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MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DO HIV

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Academic year: 2022

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MANIFESTAÇÕES

CLÍNICAS DO HIV

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Capítulo 2

Manifestações clínicas do HIV

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1. Manifestações clínicas do HIV 2. Sobre o autor

Referências Bibliográficas

SUMÁRIO

Pág. 01 Pág. 07 Pág. 08

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1 . MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DO HIV

01 HIV | Capítulo 2: Manifestações Clínicas

Como vimos no capítulo anterior sobre a patogenia da infecção pelo HIV, ocorre disseminação do vírus da imunodeficiência humana para órgãos e sistemas. Na infecção aguda há um rápido aumento na quantidade de vírus pela replicação viral e decréscimo na contagem de linfócitos CD4+.

A síndrome retroviral aguda ou infecção aguda pelo HIV comumente cursa com sintomas inespecíficos que costumam surgir entre 2 a 4 semanas após a infecção, como febre, dor de garganta, rash, astenia e linfonodomegalia, mas também pode incluir casos assintomáticos. A infecção aguda é autolimitada e a maior parte dos sinais e sintomas desaparece entre três a quatro semanas. Entretanto, pode evoluir

com manifestações mais graves como, por exemplo, meningite asséptica e síndrome de Guillain-Barré. Portanto, é preciso oferecer a testagem para HIV em diferentes situações clínicas quando um paciente busca atendimento médico.

Caso contrário, o paciente pode progredir para a fase assintomática e perder a oportunidade de diagnóstico e tratamento precoce, podendo sofrer as consequências danosas de um diagnóstico tardio. Além da questão individual que a demora do diagnóstico pode causar, deve-se levar em consideração que há uma elevada carga viral na síndrome retroviral aguda e, portanto, maior risco de transmissão para outra pessoa.1-4

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02 HIV | Capítulo 2: Manifestações Clínicas

A realização de testes moleculares pode diagnósticar a infecção aguda pelo HIV. Existem fluxogramas detalhados e bem fundamentados que podem ser consultados a qualquer momento como, por exemplo, o “Manual Técnico para Diagnóstico da Infecção pelo HIV em Adultos e Crianças”, utilizado no Brasil e disponibilizado gratuitamente pelo Ministério da Saúde.1,2

Segue, então, uma fase assintomática, silenciosa do ponto de vista clínico, porém com replicação viral. Nessa fase de latência clínica, o exame físico pode ser normal, mas não são incomuns aumento ganglionar (linfadenopatia) e também alterações laboratoriais tais como pancitopenia.4

Com a progressão da infecção e redução da contagem de linfócitos T-CD4+, as pessoas vivendo com HIV (PVHIV) podem apresentar perda de peso, fadiga, diarreia, leucoplasia pilosa e candidíase no exame da cavidade oral, entre outros achados clínicos (Figura 1). 3,4

É importante salientar que a transmissão do HIV pode ocorrer em qualquer fase na pessoa vivendo com HIV sem tratamento, inclusive naquelas sem nenhum sintoma.3

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HIV | Capítulo 2: Manifestações Clínicas

03

Figura 1 (Adaptado das referências 1 e 4).

Sem tratamento antirretroviral, a evolução para SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), ou AIDS, costuma ocorrer em 10 anos ou mais, mas em algumas pessoas pode evoluir mais rapidamente.4

Sabemos que os efeitos deletérios do HIV começam dias após a infecção e podem levar a um risco maior de mortalidade e eventos clínicos antes mesmo de um comprometimento imune relevante.5-7

Assintomático

Perda de peso

Candidíase Replicação viral

e possível linfadenopatia

Leucoplasia pilosa Sintomas

inespecíficos

Fadiga Diarreia

Progressão da Infecção Infecção

Aguda Fase

Assintomática

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04 HIV | Capítulo 2: Manifestações Clínicas

Na avaliação laboratorial da PVHIV devemos solicitar diversos exames complementares tais como hemograma completo, glicemia, dosagem dos lípideos, enzimas hepáticas, escórias nitrogenadas, investigação de sífilis e hepatites virais, contagem de linfócitos CD4+, HIV RNA quantitativo (“carga viral”), entre outros indicados no protocolo brasileiro ou indicados pela clínica do paciente.4,7 Segundo a Nota Informativa nº 11/2018, publicada pelo Ministério da Saúde, todas as PVHIV com contagem de linfócitos T-CD4+ inferior ou igual a 350 células/mm³ devem receber o tratamento para tuberculose latente (ILTB), desde que afastado o diagnóstico de tuberculose ativa. A realização do teste tuberculínico deve ser indicada sempre que possível, porém sua indisponibilidade não pode comprometer o tratamento da ILTB após exclusão de tuberculose ativa.8

Se não houver tratamento antirretroviral adequado, a PVHIV poderá manifestar infecções oportunistas e neoplasias, caracterizando a progressão para AIDS.

Caso a PVHIV continue sem tratamento antirretroviral nessa fase, a sobrevida geralmente é de três anos.3

Há inúmeras manifestações de imunodeficiência consideradas doenças definidoras de AIDS.4,7 A tabela 1 a seguir lista algumas das mais conhecidas:

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05 HIV | Capítulo 2: Manifestações Clínicas

Tabela 1 (Adaptado da referência 4).

Manifestações de Imunodeficiência - Doenças definidoras de AIDS Síndrome consumptiva

Sarcoma de Kaposi Neurotoxoplasmose

Leucoencefalopatia multifocal progressiva (LEMP)

Linfoma não Hodgkin de células B ou primário do sistema nervoso central Carcinoma cervical invasivo

Reativação de doença de Chagas (meningoencefalite e/ou miocardite) Leishmaniose atípica disseminada

Pneumonia por Pneumocystis jiroveci Pneumonia bacteriana recorrente Retinite por citomegalovírus

Candidíase esofágica ou em traqueia, brônquios ou pulmões Tuberculose

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06 HIV | Capítulo 2: Manifestações Clínicas

Ainda há um importante número de PVHIV que são diagnosticadas tardiamente, sendo importante a familiarização com as enfermidades mais comuns aqui listadas, além da necessidade do diagnóstico precoce e o manejo correto para evitar evolução desfavorável.9,10 Um artigo publicado em 2018 ressalta que os indivíduos diagnosticados tardiamente usualmente apresentam contagem de CD4 muito baixa, comprometendo a resposta ao tratamento assim como a recuperação do sistema imune, o que pode levar ao óbito.11 Em outro capítulo, estudaremos o impacto da terapia antirretroviral na sobrevida e na qualidade de vida das PVHIV assim como na redução do risco de transmissão do HIV.

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07 HIV | Capítulo 2: Manifestações Clínicas

2. Sobre o Autor

Dr. Roberto Zajdenverg CRM-RJ 487374

Especialista Interno GSK/ViiV Healthcare

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08 HIV | Capítulo 2: Manifestações Clínicas

BRASIL. Ministério da Saúde. Manual Técnico para Diagnóstico da Infecção pelo HIV em Adultos e Crianças.

Disponível em:<http://www.aids.gov.br/

pt-br/node/57787>. Acesso em: 07 jan.

2019.

AIDSINFO. HIV/AIDS: The Basics.

Disponível em: <https://aidsinfo.nih.gov/

understanding-hiv-aids/fact-sheets/19/4 5/hiv-aids--the-basics>. Acesso em: 07 jan. 2019.

BRASIL. Ministério da Saúde. Sintomas e fases da aids. Disponível em:

<http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-ger al/o-que-e-hiv/sintomas-e-fases-da-aids

>. Acesso em: 07 jan. 2019.

BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo da Infecção pelo HIV em Adultos.

Disponível em:<http://www.aids.gov.br/

pt-br/pub/2013/protocolo-clinico-e-diretri zes-terapeuticas-para-manejo-da-infecc ao-pelo-hiv-em-adultos>. Acesso em: 07 jan. 2019.

LUNDGREN, JD. et al. Initiation of antiretroviral therapy in early asymptomatic HIV infection. N Engl J Med, 373: 795-807, 2015.

O'CONNOR, J. et al. Effect of immediate initiation of antiretroviral therapy on risk of severe bacterial infections in HIV-positive people with CD4 cell counts of more than 500 cells per νL: secondary outcome results from a randomised controlled trial. Lancet HIV, 4: e105-e112, 2017.

GHOSN, J. et al. HIV. Lancet, 392:

685–97, 2018.

Referências Bibliográficas 1.

2.

3.

4.

5.

6.

7.

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Adaptado da referência 8

HIV | Capítulo 2: Manifestações Clínicas

BRASIL. Ministério da Saúde. NOTA INFORMATIVA Nº 11/2018. DIAHV/SVS/MS - Recomendações para tratamento da Infecção Latente por Tuberculose (ILTB) em Pessoas Vivendo com HIV (PVHIV).

Disponível em:<http://www.aids.gov.br/

pt-br/legislacao/nota-informativa-no-112 018-diahvsvsms>. Acesso em: 07 jan.

2019.

NAKAGAWA, F. et al. Projected life expectancy of people with HIV according to timing of diagnosis.

AIDS,26(3):335–343, 2012.

LIN, YD. et al. Prevalence of HIV indicator conditions in late presenting patients with HIV: a missed opportunity for diagnosis? QJM, 112(1): 17-21, 2018.

KOMNINAKIS, SV. et al. Late Presentation HIV/AIDS Is Still a Challenge in Brazil and Worldwide. AIDS Research

and Human Retroviruses, 34(2): 129-131, 2018.

9.

8.

10.

11.

(14)

BR/HIV/0012/18a – Março 2019

www.gsk.com.br

Estrada dos Bandeirantes, 8464

Jacarepaguá - Rio de Janeiro - RJ - CEP 22783-110 CNPJ: 33247743/0001-10

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Referências

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