• Nenhum resultado encontrado

ALHO (Allium sativum Linn.) COMO FITOTERPICO PARA ANIMAIS DE PRODUO

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2020

Share "ALHO (Allium sativum Linn.) COMO FITOTERPICO PARA ANIMAIS DE PRODUO"

Copied!
16
0
0

Texto

(1)

ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.22; p. 2015 46

ALHO (Allium sativum Linn.) COMO FITOTERÁPICO PARA ANIMAIS DE PRODUÇÃO

Ana Paula Guedes Oliveira1, Aparecida de Fátima Madella de Oliveira2, Bárbara de Cássia Ribeiro Vieira3, Mayk Henrique Souza1, Atanásio Alves do Amaral2 1

Pós-graduandos em Agroecologia pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo – Campus de Alegre, Alegre, ES, Brasil. Pós-graduanda em Ciências Veterinárias pela Universidade Federal do Espírito Santo

(CCA/UFES) (anapaula.apgo@gmail.com). 2

Professor Doutor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo – Campus de Alegre, Alegre, ES, Brasil

3

Pós-graduanda em Ciências Veterinárias pela Universidade Federal do Espírito Santo (CCA/UFES), Alegre, ES, Brasil.

Recebido em: 08/09/2015 – Aprovado em: 14/11/2015 – Publicado em: 17/12/2015

RESUMO

Objetivou-se com este trabalho analisar a eficiência do alho como fitoterápico para animais de produção. O alho tem sido indicado por alguns autores e negado por outros no tratamento de ovinos infectados por helmintos. Esse vegetal é aconselhado no tratamento de carrapatos em bovinos, melhorando a alimentação de frangos e suínos. Estudos demonstram que a planta auxilia no controle de protozoários em ovos de peixes e endoparasitas de búfalo. Contudo, não parece eliminar nematoides em caprinos. Conclui-se que o alho consiste em um eficiente fitoterápico para o tratamento de doenças relacionadas aos animais de produção. Contudo, são necessários mais estudos relacionados à eficiência para caprinos. PALAVRAS-CHAVE: doenças, medicamento, plantas, principio ativo, produtor.

GARLIC (Allium sativum Linn.) HERBAL HOW TO ANIMAL PRODUCTION ABSTRACT

The objective of this study was to analyze the effectiveness of garlic as herbal medicine for livestock. Garlic has been shown by some authors and denied by others in the treatment of sheep infected with helminths. This plant is desirable in the treatment of ticks on cattle, improving the feed of poultry and swine. Studies show that the plant helps control protozoa in fish eggs and endoparasites buffalo. However, there seems to eliminate nematodes in goats. It is concluded that garlic is an efficient herbal treatment for related to livestock diseases. However, most studies related to efficiency are needed for goats.

KEYWORDS: diseases, medicine, plants, active principle, producer

INTRODUÇÃO

Há muitos séculos o homem utilizava diversos tipos de plantas medicinais para o tratamento de doenças (GOMES, 2011), incluindo enfermidades que acometiam os animais. Dessa forma, o ser humano aprendeu sobre as propriedades

(2)

ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.22; p. 2015 47

destinadas à cura e, por séculos vem transmitindo esse conhecimento as novas gerações (OLIVEIRA et al., 2009).

Inicialmente, as plantas curativas foram sendo descobertas pelos homens através de observações do comportamento de animais que utilizavam os vegetais para curar as próprias enfermidades (SANTOS et al., 2011). Um exemplo dessa estratégia está relacionado aos chimpanzés que engoliam plantas com superfícies grossas sem mastigá-las, demonstrando intenção, não de alimentarem-se, mas sim, de automedicarem-se, inferindo a possibilidade do controle de endoparasitas, uma vez que os vegetais removem os microrganismos ao passarem pelo trato gastrointestinal (TEIXEIRA-SANTOS, 2010).

As observações dos comportamentos dos animais e a análise científica do potencial curativo de várias plantas foram o pilar para o surgimento da fitoterapia que consiste em uma Ciência atualmente estudada e aplicada ao tratamento de doenças (NAZARENO et al., 2010). Dessa forma, entende-se por plantas medicinais aquelas utilizadas pela população como alternativa para o tratamento de enfermidades, servindo como matéria prima para a produção industrial de fitoterápicos, almejando eliminar os problemas de contaminação por microrganismos e padronizando quantidades e formas corretas de uso para a segurança do consumidor (ANVISA, 2011; CATALAN et al., 2012).

As plantas possuem diversos princípios ativos produzidos e armazenados durante a fase de crescimento do vegetal (ALMEIDA, 2012), podendo ser encontrados em concentrações diferentes conforme o vegetal ou óleo extraído (BONA, 2010). Entre os princípios ativos, os mais comuns são os alcaloides, flavonoides, glucosídeos, fenóis, mucilagens, saponinas, taninos, terpenoides e óleos essenciais (ZACARÃO, 2012). Esses compostos podem ser utilizados como enriquecimento nutricional e para fins terapêuticos, favorecendo a redução do uso de compostos químicos e minimizando os impactos destes no meio ambiente e nos produtos derivados de animais (MARQUES et al., 2010; ROYER et al., 2013). Dessa forma, uma mesma planta pode ser utilizada para o tratamento de várias doenças ou várias plantas de espécies diferentes podem ser combinadas para tratar uma única doença (OLIVEIRA & ARAÚJO, 2011).

As plantas medicinais têm sido muito utilizadas para o tratamento de animais em função da exigência de consumidores cada vez mais preocupados com os aspectos ecológicos relacionados à conservação do planeta. Por essa razão, medicamentos com base nos princípios da criação animal orgânica são desenvolvidos visando atender ao público defensor de um mundo natural e o equilíbrio entre matéria e fluxo de energia (OLIVEIRA et al., 2009).

O problema é que o produtor tem buscado alternativas capazes de solucionar de forma rápida os problemas relacionados à agropecuária e desta forma, utilizam de forma indiscriminada produtos químicos, ocasionando não somente problemas aos animais, mas a contaminação de alimentos e o desequilíbrio do ecossistema, como, por exemplo, surto de pragas e desenvolvimento de espécies resistentes, afetando diretamente o próprio produtor (OLIVEIRA et al., 2009).

O uso de medicamentos a base de plantas medicinais acarreta diversos benefícios ao produtor rural, pois existem plantas cujos princípios ativos atuam na redução e controle de vermes, tornando os animais resistentes por um tempo prolongado. Além disso, os fitoterápicos controlam ectoparasitas, tais como, moscas e carrapatos, além de, aumentar a produtividade, minimizando o risco de intoxicação tanto para o animal, quanto para o individuo que manusear o produto (VIEIRA et al., 1999).

(3)

ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.22; p. 2015 48

Neste contexto, o alho é uma das espécies mais estudadas na medicina por ser considerado antifúngico, antiviral, antiprotozoário, atuando no sistema cardiovascular e imunológico, apresentando propriedades antioxidantes e antitumorais (SHRIVASTAVA & GANESCH, 2010; KYUNG, 2012). Além disso, o alho também apresenta potencial nutricional, sendo utilizado em diversas dietas por ser rico em amido e substâncias aromáticas (MOURA et al., 2013). Dessa forma, objetivou-se com esta revisão de literatura analisar a eficiência do alho (Allium

sativum) como fitoterápico para animais de produção.

CARACTERÍSTICAS DO ALHO (Allium sativum)

O gênero Allium pertence à família Liliaceae e compreende mais de 600 espécies, entre estas o Allium sativum L (GURIB-FAKIN, 2006), uma monocotiledônea conhecida popularmente como alho, sendo originária de clima temperado, porém cultivada em todo o mundo (MENEZES SOBRINHO, 1983).

O alho é utilizado na composição de medicamentos em função de possuir propriedades antimicrobianas, favorecendo o coração e a circulação sanguínea. Além disso, possui diversas vitaminas, tais como: A, B2, B6, C, aminoácidos, ferro, silício, iodo, enzimas e a alicina, podendo ser utilizado no tratamento de doenças causadas por bactérias e fungos (BALBACH & BOARIM,1992).

O alho é uma planta constituída por folhas escamiformes e um bulbo ou cabeça utilizada para fins medicinais e como tempero (BLOCK, 2010), por possuir sulfóxidos de cisteína, composto responsável pelo odor e paladar característicos (FRITSCH et al., 2006). Além disso, contém alicina, um líquido amarelado que aparece após a trituração ou o corte do alho, sendo responsável por parte das propriedades farmacêuticas da planta (SCHINEIDER, 1984).

A planta de alho pode ser bem aproveitada, sendo que as folhas e as inflorescências devem ser consumidas ainda verdes e os bulbos devem ser destinados aos condimentos alimentares e para medicamentos fitoterápicos (KIK & GEBHARDT, 2001) em função dos efeitos atribuídos aos compostos sulfurados, abundantes nos tecidos desta espécie (LORENZI & MATOS, 2002),

O alho é constituído por cerca de 30 substâncias de uso farmacêutico, sendo que o bulbo apresenta rendimento aproximado de 0,1 a 0,2% de óleo volátil (MILNER, 2001). Todavia, os compostos extraídos do alho, bem como a concentração destes, dependem do estágio de maturação do bulbo, da forma e do local que este foi cultivado, do manejo no processamento, manipulação e armazenamento (MARCHIORI, 2005).

ALHO PARA OVINOS

A ovinocultura consiste em uma atividade muito explorada no Brasil, enfrentando diversos problemas sanitários, principalmente com relação aos endoparasitas do sistema gastrointestinal (HOLSBACK et al., 2013), responsáveis pela redução na produção de carne e lã e o aumento da mortalidade (MOLENTO & PRICHARD, 1999).

Em função dos efeitos causados pelo tratamento desses parasitas com anti-helmínticos sintéticos, algumas alternativas na criação orgânica de animais vêm sendo apresentadas, entre estas, a utilização de fitoterápicos no controle de endoparasitas (NEVES et al., 2012). Entre as espécies vegetais utilizadas como anti-helmíntica, o Allium sativum, popularmente conhecido como alho, mostra-se como sendo uma das mais eficazes (MICHELES, 2004).

(4)

anti-ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.22; p. 2015 49

helmíntico, controlando endoparasitas por meio da ação dos componentes presentes nessa planta e favorecendo a taxa de passagem dos alimentos no trato gastrointestinal devido à quantidade de óleo presente neste fitoterápico (MEHLHORN et al., 2011). Além de ser um bom parasiticida, o alho também tem sido utilizado como acaricida, vermífugo, fungicida, imunoestimulante, entre outras aplicações (TSAI et al., 2012).

No início do tratamento de helmintos em ovinos, produtos comerciais como levamizol e ivermectina, ou a associação destes com o alho é mais eficiente que o tratamento com o vegetal, porém, com o passar do tempo, o alho mostra-se tão eficiente quanto os produtos químicos, podendo ser indicado para o tratamento de helmintos no sistema gastrointestinal de ovinos (SUNADA et al., 2011).

Ovinos tratados com medicamentos naturais a base de alho apresentam maior tempo para atingir o peso de abate, quando comparados com animais tratados com produtos químicos, porém, as carcaças são semelhantes em ambos os tratamentos, sendo que os animais submetidos ao fitoterápico apresentam carne mais saudável e dentro dos padrões de sustentabilidade (ZEOLA et al., 2011).

Um estudo demonstra que a utilização de uma dose de 60g e 90g de extrato de alho influencia no controle de endoparasitas no sistema gastrointestinal de ovinos, quando comparado com animais que não foram tratados com o fitoterápico (SANTOS et al., 2012). Todavia, o sumo de alho mostrou-se ineficiente quando aplicado oralmente em concentrações de 15g e 30g, em uma única dose (SANTOS et al., 2011).

Outro estudo demonstra que o fornecimento de 2,5 mg/kg de alho in natura não foi capaz de reduzir a quantidade de ovos nas fezes de ovinos. Porém, quando esse fitoterápico é associado a larvas inativadas do gênero Haemonchus contribui para redução de 46% dos ovos dos parasitas encontrados nas fezes (HOLSBACK et al., 2013).

Alguns autores defendem a eficiência do alho para ovinos, enquanto outros demonstram que o vegetal não funciona para determinadas enfermidades nesses animais. Estes diferentes resultados podem ser atribuídos à composição da planta, tempo de extração do produto, aspectos relacionados ao cultivo da espécie ou até mesmo procedimentos metodológicos que variam de um trabalho para o outro quanto aos métodos de extração, número de doses, tempo de duração do experimento, quantidade de parasitas a serem combatidos no animal e a resposta de cada animal ao tratamento (SANTOS & CARVALHO 2014).

USO DE ALHO EM BOVINOS

A ocorrência de mastite em vacas lactantes é um dos maiores problemas para a pecuária leiteira, acarretando tanto danos sanitários ao animal quanto econômicos ao produtor (BRITO & BRITO, 2004). O controle da doença tem sido apenas relacionado ao tratamento com compostos químicos, descartando as possibilidades de prevenção. Estes produtos, na maioria das vezes, apresentam custo elevado e acarreta problemas ambientais (NEVES & DE FÁTIMA RODRIGUÊS, 2013).

Dessa forma, a utilização de alho (Allium Sativum) como fitoterápico é considerada uma alternativa, pois favorece a saúde do produtor, assim como a do animal e, por substituir os produtos químicos, atua positivamente na conservação da biodiversidade local. Um estudo demonstra a eficiência do alho quando manipulado a partir do bulbo da planta e óleo de soja, macerado e aquecido, no tratamento de mastite de vacas no período reprodutivo (NEVES & DE FÁTIMA RODRIGUÊS, 2013).

(5)

ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.22; p. 2015 50

No Brasil, uma questão importante a ser considerada é que os bovinos são parasitados por helmintos gastrintestinais o ano inteiro (COSTA, 2007), levando a necessidade da elaboração de produtos eficazes no controle desses parasitas. Os resultados de um estudo com novilhas da raça Holandesa apontam que o uso de 120 g de extrato aquoso de alho é indicado para o controle parcial de nematódeos gastrintestinais, além disso, foi observada a facilidade na administração do extrato e pouca rejeição dos animais a este produto (PARRA et al., 2014).

O alho também pode ser indicado para o tratamento de carrapatos em bovinos, atuando como inseticida sobre esses parasitas e, quando picado e misturado ao sal mineral, ajuda no controle da mosca-do-chifre (ALTIERI & NICHOLLS, 2000; CATALAN et al., 2012).

Outro beneficio associado a esse fitoterápico é a garrafada de alho, preparada com três dentes de alho, 50 mL de aguardente e 500 mL de água para o tratamento de diarreia em bezerros. O alho também pode ser utilizado na cicatrização de feridas, antiinflamatório e vermífugo em bovinos (ALTIERI & NICHOLLS, 2000).

AVES DE CORTE

O Brasil apresenta-se como o terceiro produtor de carne de frango do mundo e maior exportador, o que o obriga a adequar a produção da ave às exigências do mercado cada vez mais preocupado com o bem-estar animal (AZEVEDO et al., 2009; RIZZO et al., 2010). O consumo de frango no país é constante em função desta carne constituir-se em uma proteína animal de custo reduzido, saudável e nutritiva (UBABEF, 2012).

Na produção de aves de corte é comum a utilização de antibióticos como promotores para absorção de nutrientes, beneficiando a microbiota do intestino. O problema é que o uso desses quimioterápicos podem tornar resistentes alguns microrganismos ocasionando diversos problemas (GUIMARÃES, 2006). Uma alternativa para substituição dos produtos sintéticos na produção de frangos consiste na utilização de compostos provenientes de produtos naturais (AZEVEDO et al., 2009).

O alho possui dois princípios ativos, sendo um deles denominado alcina que consiste em um composto orgânico sulfurado e volátil, atuando na redução dos níveis de colesterol, lipídios e fosfolipídios em aves (QURESHI et al., 1983) e o outro chamado garlicina, que juntamente com a alcina, apresentam ação bacteriostática contra bactérias gram-positivas e gram-negativas (LEITE et al., 2012). O extrato de alho adicionado à dieta apresenta resultados satisfatórios quando utilizados em torno de 0,1% e 0,25% (JIMOH et al., 2012) à 3% (ELAGIB et al., 2013), melhorando a produção de carcaça sem gordura, porém mantendo os parâmetros de desenvolvimento das aves (ASHAYERIZADEH et al., 2009).

O alho adicionado à ração em níveis de 0,001 e 1% foi eficiente no ganho de peso de frangos de corte, durante os primeiros 21 dias de idade, demonstrando a possibilidade de utilizar o composto como promotor de crescimento (HORTON et al., 1991). Todavia, outro estudo demonstra que a adição de alho em rações produzidas com milho e soja não favorece o crescimento de frangos alojados em baterias, mas que poderia ter influenciado o desenvolvimento de aves alojadas em cama (FREITAS et al., 2001).

O macerado de alho descascado não apresentou diferença significativa para o ganho de peso, conversão alimentar e consumo de aves de produção quando

(6)

ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.22; p. 2015 51

comparado a antibióticos sintéticos, tais como, bacitracina de zinco e lincomicina (FREITAS et al., 2001). Outro estudo demonstra que concentrações de alho entre 0,20, 1 e 2% promoveu taxas menores de mortalidade, aumentando o consumo da ração e, consequentemente, o peso de frangos de corte (SHI et al., 1999).

Outras alterações relacionadas à adição do alho na dieta de aves consistem no aumento da hemoglobina, linfócitos e colesterol, melhorando a imunidade inata, fagocitose e níveis de heterofilos, evidenciando que o fitoterápico não apresenta atividade imunomodulatória no organismo das aves, aumentando a taxa de fagocitose pelos macrófagos (HANIEH et al., 2010; EL-LATIF et al., 2013), enquanto a resposta imunológica humoral é melhorada reduzindo o aparecimento da doença de Newcastle (POURALI et al., 2010).

ALHO PARA PEIXES

A produção de peixes para consumo humano tem aumentado consideravelmente nos últimos anos (FAO, 2010), levando ao aumento do uso de aditivos na ração, visando controlar os agentes prejudiciais a saúde humana e animal e dessa forma, aumentar a produtividade (NUNES et al., 2012). O problema é que, na maioria das vezes, são utilizados aditivos com capacidade de bioacumulação nos organismos vivos, acarretando efeitos indesejáveis, tais como a resistência de bactérias (HARIKRISHNAN et al., 2011).

Os fitoterápicos apresentam-se como uma alternativa eficiente quando comparados com os produtos químicos, pois possuem compostos ativos, tais como, alcaloides, fenois, polifenois, lectinas, quininas, polipeptideos e terpenoides (HARIKRISHNAN et al., 2011). Estes compostos fortalecem o sistema imune, aumentando a resistência ao estresse e diminuindo o acometimento por patógenos (HARIKRISHNAN et al., 2011).

Neste contexto, o alho (Allium sativum L.) é uma planta rica em alicina, podendo ser utilizada no controle de diversas doenças que acometem os peixes, tendo a eficiência comprovada no tratamento de diarreia, doenças inflamatórias e virais, atuando como antiinflamatórios, antissépticos, antifúngicos, anticancerígeno, antioxidante hepático e renal e melhorando a imunidade (HEINERMAN, 1999).

Alevinos de tilápia quando alimentados com extrato de alho, em diferentes concentrações, apresentaram elevada taxa de sobrevivência e aumento no conteúdo de proteína corporal (SHALABY et al., 2006). Os óleos essências de alho também ajudam a elevar a sobrevivência de peixes acometidos pela bactéria Aeromonas

hydrophila, melhorando a imunidade desses organismos (SAHU et al., 2007).

Tilápias tratadas com baixas concentrações de alho apresentaram alterações no metabolismo oxidativo, atividade e índice fagocítico e aumento na produção de leucócitos, melhorando, dessa forma, o sistema imunológico. Contudo, a dosagem correta na aplicação do fitoterápico é essencial porque as propriedades imunoestimulantes do vegetal desaparecem em altas concentrações (NDONG & FALL, 2011). Além disso, o alho deve ser utilizado na forma de extrato cru, pois temperaturas elevadas desnaturam a alicina, ocasionado perdas das propriedades antimicrobianas (MADSEN et al., 2000).

Extratos de alho com concentrações de 200 mg/L são suficientes para controlar o protozoário Trichodina spp. em ovos de enguias (MADSEN et al., 2000), enquanto, banhos do fitoterápico em concentrações de 800 ppm combatem esse parasita em juvenis de tilápias do Nilo em apenas dois dias (CHITMANAT et al., 2005).

(7)

ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.22; p. 2015 52

A adição de 3% de alho por kg de ração, durante três meses, influenciou na resistência de peixes à infecção causada por Pseudomonas fluorenscens em 91,3% (DIAB et al., 2008), sendo que a utilização de alho adicionado à ração durante 45 dias reduziu em 95% a contaminação de Anacanthorus penilabiatus em pacus, não alterando as propriedades organolépticas da carne do animal (MARTINS et al., 2002).

USO EM SUÍNOS

Por muitas décadas os antibióticos sintéticos foram utilizados com a finalidade de promover o crescimento e reduzir a diarreia após o desmame de suínos confinados, melhorando, dessa forma, o desempenho do animal (PARTANEN, 2002). Contudo, nos últimos anos, esses medicamentos começaram a ser considerados importantes para saúde humana em função de deixarem resíduos antimicrobianos na carne e induzirem a resistência de bactérias patógenas (MENTEN, 2001).

Dessa forma, começaram a surgir pesquisas interessadas em identificar compostos naturais que substituam os antibióticos sintéticos, sem prejudicar o correto desenvolvimento do animal (FREITAS et al., 2001). Entre as alternativas naturais que já eram utilizadas na alimentação humana, encontra-se o alho (CAVALLITO & BAILEY, 1944).

A espécie vegetal Allium sativum possui propriedades que vem sendo pesquisadas por muitos anos (CAVALLITO & BAILEY, 1944), incluindo componentes organossulfurados que atuam como antimicrobianos, antiesclerosegências e antitóxicos (DELMING & KOCH, 1974).

O alho pode ser utilizado na ração de leitões, pois favorece o desenvolvimento de secreções gástricas e consequentemente, aumenta a barreira de proteção contra os microrganismos, prevenindo o animal contra infecções gastrintestinais (DELMING & KOCH, 1974).

Para suínos, em fase de crescimento, o alho melhora a eficiência alimentar, auxiliando no ganho de peso. Este fitoterápico pode ser utilizado por longos períodos sem afetar as características organolépticas da carne do animal (DONZELE et al., 1978; PICOLLO et al., 1979). Contudo, o consumo de rações e o ganho de peso em leitões na fase de creche podem ser afetados pela presença do alho, sendo, portanto, não recomendado para este estágio de vida (LOVATTO et al., 2005).

USO DE ALHO PARA BUBALINOS

A bubalinocultura tem crescido no Brasil em função do valor atribuído ao leite, rico em sólidos totais e, a carne que possui teores elevados de proteína, aminoácidos, ácidos graxos essenciais, vitaminas e diversos minerais (OLIVEIRA, 2005). A comercialização de produtos lácteos provenientes de búfalos cresce cerca de 20% ao ano no país, levando os produtores a buscarem técnicas que auxiliem no manejo, aumentando a produtividade desses animais (GONSALVES NETO et al., 2009).

Um problema na produção desses animais consiste na alta taxa de mortalidade em bezerros, ocasionados principalmente por bactérias, tais como

Escherichia coli e Salmonella spp., por vírus, incluindo principalmente o rotavírus e

coronavírus, além de helmintos e protozoários dos gêneros Cryptosporidium spp.,

(8)

ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.22; p. 2015 53

A salmonelose, doença provocada pela Salmonella spp. presente em água e alimentos contaminados chega a favorecer 13 a 14% do total de casos de diarreia em bezerros de búfalos, com mortalidade variando de 40 a 72% dos casos. Os principais sintomas da doença são febre, desidratação e diarreia com presença de muco e sangue. Caso ocorra a absorção de endotoxinas bacterianas, o animal desenvolve um quadro de diarreia acompanhada de febre, dores abdominais, magreza extrema, fraqueza e taquipneia, levando o animal à morte em cerca de quatro a sete dias (FAGIOLO et al., 2005).

Contudo, os búfalos são animais que apresentam resistência a diversas doenças, quando comparados com bovinos (DAMÉ, 2005), apresentando, na maioria das vezes, apenas verminoses provocadas por endoparasitas que acarretam perdas na produtividade de leite e elevados índices de mortalidade, ocasionado prejuízos econômicos aos produtos (BARBOSA, 2009).

Para tratar vermes causadores de problemas gastrointestinais em ruminantes, diversos produtores, utilizam o alho como medida terapêutica e profilática (BIANCHI et al., 1999). Um estudo com búfalas em lactação demonstrou que alho desidratado, associado a outros fitoterápicos, tais como torta de neem, apresenta eficiência no controle de ovoposição de vermes endoparasitas, não apresentando toxicidade para estes animais (LIPINSKI et al., 2011).

ALHO PARA O CONTROLE DE HEILMINTOS EM CAPRINOS

A caprinocultura tem crescido em função da produção de couro, leite e carne, que por ser considerada carne magra atrai um grande público interessado nesse tipo de alimento. Outro fator importante consiste no fato de a carne de caprinos ser mais saudável quando comparada a de outros animais de produção, tais como, ovinos, suínos e frango, contendo percentual menor de gordura e calorias, enquanto apresenta elevados níveis de proteína e ferro (SANTOS et al., 2010).

Os caprinos estão sujeitos a contaminações por helmintos que alojam-se no sistema gastrointestinal afetando o crescimento dos animais e consequentemente, ocasionando a redução de carcaças e leite, podendo levar a morte, além de aumentar os gastos com medicamentos, acarretando prejuízos econômicos ao produtor (TAYLOR et al., 2007).

O problema maior é que alguns nematoides, principalmente Haemonchus

contortus, Trichostrongylus sp., Oesophagostomum sp. e Cooperia sp., tem se

tornado cada vez mais resistentes a diversos tratamentos (KAPLAN et al., 2004). Esse fato é demonstrado em um estudo no qual o suco de alho não consiste em um fitoterápico eficiente no tratamento de caprinos infectados por nematoides gastrointestinais (HORNER & BIANCHIM, 1989) ou parece ter baixa eficiência no controle de Haemonchus Contortus quando utilizado sob a forma de suco contendo 3g kg-1 de alho (VIEIRA et al., 1999).

A ineficiência do produto no tratamento de caprinos também foi comprovada utilizando-se 1g kg-1 dia-1 durante oito dias. Neste estudo, a redução no número de ovos e larvas de Strongyloidea foi de 11,84% e 74,25%, sendo que a eficácia de um anti-helminto é comprovada quando a redução no número de ovos é superior a 95% (BATATINHA et al., 2004).

(9)

ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.22; p. 2015 54

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O alho (Allium sativum) consiste em um eficiente fitoterápico para o tratamento de diversas doenças relacionadas aos animais de produção. Contudo, são necessários mais estudos relacionados à eficiência desse vegetal no tratamento de caprinos.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, E. Aditivos digestivos e equilibradores da microbiota intestinal para frangos de corte. 2012. 48 f. Dissertação (Mestrado em Zootecnia) – Faculdade de Ciências Agrárias, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, 2012.

ALTIERI M. A.; NICHOLLS C. I. Agroecología. Teoría y práctica para una agricultura sustentable. 1. ed. México: Programa de las Naciones Unidas para el Medio Ambiente, Red de Formación Ambiental para América Latina y el Caribe. Serie Textos Básicos para la Formación Ambiental, 2000. 257 p.

ANVISA – Agencia nacional de vigilância sanitária – fitoterápicos 2011. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/medicamentos/fitoterapicos/poster_fitoterapicos.pdf.> Acesso em: 20 de março de 2012.

ASHAYERIZADEH, O.; DASTAR, B.; SHARGH, M. S.; ASHAYERIZADEH, A.; RAHMATNEJAD, E.; HOSSAINI, S. M. R.. Use of garlic (Allium sativum), black cumin seeds (Nigella sativa L.) and wild mint (Mentha longifolia) in broiler chickens diets. Journal of Animal and Veterinary Advances, v.8, p.1860-1863, 2009.

AZEVEDO, R. S.; ÁVILA, C. L. S.; DIAS, E. S.; BERTECHINI, A. G.; SCHWAN, R. F. Utilização do composto exaurido de Pleurotus sajor caju em rações de frangos de corte e seus efeitos no desempenho dessas aves. Acta Scientiarum. Animal Sciences, v. 31, n. 2, p. 139-144, 2009.

BALBACH, A., BOARIM, D. As Hortaliças na Medicina. 2a ed., p.69-75.1992.

BARBOSA, W. S. A influência de ecto e endoparasitas na produção bovina. 2009. 22f. Trabalho de conclusa de curso (Especialização) - Universidade Castelo Branco. Centro de Ciências Agrárias, Brasília, 2009.

BATATINHA, M. J. M.; BOTURA, M. B.; SANTOS, M. M.; SILVA, A.; ALMEIDA, M, G. A. R.; SANTANA, A. F.; BITTENCOURT, T. C. B. S. C.; DE ALMEIDA, M. A. O. Efeitos do suco de alho (Allium sativum Linn.) sobre nematódeos gastrintestinais de Caprinos. Ciência Rural, v. 34, n. 4, p. 1265-1266, 2004.

BIANCHIN, I.; GOMES, A.; FEIJO, G. L. D.; VAZ, E. C. Eficiência do pó de alho (Allium sativum L.) no controle dos parasitos de bovinos. Boletim de Pesquisa Embrapa Gado de Corte, Campo Grande, 1999. 31p.

BLOCK, E. Garlic and Other Alliums: The Lore and the Science. [S.l.]: Royal Society of Chemistry, 2010, 429p.

(10)

ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.22; p. 2015 55

BONA, T. D. M. M. Avaliação de óleo essencial de orégano, alecrim, canela e extrato de pimenta no controle de salmonella, eimeiria e clostridium em frangos de corte. 2010. 56 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Veterinárias) - Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2010.

BRANDÃO, P. E.; VILLARREAL, L. Y. B.; SOUZA, S. L. P.; RICHTZENHAIN, L. J.; JEREZ, J. A. Mixed infections by bovine coronavirus, rotavirus and cryptosporidium parvum in outbreak neonatal diarrhea in beef cattle. Arquivo do Instituto Biológico, São Paulo, v.74, n.1, p.33-34, 2007.

BRITO, M. A. V.P; BRITO, J. R. F. Gado de leite: o produtor pergunta a Embrapa responde (coleção 500 perguntas, 500 respostas) Mastite e qualidade do leite. 2. ed. Brasília/DF, 2004. 202. p.

CATALAN, A. A. S.; GOPINGER, E.; LOPES, D. C. N.; GONÇALVES, F. M.; ROLL, A. A. P.; XAVIER, E. G.; AVILA, V. S.; ROLL, V. F. B. Aditivos fitogênicos na nutrição animal: Panax ginseng. Revista Portuguesa de Ciências Veterinárias, v. 107, p.15-22, 2012.

CAVALLITO, C. J.; BAILEY, J. H. Allicin, the antibacterial principle of Allium sativum. L. Isolation, physical properties and antibacterial action. Journal American Chemistry Society, v.66, p.1950-1954, 1944.

CHITMANAT, C.; TONGDONMUAN, K.; NUNSONG, W. The use of crude extracts from traditional medicinal plants to eliminate Trichodina spp. in tilapia (Oreochromis niloticus) fingerlings. Songklanakarin Journal Science and Technology, v. 27, n.1, p. 359-364, 2005.

COSTA, F. S. M. Dinâmica das infecções por helmintos gastrintestinais de bovinos na região do vale do Mucuri, MG. 2007. 128 f. Dissertação (Mestrado) - Instituto de Ciências Biológicas da UFMG. 2007.

DAMÉ, M.C.F.; Principais resultados de pesquisas, manejo e índices zootécnicos dos bubalinos da Embrapa Clima Temperado. Pelotas: Embrapa Clima Temperado, 2005.

DELMING, L.; KOCH, H. Condiments: the stimbiting effect of pepper, curry, paprika, horseradish, garlic and mustard on gastric acid secretion was examined in the human stomach. Acta Hepato- Gastroentorology, v.21, p.377-379, 1974.

DIAB, A. S.; ALY, S. M.; JOHN, G.; ABDE-HADI, Y.; MOHAMMED, M. F. Effect of garlic, black seed and Biogen as immunostimulants on the growth and survival of Nile tilapia, Oreochromis niloticus (Teleostei: Cichlidae), and their response to artificial infection with Pseudomonas fluorescens. African Journal of Aquatic Science, v. 33, n. 1, p. 63-68, 2008.

DONZELE, J. L.; COSTA, P. M. A.; ALMEIDA E SILVA, M. Utilização do alho (Allium sativum, L) como estimulante de crescimento de suínos. Revista Brasileira de Zootecnia, v.7, p.196-207, 1978.

(11)

ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.22; p. 2015 56

ELAGIB, H. A. A.; EL-AMIN, W. I. A.; ELAMIN, K. M.; MALIK, H. E. E. Effect of dietary garlic (Allium sativum) supplementation as feed additive on broiler performance and blood profile. Journal of Animal Science Advances, v.3, p.58-64, 2013.

EL-LATIF, A. S. A.; SALEH, N. S.; ALLAM, T. S.; GHAZY, E. W. The effects of rosemary (Rosemarinus afficinalis) and garlic (Allium sativum) essential oils on performance, hematological, biochemical and immunological parameters of broiler chickens. British Journal of Poultry Sciences, v.2, p.16-24, 2013.

FAGIOLO, A.; RONCORONI, C.; LAI, O.; BORGHESE, A. Buffalo Pathologies. In: BORGHESE, A. Buffalo Production and Research. Roma: FAO, 2005. p.249-296. FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION - FAO. El Estado Mundial de La Pesca y La Acuicultura. Rome, 2010.

FREITAS, R.; FONSECA, J. B.; SOARES, R. T. R. N.; ROSTAGNO, H. S.; SOARES, P. R. Utilização do Alho (Allium sativum L.) como Promotor de Crescimento de Frangos de Corte. Revista Brasileira de Zootecnia, v. 30, p. 761-765, 2001.

FRITSCH, R. M.; SALMAKI, Y.; ZARRE, S.; JOHARCHI, M. The genus Allium (Alliaceae) in Iran: Current state, new taxa and new records. Rostaniha, v. 7, 2006. GOMES, V. T. L. Estudo in vitro da ação antimicrobiana da Myracroduon urundeuva Fr. ALL. 2011. 40 f. Trabalho de conclusão de curso (Graduação em Farmácia) - Universidade Estadual da Paraíba, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, 2011.

GONSALVES NETO, J.; FERNANDES, S. A. A.; SILVA, F. F.; PEDREIRA, M. S. Uso de somatotropina bovina em búfalas: efeitos sobre a produção e composição do leite. Revista Eletrônica Nutritime, v. 6, p.1056-1071, 2009.

GUIMARÃES, J. B. Produção de biomassa do Agaricus blazei Murrill em vários meios de cultura e desempenho e qualidade da carne de frangos de corte alimentados com ração suplementada com este fungo. 2006. 140f. Dissertação (Mestrado em Microbiologia Agrícola)-Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2006. GURIB-FAKIM, A. Medicinal plants: Traditions of yes terday and drugs of tomorrow-Review. Molecular Aspects of Medicine , v.27, n.1, p.1-93, 2006.

HANIEH, H.; NARABARA, K.; PIAO, M.; GERILE, C.; ABE, A.; KONDO, Y. Modulatory effects of two levels of dietary Alliums on immune response and certain immunological variables, following immunization, in White Leghorn chickens. Animal Science Journal, v.81, p.673-680, 2010.

HARIKRISHNAN, R.; BALASUNDARAM, C.; HEO, M. S. Impact of plant products on innate and adaptive immune system of cultured finfish and shellfish. Aquaculture, v.317, n.1-4, p.1-15, 2011.

(12)

ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.22; p. 2015 57

HOLSBACK, L.; PORTO, P. P.; MÁRQUEZ, E. S.; PORTO, E. P. Fito-bioterapia no controle de nematódeos gastrointestinais de ovinos. Semina: Ciências Agrárias, v. 34, n. 6, p. 3841-3850, 2013.

HORNER, M. R.; BIANCHIN, I. Teste para quantificar a resistência de nematódeos contra produtos anti-helmínticos. Campo Grande : EMBRAPA, 1989. 5p. (Comunicado técnico, 32).

HORTON, G.M.J.; FENNELL, M.J.; PRASAD, B.M. Effect of dietary garlic (Allium sativum) on performance, carcass composition and blood-chemistry changes in broiler-chickens. Canadian Journal of Animal Science, v.71, p.939-942, 1991. JIMOH, A. A.; OLOREDE, B. R.; ABUBAKAR, A.; FABIYI, J. P.; IBITOYE, E. B.; SULEIMAN, N.; GARBA, S. Lipids profile and haematological indices of broiler chickens fed garlic (Allium sativum)-supplemented diets. Journal of Veterinary Advances ,v.2, p.474-480, 2012.

KAPLAN, R. M.; BURKE, J. M.; TERRIL, T. H.; MILLER, J. E.; GETZ, W. R.; MOBINI, S.; VALENCIA, E.; WILLIAMS, M. J.; WILLIAMSON, L. H.; LARSEN, M.; VATTA, A. F. Validation of the FAMACHA© eye color chart for detecting clinical anaemia in sheep and goats on farms in southern United States. Veterinary Parasitology, v.123, n.1, p.105-120, 2004.

KIK, C. R. K.; GEBHARDT, R. Garlic & Health: a European initiative for the development of high quality garlic and its influence on biomarkers of atherosclerosis and cancer in humans for disease prevention. IPGRI Newsletter for Europe, v. 22, n. 5, 2001.

KYUNG K. H. Antimicrobial properties of allium species. Curr Opin Biotechnol, v. 23, n. 2, p. 142-147, 2012.

LEITE, P. R. S. C.; MENDES, F. R.; PEREIRA, M. L. R.; LIMA, H. J. D.; LACERDA, M. J. R. Aditivos fitogenéticos em rações de frango. Enciclopédia Biosfera, v.8, n.15; p. 9-26, 2012.

LIPINSKI, L. C.; MARTINEZ, J. L.; SANTOS, M. V. R.; FERREIRA, J. N.; PFAU, D. R. Avaliação do efeito anti-helmíntico e das alterações metabólicas em búfalos (Bubalus bubalis) com administração da torta de neem e do alho desidratado no Sul do Paraná. Rev. Bras. de Agroecologia, v.6, n.3, p. 168-175, 2011.

LOVATTO, P. A.; OLIVEIRA, V.; HAUPTLI, L.; HAUSCHILD, L.; MARCUS MACEDO CAZARRÉ, M. M. Alimentação de leitões na creche com dietas sem aditivos antimicrobianos, com alho (Allium sativum, L.) ou colistina. Ciência Rural, v.35, n.3, p. 656- 659, 2005.

LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas medicinais no Brasil – nativas e exóticas. Nova Odessa: Plantarum, 2002. 544p.

MADSEN, H. C. K.; BUCHMANN, K.; MELLERAGAARD, S. Treatment of trichodiniasis in eel (Anguilla anguilla) reared in recirculation systems in Denmark:

(13)

ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.22; p. 2015 58

alternatives to formaldehyde. Aquaculture, v.186, p. 221-231, 2000.

MARCHIORI, V. F. Alho - descubra como o alho pode favorecer muito a sua saúde. São Paulo: SCORTECCI, 2005. 72 p.

MARQUES, R. H.; GRAVENA, R. A.; SILVA, J. D. T.; HADA, F. H.; SILVA, V. K.;MUNARI, D. P.; MORAES, V. M. B. Inclusão da camomila no desempenho, comportamento e estresse em codornas durante a fase de recria. Ciência Rural, v.40, n.2, p. 415-420, 2010.

MELHORN H, A. L.; QURAISHY, S. A. L; RASHEID, K. A. S.; JATZLAU, A.; ABDEL-GHAFFAR, F. Addition of a combination of onion (Allium cepa) and coconut (Cocos nucifera) to food of sheep stops gastrointestinal helminthic infections. Parasitology Research, v. 108, n. 4, p. 1041-1046, 2011.

MENEZES SOBRINHO, J.A. Cultivo do alho (Allium sativum L.). 2. ed. Brasília: EMBRAPA, CNPH, p. 1-16. 1983 (Instruções Técnicas, 2).

MENTEN, J. F. M. Aditivos alternativos na produção de aves: probióticos e prebióticos. In: REUNIÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ZOOTECNIA, 38, 2001, Piracicaba. Anais... Piracicaba: Sociedade Brasileira de Zootecnia, p.141-157. 2001. MICHELES, E. Fitoterapia como prática institucional: a experiência do Estado do Rio de Janeiro. Jornal Brasileiro de Fitomedicina, v. 2, n. 1-4, p. 1-4, 2004.

MILNER, J. A. A Historical perspective on garlic and câncer. J.Nutr; v.131, p.1027-31, 2001.

MOLENTO, M. B.; PRICHARD, R. K. Nematode control and the possible development of anthelmintic resistance. Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, v. 8, n. 1, p. 75-86, 1999.

MOURA, A. P.; GUIMARÃES, J. A.; FERNANDES, F. R.; MICHEREFF FILHO, M. Circular Técnica: Recomendações técnicas para o manejo integrado de pragas da cultura do alho. 118. ed. Brasília, DF: Embrapa Hortaliças, 2013. 12 p.

NAZARENO, A.; PANDORFI, H.; GUISELINI, H.; VIGODERIS, R.B.; PEDROSA E.M.R. Bem-estar na produção de frango de corte em diferentes sistemas de criação. Engenharia Agrícola, Jaboticabal, v. 31, n.1. p. 13-22, 2010.

NDONG, D.; FALL, J. The effect of garlic (Allium sativum) on growth and immune responses of hybrid tilapia (Oreochromis niloticus x Oreochromis aureus). Journal of Clinical Immunology and Immunopathology Research, v. 3, n.1, p. 1-9, 2011. NEVES, A. P.; DE FÁTIMA RODRIGUÊS, R. 13915-Uso do alho no controle da mastite subclínica em vacas leiteiras. Cadernos de Agroecologia, v. 8, n. 2, 2013. NEVES, H. H.; HOTZEL, M. J.; HONORATO, L. A.; FONSECA, C. E. M.; MATA, M. G. F.; SILVA, J. B. Controle de verminoses gastrintestinais em caprinos utilizando preparados homeopáticos. Revista Brasileira de Agroecologia, v. 7, n. 1, p.

(14)

145-ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.22; p. 2015 59

151, 2012.

NUNES, J. O.; BERTECHINI, A. G.; BRITO, J. A.; FASSANI, E. J.; MESQUITA, F. R.; MAKIYAMA, L.; MENEGHETTI, C. Evaluation of the probitic (Bacillus subtilis C-3102) as additive to improve performance in broiler chicken diets. Revista Brasileira de Zootecnia, v.41, n.11, p.2374-2378, 2012.

OLIVEIRA, A. L. Búfalos: produção, qualidade de carcaça e de carne. Alguns aspectos quantitativos, qualitativos e nutricionais para promoção do melhoramento genético. Revista Brasileira de Reprodução Animal, v.29, n.2, p.122-134, 2005. OLIVEIRA, C. J.; ARAÚJO, T. L. Plantas medicinais: usos e crenças de idosos portadores de hipertensão arterial. Revista Cad. Pesq., v. 18, n. especial, 2011. OLIVEIRA, L. S. T.; SILVA, S. L. C.; TAVARES, D. C.; ARACELE VIEIRA SANTOS, A. V.; OLIVEIRA, G. C. B. Uso de plantas medicinais no tratamento de animais. Enciclopédia Biosfera, v.5, n.8, p.1-8, 2009.

PARRA, C.L.C. et al . Soluções de alho (Allium sativum L.) no controle de nematódeos gastrintestinais em bovinos jovens da raça Holandesa. Rev. bras. plantas medv. 16, n. 3, p. 545-551, Sep/2014

PARTANEN, K. Uso de aditivos na produção de suínos. In: SIMPÓSIO SOBRE MANEJO E NUTRIÇÃO DE AVES E SUÍNOS E TECNOLOGIA NA PRODUÇÃO, 2002, Campinas. Anais... Campinas: Colégio Brasileiro de Nutrição Animal, p.45-62.2002.

PICOLLO, M. G. et al. Avaliação sensorial da carne de suínos alimentados com rações que continham alho (Allium sativum, L) em substituição a antibióticos. Rev Ceres, v.26, p.268-274, 1979.

POURALI, M.; MIRGHELENJ, S. A.; KERMANSHAHI, H. Effects of garlic powder on productive performance and immune response of broiler chickens challenged with Newcastle disease virus. Global Veterinaria, v.4, p.616-621, 2010.

QURESHI, A. A.; ABUIRMEILEH, N.; DIN, Z. Z.; ELSON, C. E.; BURGER, W. C. Inhibition of cholesterol and fatty acid biosynthesis in liver enzymes and chicken hepatocytes by polar fractions of garlic. Lipids, v.18, p.343-348, 1983.

RIZZO, P. V.; MENTEN, J. F. M.; RACANICCI, A. M. C.; TRALDI, A. B.; SILVA, C. S.; PEREIRA, P. W. Z. Extratos vegetais em dietas para frangos de corte. Revista Brasileira de Zootecnia, Viçosa, v.39, n.4, p. 801-807, 2010.

ROYER, A. F. B.; GARCIA, R. G.; BORILLE, R.; SANTANA, M. R.; NUNES, K, C. Fitoterapia aplicada a avicultura industrial. Enciclopédia Biosfera, v.9, n. 17, p. 1466-1484, 2013.

SAHU, S.; DAS, B. K.; MISHRA, B. K.; PRADHAN, J.; SARANGI, N. Effect of Allium sativum on the immunity and survival of Labeo rohita infected with Aeromonas hydrophila. Journal of Applied Ichthyology, v. 23, p. 80-86, 2007.

(15)

ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.22; p. 2015 60

SANTOS, M.C.; LOPES, C.V.; BORGES, A.M.; HECK, R.M.; LEITE, M.C.L. Resgate histórico de um grupo rural de estudos das plantas medicinais: educação em saúde. Cadernos de Educação, v. 39, p. 285-299, 2011.

SANTOS, N. L.; SILVA, C. V.; GALZERANO, L.; MEISTER, N. C.; MICELI, N. G. Manejo estratégico de pastagem para caprinos. Enciclopédia Biosfera, v. 6, n. 10, 2010.

SANTOS, F. C. C; VOGEL, F. S. F; MONTEIRO, S. G. Extrato aquoso de alho (Allium sativum) sobre nematóides gastrintestinais de ovinos. Revista Brasileira de Agroecologia. V. 7, n. 1, p. 139-144, 2012.

SANTOS, F. C. C.; VOGEL, F. S. F.; MONTEIRO, S. G. Efeito do suco de alho (Allium sativum L.) sobre endoparasitas gastrintestinais de ovinos. Revista Brasileira de Agroecologia, v. 6, n. 3, p. 176-181, 2011.

SANTOS, F. C. C.; CARVALHO, N. U. M. Alcoholic tincture of arlic (Allium sativum) on gastrointestinal endoparasites of sheep- short communication. Cienc. anim. bras., Goiânia, v.15, n.1, p. 115-118, 2014.

SCHNEIDER, E. A cura e a saúde pelos alimentos. 2ed.; Santo André: Casa Publicadora Brasileira, 1984. 313p.

SHALABY, A. M.; KHATTAB, Y. A.; ABDEL RAHMAN, A. M. Effects of garlic (Allium sativum) and chloramphenicol on growth performance, physiological parameters and survival of nile tilapia (Oreochromis niloticus). Journal of Venomous Animals and Toxins including Tropical Diseases, v.12, n. 2, p.172-201, 2006.

SHI, X. H.; LI, S. Z.; LIU, Z. P. A trial on the use of garlic as a feed additive for meat chickens. Poultry Husbandry and Disease Control, v.10, p.19-20, 1999.

SHRIVASTAVA S, GANESH N. Tumor inhibition and Cytotoxicity assay by aqueous extract of onion (Allium cepa) & Garlic (Allium sativum): an in-vitro analysis. Phytomedicine, v. 2, n. 1, p. 80-84, 2010.

SUNADA, N. S.; ORRICO JUNIOR, M. A. P.; ORRICO, A. C. A.; OLIVEIRA, A. B. M.; CENTURION, S. R.; LIMA, S. R. N.; FERNANDES, A. R. M.; VARGAS JUNIOR, F. M. Controle parasitário utilizando levamizol, ivermectina e alho desidratado (Allium sativum) em ovelhas da raça Santa Inês. Revista Agrarian, v.4, n.12, p.140-145, 2011.

TAYLOR, M. A.; COOP, R. L.; WALL, R. L. Veterinary parasitology. 3.ed. Oxford: Blackwell Publishing, 2007. 874p.

TEIXEIRA-SANTOS, I. Resíduos alimentares, infecções parasitárias e evidência do uso de plantas medicinais em grupos pré-históricos das Américas. 2010. 103 f. Dissertação (Mestrado) – Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Rio de Janeiro, 2010.

(16)

ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.11 n.22; p. 2015 61

TSAI, C.; CHEN, H.; SHEEN, L. Y.; LII, C. Garlic: Health benefits and actions. BioMedicine, v. 2, n. 1, p. 17-29, 2012.

UBABEF, União brasileira de avicultura e associação brasileira dos produtores exportadores de frango, Relatório Anual 2011/2012.

VIEIRA, L.S. et al. Evaluation of anthelmintic efficacy of plants available in Ceará State, North-east Brazil, for the control of goat gastrintestinal nematodes. Reveu Méd Vet, v.150, n.5, p.447- 452, 1999.

ZACARÃO, P.C. Estudo da propriedade antimicrobiana dos óleos essenciais de alho (Allium sativum), pimenta do reino (Piper nigrum) e pimenta rosa (Schinus molle) para aplicação em cortes de frango temperados. 2012. 12 f. Trabalho de conclusão de curso (graduação em Tecnologia em Alimentos) - Universidade do Extremo Sul Catarinense. 2012.

ZEOLA, N. M. B. L.; SILVA SOBRINHO, A. G. S.; MANZI, G. M. Desempenho e características da carcaça de cordeiros submetidos aos modelos de produção orgânico e convencional. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec., v.63, n.1, p.180-187, 2011.

Referências

Documentos relacionados

O CONEPA só terá vínculo oficial com as delegações registradas no evento através do site preenchendo o formulário e autorização para o deferimento sobre a

Para o Conselho Nacional de Trânsito (Contran), o decreto determina algumas regulamentações como sinalização, de orientação e de identificação dos locais de espera,

Nicole Medeiros de Albuquerque 20171a61rc0372 Edificações Nicolle Atilliane Amorim de Farias Silva 20171c61rc0201 Química industrial Niedja Conceição Lopes da Silva

O fato de que o desenvolvimento da personalidade individual se dá por meio da interação com outros sujeitos é o que move McBride a recusar a identidade cultural como o parâmetro

Nas plataformas equipadas com o recurso de mensagem de voz, caso o botão de chamada for pressionado e a cabina já se encontrar nivelada ao pavimento de origem da chamada, a

O presente regulamento aplica-se em toda a área do Município da Moita, às atividades de recolha indiferenciada e transporte do sistema de gestão de resíduos

Figura A53 - Produção e consumo de resinas termoplásticas 2000 - 2009 Fonte: Perfil da Indústria de Transformação de Material Plástico - Edição de 2009.. A Figura A54 exibe

Como principais actividades da associaça o, destacam-se o Encontro Juvenil de Cie ncia, que vai ja para a sua 31ª ediça o, onde, anualmente, cerca de 100 jovens te m a oportunidade