• Nenhum resultado encontrado

UM RESGATE ÀS TRADIÇÕES CULTURAIS BRASILEIRA – ESTABELECENDO POLÍTICAS CULTURAIS

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2020

Share "UM RESGATE ÀS TRADIÇÕES CULTURAIS BRASILEIRA – ESTABELECENDO POLÍTICAS CULTURAIS"

Copied!
19
0
0

Texto

(1)

UM RESGATE ÀS TRADIÇÕES

CULTURAIS BRASILEIRAS -

ESTABELECENDO POLÍTICAS

CULTURAIS*

CARLOS ALBERTO SCHETTINI PINTO**

* Recebido em: 20.05.2019. Aprovado em: 05.06.2020.

** Mestre em Engenharia de Produção & Sistemas pelo CEFET-RJ. Mestre em Operações Militares (ênfase em Logística Militar) Pela Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais do Exército. Pós-graduado em Gestão Logística pelo Instituto Militar de Engenharia. Master in Business Administration em Logística Empresarial pelo Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio de Janeiro. Foi o Coordenador-Geral para Políticas das Tradições Culturais Brasileiras no Ministério da Educação até janeiro de 2020. Atualmente é professor da FGV, na modalidade on-line, para os cursos de Pós-ADM (Cumprimentos) Gestão Estratégica, Gestão Estratégica da Tecnologia da Informação e no PGO Logística. E-mail: schettini.buco@gmail.com.

DOI 10.18224/frag.v30i1.7381

ARTIGO

Resumo: O presente trabalho teve sua gênese nos estudos preparatórios para a investigação das inúmeras tradições existentes no Brasil que são originárias das três etnias formadoras da base do povo brasileiro – Indígena, Europeu e Africano. Como ponto de partida, procurou-se resgatar os principais adventos culturais, desde os anos 30 até a atualidade. Posteriormente, apresentar um breve conhecimento sobre as políticas públicas na área cultural. Na continuidade, de maneira bastante resumida, foram expostas 35 formas de culturas tradicionais existentes no Brasil. A originalidade do artigo reside no fato da tentativa do resgate às culturas que, por algum motivo, deixaram de existir no seio popular e onde, algumas, praticamente foram extinguidas do amplo conhecimento, ficando às margens do culto popular específico regional. Por fim, são apresentadas algumas conclusões com determinadas linhas de ação que podem ser adotadas na área educacional de forma a fomentar as tradições culturais junto aos alunos do ensino fundamental.

Palavras-chave: Políticas Públicas Culturais. Tradições Culturais Brasileiras. Imaterialidade Cultural.

P

odemos afirmar que a primeira forma de tradição cultural existente no país foi a dos índios, habitantes primários da ‘terrae brasilis’. Com a chegada dos primeiros colonizadores ibéricos, novas formas culturais foram introduzidas e, posteriormente, com a inserção do africano e seus costumes começaram as diversificações culturais, sendo acrescidas dos demais povos imigrantes – principalmente europeus – que, anos depois, vieram sedimentar a multidiversidade cultural brasileira.

(2)

Não obstante, talvez a primeira forma cultural a ser introduzida em terras brasilei-ras, sem se considerar a indígena – proveniente das diversas tribos existentes em solo brasileiro – adveio durante o período jesuítico, lá pelo ano de 1549.

Elitistas, os jesuítas dedicaram-se à formação burguesa dos dirigentes e à formação catequética da população indígena, em nossas terras, objetivando a subserviência, a dependência e o paternalismo, características marcantes de nossa cultura ainda hoje (PROVENZANO, 2009, p. 7).

Durante o período Joanino (1808-1821) ocorreu uma efervescência cultural no Brasil em virtude da transferência da Corte de Portugal para o Brasil e pelas diversas ações realizadas por D. João, tais como: a criação da academia de marinha; a primeira biblioteca formada com os cerca de 60.000 volumes trazidos de Portugal; a academia militar; cursos de agricultura, serralheiros, oficiais de lima e espingardeiros; laboratório de química no Rio de Janeiro; Museu Nacional e Jardim Botânico no Rio de Janeiro; Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, que depois se transformou na Real Academia de Pintura, Escultura e Arquitetura Civil e, finalmente, para Academia de Artes. Além disso, o Brasil recebia diversos pintores, estudiosos, desenhistas, naturalistas, dentre outros, com o intuito de melhor retratar a exótica fauna e flora brasileira.

A etimologia da palavra índio, segundo Melatti, (2007, p. 31), se deu em virtude de um erro geográfico europeu. Ao chegarem à América, pensaram estar pisando em terras das Índias e, por isso atribuíram aos primeiros povos que viram, a denominação de índios.

Os indígenas, eram divididos em inúmeros povos, tais como Xavante, Tupi, Gua-rani, Tupinambá, Txukarramãe, dentre outros. Jecupé (1998, p. 14) comenta que “o índio é um ser humano que teceu e desenvolveu sua cultura e civilização intimamente ligado à natureza”. E segue afirmando que existem, atualmente, 206 povos indígenas no Brasil, sendo que alguns deles nunca se encontraram. Existem quatro troncos culturais básicos, dos quais se ramificam os dialetos indígenas: tupi, karib, jê e aruak. Desses, o mais conhecido e que acabou sendo perpetuado por intermédio, principalmente, da língua portuguesa, foi o dialeto Tupi, influenciando hábitos, línguas, técnicas que estão vivas no cotidiano nacional.

A percepção do início da formação cultural familiar brasileira é descrita a seguir: Devemos considerar a mulher indígena como a base física da família brasileira e, tam-bém, um valioso elemento de cultura. Ela nos enriqueceu com seus alimentos, drogas e remédios caseiros, utensílios de cozinha, higiene diária, rede e óleo para o cabelo (VIANNA; BARROS, 2005).

O terceiro pilar na formação étnica nacional é o povo africano. Este, comprado na costa africana pelos Portugueses, eram trazidos ao Brasil para realizar o trabalho pesado. Se-gundo o sítio da Multirio, da Secretaria de Educação da Prefeitura do Rio de Janeiro:

Na Colônia, ainda no século XVI, os portugueses já haviam dado início ao 'tráfico negreiro', atividade comercial bastante lucrativa. Os traficantes de escravos negros, interessados em ampliar esse rendoso negócio, firmaram alianças com os chefes tribais africanos. Estabeleceram com eles um comércio baseado no 'escambo', onde trocavam

(3)

tecidos de seda, joias, metais preciosos, armas, 'tabaco, algodão' e cachaça, por africanos capturados em guerras com tribos inimigas. (...). Os negros trazidos para o Brasil perten-ciam, principalmente, a dois grandes grupos étnicos: os sudaneses, originários da Nigéria, Daomé e Costa do Marfim, e os bantos, capturados no Congo, Angola e Moçambique. Estes foram desembarcados, em sua maioria, em Pernambuco, Minas Gerais e no Rio de Janeiro. Os sudaneses ficaram na Bahia. Calcula-se que entre 1550 e 1855 entraram nos portos brasileiros cerca de quatro milhões de africanos, na sua maioria jovens do sexo masculino (MULTIRIO, s.d.).

Para Holanda (1995, p. 48), “pode-se dizer que a presença do negro representou sempre fator obrigatório no desenvolvimento dos latifúndios coloniais”.

O negro trouxe para a nossa cultura a ternura, a mímica excessiva, a música, a dança, a comida, o canto de ninar menino pequeno. (...) apesar de tudo que o negro trouxe de positivo para a cultura brasileira, ele foi tratado sempre como um objeto, uma mercadoria pelo povo português, pois até o cuidado que lhes era dispensado deve ser entendido como zelo, pelo capital que representava (VIANNA; BARROS, 2005).

Estes foram os três principais grupos étnicos que formaram a base da sociedade cultural brasileira por meio de suas tradições e culturas. Desta miscigenação surgiram particu-laridades e especificidades culturais heterogêneas. Cada um se reveste em uma parte do todo, que é formação multicultural brasileira.

DESENVOLVIMENTO

A) As Políticas Públicas Culturais – Breve Histórico

O uso da política cultural remonta os anos 30, tendo um grande impulsionamento durante a Era Vargas, em 1937.

A política cultural implantada valorizava o nacionalismo, a brasilidade, a harmonia entre as classes sociais, o trabalho e o caráter mestiço do povo brasileiro. (...) Dentre outras, podem ser citadas: Superintendência de Educação Musical e Artística; Instituto Nacional de Cinema Educativo (1936); Serviço de Radiodifusão Educativa (1936); Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (1937); Serviço Nacional de Teatro (1937); Instituto Nacional do Livro (1937) e Conselho Nacional de Cultura (1938). Também não é mera casualidade que este período esteja entre os mais contemplados em termos de estudos (RUBIM et al., 2007, p. 16-17).

Durante o período dos Governos Militares, diversas ações foram implementadas visando a manutenção da cultura no país. Rubim (2007, p. 21) cita que foi criado, em 1966, o Conselho Federal de Cultura. Este, estimulou a criação das Secretarias Estaduais de Cul-tura com a perspectiva de regionalização das culCul-turas populares. Em 1969, foi criada a Em-brafilme. Em 1973, são criados o Departamento de Assuntos Culturais e o Plano de Ação Cultural. Em 1975, é lançado o Plano Nacional de Cultura e, posteriormente, são criadas

(4)

diversas instituições voltadas à cultura, tais como a Fundação Nacional de Artes e o Centro Nacional de Referência Cultural. Em 1976, o Conselho Nacional de Cinema e a Radiobrás. Em 1978 é criada a Secretaria de Assuntos Culturais. Em 1979, a Fundação Pró-Memória e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Em 1981 é criada a Secretaria de Cultura do MEC. Durante este período uma série de ações voltadas à cultura foram realizadas.

Ganhavam vulto diversas instituições estatais de incremento à cultura, como a Embrafil-me, o Instituto Nacional do Livro, o Serviço Nacional de Teatro, a Funarte e o Conselho Federal de Cultura. À sombra de apoios do Estado, floresceu também a iniciativa privada: criou-se uma indústria cultural, não só televisiva, mas também fonográfica, editorial (de livros, revistas, jornais, fascículos e outros produtos comercializáveis em bancas de jornais), de agências de publicidade etc. (RIDENTI, 2001, p. 15).

Em março de 1985 é criado, por José Sarney, o Ministério da Cultura. Também du-rante seu governo foi criada a Lei Sarney (Lei nº 7505/1086), entendida como a primeira lei a oferecer incentivos fiscais às atividades artísticas no Brasil. Ainda neste período foram cria-das, em 1986, a Secretaria de Apoio à produção Cultural; em 1987, a Fundação Nacional de Artes Cênicas, a Fundação do Cinema Brasileiro, a Fundação Nacional Pró-Leitura – a qual abarcava a Biblioteca Nacional e o Instituto Nacional do Livro; e, em 1988, a Fundação Pal-mares. No entendimento de Durand (2001) houve um desgaste com a criação do Ministério da Cultura, uma vez que não havia “recursos e quadros técnicos que ao menos mantivessem a qualidade alcançada nas gestões imediatamente anteriores”. Com isso, o autor avalia que tal fato favoreceu sua extinção, durante o governo Collor.

No governo de Collor surgiu a Lei Rouanet (Lei nº 8313/1992), extinguindo a Lei Sarney.

Assim que assumiu a Presidência da República, em março de 1990, Fernando Collor de Mello extinguiu todas as instituições e órgãos culturais. Em dezembro do mesmo ano criou o Instituto Brasileiro de Arte e Cultura. Dentro da estrutura do IBAC estavam a Funarte, a Fundação Nacional de Artes Cênicas (Fundacen) e a Fundação do Cinema Brasileiro (FCB) (SANTOS, 2009).

Collor, pouco antes do seu Impeachment, recriou o Ministério da Cultura.

Durante o curto período de Itamar Franco, foi criada a Lei do Audiovisual, am-pliando ainda mais a renúncia fiscal, o que, na concepção de Caetano (2005), foi fundamen-tal para a retomada do cinema brasileiro.

No governo de FHC cresceu o processo de incentivo à cultura por meio de leis de incentivo gerando a integração de diversos setores.

O espírito da política cultural no período nutriu-se da função regulamentadora, uma vez que coube aos gestores do ministério o papel de intermediários e de avalizadores do processo. (...) O aparente laissez-faire, todavia, alimentou-se, a rigor, da transferência de recursos, uma vez que a lei de incentivos troca pagamento de impostos – que poderiam ser aplicados de modo diverso – por investimento cultural. Se os produtores culturais são beneficiários inequívocos da política implementada, igualmente o são os organismos

(5)

privados quando podem se utilizar do marketing cultural, com os efeitos previsíveis de valorização da imagem das empresas envolvidas (ARRUDA, 2003, p. 188).

No período do governo Lula, com a posse do cantor Gilberto Gil como Ministro da Cultura, o Ministério buscou trabalhar algumas áreas a partir da criação da Secretaria de Identidade e Diversidade Cultural e a Secretaria do Audiovisual.

Alguns projetos assumidos por secretarias e organismos do Ministério (da Cultura) mere-cem destaque, pois buscam consolidar institucionalmente a área de cultura com base em políticas de Estado, porque não restritas a um governo determinado. A constituição de um Sistema Nacional de Cultura, que articula os governos federal, estaduais e municipais, sem dúvida, é um projeto vital nesta perspectiva de institucionalização de mais largo prazo. O Plano Nacional de Cultura, votado pelo Congresso Nacional, como política de Estado, também é fundamental para uma institucionalização da cultura, que supere os limites das instáveis políticas de governo. A criação de Câmaras Setoriais para debater com criadores as políticas de cultura, também dá maior institucionalização à atuação do Ministério, pois possibilita a elaboração, interagindo com a sociedade civil, de políticas públicas, em lugar de meras políticas estatais de cultura (RUBIM et al., 2007, p. 31). Finalmente, o governo Dilma trazia uma expectativa de continuidade do governo anterior, o que não ocorreu.

A continuidade tornou-se crucial para a maioria dos programas e projetos em andamento e, em especial, para aqueles que adquiriram visível centralidade: SNC; PNC; relações entre políticas de cultura, educação e comunicação; política nacional de financiamento; Programa Cultura Viva, dentre outros. (...) A dramática convivência de continuidades e rupturas marcou o primeiro mandato de Dilma no campo cultural (RUBIM, 2015, p. 17). Além disso,

a desmontagem da política baseada no Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), e da própria estrutura da Diretoria do Livro, Leitura e Literatura (DLLL) no MinC, e, junto com isto, todo o consenso político sobre o que se construiu. (...) A entrada da Fundação Biblioteca Nacional (FBN) neste momento, que assumiu toda a responsabilidade pela política pública de livro e leitura em 2011, é a marca de uma guinada desestruturante e indesejável, tanto para a condução da própria missão da Biblioteca Nacional quanto para os objetivos do PNLL (NETO, 2015, p. 133-134).

No Governo Bolsonaro, iniciado a partir de 1º de janeiro de 2019, tivemos a trans-formação do Ministério da Cultura em Secretaria Especial da Cultura, sendo absorvida pelo Ministério da Cidadania. Além disso, no Ministério da Educação, foi criada, no lugar da SECADI, a Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação (SEMESP), cuja Diretoria de Políticas para Modalidades Especializadas de Educação e Tradições Culturais Brasileiras (DMESP) possui uma Coordenação Geral que cuida, dentre outros assuntos, das Políticas para as Tradições Culturais Brasileiras. Uma das finalidades deste resgate é a valorização das

(6)

tradições culturais brasileiras e a sua inclusão, visando a efetivação de políticas públicas em todos os níveis, etapas e modalidades. Para tanto, cuidará de elaborar políticas para o forta-lecimento das tradições culturais brasileiras; do resgate das tradições que, por algum motivo, foram extintas e que não fazem mais parte do cotidiano das famílias brasileiras; além de fo-mentar e divulgar as tradições de cunho regional, para que todo o discente brasileiro possa melhor conhecer a cultura de seu país.

Após este curto resgate histórico é importante que entendamos a concepção das políticas públicas.

Para Canclini (2001, p. 65), as políticas culturais resumem-se a um “conjunto de intervenções realizadas pelo Estado, instituições civis e grupos comunitários organizados a fim de orientar o desenvolvimento simbólico, satisfazer as necessidades culturais da popula-ção e obter consenso para um tipo de ordem ou de transformapopula-ção social”.

Na concepção de Botelho (2001) existem duas vertentes que devem ser observadas quando da formulação de políticas culturais. Primeiramente, num aspecto sociológico, de-vemos elaborar a política “com a intenção explícita de construir determinados sentidos e de alcançar algum tipo de público, através de meios específicos de expressão”. Este pensamento busca atender às demandas específicas de parcelas da sociedade brasileira, composta por gru-pos com características próprias, mas que compõem a heterogeneidade nacional. Dentro de um escopo antropológico, a cultura está inserida no pequeno mundo que cada comunidade existe. Então, cada grupo possui cultura própria que lhes garante equilíbrio e estabilidade no convívio social.

Talvez um dos grandes desafios a ser vencido pelos elaboradores de políticas públicas, é a diversidade cultural existente e as desigualdades desta pluralidade de culturas, seja por sua região geográfica, seja pelas suas crenças ou por qualquer outra forma de manifestação social. Todos os grupos necessitam a visibilidade de serem conhecidos e, também de conhecer as outras formas culturais brasileiras. Esta pluralidade é o que há de mais rico na cultura brasileira.

Uma política cultural que queira cumprir a sua parte tem de saber delimitar claramente seu universo de atuação, não querendo chamar a si a resolução de problemas que estão sob a responsabilidade de outros setores de governo. Ou seja, ela participará de um consórcio de instâncias diversificadas de poder, precisando, portanto, ter estratégias específicas para a sua atuação diante dos desafios da dimensão antropológica. Junto aos demais setores da máquina governamental, a área da cultura deve funcionar, principalmente, como articuladora de programas conjuntos, já que este objetivo tem de ser um compromisso global de governo (BOTELHO, 2001).

Desta forma, diversos setores governamentais devem estar conectados e inseridos num programa de auxílio e conhecimento mútuo, de forma que os recursos sejam muito bem empregados, evitando-se, assim, redundância de ações e perda de eficácia da máquina pública.

Outro fator que deve ser bastante pensado é o uso de parcerias. Diversas entidades público-privadas possuem ‘know-how’ no campo do incentivo cultural. Buscar estas parcerias e realizar um correto controle orçamentário é fundamental para que a cultura tenha um al-cance bastante efetivo.

Uma grande parceira da cultura, a nível mundial, é a Organização das Nações Uni-das para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO). Como é bem descrita em seu sítio,

(7)

No setor de Educação, a principal diretriz da UNESCO é auxiliar os países membros a atingir as metas de Educação para Todos, promovendo o acesso e a qualidade da educação em todos os níveis e modalidades, incluindo a educação de jovens e adultos. Para isso, a Organização desenvolve ações direcionadas ao fortalecimento das capacidades nacionais, além de prover acompanhamento técnico e apoio à implementação de políticas nacionais de educação, tendo sempre como foco a relevância da educação como valor estratégico para o desenvolvimento social e econômico dos países (UNESCO, 2019).

Para Rubim,

a nova sociabilidade impõe que as políticas culturais devam ser capazes de articular dimensões nacionais, locais, regionais e globais. (...) O nacional deve ser pensado como conformado por seus elementos singulares, mas sempre perpassados por fluxos globais, regionais e locais, ainda que em dinâmicas variadas a depender das conjunturas histó-ricas e sociais. A possibilidade de construção de uma interlocução ativa, equilibrada e criativa entre tais fluxos que desenvolva a cultura surge como um primeiro e imenso desafio (RUBIM, 2015, p. 109).

A percepção de que a capacitação de docentes nas diversas culturas nacionais fo-menta profundamente uma transformação nos alunos do ensino fundafo-mental, incutindo-lhes a importância da preservação da riquíssima e diversificada cultura brasileira vai ao encontro do que prescreve o Inciso III, §3º, do Art 215 da CF/88 que diz:

Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das mani-festações culturais.

§ 3º... III formação de pessoal qualificado para a gestão da cultura em suas múltiplas dimensões; (BRASIL, 1988).

Não obstante, precisamos acompanhar o desenvolvimento mundial e a disponibi-lização das tecnologias digitais. A possibilidade do uso das plataformas digitais permite um expressivo alcance do conhecimento. A geração Z, principal objeto desta política, é altamente conectada, logo, a política de distribuição deve atender à esta demanda, sob pena de nascer obsoleta. Sem contar que a ideia da colaboratividade1 é imprescindível para este público que interage de forma “On Line” e “On Time”.

B) A Imaterialidade das Tradições Culturais

Todas as tradições e culturas nacionais poderiam ser percebidas como patrimônio imaterial. O IPHAN entende que:

os bens culturais de natureza imaterial dizem respeito àquelas práticas e domínios da vida social que se manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer; celebrações; formas de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas; e nos lugares (como mercados, feiras e santuários que abrigam práticas culturais coletivas) (IPHAN, s.d.).

(8)

A UNESCO traz, no corpo de sua Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, a seguinte definição:

Entende-se por “patrimônio cultural imaterial” as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas - junto com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados - que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural. Este patrimônio cultural imaterial, que se transmite de geração em geração, é constantemente recriado pelas comu-nidades e grupos em função de seu ambiente, de sua interação com a natureza e de sua história, gerando um sentimento de identidade e continuidade e contribuindo assim para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana (UNESCO, 2006)1.

Constantes do § 1º e, do V, § 3º, ambos do Art 215 da CF/88 há a afirmação de que:

§ 1º O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional. § 3º... V valorização da diversidade étnica e regional (BRASIL, 1988).

Além disso, não podemos deixar de citar o Art 216 da CF/88 e seus incisos: Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e ima-terial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:

I - as formas de expressão; II - os modos de criar, fazer e viver; III - as criações cientí-ficas, artísticas e tecnológicas; IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico (BRASIL, 1988).

Por fim, conforme prescreve os § 1º e 2º do Art 26-A da Lei de Diretrizes e Bases (Lei 9394/96)

Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena. § 1º O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.

§ 2º Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação artística e de literatura e história brasileiras (BRASIL, 1996).

(9)

De posse deste pequeno arcabouço supramencionado, não nos resta dúvida de que as políticas públicas voltadas às tradições culturais devem compreender que estas manifesta-ções são imateriais e precisam do seu devido cuidado para a manutenção do seu valor peda-gógico e pátrio.

C) Algumas das Festividades e Atividades Culturais Existentes no Brasil • De origem Indígena

Os Caboclinhos possuem fortes raízes em Recife-PE mas, como diz Vilella (2016), esta tradição está presente em Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas e Minas Gerais.

O Carimbó, de forte presença no Pará e, segundo Fuscaldo (2015), o carimbó tem por característica expressar em sua música, letras, instrumentos e dança certas características do modo de vida das populações tradicionais ribeirinhas e rurais da região, assim como a relação dessas populações com o ambiente que as envolve.

O Ritual Yaokwa que, conforme o IPHAN (s.d.), “é considerado a principal ceri-mônia do complexo calendário ritual dos Enawene Nawe, povo indígena de língua Aruak, cujo território tradicional e Terra Indígena estão localizados na região noroeste do estado de Mato Grosso”.

• De Origem Europeia

Os Bonecos de Olinda que, conforme o sítio dos BONECOS GIGANTES DE OLINDA (s.d.) “surgiram sob a influência dos mitos pagãos escondidos pelos temores da In-quisição. Chegam em Pernambuco através da pequena cidade de Belém do São Francisco no sertão do estado”.

A Cavalhada reveste-se de uma festividade que consiste na dramatização da disputa entre Cristãos e Mouros, sendo formada por 12 cavaleiros de cada lado, num campo de bata-lha. Aqueles que representam os Cristãos vestem-se de azul. Os que representam os Mouros, vestem-se de vermelho.

Um dos mais antigos registros das cavalhadas (argolinhas), no Brasil, remonta às festas públicas promovidas pelo Conde João Maurício de Nassau, no Recife, em janeiro de 1641, quando da comemoração pela proclamação da restauração de Portugal do jugo espanhol e pela aclamação de D. João IV (BARBOSA, 2016).

A Ciranda é uma das danças mais tradicionais do Brasil. Para Gaspar (2009), é mui-to comum no Brasil definir ciranda como uma brincadeira de roda infantil, porém na região Nordeste e, principalmente em Pernambuco, ela é conhecida como uma dança de rodas de adultos.

O Círio de Nazaré reveste-se em uma das grandes tradições católicas no Brasil. Suas origens remontam ao século XVII, quando um caboclo chamado Plácido encontrou uma imagem de Nossa Senhora de Nazaré junto a um 'igarapé', em meio ao lodo e à lama, em Belém (BRITANNICA ESCOLA, 2019).

(10)

Em Portugal, a fé na santa já era conhecida nos séculos XV e XVI. Mas a história é bem anterior. A imagem original da virgem de Nazaré, por exemplo, pertencia ao Mosteiro de Caulina, na Espanha, e teria saído da cidade de Nazaré, em Israel, no ano de 361, tendo sido esculpida por São José. Em decorrência de uma batalha, a imagem foi levada para Portugal, onde por muito tempo, ficou escondida no Pico de São Bartolomeu. Só em 1119, a imagem foi encontrada. A notícia se espalhou e muita gente começou a venerar a Santa. Desde então, muitos milagres foram atribuídos a ela. No século XVI, o navegador espanhol Francisco de Orelana percorreu todo o rio Amazonas, do Peru até o Atlântico. Muito do avanço da devoção mariana se deve pelo domínio desses aventureiros nas águas da região (GOMES, 2017, p. 22). O Fandango ou Marujada, segundo Gaspar (2009), é um “auto popular, já tradicional no início do século XIX e constitui-se numa convergência de cantigas brasileiras e de xácaras portuguesas (narrativas populares em versos)”.

Nas regiões Norte e Nordeste do Brasil o fandango é um espetáculo popular que engloba romance, dança, música, anedotas, ditos, lendas e orações. É uma festa em homenagem aos marujos, que acontece na época natalina. É também conhecido como marujada, barca, chegança dos marujos (GASPAR, 2009).

A Folia de Reis ou Reisado é uma tradição cristã portuguesa e espanhola que foi tra-zida para o Brasil, provavelmente no século XIX. O evento é celebrado durante 12 dias, desde 24 de dezembro até 06 de janeiro com grupos de pessoas formados por músicos e dançarinos que vão, de porta em porta anunciando a chegada do Menino Jesus. Estes festejos ocorrem em todo o país. Nesta data, dentro das tradições cristãs, foi quando os três Reis Magos – Bal-tazar, Belchior e Gaspar – visitaram o menino Jesus. Nesta data, para muitos, é o momento de desmontar a árvore de Natal e os adornos natalinos.

A Festa do Divino é bastante comum em várias regiões do Brasil. As mais famosas acontecem em Pirenópolis (GO), Alcântara (MA), Parati (RJ), São Luís do Paraitinga, Mogi das Cruzes e Tietê (SP).

Trazida para o Brasil pelos portugueses no século XVI, a Festa do Divino, uma das maiores expressões da devoção popular brasileira, comemora a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos de Cristo e acontece 50 dias após o Domingo de Páscoa, o que corresponde ao Pentecostes do calendário oficial católico (CNBB, 2017).

A Literatura de Cordel, também conhecido como folheto, é uma espécie de livro impresso em figuras que é amarrado por cordas ou barbantes, de onde advém sua denomina-ção: Literatura de cordel. Segundo o IPHAN,

Trata-se de um fenômeno cultural vinculado às narrativas orais (contos e histórias de origem africana, indígena e europeia), à poesia (cantada e declamada) e à adaptação para a poesia dos romances em prosa trazidos pelos colonizadores portugueses. Os poetas brasileiros no século XIX conectaram todas essas influências e difundiram um modo particular de fazer poesia que se transformou numa das formas de expressão mais im-portantes do Brasil (IPHAN, 2018).

(11)

O Pau de Fita possui sua origem nos países Ibéricos. Consiste em uma dança de roda, que envolve um mastro enfeitado, de aproximadamente 3 metros com e longas fitas multicoloridas presas em seu topo. Deve ser feito sempre em número par. Para Amorim (2013), este folguedo, com o nome conhecido popularmente nos Brasil, faz-se presente em todos os países colonizados por portugueses e espanhóis, assumindo em cada região ou país peculiaridades das tradições mítico-religiosas.

As Pastorinhas ou Pastoril reveste-se de uma manifestação folclórica que homenageia o nascimento do Menino Jesus. Segundo Cascudo (1954, p. 682), “Cantos, louvações, loas, entoadas diante do presépio da noite de Natal, aguardando-se a missa da meia-noite. Represen-tavam a visita dos pastores ao estábulo em Belém, ofertas, louvores, pedidos de benção”.

A Procissão do Fogaréu encena a prisão de Jesus Cristo, pelos Romanos, e normal-mente ocorre na quinta-feira santa. Este ato ocorre em diversas cidades brasileiras, mas é na Cidade de Goiás – primeira capital Goiana – que este festejo tem a sua maior divulgação, sendo realizado desde 1745.

• De Origem Africana

O Afoxé que, conforme afirma Fernanda (s.d) “surgiu entre 1894 e 1895. A palavra afoxé significa ‘a fala que faz’ e é de origem iorubá, um grande grupo étnico da África Oci-dental”. Podem ser encontrados no Carnaval da Bahia em Salvador e nas cidades de Fortaleza, Recife, Olinda, Rio de Janeiro, São Paulo e Ribeirão Preto, dentre outras.

O Bumba-meu-boi, cuja terminologia é a mais conhecida, entretanto havendo di-versas outras denominações para este festejo, de acordo com a região no Brasil.

Bumba-meu-boi, Boi-bumbá, Boi Surubi, Boi Calemba, Boi-de-mamão, Boi Pintadinho, Boi Maiadinho, Boizinho, Boi Barroso, Boi Canário, Boi Jaraguá, Boi de Canastra, Boi de Fita, Boi Humaitá, Boi de Reis, Reis de Boi, Boi Araçá, Boi Pitanga, Boi Espaço e Boi de Jacá são algumas das terminologias que a brincadeira do boi, com suas diferenças e similitudes, recebe nos mais diferentes estados do Brasil (IPHAN, 2011, p. 17). A Festa de Iemanjá ocorre em 2 de fevereiro. Segundo o sítio da EBC, Iemanja é considerada a rainha do mar no Brasil, ela um orixá feminino – divindade africana das religiões Candomblé e Umbanda. Seu nome tem origem nos termos do idioma africano Yorubá “Yèyé omo ejá”, que significa “Mãe cujos filhoes são como peixes”. É o orixá das águas doces e salgados dos Egbá, nação Iorubá (BRASIL, 2016).

O Jongo tem sua origem no período da escravidão, com forte presença no Sudeste brasileiro, sendo uma manifestação que se expressa por meio de dança de roda ao som de tambores aos quais se integram elementos de magia. A força e o uso da palavra marcam essa forma de expressão, que reúne canto, dança coletiva e música, cuja origem remete ao trabalho escravo nas fazendas de café e cana de açúcar do vale do Rio Paraíba do Sul.

O Lundu (landum, lundum, londu) é dança e canto de origem africana introduzido no Brasil provavelmente por escravos de Angola e do Congo, que trouxeram para o Brasil a sua tradicional dança da umbigada.

(12)

No lundu todos os participantes, inclusive os músicos, formam uma roda e acompanham ativamente, com palmas e cantos, a dança propriamente dita, que é feita por um par de cada vez. [e completa] [...] A ‘umbigada’ é o gesto coreográfico que consiste no choque dos ventres, ou umbigos [...]. Em traços gerais, elas consistiam no seguinte: todos os participantes formam uma roda. Um deles se destaca e vai para o centro, onde dança individualmente até escolher um participante do sexo oposto para substituí-lo (os dois podem executar uma coreografia – de par separado – antes que o primeiro se reintegre ao círculo) (SANDRONI, 2001).

O Maracatu é um ritmo musical, dança e ritual de sincretismo religioso que se originou em Pernambuco.

A partir de suas batidas, existem dois tipos de Maracatu: O 'Maracatu Nação' (Ba-que Virado) e ''Maracatu Rural' (Ba(Ba-que Solto). O primeiro, bastante comum na área metropolitana do 'Recife', é o mais antigo ritmo 'afro-brasileiro'; e o segundo é característico da cidade de Nazaré da Mata (Zona da Mata Norte de Pernambuco) (VERARDI, 2017).

O Negro Fugido é uma tradição popular na comunidade de Acupe, no Recôncavo Baiano. Conforme SESC (2018), moradores (pescadores, comerciantes, marisqueiras etc.) retratam a perseguição, captura e libertação de negros. A manifestação começou no século XIX, foi originada por escravizados da origem africana Jeje-Nagô e acontece na região em todos os domingos de julho.

O Reisado do Congo é assim designado pela sua origem na celebração que coroava os reis africanos que viviam no Brasil, conhecida no Ceará como Congo. Para Moura (2018), desse bailado surgiram outras manifestações folclóricas, como o Maracatu, os Cucumbis e as Congadas. Ligadas às Irmandades de Homens Pretos, era dentro das igrejas que aconteciam as coroações destes reis, escolhidos anualmente para representar a classe de escravos e negros forros. O dia 6 de janeiro era comum ser dia de folga, folgança, folguedo.

A Roda de Capoeira, segundo a UNESCO (2017), “é uma manifestação cultu-ral afro-brasileira – simultaneamente, uma luta e uma dança –, que pode ser interpretada como uma tradição, um esporte e até mesmo uma arte”. Se divide em duas “modalidades”. A Angola e a Regional. A primeira traz o estilo original, praticado pelos escravos. Já a se-gunda possui um estilo mais contemporâneo, utilizado atualmente nas diversas rodas de capoeira.

O Samba de Roda é uma manifestação que está dividida em dois grupos caracterís-ticos: o samba chula e samba corrido. No primeiro, os participantes não sambam enquanto os cantores gritam a chula – uma forma de poesia. A dança só tem início após a declamação, quando uma pessoa por vez samba de roda no meio da roda ao som dos instrumentos e de palmas. Já no samba corrido, todos sambam enquanto dois solistas e o coral se alternam no canto (FUNDAÇÃO TIDE SETÚBAL, s.d)

O Tambor de Crioula é oriundo da África, sendo trazido para o Brasil pelos escra-vos, entre os séculos XVIII e XIX, firmando-se principalmente no Maranhão. É uma dança circular, canto e percussão de tambores. É uma dança de divertimento, mas costuma ser tam-bém uma homenagem a São Benedito, padroeiro dos negros do Maranhão.

(13)

• Surgidas no Brasil

O Cacuriá, conforme BRASIL (2015), “é uma dança típica do estado do Maranhão apresentada durante a Festa do Divino Espírito Santo e faz parte das festividades juninas”. Segundo Hartmann (2010), o Cacuriá, uma dança de origem maranhense, foi concebido sob encomenda, de acordo com os descendentes de seus fundadores, por Dona Filoca e Seu Lau-ro2, em 1975, na cidade de Guimarães, e levado posteriormente para a capital, São Luís.

Os Carreiros é uma tradição bastante regional, concentrada principalmente no Es-tado de Goiás. Sua história, segundo o IPHAN remonta a

expressão de uma tradição relacionada às antigas práticas cotidianas da vida rural, a Romaria acontece há cerca de 177 anos. Em devoção ao Divino Pai Eterno, os fiéis saem de diversas localidades de Goiás e outros estados do Centro-Oeste e Sudeste, seguindo até a cidade de Trindade (GO), como forma de agradecer as bênçãos recebidas e pagar promessas (IPHAN, 2017).

O Choro é nascido no Rio de Janeiro, provavelmente nos idos de 1870, os grupos que tocavam esta modalidade musical eram conhecidos como chorões. Para Diniz (2003, p. 17), as interpretações diferenciadas dos gêneros estrangeiros da época – como a polca, a valsa, o schottisch, a quadrilha – fizeram nascer um jeito “brasileiro” de tocar. O choro surgiu como uma maneira de frasear, ou seja, um estilo de executar os gêneros europeus. A influência eu-ropeia, portanto, era clara, mas não foi a única.

O Coco ou Samba de Coco, segundo Alvin (s.d.), é uma “dança popular nordes-tina, onde um cantador, "tirador de cocos" ou "coqueiro", tira versos em quadras, sextilhas ou décimas, respondidas por um coro. Numa roda, cantadores e dançadores giram e batem palmas, podendo ou não haver dançadores solistas”.

Em “A Literatura dos cocos”, estudo publicado na obra Os cocos, de Mário de Andrade (1984), que ressaltou a variação das terminologias estabelecidas para as práticas culturais no Nordeste, principalmente no que se refere às que se conferiram aos cocos. Segundo o autor, as designações das manifestações culturais populares, sobretudo, nos “cantos orquéstricos”, por ele definidos como formas culturais que reuniriam música, poesia e dança, como a ci-randa e o coco, por exemplo, estariam a causar dúvidas e confusões (CALLENDER, 2013). As Escolas de Samba possuem suas origens no Rio de Janeiro. Segundo Pimentel (2018), “as escolas de samba são ‘filhas’ dos ranchos carnavalescos, blocos de Carnaval que surgiram no fim do século 19 no Rio de Janeiro, com influência de folguedos de tradição ne-gra e do calendário religioso cristão”. Em 1929 foi organizado o primeiro concurso de Samba e, em 1932, Mario Filho, organizou e patrocinou o primeiro desfile de escolas de Samba na Praça

A Festa Farroupilha ocorre na região Sul do Brasil, principalmente no Rio Grande do Sul.

As comemorações da Revolução Farroupilha - o mais longo e um dos mais significati-vos movimentos de revoltas civis brasileiros, envolvendo em suas lutas os mais diversos

(14)

segmentos sociais - relembra a Guerra dos Farrapos contra o Império, de 1835 a 1845 (SEMANA FARROUPILHA, s.d.).

O Frevo, segundo Lima (S.D.), nasceu das marchas, maxixes e dobrados; as ban-das militares do século passado teriam dado sua contribuição na formação do frevo, bem como as quadrilhas de origem europeia. Deduz-se que a música apoiou-se desde o início nas

fanfarras constituídas por instrumentos de metal, pela velha tradição bandística do povo pernambucano.

• De Origens Europeia e Africana

A Congada tem origens nas irmandades católicas de escravos e libertos congregados ao redor dos "santos de pretos", sendo os principais Nossa Senhora do Rosário, São Benedito, Santa Efigênia, São Elesbão. É uma manifestação religiosa e cultural com forte sincretismo religioso, misturando as culturas africana e portuguesa. França e Popoff (2011) comentam que havia a crença de que, no Brasil colonial, a primeira coroação do rei Congo feita por uma irmandade religiosa ocorreu em Recife no século XVI e Chico Rei, considerado o primeiro rei Congo a fazer um terno de Congada em Minas Gerais teria sido coroado no ano de 1717. • De Origens Indígena e Europeia

As Festas Juninas, segundo Silva (2011), têm a sua origem numa diversidade de culturas. A origem dos festejos juninos no Brasil une jesuítas portugueses, costumes indíge-nas e caipiras, celebrando santos católicos e pratos com alimentos nativos. Se trata de uma homenagem a três santos católicos: Santo Antônio em 13 de junho, São João Batista, em 24 de junho e São Pedro, em 29 de junho. Os índios que habitavam o Brasil, antes da chegada dos portugueses, também faziam importantes rituais durante o mês de junho. Apesar de essa época marcar o início do inverno por aqui, eles tinham várias celebrações ligadas à agricultu-ra, com cantos, danças e muita comida. Com a chegada dos jesuítas portugueses, os costumes indígenas e o caráter religioso dos festejos juninos se fundiram.

CONCLUSÕES

Primeiramente, percebemos que a listagem das festividades supramencionadas, de forma bastante resumida, demonstram a riqueza cultural existente no Brasil. Obviamente que este rol não contemplou uma série de outros festejos.

Ressalta-se que estes festejos são oriundos das três etnias que formam o povo brasi-leiro, deixando claro e evidente as nossas tradicionais raízes.

O resgate, a manutenção e o incentivo para as novas gerações, especialmente os discentes do ensino fundamental, a conhecer e perpetuar nossas tradições será fundamental para que elas se mantenham vivas no seio da sociedade. Em que pese algumas possuírem sua “imaterialidade”, esta, pura e simplesmente, não permite sua perpetuação, uma vez que depende da ação das pessoas na efetiva conservação das reais tradições culturais brasileiras.

Para tanto, são necessárias a implementação de políticas públicas voltadas às nossas tradições. Estas políticas devem, primeiramente, incentivar os estabelecimentos de ensino

(15)

– público e privado –, por intermédio dos professores, a estimularem seus alunos a apresen-tarem trabalhos culturais sobre as tradições existentes em suas regiões e/ou de outras regiões, por meio do teatro, da música, da dança, de textos, desenhos, ou qualquer outra maneira de exposição. Desta forma, a partir das pesquisas realizadas pelos alunos e tutoreadas pelos professores, dar-se-ia o início ao resgate e/ou manutenção de nossas tradições e o despertar da pesquisa no jovem discente.

A disponibilização de materiais paradidáticos, que sirvam de subsídio aos professo-res, para exporem aos alunos a multidiversidade cultural existente no país, de forma que os educandos possam conhecer a sua cultura regional e as diversas culturas existentes no Brasil. Desta forma, de posse destes recursos, será muito mais fácil a transmissão do conhecimento cultural aos alunos.

Além de se buscar atender à demanda educacional, estes materiais poderiam servir como fonte de consulta para jovens e adultos que tivessem curiosidade sobre o tema.

Avaliar a viabilidade da formação de professores em Tradições Culturais Brasileira, a nível de pós-graduação lato e/ou Stricto sensu, permitiria a geração de conhecimento, o in-centivo à pesquisa científica no tema abordado além da discussão do uso de ações de práticas pedagógicas na forma de se disponibilizar estas informações junto aos alunos.

Por fim, verificar a exequibilidade da criação de uma disciplina que trate do assunto Tradições Culturais, de forma que conste do currículo do ensino fundamental. Esta disciplina poderia ser abordada juntamente com outras numa modulação que tratasse de civismo, fol-clore, etc. Isto é, disciplinas que moldassem o lado ético, cívico e cultural de nossas crianças. A RESCUE TO CULTURAL TRADITIONS BRAZILIAN - ESTABLISHING

CULTURAL POLICIES

Abstract: The present work had its genesis in the preparatory studies for the investigation of the

innumerable traditions existing in Brazil that originate from the three ethnic formations of the base of the Brazilian people - Indigenous, European and African. As a starting point, we tried to rescue the main cultural adventures, from the 30's to the present time. Subsequently, present a brief knowledge about public policies in the cultural area. In continuity, in a very brief way, 35 traditional forms of traditional cultures were exposed in Brazil. The originality of the article lies in the attempt to rescue the cultures that, for some reason, ceased to exist in the popular sphere, and where, some of them, were practically extinguished from the wide knowledge, remaining on the margins of the specific regional popular cult. Finally, some conclusions are presented with certain lines of action that can be adopted in the educational area in order to foster cultural traditions among elementary school students.

Keywords: Cultural Public Policies. Brazilian Cultural Traditions. Cultural Immateriality. Notas

1 O Innovation Center for Collaborative Intelligence (ICXCI) define em seu sítio que “a inteligência colaborativa (IC) é uma interação mais ordenada, produtiva e estimulante entre um grupo de pessoas mais ou menos numeroso” (ICXCI, 2017).

2 O nome verdadeiro de Dona Filoca era Florinda Conceição Olimpo mas todos a tratavam de Dona Filomena – ou Dona Filoca. Seu Lauro se chamava Alauriano Campos de Almeida.

(16)

Referências

ALVIN, Ricardo Cravo. Dicionário da Música Popular Brasileira. Coco. Disponível em: http://dicionariompb.com.br/coco/dados-artisticos. Acesso em: 22 abr. 2019.

AMORIM, J. C. de A. Pau de Fita: Entre o Sagrado e o Profano. Diversidade Religiosa, v.v3, n.v1, 2013. Disponível em: http://periodicos.ufpb.br/index.php/dr/article/view/15218. Acesso em: 24 abr. 2019.

ARRUDA, Maria Arminda do Nascimento. A política cultural: regulação estatal e mecenato privado. Tempo Social, São Paulo, v. 15, n. 2, nov. 2003.

BARBOSA, Virgínia. Cavalhada. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. 09 de agosto de 2016. Disponível em: http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/.

Acesso em: 18 abr. 2019.

BONECOS GIGANTES DE OLINDA. História. Disponível em: http://www.bonecosgi-gantesdeolinda.com.br/historia.php. Acesso em: 18 abr. 2019.

BOTELHO, Isaura. Dimensões da Cultura e Políticas Pública. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, v. 15, n. 2, 2001. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_artt ext&pid=S0102-88392001000200011. Acesso em: 12 abr. 2019.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 292 p.

BRASIL. Constituição (1988). Lei nº 9394, de 20 de Dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/ l9394.htm. Acesso em: 22 abr. 2019.

BRASIL. Constituição (1988). Empresa Brasileira de Comunicação (EBC). Cultura.

Conhe-ça a sensualidade do Cacuriá. 15 de junho de 2015. Disponível em: http://www.ebc.com.br/

cultura/2015/06/conheca-sensualidade-do-cacuria. Acesso em: 18 abr. 2019.

BRASIL. Constituição (1988). Empresa Brasileira de Comunicação (EBC). Cultura.

Ieman-já: conheça a origem das homenagens a “Rainha do Mar”. 02 de fevereiro de 2016. Disponível

em: http://www.ebc.com.br/cultura/2013/12/iemanja-conheca-a-origem-das-homenagens--de-final-de-ano. Acesso em: 22 abr. 2019.

BRITANNICA ESCOLA. Círio de Nazaré. Web, 2019. Disponível em:

https://escola.bri-tannica.com.br/artigo/Círio-de-Nazaré/483183. Acesso em: 18 abr. 2019.

CALLENDER, Déborah. Histórias da ciranda: silêncios e possibilidades. Textos escolhidos de cultura e arte populares, Rio de Janeiro, v. 10, n. 1, p. 113-132, maio 2013.

CANCLINI, Néstor Garcia. Definiciones en transición. Buenos Aires: CLACSO, 2001. CNBB. Festa do divino. Espírito Santo celebram a religiosidade popular brasileira. 02 de junho de 2017. Disponível em: http://www.cnbb.org.br/festas-do-divino-espirito-santo--celebram-a-religiosidade-popular-brasileira/. Acesso em: 22 abr. 2019.

DINIZ, André. Almanaque do choro: a história do chorinho, o que ouvir, o que ler, onde curtir. Rio de Janeiro: Zahar, 2003.

DURAND, José Carlos. Cultura como Objeto de Política Pública. In: Cultura: Vida e Política. São Paulo: Revista São Paulo em Perspectiva, v. 15, n. 2, abr./jun. 2001. Disponível em: http://produtos.seade.gov.br/produtos/spp/v15n02/v15n02_09.pdf. Acesso em: 30 abr. 2019.

(17)

FRANÇA, Cecília Cavalieri; POPOFF, Yuri. Festa mestiça: o congado na sala de aula. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 2011.

FUNDAÇÃO TIDE SETÚBAL. Samba de Roda do recôncavo Baiano no CDC. 12 de agosto de 2008. Disponível em: https://fundacaotidesetubal.org.br/noticias/1038/samba-de-roda-do-reconcavo-baiano-no-cdc. Acesso em: 23 abr. 2019.

FUSCALDO, Bruna Muriel Huertas. O carimbo: cultura tradicional paraense, patrimônio imaterial do Brasil. Revista CPC, São Paulo, n. 18, p. 81-105, dez. 2014/abril 2015. Dispo-nível em: https://www.revistas.usp.br/cpc/article/download/74966/pdf_3/. Acesso em: 29 abr. 2019.

GASPAR, Lúcia. Ciranda. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. 25 de agosto de 2009. Disponível em: http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/. Acesso em: 18 abr. 2019.

GASPAR, Lúcia. Ciranda. Fandango. Pesquisa Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. 28 de agosto de 2009. Disponível em: http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/ index.php?option=com_content&view=article&id=460. Acesso em: 22 abr. 2019.

HARTMANN, Luciana. Cacuriá: dinâmicas de uma tradição dançada. VI Congresso de Pesquisa e Pós-Graduação em Artes Cênicas 2010. Disponível em: http://www.portala-brace.org/vicongresso/teorias/Luciana%20Hartmann%20-%20Cacuri%E1%20-%20 din%E2micas%20de%20uma%20tradi%E7%E3o%20dan%E7ada.pdf. Acesso em: 18 abr. 2019.

HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil, 26. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

INNOVATION CENTER FOR COLLABORATIVE INTELLIGENCE (ICXCI). Inteli-gencia colaborativa: La llave para superar los crecientes retos que el entorno plantea. (2018). Disponível em: http://icxci.com/inteligencia_collaborativa/. Acesso em: 18 jun. 2018. INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL

(IPHAN). Patrimônio Imaterial, Brasília (s.d.). Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/ pagina/detalhes/234. Acesso em: 16 abr. 2019.

INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL

(IPHAN). Complexo Cultural do Bumba-meu-boi do Maranhão. Dossiê do registro como Patrimônio Cultural do Brasil / Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. São Luís: Iphan/MA, 2011. Disponível em: http://www.cnfcp.gov.br/pdf/Patrimonio_Imaterial/ Dossie_Patrimonio_Imaterial/Dossie_BumbaMeuBoi.pdf. Acesso em: 18 abr. 2019. INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL

(IPHAN). Ritual Yaokwa do Povo Indígena Enawene Nawe. Brasília (s.d.). Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/74/. Acesso em: 18 abr. 2019.

INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL (IPHAN). Carreiros da festa do Divino Pai Eterno de Trindade (GO) recebem título de Patrimônio Cultural. Iphan/GO, 2017. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/go/ noticias/detalhes/4184/carreiros-da-festa-do-divino-pai-eterno-de-trindade-go-recebem-titulo-de-patrimonio-cultural. Acesso em: 18 abr. 2019.

INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL (IPHAN). Literatura de Cordel agora é Patrimônio Cultural do Brasil. Brasília, 2018.

(18)

Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/noticias/detalhes/4819. Acesso em: 24 abr. 2019. JECUPÉ, Kaka Werá. A terra dos mil povos: história indígena brasileira contada por um índio. São Paulo: Petrópolis, 1998

MELATTI, Julio Cezar. Índios do Brasil. São Paulo, Editora da Universidade de São Paulo, 2007. 304p.

MOURA, Thalita Gabrielle. Reisado do Congo. Revista Passagens. Programa de Pós-Gradu-ação em ComunicPós-Gradu-ação da Universidade Federal do Ceará, v. 9, n. 1, p. 196-204, 2018. MULTIRIO. Ocupação Litorânea. Disponível em: http://www.multirio.rj.gov.br/historia/ modulo01/traf_negreiro.html. Acesso em: 12 abr. 2019.

NETO, José Castilho Marques. Políticas Públicas de Leitura – O PNLL. In: RUBIM, A. A. C.; BARBALHO, A.; CALABRE, L. (orgs.). Políticas culturais no governo Dilma. Sal-vador: EDUFBA, 2015. 281p. Disponível em: http://www.direitosculturais.com.br/pdf. php?id=119. Acesso em: 30 abr. 2019.

PIMENTEL, Matheus. Escolas de samba: de ícone da cultura à crise de identidade. Nexo

Jornal. 07 de Maio de 2018. Disponível em:

https://www.nexojornal.com.br/explica- do/2018/02/08/Escolas-de-samba-de-%C3%ADcone-da-cultura-%C3%A0-crise-de-identi-dade. Acesso em: 22 abr. 2019.

PROVENZANO, Maria Esther. Didática – Módulo IV. Curso de Especialização em Educa-ção Tecnológica. Rio de Janeiro: CEFET/RJ, 2009. 168p.

RIDENTI, Marcelo. Intelectuais e Romantismo Revolucionário. In: Cultura: Vida e Políti-ca. São Paulo: Revista São Paulo em Perspectiva, v. 15, n. 2, abr-jun de 2001.

RUBIM, Antonio Albino Canelas. Políticas culturais no Brasil. Organização Antonio Albino Canelas Rubim. Salvador: EDUFBA, 2007.

RUBIM, Antonio Albino Canelas. Políticas culturais no governo Dilma. aSalvador: EDUF-BA, 2015. 281p.

SANDRONI, Carlos. Feitiço decente: Transformações do samba no Rio de Janeiro, 1917-1933. Rio de Janeiro: Jorge Zahar/UFRJ, 2001.

SANTOS, Fernando Burgos Pimentel dos. Política Cultural no Brasil: Histórico de Retro-cessos e Avanços Institucionais. XXXIII Encontro da ANPAD. São Paulo/SP – 19 a 23 de setembro de 2009.

SEMANA FARROUPILHA. Histórico. Disponível em http://www.semanafarroupilha.com. br/historico. Acesso em: 22 abr. 2019.

SESC. “Nego Fugido” associa resistência de escravizados ao candomblé. Postado em 09 de maio de 2018. Disponível em: https://www.sescsp.org.br/online/artigo/12060_NEGO+FUGID O+ASSOCIA+RESISTENCIA+DE+ESCRAVIZADOS+AO+CANDOMBLE. Acesso em: 22 abr. 2019.

SILVA, Cíntia Cristina da. Cultura, Mundo Estranho. Como surgiram as festas juninas? Publi-cado em 18 de abril de 2011. Disponível em: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/ como-surgiram-as-festas-juninas/. Acesso em: 22 abr. 2019.

SIMAS, Luiz Antonio. A origem das escolas de samba. Disponível em: http://www.itaucultu-ral.org.br/ocupacao/cartola/palacio-do-samba/?content_link=2. Acesso em: 22 abr. 2019. UNESCO. Nações Unidas Brasil, 2019. Disponível em https://nacoesunidas.org/agencia/

(19)

unesco/. Acesso em: 15 abr. 2019.

UNESCO. Nações Unidas Brasil Representação no Brasil. Cultura. Patrimônio Mundial. Roda de Capoeira. Nações Unidas Brasil, 2017. Disponível em: http://www.unesco.org/ new/pt/brasilia/culture/world-heritage/intangible-cultural-.heritage-list-brazil/capoeira/. Acesso em: 23 abr. 2019.

UNESCO. Nações Unidas Brasil. Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial. MISC/2003/CLT/CH/14. Convention for the Safeguarding of the Intangible

Cul-tural Heritage, Paris, 17 October 2003. Tradução feita pelo Ministério das Relações

Exterio-res, Brasília, 2006.

Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Convencao%20Salva-guarda%20Patrim%20Cult%20Imaterial%202003.pdf. Acesso em: 16 abr. 2019.

VIANNA, Paula Cambraia de Mendonça; BARROS, Sonia. A evolução histórica da família brasileira. Revista Mineira de Enfermagem, v. 9, n. 2, p. 163-167, jan./mar. 2005. Disponível em: http://www.reme.org.br/sumario/32. Acesso em: 12 abr. 2019.

VERARDI, Claudia Albuquerque. Badia: a grande dama do carnaval de Recife. Pesquisa

Escolar Online, Fundação Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em: http://basilio.fundaj.

gov.br/pesquisaescolar./index.php?option=com_content&view=article&id=1141%3Abadia-a-grande-dama-do-carnaval-de-recife&catid=37%3Aletra-b&Itemid=1. Acesso em: 22 abr. 2019.

VILLELA, Sumaia. Caboclinhos viram patrimônio cultural imaterial do Brasil. Publicado em 24/11/2016. Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/cultura/noticia/2016-11/ caboclinhos-viram-patrimonio-cultural-imaterial-do-brasil. Acesso em: 18 abr. 2019.

Referências

Documentos relacionados

Passos Silva, Manuel Ribeiro, José Maria Costa, Rogério Barreto, Joaquim Ribeiro, César Brito. e João

com o recebimento pela Área de Tecnologia da Informação do Documento de Oficialização da Demanda, a cargo da Área Requisitante da Solução, que.. conterá no mínimo:

l) Comissão de Segurança Institucional, composta pelo Presidente do Tribunal, que a presidirá, pelo Corregedor-Geral de Justiça, por dois desembargadores e por dois

Através dos resultados dessa pesquisa sobre conhecimento das abelhas sem ferrão e o seu comportamento no ambiente foi muito pequeno, o conhecimento sobre a diferença

Risk factors associated with the epidemiology of Toxoplasma gondii in cattle and buffaloes in the state of Pará, Brazil.. Fatores de riscos associados à epidemiologia

12 - O Plano Municipal de Cultura, enquanto instrumento de planejamento da ação cultural no âmbito do município, deverá, no prazo de 120 (cento e vinte) dias a contar da data

O tratamento de urgência nos casos de sobredosagem com paracetamol consiste no esvaziamento gástrico por aspiração ou lavagem gástrica e na administração de carvão activado

O presente tra- balho sintetiza os principais resultados de estudos realizados entre 1999 e 2005 sobre a pesca, biologia e ecologia do polvo Octopus insularis, bem como os