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DESEMPENHO DE TOUROS NELORE MOCHO DE UMA POPULAÇÃO SEGREGANTE PARA FORÇA DE CISALHAMENTO

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ESCOLA DE VETERINÁRIA E ZOOTECNIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL

DESEMPENHO DE TOUROS NELORE MOCHO DE UMA POPULAÇÃO SEGREGANTE PARA FORÇA DE CISALHAMENTO

Juliana Macedo dos Santos Orientadora: Profa. Dra. Eliane Sayuri Miyagi

GOIÂNIA 2014

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JULIANA MACEDO DOS SANTOS

DESEMPENHO DE TOUROS NELORE MOCHO DE UMA POPULAÇÃO SEGREGANTE PARA FORÇA DE CISALHAMENTO

Dissertação apresentada como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Ciência Animal junto a Escola de Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Goiás

Área de concentração:

Produção animal

Orientadora:

Profa. Dra. Eliane Sayuri Miyagi – UFG

Comitê de Orientação:

Prof. Dr. Claudio Ulhoa Magnabosco - EMBRAPA CERRADOS Dr. Eduardo da Costa Eifert - EMBRAPA

GOIÂNIA 2014

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação na (CIP) GPT/BC/UFG

S237d

Santos, Juliana Macedo dos.

Desempenho de touros nelore mocho população segregante para força de cisalhamento [manuscrito] / Juliana Macedo dos Santos. - 2014.

30 f. : il.

Orientador: Profa. Dra. Eliane Sayuri Miyagi.

Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Goiás, Escola de Veterinária e Zootecnia, 2014.

Bibliografia.

Inclui lista de tabelas.

1. Nelore (Zebu) – Touros 2. Produção animal 3. Nelore (Zebu) – Touros - Alimentação e rações 4. Bovino de corte – Confinamento. I. Título.

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Dedico este trabalho a minha família – Minha mãe Marta, meu padrasto Sírio e meu irmão Francis.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, pois sem Ele nada é possível.

A minha família. Minha mãe Marta e ao meu padastro Sirio que sempre me apoiam nas minhas escolhas.

A Eliane Sayuri Miyagi Okada pela orientação, companheirismo e amizade ao longo dessa jornada.

Aos co-orientadores, e colaboradores, Dr. Claudio Magnabosco, Dr. Eduardo da Costa Eiffert, muito obrigada pela oportunidade, e ao Dr. Marcos Fernando

A equipe da Aval, Yuri e Tiago. A equipe da Minerthal.

Ao Programa de Pos Graduacao em Ciencia Animal.

A banca, Dr. Marcos Fernando, Rodrigo Zaiden e Eliane Sayuri.

A CAPES pela bolsa de estudos.

A Lorena e Thiago por me darem abrigo sempre que precisei. Duas pessoas escolhidas para fazerem parte da minha vida para sempre.

A Fernanda, tio Antônio e tia Madalena, a vó Cida (vó da Mayanny), ao Bruno que também abriram suas portas sempre que solicitei muito obrigada de coração.

Aos amigos que foram de fundamental importância, Ludmilla, Leonardo Oliveira, Hugo Peron, Marcus Vinicius. A mayanny pela parceria nas idas e vindas, foram tantas, de carro, carona, ônibus, mas com a companhia sua foi mais fácil.

Aos amigos que fiz durante o experimento na fazenda Barreiro, Neilton, Sr.

Divino, Marcos Olavo.

Ao Sr. Francisco (Chiquinho) pela parceria que possibilitou a realização do experimento.

Aos colegas da pós-graduação, Fabiola, Tiago Pereira, Kíria, Bárbara, Flávia, Thiago, Rayanne, Alex, Dayane e Bruno.

Aos estagiários sem os quais não seria possível a realização desse trabalho. As colegas de confinamento, Ligia Moreira e Silvia Silva.

Aos funcionários do Departamento de Producao Animal, que sempre nos atendem prontamente quando solicitados.

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Quando tudo nos parece dar errado, acontecem coisas boas, que não teriam acontecido, se tudo tivesse dado certo."

Renato Russo

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 1

2 REVISÃO DE LITERATURA ... 2

2.1 Força de cisalhamento ... 2

2.2 Eficiência alimentar ... 3

2.3 Consumo alimentar residual (CAR) ... 4

2.4 Seleção de animais da raça Nelore mocho ... 7

3 MATERIAIS E MÉTODOS... 7

3.1 Local e descrição dos animais ... 9

3.2 Dieta, manejo alimentar e coleta de amostras ... 10

3.3 Características avaliadas ... 11

3.4 Análise Estatística ... 12

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 13

4.1 Avaliação do desempenho de animais segregantes para força de cisalhamento ... 13

4.2 Avaliação da eficiência alimentar pelo consumo alimentar residual ... 16

4.3 Avaliação das correlações fenotípicas da WBSF, do CAR e da CA com as demais variáveis de desempenho e carcaça... 19

5 CONCLUSÃO ... 23

REFERÊNCIAS ... 24

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LISTA DE ABREVIATURAS

CA Conversão alimentar

CAR Consumo alimentar residual CMS Consumo de matéria seca

CMSest Consumo de matéria seca estimada CMSobs Consumo de matéria seca observada EAB Eficiência alimentar Bruta

EE Extrato etério

FDA Fibra detergente ácido FDN Fibra detergente neutro GMD Ganho médio diário GPT Ganho em peso GPD Ganho em peso diário PB Proteína Bruta

PCI Peso corporal inicial PCF Peso corporal final

PV Peso vivo

PMM Peso vivo médio metabólico MM Matéria mineral

MS Matéria Seca

NDT Nutriente digestíveis totais WBSF Força de cisalhamento

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – Relação do consumo de matéria seca observado (CMSobs) pelo consumo de matéria seca estimado (CMSest) de bovinos Nelore mocho, segregantes para força de cisalhamento (WBSF, M= carne macia e D= carne dura) em confinamento, e entre os níveis de eficiência alimentar. ... 17 FIGURA 2 - Ganho médio diário em função dos grupos segregantes para maciez e os níveis de eficiência ... 22 FIGURA 3- Peso vivo metabólico em função dos grupos segregantes para maciez e os níveis de eficiência alimentar ... 22

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1- Composição percentual e estimativa de nutrientes da dieta ... 10 TABELA 2- Valores máximo, médio, mínimo e desvio padrão (DP) das características produtivas touros da raça Nelore mocho ... 144 TABELA 3- Médias, erro-padrão da média das variáveis de desempenho e eficiência alimentar de touros segregantes para os extremos de WBSF ... 155 TABELA 4- Média e erro padrão da média das variáveis de desempenho, eficiência alimentar e carcaça de touros da raça Nelore mocho classificados pelo consumo alimentar residual (CAR) ... 176 TABELA 5- Correlações de segregantes para força de cisalhamento (WBSF), consumo alimentar residual (CAR)e conversão alimentar (CA) com as variáveis de desempenho e carcaça de touros da raça Nelore mocho ...1918 TABELA 6– Distribuição em números e em porcentagem dos animais segregantes para WBSF, entre as classes de eficiência (alto, médio e baixo CAR). ...1420

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RESUMO

Objetivou-se com este trabalho avaliar as características de desempenho eficiência alimentar pelo consumo alimentar residual (CAR) de touros da raça Nelore Mocho oriundos de uma população segregante para os extremos de força de cisalhamento (alta e baixa WBSF). Foram utilizados 55 touros da raça Nelore mocho, com idade média de 18 meses, e peso inicial médio de 382 ± 29 kg, oriundos do programa OB choice, desenvolvido pela Embrapa em parceria com a empresa Guaporé Agropecuária. Os animais foram provenientes de um acasalamento estratégico, com o intuito de se obter animais segregantes para força de cisalhamento. Os touros foram confinados em baias individuais na fazenda Barreiro, municipio de Silvania, e alimentados duas vezes ao dia com silagem de milho e concentrado na proporção (47:53). Os animais foram classificados em baixo, médio e alto consumo alimentar residual, calculado pela diferença entre o consumo de matéria seca observado e estimado a partir dos dados de GMD, CMS e PMM0,75. O critério para a classificação foi o CAR ≥ 0,5 desvio padrão abaixo ou acima da média. Não foram observadas diferenças nas características de desempenho, eficiência e carcaça entre os grupos segregantes para maciez, somente a AOL foi maior (P< 0,05) para os animais de alta WBSF. Os animais de baixo CAR apresentaram menor consumo de matéria seca e foram mais eficientes na conversão alimentar (P<0,02) em relação aos animais de médio e alto CAR. O ganho de peso médio diário não deferiu entre as classes de CAR (P>0,05), com valores de 1,34 (baixo CAR); 1,36 (médio CAR) e 1,44 kg/dia (alto CAR). Não houve estimativas de correlações sinificativas da força de cisalhamento com nenhuma das variáveis estudadas. O CAR foi correlacionado significativamente com o CMS (r = 0,70) e CA (r = 0,48). A CA apresentou correlação significativa (P<0,05) com o PCI, PCF, GPT e GMD (0,46; - 0,49; -0,74 e -0,82; respectivamente). A seleção de animais pela força de cisalhamento não alterou as características de eficiência e desempenho de touros da raça Nelore mocho. A seleção para eficiência alimentar através do CAR apresenta grande potencial na seleção de animais mais eficientes sem alteração das características desejáveis a produção animal.

Palavras chave: Zebu, qualidade da carne, crescimento, confinamento

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ABSTRACT

The aim of this study was to evaluate polled Nelore bulls derived from a segregating population for the extremes of shear force (high and low WBSF) feed efficiency performance characteristics, using residual feed intake (RFI). Were used 55 polled Nelore bulls with 18 months old on average, and an average 382 ± 29 kg of initial weight, originated from OB choice program, developed by Embrapa in partnership with Guapore farm. Animals were obtained from a breeding strategy, in order to obtain shear force segregants animals. Bulls were kept in individual pens and fed twice daily with corn silage and concentrate in (47:53) ratio. Animals were classified into low, medium and high residual feed intake calculated by the difference between the observed and estimated dry matter intake from GMD, CMS and PMM0,75 data.

Classification criteria was standard deviations below or above average CAR ≥ 0.5.

There were no differences in performance characteristics, efficiency and carcass among tenderness segregated groups, only AOL was higher (P <0.05) on high WBSF animals. Low RFI animals had lower dry matter intake and were more efficient in feed conversion (P <0.02) compared to animals of medium and high RFI.

The average daily weight gain did not differ between RFI classes (P> 0.05), with values of 1.34 (low RFI); 1.36 (average RFI) and 1.44 kg/day (high RFI). There were no significant correlations of shear force with any of studied variables. RFI was significantly correlated with DMI (r = 0.70), and FC (r = 0.48). FC showed a significant correlation (P <0.05) with IBW, FBW, WG and DWG (0.46, -0.49, -0.74 and -0.82, respectively). Animal selection by shear force did not alter efficiency and performance characteristics of polled Nelore bulls. Selection for feed efficiency through RFI has great potential in selecting more efficient animals without altering the desirable characteristics of animal production.

Keywords: Zebu, meat quality, growth, feedlot

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Baseado na genética, os animais nelore mocho atualmente estão sendo selecionados para produzir animais de alto padrão em desempenho e eficiência, além de boa qualidade da carcaça e carne. Isto porque, a pecuária de corte nacional se caracteriza pela baixa produtividade e grande variação na qualidade da carne.

Este segundo aspecto pode ser justificado pela grande fração zebuína encontrada na base genética dos nossos rebanhos. Normalmente, raças zebuínas apresentam carne menos macia e com menor marmorização quando comparadas com raças taurinas, dificultando a valorização dessa carne frente aos mercados internacionais (WHEELER et al., 1996). Portanto, é de fundamental importância que o setor pecuário brasileiro desenvolva genótipos adaptados para maciez da carne e com maior valor agregado para serem comercializadas em mercados mais exigentes.

Além disso, faz-se necessário também, adotar medidas para melhorar a eficiência nutricional do rebanho brasileiro e correlaciona-las com características de qualidade do produto produzido, no caso de bovino de corte, a carne, tomando o cuidado para não afetar negativamente características zootécnicas, como marmoreio e qualidade de carcaca.

A Embrapa em parceria com a empresa Guaporé Agropecuária através do programa OB Choice, seleciona indivíduos da raça Nelore mocho, que apresentam alta probabilidade de serem portadores de genes favoráveis à maciez da carne. Os animais deste estudo são provenientes de uma seleção advinda desta parceria que, mediante técnicas de acasalamento otimizado gerou duas populações segregantes, sendo uma com predominância do fenótipo carne macia, que foi o resultado do acasalamento entre animais extremos para baixa força de cisalhamento (WBSF- Warner Bratzler Shear Force), e uma com o fenótipo carne dura, resultante do acasalamento entre animais extremos para alta força de cisalhamento.

Concomitante com o desempenho e a qualidade da carne, é de suma importância, um trabalho para diminuição dos custos de produção através da seleção e animais nutricionalmente eficientes. Neste contexto é valido ressaltar a importância em reduzir os custos com alimentação, que representa cerca de 70%

dos custos totais da produção de bovinos de corte em confinamento (PACHECO et

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al., 2006). Para tanto, estudos verificando a correlação entre a eficiência alimentar e a qualidade da carne se tornam necessários, no intuito de se conhecer melhor estas características.

Os índices mais comumente propostos para avaliar a eficiência alimentar são a taxa de conversão alimentar (CA) e eficiência alimentar bruta (EAB), que são relações do consumo alimentar pelo ganho em peso. No entanto, estas medidas são correlacionadas com o peso adulto do animal, o que não é desejável, podendo nesse caso, selecionar animais maiores, que por sua vez, possuem custo de produção mais elevado, devido a maior parte da energia metabolizável consumida ser gasta em mantença (HERD & BISHOP, 2000). Com isso, a seleção baseada no consumo alimentar residual (CAR), é uma alternativa que tem o objetivo selecionar animais mais eficientes no aproveitamento do alimento, além de minimizar os problemas relacionados com as medidas tradicionais de eficiência para bovinos de corte.

Diante do exposto, objetivou-se com este trabalho avaliar as características de desempenho, eficiência alimentar pelo consumo alimentar residual (CAR), de touros da raça Nelore mocho, oriundos de uma população segregante para os extremos de força de cisalhamento (alta WBSF e baixa WBSF).

2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Força de cisalhamento

A maciez da carne pode ser medida por meio subjetivo ou objetivo. O método subjetivo se utiliza de painel sensorial em que um grupo de pessoas treinadas classifica a carne em relação à maciez após ter provado as amostras. O método objetivo utiliza equipamento, como o texturômetro, que mede a força necessária para o cisalhamento de uma seção transversal de carne e, quanto maior a força dispensada, menor é a maciez apresentada pelo corte de carne (ALVES &

MANCIO, 2007). A maciez da carne bovina constitui fator estratégico para garantir a estabilidade ou expansão de mercado.

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Dentre as características de qualidade da carne bovina, a maciez assume posição de destaque, sendo considerada a característica sensorial de maior influência na aceitação da carne por parte dos consumidores (SAINZ, 2005).

Dos fatores que influenciam a maciez da carne, destacam-se genética, raça, idade ao abate, sexo, alimentação, uso de agentes hormonais (β- adrenérgicos) e tratamentos post-mortem (ALVES & MANCIO, 2007).

Estudos relacionados a avaliação da força de cisalhamento na carne de animais classificados pelo CAR são muito escassos na literatura, e os resultodaos divergentes, (McDONAGH et al., 2001; BAKER et al.,2006; EGARR et al., 2009;

CAFÉ et al., 2010 e NASCIMENTO, 2011) tendo assim a necessidade de mais estudos para avaliar as relações entre a força de cisalhamento e eficiência alimentar.

2.2 Eficiência alimentar

A eficiência na produção animal pode ser definida como a geração de produtos de origem animal com a menor quantidade de recursos possíveis. Um manejo alimentar eficiente tem o poder de gerar grande impacto econômico nos sistemas de produção (HERD et al., 2003).

É essencial a busca por animais cada vez mais eficientes no aproveitamento dos alimentos. Melhorar a eficiência alimentar do rebanho bovino pode significar grande economia para os produtores. A melhoria de 5% na eficiência alimentar de bovinos poderia resultar em economia quatro vezes maior nos custos de alimentação quando comparada à economia gerada pelo aumento de 5% no ganho de peso médio diário OKINE et al. (2004).

Segundo FERREL e JENKINS (1984), cerca de 70% do total da energia consumida pelos bovinos de corte é utilizada na mantença do animal, e somente 5% é encaminhada para a deposição de proteína.

No ciclo de produção animal, a eficiência descreve a variação de ganho em peso em relação ao consumo (HERD et al, 2004), porém a seleção para esta medida pode levar ao aumento do tamanho adulto e do requerimento de mantença do animal (OKINE et al, 2003), fatores estes economicamente indesejáveis. Além

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disso, com o aumento do tamanho à idade adulta, tem-se a redução das taxas reprodutivas e aumento da idade à puberdade (LANNA et al. (2003).

A eficiência alimentar inicia-se na ingestão de alimento, pois, é dependente da quantidade de nutrientes que o animal irá receber para produção, sendo esta e o desempenho animal as características que mais influenciam este índice (RICHARDSON et al, 2004)

Segundo ARTHUR e HERD (2008), diversas são as medidas propostas para avaliação da eficiência dos animais. Dentre elas destacam-se a eficiência alimentar bruta, a conversão alimentar e o consumo alimentar residual.

Inúmeras são as sugestões para explicar a inconstância observada na eficiência dos animais, podendo variar desde processos facilmente mensuráveis como o comportamento e desempenho, até variações celulares, como transporte de íons e turnover protéico. Entretanto, os fatores que causam divergências na utilização dos alimentos em animais similares e recebendo mesma dieta não são ainda bem compreendidos. Acredita-se que os menos eficientes tenham maiores taxas de catabolismo, o que eleva o gasto energético de mantença desses animais, com menor disponibilidade de nutrientes para produção (SANTANA et al., 2013)

Já HERD et al. (2004) resumiram em cinco, as variáveis que podem causar variações na eficiência alimentar, começando pelo consumo alimentar, a digestão do alimento, metabolismo, atividade e a termorregulação.

RICHARDSON & HERD (2004) avaliaram alguns desses processos metabólicos que podem contribuir para a variação do consumo alimentar em animais taurinos. Segundo os autores, o turnover proteico, estresse e metabolismo dos tecidos contribuem com 37%, outros processos não identificados tais como o transporte iônico com 27%, a atividade e digestibilidade com 10% cada, o incremento calórico com 9%, a composição corporal com 5% e o comportamento ingestivo com 2% da variação no consumo alimentar.

2.3 Consumo alimentar residual (CAR)

KOCH et al. (1963) foram os primeiros pesquisadores a definir o CAR como uma medida de eficiência alimentar, capaz de avaliar a diferença entre o consumo real de matéria seca e o esperado. ARTHUR et al., (2001) o conceituam como a diferença entre o consumo observado e o estimado realizado por uma

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equação de regressão em função do peso vivo metabólico e do ganho em peso dos animais, sendo assim uma medida independente do peso e da taxa de crescimento animal.

Em seus estudos KOCH et al. (1963), demonstram a equação usada para obtenção do CAR como sendo: CAR= CMSobs – CMSest. A obtenção do consumo de matéria seca observado (CMSobs) é realizada por meio da pesagem diária do alimento oferecido e posteriormente das sobras deste alimento. O consumo de matéria seca estimado (CMSest) é realizado por meio de equações de regressão ajustadas em função das exigências de mantença do animal e crescimento (f {`PMM0,75, GMD}). Sendo a exigência de mantença estimada com base no peso metabólico (PMM0,75) do animal, e o crescimento com base na taxa de ganho de peso diário (GMD) (NRC, 2000).

Segundo BASARAB et al. (2003), as diferenças para eficiência alimentar entre animais são devidas ao maior ou menor consumo de energia metabolizável e maiores ou menores custos energéticos com mantença, incremento calórico e atividade física. Os animais mais eficientes para o CAR possuem valores negativos para essa medida, consequentemente, são animais que ingerem menos alimento em comparação aos outros.

A estimative da herdabilidade do CAR em bovinos europeus encontrada por KOCH et al., (1963) é moderada, 0,28 ± 0,11, e por ARTHUR et al., (2001) de 0,49. Até o presente momento, não há na literatura nacional, estimativa de herdabilidade para CAR publicada para zebuínos, mas visto a grande variabilidade fenotípica constatada por alguns pesquisadores (ALMEIDA et al., 2004; BONIN et al., 2008), acredita-se que a magnitude desta estimativa pode ser semelhante à de bovinos europeus. O CAR é uma ferramenta de grande interesse na seleção de animais de maior eficiência alimentar, podendo ainda ser usado juntamente com outros índices de seleção sem que se promova perdas das características zootécnicas já alcançadas pelo melhoramento genético.

Ao contrário da conversão alimentar, a seleção para consumo alimentar residual parece selecionar animais de menor consumo e menores exigências para manutenção, sem alterar o peso adulto ou o ganho em peso (KOCH et al., 1963;

BASARAB et al., 2003; PAULINO et al., 2004; CARSTENS et al., 2008).

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Vários autores (ALMEIDA et al., 2004; NASCIMENTO, 2011;

GUIMARÃES, 2013) já confirmaram que não existem associações entre CAR e peso vivo médio metabólico e entre CAR e ganho médio diário em novilhos Nelore terminados em confinamento.

A estimativa de correlação genética entre CAR e o tradicional índice de mensuração da eficiencia, que é a conversão alimentar é de magnetude moderada (r=0,50; ARCHER et al., 1998), sugerindo que genes diferentes estão ligados a estas características. Este valor de correlação também indica que ao incluir o CAR em um programa de seleção, haverá melhora concomitantemente da conversão alimentar (CARSTENS et al., 2008).

RICHARDSON et al. (1998) em um estudo avaliando apenas uma única geração de seleção divergente para CAR, observaram que os filhos de touros de baixo CAR apresentaram menor consumo de matéria seca que os animais filhos de touros de alto, e apresentaram o mesmo GMD, gerando consequentemente, melhor conversão alimentar e menor CAR. Dado este que indicam que a seleção para animais mais eficientes poderá aumentar a rentabilidade na produção animal.

Com as informações ja obtidas pode se dizer que o CAR é uma medida de eficiência complexa, pois depende de muitos fatores que podem interferir na sua avaliação, como os fatores genéticos, ambientais e nutricionais (SANTANA et al., 2013). Tornando necessário que se obtenha dados precisos em sua avaliação, e para obter dados confiáveis ao avaliar o CAR é necessário, garantir acurácia na determinação do consumo individual e ganho em peso diário (NASCIMENTO, 2011).

Mesmo com o conhecimento das vantagens do CAR para a identificação de animais eficientes, as consequências da sua utilização como critério de seleção sobre composição da carcaça e qualidade de carne são pouco conhecidas. Estudos realizados observaram que animais selecionados para baixo CAR (eficientes) tendem a apresentar carcaças mais magras, com menor quantidade de gordura intramuscular e de acabamento (BASARAB et al., 2003; KELLY et al., 2011), características que podem interferir negativamente na qualidade da carne.

Logo, a necessidade de avaliar a eficiência alimentar concomitantemente com a qualidade da carne produzida, e para isso, a força de cisalhamento (WBSF) é um bom teste para ser realizado, visto que a maciez é o principal atributo para os

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consumidores, que define a qualidade da carne. Haja vista a necessidade de se produzir animais com melhor qualidade de carne, porém com uma maior eficiência alimentar (NASCIMENTO, 2011)

3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Seleção de animais da raça Nelore mocho

O surgimento de animais sem os chifres é um fato histórico na trajetória desta raça no território brasileiro, pois, é sabido que animais com esta característica nunca foram encontrados na Índia. Portanto, pode-se dizer que o Nelore mocho é uma raça exclusivamente brasileira.

Foi em Araçatuba na propriedade de Ovídio Miranda Brito, no ano de 1957 que nasceu o primeiro animal Nelore mocho chamado Caburey. O pai (Kongo O.M) e a mãe (Capanga) eram animais providos de chifres, porém, mais tarde constatou-se que a mãe foi a responsável pela característica mocha. O Sr. Ovídio então fez deste bezerro um reprodutor, e o acasalou com suas melhores matrizes, originando assim uma família geneticamente sem chifres. Então aos poucos o rebanho que era de Nelore padrão se transformou em mocho, originando a linhagem O.B. Foi baseado na genética e certa dos benefícios desta raça, que o Sr. Ovídio seleciona seu rebanho hoje para ir além, produzindo animais de alto padrão e com qualidade de carne.

Foi criado o Programa OB Choice, desenvolvido pela empresa Guaporé Agropecuária S/A, marca OB, com informações disponíveis de pedigree e de avaliações fenotípicas para características de carcaça e dados de maciez de 415 progênies de 22 touros. Constituindo uma matriz de parentesco com 956 animais.

As análises dos dados foram baseadas na estrutura de parentesco entre animais ligados a indivíduos detentores de informações genéticas e fenotípicas favoráveis para a característica de maciez da carne.

Todas as informações foram analisadas pela metodologia dos modelos mistos utilizando a Amostragem de Gibbs, para se estimar o mérito genético para maciez de carne de todos os animais disponíveis. As análises dos componentes de

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variância para maciez da carne, dos animais em estudo geraram uma estimativa de herdabilidade igual a 0,11.

Baseando-se no princípio da probabilidade de genes idênticos por descendência a ancestrais “fundadores”, que apresentam maior chance de serem portadores de genes favoráveis à expressão da característica de interesse, assim como proposto por LACY (1989), foram identificados aqueles com alta probabilidade de carregar genes favoráveis à maciez, e, por meio de técnicas de acasalamento otimizado, foi possível formar as duas populações segregantes, para força de cisalhamento.

As informações de pedigree dos animais foram organizadas, para que grupos similares fossem formados, através do procedimento CLUSTER do aplicativo Statistical Analysis System (SAS, 2004). Após a análise de pedigree dos animais estudados, foi possível detectar quais eram os genearcas fundadores da raça Nelore Mocho que possuíam uma maior quantidade de descendentes, nesta população, apresentando alta ou baixa força de cisalhamento.

Uma vez identificados os “fundadores” e os laços de parentesco entre tais animais e os animais do rebanho, e a partir das informações de WBSF dos abates anteriores, foi confeccionada uma lista de 15 touros e 500 matrizes PO da raça Nelore Mocho, selecionados para extremos de fenótipo de carne com alto ou baixo WBSF, para serem acasalados entre si.

Da lista dos touros, foram escolhidos seis touros cujas progênies foram avaliadas nos dois abates e apresentaram baixos valores de WBSF, sendo considerados extremos para maciez. Assumiu-se que esses touros possuem maior probabilidade de serem portadores do gene da maciez e de transmitir essa característica para sua progênie.

A partir da lista de matrizes, foram selecionadas 250 fêmeas com pais e/ou avôs que também tiveram filhos nos abates anteriores com baixos valores de WBSF. Essas foram posteriormente acasaladas com os seis touros mencionados.

Procedimento similar foi utilizado para identificar outros seis touros e 250 matrizes com maior probabilidade de apresentarem altos valores de WBSF, acasalando-os entre si, com o intuito de produzir um grupo de animais com potencial para o fenótipo "carne dura", ou seja, carne com altos valores de WBSF.

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Esta estratégia de acasalamento foi utilizada para obtenção de duas populações segregantes com o intuito de serem utilizados em análises de expressão gênica, sendo uma população com predominância do fenótipo carne macia, resultante do acasalamento entre animais extremos para baixo WBSF, e uma população com o fenótipo carne dura, resultante do acasalamento entre animais extremos para alto WBSF.

Assim sendo, esses animais foram testados, com objetivo de observar se a seleção para maciez poderia influenciar no desempenho e na eficiencia alimentar, para que o Programa OB Choice pudesse continuar caminhando com o objetivo de selecionar animais de melhor qualidade da carne.

3.2 Local e descrição dos animais

A pesquisa foi conduzida no confinamento da fazenda Barreiro localizada no município de Silvânia – GO, entre junho e outubro de 2012.

Anteriormente os animais saíram da Guaporé Pecuária, de onde foram transportados para a fazenda da Embrapa Arroz e Feijão, em Santo Antônio de Goiás-GO, onde permaneceram até dia 16 de maio de 2013 na, sob regime extensivo de pastejo em piquete formado por Brachiaria ruziziensis. Posteriormente foram levados para o confinamento da fazenda Barreiro.

Foram utilizados 55 touros da raça Nelore mocho com peso médio inicial de 382 ± 29 kg, oriundos do programa OB Choice, desenvolvido pela empresa Guaporé agropecuária. Os animais foram provenientes de um acasalamento estratégico, a fim de se obter animais segregantes para força de cisalhamento (carne macia e carne dura). Os animais foram então agrupados, de acordo com a força de cisalhamento, para serem avaliados quanto a eficiência alimentar e o desempenho na terminação em confinamento.

Ao chegarem à fazenda experimental os animais foram identificados, pesados, desverminados e alocados em baias coletivas. Permaneceram por um período de 21 dias de modo a permitir que se adaptassem à dieta experimental e as instalações. Passado este período os animais foram pesados, após jejum de 16 horas, e distribuídos em baias individuais. As baias individuais do confinamento

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possuiam dimensões de 3 metros de largura por 8 metros de comprimento, totalizando 24 m2. O piso próximo aos comedouros era concretado com 1,5 metros de largura e os comedouros eram cobertos com telhas de amianto. As baias eram providas de cochos de alimentação e bebedouros.

3.3 Dieta, manejo alimentar e coleta de amostras da ração

A composição e a estimativa de nutrientes da dieta estão apresentadas na Tabela 1. A dieta foi formulada com auxílio do programa Ração de Lucro Máximo (RLM 3.2) da Esalq-Usp, sendo a mesma para todos os animais.

O alimento foi fornecido duas vezes ao dia, pela manha e no perido da tarde. Para compor a dieta fornecida aos animais os ingredientes foram pesados diariamente para cada animal e fornecidos no cocho. As sobras foram quantificadas e removidas diariamente. As sobras eram mantidas entre 5 a 10% do total fornecido com intuito de evitar desperdício e para obter o consumo balanceado da dieta.

TABELA 1- Composição percentual e estimativa de nutrientes da dieta

Ingredientes % na MS

Silagem de milho 47,0

Milho grão moído 43,2

Soja Grão 8,0

Núcleo Mineral* 1,4

Uréia 0,6

Nutrientes estimados da dieta % na MS

Matéria seca 48,70

Proteína bruta 12,79

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Proteína degradável no rúmen 9,35

Fibra em detergente neutro 21,57

Extrato etéreo 5,04

Nutrientes digestíveis totais 74,3

* Ca 0,4824 (%MS), P 0,2798 (%MS), Mg 0,1417 (%MS), K 0,7865 (%MS), Na 0,1165 (%MS), Cl 0,2996 (%MS), S 0,1543 (%MS), Co 0,336 (ppm), Cu 11,3364 (ppm), Fe 24,728 (ppm), I 0,56 (ppm), Mn 23,3904 (ppm), Se 0,112 (ppm), Z 33,0314 (ppm).

3.4 Características avaliadas

Foram avaliadas as principais medidas de desempenho, e o consumo voluntário foi registrado diariamente, pela diferença da quantidade ofertada da dieta e das sobras de alimento no dia seguinte. A determinação do consumo de matéria seca observado (CMSobs) foi obtida após a correção para matéria seca das sobras (obtida por coletas semanais das sobras e posterior secagem em estufa a 105º C) e da dieta, pela subtração do oferecido e o recusado.

O ganho em peso médio diário foi obtido pela diferença de peso corporal inicial, após adaptação de 21 dias, e o peso final dividido pelos dias de confinamento.

A conversão alimentar foi calculada como a razão entre o CMS e o GMD, para cada animal. Já a eficiência alimentar foi calculada como o inverso da CA, sendo a razão entre o GMD e o CMS.

O cálculo do CAR foi realizado conforme proposto originalmente por KOCH et al. (1963). O consumo de matéria seca estimado (CMSest) foi obtido por equação de regressão considerando o CMSobs como variável dependente e o PMM0,75 e o GMD dos animais como variáveis independentes conforme o seguinte modelo:

CMSest= β0 + β1 x (PMM0,75) + β2 x (GMD) + ε, Em que:

CMSest= consumo de matéria seca estimado em kg;

β0= intercepto;

β1= coeficiente do peso médio metabólico (PMM0,75 em kg);

β2= coeficiente do ganho médio diário (GMD em kg/dia);

(26)

ε= resíduo;

O CAR de cada animal foi calculado pela diferença entre o consumo de matéria seca observado e o consumo de matéria seca estimado. Para a determinação de possíveis diferenças nas variáveis avaliadas entre os animais considerados mais (baixo CAR) ou menos (alto CAR) eficientes, procedeu-se a divisão dos animais em três grupos distintos. Aqueles animais que apresentaram valores de consumo alimentar residual meio (+0,5) desvio padrão acima da média geral, foram classificados como sendo animais de alto CAR (menos eficientes). Os animais cujos valores individuais de CAR foram menos meio (-0,5) desvio padrão inferiores à média geral, foram considerados baixo CAR (mais eficientes). Os animais cujos valores de CAR se localizaram entre os limites dos animais com baixo e alto CAR foi agrupado como sendo médio CAR. Essa divisão é comumente empregada em trabalhos envolvendo avaliação de eficiência alimentar pelo CAR em bovinos de corte (KOCH et al., 1963; BASARAB et al., 2003; RICHARDSON &

HERD, 2004; PAULINO, 2006; STIEVEN, 2012).

Foram coletas imagens, via ultrassom, modelo Aloka 500-V, dotado de transdutor linear de 17,2 cm (3,5 MHZ) na região lombar compreendida entre a 12ª e 13ª costelas e na região da garupa. As imagens e a interpretação das imagens para mensuração da área de olho de lombo (AOL), da espessura de gordura subcutânea entre a 12ª e 13ª costelas (EGS) e espessura de gordura subcutânea na garupa (EGP8) foi realizada pela empresa Aval.

3.5 Análise Estatística

O desenho experimental foi o inteiramente casualizado. O modelo matemático foi o seguinte:

Y= µ +ti + eij, em que:

Yij = valor observado;

μ = média geral;

ti = efeito da classe do CAR;

e eij = erro experimental.

(27)

Foram realizadas análises de variância dos dois grupos segregantes para força de cisalhamento com as variáveis de desempenho e eficiência alimentar no confinamento. A comparação entre médias foi feita pelo do teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade.

Foram realizadas correlações de Pearson entre os grupos segregantes para força de cisalhamento com as variáveis de desempenho mensuradas, ao nível de 5% de Probabilidade.

As análises estatísticas foram realizadas pelo pacote estatístico SAS (2004).

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Avaliação do desempenho de animais segregantes para força de cisalhamento

Na Tabela 1 é apresentada a distribuição dos grupos segregantes para os dois extremos de força de cisalhamento (alto WBSF e baixo WBSF) entre as classes de CAR. Do total dos animais classificados pelo CAR, observou-se que, dos 16 indivíduos de alto CAR, 8 (50%) eram segregantes para alto WBSF, e 8

(28)

(50%) para baixo WBSF. Para os 16 animais de baixo CAR, 7 (44%) eram segregantes para alto WBSF e 9 (56%) para baixo WBSF. Agrupando as três classes de CAR (alto, médio e baixo) o total de animais segregantes para alto WBSF foi 28/55 ou 51%, e os de baixo WBSF totalizou 27/55, ou o equivalente a 49% dos animais.

TABELA 2- Distribuição em números e em porcentagem dos animais segregantes para WBSF, entre as classes de eficiência (alto, médio e baixo CAR).

Alto CAR Baixo CAR Médio CAR Total

Alto WBSF 8/16 (50%) 7/16 (44%) 12/23 (52%) 27/55 (49%) Baixo WBSF 8/16 (50%) 9/16 (56%) 11/23 (48%) 28/55 (51%)

A média, os valores máximos e mínimos e o desvio padrão das variáveis de desempenho e eficiência alimentar dos touros segregantes para força de cisalhamento estão descritos na Tabela 2. Estes valores nos permitem ter uma idéia das características dos animais desde o início até o final do experimento, ou seja, nos permitem avaliar a amplitude numérica das características avaliadas.

A amplitude das variáveis PCI, PCF, PMM0,75, GMD, GPT, dias de confinamento, CMS e variáveis de carcaça são justificadas pela diferença de idade dos animais na entrada do confinamento, pois os animais foram selecionados por sua linhagem e não pela idade ou peso inicial.

TABELA 3 - Valores máximo, médio, mínimo de desempenho, e desvio padrão (DP) das características produtivas touros da raça Nelore mocho

Variáveis Parâmetros

Mínimo Médio Máximo ±DP

Idade, dias 507 566 606 23,92

Peso corporal inicial, kg 332 382,3 491 29,35

Peso corporal final, kg 373 513,9 574 36,53

Peso corporal médio metabólico, kg 81,3 97,36 108,8 4,20

Ganho de peso total, kg 39 94,7 189 42,02

Dias de confinamento 60 94,7 126 20,0

Ganho médio diário, kg/dia 0,65 1,38 2,23 0,36

(29)

Consumo de matéria seca observado, kg/dia 5,86 9,8 13,19 1,56 Consumo de matéria seca estimado, kg/dia 6,7 9,8 12,5 1,12

Eficiência alimentar bruta 0,09 0,14 0,22 0,02

Conversão alimentar 4,62 7,46 11,21 1,56

Consumo alimentar residual, kg/dia -2,81 0,00 2,27 1,09

Área de olho de lombo, cm² 61,4 76,8 93,1 6,05

Espessura de gordura subcutânea, mm 2,67 5,26 9,08 1,58 Espessura de gordura na garupa, mm 3,5 7,1 11,4 1,72 Esta heterogeneidade de pesos, como resultado de uma seleção com base na linhagem dos animais também foi relatado por CASTRO et al. (2014) e SAINZ et al. (2005).

A amplitude do CAR não se encaixa nesse contexto, pois o CAR é independente do peso e do ganho de peso, ou seja, a variação encontrada é devido as características individuais de cada animal, o que também foram observados em outros trabalhos como de BONIN et al. (2008); GOMES (2009) e GUIMARÃES (2013), citando desvio padrão de 0,69; 0,41 e 0,61 kg/dia respectivamente.

Os valores mínimos e máximos para CAR neste estudo foram -2,81 e 2,27, os quais são maiores aos encontrados por ALMEIDA et al. (2004) e GOMES et al. (2011) para novilhos Nelore (-1,70 e +2,07; -2,72 e +1,54 kg de MS/dia;

respectivamente).

Ao se observar a Tabela 3, pode ser visto que os PCI, PCF e PMM0,75 não diferiram entre os tratamentos (P< 0,05). Ao contrario do presente estudo, CASTRO et al. (2014) encontraram diferenças para PCI, PCF e GMD, mostrando que animais de menor WBSF foram mais pesados e com maior ganho médio diário do que os animais com maior WBSF.

TABELA 4- Médias, erro-padrão da média das variáveis de desempenho e eficiência alimentar de touros segregantes para os extremos de WBSF

Variáveis Alto WBSF Baixo WBSF

Valor-P 27/55 (49%) 28/55 (51%)

Idade, dias 571 ± 5,24 561 ± 5,15 0,15

Peso corporal inicial, kg 387,8 ± 6,29 376,9 ± 4,75 0,17 Peso corporal final, kg 523,3 ± 3,61 504,8 ± 8,77 0,59 Peso corporal médio metabólico, kg 98,6 ± 0,65 96,7 ± 0,87 0,06 Ganho de peso total, kg 135,5 ± 6,28 127,9 ± 9,41 0,51 Dias de confinamento 95,4 ± 3,32 93,9 ± 4,28 0,78 Ganho médio diário, kg/dia 1,42 ± 0,06 1,33 ± 0,08 0,39

(30)

CMS observado, kg/dia 10,03 ± 0,25 9,58 ± 0,34 0,29 Eficiência alimentar bruta 0,14 ± 0,01 0,14 ± 0,01 0,58 Conversão alimentar 7,27 ± 0,25 7,63 ± 0,34 0,40 Consumo alimentar residual, kg/dia 0,02 ± 23 -0,01 ± 0,19 0,92 Área de olho de lombo, cm² 78,70a ± 1,08 75,00b ± 1,13 0,02 EGS 12ª e 13ª costelas, mm 5,47 ± 0,30 5,06 ± 0,30 0,33 Espessura de gordura na garupa, mm 7,34 ± 0,34 6,80 ± 0,31 0,25 Médias seguidas de letras distintas na mesma linha diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de 5% de Probabilidade.

As variáveis dias de confinamento, GMD, CMS, EAB, CA, CAR, EGS na 12ª e 13ª costelas e EGP8 também não foram diferentes (P>0,05) entre os tratamentos. Isto implica que a seleção de animais Nelore mocho pela força de cisalhamento não prejudica o desempenho, a eficiência e a qualidade da carcaça de animais terminados em confinamento. Somente a AOL foi maior (P< 0,05) para os animais de alto WBSF entre os tratamentos. Houve diferença significativa, isto pode ser explicado pela tendência (P= 0,06) de maior PMM0,75 dos animais de alto WBSF.

4.2 Avaliação da eficiência alimentar pelo consumo alimentar residual

A equação de regressão obtida para o consumo de matéria seca estimado (CMSest) foi a seguinte: CMSest = -1,40694 + 2,69685(GMD) + 0,07703(PVM), com R2 de 0,52%, (P<0,01).

Na Figura 1 pode ser observado o consumo de matéria seca estimado e o observado dos animais segregantes para força de cisalhamento (WBSF). O CAR é à distância do consumo de cada animal até a linha de regressão entre o consumo observado e o estimado. Os animais acima da linha tiveram consumo observado maior do que o estimado (alto CAR, menos eficientes) e os animais abaixo da linha tiveram consumo observado menor do que o estimado (baixo CAR, mais eficientes).

(31)

FIGURA 1 – Relação do consumo de matéria seca observado (CMSobs) pelo consumo de matéria seca estimado (CMSest) de bovinos Nelore mocho, segregantes para força de cisalhamento (WBSF, M= carne macia e D= carne dura) em confinamento, e entre os níveis de eficiência alimentar.

Dentre os 55 animais, 16 foram classificados como de baixo CAR (29%), e 23 como médio CAR (42%) e 16 como alto CAR (29%).

A idade, o PCI, PCF, PMM0,75, não diferiram (P>0,05) entre as classes de CAR, demonstrando uniformidade dos animais na entrada e durante o experimento (Tabela 4). Os valores de CMS expressos em kg ou % de peso corporal foram menores (P<0,05) para os animais de baixo CAR em relação aos de médio e alto CAR.

TABELA 5- Média e desvio padrão da média das variáveis de desempenho, eficiência alimentar e carcaça de touros da raça Nelore mocho classificados pelo consumo alimentar residual (CAR)

Variáveis

CAR P-

Valor Alto

16 (29%)

Médio 23 (42%)

Baixo 16 (29%)

(32)

Idade, dias 569 563 564 0,698 CAR, kg MS/dia 1,34a±0,12 -0,12b±0,09 -1,24c±0,12 0,001 PCI, kg/dia 383,13a±4,34 382,04a ±5,21 381,73a±11,32 0,991 PCF, kg/dia 514,88a±5,02 516,83a ±6,82 508,07a ±13,74 0,771 PMM0,75, kg 97,53ª±0,56 97,60a ±0,70 96,80a ±1,69 0,831 CMS,kg/dia 11,32a±0,20 9,67b±0,26 8,39c ±0,29 <0,001 CMS, %PC 2,52a±0,04 2,15b±0,05 1,89c±0,05 <0,001 GMD, kg/dia 1,44a±0,09 1,36a±0,07 1,34a±0,09 0,702 GPT, kg 131,75a±6,36 134,79a±8,6 126,33a±14,51 0,831 EAB 0,13b±0,006 0,14ab±0,005 0,16a±0,008 0,008 CA 8,20a±0,37 7,45ab±0,31 6,67b±0,37 0,022 Dias de confinamento 93a±2,69 98a±4,77 90a±5,62 0,421 AOL, cm2 78,88a±1,56 75,93a±1,24 76,01a±1,60 0,273 EGS 12ª e 13ª costelas, mm 5,61a±0,42 5,25a±0,31 4,94a±0,44 0,496 EGP8, mm 7,41a±0,46 7,21a±0,38 6,52a±0,39 0,307

Médias seguidas de letras distintas na mesma linha diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de 5% de Probabilidade. Consumo alimentar residual (CAR), peso corporal inicial (PCI) e final (PCF), peso médio metabólico (PMM0,75), consumo médio diário de matéria seca (CMS) e em % do peso corporal (CMS, % PC), ganho de peso médio diário (GMD), ganho de peso total (GPT), conversão alimentar (CA) e eficiência alimentar (EAB), área de olho de lombo (AOL), espessura de gordura subcutâneas na 12ª e 13ª costelas e espessura de gordura pélvica (EGP8).

O CMS dos animais mais eficientes foi 2,93 kg/dia menor, representando redução de 25,9%, do que o consumo dos animais menos eficientes, com peso corporal e ganho de peso similar (P>0,05). Outros autores como GUIMARÃES (2013), SANTANA et al. (2012), também encontraram redução no CMS de 13,7%

e 14,58% de animais classificados pelo CAR.

A variação no consumo de matéria seca entre os indivíduos dentro da mesma raça possui moderada estimativa de herdabilidade, variando entre 0,18 a 0,35 (KOCH et al., 1963; ARCHER et al., 1998; HERD & BISHOP, 2000). A classificação de animais mais eficientes pode gerar uma economia considerável na cadeia da carne, já que os custos com alimentação na terminação de bovinos de corte em confinamento é em torno de 70% (PACHECO et al., 2006).

A CA e a EAB também foram cerca de 18,7% melhores para os animais de baixo CAR em relação aos de alto CAR (Tabela 4). Esta melhor eficiência também foi relatada em trabalhos com animais da raça Nelore (GUIMARÃES, 2013;

SANTANA et al., 2012; NASCIMENTO, 2011; SOBRINHO et al., 2011).

HERD et al. (2004) analisaram informações publicadas com bovinos e chegaram a alguns potenciais mecanismos fisiológicos que explicam as variações no consumo alimentar residual, ou seja, as variações do porque alguns animais são mais eficiêntes do que outros. Conforme relatado pelos autores, os principais

(33)

fatores de variação no consumo alimentar residual são a digestibilidade (10%), incremento calórico (9%), composição corporal (5%), atividade física (10%), comportamento ingestivo (2%), metabolismo e estresse (37%) e outros processos não identificados (27%). Portanto, como pode ser observado a maior parte das variações estão ligadas as caracterísicas individuais de cada animal, e aqueles que possuem menores exigências em sua manutenção, tornam-se mais eficientes.

Não foram encontradas diferenças significativas (P>0,05) para AOL, EGS entre a 12ª e 13ª costelas e EGP8 entre as classes de CAR. GUIMARÃES (2013) trabalhando com touros zebuínos e BASARAB et al. (2003) trabalhando com animais taurinos, observaram diferenças (P<0,05) na espessura de gordura de animais classificados pelo CAR. Trabalhos realizados com animais da raça Nelore, que é objeto do presente estudo, não observaram correlações entre CAR e AOL, EGS e EGP8 (PAULINO, 2006; FARJALLA, 2009; CASTILHOS, 2010), indicando que a seleção de animais Nelores mais eficientes em utilização dos alimentos não traria respostas indesejáveis na qualidade da carcaça.

4.3 Avaliação das correlações fenotípicas da WBSF, do CAR e da CA com as demais variáveis de desempenho e carcaça

Na avaliação das correlações fenotípicas (Tabela 5), não foi observado correlações significativas entre os animais de alto ou baixo WBSF com as demais variáveis estudadas. Em trabalho semelhante com animais da raça Nelore mocho, CASTRO et al. (2014), também não observaram correlações fenotípicas significativas entre força de cisalhamento (WBSF) e as características de desempenho, como também de eficiência alimentar.

TABELA 6- Estimativas de correlações fenotípicas de animais segregantes para força de cisalhamento (WBSF), consumo alimentar residual (CAR)e conversão alimentar (CA) com as variáveis de desempenho e carcaça de touros da raça Nelore mocho

Variáveis WBSF CAR CA

WBSF (carne macia ou dura) - -0,18 -0,18

Consumo alimentar residual, (kg/dia) -0,18 - 0,48***

Idade, dias 0,24 -0,05 -0,23

(34)

Peso corporal inicial, (kg) 0,19 0,03 0,46***

Peso corporal final, (kg) 0,26 -0,03 -0,49***

Peso médio metabólico, (kg) 0,29 0,00 -0,09

Ganho de peso total, (kg) 0,09 -0,04 -0,74***

Ganho de peso médio diário, (kg) 0,08 0,00 -0,82***

Dias de confinamento 0,03 0,07 -0,20

Consumo de matéria seca observado, (kg) -0,02 0,70* -0,20

Conversão alimentar -0,18 0,48* -

Àrea de olho de lombo, (cm²) 0,21 0,17 -0,11

Espessura de gordura subcutânea,(mm) 0,00 0,20 -0,08 Espessura de gordura na garupam, (mm) -0,08 0,22 0,20

*P<0,05, **P<0,01 e ***P<0,0001 para correlação de Pearson

De uma forma geral esses dados demonstram que a característica de força de cisalhamento não é diretamente influenciada pelas características aqui analisadas. Entretanto, é importante salientar que somente a análise de correlação fenotípica, não é suficiente para uma decisão conclusiva de que a seleção para maciez possa ser utilizada independentemente das outras características, pois, se trata de uma análise de correlação que somente leva em consideração as mensurações fenotípicas da característica, não considerando os componentes genéticos.

EGARR et al. (2009) avaliando animais de alto e baixo CAR verificaram que foi necessária maior força de cisalhamento para animais mais eficientes, em relação aos menos eficientes, porém, a pesquisa foi realizada com animais da raça Angus, além disso, os autores também encontraram uma maior espessura de gordura na carcaça dos animais de alto CAR, o que provavelmente torna a carne mais macia após o cozimento. Já BAKER et al. (2006), trabalhando também com novilhos da raça Angus de CAR positivo e negativo, não observaram diferença significativa quanto a força de cisalhamento.

Resultados semelhantes a esta pesquisa de bovinos oriundos da seleção divergente para CAR, também foram encontrados por McDONAGH et al.

(2001), CAFÉ et al. (2010) e NASCIMENTO (2011), que também observaram uma similaridade entre as médias de força de cisalhamento.

Estes resultados controversos na literatura em relação à qualidade da carne de animais eficientes podem estar associados às variações na taxa de crescimento muscular entre as diferentes raças e linhagens, ou seja, além da eficiência em si, podem existir diferenças genéticas que influenciam na maciez da

(35)

carne. Porém, vale ressaltar que a maciez da carne apesar de sofrer influência genética é uma característica altamente influenciada por fatores ambientais, seja estes de ante mortem ou post mortem (IGARASI et al., 2008).

Ainda não se sabe ao certo quais as consequências da seleção de animais eficientes quanto ao CAR sobre a qualidade da carne. Há indícios que a seleção para animais mais eficientes seja economicamente favorável, pois reduz o consumo de alimento no confinamento, e não afeta o desempenho dos animais, porém as características em relação a qualidade de carne não devem ser afetadas (PAULINO et al., 2004).

Foram encontradas correlações significativas (P<0,05) entre o CAR e o CMS (r= 0,70) e a CA (r= 0,48), ou seja, quanto maior o CAR, maior foi o consumo de matéria seca e pior foi a CA, sendo menos eficientes na transformação de alimento em peso corporal. Os animais de menor CAR apresentaram menor consumo de matéria seca, porém, tiveram melhor CA e o GMD foi semelhante aos animais de alto CAR, sendo então mais eficientes, como pode ser observado na Figura 2 a dispersão dos dados. Estes resultados vão ao encontro do que foi relatado por ARTHUR & HERD (2008), em que constataram que o consumo alimentar residual é positivamente correlacionado com a taxa de conversão alimentar, com coeficientes de correlação genética relatadas variando entre 0,45 a 0,85. Isto implica que o melhoramento genético para CAR resultará em melhoria na taxa de conversão alimentar do rebanho a cada geração (ARTHUR et al, 2001;

NKRUMAH et al, 2007).

(36)

FIGURA 2- Ganho médio diário em função dos grupos segregantes para maciez e os níveis de eficiência

A CA apresentou correlação significativa (P<0,05) com o PCI, PCF, GPT, GMD (0,46; -0,49; -0,74 e -0,82; respectivamente). Portanto, quanto maior foi o PCI, pior foi a CA e quanto maior o PCF, melhor foi a CA. Os animais de PCF mais alto, tiveram maior ganho de peso diário e total, portanto, foram mais eficientes em relação aos de menor PCF. Dessa forma, uma possível seleção pela CA, resultaria na elevação gradual do peso adulto dos animais. Este índice não leva em conta o peso corporal dos animais no seu cálculo, podendo nesse caso, selecionar animais maiores, que por sua vez, possuem custo de produção mais elevado, pois a maior parte da energia metabolizável consumida pelos mesmos é gasta em mantença (HERD & BISHOP, 2000).

Já o CAR, como é um índice ajustado pelo PMM0,75 e GMD (Figuras 2 e 3), o torna independente dessas características, pois, ao ser utilizado como critério de seleção de animais eficientes, o CAR possivelmente não altera o crescimento e o tamanho adulto do rebanho.

FIGURA 3- Peso vivo metabólico em função dos grupos segregantes para maciez e os níveis de eficiência alimentar

(37)

Neste trabalho pôde ser observado, que a força de cisalhamento se mostrou independente do CAR, como o CAR também não foi influenciado pela força de cisalhamento.

5 CONCLUSÃO

A seleção de animais pela força de cisalhamento não alterou as características de eficiência e desempenho de touros da raça Nelore mocho. Os resultados deste estudo demostram não haver resposta correlacionada entre as características de desempenho e maciez da carne, indicando que a seleção conjunta destas características não influenciará a expressão fenotípica das mesmas.

Portanto, a maciez da carne não é uma das variáveis que compõem as variações no CAR, como também, os animais de carne dura ou macia não foram influenciados pelo maior ou menor consumo de matéria seca.

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