• Nenhum resultado encontrado

RESSONÂNCIA MAGNÉTICA - Radiologia

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2019

Share "RESSONÂNCIA MAGNÉTICA - Radiologia"

Copied!
33
0
0

Texto

(1)
(2)

Conteúdo

Definição ... 5

Vantagens ... 5

Desvantagens ... 5

Componentes do Sistema de RM ... 5

Magneto ... 6

Magneto Resistivo ... 6

Magneto Permanente ... 7

Magneto Supercondutor ... 7

Bobinas de Radiofreqüência ... 7

Átomo ... 8

Propriedades dos Átomos ... 8

Núcleos Ativos ... 8

Momento Angular ... 8

O Hidrogênio... 9

Propriedades Magnéticas ... 9

Alinhamento ... 9

Ressonância ... 9

Contraste na Imagem ... 11

Mecanismo de Contraste ... 11

T2* e Decaimento Livre da Indução ... 11

Tempo de Eco (TE) ... 12

Relaxamento ... 13

Recuperação T1 ... 13

Contraste T1 ... 13

Ponderação T1 ... 14

(3)

Contraste T2 ... 14

Ponderação T2 ... 14

Contraste por Densidade de Prótons ... 15

Ponderação por Densidade de Prótons ... 15

Suscetibilidade Magnética ... 15

Formação da Imagem ... 16

Gradientes ... 16

Seleção dos Cortes... 17

Espessura dos Cortes ... 18

Espaço K ... 19

Parâmetros de Ressonância Magnética ... 19

Relação sinal-ruído (RSR) ... 20

Fatores que alteram o RSR ... 20

Densidade de prótons ... 20

Volume do voxel ... 20

Diferença entre Pixel e Voxel ... 20

Área do pixel ... 21

Espessura de corte... 21

FOV (field of view) ... 21

Flip Angle ... 21

NEX ou NSA (n° de excitação) ... 22

Comparação entre imagens com mais ou menos NEX ... 22

Largura da Banda ... 22

Tipo de Bobina ... 23

Resolução Espacial ... 23

Comparação entre imagens com alta e baixa Resolução Espacial ... 24

(4)

Pulsos de Radiofreqüência ... 24

Formação de uma Sequência de Pulso ... 25

Spin Eco ... 26

Vantagens ... 26

Desvantagens ... 27

Parâmetros ... 27

Aplicações ... 27

Spin Eco-Ponderações ... 28

Turbo/Fast Spin Eco (FSE-TSE). ... 29

Desvantagens ... 29

Single short Fast Spin-Eco (SSFSE) ... 29

Aplicação ... 29

Gradiente Eco ... 30

Recuperação Inversão (IR) ... 30

Aplicações ... 31

Vantagens ... 31

Desvantagens ... 31

STIR ... 31

FLAIR ... 31

Gradiente Eco ... 32

Aplicações ... 32

(5)

Definição

A Ressonância Magnética (RM) refere-se ao uso de campos magnéticos e ondas de rádio para obtenção de uma imagem. A imagem gerada representa as diferenças existentes entre os vários tecidos do organismo, quantidade de Hidrogênio. A aquisição é feita de modo não invasivo, com extraordinária resolução espacial, não empregando radiação ionizante.

Vantagens

Identificação das estruturas com possibilidade de caracterização tecidos; Obtenção de imagens em quatro planos – axial, coronal, sagital e oblíquos; Obtenção de imagens de vasos sanguíneos, determinando direção e velocidade de fluxo sanguíneo, sem a necessidade de contraste; Uso de contraste paramagnético e não iodado, em caso de pacientes alérgicos a iodo.

Desvantagens

Tempo de realização dos exames relativamente demorado; Necessidade de cooperação por parte do paciente, evitando artefatos de movimento; Altos custos operacionais; Próteses ou corpos estranhos que podem ser deslocados (dano funcional e anatômico) em portadores de Clipes cerebrais ou cirúrgicos, Marcapasso, DIU, Diafragma, Implantes auditivos e Próteses.

Componentes do Sistema de RM

a) Magneto

b) Bobinas de Radiofreqüência c) Bobinas de Gradiente

(6)

Magneto

Campo Magnético Estático (força constante = 0,1 a 3 teslas), campo magnético da terra = 0,00005 tesla

Magneto Resistivo

Cargas elétricas em movimento induzem um campo magnético em torno de si mesmo; Se uma corrente elétrica passar por um fio, é criado um campo magnético ao redor deste; O campo magnético é criado pela passagem de corrente elétrica através de rolos de fio que formam uma bobina; Campo pode ser desativado imediatamente;

(7)

Magneto Permanente

Utilização de materiais, como o ferro, o cobalto e o níquel, que possuem propriedades magnéticas permanentes; Material mais utilizado: alnico – liga de alumínio, níquel e cobalto. Não necessitam de fonte de energia; Baixo custo operacional; Inabilidade para desligar a força do campo magnético; Campos de baixa potência; Tempos de exame mais longos; Forças de campo magnético de até 0,3 tesla; Pequenos campos marginais (que se desviam do corpo do magneto).

Magneto Supercondutor

Mais comum que os outros; Utiliza materiais que não se opõem a passagem da corrente elétrica sob uma dada temperatura muito baixa; Um material largamente utilizado é a liga de nióbio e titânio; São utilizados materiais de resfriamento denominados criogênios (hélio líquido e nitrogênio líquido); O custo de manutenção deste sistema de resfriamento é da mesma ordem ou até maior que os custos elétricos do sistema resistivo; Campo de alta potência; Tempos de exame mais curtos; Forças de campo magnético mais altas, de 2 ou 3 tesla; Grandes campos marginais.

Bobinas de Radiofreqüência

(8)

Na área de interesse a ser registrada, usa-se uma bobina (bobina de superfície / volume) que ampliará o sinal a ser recebido, relativo a esta região. Esta bobina estará localizada na região de interesse do exame, possuindo diversos tamanhos e modelos diferentes (funciona como uma “antena”)

Átomo

Consiste de três partículas fundamentais

Prótons : carga positiva Nêutrons: não têm carga Elétrons: carga negativa

Propriedades dos Átomos

Depende do número de prótons, nêutrons e elétrons presentes Caracterização de elementos

Núcleos Ativos

Os princípios da RM têm por base o movimento giratório de núcleos específicos presentes em tecidos biológicos. Os núcleos ativos se caracterizam por sua tendência a alinhar seu eixo de rotação a um campo magnético aplicado.

Hidrogênio 1; Carbono 13; Nitrogênio 15; Oxigênio 17; Flúor 23; Fósforo 31

Momento Angular

(9)

O Hidrogênio

É o núcleo ativo na RM. Contém apenas um próton (número atômico e de massa 1). Abundante no corpo humano. Apresenta momento magnético grande ( y. 42,57MHz/T).

Propriedades Magnéticas

O núcleo de hidrogênio contém um próton com carga positiva que efetua uma rotação. O núcleo de hidrogênio tem um campo magnético induzido a sua volta e age como um magneto.

Alinhamento

Na ausência de um campo magnético, os momentos magnéticos dos H+ têm orientação ao acaso. Na presença de um forte campo magnético estático externo, os momentos magnéticos dos H+ se alinham a este campo magnético.

Ressonância

(10)

A influência de B0 produz uma rotação adicional ou oscilação do VME em torno de B0.

A frequência de precessão é conhecida como frequência ressonante ou de Larmor. A frequência é proporcional à potência do campo magnético.

ω ωω

ω = γγγγ x B0

ω ω ω

ω = Frequência precessional

γγγγ = Razão giromagnética H+42,57mhz:t

B0 = Potência do campo magnético estático

A freqüência de precessão e a velocidade com que VME oscila em torno de B0 e designada como freqüência de precessão.

Unidade de medida (MHZ). 1HZ=equivale a 1 ciclo por Segundo. 1MHZ=1 milhão de ciclos por segundos.

A ressonância é um fenômeno que ocorre quando um núcleo é exposto a uma perturbação oscilatória que tem uma freqüência próxima de sua própria freqüência natural de oscilação. Esse núcleo ganha energia da força externa e entra em ressonância. A ressonância não ocorre se a energia é aplicada a uma freqüência diferente da freqüência de Larmor do núcleo. O VME se afasta do alinhamento em relação a B0.

O ângulo, segundo o qual o VME sai do alinhamento, é denominado ângulo de inclinação (flip angle). A magnitude deste ângulo depende da amplitude e duração do pulso RF. Os

momentos magnéticos dos núcleos de H+ no VME transverso se movem em fase uns em relação aos outros.

(11)

Contraste na Imagem

O contraste nas imagens se baseia na diferença de intensidade do sinal em áreas de estrutura ou composição diferentes. Uma imagem tem contraste quando apresenta áreas de sinal intenso, áreas de sinal intermediário e áreas de sinal fraco. A frequência de Larmor do hidrogênio na água é maior que a do hidrogênio no tecido adiposo.

• Alto sinal=gordura, água, tecidos moles. • Médio=Músculo, tecido fibroso.

• Baixo sinal=Pulmão, osso cortical.

O tecido adiposo é composto de hidrogênio ligado à carbono. Consiste grandes moléculas denominadas lípides. A água é o hidrogênio ligado ao oxigênio. O oxigênio é mais eletronegativo, pucha mais os elétrons do H+ que o carbono. A água ligada ao oxigênio rouba os elétrons que estão ao redor do núcleo do hidrogênio tornando mais sensível ao efeito de B0. O tecido adiposo o carbono não retira os eletrons em Volta do nucleo de H+, permanecendo uma núvem de eletrons protegendo o nucleo dos efeitos de B0. A frequencia de larmor da água > que do tecido adiposo.

Mecanismo de Contraste

As imagens por RM obtêm contraste principalmente pelos mecanismos de recuperação T1, declínio T2 e densidade de prótons. DP de um tecido=número de prótons por unidade do volume de tecido excitado.

T2* e Decaimento Livre da Indução

Ao retirar-se o pulso RF, o VME passa novamente a sofrer a influência de B0 e tenta realinhar-se com este.

(12)

Tempo de Eco (TE)

O TE controla o grau de magnetização transversa que pode declinar antes de colher-se um eco. Um TE longo possibilita um declínio considerável da magnetização transversa antes que o eco seja colhido, o que não ocorre com o TE curto. É o tempo que vai da aplicação de um pulso de radiofreqüência ao pico máximo do sinal. Também é medido em milisegundos (ms). Determina o grau de declínio da magnetização transversa que pode ocorrer antes de ler-se o sinal. Controla o grau de relaxamento T2 .

Um TE longo diminui RSR, já um TE curto aumenta a RSR.

Tempo de Repetição (TR)

O TR controla o grau de magnetização longitudinal que se permite recuperar antes que se aplique o próximo pulso de excitação. Um TR longo permite a recuperação maior da magnetização longitudinal, de modo a ser mais disponível para ser lançado na repetição seguinte, Um TR curto não permite a recuperação total da magnetização longitudinal.É o tempo que vai da aplicação de um pulso de radiofreqüência à aplicação do pulso seguinte. É medido em milisegundos (ms). O TR controla o grau de relaxamento T1 que pode ocorrer entre o término de um pulso e a aplicação do pulso seguinte.

Um TR longo aumenta a SNR e um TR curto reduz a RSR.

(13)

Imagens ponderadas em T1 TR curto: de 350 a 800 ms

TE curto: de 30 ms ou menos

Estruturas que aparecem brilhantes ( T1 curto): gordura, líquidos proteinógenos Estruturas que aparecem escuras (T1 longo): neoplasia, edema, inflamação

Imagens ponderadas em T2 TR longo: 2000 ms

TE longo: 60 a 80 ms

Estruturas que aparecem brilhantes ( T2 longo):. neoplasia, edema, inflamação

Estruturas que aparecem escuras (T2 curto): gordura, estruturas que contèm ferro como produtos de degradação do sangue.

Relaxamento

Durante o relaxamento, o VME libera a energia RF absorvida e retorna a B0. Os momentos magnéticos do VME perdem magnetização transversa devido ao efeito da defasagem. Tem-se a recuperação da magnetização longitudinal (recuperação T1). Tem-se o declínio da magnetização transversa (declínio T2).

Recuperação T1

É causada pelos núcleos liberando sua energia no ambiente. A energia liberada no retículo circundante faz com que os núcleos recuperem sua magnetização longitudinal. A razão de recuperação é um processo exponencial, com tempo de recuperação constante denominado T1. O tempo de repetição (TR) é o tempo (ms) que vai da aplicação de um pulso RF à aplicação do pulso RF seguinte. O TR determina o grau de relaxamento T1 que ocorreu.

Contraste T1

(14)

Ponderação T1

Uma imagem ponderada em T1 é aquela em que o contraste, predominantemente, depende das diferenças entre os tempos T1 do tecido adiposo e da água. O TR controla o grau de recuperação T1. Para a ponderação T1 o TR tem de ser curto.

Declínio T2

É causado pela troca de energia entre núcleos vizinhos. É denominada relaxamento spin spin e acarreta o declínio da magnetização transversa. A razão de declínio é um processo exponencial, dessa forma o tempo de relaxamento T2 de um tecido é sua constante temporal de declínio.

Esta aceleração e desaceleração relativas, em conseqüência dos distúrbios na homogeneidade de B0 e das diferenças na freqüência de precessão em certos tecidos, fazem com que o VME saia de fase imediatamente. Esta saída de fase é responsável pelo declínio T2. O tempo de eco (TE) é o tempo (ms) que vai da aplicação do pulso RF até o pico máximo de sinal induzido no fio. O TE controla o grau de relaxamento T2 que ocorreu.

Contraste T2

A troca de energia é mais eficiente no tecido adiposo. O tempo T2 do tecido adiposo é CURTO. Na água, a troca de energia é menos eficiente que no tecido adiposo. O tempo T2 da água é LONGO.

Ponderação T2

Uma imagem ponderada em T2 é aquela em que o contraste , predominantemente, depende das diferenças entre os tempos T2 do tecido adiposo e da água. O TE controla o grau de declínio T2. Para a ponderação T2 o TE tem de ser longo.

(15)

As imagens T1 se caracterizam por tecido adiposo brilhante e H20 escura.

As imagens DP se caracterizam por: áreas com elevada densidade de prótons (brilhantes), e áreas com baixa densidade de prótons (escura).

As imagens T2 se caracterizam por H20 brilhante e tecido adiposo escuro ou com baixo sinal.

Contraste por Densidade de Prótons

Este é o contraste básico da RM. É a diferença na intensidade do sinal dos tecidos que são decorrentes de seu número relativo de prótons por unidade de volume. O contraste por DP está sempre presente e depende do paciente e da área que está sendo examinada.

Ponderação por Densidade de Prótons

Para obter-se a ponderação por DP tem-se de diminuir os efeitos dos contrastes T1 e T2. Para isso, utiliza-se um TE CURTO e um TR LONGO.

Suscetibilidade Magnética

É o grau de magnetização de uma substância. Substâncias Diamagnéticas são aquelas que quando colocadas num campo magnético, se magnetizam ligeiramente na direção oposta e, ao ser removido do campo magnético externo, sua magnetização retorna a zero.

Substâncias Paramagnéticas são aquelas cujos átomos possuem elétrons não pareados que induzem um pequeno campo magnético ao redor de si mesmo (momento magnético). Fora do campo magnético, esses momentos magnéticos ocorrem ao acaso, cancelando-se. Sob a ação de um campo magnético, esses momentos magnéticos se alinham positivamente, somando-se.

(16)

Z

X Y

Formação da Imagem

Para ocorrer RM deve-se aplicar um pulso RF a 90o em relação a B0 à frequência de precessão do H+ .

Este pulso de RF dá ao VME uma energia tal que ele é lançado no plano transverso. O pulso de RF também coloca em fase os momentos magnéticos individuais que constituem o VME. A magnetização transversa coerente daí resultante entra em precessão à frequência de Larmor do H+ no plano transverso.

Induz-se a bobina receptora posicionada no plano transverso uma voltagem ou sinal. Este sinal tem uma frequência igual à frequência de Larmor do H+, independente da origem do sinal no paciente.O sistema deve ser capaz de localizar espacialmente o sinal em três dimensões, de modo a poder posicionar cada sinal no ponto correto da imagem.

O processo de transformação do eco em imagem depende de duas etapas principais:

• Localização espacial do plano de corte;

• Localização espacial dos prótons do maior eixo deste plano de corte.

Gradientes

São alterações do campo magnético principal e são gerados por bobinas localizadas no corpo do magneto, através do qual passou a corrente.A passagem de uma corrente por uma bobina gradiente induz um campo gradiente (magnético) em torno dela.

Há três bobinas gradientes situadas no corpo do magneto:

(17)

O isocentro magnético é o ponto central do eixo de todos os três gradientes e do corpo do magneto.

Os gradientes podem ser usados para tirar de fase ou recolocar em fase os momentos magnéticos dos núcleos.

Seleção de cortes – localizar um corte no plano de exame selecionado.

Codificação de freqüência – localização espacial (codificação) de um sinal ao longo do eixo longo da anatomia.

Codificação de fase – localização espacial (codificação) de um sinal ao longo do eixo curto da anatomia.

Seleção dos Cortes

Quando uma bobina gradiente é ligada, a potência do campo magnético altera-se de maneira linear. Os gradientes podem alterar o campo de forma suave ou acentuada, dependendo da corrente elétrica aplicada. O corte é excitado de forma seletiva, pela transmissão de RF com uma faixa de freqüências coincidindo com as freqüências de Larmor.

O gradiente Z seleciona os cortes AXIAL.

(18)

O gradiente X seleciona os cortes SAGITAIS.

Espessura dos Cortes

(19)

A aplicação de todos os gradientes seleciona um corte individual, produzindo um desvio de freqüência ao longo de um eixo do corte e um desvio de fase ao longo de outro eixo.

Espaço K

Durante a aquisição de dados, enquanto a sequência ainda não terminou, o armazenamento é feito de forma organizada numa área chamada espaço K

O eixo de fase do espaço K é horizontal. O eixo de frequência do espaço K é vertical.

Durante cada TR, uma linha do espaço K é preenchida com dados de codificação de fase e de freqüência, até que todas as linhas estejam preenchidas e a sequência tenha sido terminada. Como a freqüência é definida como a alteração de fase por unidade de tempo e é medida em radianos, a unidade do espaço K é rad / cm.Após a localização espacial dos dados e coleta e armazenamento, estes dados estarão prontos para ser transformados em imagens.

O processo de conversão em imagem é matemático e baseia-se na chamada Transformada de Fourier, para transformar os dados em imagem. O espaço K não corresponde à imagem, ou seja, a linha superior do espaço K não corresponde à linha superior da imagem.

Parâmetros de Ressonância Magnética

(20)

Relação sinal-ruído (RSR)

Esta é uma relação entre amplitude (quantidade) de sinal recebido e a média de amplitude de ruído. O sinal depende principalmente da área de estudo, da região anatômica, do tamanho do paciente e do tipo de sequência de pulso utilizada. O ruído é inerente ao sistema e estará sempre presente, independe dos fatores mencionados acima. O importante é adquirir imagens c/ alto sinal e baixo ruído.

Fatores que alteram o RSR

Densidade de Prótons, Volume do voxel, TR, TE e Flip Angle, NEX ou NSA, Largura da banda receptora, Tipo de bobina

Densidade de prótons

A quantidade de prótons na região em estudo determina a amplitude de sinal, isto é, quanto maior a quantidade de prótons de hidrogênio maior a quantidade de sinal.

Exs.: Pulmões apresentam baixa intensidade de sinal, logo: baixa RSR. Pelve apresenta alta intensidade de sinal, logo: alta RSR.

Volume do voxel

A RSR é diretamente proporcional ao volume do voxel e qualquer parâmetro que alterar o tamanho do voxel vai alterar a RSR. Nós podemos alterar o tamanho do voxel de três formas: 1. na área do pixel, 2. na espessura de corte e 3. FOV

Obs1.: Pixel: Unidade base de uma imagem digital.

Obs2.: Voxel: Constitui o volume de uma determinada região (em estudo) do paciente e é representado pela área do pixel e pela espessura de corte.

(21)

Área do pixel

Está diretamente relacionada com a matriz.

* Matriz alta: Resulta em pequenos pixels e voxels. Ex.: 512x512 * Matriz baixa: Resulta em grandes pixels e voxels. Ex.: 192x192

Espessura de corte

É diretamente proporcional ao RSR, isto é, quanto maior a espessura maior a RSR.

FOV (field of view)

É o tamanho da área em que o sistema irá realizar a leitura do dados, é o tamanho da área em estudo, é meu campo de visão. Interfere no tamanho da área do pixel, ou seja, quanto maior o FOV pixel formador de imagem, maior será a RSR.

Flip Angle

(22)

Representação gráfica do Flyp Angle e a RSR.

NEX ou NSA (n° de excitação)

O NEX representa quantas vezes o sistema faz a leitura dos mesmos dados adquiridos a cada codificação de fase. Quanto maior o NEX, mais vezes a mesma codificação de fase será lida e armazenada na mesma linha do espaço K, e portanto os dados serão mais ricos em informação sobre a área em estudo. Quanto maior o NEX, maior vai ser RSR.

Comparação entre imagens com mais ou menos NEX

Largura da Banda

(23)

Tipo de Bobina

A utilização de bobinas adequadas tem um papel fundamental na otimização da RSR. Dependendo da bobina que está sendo utilizada nós podemos influenciar na quantidade de sinal recebido e portanto afetar RSR. Se eu utilizar a bobina correta eu terei uma alta RSR.

Opções para aumentar RSR.

I. Aumentar NEX, porém aumenta o tempo;

II. Aumentar espessura de corte, porém diminui a resolução; III. Aumentar o FOV, também diminui a resolução

IV. Aumentar o TR, porém diminui o contraste T1;

V. Diminuir a matriz, diminuo o tempo porém diminui a resolução.

Resolução Espacial

(24)

Comparação entre imagens com alta e baixa Resolução Espacial

Opções para aumentar a Resolução Espacial

I. Aumentar a matriz, porém aumenta o tempo de exame e diminui RSR; II. Diminuir o FOV, porém diminui RSR,

III. Diminuir a espessura de corte, porém diminui a RSR;

Seqüência de pulso

Forma com os pulsos de RF são aplicados e a obtenção dos sinais de RM influencia no contraste das imagens. A partir da aplicação de pulsos com ângulos diferentes, obtém contraste distinto entre os tecidos.

TR-TE

TE - Tempo de Eco é o tempo de aplicação do pulso de radiofreqüência (90 graus), e amplitude máxima do sinal de RM em uma seqüência spin-eco.

TR- Tempo de Repetição é o tempo medido entre dois pulsos radiofreqüência de 90 graus em seqüência spin-eco.

Pulsos de Radiofreqüência

O pulso consiste em um sinal de freqüência, duração e amplitude de fixas. Freqüência Freqüência de precessão ω0 = B0 + γ

(25)

É a energia de RF usada para perturbar os prótons quando se alinham no campo magnético externo e é fornecido como uma energia aferente denominada pulso de RF.

As sequências de pulso apresentam dois objetivos básicos:

A magnetização transversa deve ser criada usando um ou mais pulsos de RF, e esta magnetização deve ser codificada (pulso gradiente), determinando a posição espacial do tecido e formando a imagem.

O contraste desejado entre os tecidos deve ser baseado no tempo de aplicação e duração dos vários pulsos de RF e pulsos de gradiente.

Formação de uma Sequência de Pulso

Quando a energia do pulso de RF é aumentada, a intensidade do sinal observada no VME (plano transverso) atinge um máximo. O VME induz uma voltagem na bobina receptora.

O transmissor de RF é desligado ou inativado quando se deseja detectar o sinal de RM. Dessa forma são colhidas várias centenas de sinais, consistindo em uma série de eventos com a seguinte ordem:

pulso de RF, leitura, aguardar... pulso de RF, leitura, aguardar...

Cada série é uma repetição da anterior na ordem e momento dos pulsos de RF adequados.

A combinação específica é denominada sequência de pulso de RF. Seqüência mais

(26)

As sequências de pulso de RM em uso clínico são agrupadas em duas classes básicas: sequências em spin-eco e sequências em gradiente-eco.

Foram desenvolvidas várias técnicas utilizando-se estas sequências básicas, assim cobrindo uma ampla faixa de valores de contraste.

Spin Eco

As sequência de pulso do tipo SE são aplicadas com um pulso inicial de 90° de excitação dos prótons presentes no VME.

Pulso a 90° (pulso π/2) – É a menor intensidade do pulso de RF que produz uma resposta máxima.

O VME induz uma voltagem na bobina receptora. O VME é transferido par o plano transverso ao plano do campo magnético principal e inicia a precessão em fase.

Ao ser removido o pulso de 90°, é produzido um sina l de declínio de indução livre (DIL). A saída de fase T2* ocorre imediatamente e o sinal declina.

A seguir, aplica-se um ou mais pulsos de 180° que r epolarizam o VME no plano transverso criando um ou mais spin-ecos.

Esse pulso RF é o de 180° que é usado para compensa r esta saída de fase.

Pulso a 180° (pulso π) – é o pulso com o dobro daquela intensidade, que não produz sinal.

Vantagens

(27)

Elas podem ser usadas em quase todos os exames. Ponderação T2 efetiva sensível a patologias.

Desvantagens

Tempos de exame relativamente longos.

Parâmetros

Ponderação T1; Ponderação T2; Ponderação DP

Na sequência SE convencional, tem-se um pulso de excitação de 90° seguido de um pulso de restituição de fase de 180°

Somente uma etapa de codificação de fase é aplicada por TR em cada corte e portanto apenas uma linha do espaço K é preenchido por TR.

Na sequência TSE, o tempo de exame é reduzido efetuando-se mais de etapa de codificação de fase e preenchendo-se subsequentemente mais de uma linha do espaço K por TR.

Utiliza-se uma sequência de ecos que consiste em vários pulsos de restituição de fase de 180°.

Aplicações

O contraste observado nas imagens TSE é semelhante ao SE.

(28)

Spin Eco-Ponderações

T1- TR até 700ms e TE inferior 15ms; DP- TR 1800-2000 e TE 20-40ms;

T2- TR acima de 2200 e TE acima 50ms.

A transferência de energia dos núcleos para o meio é denominada relaxamento tipo spin-meio ou longitudinal – T1.

O tempo T2 por sua vez corresponde ao tempo necessário para que o vetor de magnetização transversa caia de 63% de seu valor ou, em outras palavras, adquira um valor 37% do original total.

A transferência de energia entre núcleos vizinhos é denominada relaxamento tipo spin-spin ou transversal – T2.

(29)

Turbo/Fast Spin Eco (FSE-TSE).

É uma sequência com tempo de aquisição menor em ralação à convencional

O espaço K é preenchido de forma mais rápida

Desvantagens

Alguns efeitos de fluxo e movimento aumentados;

Incompatível com algumas opções de aquisição de imagens; Tecido adiposo claro às imagens ponderadas T2;

Turvação de imagens pode ocorrer porque os dados são colhidos a TSE diferentes.

Single short Fast Spin-Eco (SSFSE)

Espaço K preenchido em um único episódio; Quantidade de pulsos, equivale número de linhas da matriz; Seqüência ponderada em T2, cadeia de ecos demasiadamente longa, influencia na ponderação.

Aplicação

(30)

Gradiente Eco

Utiliza-se um pulso inicial de RF (Flyp angle), variável entre 5 à 180 graus; O refasamento dos prótons é obtido pela aplicação de um gradiente de polarização invertida de forma rápida, inversão de polaridade;

TR e TE curto

A tremenda flexibilidade de contraste nas imagens por RM são resultados da grande variedade das técnicas de seqüência de pulso.

Ainda que a MRI seja uma modalidade de diagnóstico consolidada, novas sequências de pulso continuam sendo desenvolvidas, melhorando as aplicações já existentes ou na criação de novas seqüências.

Recuperação Inversão (IR)

(31)

Um plano de pulso de excitação de 90° é então aplic ado num tempo a partir do pulso de inversão de 180°. Este tempo é pré-estabelecido e é chamado de T1.

Aplicações

A recuperação de inversão é usada na aquisição de imagens ponderadas em T1, demonstrando a anatomia. As imagens ponderadas em T2 são utilizadas para o sistema muscular

Vantagens

Relação sinal ruído muito bom porque o TR é longo. Excelente contraste T1.

Desvantagens

Longos tempos de exame a não ser quando usado em associação à sequência TSE.

STIR

Recuperação de inversão com T1 curto. Sequência de pulsos com IR que usa um T1 que corresponde ao tempo que leva o tecido adiposo para se recuperar da inversão integral ao plano transverso.

FLAIR

(32)

Gradiente Eco

Essa seqüência usa ângulos de inclinação variáveis, de modo que o TR e, portanto, o tempo de exame podem ser reduzidos sem produzir a saturação.

Quando é usado um ângulo de inclinação de diferente de 90°, somente parte da magnetização longitudinal é convertida em magnetização transversa, que entra em precessão no plano transverso e induz um sinal na bobina receptora.

O sinal DIL é produzido logo após a retirada do pulso RF, devido a distúrbios na homogeneidade do campo magnético, e tem-se, pois a saída de fase T2*. Os momentos magnéticos no componente transverso da magnetização saem de fase e retornam então à fase por meio de um gradiente.

O gradiente causa uma alteração na potência do campo magnético no magneto. O gradiente recoloca em fase os momentos magnéticos, de modo que a bobina possa receber um sinal, que contém informações T1 e T2.

Este sinal é denominado Gradiente Eco.

Aplicações

Podem ser usadas para aquisição de imagens com ponderação T2*, T1 e DP. Possibilitam uma diminuição do tempo de exame.

(33)

Imagem Eco Planar (EPI)

Espaço K preenchido pelo uso de vários trem de eco (pulso de 180). Tomada única (single shot), preenchimento em único disparo.

Modo de aquisição mais rápido da RM.

Aplicação estudo dinâmicos e funcionais em tempo real.

Aplicação

Imagem em tempo real. Biopsia e estudo em movimento. Gradiente eco. Coluna e articulações.

Imagens funcionais. RM cérebro estimulo e repouso.

Referências

Documentos relacionados

Ainda em 2004 foram lançadas pelo Ministério da Saúde as Diretrizes das Políticas de Saúde Bucal [5]. Seu artigo 5.º determina que o diagnóstico precoce das lesões bucais

- Em nenhuma hipótese haverá devolução da taxa de inscrição no Processo Seletivo, salvo no caso de não formação de turma para o curso escolhido pelo candidato. -

Tabela 11 - Susceptibilidade magnética e magnetização de saturação dos ferrofluidos. Entretanto, para as amostras obtidas pelo método 01 ocorre o oposto, ou seja, a magnetização de

O objetivo deste estudo é, numa amostra de 200 pacientes ortodônticos, cada um já com os pontos e planos traçados segundo a AGIHF, caracterizar o biótipo facial e a harmonia

Estudos têm demonstrado que a RM pode contribuir com informações morfológicas similares a mamografia convencional nas lesões neoplásicas malignas invasivas, sem a

These methods were efficient to obtain different morphologies, in addition, the effect of the synthesis conditions had a strong influence on the microstructure

2.4.2 Ter disponibilidade de ao menos 8 (oito) horas para atividade presencial no projeto e 12 (doze) horas para trabalho a distância por semana durante a

Uma vez que o valor da média mais baixa para as expetativas dos clientes sem ser as questões de negação é de 2,76 para a dimensão da capacidade de resposta, conclui-se que