O ano de 2014 trará eleições para os mais altos cargos políticos no Brasil, com a disputa para a Presidência da República e para a renovação de um terço do Senado Federal e da totalidade da Câmara de Deputados. Espera-se que cerca de 140 milhões de eleitores compareçam às urnas e que os resultados sejam conhecidos em menos de 24 horas após o encerramento da votação.
Este guia pretende traçar um panorama do cenário político do Brasil, com ênfase nos aspectos institucionais das eleições e nas perspectivas para os resultados que sairão das urnas em outubro. O objetivo é guiar o leitor no processo eleitoral.
O guia está organizado da seguinte forma: a primeira seção trata, de forma sumária, do poder político no País, enquanto a segunda apresenta um perfil do eleitorado do País. A terceira seção descreve, brevemente, o perfil dos principais partidos políticos em atuação. A quarta seção discorre sobre as eleições de 2014, em particular, o calendário político, as regras eleitorais, os cargos em disputa, as regras e a distribuição do tempo de propaganda eleitoral. A seção seguinte trata da eleição para a Presidência da República, com a apresentação das biografias e algumas das propostas dos candidatos. A sexta seção discute as eleições para governador, enquanto a sétima seção apresenta, brevemente, o quadro das eleições parlamentares nos níveis federal e estadual. Finalmente, as duas últimas seções discutem as pesquisas de opinião e algumas fontes relevantes de informação que podem servir como referência.
Brasil: Eleições 2014
Agradecemos a contribuição significativa de Túlio Sousa e Pâmela Borges na preparação deste relatório.
Análise Econômica Credit Suisse Brasil
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Intencionalmente em branco
Sumário
Eleitorado brasileiro ... 5
Distribuição geográfica ... 5
Distribuição por faixa etária e sexo ... 7
Distribuição regional por nível de escolaridade ... 8
Distribuição regional por nível de renda... 9
Perfil ideológico do eleitorado brasileiro ... 10
Partidos políticos ... 13
Cenário atual e linha ideológica dos partidos ... 13
Principais partidos políticos em exercício no Brasil atualmente ... 17
Eleições 2014 ... 31
Organização institucional ... 31
Atribuições da Justiça Eleitoral ... 32
Cargos em disputa ... 32
Eleitores e o processo de votação ... 32
Regras para eleição de candidatos ... 35
Duração dos mandatos ... 36
Calendário eleitoral ... 36
Propaganda gratuita de rádio e TV ... 38
Eleições presidenciais ... 41
Principais candidatos e biografias ... 41
Demais candidatos ... 43
Tempo de propaganda gratuita de rádio e TV ... 44
O papel do candidato a vice-presidente... 47
Posicionamento dos candidatos sobre temas importantes ... 49
Alianças nos estados ... 50
Eleição nos Estados ... 53
Disputas nos estados fortalecerão alinhamentos antigovernistas ... 66
Eleições parlamentares ... 69
Câmara de Deputados e Senado Federal ... 69
As eleições para a Câmara de Deputados ... 70
As eleições no Senado Federal ... 72
Eleições para as assembleias legislativas estaduais e distritais ... 76
Pesquisas de opinião ... 79
Principais institutos de pesquisa do país ... 79
Pesquisas de avaliação da administração federal ... 80
Pesquisas de intenção de voto para Presidência da República ... 81
Lista de endereços de Internet ... 85
Intencionalmente em branco
Eleitorado brasileiro
Distribuição geográfica
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o número de eleitores no Brasil era de 142,8 milhões em julho de 2014, o que representa um crescimento de 5,2% em relação ao número de eleitores em 2010 (135,8 milhões). Esses eleitores estão concentrados, principalmente, no Sudeste e Nordeste, com 43,5% e 26,8% do total, respectivamente (Gráfico 1).
Gráfico 1: Distribuição regional do eleitorado brasileiro
% do total de eleitores, em julho de 2014
Fonte: TSE, Credit Suisse
A região Sul é a terceira com o maior número de eleitores, com 15% do total, equivalente à soma do número de eleitores das regiões Norte e Centro-Oeste. Naturalmente, a maior concentração de eleitores nessas duas regiões torna as coligações que disputam a presidência organizadas em torno de nomes originários ou com alguma identificação política com essas duas regiões. Não por acaso, desde 1986, o executivo tem sido ocupado por Presidentes e Vice-Presidentes que tiveram sua carreira política no Sudeste ou Nordeste (Tabela 1). A única exceção relevante é a atual presidente, Dilma Rousseff, que, apesar de ter nascido em Minas Gerais, no Sudeste, teve a maior parte de sua formação política no Sul.
7,5
14,8
26,8 43,5
7,2
0,2 Norte
Sul
Nordeste Sudeste
Centro-Oeste
Exterior
Tabela 1: Composição das chapas das últimos presidentes eleitos
Fonte: Credit Suisse
Parte expressiva do eleitorado brasileiro reside nas capitais (22% do total). O perfil do eleitorado brasileiro é eminentemente urbano e concentra-se nas principais regiões metropolitanas (Tabela 2). Os cinco estados mais populosos do País, i.e.: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Rio Grande do Sul, concentram 55% de todo o eleitorado. Nesse caso, as campanhas presidenciais se concentram nestes estados, seja via disposição de recursos e atuação dos comitês regionais de campanha, seja pela prioridade dada à formação de alianças ou dos chamados “palanques” nesses estados específicos. Palanques estaduais são acordos de conveniência que permitem ao candidato ao governo federal usufruir da máquina de campanha do candidato ao governo estadual. Metaforicamente, o termo “palanque” refere-se à eventual cessão de espaço a outro candidato em um comício eleitoral. Isso ocorre de modo mais direto se ambos os candidatos são do mesmo partido, mas na maior parte dos casos os palanques eleitorais envolvem acordos entre partidos distintos. Em geral, os partidos sem candidatos ao governo federal desfrutam de liberdade localmente para firmar acordo com o candidato que lhe seja conveniente. É comum a um mesmo partido apoiar um candidato à presidência em um estado e apoiar outro candidato ao mesmo cargo eletivo em outro estado.
Tancredo Neves (SE)
Presidente
Fernando Collor (NE)
Presidente
Fernando H.
Cardoso (SE) Presidente
Fernando H.
Cardoso (SE) Presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (NE)
Presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (NE)
Presidente
Dilma Rousseff (SE/S) Presidente Sarney (NE)José
Vice-presidente
Itamar Franco (SE) Vice-presidente
Marco Maciel (NE) Vice-presidente
Marco Maciel (NE) Vice-presidente
Alencar (SE)José Vice-presidente
Alencar (SE)José Vice-presidente
Michel Temer (SE) Vice-presidente
1985 1989 1994 1998 2002 2006 2010
Tabela 2: Eleitorado nos estados e nas capitais (julho de 2014)
Fonte: TSE, Credit Suisse.
Distribuição por faixa etária e sexo
O eleitorado brasileiro é relativamente jovem (Gráfico 2), com 17% do total na faixa com menos de 25 anos de idade e 40% com menos de 35 anos. Nesse caso, é possível esperar que questões mais ligadas ao desemprego, à educação e formação profissional e à violência interessem de modo mais direto os eleitores do que questões ligadas à seguridade social, à valorização dos benefícios de aposentadoria e à cobertura do serviço público de saúde. As pessoas com mais de 60 anos, para quem essas últimas questões tendem a ser mais relevantes, compõem apenas 16% do eleitorado. Desse total, 45% não são obrigados a votar por lei, pois possuem mais de 65 anos de idade. O discreto predomínio das mulheres (52%) entre os eleitores é reflexo direto da composição da população brasileira, com ligeira predominância do sexo feminino.
Unidade Federativa
Norte
Acre (AC) Amapá (AP) Amazonas (AM) Pará (PA) Rondônia (RO) Roraíma (RR) Tocantins (TO) Paraná (PR)
Rio Grande do Sul (RS) Santa Catarina (SC) Alagoas (AL) Bahia (BA) Ceará (CE) Maranhão (MA) Piauí (PI) Pernambuco (PE) Paraíba (PB)
Rio Grande do Norte (RN) Sergipe (SE)
Espirito Santo (ES) Minas Gerais (MG) Rio de Janeiro (RJ) São Paulo (SP)
Distrito Federal (DF) Goiás (GO) Mato Grosso (MT) Mato Grosso do Sul (MS)
Capital Rio Branco Macapá Manaus Belém Porto Velho Boa Vista Palmas Curitiba Porto Alegre Florianópolis Maceió Salvador Fortaleza São Luís Teresina Recife João Pessoa Natal Aracaju Vitória Belo Horizonte Rio de Janeiro São Paulo
- Goiânia Cuiabá Campo Grande
Eleitorado na capital (mil)
236 268 1.244 1.041 302 196 186 1.241 1.097 333 522 1.924 1.658 620 507 1.066 464 506 389 260 1.911 4.836 8.782
1.898 932 410 598
% no total do país
0,2 0,2 0,9 0,7 0,2 0,1 0,1 0,9 0,8 0,2 0,4 1,3 1,2 0,4 0,4 0,7 0,3 0,4 0,3 0,2 1,3 3,4 6,1
1,3 0,7 0,3 0,4 Eleitorado
estadual (mil)
10.801 507 456 2.227 5.188 1.127 300 997
21.117 7.866 8.392 4.859
38.270 1.996 10.185 6.272 4.497 2.346 6.356 2.836 2.327 1.454
62.042 2.654 15.249 12.141 31.998
10.238 1.898 4.332 2.190 1.819
% no total do país
7,5 0,4 0,3 1,6 3,6 0,8 0,2 0,7
14,8 5,5 5,9 3,4
26,8 1,4 7,1 4,4 3,1 1,6 4,5 2,0 1,6 1,0
43,5 1,9 10,7 8,5 22,4
7,2 1,3 3,0 1,5 1,3 Total da região
Total da região
Total da região
Total da região
Total da região
SulNordesteSudesteCentro-Oeste
Exterior 354 0,2
Total do Brasil 142.822 100,0
Gráfico 2: Distribuição do eleitorado por idade e gênero (julho de 2014)
% do total de eleitores, por faixa etária
Fonte: TSE, Credit Suisse
Distribuição regional por nível de escolaridade
Segundo dados do IBGE de 20121, a escolaridade média da população brasileira com 15 anos ou mais de idade é de 7,3 anos de estudo, com 46,5% desta população não tendo concluído ao menos o ensino básico (Gráfico 3). Apesar disso, a evolução da escolaridade média da população tem sido considerável nos últimos anos: em 2007, por exemplo, o número de pessoas sem instrução ou com menos de um ano de escolaridade era de 11% versus os atuais 9%. Enquanto isso, a população com 11 ou mais anos de estudo era de 26% do total, ante os atuais 36%.
A distribuição da escolaridade, em termos de anos de estudo, é bastante heterogênea entre as regiões do País. Nos estados do Norte e Nordeste 54% da população têm menos de 8 anos de estudo, enquanto este percentual é de 42% no Sul e Sudeste. Por outro lado, o incremento nas condições de escolaridade tem sido mais acentuado no Norte e Nordeste: em 2007, 61% da população do Norte e Nordeste possuía menos de 8 anos de escolaridade, enquanto no Sul e Sudeste o percentual não era muito distinto do atual:
43%.
Superior a 70 anos 60 a 69 anos 45 a 59 anos 35 a 44 anos 25 a 34 anos 18 a 24 anos 16 e 17 anos
Feminino Masculino
4 5
12 10
12 8
1
3 4 11
10 11
7
1
Gráfico 3: Escolaridade média da população com 15 anos ou mais (setembro de 2012)
%
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Credit Suisse
O perfil educacional da população adulta tem implicações sobre a identificação e abordagem dos temas relevantes durante a campanha. A atual tendência de elevação da escolaridade da população tende a se refletir numa maior complexidade e diversidade de temas em debate nos próximos anos.
Distribuição regional por nível de renda
O TSE não possui dados sobre o perfil do eleitorado por faixa de renda, mas é provável que a distribuição regional por renda dos eleitores siga de modo muito estreito a distribuição de rendimentos da população com mais de 15 anos de idade. De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) de 2012, que cobre especificamente essa porção da população, o rendimento mensal médio da população nesta faixa é bastante heterogêneo entre as regiões (Gráfico 4). Na média brasileira, cerca de 28% da população possui renda mensal de até um salário mínimo. No Nordeste, esse percentual é o mais elevado (49%) e mais baixo no Sul (17%).
9 11 27
17 36
5 10
30 19
36
6 9 25
18 42
8 9 25
18 39
15 14 27
16 28
10 15
27 17
30
Brasil Sul Sudeste Centro-Oeste Nordeste Norte
Sem instrução e menos de 1 ano 1 a 3 anos 4 a 7 anos 8 a 10 anos 11 anos ou mais
Gráfico 4: Rendimento mensal médio da população com 15 anos ou mais (setembro de 2012)
%
Fonte: IBGE, Credit Suisse
Perfil ideológico do eleitorado brasileiro
Questionadas a respeito de seu próprio perfil ideológico, a maior parte das pessoas (38%) considera que suas convicções possuem um perfil de “centro-direita”, em detrimento de outras opções mais extremas. O percentual de eleitores que se classifica como sendo de
“centro-esquerda”, perfil de boa parte dos partidos políticos brasileiros, por exemplo, é menor: 26% dos eleitores classificam-se como tal. No total, quase metade dos eleitores (49%) possui algum viés à direita, que compreende aqueles que se auto intitulam de
“direita” ou de “centro-direita”. Outros 22% dos eleitores consideram-se como de “centro”
e 30% dos eleitores possuem um perfil mais à esquerda, ou seja, a soma dos perfis de
“esquerda” com de “centro-esquerda” (Gráfico 5).
Gráfico 5: Identificação ideológica do eleitorado brasileiro
% dos entrevistados
Fonte: Datafolha (outubro 2013), Credit Suisse
Brasil Sul Sudeste Centro-Oeste Nordeste Norte
28 45
10 7 1
7 17
54
13 7
1 7
19 53
13 8 1 3
23 49
1210 1 3
49
28
5 4 0
13
3837
8 4 0
11
Até 1 salário mínio (SM) De 1 a 2 SM De 3 a 5 SM De 5 a 20 SM Mais de 20 SM Sem rendimento
11 38
22 26
4
Direita Centro-direita
Centro Centro-esquerda
Esquerda
Distribuição aproximada
Esse perfil tido como mais à direita decorre, principalmente, da influência de alguns valores de natureza religiosa sobre o posicionamento político em questões mais concretas e de como o brasileiro típico vê, por exemplo, a aplicação da justiça. Quando perguntados, por exemplo, sobre seu posicionamento pessoal ao serem confrontados com uma lista de temas tidos como polêmicos, 86% dos eleitores brasileiros mostram-se, em geral, contrários à liberalização das drogas (Gráfico 6) e favoráveis a penas maiores para adolescentes infratores, mesmo sendo eles menores de idade (76% dos entrevistados). O eleitor típico divide-se sobre a questão da pena de morte (52%
contrários, 48% favoráveis) e assume um viés um pouco mais à esquerda quando questionado sobre temas de caráter social, como, por exemplo, a identificação das causas da pobreza e as consequências da imigração.
Gráfico 6: Identificação ideológica do eleitorado brasileiro
% dos entrevistados que concorda com a assertiva, reponderado por não-respostas
Fonte: Datafolha (Outubro 2013), Credit Suisse
Acreditar em Deustorna as pessoas melhores O uso de drogas deve ser proibido
porque toda a sociedade sofre com as consequências Adolescentes que cometem crimes devem ser punidos como adultos A maior causa da criminalidade é a maldade das pessoas Os sindicatos servem mais para
fazer política do que defender os trabalhadores A pena de morte é a melhor
puniçãopara indivíduos que cometem crimes graves Boa parte da pobreza está ligada
à preguiça de pessoas que não querem trabalhar Possuir uma arma legalizada
deveria ser um direito do cidadão para se defender A homossexualidade deve
ser desencorajada por toda a sociedade Pessoas pobres de outros países e estados
que vêm trabalhar na sua cidade acabam criando problemas para a cidade Acreditar em Deus não
necessariamente torna uma pessoa melhor
O uso de drogas não deve ser proibido, porque é o usuário que sofre com as consequênias Adolescentes que cometem crimes devem ser reeducados
A maior causa da criminalidade é a falta de oportunidades iguaispara todos
Os sindicatos são importantes para defender os interesses dos trabalhadores
Não cabe à Justiça matar uma pessoa, mesmo que ela tenha cometido um crime grave Boa parte da pobreza está ligada à falta de oportunidades iguais para que todos possam trabalhar A posse de armas deve ser proibida, pois representa ameaça à vida de outras pessoas A homossexualidade deve ser aceita por toda a sociedade
Pessoas pobres de outros países e estados que vêm trabalhar na sua cidade contribuem com o desenvolvimento e a cultura
14 14 24 37 49 52 66 70 72 73
86 86 76 63 51 48 34 30 28 27
Perfil ideológico de esquerda Perfil ideológico de direita
Intencionalmente em branco
Partidos políticos
Cenário atual e linha ideológica dos partidos
O Brasil possui 32 partidos políticos atualmente registrados no TSE. Apenas 22 possuem representantes na Câmara de Deputados e 16 possuem no Senado. Os três maiores partidos nacionais (PMDB, PT, PSDB) por número de cargos eletivos, possuem, em conjunto, 40% da bancada na Câmara e 54% da bancada no Senado (Gráfico 7). Ou seja, pouco menos de 2/3 da câmara baixa é composta por um amplo conjunto de partidos, o que exige a formação de alianças para que a atividade legislativa tenha sequência. A aprovação de emendas constitucionais, por exemplo, requer 2/3 dos votos de ambas as Casas. Projetos de lei complementar impõem a aprovação da maioria absoluta (50% +1) dos congressistas, ao passo que projetos de lei ordinária requerem a aprovação de 50%
+1 dos congressistas presentes à votação.
Gráfico 7: Cadeiras no Senado e na Câmara de Deputados, por partido político (julho de 2014)
Fonte: Câmara de Deputados, Senado Federal, Credit Suisse
Senado (81 cargos) Câmara de Deputados (513 cargos)
Outros
PEN -Partido Ecológico Nacional
PRP - Partido Republicano Progressista
PT do B - Partido Trabalhista do Brasil
PPS - Partido Popular Socialista
PV - Partido Verde
PRB - Partido Republicano Brasileiro
PSC - Partido Social Cristão
PC do B - Partido Comunista do Brasil
PTB - Partido Trabalhista Brasileiro
PDT - Partido Democrático Trabalhista
PROS - Partido Republicano da Ordem Social
SD - Solidariedade
PSB - Partido Socialista Brasileiro
DEM - Democratas
PR - Partido da República
PP - Partido Progressista
PMDB - Partido do Movimento Democrático Brasileiro
PT -Partido dos Trabalhadores
0 0 0 0 0 1 1 0 2 6 6
1 1 4 4 4 5 19
13
0 1
2 3 PSOL - Partido Socialismo e Liberdade 1 3
PMN - Partido da Mobilização Nacional 0 3
6 8
10 12
15 18 18 20
21 24
28 32
40
PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira 12 44
PSD -Partido Social Democrático 1 44
73 83
Partidos que não possuem cargos no Senado e na Câmara:
PCB - Partido Comunista Brasileiro,PCO - Partido da Causa Operária, PSDC -Partido Social Democrata Cristão,PHS - Partido Humanista da Solidariedade,PPL - Partido Pátria Livre,PRTB- Partido Renovador
Trabalhista Brasileiro,PSL - Partido Social Liberal,PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado,PTC - Partido Trabalhista
Cristão ePTN - Partido Trabalhista Nacional.
Nos municípios, o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) é o partido nacional de maior abrangência, com 1.031 prefeitos e 7.943 vereadores eleitos nas últimas eleições de 2012. O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) coloca-se em segundo lugar, com 702 prefeitos e 5.250 vereadores, seguido do Partido dos Trabalhadores (PT), com 636 prefeitos eleitos e 5.181 vereadores (Tabela 3). PMDB, PSDB e PT destacam-se dos demais na ocupação de cargos eletivos estatuais, com, respectivamente, 5, 8 e 5 governadores e 147, 123 e 149 deputados estaduais. Esses partidos são também acompanhados pelo PSB (Partido Socialista Brasileiro), que elegeu seis governadores em 2010, mas com presença nas assembleias estaduais menos expressiva. Nas bancadas federais, a predominância do PT e PMDB é mais evidente, principalmente mais recentemente, com ambos os partidos possuindo as maiores bancadas na Câmara de Deputados e no Senado Federal.
Tabela 3: Representatividade dos principais partidos políticos
Número de cargos
Fonte: TSE, Câmara de Deputados, Senado Federal, Credit Suisse
Os mesmos três partidos de maior abrangência nacional são os que têm a preferência do Partido
Outros
1Partido fundado em 2011 2Partidos fundados em 2013 Deputados federais
Julho de 2014
83 73 44 44 40 32 28 24 21 20 18 18 15 12 41
Eleito em 2010
86 78 54 -1 44 41 43 35 -2 -2 27 22 15 17 51
Senadores
13 19 12 1 5 4 4 4 1 1 6 6 2 0 3 Julho de
2014
Dep. estaduais
149 147 123 -1 48 53 76 73 -2 -2 76 47 18 35 214 Eleito em 2010
4 7 5 1 1 0 1 5 1 2 0 0 0 0 0 Julho de
2014
5 5 8 -1 0 0 2 6 -2 -2 0 0 0 0 1 Eleito em 2010
Governadores Prefeitos Eleitos em 2012
636 1031
702 -1 467 273 277 443 -2 -2 311 294 56 83 991
5.181 7.943 5.250 4.652 4.922 3.180 3.272 3.553
-2 -2 3.652 3.566 971 1.462 9.455 Eleitos em 2012 Vereadores
dos eleitores em março de 2013 . Na margem, essa preferência pelo PT recuou, sobretudo a partir das manifestações do 2T13. O PT era o partido preferido por 18% dos eleitores em junho de 2014, uma das mínimas históricas desde 2002, quando o partido assumiu o governo federal. Comparativamente, PSDB e PMDB são os partidos de preferência de, respectivamente, 5% e 4% dos entrevistados no mesmo período. A preferência popular pelo PSDB foi maior no período em que o partido controlava o governo federal, variando entre 12% e 18% dos entrevistados à época.
Historicamente, o percentual de entrevistados que apontava preferência por algum partido político manteve-se entre 40% e 50%, com alguns breves períodos de exceção, como em março de 2013, quando esse número alcançou 53%. Nos últimos trimestres a identificação com algum partido político recuou para 34% do total dos entrevistados, mínimo histórico desde 1989 (Gráfico 8), ano das primeiras eleições diretas para presidente. As eleições de 2014 ocorrerão em meio a um baixo nível de identificação partidária, provavelmente o menor desde a redemocratização, o que pode ter impacto no número de abstenções.
Gráfico 8: Identificação dos eleitores com partidos políticos3
% dos entrevistados, média móvel de 4 trimestres
Fonte: Datafolha, Samuels e Zucco (2014), Credit Suisse
De modo geral, desde a redemocratização os partidos políticos brasileiros têm assumido posições mais ao centro, apesar da existência de alguns partidos com agendas notoriamente mais polarizadas. Em uma pesquisa abrangendo várias legislaturas do Congresso (de 1989 até 2009), Power e Zucco (2012)4 mediram o grau de identificação das lideranças partidárias com posições mais à esquerda ou mais à direita sobre grande número de questões específicas. Cada deputado ou senador da bancada de um dado partido era perguntado se e quanto concordava ou discordava de dada declaração específica. O grau de concordância era medido pela atribuição de uma nota específica em uma escala de valores pré-determinados. A média das notas identificava o posicionamento político da liderança política, se mais à esquerda ou mais à direita. O resultado da pesquisa foi obtido
2 Samuels, David & Zucco, Cesar (2014): “The Strength of Party Labels in Brazil: Evidence from Survey Experiments.” American Journal of Political Science 51(1):212-35.
3 As linhas verticais indicam eleições gerais.
0 10 20 30 40 50 60
1990 1995 2000 2005 2010 2014
Preferência por algum partido
PT
PMDBPSDB
pela agregação dos resultados individuais das lideranças partidárias ao longo de várias legislaturas e apontou tendência de migração para o centro no espectro político, na qual se incluíram tanto partidos de esquerda (e.g.; PPS, PT, PSB), quanto partidos vistos como mais à direita (e.g.; PP, PR, PTB). Na maioria dos casos, essa migração foi gradual (como no caso do PTB e do PSB), à medida que a alternância de legislaturas foi conduzindo ao Congresso políticos de tendência ideológica mais ao centro que seus antecessores (Gráfico 9). Nos casos do PSDB e do PT, houve um movimento relativamente mais abrupto, justamente nos períodos em que esses partidos ganharam as eleições para o governo federal. Por exemplo, as eleições que levaram o PSDB ao executivo em 1994 também conduziram parlamentares à identificação ideológica bastante mais à direita do que até então. Ao mesmo tempo, os congressistas eleitos pelo PT em 2002, ano da primeira eleição de Lula, identificavam-se mais ao centro do que as bancadas do partido em legislaturas anteriores. Dentre todos os partidos políticos, aquele que menos parece ter alterado seu posicionamento ideológico ao longo dos anos até 2009 foi o PMDB.
Gráfico 9: Distribuição partidária no espectro político-ideológico
Média das notas das bancadas eleitas em cada um dos anos, por partido político
1990 2009 1990 2009 1990 2009 1990 2009 1990 2009 1990 2009 1990 2009 1990 2009 1990 2009 1990 2009 1990 2009 1990 2009 1990 2009
Esquerda Perfil ideológico Direita
As barras representam um desvio-padrão do escore do grupo de deputados em resposta ao questionário.
Principais partidos políticos em exercício no Brasil atualmente
A seguir listamos os principais partidos políticos do Brasil. Juntos, eles representam cerca de 90% da Câmara de Deputados e abrangem todo o território nacional nas eleições a governador deste ano.
PT (Partido dos Trabalhadores)
Número da legenda: 13
Resumo do partido:
O partido ocupa a Presidência da República desde 2002, com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, sua reeleição em 2006 e com a eleição de Dilma Rousseff em 2010. A origem do PT reside no processo de redemocratização do País no início da década de 1980. Sua fundação combinou o esforço, principalmente, de membros dos sindicatos dos metalúrgicos da Grande São Paulo, membros de representações do funcionalismo público e teólogos ligados à Teologia da Libertação da Igreja Católica.
A liderança do PT sempre foi exercida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, após ter sido derrotado nas eleições presidenciais de 1989, 1994 e 1998, foi eleito em 2002. Além de presidente, Lula foi deputado federal (1987-1988) e candidato ao governo do estado de São Paulo em 1982.
Outrora restrito às capitais e aos governos de alguns estados do Sudeste e Sul do País, a eleição de Lula consolidou também a abrangência nacional do PT, especialmente no Nordeste. O partido terá candidatos competitivos em 2014 aos governos da grande maioria dos colégios eleitorais do País. Com um discurso pautado pela prioridade à redução da pobreza e da desigualdade social, o PT é, segundo as principais pesquisas de opinião, aquele que conta com a maior identidade por parte dos eleitores brasileiros.
Líderes
Luiz Inácio Lula da Silva (ex-presidente da República)
Dilma Rousseff
(presidente da República)
Humberto Costa
(líder do partido no Senado)
Marta Suplicy (ministra da cultura)
Gleisi Hoffmann (senadora)
Aloizio Mercadante
(ministro-chefe da Casa Civil)
Arlindo Chinaglia (deputado federal)
Tarso Genro
(governador do Rio Grande do Sul)
Estados e capitais atualmente governadas pelo partido
Estados para os quais o partido possui candidato competitivo a governador nas eleições de 2014 Criação
11 de fevereiro 1982
Presidente Rui Falcão (Deputado Estadual
do Estado de SP)
Bancada na Câmara Maior bancada (83 deputados federais) Bancada
no Senado 2ª maior bancada
(13 senadores)
Fundo partidário (acum. no ano até agosto)
R$ 33,6 milhões (10,7% do total distribuído no período)
AC
RR
RO
MG PI
BA
RJ RS
MS
PR SP AC BA
RS
Belo Horizonte Goiânia
Recife Rio Branco
São Paulo
DF
Apoio ao governo federal
(2011-2014)?
Sim
PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro)
Número da legenda: 15
Resumo do partido:
O PMDB é o partido de maior abrangência territorial, possuindo a maior bancada no senado, o maior número de governadores em atuação, bem como de prefeitos e vereadores. A grande capilaridade confere ao PMDB grande importância no cenário político nacional, tendo o partido presidido a mesa diretora da Câmara de Deputados e do Senado em, respectivamente, 40% e 88% das vezes desde o governo José Sarney. A ampla abrangência territorial do partido reflete-se na composição de sua executiva nacional, com as várias lideranças regionais possuindo discricionariedade para fazer alianças nos estados. Assim, não é raro o PMDB estar associado a partidos da base governista em alguns estados e à oposição em outros.
O PMDB está oficialmente na base de sustentação do governo. O partido mantém o cargo de vice-presidente da República e sustenta ainda assentos em ministérios e empresas estatais. Apesar disso, o apoio do PMDB ao governo não é disseminado.
Desde 2013, tem ocorrido manifestações de alguns membros do partido contrárias ao apoio à candidatura da Presidente Dilma (PT) em 2014.
Estados e capitais atualmente governadas pelo partido
Estados para os quais o partido possui candidato competitivo a governador nas eleições de 2014
RO
PI
RJ MS
PR SP PI
Boa Vista
Rio de Janeiro
Líderes
Michel Temer
(vice-presidente da República)
Renan Calheiros (presidente do Senado)
Henrique Alves
(presidente da Câmara de Deputados)
Eunício Oliveira
(líder do partido no Senado)
Eduardo Braga
(líder do governo no Senado)
Eduardo Cunha
(líder do partido na Câmara de Deputados)
José Sarney
(senador e ex-presidente da República)
MA
RO MT
MS
RJ SE
ES SE
AL RN CE MA
GO TO AM PA
Fonte: Website do PMDB, Credit Suisse Criação
30 de junho de 1981
Presidente Valdir Raupp (senador)
Bancada na Câmara 2ª maior bancada (73 deputados federais) Bancada
no Senado Maior bancada (19 senadores)
Fundo partidário (acum. no ano até agosto)
R$ 24,0 milhões (7,7% do total distribuído no período) Apoio ao
governo federal (2011-2014)?
Sim
PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira)
Número da legenda: 45
Resumo do partido:
O PSDB surgiu de uma dissidência do PMDB em 1988. Após o impeachment do presidente Fernando Collor de Mello, fez parte do governo do presidente Itamar Franco, assumindo alguns ministérios, dentre os quais o Ministério da Fazenda, ocupado por Fernando Henrique Cardoso (FHC). Em 1994, amparado pelo sucesso do Plano Real, FHC foi eleito presidente da República, sendo reeleito em 1998. Em 2002, o candidato a presidente pelo partido, José Serra, foi derrotado no segundo turno pelo presidente Lula. Desde então, o PSDB tem sido, ao lado do DEM, o principal partido de oposição ao governo do PT.
Apesar da redução gradual no número de representantes eleitos para o Congresso Nacional desde 2002, o PSDB ainda é regionalmente forte, sobretudo no Sul e Sudeste, com destaque para São Paulo e Minas Gerais, os dois maiores colégios eleitorais do País. Atualmente, o partido conta com seis dos 27 governadores do País.
Líderes
Aécio Neves
(presidente do partido e senador)
Fernando Henrique Cardoso (ex-presidente da República)
Aloysio Nunes Ferreira (líder do partido no Senado)
Álvaro Dias
(vice-líder da minoria no Senado)
Antônio Imbassahy (líder do partido na Câmara)
Geraldo Alckmin
(governador de São Paulo)
José Serra
(ex-governador de São Paulo)
Estados e capitais atualmente governadas pelo partido
Estados para os quais o partido possui candidato competitivo a governador nas eleições de 2014
AC
PA RO
MG
PB
PR SP PR
Manaus
Belém
PA
GO
SP MG
AL Maceió Teresina
GO
SC MS
Fonte: Website do PSDB, Credit Suisse Criação
24 de agosto de 1989
Presidente Aécio Neves (senador e ex-governador de
Minas Gerais)
Bancada na Câmara
3ª bancada (44 deputados federais) Bancada
no Senado 3ª bancada (12 senadores)
Fundo partidário (acum. no ano até agosto)
R$ 22,7 milhões (7,2% do total distribuído no período) Apoio ao
governo federal (2011-2014)?
Não
PSD (Partido Social Democrático)
Número da legenda: 55
Resumo do partido:
O PSD é originário da dissidência de líderes de vários partidos, principalmente do DEM, capitaneada pelo ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Desde sua criação, o partido tem apoiado o bloco governista na grande maioria dos assuntos.
O PSD aderiu formalmente ao bloco governista ao ser contemplado com a Secretaria da Micro e Pequena Empresa em 2013.
Em função da expressiva bancada na Câmara de Deputados, o PSD teve um peso relevante na distribuição do tempo de propaganda eleitoral gratuita. Apesar da adesão à candidatura da presidente Dilma Rousseff, o PSD também aderiu a candidaturas de partidos de oposição em alguns estados.
Líderes
Gilberto Kassab
(ex-prefeito de São Paulo)
Guilherme Afif Domingos (ministro da Secretaria da Micro
e Pequena Empresa do Governo Federal)
Raimundo Colombo
(governador de Santa Catarina)
Omar Aziz
(ex-governador do Amazonas)
Moreira Mendes
(líder do partido na Câmara dos Deputados)
Estados e capitais atualmente governadas pelo partido
Estados para os quais o partido possui candidato competitivo a governador nas eleições de 2014
RN
SCFlorianópolis SC
AP
MT
Fonte: Website do PSD, Credit Suisse Criação
27 de setembro de 2011
Presidente Gilberto Kassab
(ex-prefeito de São Paulo)
Bancada na Câmara
4ª bancada (44 deputados federais) Bancada
no Senado 11ª bancada (1 senador)
Fundo partidário (acum. no ano até agosto)
R$ 12,4 milhões (4,0% do total distribuído no período) Apoio ao
governo federal (2011-2014)?
Sim, mas o apoio formal ao governo foi
estabelecido apenas em 2013.
PP (Partido Progressista)
Número da legenda: 11
Resumo do partido:
A origem do PP foi também do Partido Democrático Social (PDS). O PP foi a última agregação política derivada de uma lista de partidos progressistas que surgiram e, posteriormente, foram extintos nos últimos anos, a partir da dissidência de lideranças específicas e da fusão de legendas. Por exemplo, o PP foi criado a partir da fusão de algumas legendas como o PPR (Partido Progressista Reformador) em abril de 1993. O PPR deu lugar ao PPB (Partido Progressista Brasileiro) em 1995, sendo em 2003 convertido no PP. Desde então, o PP mantém sua configuração, tendo aderido à base de apoio do governo do PT no Congresso. Esse alinhamento não tem sido seguido pelas alianças estaduais.
O PP tem um peso relevante para a candidatura à reeleição do atual governo, em função do seu significativo número de representantes na Câmara de Deputados.
Líderes
Paulo Maluf
(deputado federal por São Paulo)
Francisco Dornelles (líder do partido no Senado)
Ana Amélia Lemos
(vice-líder do partido no Senado)
Ivo Cassol
(senador por Rondônia)
Esperidião Amin
(deputado federal e ex-governador de Santa Catarina)
Estados e capitais atualmente
governadas pelo partido Estados para os quais o partido possui candidato competitivo a governador nas eleições de 2014
RS Palmas AL
MG
RR
Fonte: Website do PP, Credit Suisse Criação
4 de abril de 2003 (denominação atual)
Presidente Ciro de Lima (senador pelo Piauí)
Bancada na Câmara 5ª maior bancada (40 deputados federais) Bancada
no Senado 6ª maior bancada
(5 senadores)
Fundo partidário (acum. no ano até agosto)
R$ 13,6 milhões (4,3% do total distribuído no período) Apoio ao
governo federal (2011-2014)?
Sim
PR (Partido da República)
Número da legenda: 22
Resumo do partido:
O PR foi criado em 2006, após a dissidência de membros de Partido Liberal (PL) e do Partido da Reedificação da Ordem Nacional (PRONA). O objetivo era superar a cláusula de barreira, que impunha restrições aos assentos no Congresso para os partidos que não dispunham de votação mínima. A partir dessa fusão, o PR ganhou maior relevância política ao abrigar dissidências de outros partidos. O PR tem peso expressivo na distribuição do horário eleitoral gratuito, em função do elevado número de representantes na Câmara de Deputados. O partido aderiu à coalizão que apoiou a candidatura de Dilma Rousseff à presidência em 2010, tendo apoiado, desde então, o governo do PT no Congresso.
O PR atua junto ao PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) no Senado e ao PSC (Partido Social Cristão), na Câmara de Deputados.
O partido atua junto ao PT do B (Partido Trabalhista do Brasil) ao PRP (Partido Republicano Progressista) em frentes parlamentares específicas.
Estados e capitais atualmente governadas pelo partido
Estados para os quais o partido possui candidato competitivo a governador nas eleições de 2014
Líderes
Anthony Garotinho
(deputado federal e ex-governador do Rio de Janeiro)
Bernardo de Vasconcellos Moreira (líder do partido na Câmara)
Alfredo Nascimento (líder do partido no Senado)
Blairo Maggi
(ex-governador e senador pelo Mato Grosso)
Magno Malta
(senador pelo Espírito Santo)
RJ DF RO
Fonte: Website do PR, Credit Suisse Criação
19 de dezembro de 2006
Presidente Alfredo Nascimento
(Senador)
Bancada na Câmara 6ª maior bancada (32 deputados federais) Bancada
no Senado 7ª maior bancada
(4 senadores)
Fundo partidário (acum. no ano até agosto)
R$ 13,7 milhões (4,4% do total distribuído no período) Apoio ao
governo federal (2011-2014)?
Sim, embora contrário ao governo em algumas votações.
DEM (Democratas)
Número da legenda: 25
Resumo do partido:
O DEM (anteriormente denominado PFL - Partido da Frente Liberal) é o maior partido de centro-direita no País. Foi fundado a partir de uma dissidência do PDS (Partido Democrático Social), durante o processo que culminou com o reestabelecimento das eleições diretas para presidente da República e com a posterior eleição de Tancredo Neves em 1985.
Desde o impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello, o DEM tem se aliado ao PSDB nas principais disputas para o governo federal. O partido ocupou a vice-presidência da República, com Marco Maciel, entre 1995 e 2002. O DEM participou ainda da chapa presidencial encabeçada pelo PSDB como candidato à vice-presidência, nas eleições presidenciais em 2002, 2006 e 2010.
O DEM possuiu tradicional presença no Nordeste, em especial na Bahia. Porém, a sua influência nessa região recuou desde a eleição do PT ao governo federal em 2002. O número de representantes do DEM no Congresso Nacional diminuiu muito desde então. A criação do PSD em 2010 reduziu muito a bancada federal do DEM, com uma diminuição da representatividade do partido em alguns estados, como em Santa Catarina. Em função da legislação eleitoral, que permite a transferência do tempo de televisão da bancada eleita para o novo partido, o peso relativo do DEM nas eleições de 2014 é inferior a de anos anteriores.
Líderes
José Agripino Maia (líder do partido no Senado)
Antônio Carlos Magalhães Neto (prefeito de Salvador)
José Mendonça Filho
(líder na Câmara de Deputados)
Onyx Lorenzoni
(deputado federal pelo Rio Grande do Sul)
Ronaldo Caiado
(deputado federal por Goiás)
Estados e capitais atualmente governadas pelo partido
Estados para os quais o partido possui candidato competitivo a governador nas eleições de 2014
AC BA
Salvador RR
RN
Aracajú
Fonte: Website do DEM, Credit Suisse Criação
11 de setembro de 1986
Presidente José Agripino Maia
(Senador pelo Rio Grande do Norte)
Bancada na Câmara 7ª maior bancada (28 deputados federais) Bancada
no Senado 7ª maior bancada
(4 senadores)
Fundo partidário (acum. no ano até agosto)
R$ 9,9 milhões (3,2% do total distribuído no período) Apoio ao
governo federal (2011-2014)?
Não
PSB (Partido Socialista Brasileiro)
Número da legenda: 40
Resumo do partido:
O PSB foi refundado em 1985, após ser extinto na década de 1960, a partir do mesmo manifesto e programa de 1947 do antigo PSB. O partido não teve atuação expressiva até 1990. Com a filiação do ex-governador Miguel Arraes, falecido em 2005, o PSB se tornou uma legenda de atuação mais nacional. Desde sua refundação, o partido foi um aliado tradicional do PT, tendo apoiado a candidatura de Lula à presidência nas eleições de 1989, 1994, 1998, 2006 e a de Dilma Rousseff em 2010. Apenas em 2002, o partido lançou o ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho (atualmente no PR), como candidato próprio à presidência. O PSB participou da coalizão de governo no Congresso a partir de 2003. A partir de 2013, o partido afastou-se do governo Dilma Rousseff, como antecipação ao lançamento da candidatura à presidência de Eduardo Campos em 2014. A morte em acidente aéreo do ex-governador de Pernambuco e então candidato à presidência da república, Eduardo Campos, resultou em sua substituição por Marina Silva, com Beto Albuquerque compondo a chapa como candidato a vice-presidente.
Líderes
Roberto Amaral
(ex-ministro da Ciência e Tecnologia)
Marina Silva
(ex-senadora pelo Acre e ex-ministra do Meio Ambiente)
Beto Albuquerque
(líder do partido na Câmara)
Rodrigo Rollemberg
(líder do partido pelo Senado)
Márcio França
(deputado federal por São Paulo e candidato a vice-governador na chapa do PSDB)
Luiza Erundina
(deputada federal e ex-prefeita de São Paulo)
Estados e capitais atualmente governadas pelo partido
Estados para os quais o partido possui candidato competitivo a governador nas eleições de 2014
RR
PB Porto Velho
ES AP
Recife Cuiabá
Belo Horizonte Fortaleza
PE
ES AP
DF BA CE
Criação 1º de julho de 1988
Presidente Roberto Amaral
(ex-ministro do governo Lula)
Bancada na Câmara 8ª maior bancada (24 deputados federais) Bancada
no Senado 7ª maior bancada
(4 senadores)
Fundo partidário (acum. no ano até agosto)
R$ 12,5 milhões (4,0% do total distribuído no período) Apoio ao
governo federal (2011-2014)?
Apenas até 2012
Fonte: Website do PSB, Credit Suisse
SD (Solidariedade)
Número da legenda: 77
Resumo do partido:
O SD foi criado em 2013, após autorização do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O SD surgiu ligado ao movimento sindical da região da Grande São Paulo, em especial à Força Sindical. A Força Sindical era tradicionalmente ligada ao PDT até 2013, em contraposição à Central Única dos Trabalhadores (CUT), mais ligada ao PT.
O SD segue a linha do movimento trabalhista e tem presença mais marcante nos maiores centros urbanos do Sudeste. O SD aderiu a alianças das principais legendas na maioria dos estados e, portanto, não terá candidatos próprios nas eleições majoritárias estaduais dos principais colégios eleitorais em 2014.
Líderes
Paulo Pereira da Silva (deputado federal)
Fernando Francischini
(líder do partido na Câmara de Deputados)
Armando Vergílio
(deputado federal por Goiás)
Arthur Maia
(deputado federal pela Bahia)
Estados e capitais atualmente governadas pelo partido
Estados para os quais o partido possui candidato competitivo a governador nas eleições de 2014
TO TO
Fonte: Website do SD, Credit Suisse Criação
24 de setembro de 2013
Presidente Paulo Pereira da Silva
(deputado federal)
Bancada na Câmara 9ª maior bancada (21 deputados federais) Bancada
no Senado 11ª maior bancada
(1 senador)
Fundo partidário (acum. no ano até agosto)
R$ 4,7 milhões (1,5% do total distribuído no período) Apoio ao
governo federal (2011-2014)?
Não. O partido surgiu de dissidências dentro da base governista.
PROS (Partido Republicano da Ordem Social)
Número da legenda: 90
Resumo do partido:
O PROS, fundado em 2013, após autorização do TSE, é um dos partidos de criação mais recente. O PROS aderiu à base do governo no Congresso desde sua fundação. O partido também foi formado a partir da migração de lideranças de outros partidos, que eram favoráveis à maior aproximação ao governo de seus partidos originários. Por exemplo, o governador Cid Ferreira Gomes (PE) e o ex-candidato à presidência nas eleições de 2002, Ciro Gomes, ambos egressos do PSB, contribuíram para o fortalecimento do PROS no Nordeste.
O PROS tem atuado em bloco com o PP na Câmara de Deputados, com apoio expressivo à orientação do governo nas votações. O PROS não apresentou candidato próprio às eleições estaduais majoritárias mais relevantes e fará coligação com alguns partidos menores de centro e centro-esquerda nas eleições proporcionais.
Líderes
Ataídes de Oliveira
(líder do partido no Senado)
Cid Gomes
(governador do Ceará)
Ciro Gomes
(ex-governador do Ceará)
Givaldo Carimbão
(líder do partido na Câmara de Deputados)
Estados e capitais atualmente governadas pelo partido
Estados para os quais o partido possui candidato competitivo a governador nas eleições de 2014
CE
AM
PB
Fonte: Website do PROS, Credit Suisse Criação
24 de setembro de 2013
Presidente Eurípedes de Macedo Jr
(ex-vereador)
Bancada na Câmara 10ª maior bancada (20 deputados federais) Bancada
no Senado 11ª maior bancada
(1 senador)
Fundo partidário (acum. no ano até agosto)
R$ 0,3 milhões (0,1% do total pago no período) Apoio ao
governo federal (2011-2014)?
Sim. Posicionou-se como governista desde
sua criação.
PTB (Partido Trabalhista Brasileiro)
Número da legenda: 14
Resumo do partido:
O PTB surgiu durante o movimento de redemocratização e tem seu nome associado ao antigo PTB do ex-presidente Getúlio Vargas (1930-1945 e 1951-1954). O PTB tem sido o partido com o maior registro de suporte parlamentar à administração federal desde 1986, tendo participado dos governos Sarney, Collor, FHC, Lula e Dilma. A exceção foi quando não participou do governo Itamar. O PTB tem adotado postura diferente no processo eleitoral, tendo apoiado tanto candidatos governistas quanto da oposição. Em 1994 e 1998, o PTB participou da coligação que apoiou a candidatura bem sucedida do PSDB. O PTB apoiou a candidatura à presidência de Ciro Gomes em 2002, tendo permanecido independente na eleição de 2006. O PTB também apoiou a candidatura do PSDB à presidência em 2010.
O partido tem atuado junto ao PR (Partido da Repúplica) e ao PSC (Partido Social Cristão) no Senado e junto ao PSDC (Partido Social Democrata Cristão) na Câmara de Deputados, sendo comum os desvios frente à orientação do governo, sobretudo em questões mais associadas ao agronegócio e às questões de cunho religioso.
Líderes
Gim Argello
(senador pelo Distrito Federal)
Mozarildo Cavalcanti (senador por Roraima)
Jovair Arantes
(líder do bloco parlamentar PTB/PSDC)
Estados e capitais atualmente governadas pelo partido
Estados para os quais o partido possui candidato competitivo a governador nas eleições de 2014
PE
Fonte: Website do PTB, Credit Suisse Criação
3 de novembro de 1981
Presidente Benito Gama (ex-deputado federal
pela Bahia)
Bancada na Câmara 12ª maior bancada (18 deputados federais) Bancada
no Senado 4ª maior bancada
(6 senadores)
Fundo partidário (acum. no ano até agosto)
R$ 8,0 milhões (2,6% do total distribuído no período) Apoio ao
governo federal (2011-2014)?
Sim, mas formalizou apoio a Aécio Neves
para a campanha presidencial.
PDT (Partido Democrático Trabalhista)
Número da legenda: 14
Resumo do partido:
O PDT foi fundado com o apoio do ex-governador do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro, Leonel Brizola. O PDT teve atuação destacada até 1990, com participação ativa na Assembleia Constituinte, quando elegeu três governadores. O partido apresentou candidatura própria à presidência em 1989, 1994 e 2006, tendo apoiado a candidatura do PT (Lula) em 1998 e 2010 e do PPS (Ciro Gomes) em 2002. A partir do falecimento de Brizola em 2004, o partido migrou gradualmente para uma posição mais alinhada à coalizão de governo em 2007.
O PDT não controla nenhum estado da federação, embora mantenha o controle de importantes prefeituras, principalmente no Sul, e em três capitais, i.e., Curitiba e Porto Alegre, no Sul, e Natal, no Nordeste.
Líderes
Carlos Lupi
(ex-Ministro do Trabalho)
Viera da Cunha
(líder do partido na Câmara)
Acir Gurgacz
(líder do partido no Senado)
Cristovam Buarque
(senador pelo Distrito Federal)
Pedro Taques
(senador pelo Mato Grosso)
Brizola Neto (deputado federal)
Estados e capitais atualmente governadas pelo partido
Estados para os quais o partido possui candidato competitivo a governador nas eleições de 2014
AP
Natal
Curitiba Porto Alegre
MT
Fonte: Website do PDT, Credit Suisse Criação
10 de novembro de 1981
Presidente Carlos Lupi (ex-deputado federal e
ex-Ministro do Trabalho)
Bancada na Câmara 11ª maior bancada (18 deputados federais) Bancada
no Senado 4ª maior bancada
(6 senadores)
Fundo partidário (acum. no ano até agosto)
R$8,2 milhões (2,6% do total distribuído no período) Apoio ao
governo federal (2011-2014)?
Sim
PC do B (Partido Comunista do Brasil)
Número da legenda: 65
Resumo do partido:
O PC do B é tradicionalmente ligado aos movimentos sociais de esquerda, principalmente estudantil, sendo um dos principais partidos que seguem a linha dos partidos comunistas nacionais. Desde 1989, o partido apoia as candidaturas à presidência do PT e faz parte da coligação de governo na Câmara de Deputados desde 2003. O PC do B tem ocupado postos no governo desde então.
Líderes
Aldo Rebelo
(ministro dos Esportes)
Jandira Feghali
(líder do partido na Câmara)
Vanessa Grazziontin (líder do partido no Senado)
Estados e capitais atualmente governadas pelo partido
Estados para os quais o partido possui candidato competitivo a governador nas eleições de 2014
MA
Fonte: Website do PC do B, Credit Suisse Criação
23 de junho de 1988
Presidente José Renato Rabelo
(Jornalista)
Bancada na Câmara 13ª maior bancada (15 deputados federais) Bancada
no Senado 11ª maior bancada
(2 senadores)
Fundo partidário (acum. no ano até agosto)
R$ 5,8 milhões (1,8% do total distribuído no período) Apoio ao
governo federal (2011-2014)?
Sim
PSC (Partido Social Cristão)
Número da legenda: 20
Resumo do partido:
O PSC é um dos partidos associados a igrejas pentecostais e evangélicas no Brasil. Historicamente, o PSC tem se posicionado de modo independente nas eleições presidenciais. A última vez que o PSC não teve candidato próprio foi quando participou da coligação que elegeu Fernando Collor em 1989. O candidato do PSC na eleição presidencial de 2014 será o Pastor Everaldo.
O PSC, com o PTB e o PR, tem atuado em uma frente parlamentar no Senado.
Líderes
Eduardo Amorim
(líder do partido no Senado)
André Moura
(líder do partido na Câmara)
Ratinho Jr.
(deputado federal pelo Paraná)
Pastor Everaldo
(vice-presidente do partido)
Estados e capitais atualmente governadas pelo partido
Estados para os quais o partido possui candidato competitivo a governador nas eleições de 2014
PI SE
Fonte: Website do PSC, Credit Suisse Criação
29 de março de 1990
Presidente Víctor Jorge Abdala Nósseis
Bancada na Câmara 14ª maior bancada (12 deputados federais) Bancada
no Senado 17ª maior bancada
(0 senador)
Fundo partidário (acum. no ano até agosto)
R$ 5,7 milhões (1,8% do total distribuído no período) Apoio ao
governo federal (2011-2014)?
Não. Teve atuação independente do
governo.