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Aula 00 Administração Pública para o Tribunal de Contas do Rio de Janeiro TCE/RJ Pós Edital Prof. Marcelo Soares 2019

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Aula 00

Administração Pública para o Tribunal de Contas do Rio de Janeiro – TCE/RJ – Pós Edital

Prof. Marcelo Soares

(2)

Sumário

SUMÁRIO ...2

APRESENTAÇÃO DO CURSO ... 3

COMO ESTE CURSO ESTÁ ORGANIZADO? ... 4

APRESENTAÇÃO DA AULA ... 5

ESTADO: CONCEITO E EVOLUÇÃO DO ESTADO MODERNO ... 6

CONCEITO DE ESTADO ... 6

ESTADO,GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ... 7

Conceito de Administração Pública, segundo o Direito Administrativo ... 9

CLASSIFICAÇÃO CLÁSSICA DOS MODELOS DE ESTADO ... 10

O Estado Absolutista, Monárquico, Oligárquico e Patrimonial ... 11

Estado Liberal... 11

Estado do Bem-Estar (Welfare State) ... 12

Estado Regulador ... 13

EVOLUÇÃO DO ESTADO MODERNO, SEGUNDO MATIAS-PEREIRA ... 15

TIPOS DE DOMINAÇÃO ... 16

QUESTÕES COMENTADAS PELO PROFESSOR ... 18

LISTA DE QUESTÕES... 28

GABARITO ... 32

RESUMO DIRECIONADO ... 33

REFERÊNCIAS ... 35

(3)

Apresentação do Curso

Olá meus amigos! Tudo bem?

Meu nome é Marcelo Soares e eu quero te dar as boas-vindas a esse curso.

Aqui na DIREÇÃO CONCURSOS sou professor das disciplinas de Administração Geral e Administração Pública.

Caso não me conheça, permita-me fazer uma breve apresentação: sou graduado, pós-graduado e mestrando em Administração. Atualmente exerço com muito orgulho o cargo de Auditor do Estado de Mato Grosso. Nos concursos públicos rodei bastante até achar minha casa. Dentre outros, fui aprovado e nomeado nos cargos de Auditor Fiscal da Receita Municipal de Cuiabá, Auditor Governamental do Piauí e Analista Judiciário – área administrativa (TRF-1ª, TRT-11ª).

Apesar dessa experiência longa no mundo dos concursos, continuo com todo gás e como professor quero fazer parte da sua história até a aprovação, ou melhor, até o churrasco da posse, pode ser?

(4)

Como este curso está organizado?

A teoria e os exercícios do nosso curso serão direcionados para a os entendimentos adotados pelo CEBRASPE/CESPE, banca responsável pela organização do seu concurso. Seguiremos o seguinte cronograma para vencer os tópicos de Administração Pública:

Aula Data Conteúdo do edital

00 26/01/2020

1 Estado. 1.1 conceito e evolução do Estado moderno. 2 Conceitos fundamentais do direito público e o funcionamento do Estado. 3 Estado, governo e aparelho do Estado. 5 Relações entre esferas de governo e regime federativo

01 06/02/2020

6 Formas de administração pública. 6.1 Patrimonialista, burocrática, gerencial. 7 Evolução da Administração Pública no Brasil. 7.1 Reformas administrativas (dimensões estruturais, principais características).

10/02/2020 Teste de Direção

02 20/02/2020

9 Governança no setor público. 9.1 Papel e importância. 9.2 Governança, transparência e accountability. 9.3 Governança e governabilidade. 9.4 Princípios da governança pública (1ª parte)

03 30/02/2020

9 Governança no setor público. 9.1 Papel e importância. 9.2 Governança, transparência e accountability. 9.3 Governança e governabilidade. 9.4 Princípios da governança pública (2ª parte)

10/03/2020 Teste de Direção

Ao longo do nosso curso não veremos os assuntos de Direito Constitucional.

Fique atento!!!!!

Os seguintes tópicos serão abordados no curso de Direito Constitucional da professora Nathália Masson:

 4 Estado unitário e Estado federativo.

 8 Sistemas de governo

(5)

Apresentação da aula

Tópicos do edital: 1 Estado. 1.1 conceito e evolução do Estado moderno. 2 Conceitos fundamentais do direito público e o funcionamento do Estado. 3 Estado, governo e aparelho do Estado. 5 Relações entre esferas de governo e regime federativo

Os assuntos da nossa aula de hoje, historicamente, possuem pouca relevância em concursos públicos.

Curiosamente, no entanto, em duas provas recentes (TCE/RO, 2019 e TJ/PA,2020), o CESPE/CEBRASPE elaborou questões acerca dos temas dessa aula. Seria uma nova tendência? Talvez.

Estamos de olho em você CESPE!

De toda forma, trouxe tudo que há de novo dos tópicos do seu edital para debatermos. Espero que esteja pronto (a) para dar o primeiro passo da aprovação.

Vamos juntos gavião!

“Uma longa caminhada começa com o primeiro passo”

Lao-Tsé

(6)

Estado: conceito e evolução do Estado Moderno Conceito de Estado

Tudo tem um começo. Para falarmos de Administração Pública precisamos falar de alguns conceitos fundamentais, tais como Estado e Governo.

“Ah Marcelo...eu estou estudando isso em Direito Constitucional...”

Eu sei meu amigo (a). Você certamente está estudando Direito Constitucional de modo que conversaremos só o extremamente necessário para contextualizar o assunto, tudo bem?

Podemos conceituar o Estado como “organização burocrática que possui o poder de legislar e tributar sobre a população de um determinado território; é a única estrutura organizacional que possui o ‘poder extroverso’, ou seja, o poder de constituir unilateralmente obrigações para terceiros, com extravasamento dos seus próprios limites. (Paludo, 2010).

Esse conceito é interessante, pois releva que o Estado é composto por três elementos básicos: povo, território e governo soberano.

DIVERGÊNCIA ENTRE OS AUTORES

A depender do doutrinador tempos algumas diferenças quanto aos elementos constitutivos do Estado. Vejamos:

1) Alguns doutrinadores incluem um quarto elemento: Finalidade.

Segundo esses doutrinadores, a finalidade do Estado consiste na busca pelo bem-comum.

2) Alguns doutrinadores utilizam o termo Soberania em vez de Governo Soberano.

Povo

Território

Governo Soberano

Indivíduos que possuem vínculo jurídico naquele lugar. Os nacionais daquele lugar.

Não se confunde com “população” que é qualquer um que esteja no território.

Espaço geográfico no qual é exercido o poder de um Estado.

Elemento condutor que detém e exerce o poder absoluto de autodeterminação e auto- organização emanado do povo. Não se sujeita a nenhum poder internamente e permite que o Estado seja independente de outros na esfera internacional

(7)

CESPE – TRT -8ª – Analista Judiciário – 2016)

A respeito dos elementos do Estado, assinale a opção correta.

a) Povo, território e governo soberano são elementos indissociáveis do Estado.

b) O Estado é um ente despersonalizado.

c) São elementos do Estado o Poder Legislativo, o Poder Judiciário e o Poder Executivo.

d) Os elementos do Estado podem se dividir em presidencialista ou parlamentarista.

e) A União, o estado, os municípios e o Distrito Federal são elementos do Estado brasileiro.

COMENTÁRIO:

Alternativa A. Certo. Segundo a doutrina tradicional, os elementos do Estado são: povo, território e governo soberano.

Alternativa B. Errado. O Estado possui personalidade jurídica de direito público.

Alternativa C. Errado. Os elementos do Estado são: povo, território e governo soberano.

Alternativa D. Errado. Presidencialismo e parlamentarismo são sistemas de governo.

Alternativa E. Errado. A alternativa descreve os entes federativos da República Federativa do Brasil, nos termos do Art.18 da Constituição Federal.

Gabarito: A

Estado, Governo e Administração Pública

O Estado, por si, é um ente intangível, ou seja, não é uma pessoa ou uma coisa. Dessa forma, para que realize todas as suas funções de sua competência, o Estado precisa de um agente político para conduzir as atividades. Esse agente político é denominado de Governo.

O Governo pode variar quanto à forma (Monarquia ou República) e quanto ao sistema (Presidencialismo ou Parlamentarismo), porém o que nos interessa em Administração Pública é compreender que o Governo é o responsável por traçar as diretrizes políticas, ideológicas e econômicas. É, portanto, o instrumento que o Estado possui atingir o bem-comum.

Já entendemos que o Estado preciso de um Governo para atingir sua finalidade. No entanto, será que apenas o governo é suficiente para execução de todas as funções atribuíveis ao Estado?

Vejamos nosso caso, que vivemos em uma República, será que basta elegermos alguns representantes que eles diretamente executarão todas as funções: serão os professores das escolas, médicos dos hospitais, recolherão os tributos, serão os policiais nas ruas etc.? É claro que não.

É fácil compreender que o Governo também não consegue fazer tudo sozinho e por isso precisa de uma estrutura, um aparelho, um instrumento de execução de suas políticas públicas. E é aí meu amigo (a) que temos a Administração Pública – um instrumento hierarquizado que executa as políticas definidas no âmbito do Governo.

(8)

Consolidando:

Estado Ente intangível Detém o poder Objetivo: Bem comum

Governo Agente Político Exerce o poder Instrumento do Estado Administração

Pública Aparelho Executa Instrumento do

Governo Fonte: Paludo (2013) – Adaptado

Para fins de fixação, vejamos abaixo como Matias-Pereira conceitua a Administração Pública:

Administração Pública, num sentido amplo, designa o conjunto de serviços e entidades incumbidos de concretizar as atividades administrativas, ou seja, da execução das decisões políticas e legislativas. Assim, a Administração Pública tem como propósito a gestão de bens e interesses qualificados da comunidade no âmbito dos três níveis de governo: federal, estadual ou municipal, segundo preceitos de Direito e da Moral, visando o bem comum. (Matias-Pereira, 2018)

Podemos ainda esquematizar as relações entre Estado, Governo e Sociedade da seguinte forma: a) Sociedade financia o Estado. b) O Estado por meio do Governo toma decisões políticas. c) as decisões políticas são executadas/implantadas por meio da Administração Pública. d) A Administração pública provê bens e serviços para a sociedade.

Tranquilo, né?

Gosto de fazer essa introdução para que perceba que os conceitos de Estado, Governo e Administração Pública estão interligados. Isso é importante para compreender que mudanças, por exemplo, no Estado inevitavelmente interferirão no Governo e na Administração Pública. Boa parte do nosso estudo depende dessa compreensão.

(9)

Conceito de Administração Pública, segundo o Direito Administrativo

À luz da ciência jurídica, em especial, do Direito Administrativo podemos ter diferentes sentidos para o conceito de Administração Pública. Embora esse conhecimento nativo do Direito, por vezes, as bancas organizadoras elaboram questões de Administração Pública a partir desse conhecimento, por isso é importante que façamos algumas considerações.

Pois bem.

Segundo o Direito Administrativo, temos dois sentidos para o conceito Administração Pública: sentido estrito e o sentido amplo. Em sentido estrito, a administração pública envolve todo o aparelhamento estatal (conjunto de órgãos e pessoas jurídicas) destinado à execução das políticas públicas. Em sentido amplo, por outro lado, a administração pública envolveria não somente a execução, mas também os órgãos superiores de governo responsáveis pelas atividades políticas de estabelecimento de diretrizes.

O mais comum é adotarmos o sentido estrito de administração pública. E de acordo com esse sentido, podemos ainda ter mais duas subdivisões do conceito de administração pública, quais sejam: sentido subjetivo e sentido objetivo.

No sentido subjetivo (ou formal), administração pública significa quem realiza as atividades administrativas. Assim, no sentido subjetivo, a administração pública compreende o conjunto de agentes, órgãos e pessoas jurídicas incumbidos de executar as atividades administrativas. (CESPE, TRF – 1ª Região, 2017) No sentido objetivo (ou material), administração pública abrange as atividades exercidas pelos agentes, órgãos e entidades administrativas. Nesse sentido, portanto, o conceito está relacionado àquilo que é realizado, ao objeto da atividade administrativa. Enquadram-se dentro desse conceito as atividades de polícia administrativa, serviços públicos, fomento e intervenção.

Administração Pública

Sentido Amplo

-Execução das Políticas Públicas

-Função Política: Fixação das políticas pública e de diretrizes da ação governamental-

Sentido Estrito

Execução das Políticas Públicas

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Vamos deixar as coisas mais práticas por aqui. Tome uma questão no meio da fuça!!

CESPE – MIN – Analista Técnico Administrativo – 2013)

Em sentido objetivo, a expressão administração pública denota a própria atividade administrativa exercida pelo Estado.

COMENTÁRIO:

Perfeito o enunciado. Em sentido objetivo, administração pública significa a própria atividade administrativa realizada. Enquadra-se nesse conceito, segundo a doutrina majoritária, as atividades de polícia administrativa, serviços públicos, fomento e intervenção.

Gabarito: Certo

Com. Exam – MPE/SC – Promotor de Justiça – 2016)

A administração pública, no sentido subjetivo, designa o conjunto de órgãos e agentes estatais responsáveis por funções administrativas. No sentido objetivo, a administração pública é um complexo de atividades concretas visando o atendimento do interesse público.

COMENTÁRIO:

O conceito de administração pública pode ser interpretado a partir do sentido objetivo ou subjetivo.

No sentido objetivo, administração pública consiste nas atividades administrativas realizadas. Enquadram-se nesse conceito, os serviços de polícia administrativa, serviços públicos, fomento e intervenção.

No sentido subjetivo, administra pública consiste no conjunto de agentes, órgãos e entidades administrativas responsáveis pela execução das atividades administrativas.

O enunciado reproduz exatamente essa ideia, por isso está correto.

Gabarito: Certo

Classificação clássica dos modelos de Estado

Historicamente, esse assunto não possui muita relevância para concursos públicos. Entretanto, desde a prova da CGE/CE (2019) e mais recentemente na prova do TJ/PA (2020), percebemos que o CESPE/CEBRASPE tem começado a abordar os modelos de Estado de maneira mais aprofundada. Então, vamos para cima!!!

Existem diferentes classificações que analisar a evolução do Estado moderno. A maneira mais explorada em provas propõe a seguinte evolução:

Estado Monárquico

Absolutista Estado Liberal Estado do Bem-Estar

Social

Estado Regulador (Neoliberal)

(11)

Vejamos as características de cada um desses modelos de Estado.

O Estado Absolutista, Monárquico, Oligárquico e Patrimonial

As primeiras concepções de Estado foram baseadas na concentração de todos os poderes nas mãos dos monarcas. Era o período das chamadas monarquias absolutistas, nas quais a figura do rei confundia-se com a figura do Estado. Quando estudamos esse período é clássica a menção à frase de Luiz XIV, o Rei Sol: “L’État c’est moi”: O Estado sou eu.

O poder estatal era tido como de origem divina, sendo o rei o representante de Deus. Assim, aos monarcas absolutistas era dado o poder sobre a vida e a morte de seus súditos (não havia limitação de poderes).

Na França, os protestos contra o absolutismo começaram a ocorrer a partir do século XVII e foram se intensificando, principalmente, em virtude das obras de Hobbes, Locke e Rousseau e também do descontentamento, por parte da burguesia em obter somente o poder econômico, sendo afastada do poder político. O descontentamento culminou em 1789 na Revolução Francesa, que é o marco inaugural do Estado moderno. A grande contribuição do Estado absolutista foi assegurar a unidade territorial, que hoje é um dos elementos fundamentais do Estado moderno: o território.

Em terras tupiniquins, não tivemos essa figura do rei absolutista. Contudo, tivemos durante o período monárquico e o da República Velha ou dos Coronéis (1899-1930) um modelo de Estado muito semelhante.

Trata-se do denominado Estado oligárquico. Nesse período, o Brasil era um Estado eminentemente agrário e dirigido por classes dominantes tradicionais (grandes comerciantes e proprietários de terras), cujo monopólio do poder político servia exclusivamente para atender seus próprios interesses. Segundo Matias-Pereira (2018), o Estado oligárquico dava pouca importância para as políticas públicas de caráter social, sendo que esse papel era exercido preponderantemente pelas instituições religiosas.

Estado Liberal

O liberalismo foi uma doutrina construída contra o absolutismo. Buscava-se criar limites à atuação do poder estatal ao mesmo tempo que se fortalecia o individualismo. Norberto Bobbio (1998, p.17) conceitua o liberalismo nos seguintes termos: “O liberalismo é uma doutrina do Estado limitado tanto com respeito aos seus poderes quanto as suas funções”.

Percebe-se quanto a limitação dos poderes do Estado a noção que hoje temos de Estado de direito, ou seja, Estado no qual os poderes públicos subordinam-se aos limites formais e materiais das leis e que reconhecem, dessa forma, alguns direitos fundamentais ao seu povo. Rompe-se aquela ideia de que o soberano possui poderes sobre a vida e propriedade dos seus súditos.

Ao mesmo tempo que defende o Estado de direito, o liberalismo opõe-se ao Estado máximo, ou seja, contrapõe-se à intervenção do Estado na vida das pessoas. A ideia central é a valorização do indivíduo. Nessa linha, muitos autores sustentam que o Estado liberal é o nascimento do capitalismo como sistema econômico baseado na livre iniciativa e livre investimento de capital.

Apesar de ter sido um modelo que promoveu grandes mudanças e representou uma evolução em relação ao modelo anterior, principalmente, por limitar os poderes estatais o liberalismo peca quanto ao aspecto social.

O Estado torna-se omisso quanto ao papel de corrigir distorções (políticas públicas, distribuição de renda, inclusão social, etc)

(12)

CESPE – ANATEL – Analista Administrativo – 2012)

As atividades do Estado brasileiro procuram garantir que a lei as políticas públicas sejam cumpridas e financiadas, identificando-se, assim, com o Estado liberal clássico.

COMENTÁRIO:

O Estado liberal clássico defende que o Estado teria a função apenas de fazer e cumprir as leis. Assim, dentro do liberalismo clássico, não é papel do Estado a instituição de políticas públicas financiadas por toda a sociedade.

Gabarito: Errado.

Estado do Bem-Estar (Welfare State)

A passagem do formato liberal de Estado Mínimo para o Estado Social ocorre em meados do século XIX.

Essencialmente, o Estado deixa de ser omisso para atuar positivamente mediante prestações públicas a serem asseguradas ao cidadão. Busca-se atingir, nesse modelo, um ideal de justiça social por meio de políticas sociais de natureza universal.

As guerras mundiais e a crise econômica de 1929 são tidos como principais eventos históricos que justificaram essa atuação do Estado no sentido de promover: tipos mínimos de renda, habitação, educação, saúde, alimentação a todos os cidadãos. A atuação do Estado não é mais vista como caridade, mas como um direito político.

Dentro da experiência mundial, podemos apontar a Alemanha e a Grã-Bretanha como referências na aprovação de medidas que consolidavam direitos sociais, principalmente, nas áreas de saúde, previdência e educação.

No Brasil a existência de um Estado de Bem-Estar é bastante controversa. Alguns autores defendem que esse modelo nunca foi implantado no país. Outros, no entanto, apontam o governo de Getúlio Vargas (1930 a 1970) como um período de Welfare State. Nesse período foram assegurados o ensino público, um fortalecimento dos direitos trabalhistas e previdenciários e o sufrágio universal.

CESPE – SUFRAMA – Analista Técnico - 2014)

O Estado do bem-estar, proposto na Alemanha no final do século XIX, é um modelo associado à garantia de seguridade social dos cidadãos.

COMENTÁRIO:

A seguridade social (previdência, saúde e assistência social) é, de fato, um dos núcleos de preocupação do Estado do Bem-Estar. A Alemanha pode ser considerada o berço do Estado do bem-estar porque em 1883 criou o primeiro sistema de saúda pública e seguridade contra velhice e acidentes de trabalho.

Gabarito: Certo

UFMT – DETRAN/MT – Analista do Serviços de Trânsito – 2015)

(13)

Políticas sociais de natureza universal são a marca do Estado a) Liberal.

b) Neoliberal.

c) de Bem-Estar Social.

d) Gerencial.

COMENTÁRIO:

O modelo de Estado que busca promover políticas sociais de natureza universal (para todos) é denominado de Estado de Bem-Estar Social. Nesse modelo, o Estado deixa de ser omisso para atuar positivamente mediante prestações públicas a serem asseguradas ao cidadão. Busca-se atingir, nesse modelo, um ideal de justiça social por meio de políticas sociais de natureza universal.

As guerras mundiais e a crise econômica de 1929 são tidos como principais eventos históricos que justificaram essa atuação do Estado no sentido de promover: tipos mínimos de renda, habitação, educação, saúde, alimentação a todos os cidadãos. A atuação do Estado não é mais vista como caridade, mas como um direito político.

Gabarito: C

Estado Regulador

À medida que o tamanho do Estado crescia, aumentavam-se os problemas com a ineficiência da

“máquina estatal”. Os países que almejavam a consolidação do Welfare State descobriram da pior maneira o que toda dona de casa sabe muito bem: os recursos são finitos.

Uma boa dona de casa sabe quanto pode gastar por semana ao fazer a feira. Os Estados esqueceram disso e endividaram-se mais e mais buscando atender e concretizar mais direitos sociais. Não funcionou. Com o fracasso estatal, o Estado novamente é visto como o causador de todos os problemas. Retorna-se a um modelo mais liberal, porém que se preocupa com questões sociais. Trata-se do Estado regulador, ou como alguns autores preferem: Estado Liberal-Democrático-Social ou Estado Neoliberal.

É o meio do caminho entre o Estado Liberal e o Estado do Bem-Estar. O Estado preocupa-se em garantir os direitos fundamentais às pessoas, porém busca assegurar esses direitos utilizando-se também dos serviços prestados por particulares. Altera-se, dessa forma, a imagem do Estado como um grande provedor de bens e serviços para um Estado menor que garante esses bens e serviços mediante delegação estatal e regulação de atividades privadas.

No Art. 174 da Constituição Federal de 1988 percebemos uma clara inclinação do constituinte no sentido de indicar que seria esse o modelo do Estado brasileiro:

Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado. (Constituição Federal)

(14)

Novidade CESPE

A criação das agências reguladores é um indicativo interessante dessa mudança do papel do Estado, em que ele deixa de ser produtor e assume a função de ente regulador. A criação dessas agências nasce da necessidade de normatizar os serviços públicos delegados, bem como de harmonizar a relação entre Estado, usuários e delegatários.

A regulação, de maneira geral, significa o processo de coordenação entre empresas, consumidores e os órgãos do governo, após a edição de leis, regulamentos e outras normas. Não se trata de favorecer empresas ou consumidores, mas sim de buscar uma harmonização dos interesses.

Podemos classificar o tipo de regulação a partir de diferentes critérios.

A primeira forma de classificação divide a regulação geral da regulação setorial. Enquadra-se como regulação em caráter genérico, quando aplicada à economia ou sociedade como um todo. Enquadra-se como regulação setorial quando tem por objetivo principal estimular, determinar ou vedar comportamento envolvendo determinados mercados que, por peculiaridades específicas, necessitam de interferência do Estado.

Outra forma de classificar considera as finalidades almejadas pela regulação. Nessa classificação, temos:

a) Regulação econômica – visa criar uma estrutura institucional para agentes econômicos, empresas e mercados. Tem por objetivo principal facilitar, limita ou intensificar os fluxos e trocas de mercado, por meio de políticas tarifárias, regras de entrada e saída do mercado e princípios de confiabilidade do serviço público.

b) Regulação social – atua na provisão dos bens públicos e na proteção do interesse público, estabelecendo parâmetros para saúde, segurança e meio ambiente e os mecanismos de oferta dos bens mencionados.

c) Regulação administrativa – refere-se à intervenção nos procedimentos administrativos e burocráticos, bem como aos procedimentos administrativos adotados pelo Poder Público em sua relação com os administrados.

CESPE – TCU – Auditor Federal de Controle Externo – 2008)

A transição de Estado provedor para regulador impõe sérios desafios, entre os quais se destacam o reforço da função regulatória em face do avanço da privatização, o fortalecimento da defesa da concorrência diante da abertura comercial e as exigências da competitividade em um contexto dominado por grandes conglomerados internacionais.

COMENTÁRIO:

Olha que enunciado supimpa para resumir as ideias do Estado Regulador. É exatamente isso: o Estado deixa de prover diretamente os serviços públicos e concentra-se em regular e controlar a prestação desses serviços que foram transferidos para a iniciativa privada.

Gabarito: Certo

(15)

Crise 1929

Evolução do Estado Moderno, segundo Matias-Pereira

O professor José Matias-Pereira analisa evolução do Estado Moderno a partir outra perspectiva. Segundo ele, o Estado Moderno teve início há mais de três séculos e percorreu os seguintes estágios:

Vejamos como o professor detalha essa evolução:

Em síntese, Estado Moderno é resultado de uma evolução que teve início há mais de três séculos. A fase mais antiga é a Monarquia; a segunda fase do Estado Moderno é o Estado Liberal, criado em decorrência das Revoluções Liberais na França e na Inglaterra; a terceira fase do Estado Moderno, que surge no final do século XIX, com a crise do Estado Liberal, que não consegue mais responder às demandas sociais – fase em que surgem as ideologias de Direita (Fascismo) e de Esquerda (Comunismo); na quarta fase surge o Estado Democrático Liberal, em função dos reflexos da crise econômica e social ocorrida em 1929, que muda a forma de atuação do Estado e amplia a democracia para a sociedade como um todo (veja a esse respeito os estudos de John Maynard Keynes). Na Europa, como resultado da crise de 1929 e da Segunda Guerra Mundial, aprofunda-se o Estado-providência (MATIAS-PEREIRA, 2013b).

Perceba que, em relação à classificação “tradicional”, temos as seguintes alterações:

 Crise do Estado Liberal é tida como uma fase autônoma.

 O Estado do Bem-Estar-Social é omitido enquanto um tipo autônomo de Estado e fica vinculado apenas aos países europeus durante o estágio do Estado Democrático Liberal.

 A classificação é “incompleta”. Não trata da falência posterior do Estado do Bem-Estar-Social e o ressurgimento das ideias neoliberais com o advento do Estado Liberal-Democrático-Social (Estado Regulador).

Essa classificação é importante, pois já foi cobrado em provas do CESPE/CEBRASPE, vejamos a questão:

CESPE – CGE/CE – Auditor de Controle Interno – 2019)

Desde a sua formação inicial, o estado moderno atravessou três séculos de evolução, passando por quatro estágios consecutivos de desenvolvimento. A respeito desses estágios, é correto afirmar que

Monarquia Estado Liberal Crise do

Estado Liberal Democrático

Liberal

Revoluções Liberais na

França e Inglaterra Surgimento das ideologias de

Direita (Fascismo) e de Esquerda (Comunismo)

Ampliação da democracia

(16)

b) o estado liberal é considerado o estágio de desenvolvimento mais avançado do estado moderno.

c) a criação de movimentos políticos de direita e esquerda antecede a crise do estado liberal.

d) o quarto estágio de desenvolvimento do estado moderno é o estado democrático liberal.

e) o primeiro e o segundo estágios de desenvolvimento do estado moderno são, respectivamente, a monarquia e o estado- providência.

COMENTÁRIO:

Note que toda a questão foi formulada a partir do trecho que vimos da obra de Matias-Pereira. Até mesmo o enunciado!

Vamos analisar cada uma das alternativas:

Alternativa A. Errado. A monarquia é o primeiro estágio do desenvolvimento do estado moderno.

Alternativa B. Errado. O estágio mais avançado do estado moderno é, segundo Matias-Pereira, o Estado Democrático-Liberal. Seguindo a doutrina “tradicional” seria o Estado Liberal-Democrático-Social ou simplesmente Estado Regulador. Tanto em uma quanto outra classificação, a alternativa estaria errada.

Alternativa C. Errado. A criação dos movimentos de esquerda e de direita ocorre durante a crise do Estado liberal.

Alternativa D. Correto. Alternativa perfeita de acordo com a classificação proposta por Matias-Pereira.

Alternativa E. Errado. O estado-providência (Estado do Bem-Estar-Social) corresponde a uma vertente do quarto estágio do Estado Moderno.

Gabarito: D

Tipos de dominação

Agora que a gente já conversou um pouco, eu quero te fazer uma proposta: eu vou ficar em casa. Você e seus amigos pagam minhas contas, contratam pessoas para garantir a minha segurança e de agora em diante devem me obedecer. E aí você topa?

Falando assim parece loucura, né? Mas já percebeu que é mais ou menos isso que acontece nas monarquias? Hoje, evidentemente, existe uma estrutura legal que limita os poderes dos monarcas, porém séculos atrás esses poderes eram praticamente ilimitados.

Max Weber, ao perceber essa situação, começou a estudar quais os fatores que faziam com que uma pessoa, grupo de pessoas ou a população inteira de um país aceitasse seguir ordens de um soberano e, mais do que isso, percebessem como legítimo o direito desse soberano de dar ordens.

Desse estudo, Weber propôs o conceito de dominação. Dominação seria exatamente essa ideia de poder (ordenar e ser obedecido) acrescido de legitimidade (percepção de que o soberano tem o direito de ordenar) e classificou a dominação em três tipos: tradicional, carismática e racional-legal. Vejamos cada um dos tipos de dominação:

 Dominação tradicional: baseia-se na tradição e nos costumes. É o que acontecia, por exemplo, nos Estados absolutistas, em tribos indígenas ou clã de bárbaros, nos quais o melhor caçador assumia papel

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social relevante, sendo sua opinião seguida por todos. Ao morrer, esse papel de liderança era transferido para o seu filho.

 Dominação carismática: decorre de características pessoais da figura do líder. As pessoas o seguem porque o percebem como um herói, aquela pessoa que possui um talento superior ou uma capacidade extraordinária.

 Dominação racional-legal (burocrática, legítima): decorre das normas legais racionalmente definidas.

Confere-se legitimidade e poder à autoridade, pois acredita-se que ela foi formalmente constituída. Se eu te perguntasse: por que obedecemos a uma ordem judicial, por exemplo?

Você, essencialmente, responderia que o juiz possui poder para fazer determinações porque a lei assim o estabelece já que ele foi investido no cargo de magistrado, conforme a Constituição Federal, etc. No fundo, obedecemos porque acreditamos que a lei representa a vontade de todos de modo que se a lei estabelece que devemos obedecer a uma ordem judicial nós obedecemos.

CEPERJ – RIO Previdência – Especialista em Previdência Social – 2012) A burocracia é também chamada por Weber de:

a) sistema de dominação tradicional b) sistema administrativo racional c) organização racional do trabalho d) gestão impessoal e legal

e) sistema racional-legal COMENTÁRIO:

Segundo Weber, o sistema burocrático também pode ser denominado de sistema de dominação racional-legal.

Nesse tipo de dominação, a legitimidade decorre das normas legais racionalmente definidas.

Gabarito: E

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Questões comentadas pelo professor

Conceito de Estado

1. CESPE – TJ/RR – Administrador – 2012)

O Estado é formado por três elementos: o povo, o território e o governo soberano, constituindo este último o elemento condutor que detém e exerce o poder absoluto de autodeterminação e auto-organização emanado do povo.

COMENTÁRIO:

Segundo a doutrina tradicional, os elementos do Estado são: povo, território e governo soberano.

O governo soberano é o elemento do Estado que conduz o povo e o território. Possui poder absoluto no âmbito interno, o que permite que o Estado seja independente de outros na esfera internacional.

Gabarito: Certo

2. CESPE – TCU – Auditor Federal de Controle Externo – 2011)

O Estado se distingue de outras instituições sociais porque, ao ofertar serviços, realiza direitos.

COMENTÁRIO:

O Estado é o ente intangível que tem por objetivo atender o bem comum. Em outras palavras, o Estado foi criado com a finalidade de atender aos anseios da sociedade.

Nesse sentido, enquanto instituições privadas podem ofertar serviços de interesse público de maneira voluntária, o Estado deve ofertá-los à medida que está apenas realizando os direitos positivados no ordenamento jurídico.

Gabarito: Certo

3. CESPE – INSS – Perito Médico Previdenciário – 2010) Povo, território e governo soberano são elementos do Estado.

COMENTÁRIO:

Segundo a doutrina tradicional, os elementos do Estado são: povo, território e governo soberano.

Gabarito: Certo Estado, Governo e Administração Pública

4. CESPE – TRF 1ª Região – Técnico Judiciário – 2017)

A administração pública, em seu sentido subjetivo, compreende o conjunto de agentes, órgãos e pessoas jurídicas incumbidos de executar as atividades administrativas, distinguindo-se de seu sentido objetivo, que se relaciona ao exercício da própria atividade administrativa.

(19)

COMENTÁRIO:

O conceito de administração pública pode ser interpretado a partir do sentido objetivo ou subjetivo.

No sentido objetivo, administração pública consiste nas atividades administrativas realizadas. Enquadram-se nesse conceito, os serviços de polícia administrativa, serviços públicos, fomento e intervenção.

No sentido subjetivo, administra pública consiste no conjunto de agentes, órgãos e entidades administrativas responsáveis pela execução das atividades administrativas.

O enunciado está perfeito!

Gabarito: Certo

5. CESPE – STJ – Técnico Judiciário – 2015)

Em seu sentido subjetivo, a administração pública restringe-se ao conjunto de órgãos e agentes públicos do Poder Executivo que exercem a função administrativa.

COMENTÁRIO:

O conceito de administração pública pode ser interpretado a partir do sentido objetivo ou subjetivo.

No sentido objetivo, administração pública consiste nas atividades administrativas realizadas. Enquadram-se nesse conceito, os serviços de polícia administrativa, serviços públicos, fomento e intervenção.

No sentido subjetivo, administra pública consiste no conjunto de agentes, órgãos e entidades administrativas responsáveis pela execução das atividades administrativas.

O enunciado erra ao afirmar que, em sentido subjetivo, a administração pública restringe-se ao Poder Executivo. Na verdade, no sentido subjetivo, administração pública alcança todos os agentes, órgãos e entidades administrativas dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

Gabarito: Errado

6. CESPE – TJ/CE – Analista Judiciário – 2014 – Adaptada)

A administração pública, em sentido estrito, abrange a função política e a administrativa.

COMENTÁRIO:

Administração pública, em sentido estrito, abrange apenas a função administrativa. Administração pública, em sentido amplo, abrange a função política e administrativa

Gabarito: Errado

7. CESPE – TJ/CE – Analista Judiciário – 2014 – Adaptada)

A administração pública, em sentido subjetivo, diz respeito à atividade administrativa exercida pelas pessoas jurídicas, pelos órgãos e agentes públicos que exercem a função administrativa.

COMENTÁRIO:

Administração pública, em sentido subjetivo, abrange os agentes, órgãos e entidades incumbidos da atividade administrativa.

(20)

O enunciado descreve administração pública em sentido objetivo, por isso está errado.

Gabarito: Errado

8. CESPE – STJ – Técnico Judiciário – 2004)

Enquanto pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos formam o sentido subjetivo da administração pública, a atividade administrativa exercida por eles indica o sentido objetivo.

COMENTÁRIO:

Ótimo enunciado para fixarmos os sentidos que pode assumir o conceito de administração pública.

Em sentido subjetivo (ou formal) a administração pública significa o conjunto de pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos. Em sentido objetivo (ou material), administração pública significa a atividade administrativa exercida.

Gabarito: Certo Modelos de Estado

9. CESPE – TJ/PA – Analista Administrativo – 2020)

As agências que atuam na provisão dos bens públicos e na proteção do interesse público, estabelecendo parâmetros para saúde, segurança e meio ambiente, bem como os mecanismos de oferta dos bens mencionados, executam o modelo de regulação

a) social.

b) gerencial.

c) financeiro.

d) econômico.

e) administrativo.

COMENTÁRIO:

Podemos classificar os tipos de regulação, a depender da finalidade da seguinte forma:

a) Regulação econômica – visa criar uma estrutura institucional para agentes econômicos, empresas e mercados. Tem por objetivo principal facilitar, limita ou intensificar os fluxos e trocas de mercado, por meio de políticas tarifárias, regras de entrada e saída do mercado e princípios de confiabilidade do serviço público.

b) Regulação social – atua na provisão dos bens públicos e na proteção do interesse público, estabelecendo parâmetros para saúde, segurança e meio ambiente e os mecanismos de oferta dos bens mencionados.

c) Regulação administrativa – refere-se à intervenção nos procedimentos administrativos e burocráticos, bem como aos procedimentos administrativos adotados pelo Poder Público em sua relação com os administrados.

(21)

Gabarito: A

10. CESPE – TCE/RO – Auditor de Controle Externo – 2019) -QUESTÃO DESAFIO

Na literatura que trata do papel do Estado, identificam-se elementos que apontam as características do Estado do bem-estar e as características do Estado regulador. Há aspectos que apontam que o Estado regulador, que representaria uma alternativa ao esgotamento do paradigma do fornecimento de bens e serviços pelo Estado, seria a superação do Estado do bem-estar. Em uma discussão preliminar, é correto afirmar que, no Brasil, os aspectos do Estado regulador encontram-se destacados no(a)

a) desregulamentação de setores econômicos para o estabelecimento de maior concorrência.

b) estabelecimento de metas de desempenho individual para os servidores, objetivando a melhoria do setor regulado.

c) autonomia, no regime administrativo diferenciado e na constituição de mecanismos de controle.

d) responsividade, na descentralização e em poucos níveis hierárquicos.

e) formulação e análise de políticas públicas para os setores regulados.

COMENTÁRIO:

Alternativa A. Errado. O Estado regulador, como o próprio nome indica, enfatiza a regulamentação dos mercados que demandam a interferência do Estado. Um dos principais objetivos da regulamentação econômica é o estímulo à maior concorrência.

Alternativa B. Errado. O estabelecimento de metas individuais para os servidores públicos não se relaciona diretamente com o conceito do Estado regulador. Trata-se, na verdade, de uma mudança na forma de conduzir de maneira mais gerencial a Administração Pública.

Alternativa C. Certo. No Brasil, como forma de assegurar a necessária autonomia e necessidade de oferta maior segurança jurídica, as agências reguladoras são constituídas sob a forma de autarquias com regime jurídico especial, o que garanta maior independência, nos seguintes pontos: independência política dos seus gestores, que são investidos de mandato e têm estabilidade no cargo durante um prazo fixo, independência técnica de decisão, na qual devem predominar motivações apolíticas de seus atos, independência normativa, necessária para o exercício da competência reguladora; e independência orçamentária, gerencial e financeira, com atribuição legal de fontes de recursos próprios.

Alternativa D. Errado. Responsividade significa o comportamento de da resposta, comportamento de solucionar, tomar a responsabilidade para si. Essa não é uma característica destacada do Estado regulador, o qual não é intervencionista. Lembre-se que o Estado regulador transfere a responsabilidade da execução e prestação dos serviços para outros agentes econômicos e assume uma postura mais passiva, de regulação.

Alternativa E. Errado. A análise e formulação de políticas públicas é destacada no Estado do Bem-Estar-Social.

Nesse modelo de Estado temos um poder público intervencionista e que busca asseguras direitos sociais de maneira universal. No Estado regulador isso não acontece. Mesmo nos setores regulados, o papel do Estado é de moderação de interesses e não de execução .

(22)

Gabarito: C

11. CESPE – PGE/PE – Analista Administrativo– 2019)

O modelo de gestão patrimonialista caracteriza-se pela fusão entre as noções de soberania, pertencente à esfera pública, e patrimônio, concernente à esfera privada.

COMENTÁRIO:

A principal característica do modelo patrimonialista é a confusão que existe entre as esferas públicas e esferas privadas. Nesse modelo, o soberano (governante) utiliza o aparato estatal como extensão do seu poder.

O enunciado descreve corretamente essas características.

Gabarito: CERTO

12. CESPE – STJ – Analista Judiciário - 2018)

Com referência à evolução do modelo racional-legal para o paradigma pós-burocrático, julgue o item a seguir.

O aparelho do Estado patrimonialista funcionava como uma extensão do poder do soberano e os servidores possuíam status de nobreza real.

COMENTÁRIO:

O enunciado reproduz uma das características essenciais do patrimonialismo.

Palavras-chave do patrimonialismo: confusão entre esfera pública e privada, nepotismo, corrupção, administração como extensão do poder do soberano, sinecura, prebenda, benesses.

Gabarito: CERTO

13. CESPE – TCE/PE –Auditor de Controle externo - 2017)

Acerca da redefinição do papel do Estado no Brasil e do modelo de Estado patrimonialista, julgue o seguinte item.

No modelo de Estado patrimonialista, a não diferenciação entre o público e o privado favorece as práticas de corrupção e de nepotismo.

COMENTÁRIO:

O enunciado descreve a ideia central do patrimonialismo: confusão entre as esferas pública e privada. Em decorrência dessa confusão são comuns as práticas de corrupção e nepotismo nesse modelo.

Resposta: CERTO

14. CESPE – TJ/CE – Analista Judiciário – 2014 – Adaptada)

O Estado liberal, surgido a partir do século XX, é marcado pela forte intervenção na sociedade e na economia.

COMENTÁRIO:

O Estado liberal defende que o Estado não deve intervir diretamente na economia. Pelo contrário, segundo esse modelo, o Estado deveria atuar simplesmente assegurando o cumprimento das leis.

(23)

Gabarito: Errado

15. CESPE – ANTT – Técnico em regulação – 2013)

O conceito de Estado regulador surgiu em uma época de transformação, na qual a administração pública passou a ter uma postura mais burocrática, autoritária, hierarquizada e verticalizada, e o processo passou a ser mais importante que o resultado.

COMENTÁRIO:

O Estado regulador surgiu em uma época de transformação, na qual a administração pública passou a ter uma postura mais gerencial e descentralizada. A ideia de regulação é exatamente essa: transferir a execução para a iniciativa privada e estabelecer controles sobre os resultados.

Gabarito: Errado

16. CESPE – ANATEL – Analista Administrativo – 2012)

As atividades do Estado brasileiro procuram garantir que a lei e as políticas públicas sejam cumpridas e financiadas, identificando-se, assim, com o Estado liberal clássico.

COMENTÁRIO:

O Estado liberal clássico é um modelo de estado que preserva os valores do indivíduo frente ao estado. Assim, segundo esse modelo, direitos como propriedade, libre iniciativa e liberdade civis merecem especial atenção.

O papel estatal, nesse formato, seria apenas garantir a execução das leis e a soberania nacional.

Não se coaduna com o liberalismo clássico o financiamento de políticas públicas. Segundo Matias-Pereira, o Estado Liberal perdeu espaço a partir crise econômica e social de 1929.

Atualmente, o Estado brasileiro, segundo a doutrina majoritária, adota preponderantemente um modelo de Estado regulador.

Gabarito: Errado

17. CESPE – TC/DF – Auditor de Controle Externo – 2012)

Mudanças na organização pública Alfa estão sendo implementadas para propiciar o alcance de resultados, seguindo modelos adotados por organizações privadas. A Alfa também facilitará o acesso do cidadão aos seus atos, resultados, processos, custos operacionais e administrativos por meio de portal na Internet, o que elevará suas despesas com investimentos em TI.

Com respeito a essa situação hipotética, julgue o item que se segue. Se a Alfa for um órgão regulador do setor da sua área de atuação e se não intervier nos mecanismos de mercado para proteger determinados grupos do mercado nacional, ela agirá em consonância com os pressupostos do estado do bem-estar.

COMENTÁRIO:

Se não intervier nos mecanismos de mercado o órgão regulador está agindo em consonância com os pressupostos do estado liberal. O Estado do Bem-estar é fortemente intervencionista e baseia-se na ideia das prestações positivas do Estado.

(24)

18. CESPE – TCU – Auditor Federal de Controle Externo – 2011)

O Estado se distingue de outras instituições sociais porque, ao ofertar serviços, realiza direitos.

COMENTÁRIO:

O enunciado está em linha com as ideias do modelo gerencial de Administração Pública. Ao prestar os serviços públicos o Estado não está fazendo um favor ou concedendo uma benesse, mas realizando direitos assegurados aos cidadãos.

Gabarito: Certo

19. CESPE – TRE/ES – Técnico Judiciário – 2011)

O Estado do bem-estar, ao buscar o atendimento ao cidadão-cliente pela gestão pública, preconiza a intervenção estatal como mecanismo de mercado válido para proteger determinados grupos.

COMENTÁRIO:

O Estado do bem-estar é fortemente intervencionista. Baseia-se na ideia da intervenção estatal no mercado como meio de realizar prestações positivas. Nesse modelo temos o Estado ofertando serviços e bens como forma de proteger determinados grupos.

Gabarito: Certo

20.CESPE – IPEA – Técnico de Planejamento e Pesquisa – 2008)

O paradigma do Estado de Bem-Estar Social, ancorado nos princípios da seguridade social e da universalidade, perdeu espaço com a ascensão da agenda neoliberal, marcada pelo paradigma do Estado Mínimo e ancorado nos princípios do seguro social e da focalização.

COMENTÁRIO:

O enunciado associa dois aspectos contraditórios: Estado Mínimo (Estado não intervencionista) e princípio do seguro social (típico de um modelo mais intervencionista), por isso o item está errado.

Tenha cuidado com os enunciados que associam o Estado Regulador ao neoliberalismo, pois existem diferentes estágios do modelo gerencial. As ideias neoliberais são marcantes apenas no primeiro estágio (gerencialismo puro).

Gabarito: Errado

21. CESPE – TCU – Auditor Federal de Controle Externo – 2007)

A contrapartida da esperada redução dos dispêndios públicos resultante das privatizações é o aumento dos custos sociais decorrentes da regulação, mediante transferência para o setor privado de custos até então suportados pelo governo, o que exigirá maior rigor na aferição de seus benefícios.

COMENTÁRIO:

Questão mais elaborada que aborda a transição do Estado de Bem-Estar para o Estado Regulador. Em virtude de uma confluência de fatores (ineficiência estatal, crise fiscal, endividamento, etc), o Estado deixa de prover diretamente os serviços e concentra-se na regulação e controle dos resultados desses serviços. Nesse processo, o Estado transfere para o setor privado os custos da prestação dos serviços públicos.

(25)

Existem vários instrumentos possíveis para essa transferência: contratos de gestão, parcerias público-privadas, termos de parceria, etc. Para que essa transferência seja benéfica para sociedade é preciso que esses instrumentos sejam aferidos com rigor, ou seja, a Administração Pública deve acompanhar para que o parceiro privado execute com qualidade os serviços de sua responsabilidade.

Gabarito: Certo

22. CESPE – ANCINE – Especialista em Regulação – 2005)

A ordem econômica atual obedece aos princípios do Estado liberal, como a liberdade de iniciativa e de concorrência.

COMENTÁRIO:

A ordem econômica atual obedece aos princípios do Estado regulador.

A experiência histórica, principalmente, em países europeus demonstrou a incapacidade do Estado em realizar atividades econômicas, bem como de atender a todos os anseios sociais.

Em virtude de uma grave crise fiscal de uma confluência de diversos fatores, os Estados então deixam de atuar diretamente na economia e passam a atuar, quando necessário, como agentes reguladores para mitigar as imperfeições do sistema capitalista. Essa é a essência do modelo de Estado regulador.

A partir da análise da Constituição Federal percebemos que o Estado brasileiro segue os princípios do Estado regulador. Vejamos:

1º O Estado regulador não é intervencionista. Na Constituição Federal, nos termos do Art.173, percebemos que o Estado brasileiro segue essa diretriz:

Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.

Note que a atuação na economia, nos termos constitucionais, apenas é permitida em situações excepcionais.

2º O Estado regulador atua por meio da regulação para corrigir as imperfeições do sistema capitalista.

Nos termos do art.174, o Estado brasileiro atua como agente normativo e regulador:

Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.

Do exposto, concluímos que, apesar de vigorar no Brasil os princípios da liberdade de iniciativa e de livre concorrência, a ordem econômica atual obedece aos princípios do Estado regulador e não do Estado liberal.

Gabarito: Errado

23. CESPE – Diplomata – 2005)

Sob o ponto de vista político, a crise do Estado liberal que se seguiu à Grande Guerra de 1914 materializou-se, sobretudo, na ascensão de regimes totalitários, dos quais as mais diversas formas de fascismo seriam exemplos exponenciais.

(26)

De acordo com Matias-Pereira, a evolução do Estado-Moderno possui os seguintes estágios evolutivos:

monarquia, Estado liberal, Crise do Estado Liberal e Estado Democrático-Liberal.

Durante a Crise do Estado Liberal, segundo esse autor, temos o surgimento das ideologias de Direita (Fascismo) e Esquerda (Comunismo).

O enunciado contextualiza corretamente essa evolução, por isso está correto.

Gabarito: Certo

24. CESPE – SENADO – Consultor Legislativo -2002)

A Constituição da República promulgada em 1988 tinha vários aspectos que a aproximavam dos ideais típicos do Estado liberal, tais como a previsão do direito de propriedade e da liberdade de iniciativa e a vedação ao Poder Público do direito de estabelecer regras jurídicas que, no tocante à aquisição de bens e serviços, dessem tratamento preferencial a empresas brasileiras de capital nacional.

COMENTÁRIO:

“A Constituição da República promulgada em 1988 tinha vários aspectos que a aproximavam dos ideais típicos do Estado liberal, tais como a previsão do direito de propriedade e da liberdade de iniciativa”

Trecho correto. A Constituição Federal assegura alguns direitos que a aproximam dos ideais liberais. Dentre os quais, o direito de propriedade e a liberdade de iniciativa.

“e a vedação ao Poder Público do direito de estabelecer regras jurídicas que, no tocante à aquisição de bens e serviços, dessem tratamento preferencial a empresas brasileiras de capital nacional”

Trecho errado. A Constituição Federal permite o tratamento diferenciado para empresas nacionais, o que a distancia dos ideias liberais, os quais defendem o não intervencionismo estatal.

Gabarito: Errado Tipos de dominação

25. CESPE – ABIN – Oficial de Inteligência – 2018)

De acordo com a tipologia weberiana, há três tipos de dominação: racional (baseada na crença na legalidade da ordem e dos títulos dos que exercem a dominação), tradicional (fundamentada na crença na legitimidade das tradições) e carismática (baseada no devotamento fora do cotidiano e justificado pelo caráter sagrado ou pela força heroica de uma pessoa).

COMENTÁRIO:

Ótimo enunciado para fixarmos os conceitos.

Vale relembrar que, segundo Weber, existem três tipos de dominação:

 Dominação tradicional: baseia-se na tradição e nos costumes. É o que acontecia, por exemplo, nos Estados absolutistas, em tribos indígenas ou clã de bárbaros, nos quais o melhor caçador assumia papel social relevante, sendo sua opinião seguida por todos. Ao morrer, esse papel de liderança era transferido para o seu filho.

(27)

 Dominação carismática: decorre de características pessoais da figura do líder. As pessoas o seguem porque o percebem como um herói, aquela pessoa que possui um talento superior ou uma capacidade extraordinária.

 Dominação racional-legal (burocrática, legítima): decorre das normas legais racionalmente definidas.

Confere-se legitimidade e poder à autoridade, pois acredita-se que ela foi formalmente constituída. Se eu te perguntasse: por que obedecemos a uma ordem judicial, por exemplo?

Você, essencialmente, responderia que o juiz possui poder para fazer determinações porque a lei assim o estabelece já que ele foi investido no cargo de magistrado, conforme a Constituição Federal, etc. No fundo, obedecemos porque acreditamos que a lei representa a vontade de todos de modo que se a lei estabelece que devemos obedecer a uma ordem judicial nós obedecemos.

O enunciado descreve corretamente a classificação proposta, por isso está correto.

Gabarito: Certo

26. CESPE – AGU – Defensor Público federal – 2017)

À luz da conhecida tipologia weberiana a respeito da dominação legítima, é correto afirmar que a política contemporânea é caracterizada pelo predomínio da dominação de tipo racional-legal e pela inexistência da dominação tradicional e da dominação carismática.

COMENTÁRIO:

Existe, de fato, um predomínio na política contemporânea da dominação do tipo racional-legal, porém não se pode afirmar que não existe mais dominação tradicional e carismática. Afinal, diversos países ainda adotam a Monarquia, que é uma espécie de sistema de governo baseada na dominação tradicional. Além disso, mesmo nas repúblicas, o processo eleitoral é fortemente afetado pela dominação carismática.

Gabarito: Errado

27. CESPE – PF – Técnico em Assuntos Educacionais – 2004)

Dominação significa o exercício de influência decisiva e determinante de uns indivíduos sobre os outros. Para Max Weber, pode-se distinguir três tipos de dominação: racional, tradicional e carismática.

À luz desse tema, julgue o item subseqüente.

O feudalismo é uma expressão da dominação tradicional.

COMENTÁRIO:

O feudalismo baseava-se na tradição e nos costumes da relação entre vassalo e senhor feudal, logo é, de fato, um exemplo de dominação tradicional, segundo tipologia proposta por Weber.

Gabarito: Certo

(28)

Lista de Questões

Conceito de Estado

1. CESPE – TJ/RR – Administrador – 2012)

O Estado é formado por três elementos: o povo, o território e o governo soberano, constituindo este último o elemento condutor que detém e exerce o poder absoluto de autodeterminação e auto-organização emanado do povo.

2. CESPE – TCU – Auditor Federal de Controle Externo – 2011)

O Estado se distingue de outras instituições sociais porque, ao ofertar serviços, realiza direitos.

3. CESPE – INSS – Perito Médico Previdenciário – 2010) Povo, território e governo soberano são elementos do Estado.

Estado, Governo e Administração Pública

4. CESPE – TRF 1ª Região – Técnico Judiciário – 2017)

A administração pública, em seu sentido subjetivo, compreende o conjunto de agentes, órgãos e pessoas jurídicas incumbidos de executar as atividades administrativas, distinguindo-se de seu sentido objetivo, que se relaciona ao exercício da própria atividade administrativa.

5. CESPE – STJ – Técnico Judiciário – 2015)

Em seu sentido subjetivo, a administração pública restringe-se ao conjunto de órgãos e agentes públicos do Poder Executivo que exercem a função administrativa.

6. CESPE – TJ/CE – Analista Judiciário – 2014 – Adaptada)

A administração pública, em sentido estrito, abrange a função política e a administrativa.

7. CESPE – TJ/CE – Analista Judiciário – 2014 – Adaptada)

A administração pública, em sentido subjetivo, diz respeito à atividade administrativa exercida pelas pessoas jurídicas, pelos órgãos e agentes públicos que exercem a função administrativa.

8. CESPE – STJ – Técnico Judiciário – 2004)

Enquanto pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos formam o sentido subjetivo da administração pública, a atividade administrativa exercida por eles indica o sentido objetivo.

(29)

Modelos de Estado

9. CESPE – TJ/PA – Analista Administrativo – 2020)

As agências que atuam na provisão dos bens públicos e na proteção do interesse público, estabelecendo parâmetros para saúde, segurança e meio ambiente, bem como os mecanismos de oferta dos bens mencionados, executam o modelo de regulação

a) social.

b) gerencial.

c) financeiro.

d) econômico.

e) administrativo.

10. CESPE – TCE/RO – Auditor de Controle Externo – 2019) -QUESTÃO DESAFIO

Na literatura que trata do papel do Estado, identificam-se elementos que apontam as características do Estado do bem-estar e as características do Estado regulador. Há aspectos que apontam que o Estado regulador, que representaria uma alternativa ao esgotamento do paradigma do fornecimento de bens e serviços pelo Estado, seria a superação do Estado do bem-estar. Em uma discussão preliminar, é correto afirmar que, no Brasil, os aspectos do Estado regulador encontram-se destacados no(a)

a) desregulamentação de setores econômicos para o estabelecimento de maior concorrência.

b) estabelecimento de metas de desempenho individual para os servidores, objetivando a melhoria do setor regulado.

c) autonomia, no regime administrativo diferenciado e na constituição de mecanismos de controle.

d) responsividade, na descentralização e em poucos níveis hierárquicos.

e) formulação e análise de políticas públicas para os setores regulados.

11. CESPE – PGE/PE – Analista Administrativo– 2019)

O modelo de gestão patrimonialista caracteriza-se pela fusão entre as noções de soberania, pertencente à esfera pública, e patrimônio, concernente à esfera privada.

12. CESPE – STJ – Analista Judiciário - 2018)

Com referência à evolução do modelo racional-legal para o paradigma pós-burocrático, julgue o item a seguir.

O aparelho do Estado patrimonialista funcionava como uma extensão do poder do soberano e os servidores possuíam status de nobreza real.

13. CESPE – TCE/PE –Auditor de Controle externo - 2017)

Acerca da redefinição do papel do Estado no Brasil e do modelo de Estado patrimonialista, julgue o seguinte

(30)

No modelo de Estado patrimonialista, a não diferenciação entre o público e o privado favorece as práticas de corrupção e de nepotismo.

14. CESPE – TJ/CE – Analista Judiciário – 2014 – Adaptada)

O Estado liberal, surgido a partir do século XX, é marcado pela forte intervenção na sociedade e na economia.

15. CESPE – ANTT – Técnico em regulação – 2013)

O conceito de Estado regulador surgiu em uma época de transformação, na qual a administração pública passou a ter uma postura mais burocrática, autoritária, hierarquizada e verticalizada, e o processo passou a ser mais importante que o resultado.

16.CESPE – ANATEL – Analista Administrativo – 2012)

As atividades do Estado brasileiro procuram garantir que a lei e as políticas públicas sejam cumpridas e financiadas, identificando-se, assim, com o Estado liberal clássico.

17. CESPE – TC/DF – Auditor de Controle Externo – 2012)

Mudanças na organização pública Alfa estão sendo implementadas para propiciar o alcance de resultados, seguindo modelos adotados por organizações privadas. A Alfa também facilitará o acesso do cidadão aos seus atos, resultados, processos, custos operacionais e administrativos por meio de portal na Internet, o que elevará suas despesas com investimentos em TI.

Com respeito a essa situação hipotética, julgue o item que se segue. Se a Alfa for um órgão regulador do setor da sua área de atuação e se não intervier nos mecanismos de mercado para proteger determinados grupos do mercado nacional, ela agirá em consonância com os pressupostos do estado do bem-estar.

18.CESPE – TCU – Auditor Federal de Controle Externo – 2011)

O Estado se distingue de outras instituições sociais porque, ao ofertar serviços, realiza direitos.

19. CESPE – TRE/ES – Técnico Judiciário – 2011)

O Estado do bem-estar, ao buscar o atendimento ao cidadão-cliente pela gestão pública, preconiza a intervenção estatal como mecanismo de mercado válido para proteger determinados grupos.

20.CESPE – IPEA – Técnico de Planejamento e Pesquisa – 2008)

O paradigma do Estado de Bem-Estar Social, ancorado nos princípios da seguridade social e da universalidade, perdeu espaço com a ascensão da agenda neoliberal, marcada pelo paradigma do Estado Mínimo e ancorado nos princípios do seguro social e da focalização.

21. CESPE – TCU – Auditor Federal de Controle Externo – 2007)

A contrapartida da esperada redução dos dispêndios públicos resultante das privatizações é o aumento dos custos sociais decorrentes da regulação, mediante transferência para o setor privado de custos até então suportados pelo governo, o que exigirá maior rigor na aferição de seus benefícios.

(31)

22. CESPE – ANCINE – Especialista em Regulação – 2005)

A ordem econômica atual obedece aos princípios do Estado liberal, como a liberdade de iniciativa e de concorrência.

23. CESPE – Diplomata – 2005)

Sob o ponto de vista político, a crise do Estado liberal que se seguiu à Grande Guerra de 1914 materializou-se, sobretudo, na ascensão de regimes totalitários, dos quais as mais diversas formas de fascismo seriam exemplos exponenciais.

24. CESPE – SENADO – Consultor Legislativo -2002)

A Constituição da República promulgada em 1988 tinha vários aspectos que a aproximavam dos ideais típicos do Estado liberal, tais como a previsão do direito de propriedade e da liberdade de iniciativa e a vedação ao Poder Público do direito de estabelecer regras jurídicas que, no tocante à aquisição de bens e serviços, dessem tratamento preferencial a empresas brasileiras de capital nacional.

Tipos de dominação

25. CESPE – ABIN – Oficial de Inteligência – 2018)

De acordo com a tipologia weberiana, há três tipos de dominação: racional (baseada na crença na legalidade da ordem e dos títulos dos que exercem a dominação), tradicional (fundamentada na crença na legitimidade das tradições) e carismática (baseada no devotamento fora do cotidiano e justificado pelo caráter sagrado ou pela força heroica de uma pessoa).

26. CESPE – AGU – Defensor Público federal – 2017)

À luz da conhecida tipologia weberiana a respeito da dominação legítima, é correto afirmar que a política contemporânea é caracterizada pelo predomínio da dominação de tipo racional-legal e pela inexistência da dominação tradicional e da dominação carismática.

27. CESPE – PF – Técnico em Assuntos Educacionais – 2004)

Dominação significa o exercício de influência decisiva e determinante de uns indivíduos sobre os outros. Para Max Weber, pode-se distinguir três tipos de dominação: racional, tradicional e carismática.

À luz desse tema, julgue o item subseqüente.

O feudalismo é uma expressão da dominação tradicional.

(32)

Gabarito

1- C 2- C 3- C 4- C 5- E 6- E 7- C 8- A 9- C 10- C

11- C 12- C 13- C 14- E 15- E 16- E 17- E 18- C 19- C 20- E

21- C 22- E 23- C 24-E 25- C 26- E 27- C

Referências

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