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O USO DE VÍDEOS NA EDUCAÇÃO

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Academic year: 2022

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O USO DE VÍDEOS NA EDUCAÇÃO

TERRA, Valkiria Rizo1 FIORINI, Daniela Bissoli2

INTRODUÇÃO

Atualmente o mundo globalizado nos oferta uma gama de avanços tecnológicos, os quais aprendemos a conviver com eles e a usá-lo em prol de facilitar a nossa vida diária, mas não temos todo o conhecimento para manipulá-los corretamente. Esse fato também permeia os espaços escolares, onde dispomos da tecnologia, mas na maioria das vezes, não sabemos utilizá-las como ferramenta pedagógica, proporcionando novas experiências e conhecimentos. O que se verifica é que alunos e professores vivem constantemente o desafio de romper com a tradicional postura educacional baseada apenas em livros didáticos e aula expositiva, pois esse modelo já não atende mais o sujeito da pós-modernidade. O presente artigo nos ajudar a problematizar a necessidade de praticas pedagógicas, que visem o uso das novas tecnologias educacionais, pois entende-se que educação e mídia é uma discussão muito presente no meio acadêmico, mais ainda requer muita reflexão e pesquisa.

A abordagem do uso de vídeos na escola é importante para os trabalhos educacionais, através dele as aulas se tornam dinâmicas motivadoras, possibilitando o desenvolvimento de várias atividades, que podem ser trabalhadas e adaptadas à nossa realidade, relacionando aos temas e assuntos de sala de aula. Usando a programação dos vídeos, conseguimos como docentes elevar o nível da qualidade de ensino, evitando assim o grande índice de evasão e reprovação.

1 Graduanda do Curso de Pedagogia do Centro Universitário São Camilo- ES;valkiria.terra@hotmail.com

2 Professor Orientador; Especialista; Centro Universitário São Camilo-ES; danielafiorini@saocamilo-es.br Cachoeiro de Itapemirim – ES, maio de 2013.

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DESENVOLVIMENTO

O uso das tecnologias, especialmente dos vídeos, deve ser incentivado como forma de enriquecer as aulas e utilizar os espaços alternativos que a escola oferece, levando os alunos a terem contato com essas possibilidades de ensino. O uso de vídeos não melhora a relação pedagógica, nem a qualidade da aula, mas ajuda bons professores a tornarem suas aulas mais atrativas para os alunos, pois ao trazer situações cotidianas e contextualizadas as tecnologias acabam contribuindo para maior assimilação dos conteúdos pelos alunos. O vídeo está vinculado à televisão e o seu uso é bastante aceito pelos alunos, que o acolhem como lazer e não como aula.

Existem alguns critérios que devem ser levados em consideração, na hora em que os professores forem escolher um filme, como: adequação ao assunto e aos alunos, simplicidade, precisão, facilidade de manuseio, atratividade, validade e pertinência. Ao escolher um filme, o professor deve analisar suas características, tempo de duração e horário a ser apresentado, pois filmes longos podem deixar os alunos dispersos e pode haver a perda de controle da aula.

Não se pode deixar que o uso dos vídeos em sala de aula, seja apenas uma forma de entretenimento para os alunos, deixando de cumprir a função pedagógica a que se destina que é enriquecer, aproximar e trazer o cotidiano para dentro da sala de aula. O vídeo é um auxílio, um artefato ilustrativo, para melhor ajudar na aula, devendo ser utilizado através de um planejamento do docente, fazendo com que o vídeo seja dado ao aluno com uma proposta, e não apenas por ser cômodo. Além do mais, a educação é uma das áreas que mais deve estar adeptas às mudanças, na qual podemos incluir as mudanças tecnológicas.

Alguns autores, tais como Moran (2005) e Marcondes Filho (1998), são favoráveis a utilização do vídeo como suporte a educação e suas justificativas são as maneiras como o vídeo interfere em várias áreas do indivíduo, tais como a comunicação sensorial, emocional e racional. Marcondes Filho (1998) indica a utilização do vídeo como suporte à educação formal e não formal, pois, “desperta a curiosidade, prende a atenção, parte do concreto, mexe com a mente e o corpo do telespectador, educa mesmo sem fazer tal afirmação, procura inovar, entre outros fatores”. No entanto

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Moran (2005) vai mais adiante quando diz que o vídeo e a TV tocam todos os sentidos humanos.

Os meios de comunicação, principalmente a televisão, desenvolvem formas sofisticadas multidimensionais de comunicação sensorial, emocional e racional, superpondo linguagens e mensagens, que facilitam a interação, com o público.

A TV fala primeiro do "sentimento" - o que você sentiu", não o que você conheceu; as ideias estão embutidas na roupagem sensorial, intuitiva e afetiva.

A televisão e o vídeo partem do concreto, do visível, do imediato, próximo, que toca todos os sentidos. Mexem com o corpo, com a pele, as sensações e os sentimentos - nos tocam e "tocamos" os outros, estão ao nosso alcance através dos recortes visuais, do close, do som estéreo envolvente (MORAN, 2005).

Moran (2005) enfatiza pontos importantes na utilização de vídeos e de TV na educação: auxilia o despertar da curiosidade, permite compor cenários desconhecidos pelos alunos, permite simulações da realidade, reproduz entrevistas, depoimentos, documentários, auxilia no desenvolvimento da construção do conhecimento coletivo pela análise em grupo e o desenvolvimento do senso crítico.

As tecnologias são pontes que abrem a sala de aula para o mundo, que representam, medeiam o nosso conhecimento do mundo. São diferentes formas de representação da realidade, de forma mais abstrata ou concreta, mais estática ou dinâmica, mais linear ou paralela, mas todas elas, combinadas, integradas, possibilitam uma melhor apreensão da realidade e o desenvolvimento de todas as potencialidades do educando, dos diferentes tipos de inteligência, habilidades e atitudes (MORAN, 2005).

Para Moran (2005), um bom vídeo é interessante para introduzir um novo assunto, para despertar a curiosidade, a motivação para novos temas. Isso facilitará o desejo de pesquisa nos alunos para aprofundar o assunto do vídeo e da matéria.

Vídeos podem ser utilizados para enriquecer aulas presenciais e em educação à distância; os professores podem produzir vídeos, assim como os próprios alunos, como atividades de criação. Vídeos podem, também, ser utilizados para registrar o progresso dos alunos em atividades e resoluções de problemas, dentre várias outras aplicações. (POWELL, 2008).

Os vídeos podem ser didáticos ou complementares. Os vídeos didáticos são preparados em função de uma área de estudo; enquanto os vídeos complementares podem contribuir com o assunto estudado, mas os seus conteúdos não fazem parte de uma área de estudo especificamente. Atividade de produção de vídeo realmente é muito válido, pois se estuda de uma forma diferenciada, produz um cenário empolgado, aprende e produz de uma forma gostosa e prazerosa, e por fim, você realmente

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aprende o assunto de uma maneira super legal. Pois foi interessante, e te chamou a atenção. Além disso, nos tempos de hoje, tudo vai para internet, os alunos podem postar seus trabalhos no youtube.

Apesar de todos os aspectos positivos citados é preciso atentar que pode ocorrer o uso inadequado do vídeo como recurso tecnológico educacional. Moran (2005) alerta para algumas situações nas quais o vídeo pode ser mal utilizado: para cobrir ausência do professor, vídeos com conteúdo fora do contexto da matéria, uso de apenas esse tipo de recurso para ministrar aulas, sem discussão do conteúdo ou ligação deste com o assunto estudado. Essas práticas desvalorizam o uso desse recurso, diminuem a sua eficácia e provocam empobrecimento das aulas. Além disso, para o aluno, o uso do vídeo pode passar a ser equivocadamente associado à falta de aula, passatempo ou falta de conteúdo para a disciplina trabalhada.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A escola deve assumir esse novo desafio da era midiática, sendo difusora de novas tecnologias, de novos conhecimentos, a fim de permitir que seus alunos tenham chances de participar da concorrência de mercado de trabalho, cada vez mais exigente.

Toda a tecnologia, principalmente a TV e os vídeos, motivam os alunos a obter informações e linguagens que estão inseridas no cotidiano. Com os recursos audiovisuais mais próximos da sensibilidade do aluno é possível inserir atividades que sejam dinâmicas, significativas, interessantes e motivadoras. Vivenciar experiências que trazem sensações e emoções estimulam os sentidos e alteram a rotina em sala de aula.

De acordo com a LDB 9394/96 - Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, no seu artigo 32 – item II, o aluno do ensino fundamental, deve ser levado a compreender o seu ambiente natural e social, o sistema político, a tecnologia, as artes e os valores em que se fundamenta a sociedade:

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Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante: (Redação dada pela Lei nº 11.274, de 2006) [...] II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade.(BRASIL, 1996)

Sendo assim, vídeo educacional, entre outras vantagens citadas anteriormente, pode favorecer não só o desenvolvimento da percepção artística por meio do uso de imagens, textos, sons, movimentos, cores, cenários além de relações espaciais, como também a interação com as tecnologias. Deve ser acompanhado de proposta pedagógica consciente das exigências de uma educação transformadora que priorize a criatividade, a pesquisa e a formação para a cidadania.

Conclui-se que o uso de vídeo em sala de aula se constitui como uma ótima opção de recurso tecnológico adequada para o uso na educação desde que sejam observados os principais aspectos discutidos acima: utilização de maneira adequada, com o devido planejamento e que seja utilizado combinado com outras mídias e outros recursos didáticos.

Referências

BRASIL. Senado Federal. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: nº 9394/96. Brasília : 1996.

MARCONDES FILHO, Ciro. Televisão: a vida pelo vídeo. São Paulo: Moderna, 1988.

MORAN, José Manuel. Integração das Tecnologias na Educação. Desafios da televisão e do vídeo à escola. Secretaria de Educação a Distância, SEED. 2005

POWELL, Arthur Belford. O uso do vídeo e da Internet para estudar a aprendizagem e o ensino. Minicurso oferecido durante a 31ª Reunião Anual da ANPEd – Associação Nacional de Pós-Graduação em Educação. CaxambuCaxambu, 20 a 21 out. 2008.

Disponível em: <http://www.anped.org.br/reunioes/31ra/3minicurso/m inicurso%20-%20gt19%20-%20int.pdf>. Acesso em: dezembro 2012.

TORRES, Vladimir Stolzenberg. O uso de vídeos como um recurso de apoio didático. 1998.

Referências

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