, a perda de floresta também tem efeitos sobre o clima regional, local e em escala de bacia hidrográfica (Figura 6). No Brasil, essasmudanças causaram a mortede uma parte maior da florestae assim intensificando mais o efeito estufa no clima.

Figura 6. Mudança na cobertura florestal no fim do século XXI em comparação com as condições pré-industriais, tendo como base o modelo HadCM3LC do Centro Hadley incorporando dados de clima-carbono em cenário de emissões usuais de gases de efeito estufa.

As cores avermelhadas indicam redução na cobertura florestal. Elas demonstram o die-back (colapso) da floresta na simulação de um clima mais quente e seco no futuro. Fonte: Adaptado de Bettset al. 2004.

Fonte: Dados da pesquisa.

Em suma, as projeções para o sul da bacia Amazônica (Sub bacia do rio Purus) ainda são muitas incertas, as projeções de mudanças climáticas futuras ao longo do século XXI são coerentes com asforçantes físicas impostas nos mesmos, tais projeções constituem-se em informações valiosas tanto para finsde mitigação como planejamento de ações de adaptação e minimização de impactos e vulnerabilidadejunto ao conjunto da sociedade habitante nos

Alteração na cobertura florestal (%)

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diferentes biomas brasileiros. As incertezas científicas nas projeções das mudanças do clima são inerentes ao complexo sistema climático,resultado, das interações nãolineares e complexos fenômenosnaturais, que pode ir desde escala, local até global. Dessa forma, múltiplas abordagens envolvendo modelagem e observações são necessárias paraminimizar as incertezas, e devem ser empregadas em conjunto.

1.4 Impactos, Vulnerabilidades e Adaptação

1.4.1 Impactos dos eventosextremos

A partir das primeiras observações do século XX a mudança do clima impacta o regime hidrológico das regiões hidrográficas brasileiras deforma diversa. O impacto da mudança do clima deve considerar a diversidade hidrológica do território brasileiro. As secas e as enchentes que ocorreram na Amazônia brasileira em 2005 e 2009 atingiram os níveis mínimos e máximos, respectivamente, desalojando milhares de pessoas em toda a região. As enchentes de 2009 vieram apenas cinco anos após a intensa seca de 2005, quando os níveis do Rio Negro baixaram em Manaus. A elevação do nível das águas teve impacto direto e prolongado sobre a vida, a saúde e a economia das comunidades que vivem às margens do rio ou em áreas urbanas de cidades como Manaus. A biodiversidade da Amazônia foi igualmente afetada, e muitas espécies ameaçadas de extinção atingiram o ponto crítico. No ano seguinte, 2010, houve outra seca intensa, e da alta recorde de 2009, o nível do Rio Negro caiu para 13,63 m em 24de outubro em Manaus, um valor ainda menor que o anterior de 13,64 m em 1963, o nível mais baixo até então registrado.A atividade pesqueira e o abastecimento de água na região ficaram seriamente comprometido sem consequência dos níveis extremamente baixos dos rios (PBMC, 2013).

A mudança do clima impacta o regime hidrológico das regiões hidrográficas brasileiras de forma diversa. No que tange a região da bacia do Purus, observamos que os comportamentos entre o alto médio e baixo são bem diferente seus regimes pluviométrico e fluviométrico.

A maioria dos artigos consultados é unânime em dizer que os impactos das mudanças do clima em escala global, regional e local que haverá o acúmulo de pessoas na capital devido aos extremos climáticos, redução do crescimento social e econômico, aumento das áreas de savana na Amazônia, aumento das desigualdades sociais e o aumento da pobreza.

1.4.2 Vulnerabilidade e adaptação aos eventos extremos

Hoje o conceito de vulnerabilidade se traduz por uma condição instável, todos de um jeito ou de outro, em relação a algo são mais ou menos vulneráveis.

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Foto2-Adaptaçãoa inundação

Fonte: Dados da pesquisa.

Foto 3. Adaptação a inundação 2

Fonte: Dados da pesquisa.

2 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Floresta Amazônica “A bacia Hidrográfica como unidade integradora” desempenha importante papel no equilíbrio do sistema hidroclimático local, regional e mesmo global, com seus serviços ecossistêmicos que servem de base para as atividades (agrícolas, sociais, etc) e o bem estar das pessoas tanto em regiões próximas quanto distantes da capital. Ademais, quaisquer mudanças em escala de bacia sejam elas mudanças climáticas, no uso da terra ou uma combinação de ambas, trazer consequências significativas para o funcionamento dos sistemas naturais e a vida das pessoas que os utilizam para sobrevida. Compreender que a floresta Amazônica funciona como parte integrada de um sistema terrestre, e os riscos de como isso pode

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mudar no futuro, é base para a criação de estratégias mitigadora e adaptativas mais eficientes.

Neste contexto, podemos citar algumas considerações para escala local, de bacia hidrográfica e regional como unidade integradora:

# A Bacia Amazônica e quem ocupa a mesma, está periodicamente sujeita a eventos como enchentes e secas, mas exemplos recentes destacam a vulnerabilidade das populações locais e dos ecossistemas dos quais elas dependem aos atuais eventos extremos climáticos;

# Se secas e cheias intensas como as de 2005 e 2009 se tornarem mais comuns no futuro, serão necessárias medidas de adaptação para evitar que os impactos sentidos naquele ano aconteçam mais frequentemente com igual devastação. Existem evidências de que os tomadores de decisões podem adotar medidas eficazes para mitigar os efeitos hidrometeorológicos;

#As mudanças climáticas deverão aumentar a frequência e a intensidade das precipitações extremas na Bacia Amazônia, principalmente na parte oeste e sudoeste (Purus e Madeira);

#Ainda temos grande incerteza sobre a variabilidade natural do complexo sistema climático não linear;

# Compreender os possíveis impactos das mudanças climáticas sob diferentes cenários de emissões em uma escala regional de boa resolução é fundamental quando o objetivo é adotar medidas para mitigar as mudanças,e assim como planejar as adaptações;

# A degradação ou diminuição da Floresta Amazônica em decorrência das mudanças climáticas provavelmente trará sérias consequências para os habitantes locais e das imediações, perda de biodiversidade, regulação das chuvas, influência sobre o balanço de carbono e todos os serviços de ecossistema que a floresta oferece;

# Os resultados mostraram que o impacto do desenvolvimento (urbano e rural), a partir da ação humana sobre o solo e os recursos naturais, pode produzir alterações substanciais nas bacias hidrográficas e seus processos hidrológicos e terrestres, com efeitos significativos nos sistemas urbano se entorno, bem como nos recursos floresta-biodiversidade, solo e recursos hídricos e na saúde da população;

# As alterações no clima “seca e enchente” aumentarão o risco na saúde pública dos habitantes dos municípios do alto Purus, Sena Madureira, Manoel Urbano e Santa Rosa do Purus que não possuem saneamento básico;

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# Análise dos dados de modelagem regional nos leva há uma leve tendência de aumento dos eventos extremos de chuvas – vazão no Médio e baixo Purus, Lábrea, Pauini, Canutama e Beruri e assim aumentando o risco a qualidade de vida;

REFERÊNCIAS

Betts, R., P. Cox, M. Collins, P. Harris, C. Huntingford, and C. Jones (2004), Therole of ecosystem-atmosphere interactions in simulated Amazonian precipitationdecrease and forest dieback under global change warming. Theor. Appl. Climatol.,78, 157-175.

Betts, R. A., M. Sanderson and S. Woodward (2008), Effects of large-scale Amazonforest degradation on climate and air quality through fluxes or carbon dioxide, water,energy, mineral dust and isoprene. Phil. Trans. R. Soc. B., 363(1498), 1873-1880, doi:10.1098/rstb.2007.0027.

COMPANHIA DE PESQUISA DE RECURSOS MINERAIS (CPRM) – SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL. Boletim de Monitoramento Hidrológico. Disponível em

<http://www.cprm.gov.brl> Acesso em 28 fev. 2015.

Cox, P., R. Betts, C. Jones, S. Spall and T. Totterdell (2000), Acceleration of globalwarming due to carbon-cycle feedbacks in a coupled climate model.Nature, 408, 184-187.

INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA. Estações climatológicas. Disponível em

<http://www.inmet.gov.br/portal> Acesso em 28 fev. 2015.

IPCC, 2007a: Climate change 2007: The physical Science basis. In: Contribution of working group I to the assessment report of the Intergovernmental Panel on Climate Change [Solomon, S.

et al. (Eds.)]. Cambridge, UK, e New York, NY, USA: Cambridge University Press, 996 pp.

Marengo J. A., C. Nobre, J. Tomasella, M. Cardoso and M. Oyama (2008b), Hydroclimatic and ecological behaviour of the drought of Amazonia in 2005. Phil. Trans. R.Soc. B, 21, 1-6.

Nobre, C.A.; Sellers, P.J.; Shukla, J. Amazonian deforestation and regional climate change.

Journal of Climate, v.4, p.957-988, 1991.

PBMC—Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (2013) Sumário Executivo—Base Científica das Mudanças Climáticas. Contribuição do Grupo de Trabalho 1 ao Primeiro Relatório de

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Avaliação Nacional do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas. Vol. 1, PBMC, Rio de Janeiro, 24 p.

TUCCI, C.E.M. Modelos hidrológicos. Porto Alegre: Ed. Universidade, UFRGS, ABRH, 1998.

669p.

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