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FACETAS LAMINADAS DE PORCELANA

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LUCIANE ZILLI GRAZIANO

FACETAS LAMINADAS

DE PORCELANA

FLORIANÓPOLIS

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LUCIANE ZILLI GRAZIANO

FACETAS LAMINADAS

DE PORCELANA

1.

Tr' Monografia apresentada ao Curso de

Especialização em Prótese Dentária da Universidade Federal de Santa Catarina, como parte dos requisitos para a obtenção do titulo de Especialista em Prótese Dentária.

Orientadora: Prof' Cláudia Maziero Volpato

Florianópolis

(3)

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Biblioteca Jetori ri

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LUCIANE ZILLI GRAZIANO

"FACETAS LAMINADAS DE PORCELANA"

Esta monografia foi julgada adequada para obtenção do titulo de

Especialista em Prótese Dentária e aprovada em sua forma final pelo

Curso de Especialização em Prótese Dentária.

Florianópolis, 16 de fevereiro de 2002.

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‘,2

Prof'. Dr'. Claúdia Maziero Volpato

(AAA-,

Prof. Dr. Darcy Zani

(4)

DEDICATÓRIA

A DEUS, por jamais me abandonar nos momentos difíceis, e

dar-me a graça de tantas alegrias, dedico a felicidade de atingir este ideal,

agradecendo mais uma vez a benção de viver.

Aos meus pais BERTILO e LORITA, e ao meu irmão GUSTAVO,

que sempre estão presentes com seu carinho e apoio incondicionais,

dedico a alegria desta conquista, com muito carinho e gratidão.

Ao meu marido FRANCISCO, por compartilhar as angústias. pela

compreensão e paciência, pelo incentivo e apoio: dedico o mérito desta

vitória e agradeço com todo meu amor.

(5)

AGRADECIMENTOS

A minha orientadora no CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM

PROTESE DENTARIA, Professora CLAUDIA MAZIERO VOLPATO, que

soube com exigência, estimulo e paciência , transmitir uma grande

bagagem de informações , as quais sem dúvida contribuirão muito para o

meu crescimento profissional e pessoal; agradeço com grande

consideração e carinho.

Aos professores IZO MILTON ZANI e DARCY ZANI, e a todos os

funcionários do CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PROTESE

DENTARIA, os quais tornaram possível a conclusão destes curso; meu

agradecimento e respeito.

(6)

GRAZIANO, Luciane Zilli.

Facetas laminadas de porcelana.

2002. p.81.

Monografia ( Especialização em Prótese Dentária) — Curso de Especialização em

Prótese Dentária, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.

RESUMO

0 uso das facetas laminadas de porcelana tem se estabelecido

como uma modalidade efetiva de tratamento. 0 fascínio por um preparo

conservador, o excelente potencial estético, e a promessa de manutenção

da saúde tecidual, tornaram-na um procedimento popular. Facetas

laminadas de porcelana são um tratamento conservador utilizado para

cobrir a face vestibular dos dentes anteriores com deficiências estéticas.

Estas restaurações oferecem soluções para corrigir, alterações de cor,

dentes com grande perda de estrutura, mudanças da dimensão dental,

dentes com rotações ou girovertidos, fechamento de diastemas, dentes

fraturados, e algumas vezes alterações gerais do sorriso. Este trabalho

é

uma revisão da literatura sobre os principais aspectos das facetas

laminadas de porcelana, suas indicações, contra-indicações, vantagens e

desvantagens, desenvolvimento das técnicas laboratoriais, moldagens,

cuidados clínicos necessários durante o preparo dental e a instalação da

restauração, bem como o desempenho e o sucesso das mesmas.

(7)

GRAZIANO,

Luciane Zilli.

Facetas laminadas de porcelana.

2002. p.81.

Monografia

( Especialização

em

Prótese Dentária) —

Curso de

Especialização

em

Prótese Dentária,

Universidade

Federal de Santa Catarina,

Florianópolis.

ABSTRACT

The use of porcelain laminate veneer as an effective treatment

modality has been well established. The allure of a conservative

preparation, the excellent esthetics potential, and the promise of healthy

tissues have made the procedure popular. Porcelain laminate veneers are a

conservative treatment used to cover the facial surface of anterior teeth with

esthetic deficiencies. This restorations offers solutions to correct, color

enhancement, large tooth structure loss, changes in tooth dimension, tilted

or rotated teeth, closure of diastemas, fractured teeth, and sometimes

change on the overall smile design. This work is a literature revision about

the main aspects of porcelain laminate veneers, their indication,

contraindications, advantages and disvantages, development of laboratory

techniques, impression, necessary clinical care during tooth preparation

and placement of restoration, as well as their performance and success.

(8)

S

UM

ÁRIO

RESUMO p.06

ABSTRACT p.07

1 INTRODUÇÃO p.09

2 REVISÃO DA LITERATURA p.12

2.1 Considerações inicias p.12

2.1.1 Vantagens e desvantagens p.15

2.1.2 Indicações e contra-indicações p.20

2.2 Planejamento p.23

2.3 Preparo p.27

2.4 Moldagem p.41

2.5 Seleção da cor p.43

2.6 Restauração provisória p.44

2.7 Técnicas laboratoriais para confecção das facetas p.47

2.8 Cimentação p.50

2.8.1 Prova das facetas e correções p.50

2.8.2 Procedimentos clínicos de adesão p.51

2.9 Sucessos e fracassos p.56

2.10 Resistência à fraturas p.60

3 DISCUSSÃO p.65

4 CONCLUSÃO p.74

(9)
(10)

I

INTRODUÇÃO

Na harmonia da face, um sorriso agradável é fundamental, por isso a

estética dos dentes é de suma importância para o equilíbrio psíquico e emocional do

indivíduo. Sendo assim, a cada dia surgem na Odontologia novos materiais e

técnicas para solucionar os problemas dentários.

Ao percebermos que já em 1947, Charles Pincus, considerado o

precursor das facetas laminadas de porcelana, salientara o fato de que, como

dentistas, tratamos de órgãos que podem alterar visualmente uma personalidade

compreendemos que sempre existirá uma enorme preocupação com a estética.

Como salientaram Touati; Miara; Nathanson (2000) a capacidade de

substituir o esmalte natural dos dentes deficientes em estrutura, forma ou cor por

esmalte artificial, intimamente aderido aos tecidos dentais, é uma longa busca por

parte de pesquisadores, clínicos, técnicos dentais e fabricantes. As facetas

laminadas seriam as restaurações protéticas que melhor se encaixam nos princípios

atuais da Odontologia Estética. São complacentes com os tecidos moles e com o

periodonto adjacente, evitam o uso de estruturas metálicas e possuem excelente

qualidade estética, sendo a única restauração protética capaz de conservar uma

(11)

I()

Para Schmidseder (2000) a nova geração de adesivos dentinários e os

materiais de fixação permitem ampliar a indicação das facetas. Não é mais

necessário que todas as bordas estejam na região do esmalte. A resistência de

ligação da porcelana condicionada e silanizada aos novos materiais de fixação nas

superfícies dentais de esmalte e de dentina abrem uma nova era. Dão ênfase ao

fato que, a faceta em si é extremamente quebradiça, mas logo que esteja fixada

adesivamente no dente, desenvolve uma pronunciada resistência à flexão e 6

ruptura por tração.

Neste trabalho realizamos uma revisão bibliográfica, sobre as indicações,

contra-indicações, vantagens, desvantagens, técnicas, sucessos, e fracassos das

facetas laminadas de porcelana, pois esta técnica parece conseguir de forma

bastante conservadora, reestabelecer vários problemas de ordem estética, fonética e

funcional, sendo uma excelente alternativa protética.

Esperamos com isso, contagiar mais pessoas, despertando interesses

para novas pesquisas e novos estudos, pois só assim conseguiremos chegar cada

vez mais próximos do objetivo comum a todos, que é a busca constante pela

(12)
(13)

2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Considerações iniciais

A cada dia testemunhamos o surgimento de várias técnicas para

tornarmos um sorriso esteticamente agradável. A confecção de facetas laminadas de

porcelana é uma delas.

Pincus (1947) com a finalidade de ajudar as estrelas de Hollywood a

terem um sorriso harmônico, usou um procedimento, não invasivo, através de

facetas de porcelana ou plástico, com as quais foram capazes de transformar a

aparência dental para propósitos de filmagens. Embora esteticamente adequada,

esta técnica cosmética apresentou muitas limitações, como a falta de retenção

permanente, pois as facetas eram apenas coladas sobre os dentes sem qualquer

tipo de preparo. Por estes e outros motivos, gradualmente estas técnicas caíram em

desuso. 0 autor fez o seguinte comentário pessoal durante o Congresso da

Associação Dental do Estado da Califórnia em 1947: 0 dentista sempre pensa na

oclusão e na função, e muito pouco na estética. Nós não devemos nos esquecer, no

entanto, de que se trata de uma area que visa ao paciente como um todo, podendo

modificado. Um belo sorriso, com um correto alinhamento dos dentes, é uma parte

importante de uma característica dificilmente avaliada de uma personalidade.

12

Faunce e Myers (1976) descreveram a técnica de cimentação direta de

(14)

3

cimentação direta, em dentes que apresentavam problemas de ma-formação,

fraturados ou com descoloração intensa.

Horn (1983) relatou casos clínicos onde as facetas laminadas de

porcelana foram condicionadas e silanizadas, para então, associando-se ao

condicionamento acido do esmalte, realizar a cimentação propriamente dita. 0 autor

destacou o fato de que não apenas as resinas compostas e os metais poderiam ser

unidos ao esmalte condicionado, como também a porcelana.

Friedman (1993) salientou que apesar das facetas laminadas de

porcelana terem sido descritas por Charles Pincus nos anos 40, levaram quase

quatro décadas para que o desenvolvimento da tecnologia das resinas compostas

tornassem as facetas laminadas uma realidade conhecida. Em meados dos anos 80,

as facetas começaram a ter uma popularidade maior. Esta popularidade ocorreu em

parte devido a natureza conservadora da técnica e a capacidade de alterar a forma

dental e a cor, sem a necessidade de preparos dentais convencionais, oferecendo

uma forma alternativa de aderir materiais cerâmicos a estrutura dental. As facetas

têm sido usadas no mundo todo apenas com aplicações estéticas. Entretanto,

enquanto a confiança do profissional aumenta, as facetas de porcelana ganham

respeito como uma modalidade de tratamento restaurador viável, eliminando

algumas das dificuldades, freqüentemente, encontradas com as coroas

(15)

14

Mezzomo (1994) apresentou algumas considerações necessárias para o

sucesso das restaurações laminadas, sob o ponto de vista de resistência mecânica,

saúde periodontal e estética:

a) é imprescindível que a gengiva marginal esteja sem o menor sinal clinico de

inflamação;

b) as facetas devem apresentar uma perfeita adaptação periférica, sem sub ou

sobre contornos;

c) condicionamento ácido do esmalte deve ser uniforme;

d) o manuseio das facetas laminadas, nas fases de prova e cimentação deve ser

delicado;

e) deve ser feita aplicação de silano, pois esta aumenta significativamente a

força de união entre a porcelana e a resina;

f) as superfícies preparadas devem estar limpas e livres de qualquer resíduo de

resina usada na cimentação provisória, ou de qualquer outro detrito;

g) deve ser avaliada a cor final da restauração, incluindo a cor da faceta e a cor

e pigmentos da resina de cimentação.

Para Touati; Miara; Nathanson (2000) foi por meio da combinação de

alguns marcos teóricos que o conceito das facetas laminadas de porcelana

evoluíram:

a) condicionamento do esmalte por Buonocore (1955);

b) introdução das resinas BIS-GMA por Bowen nos anos 60, e o subseqüente

desenvolvimento dos compósitos dentais;

c) tratamento e adesão da superfície cerâmicas concebidos por Rochette em

(16)

15

(1984). Estes avanços e aperfeiçoamentos na tecnologia, contribuíram para

tornar o uso de laminados uma técnica moderna e confiável.

2.1.1 Vantagens e desvantagens

Devido a existência de questionamentos sobre as vantagens e

desvantagens na utilização de facetas laminadas de porcelana, relatamos algumas

opiniões relacionadas com cor e estética; durabilidade; preparo conservador; função;

resistência; saúde do periodonto; irreversibilidade e custos.

Através de pesquisas realizadas por 2 anos, Calamia (1985) apontou

como vantagens na utilização das facetas laminadas de porcelana: a resistência, a

longevidade, a estética, a economia de substrato dentário, o pequeno número de

procedimentos e a ausência de dor durante o tratamento.

Araújo; Oda; Santos (1990) destacaram a superioridade das facetas

laminadas de porcelana, citando como vantagens a sua excelente estética,

manutenção do brilho e da textura superficial, boa resistência à abrasão, menor

retenção de placa bacteriana, biocompatibilidade com os tecidos moles,

possibilidade de caracterização individual de forma e cor, nenhuma alteração

cromática, preservação da vitalidade pulpar e redução minima do esmalte. Como

desvantagens citaram: a necessidade de trabalho laboratorial, dificuldade de

contorno, forma e caracterização da superfície, devido à espessura reduzida de

(17)

16

Sheets e Taniguchi (1990) relataram como desvantagens das facetas

laminadas de porcelana: a pobre integridade marginal, cor monocromática

anti-estética, imprevisibilidade na cimentação, cores e opacificadores inadequados,

textura superficial pouco natural, tempo extenso de instalação, valor potencialmente

inadequado e expectativas irreais do paciente à longo prazo.

Brasil et al. (1993) citaram como vantagens das facetas laminadas de

porcelana: a excelente estética, manutenção do brilho e textura superficial,

resistência mais favorável à abrasão e ao manchamento, desgaste dental mais

conservador, menor retenção de placa bacteriana, contato mais restrito da porcelana

com a gengiva, margens lisas e polidas, ausência de colar metálico, preservação do

guia incisal e possibilidade de caracterização individual. Algumas desvantagens

como o difícil reparo, qualidade do laminado na dependência laboratorial, custo

(18)

17

Para orientar algumas decisões durante o diagnóstico e planejamento,

Vieira et al. (1994) apresentaram um quadro onde comparam as vantagens e

desvantagens encontradas nas facetas confeccionadas em resina composta ou

porcelana.

CARACTERÍSTICAS Porcelana Resina

Estética final c) c) 0 C) 0 o o

Biocompatibilidade com o

periodonto

0 0 0 0 c) o o

Estabilidade de cor 0000 C) c)

Resistência ao desgaste c) c) o o

Facilidade de reparo o

Facilidade de acabamento 0 o

Fragilidade pré-cimentação o o o

Fragilidade pós-cimentação c) o o o o

Dificuldade técnica o c) c) o o

Força final de união

faceta/resina/dente

o o 0 0 0

Tempo de trabalho exigido 0000 0 C)

Durabilidade 00000 c) 0 0

1

Legenda:

o :pouca vantagem

o 0: razoável vantagem

o o :boa vantagem

c):6tima vantagem

(19)

Segundo Small (1998a) as facetas laminadas de porcelana, desde sua

introdução, têm sido vistas por dentistas e pacientes como uma forma de

restauração bastante estética. Inicialmente, isto é devido a ausência de uma

infra-estrutura metálica que afete a cor natural do dente, e por conseguinte , o efeito final

da porcelana. Esta vantagem pode tornar-se em desvantagem se não existe uma

comunicação adequada entre o paciente, dentista e técnico de laboratório.

Segundo Fradeani (1998) esta técnica de restauração oferece várias

vantagens sobre as restaurações de resina composta direta, incluindo a estabilidade

cromática e a resistência ao desgaste. Ainda orientou que as facetas de porcelana

também podem servir como uma alternativa as coroas totalmente cerâmicas, pois

evita-se uma redução significativa do dente, o que pode causar danos irreversíveis

polpa.

Magne et al. (1999) relataram que a colagem de facetas laminadas de

porcelana tem sido utilizada por mais de 10 anos, e as avaliações clinicas

demonstraram ser satisfatória quanto a proporção de fraturas. microinfiltrações,

descolamento e resposta periodontal. Citaram como vantagens a economia de

substrato dental, estética, estabilidade de cor da porcelana e adesão dos compósitos

de cimentação.

Touati; Miara; Nathanson (2000) afirmaram que a faceta laminada de

porcelana 6, sem dúvida, a restauração cerâmica que melhor reproduz a capacidade

de transmissão de luz dos dentes naturais, porém esta transmissão pode ser

(20)

profundidade do preparo. Os autores citaram como principais benefícios das facetas

laminadas: o método de tratamento minimamente invasivo; a possibilidade de

alteração da forma e posição dos dentes; a correção da aparência superficial

(eliminação de displasias ou distrofias do esmalte); a possibilidade de melhorar ou

alterar a cor do dente natural quando as técnicas de clareamento se tornam

ineficientes: uma boa resistência a ações biológicas, químicas e mecânicas;

transmissão de luz semelhante ao esmalte natural; excelente resposta tecidual; e

técnicas com procedimentos simples e rápidos. Dentre as desvantagens os autores

citaram: preparo complexo que exige habilidade e destreza; dificuldade de

resultados estéticos satisfatórios quando o dente subjacente possui alteração de cor,

presença de restaurações extensas ou coroas totais; grande risco de fratura devido

a fragilidade da porcelana; dificuldades laboratoriais na confecção de facetas com

espessuras de 0,7 a 0,3mm; falta de estabilidade durante os diferentes tipos de

manuseio: dificuldades de modificações ou retoques após a queima; difícil ajuste das

margens: cimentação provisória contra-indicada (risco de danos mecânicos ou

químicos aos tecidos de suporte).

Para Schmidseder (2000) só em poucos casos é possível alcançar efeitos

estéticos tão perfeitos quanto com as facetas, pois alguns fatores como a

caracterização individual por pintura interna e externa, correções de cor nas

cimentações com cores especiais de cimentos, e o efeito de lentes de contato,

tornam estas restaurações quase invisíveis. As facetas laminadas de porcelana

mostraram uma grande estabilidade a abrasão e a descoloração. Como o preparo é

muito conservador, (6 removida uma pequena parte da estrutura dental de 0.5 a

(21)

20

são evitadas. Nas facetas não é necessário esconder a borda cervical abaixo da

gengiva, por isso a saúde gengival geralmente é melhor preservada. A

irreversibilidade foi citada como desvantagem, além. dos custos relativamente altos.

por tratar-se de uma tarefa muito exigente ao cirurgião-dentista e técnico de

laboratório , sendo um desafio associar em uma área tão restrita, detalhes como cor.

forma, configuração da superfície e outras características individuais.

2.1.2 Indicações e contra-indicações

Para auxiliar na seleção dos casos, e conseqüentemente no planejamento

dos mesmos, devemos seguir algumas indicações ou contra-indigações no uso das

facetas de porcelana.

Para Severo e Machado (1989) as facetas laminadas de porcelana

possuem indicações puramente de ordem estética, sendo meios de tratamento

menos dispendiosos que a ortodontia ou uma prótese parcial fixa. Assim, os autores

citam como indicações: a alteração de cor por tetraciclina, fluorose, ou em dentes

tratados endodõnticamente que não respondem favoravelmente ao clareamento,

dentes com defeitos do esmalte por hipoplasias e malformações, várias restaurações

extensas, diastemas, erosão, perda de estrutura dentária por caries, trauma ou

perimálises. Algumas situações como: quantidade de esmalte, hábitos orais (interpor

objetos aos dentes, lápis, caneta, entre outros), bruxismo, oclusão de topo, deveriam

(22)

21

Lang e Starr (1992) citaram como indicações para as facetas laminadas

de porcelana: dentes escurecidos por tetracilina, fluorose ou desvitalização,

malposigões dentais, maloclusões menores, diastemas e defeitos do esmalte.

Algumas contra-indicações foram sugeridas: pacientes com hábitos como bruxismo.

fumantes de cachimbo, respiradores bucais, ou com higiene inadequada.

Mainieri; Walber; Rivaldo (1992) afirmaram que as facetas de desgaste ou

outras evidências de parafungão podem comprometer o suporte da porcelana no

bordo incisal, especialmente nos caninos. Por isso, contra-indicam o uso de facetas

laminadas de porcelana sempre que o paciente possuir relação oclusal do tipo

classe III, mordida anterior de topo, hábitos parafuncionais ou ainda quando não

houver esmalte suficiente para um adequado selamento marginal.

Para Mezzomo (1994) a primeira indicação para as facetas é de ordem

estética, o que inclui alterações na face vestibular de dentes anteriores, tais como:

manchas por fluorose, escurecimento por tetraciclina, má-formação dentária (dentes

conáides), posicionamento inadequado no arco, diastemas, cáries, restaurações

amplas, escurecimento por tratamento das perimálises, erosão, abrasão e atrição.

Além da finalidade estética, as facetas laminadas de porcelana são indicados para:

reestabelecer a função oclusal reabilitando guia anterior, lateral, e dimensão vertical;

alterar o contorno de dentes para suporte de próteses parciais removíveis; e servir

como meio de união (esplintagem) provisória. Para uma perfeita adesão e selamento

periférico, é importante que pelo menos 50% da superfície coberta deva ser

(23)

1 -1

mais estas características, bem como para pacientes com bruxismo ou mordida de

topo.

Segundo Vieira e Ferreira (1994) o problema estético causado por

incisivos con6ides era basicamente solucionado com técnicas convencionais de

coroas de porcelana pura ou metalocerâmicas, levando, algumas vezes,

necessidade de um tratamento endodõntico devido à pouca estrutura dentinária dos

elementos conáides para um preparo convencional. Outro fator preocupante era a

migração de epitélio juncional e o aparecimento das cintas metálicas, ficando, assim,

contra-indicadas para pacientes jovens. Como os dentes conáides apresentam

apenas uma discrepância no tamanho de sua coroa clinica, os autores propuseram

a confecção de facetas laminadas de porcelana sem lançar mão de preparos, e

concluiram que o resultado estético é excelente e altamente conservador.

Aherne et al. (1999) relataram que em casos onde a microdontia isolada

está presente, três quartos de restauração de cerâmica podem ser eficientes para

obter um processo restaurador adequado. A habilidade da porcelana em duplicar a

forma natural do dente, e a reação saudável do suporte dos tecidos gengivais,

fornece bons resultados estéticos na criação do contorno gengival desejado

tornando o tratamento desta modalidade um sucesso.

Schmidseder (2000) citou as seguintes indicações especiais para as

facetas: fratura de dentes jovens, dentes não vitais fortemente pigmentados,

grandes erosões vestibulares e dentes anteriores com restaurações cervicais

(24)

defeitos de esmalte, overlays oclusais e incisais em dentes anteriores e posteriores

em erosão ácida (bulimia e anorexia nervosas), mordida profunda, fechamento de

diastemas. e correção de pequenas falhas de posicionamento. Como

contra-indicações o autor citou: bruxismo extremo, dentes anteriores com amplas

restaurações de compósito e alto grau de destruição, elevada atividade cariogênica

e má-higiene bucal.

2.2 Planejamento

Em qualquer tratamento proposto, desde uma simples restauração até

uma reabilitação complexa, faz-se necessário um correto diagnóstico, seguido de um

minucioso planejamento, para que o resultado final possa ser realmente satisfatório

e duradouro.

Chalifoux e Darvish (1993) orientaram que o planejamento requer o uso

de modelos de estudo, fotografias e revisão dos objetivos do paciente, além de uma

análise dental de tamanho, posição, cor e potencial de mudança. Sugeriram ainda o

uso de técnicas avançadas, (imagem de computador), que permitem ao clinico e ao

paciente a projeção dos resultados, muitas vezes sem necessitar de um

enceramento diagnóstico em modelos de gesso.

Mezzomo (1994) sugeriu que as características que influenciam na

estética final, como tamanho, forma e textura de superfície deveriam ser anotadas e

(25)

.24

porcelana. Para tal, os modelos de estudo com enceramento diagnóstico permitem

visualizar a solução definitiva. Restaurações adequadas de resina, porém

manchadas. deveriam ser refeitas, assim como manchas muito escuras, revestidas

com uma base de ionômero de vidro em uma cor mais clara, pois. de acordo com o

autor, estas condutas auxiliariam na redução da maior quantidade possível de

manchas que pudessem influenciar negativamente na estética final. Como forma de

proteção pulpar em dentes vitalizados, toda a dentina exposta deveria ser protegida

com bases de ionômero tratadas com ácido fosfórico, que fornecem microretenções

mecânica para a resina de cimentação.

Small (1998b) comentou que as facetas laminadas de porcelana foram

introduzidas na Odontologia como uma opção cosmética, sendo utilizadas por

muitos dentistas para mudar e melhorar sorrisos. Salientou que a técnica

apresentava limites, e deveria ser feito um planejamento cuidadoso para garantir que

as facetas laminadas de porcelana sejam o tratamento adequado. A oclusão deveria

ser o fator primário de limite, pois o dente severamente desgastado pode não

sobreviver ao prognóstico esperado, particularmente se as facetas laminadas de

porcelana são usadas para restaurar a função oclusal nos caninos maxilares e

mandibulares. Outro fator de limite seria o preparo inadequado que não proporciona

espaço para a colocação do material cerâmico.

E

importante que se faça um

enceramento diagnóstico, realizando o preparo em um modelo de gesso, para que o

espaço exigido possa ser visualizado. 0 autor enfatizou que quando as facetas

laminadas de porcelana forem adequadamente diagnosticadas, existindo boa

comunicação com o laboratório, o fator final para o sucesso será a paciência, onde

(26)

Touati; Miara; Nathanson (2000) sugeriram que a relativa fragilidade das

facetas laminadas requer uma análise precisa da oclusão do paciente para garantir

que a restauração não se estenda em áreas de estresse oclusal. Os fatores oclusais

deveriam ser considerados, mesmo com restaurações que não envolvam a

superfície lingual (ou seja, quando a crista incisal não está envolvida), pois nestas

situações os riscos são ainda maiores, principalmente se os caninos e os dentes

posteriores estão envolvidos. Embora as margens das facetas laminadas

normalmente estejam localizadas supragengivalmente, sua condição sempre deve

ser avaliada antes de se decidir sobre qualquer tratamento. A higiene bucal precária

e a inflamação gengival deveriam ser tratados antes de se indicar facetas laminadas

de porcelana. 0 exame clinico não deveria focar apenas os dentes a serem

restaurados, mas também, a forma da face, o tamanho dos lábios e a relação destes

com os dentes antagonistas. 0 clinico deveria utilizar outros métodos de

visualização, tais como: enceramento diagnóstico, fotografias (face inteira e perfil),

modelos de gesso, análise da imagem por computador.

Para Schmidseder (2000) a higiene bucal deveria ser adaptada As

restaurações existentes. Pastas de dente com pH baixo ou com alta abrasividade

alteram a superfície da cerâmica com o passar do tempo. Por isto, é conveniente

uma instrução individual de higiene bucal e aconselhamento nutricional no inicio do

tratamento. 0 paciente deve estar ciente de que deve retornar periodicamente As

consultas combinadas (controle), pois o ponto fraco de todas as restaurações

coladas é o local da adesão. Os cimentos adesivos são resinas particUladas que

favorecem uma maior retenção de placa, conseqüentemente, um risco maior de

(27)

26

dentes anteriores deveria ser realizada. Se fatores alimentares foram os

responsáveis pela pigmentação dos dentes, o paciente deve ser alertado antes do

inicio do tratamento. Alimentos ácidos também podem alterar a superfície da

cerâmica. Parafungões ou hábitos que resultem eventualmente em uma abrasão dos

dentes anteriores devem ser mencionados, conscientizados e marcados na ficha

arquivo. Após uma rigorosa limpeza profissional dos dentes, a cor do dente é

determinada e as expectativas do paciente são anotadas na ficha. Em todos os

casos, recomenda-se o uso de fotografias intra-orais. Um exame radiografico

completo se faz necessário para o planejamento do tratamento. Em seguida são

feitos modelos de estudo. Se for planejada a modificação da forma, comprimento do

dentes, ou fechamento de um diastema, tais modificações devem ser transferidas

para um modelo de diagnóstico em cera, que facilita a comunicação do cirurgião

dentista com o técnico e com o paciente.

Watanabe e Hirata (2000) salientaram que o mascaramento adequado de

dentes manchados é difícil, exige um suporte laboratorial e boa comunicação entre o

clinico e o ceramista. Para que esta comunicação alcance seus objetivos, é

importante que a posição da margem incisal esteja bem definida, que as

informações sobre a forma e o contorno do dente sejam adequadas, e que o registro

(28)

2.3 Preparo

Horn (1983) descreveu o preparo dos dentes para receber as facetas

laminadas de porcelana, com uma leve modificação do esmalte vestibular reduzindo

as saliências. e a presença de um pequeno chanfrado no esmalte gengival.

Calamia (1985) defendeu um preparo conservador que incluía um leve

chanfro no esmalte (0,5mm de profundidade) extendendo-se de mesial para distal

aquém do ponto de contato. Uma redução incisal de 0,5mm foi recomendada para

formar um leve sobrepasse incisal. Para aumentar o comprimento do dente, não

seria necessária a redução incisal.

Severo e Machado (1989) sugeriram que o desgaste do dente seja feito

com uma broca esférica de 0,8mm de diâmetro, promovendo um sulco de cervical a

incisal, e mais três sulcos no sentido mésio-distal. Com uma broca tronco cônica

une-se estes sulcos obtendo um preparo relativo, que possibilita avaliar a

quantidade de esmalte desgastada. Todo limite do preparo deveria terminar em

chanfro, inclusive o término palatino, cuidando para que o preparo não termine no

ponto de contato oclusal. Desgastar o esmalte vestibular entre 0,5 a 0,8mm, com

limites cervicais supra ou subgengivais, dependendo do grau de escurecimento ou

erosão. 0 término incisal do preparo seria em bisel, exceto quando se desejasse

aumentar o comprimento coronário, estendende-se o término para palatino ou

(29)

18

Araújo; Oda: Santos (1990) relataram que o desgaste dental para faceta

deveria ser minimo, o suficiente apenas para evitar o sobrecontorno, e de

preferência, não atingindo a dentina, pois perder-se-ia a retenção oferecida pelo

esmalte, e além disto, o acido em dentina poderia causar danos ao complexo

dentina-polpa nos dentes vitalizados. A borda incisal seria levemente desgastada,

apenas para dar espessura a porcelana e não fraturar, porém, apesar deste

procedimento conservar a guia incisal em estrutura dental, aumenta a possibilidade

de descolamento nos movimentos excursivos de protrusão. As faces proximais são

ligeiramente invadidas, para maior espessura da porcelana nesta região,

favorecendo a cor, sem comprometer a região do ponto de contato. No término

cervical, optaram por preparos supragengivais.

Para Vieira et al. (1990) o preparo deveria ser iniciado com uma ponta

diamantada limitadora de profundidade (0,5mm) orientando o desgaste. Em todo o

preparo, um chanfro é realizado com uma ponta diamantada tronco-cônica 3227,

exceto na face incisal onde o término deveria ser em zero para facilitar os

procedimentos laboratoriais. Sempre que possível, manter o preparo a 0,5mm

aquém do bordo gengival. Os autores não aconselharam romper os pontos de

contato. Para aumentar o comprimento cérvico-incisal ou por motivos oclusais,

faz-se o recobrimento incisal com redução de 0,5mm, na incisal e na palatina com

término em chanfro.

Sheets e Taniguchi (1990) defenderam um preparo onde as margens

interproximais são extendidas até a área de contato, para aumentar a força da

(30)

19

Interna é mantida áspera para se obter uma maxima força de adesão. A margem

cervical seria colocada levemente acima da margem gengival.

Christensen (1991) no Encontro Anual da Academia Americana de

Odontologia Estética avaliou, através de um questionário, a atitude e padrões na

aplicação de facetas de porcelana. Duzentos participantes, que tinham no minimo 3

anos de experiência neste procedimento e que haviam realizado em média 200

facetas, foram interrogados, concluindo que:

a) realizavam preparo dentário: 79%;

b) desgastavam 0,75mm: 25%;

C) desgastavam 0,5mm: 65%:

d) faziam término em chanfro na margem gengival: 84%;

e) realizavam cobertura da borda incisal: 22%;

f) não removiam os contatos proximais: 87%.

Vieira e Lima (1992) pesquisaram o desgaste minimo necessário para o

preparo das facetas estéticas e a viabilidade de sua limitação em esmalte. Mediram

a espessura do esmalte vestibular de 21 dentes permanentes anteriores de

indivíduos entre 30 e 45 anos de idade. Três cortes perpendiculares ao longo eixo

dos dentes foram realizados em regiões distintas: corte C (metade do terço cervical),

corte M (metade da coroa), corte I (metade do terço incisal). Em cada fatia fizeram

cinco leituras com microscópio. Verificaram que ha uma grande variação nos

diferentes dentes, e também, nas diferentes areas estudadas no mesmo elemento.

0 incisivo lateral apresentou maior espessura de esmalte que o incisivo central, o

(31)

30

proximais foram as de menor espessura, sendo que na região cérvico-proximal a

espessura foi ainda menor. Concluiram que não seria possível o estabelecimento de

uma espessura fixa de desgaste para todos os dentes, mesmo quando o preparo

atingir a dentina em alguns locais, o que diminuirá a força de retenção exigindo

cuidados especiais no momento da adesão. Seria necessário que o término do

preparo nas faces vestibular e proximais fosse em chanfro, o que, pela sua própria

forma. o manteria em esmalte.

Mainieri; Walber; Rivaldo (1992) relataram que o preparo dentário deveria

ser em esmalte, e somente em dentes desvitalizados e escurecidos é que

aprofundaríamos o preparo até a dentina. A profundidade varia entre 0,4 e 0.5mm na

cervical e 0,5 a 0,6mm no terço médio e incisal. Inicia-se o preparo fazendo uma

canaleta de orientação na margem cervical, e com uma broca tronco-cônica de

extremidade arredonda fazemos canaletas, levando-se em consideração os três

planos dentais, deixando o preparo aquém do ponto de contato. 0 término cervical

sugerido seria em chanfro e 0,2mm subgengival.

Lang e Starr (1992) relataram que para obtenção de melhores resultados

estéticos, deveria-se fazer uma redução dental entre 0,5 e 0,75mm com uma broca

esférica diamantada e cortes na face vestibular como guia de orientação. Depois

estes cortes seriam unidos com uma ponta diamantada tronco cônica, estendendo o

preparo interproximalmente até aquém do ponto de contato. Quando envolver o

bordo incisal, este é reduzido 1,0 a 1,5mm para dar a faceta suficiente resistência a

(32)

3 1

ângulos agudos. Se não fizermos a redução incisal, devemos determinar qual

largura é suficiente para evitar o enfraquecimento do bordo incisal.

Lacy et al. (1992) realizaram uma pesquisa in vitro, mostrando a

microinfiltração ocorrida na margem gengival de facetas laminadas de porcelana e

de resina composta. Prepararam, nove grupos de 20 dentes, sendo seis grupos com

término cervical em dentina, dois com término em esmalte, e um com término

cervical coincidindo com o término de uma restauração com ionômero de vidro. Os

dentes foram tratados com adesivos dentinários, e depois restaurados com facetas

de porcelana (oito grupos) e com faceta de resina composta (um grupo). Todas as

porcelanas foram condicionadas com ácido hidrofluoridrico 9,5% durante 4min, e foi

aplicado o agente silano. Depois de cimentadas, foram armazenadas em água

durante 4 dias e sujeitas à termociclagem antes de coradas e cortadas. Os autores

concluiram que nenhuma das facetas circundadas por esmalte mostrou infiltração, e

todas as facetas sobre ionômero de vidro mostraram extensa microinfiltração

marginal. Analisando os grupos com término em dentina, encontraram uma extensa

infiltração em todas as facetas de resina composta, e quase nenhuma nas facetas

de porcelana.

Ferrari; Patroni; Balleri (1992) mediram a espessura do esmalte vestibular

de 114 dentes, no terço gengival, médio e incisal. A experiência compreendeu 10 ou

mais dentes sadios para cada grupo (incisivos, caninos e pré-molares) extraídos.

Todos os dentes foram seccionados longitudinalmente em sentido V-L em três

porções. A largura foi medida em três locais de cada corte: cervical (a 2mm

(33)

o rebordo incisal), incisal (em uma linha horizontal a 2mm apical à crista do rebordo

incisal). Concluiram que o esmalte variou entre 0,3 a 0,5mm na cervical, de 0,6 a

1,0mm no terço médio e entre 1,0 e 2,1mm na incisal. Assim, sugeriram que para

dar uma espessura minima à porcelana e evitar sobrecontorno da faceta laminada, o

esmalte deveria ser reduzido ao menos 0,5mm, porém, a quantidade e espessura do

esmalte na área cervical dos dentes anteriores não permite uma redução adequada

sem penetrar em dentina.

Chalifoux e Darvish (1993) descreveram três tipos de preparos dentários

básicos para facetas laminadas em porcelana: o preparo comum, o slice, e o preparo

em janela.

a) no preparo comum, recomendaram um desgaste de face vestibular de 0,5mm,

sendo que se o dente é escuro, o preparo pode ser aumentado, estendendo-o

supragengivalmente até as áreas de ponto de contato, de modo que todas as

áreas visíveis do dente sejam preparadas. Quando desejamos fazer

mudanças no tamanho dentário, o bordo incisal é reduzido aproximadamente

0,5mm a 1mm:

b) preparo em slice seria indicado para fechar diastemas ou remover

lateralmente o contato de um dente para o adjacente; sendo que após a

redução vestibular e incisal, estendemos o preparo para a face lingual com o

objetivo de que os bordos da faceta adaptem-se na face lingual do dente. Se

o preparo não envolver a face lingual do dente quando tenta-se mudar

lateralmente os contatos, este será definido quando os dentes

(34)

a

33

c) o preparo em janela seria realizado como o preparo comum, contudo,

modificado no corte, pois a ponta diamantada n° 770 utilizada para fazer o

chanfro, é virada de cabeça para baixo, cortando a face vestibular da borda

incisal, a fim de que a linha do Angulo incisal não seja tocada.

Para Brasil et al. (1993) a realização de preparo para confecção das

facetas laminadas de porcelana, possuem vantagens como: possibilidade de se

evitar ou diminuir o sobrecontorno, aumento da força de união entre resina fluida e o

esmalte, e mascaramento de manchas devido ao opaco utilizado. A profundidade do

desgaste vestibular varia de acordo com a vitalidade pulpar, grau de alteração

cromática e a posição do dente no arco, sendo que em alguns casos o preparo

poderá consistir em um pequeno desgaste, visando a remoção da camada

aprismática ou brilho do esmalte, a profundidade média de desgaste será de 0,2 a

0,6mm. Quanto ao preparo interproximal, os autores aconselharam que este seja

executado até metade da face interproximal, porém sem romper os pontos de

contato. 0 término cervical deverá ser em chanfro de aproximadamente 0,25mm.

Nos dentes inferiores, a borda incisal não deve ser desgastada devido a participação

na guia incisal, o que facilita o descolamento; já nos dentes superiores o desgaste

incisal de 1,0mm será realizado apenas quando não há vitalidade pulpar, para

compensar a friabilidade da estrutura desidratada.

Chalifoux (1994) citou que a exposição dentinária não é um fator critico na

confecção das facetas, pois o adesivo dentinário sela os túbulos prevenindo

sensibilidade, desde que a linha de término sempre esteja em esmalte. Regras

(35)

34

a) terminar em esmalte para evitar a microinfiltração;

b) terminar em chanfro, dando espessura e resistência suficientes para a

porcelana. Se terminar em bordo cortante ou longo bisel pode ocorrer fratura

da porcelana durante a instalação;

c) espessura uniforme da restauração para aumentar a força;

d) para prevenir fraturas na instalação, a aplicação do agente cimentante deve

ser feita sem pressão excessiva;

e) o preparo deve permitir um bom fluxo nos contornos da estrutura dental e

porcelana para que a higiene possa ser mantida, ocorrendo minimo trauma á

porcelana durante a mastigação, e um maior conforto para o paciente. sem

sensação de sobrecontorno;

f) a porcelana não deve ser mais fina que 0,5mm e também não mais espessa

que 2mm para suportar a máxima força.

Nordbo; Rygh-Thorensen; Henaug (1994) realizaram uma avaliação

clinica em 135 facetas laminadas de porcelana coladas em dentes anteriores sem

preparo incisal. Somente 0,3 a 0,5mm do esmalte vestibular foi removido utilizando

uma broca diamantada tronco-cônica de extremidade arredondada. A margem

cervical do preparo foi em nível gengival, com término em chanferete. As facetas

foram condicionadas, silanizadas e cimentadas com resinas de microparticulas

fotopolimerizáveis. Após 3 anos de controles anuais, concluiram que um preparo

mínimo sem sobrepasse incisal representa um tratamento de sucesso, preservando

o máximo da substância dental natural, sem produzir uma aparência

sobrecontornada. Para os autores, em condições onde o paciente apresenta uma

(36)

3 5

porém, aconselharam que a porcelana deva ser protegida do estresse direto, o que

significa que, sempre que possível, a faceta não deve ser colocada em contato

direto com o antagonista.

Para Vieira e Ferreira (1994) não haveria necessidade de nenhuma

redução de tecido dentário para confecção de facetas laminadas de porcelana em

incisivos conáides, já que apenas a reposição da anatomia vestibular e proximal dos

elementos em questão é feita. Com as porcelanas aluminizadas, pode-se executar

espessuras de 0,5mm, terminar em bisel, e não existe a necessidade de redução do

dente para solucionar casos de microdontia.

Mezzomo (1994) preconizou uma técnica que baseia-se na silhueta.

permitindo ao profissional uma sistemática de redução do esmalte e o controle sobre

a profundidade do desgaste. Na maioria das situações clinicas, algum tipo de

redução de esmalte se faz necessária para atingir os seguintes objetivos:

a) fornecer uma adequada dimensão e espaço para a porcelana (a espessura

ideal é de 0.5mm);

b) remover convexidades para criar uma via de inserção definida de acordo com

o envolvimento das superfícies;

c) fornecer espaço adequado para o mascaramento de manchas escuras e para

o agente cimentante.

Vieira et al. (1994) verificaram que em cada caso seria necessário um tipo

de desgaste, tornando difícil o estabelecimento de uma espessura fixa de desgaste

(37)

36

a) delimitação periférica do preparo, definição da profundidade do preparo.

complementação do desgaste vestibular, e término incisal;

b) delimitação periférica do preparo: deveria ser feita com instrumento rotatório

abrasivo diamantado esférico, iniciando no terço cervical, estendendo-se para

o próximo-incisal. 0 limite cervical deveria estar localizado em nível da

gengiva marginal livre. A proteção do tecido gengival durante a realização do

preparo cervical deve ser feita com o auxilio de fio retrator ou com o uso de

um protetor metálico cervical, ou com uma espátula de inserção. Quanto ao

limite proximal, seria extendido até pouco aquém da área de contato proximal,

de modo que a linha de união dente/resina fique mascarada;

c) definição da profundidade do preparo: a redução vestibular é feita com

instrumento esférico diamantado (1013/1014), ou com instrumento em forma

de roda (1051/1052) ou haste anelada (4141/4142). Com o instrumento

selecionado são feitas canaletas paralelas à borda incisal do dente,

perpendicularmente, ao longo eixo do mesmo, acompanhando o contorno

vestibular e extendendo-as de proximal a proximal. Iniciam-se as canaletas

por cervical, separando uma da outra com uma distância semelhante da

largura da cana leta, sendo geralmente três;

d) complementagão do desgaste vestibular: com instrumento tronco-cônico

diamantado de ponta arredondada, a superfície vestibular é regularizada,

respeitando-se a profundidade demarcada pelas canaletas. Esta

regularização deve ser orientada pela curvatura vestibular do dente;

e) término incisal: pode ser realizado em dois padrões: lâmina de faca e

recobrimento incisal. 0 preparo incisal em lâmina de faca é incluído durante a

(38)

37

após a redução da superfície vestibular, quando a borda incisal é então

reduzida em cerca de 2mm, e um chanfro por palatino ou lingual é

confeccionado no ângulo cavo-superficial com instrumento esférico.

Fischer; Kutze; Lampert (1997) preconizaram uma técnica para a borda

cervical que é indicada para situações onde há presença de defeito na porção

cervical que não pode ser resolvido com as tradicionais técnicas em resina

composta, e não justificam a perda de 60% a 70% de esmalte saudável para

confecção de coroa convencional. A nova terapia proposta pelos autores foi

desenvolvida através de uma experiência à longo prazo com a técnica de faceta. 0

processo de preparo foi descrito como técnica de Edge Up. Uma característica

particular deste preparo é um ombro longo em esmalte, que cria uma área adequada

de retenção para a técnica do condicionamento ácido e serve como um suporte para

as forças de cisalhamento que ocorrem na área dos dentes anteriores.

Brunton e Wilson (1998) recomendaram uma redução uniforme de

(0,5mm) da face vestibular do dente para facetas laminadas de porcelana, sendo

que o preparo dos dentes a mão livre pode resultar em profundidades variadas,

podendo ocorrer exposição da dentina na área cervical do preparo. A superfície

vestibular deve ser reduzida no minimo em dois pianos, e para os caninos em três

planos. A redução da borda incisal é recomendada, fazendo uma sobreposição

incisal, com um chanfro palatal ou biselando a borda incisal. Quanto ao preparo

cervical, salientaram que a ausência de um stop gengival na forma de uma margem

gengival definida, pode futuramente resultar em uma posição incorreta das facetas

(39)

3 8

subgengival dentes com cáries nas margens livres da gengiva, presença de

restaurações subgengivais e exigências cosméticas do paciente.

Em seu estudo, Fradeani (1999) realizou o preparo em chanfro de

aproximadamente 0,5 a 0,6mm. 0 objetivo era confinar o preparo ao esmalte sempre

que possível, especialmente na linha de término. Quando era necessário aumentar a

superfície total do esmalte, o preparo foi estendido um pouco para a superfície

lingual com um leve chanfro, criando ao mesmo tempo uma trajetória de inserção

correta durante a prova e a cimentação. No caso das facetas fabricadas, o preparo

foi estendido para as áreas interproximais a fim de ocultar as margens da

restauração e aumentar a quantidade de esmalte disponível para a adesão. 0 autor

relatou a importância em se limitar o preparo em esmalte (50% da área), em especial

nas margens. Em algumas situações, como na presença de desgaste incisal e

vestibular, deve-se estender o preparo até a área palatina a fim de aumentar a

quantidade total de esmalte e a resistência final.

Para Watanabe e Hirata (2000) o preparo do dente na confecção de

facetas de porcelana ficaria confinado ao esmalte com margens supragengivais,

exigindo um desgaste dental de aproximadamente 0,6 a 0,8mm. Os resultados

podem ser satisfatórios neste tipo de prótese porque ela geralmente consegue

preservar a guia anterior, e além disso, sua estabilidade de cor e translucidez são

satisfatórias. Um desgaste dental adequado é de grande importância para que o

resultados estético seja alcançado, principalmente quando for necessário mascarar

(40)

39

ampliado para que a espessura adicional do cemento auxilie na capacidade de

mascaramento.

Para Schmidseder (2000) o preparo das facetas seria uma tarefa muito

simples para o cirurgião-dentista. Se forem apenas mascarados defeitos do esmalte,

é suficiente um preparo básico. Caso encontrem-se restaurações maiores em resina,

o preparo básico deve ser ampliado. Se, adicionalmente, forem corrigidos pequenos

mal posicionamentos dos dentes, fortes pigmentações, ou o fechamento de um

diastema, o preparo básico desenhado deve ser modificado. Quanto ao preparo.

orientou que toda superfície vestibular deve ser desgastada cerca de 0,5 a 0,7mm; a

borda proximal deve ser estendida na zona da superfície de contato; o término

cervical deve ser em chanfro; deve ser feita a redução incisal de 1 a 1,5mm e se

reconstruido o comprimento original dos dentes anteriores, basta o chanfro lingual

ou palatino.

Para Touati; Miara; Nathanson (2000) o preparo uniforme do esmalte

deveria resultar em uma redução tecidual média de 0,5mm, e em casos mais

extremos de descoloração, aumentar a redução para 0,7 a 0,8mm, não

recomendando um desgaste de menos de 0,3mm. 0 posicionamento das margens

profundamente no sulco gengival é desaconselhável, as margens supragengivais ou

justagengivais sempre deveriam ser preferidas. Os autores asseguraram que se as

circunstâncias clinicas permitirem, sempre é preferível preservar a área de contato

proximal, entretanto. em casos em que a área natural de contato foi perdida por

restauração proximal, diastema ou Angulo fraturado, a margem deve ser posicionada

(41)

4()

camada de cerâmica de pelo menos 1mm de espessura, sendo que uma camada

mais espessa do que 1,5 a 2,0mm deve ser usada para caninos e incisivos

inferiores. Nos anos 80, a tendência era preservar a crista incisal. A margem era

localizada na crista incisal quando suficientemente espessa. Apesar de limitarmos

este tipo de preparo para a região dos dentes superiores, um maior número de

fraturas foi observado com esta técnica de preparo nos casos em que a crista era

simplesmente recoberta. Esta observação, fez da cobertura completa da crista

incisal, o procedimento de escolha. Este procedimento oferece várias vantagens, tais

como:

a) restringe fraturas de ângulos. Quando os dentes são muito finos, a diferença

entre a resiliência do dente natural preparado e da faceta laminada pode, sob

certas circunstância oclusais, provocar trincas ou fraturas da cerâmica;

b) melhora as propriedades estéticas das facetas laminadas;

c) oferece altura para alterar a forma dental;

d) facilita a alteração da posição dental;

e) possibilita ajuste da oclusão;

f) facilita o manuseio e o posicionamento da faceta laminada na prova e, em

particular, durante a colagem;

(42)

2.4 Moldagem

Para Severo e Machado (1989) a impressão poderia ser feita com

qualquer elastômero associado à uma moldeira individual, ou siliconas com

moldeiras de estoque. 0 afastamento gengival é necessário quando o preparo é

sub-gengival, utilizando-se os métodos convencionais de afastamento, de

preferência mecânicos.

Segundo Chalifoux e Darvish (1993) a moldagem é um passo muito

importante, pois define o preparo da estrutura dental e uma área de pelo menos

0,5mm além do término, facilitando o trabalho de delineamento das linhas de término

e do perfil de emergência. Contudo, como geralmente os preparos para facetas

laminadas de porcelana são supra-gengivais, as moldagens são fáceis de serem

executadas, e caso o preparo seja sub-gengival indica-se o uso de fio retrator.

Para Vieira et al. (1994) comparada a outros procedimentos protéticos, a

moldagem para facetas laminadas de porcelana é relativamente simples e menos

critica, pois, geralmente envolve apenas os dentes anteriores, e, pequenas

distorções ou falhas de adaptação podem ser corrigidas durante a cimentação com

resina composta. 0 caráter estético das facetas laminadas exige que o limite cervical

do preparo esteja bastante nítido, recomendando uma moldagem com um sulco livre

de fluidos, e a gengiva afastada. Os autores indicaram as siliconas de condensação

como material de moldagem.

(43)

42

De acordo com Small (1998a) a realização de moldagens precisas, seria

um importante passo para a confecção correta e precisa da faceta laminada de

porcelana. Inicia-se com o adequado manejo do tecido e moldagens acuradas, que

somente ocorrerão se a superficie do dente estiver visível, limpa e seca. Se as

margens do preparo das facetas são subgengivais, um fio de retração é necessário.

Porém, se as margens são expostas e visíveis não é necessário o afastamento

gengival.

Schmidseder (2000) recomendou como material de moldagem as

silicones ou poliéteres. Os hidrocolóides não são vantajosos, pois não têm suficiente

resistência, e em pequenos espaços interdentais eles geralmente rasgam. Caso o

modelo de estudo já esteja pronto, a impressão de toda arcada pode ser feita com

um elastômero.

Touati; Miara; Nathanson (2000) sugeriram que a moldagem deva ser

realizada com material de moldagem para prótese fixa, como poliéter, polissulfeto ou

polivinilsiloxano. Os polivinilsiloxanos hidrofilicos são mais adequados e parecem ser

os materiais de escolha por suas excelentes propriedades mecânicas, precisão,

reprodução de detalhes e estabilidade. Nenhum hidrocolóide reversível ou

irreversível é adequado para este tipo de moldagem, já que sua falta de resistência

(44)

2.5 Seleção da cor

Segundo Vieira et al. (1994) as facetas laminadas de porcelana não

podem ser comparadas ás coroas, pois existem problemas inerentes 6 técnica que

devem ser avaliados. A primeira dificuldade diz respeito á pequena espessura do

preparo, o que pode inviabilizar a colocação de uma camada de opaco, promovendo

uma forte influência da cor do remanescente dental, no resultado final da cor da

faceta. Para que o protético consiga um bom desenvolvimento de cor (aposição de

camadas de cor e translucidez distintas), existe a necessidade de uma espessura

final da ordem de 1 5mm, pois, caso contrário, corre-se o risco de obter-se uma

faceta opaca, que apresentará reflexão de luz homogênea, o que dá ao dente uma

aparência artificial. Para o registro da cor, os seguintes passos devem ser seguidos:

profilaxia, dente seco (porém não desidratado), definir matiz pelo canino ou pelo

dente mais saturado presente no arco, definir saturação á partir do terço médio do

dente a ser facetado.

Para Mezzomo (1994) a cor final da faceta laminada cimentada é a

combinação de vários fatores, e não somente da cor da porcelana. A cor original do

dente, a cor selecionada da porcelana, a quantidade de opacificador adicionado, a

cor e opacidade da resina de cimentação, o uso de pigmentos, a variação na

quantidade de redução do esmalte e tipo de preparo também influenciam no

resultado final. Por isso, o autor sugeriu que na seleção de cor, o tom escolhido seja

umquarto mais claro que a tonalidade desejada.

(45)

44

Para facilitar a visualização dos defeitos da area incisal e do contorno dos

dentes naturais, Gust (apud SMALL 1998a) citaram um método bastante simples

que consiste em posicionar uma fita adesiva de superfície fosca sobre os dentes

naturais, delimitando com um lapis de cor convencional o contorno vestibular do

dente. Com o lapis de outra coloração, são demarcadas as posições em que se

encontram os mamelos, trincas verticais e regiões de maior translucidez e levemente

azuladas. Para facilitar este procedimento, pode-se utilizar uma ponteira luminosa de

fibra ótica posicionada na area palatina do dente. Então, as demarcações podem ser

coladas em qualquer tipo de papel para depois ser colocada outra fita adesiva sobre

o desenho, a fim de que este não seja alterado. Esta técnica também pode ser

utilizada em dentes com grandes variações de cores, tanto na dentina quanto no

esmalte. Assim, o técnico visualiza, de maneira fácil e simples, a localização correta

de cada cor, observando também a forma do dente.

2.6 Restauração provisória

O esforço no diagnóstico através das restaurações provisórias que

reproduzem a forma do enceramento, simulam o potencial estético e funcional da

restauração final planejada, portanto, uma fiel reprodução das restaurações

provisórias em restaurações finais simplificará consideravelmente a realização

destas.

Para Vieira et al. (1990) não existiria a necessidade do uso de provisórios,

pois se trata de um desgaste minimo em esmalte. Nos casos onde a estética fosse

(46)

45

Para Mezzomo (1994) as facetas temporárias, além de cumprirem seu

papel de "manter o indivíduo socialmente ativo", atuariam como elemento auxiliar de

diagnóstico. serviriam para avaliar se a espessura do desgaste promoveria um

efetivo mascaramento das manchas, e possibilitaria modificações no tamanho e

forma iniciais até encontrar uma solução estética que satisfaça o paciente. Para a

cimentação dos provisórios, a utilização da mesma resina usada para a cimentação

definitiva pode ser aplicada, porém, sem o condicionamento ácido do esmalte.

Cuidados devem ser tomados para obter uma boa adaptação cervical e uma

superfície lisa, sem sub ou sobrecontornos. Devido à fragilidade da união e o risco

de descimentação dos provisórios, foi sugerido que o tempo entre o preparo e a

cimentação não deva ultrapassar de 1 semana.

Para Magne; Magne; Belser (1996) os conceitos de tratamento moderno,

abandonam a tradicional prática de restaurações provisórias de qualidade mediocre,

que mais tarde são substituídas por próteses fixas com uma melhora significativa.

Em uma abordagem racional, próteses provisórias deveriam ser realizadas utilizando

um guia-padrão diagnóstico, o qual consiste de um enceramento diagnóstico

seguido da fabricação de restaurações provisórias, incorporando função e estética.

Através deste guia, os autores enfatizaram a objetividade e simplicidade da técnica,

bem como seus benefícios, devido ao uso das informações diagnósticas serem

incalculáveis para a fabricação das restaurações finais. Isto pode ser definido como

um resumo de procedimentos experimentados para determinar a forma e posição

dos dentes e tecidos gengivais adjacentes na montagem dos modelos diagnósticos

(enceramento e prova), e para a avaliação de um novo design oral. Este

(47)

46

porque os provisórios são avaliados diariamente e finalmente aprovados pelo

paciente. A análise do diagnóstico é a base na qual a futura terapia é planejada:

entretanto , deve ser um procedimento simples e racional. 0 esforço no diagnóstico

através das restaurações provisórias que reproduzem a forma do enceramento,

simulam o potencial estético e funcional da restauração final planejada, portanto,

uma fiel reprodução das restaurações provisórias em restaurações finais, simplificará

consideravelmente a realização destas. Além disto, o guia-padrão, serve como

referência para o preparo dos dentes, fabricação de núcleos corono-radiculares e

ainda para o condicionamento dos tecidos moles adjacentes.

Segundo Small (1998b) as restaurações provisórias deveriam ser usadas

para inúmeros propósitos, tais como: proteção da estrutura do dente preparado

evitando danos químicos, térmicos e biológicos, estética temporária no local da falta

de estrutura dentária, devolução da função e estabilidade oclusal, manutenção da

saúde do periodonto, e avaliação fonética. 0 uso das restaurações provisórias

também seria importante para se ter uma visão antecipada dos resultados estéticos

(tanto para o dentista como para o paciente). A comunicação pode ser facilitada e os

pacientes podem reconhecer e então verbalizar seus desejos estéticos depois de

terem utilizado as facetas provisórias. Isto se torna muito importante quando existem

muitos dentes envolvidos. Quando se prepara seis ou mais dentes para facetas

laminadas, a necessidade de uma restauração provisória torna-se uma valiosa

ferramenta de comunicação. Tanto o dentista, quanto o paciente, podem

imediatamente discernir se o resultado estético e funcional foi alcançado, e se há

(48)

Fradeani (1999) citou que além de serem um importante protótipo para as

facetas definitivas, as restaurações provisórias são essenciais para manter a posição

original do dente sempre que áreas proximais estão envolvidas no preparo.

Touati; Miara; Nathanson (2000) consideraram a confecção de facetas

provisórias como um estágio muito delicado, pois uma redução minima durante o

preparo ofereceria propriedades retentivas precárias. Portanto, descreveram

métodos diretos e indiretos para a confecção dos provisórios.

2.7 Técnicas laboratoriais para a confecção das facetas

Lang e Starr (1992) indicaram o uso de cerâmica de vidro fundível para

confecção de facetas laminadas, pois segundo os autores, este material tem alta

força compressiva, coeficiente de expansão térmica, dureza, densidade e

translucidez similares ao esmalte natural, evitando o desgaste dos dentes

antagonistas e melhorando a estética.

Vieira e Ferreira (1994) salientaram que as primeiras porcelanas

modernas para uso odontológico não eram aluminizadas, sendo extremamente

friáveis e exigindo uma espessura em todo o contorno cervical de

,aproximadamente, 1.5mm. Com as porcelanas atuais, aluminizadas, pode-se

(49)

48

Chalifoux (1994) salientou que a melhora na porcelana especifica para

facetas laminadas e suas técnicas auxiliaram nos resultados estéticos e na

longevidade das facetas laminadas de porcelana. Foram descritas algumas técnicas:

a construção direta de porcelana. técnica de vidro fundido e técnica gerada por

computador.

Mezzomo (1994) descreveu a técnica que emprega um modelo refratário

por entender que esta é a mais facilmente dominada, com menores riscos de

distorções, e estando ao alcance de um maior número de técnicos.

Quanto a escolha do material para facetas laminadas de porcelana, Small

(1998a) relatou que existem sistemas de cerâmica no mercado que podem ser

classificados em três distintas categorias: baixa fusão de sistemas feldspaticos, alta

fusão de sistemas feldspáticos e sistemas cerâmicos calcados. Todos produzem

resultados ópticos diferentes dependendo da habilidade do técnico e dos seus

conhecimentos nas diferentes técnicas. Nenhum sistema satisfaz todos os

requisitos, e seria de interesse do operador consultar o técnico considerando os

objetivos do procedimento restaurador.

De acordo com Fradeani (1999) as cerâmicas vítreas oferecem uma

excelente resistência e translucidez, similares às do dente natural. A IPS Empress

(Ivoclar), é uma cerâmica vítrea reforçada por leucita injetada no processo de

queima, que permite bons resultados estéticos A pastilha de cerâmica vítrea é

pré-ceramizada pelo fabricante e depois processada no laboratório , usando tanto a

Referências

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