• Nenhum resultado encontrado

HÁBITOS ALIMENTARES NA PRIMEIRA INFÂNCIA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2019

Share "HÁBITOS ALIMENTARES NA PRIMEIRA INFÂNCIA"

Copied!
67
0
0

Texto

(1)

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ESTOMATOLOGIA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ODONTOPEDIATRIA

HÁBITOS ALIMENTARES NA PRIMEIRA INFÂNCIA

Romi Oesterreich Nene Santos

Monografia

apresentada A

Universidade

Federal de Santa Catarina, Centro de

Ciências

da Saúde, como parte dos requisitos para

obtenção

do titulo de

especialista

em

rq Odontopediatria

.1- ,t- 0

7, Orientadora: Prop Dr o Izabel Cristina

,-, o

Santos Almeida

(2)
(3)
(4)

AGRADECIMENTOS

Agradeço sinceramente aos meus professores que me proporcionaram novos

conhecimentos

e

muito me auxiliaram, em especial à professora Izabel Cristina Santos Almeida, orientadora deste trabalho.

Aos

funcionários

da Universidade Federal de Santa Catarina que foram

co-responsáveis

pela realização

e

sucesso do curso.

E

aos meus colegas pela amizade, cooperação

e

pelos muitos momentos de alegria que compartilhamos.

(5)

que não precisemos mais delas, nem nos autoriza a renunciar a elas.t melhor ensinar as virtudes, dizia Spinoza, do que

condenar os vícios. É melhor a alegria do que a tristeza, melhor a admiração do que o desprezo, melhor o exemplo do

que a vergonha. Não se trata de dar lições de moral, mas de ajudar cada um a se tornar o seu próprio mestre, como convém, e seu único juiz: Com que objetivo? Para ser mais

humano, mais forte, mais doce.

Virtude é poder, é excelência, é exigência. As virtudes são nossos valores morais, mas encarnados, tanto quanto pudermos, mais vividos, mas em ato. Sempre singulares como

cada um de nós, sempre plurais, como as fraquezas que elas combatem ou corrigem. Não há bem em si: o hem não existe,

está por se feito, é o que chamamos virtudes."

(6)

SUMARIO

RESUMO

ABSTRACT 8

INTRODUÇÃO

2 REVISÃO DE LITERATURA I

2.1 Amamentação natural 11

2.2 Amamentação Artificial 26

2.3 Dieta e cárie 33

3 DISCUSSÃO 53

4 CONCLUSÕES 63

(7)

0 objetivo desta pesquisa bibliográ fica foi o de apresentar aspectos relacionados a hábitos alimentares de bebês de zero a três anos, quanto à amamentação natural e alimentação artificial, e fatores que influenciam no estabelecimento e desenvolvimento da carie de mamadeira. A amamentação natural é recomendada como a melhor fonte de nutrição infantil, por ser superior em nutrientes e propriedades imunológicas que protegem o bebê contra uma série de doenças tanto infecciosas como respiratórias. Os autores salientam que bebês devem ser amamentados no peito, exclusivamente, até aos seis meses de vida. Entretanto observou-se

que a maioria das mães acaba amamentando seu bebê por um período de tempo reduzido, característica relacionada a falta de informação e preparo, volta ao trabalho, medo que seu leite seja fraco, insatisfação com o crescimento de seu bebê e a preocupação com a estética. Dentre as mães que optam pela alimentação artificial, as fórmulas a base de leite de vaca são a escolha preferida, feita através do uso da mamadeira, aspecto que facilita a introdução da sacarose precocemente na alimentação, que pode condicionar a criança a um consumo

(8)

ABSTRACT

(9)

A amamentação natural tem sido cada vez mais encorajada no mundo inteiro e não

hi dúvidas de que é muito importante considerando o ponto de vista nutricional como o

imunológico e o desenvolvimento do bebe.

Desde agosto de 1992 comemora-se a Semana Mundial da Amamentação, quando

se reiteram e reafirmam as decisões tomadas na "Declaração do Inocentti", compromisso

assinado em 1990 por 40 países, inclusive o Brasil, visando promover, apoiar e proteger o

aleitamento materno.

Essas e outras iniciativas demonstram uma preocupação crescente em conscientizar

as mães da importância do aleitamento materno no que diz respeito aos beneficios que traz

tanto it mile quanto ao bebe, na saúde, influenciando positivamente o bom desenvolvimento do

sistema estomatognatico, tanus muscular normal e posicionamento correto da lingua

Apesar de indiscutivel importância, tanto amamentação natural como a artificial

(principalmente quando caxboidrato fermentitvel é adicionado ao leite), se realizada após a

erupção dos dentes, livre demanda principalmente durante o período noturno, pode causar

prejuízos para a saúde bucal com o aparecimento e progressão de lesões de cárie, denominada

nesta fase da vida do bebe de cárie de mamadeira; cujos principais fatores são: presença de

estreptococos do grupo mutans, transmitidos precocemente ao babe e carboidratos

fermentáveis freqüentes na alimentação do bebe, noturna e diutuniamente.

(10)

A

literatura oriontológica 42. apresenta vários

dados

referentes

a

experiância e

programas

específicos

de atendimento

ao bebâ, relacionados

aos

aspectos epiderniológicos

sócio-culturais, biológicos e comportarnentais

que

estio

associados

não só

a

presença clinica

da doença

cárie

nesta fase da vida como

também

os

fatores que favorecem

ao

desenvolvimento desta.

Para FRAM

"

O

aconselhamento dietético é uma das

bases de um

programa

eficaz

de

prevenção e manutenção da saúde

bucal

em bebas, não somente pela possibilidade

de

desenvolvimento da doença em uma idade precoce, mas também por que os hábitos dietéticos

adquiridos na inThncia

,

formam

a base

para o futuro padrão alimentar," Orientação justificada

por

Winter et al.

e

Silver

"... o uso

de

mamadeiras contendo açúcar, na infância, pode

condicionar

a

criança

a um

consumo excessivo

de

açúcar

no

futuro."

Este

trabalho tem como

objetivos:

apresentar

os aspectos relacionados a

hábitos

alimentares

de

bebes

de zero a

três anos, quanto

à

amamentação

natural

e

artificial,

relacionar

fatores

que influenciam no

estabelecimento e desenvolvimento

da aide de mamadeira

bem

(11)

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Amamentação natural

Sabemos que a alimentação durante

o

primeiro ano de vida

é

de fundamental importância para

o

crescimento

e

desenvolvimento do bebê, sendo

o

aleitamento materno

o

mais natural

e

desejável método, seja sob aspectos fisiológicos, fisicos

e

psicológicos.' s

0 leite materno

é

universalmente recomendado como a fonte preferida de nutrição infantil, em parte porque

é

superior em nutrientes

e

propriedades imunológicas, salientando-se que uma alimentação adequada no peito

é

caracterizada por amamentação em demanda, prevenção de rachaduras nos

mamilos e

acesso a conselhos médicos. Esta

amamentação

deve ser iniciada logo após

o

parto

e

as irides devem ser encorajadas a amamentar em demanda, usualmente de 8 a 10 vezes por dia. Sinais como: deglutição

audível,

fralda molhada oito a dez vezes por dia

e

três a cinco movimentos intestinais, são aspectos considerados para avaliação de uma

sucção

nutricional bem sucedida. 0 mesmo estudo salienta que crianças amamentadas no peito raramente necessitam de suplementação de vitamina,

e

que suplemento de

flúor

não são recomendados até os seis meses de vida, para evitar

o

risco de fluorose. 43

0 precursor do leite materno

é o

colostro, que caracteriza-se por ser um fluido amarelado, viscoso

e

secretado até alguns dias após

o

nascimento evoluindo para leite maduro entre três

e

quatorze dias após

o

parto. Em relação ao leite maduro, ele contém menos lactose, gordura

e

vitaminas hidrossolilveis, mas mais

proteínas,

vitaminas lipossol6veis

e

sais minerais como

cálcio e

zinco, além de uma concentração mais alta de imunoglobulinas. 15

(12)

12

fatores antimicrobianos tais como, agentes de defesa lactoferrina, lisozima

e

IgA, comuns em mucosas

e

bem adaptados ao ambiente gastrointestinal, que matam certas bactérias

patogênicas

sinergicamente, desencadeando proteção sem processo inflamatório, a produção diária de

muitos fatores altera com a lactação continua, tornando assim a amamentação um forte

protetor contra patógenos específicos como Salmonella, Shighella, Vibrio Colarae, Escherichia

Coll

e

Polivirus. Além disso, a ação direta dos agentes antimicrobianos do leite humano protege pelos mecanismos antiinflamatórios, além da ação dos agentes imunomoduladores que

levam as crianças amamentadas no peito a ter menos riscos para desenvolver diabetes mellitus,

linfoma, doença de Crhon mais tarde, durante a infancia. 6

Para CORREA°

o

leite materno é um tecido vivo por conter suplementos para

o

sistema imunológico, devido a presença de IgA, IgM, IgG além de lisozima, lactoferrina

e

outras

substâncias

imunoreguladoras bem como componentes celulares tais como macrófagos, linfócitos, granulócitos, neutrófilos

e

células epiteliais, vindo destes a sua ação contra infecções virais

e

bacterianas. I5

Considerando a mucosa bucal, a camada de irnunoglobulinas formada pelo leite

materno protege essa via da entrada de microorganismos

responsáveis

por uma série de doenças

e

sua retirada com gaze ou fralda embebida em alguma

substância

diminui a sua ação protetora, por esta razão a higienização bucal deve ser realizada a partir da erupção do

primeiro dente com uma escova com cabeça pequena

e

cerdas macias. 15

(13)

Tabela 1

Diferenças

entre o

leite

bovino e o

leite materno:

Demented

Propriedades

Leite bovine

Leite

Materno

-Proteína 3, lg/100m1 0,9g/100m1

-Lactoferrina Quantidade minima 26% de proteinas séricas

-Lisozima Traços 8% de protéinas séricas

-Lactose e outros oligossacarideos Pequena quantidade Grande quantidade

-Minerais Maior osmolaridade - risco de

sobrecarga renal Osmolaridade similar a do plasma adequada-

-Sódio Em excesso- risco de

convulsões e diarréia Adequado

-Ferro 0 ferro agregado is fórmulas

interfere com o mecanismo da lactoferrina (mania)

Baixo conteúdo, alta biodisponibilidade

-Vitamins A Não existe Adequada

-Vitamin' a E Escassa Adequada

-IgA 3mg/100m1 e se inativa com o

calor (maior quantidade de 104)

IgA, 100 a 140 mg/100m1

-Poder alérgico para o bebe Alto (20% alergias) nulo

Fonte: CORREA,

1998.

Segundo Moyers

apud

CORREA

amamentação

natural representa o fator

inicial

para o bom

desenvolvimento

dento-facial, e ainda, conforme Carvalho

apud

CORREA15

pode ser

considerada como

preventiva da síndrome do

respirador

bucal,

levando

a um perfeito equilíbrio neuromuscular dos

tecidos

que envolvem o

sistema estomatognitico.

Na

amamentação

a criança aprende a

posturar

corretamente a lingua, ganhando

(14)

14

mãe produz um hormônio muito importante que contrai os tecidos, diminuindo os riscos de hemorragia e tornando mais fácil para ela readquirir a forma natural de seu corpo. 13

Amamentação naturai

Segundo Riordan e Countryman apud DEGANO, DEGAN017 os leucócitos tragam materiais nocivos, e os linfácitos produzem IgA e interferon (protetor viral), lisoenzimas (enzimas antiinfecção), lactoferrina (potente bacteriostático e construtor da

proteína do ferro) sendo a IgA a mais importante imunoglobulina encontrada no leite, por

proteger o trato gastrointestinal contra a invasão de microorganismos como E. Colli, Shighella

e a Salmonela, e não ser produzida pelo organismo do bebê durante os primeiros seis meses de vida 17

Numerosas vantagens tem sido atribuídas a amamentação natural de acordo com Cunningham et al. apud DEGANO, DEGAN017 tais como: diminuição de episódios de otite média, por aumentar a proteção contra doenças infecciosas, respiratórias, meningites e

bacteremias bem como por ser um fator importante na redução do risco de desenvolvimento da diabetes juvenil.

(15)

seu pleno desenvolvimento e constitui-se na melhor proteção contra doenças do recém-nato de acordo com pesquisas de Garcia e Schaefer apud FRAIZ 22.

Quando comparada a amamentação artificial a amamentação natural diminui a presença de bactérias e doenças virais, conforme Jason et al. apud SPENCER 43 . Pesquisas de Mayer et al., e Davis et al. sugerem esta pode dar proteção também contra diabetes mellitus, câncer e linfoma e, para Lawrence apud SPENCER 43 a amamentação natural é um fator de proteção contra doenças alérgicas, incluindo eczemas, asma e rinite alérgica, provavelmente, por diminuir a permeabilidade intestinal para grandes moléculas alergênicas. 43

BEAUDRY, DUFOUR, MARCOUX8 com o propósito de avaliar o efeito dos métodos de alimentação nas doenças respiratórias e gastrointestinais durante os seis primeiros meses de vida, realizaram um estudo com uma amostra de 776 crianças nascidas em New Brunswick, Canada, durante o período de um ano. Os dados foram coletados através de um questionário padrão auto administrado enviado para todas as mães uma semana antes da criança completar seis meses de vida. Os autores concluíram que a amamentação natural teve efeito protetor contra doenças respiratórias, incluindo infecção de ouvido e gastrointestinal, também contra hospitalizações por doenças respiratórias. 0 estudo reforça a importância da amamentação materna para a saúde das crianças.

Oferecer líquidos regularmente ao bet* pode levar a urna diminuição da freqüência e intensidade da amamentação no peito, causando um impacto negativo na produção e sucção do leite materno, considerando-se que bebês amamentados no peito não necessitam de liquido adicional."

(16)

16

alimentação devem ser introduzidas, como sucos e papinhas, de forma gradativa. 4

0 boletim publicado pela Organização Mundial de Saúde em 1999 salienta a

importância da amamentação na prevenção de diarréia, e que a proteção foi maior em bebês

amamentados exclusivamente, sendo que a administração de fluidos suplementares como água,

suco ou chis a bebês amamentados esta associado a um aumento significativo do risco de

doença diarreica. Tanto dados teóricos como empiricos concluem que esses fluidos

suplementares não são necessários para manter o balanço hidrico de bebês sadios, menores que

seis meses que sito amamentados exclusivamente. n

A susceptibilidade dos dentes à cárie é programada geneticamente, para reduzir

estes tipos de problemas sugere-se suplementos de flúor, conforme a Academia Americana de

Pediatria e Associação Dentária Americana. Tem sido recomendado que crianças amamentadas

no peito, mesmo aquelas que moram em áreas onde a água é fluoretada deveriam receber

suplementos de flúor como se elas morassem em áreas de água não fluoretada, porque o leite

humano contém níveis de flúor muito baixos e muitos bebes amamentados não recebem

mamadeiras com igua. 17

A concentração da maioria dos minerais no leite materno, como cálcio, fósforo,

magnésio, zinco, potássio e flúor não é significantemente afetada pela dieta materna. Quanto

ao flúor, as mamas permitem somente a passagem de quantidades vestigiais. A concentração

de minerais é menor no leite materno do que nos substitutos e melhor adaptada is

necessidades nutricionais e capacidades metabólicas dos bebês. 0 leite materno tem uma alta

biodisponibilidade de ferro, sendo que quase 70% do ferro do leite materno é absorvido contra

30% do leite de vaca e 10% dos substitutos do leite materno. 2

(17)

primeiros seis a oito meses de vida,

e

bebes de termo sadios nascidos de mães bem nutridas tem reserva

hepática

de ferro suficiente para atender as necessidades da maior parte do primeiro ano de vida, como relata Picciano apud AKRE 2, logo, a

introdução

precoce de outros alimentos na dieta de bebes amamentados pode alterar esta condição, como por

exemplo, tem se mostrado que

pêras

quelam

o

ferro do leite humano, tornando-o

insolúvel e

não

disponível

conforme Osld e Landow apud AKRE 2.

Conforme estudos de Bamees apud SPENCER43,

o

leite humano contém somente 0,3 mg de ferro por litro, do qual 50% aproximadamente

é

absorvido, logo,

o

ferro da amamentação ajuda a retardar

o

término do ferro neonatal em estoque,

é

importante salientar que, crianças amamentadas no peito necessitam de suplementação de ferro até os seis meses

de vida, geralmente sob a forma de cereal fortificado com ferro.

Para WALTER° nit) existe nenhuma restrição sobre aleitamento natural

e

mesmo a amamentação noturna quando

o

bebe

é

menor de seis meses (desdentado), pois

o

aleitamento é importante tanto para

o

desenvolvimento fisico como para

o

emocional do bebe nesta idade, devendo ser irrestrito

e

em livre demanda. Entretanto, após a erupção dos dentes,

o

aleitamento

e

amamentação noturnos devem começar a ser controlados para que

o

desmame ocorra por volta de 12 meses de idade, quando os incisivos já estão irrompidos

e o

bebe inicia a fase da mastigação.

Considerando

o

aspecto psicológico, a amamentação natural produz uma sensação de prazer

e

solidifica

o

afeto entre ambos,

mãe e

seu bebe, porque desde

o

(18)

s segurança, além do contato corporal que é muito importante, pois a pele é o órgão sensorial primário do bebê e a experiência táctil é essencial para o seu desenvolvimento, sendo que a privação deste, pode levar a graves distúrbios emocionais e fisicos. 15

Amamentação natural

Com o propósito de demonstrar as razões que levam as mães a deixar de amamentar os seus filhos precocemente, MARTINES, ASHWORTH, KtRKWOOD 32 realizaram um estudo na cidade de Pelotas, com uma amostra de 538 crianças pobres que moravam na área urbana da cidade, acompanhadas durante os seis primeiros meses de vida

(19)

A razão mais freqüente relatada pelas mks para suplementar a alimentação dos

bebes que foram amamentadas exclusivamente no peito nos primeiros 3 meses de vida foi a

insatisfareão com a proporção de crescimento de seus bebes, e a segunda foi a percepção das

mks de que a produção de seu leite estava inadequada. Os autores salientam que a

importância de estimular a amamentação no lar deve ser realçada, devido a possibilidade da

mie parar de amamentar durante os primeiros meses de vida do bebe, entre aquelas que não

recebem ajuda doméstica nas primeiras semanas pós parto.

Um estudo realizado na Filadélfia por MENNELLA, BEAUCHAMP 33, em

mulheres saudáveis, na faixa dos trinta anos, não fumantes investigou o comportamento dos

bebes durante a amamentação quando expostos ao leite da mãe temperado com alho. 0

estudo incluiu três grupos, cada um com dez pares (mie e criança), durante um período de 11

dias. Os grupos diferiam no tipo (placebo ou alho) ou no momento (dia 5-7 ou 8-10) da

ingestão das cápsulas pelas mites, e conseqüentemente na quantia de exposição destes bebes

tinham ao leite condimentado com alho. As mites foram divididas em três grupos, as do grupo

1 ingeriram cápsulas de placebo nos dias 7 a 10, no grupo 2 ingeriram cápsulas de alho

durante os dias 5 a 7, e no grupo 3 ingeriram cápsulas de alho durante os dias 8 a 10, sendo

que antes do teste do dia 4 as mks não ingeriram nenhum tipo de cápsula. Cada par foi

observado durante duas sessões de 4 horas. A primeira sessão ocorreu no começo do período

experimental quando as mks ingeriram cápsulas de placebo (quarto dia) e a segunda ocorreu

no final do período experimental quando elas ingeriram cápsulas de alho (décimo primeiro dia).

Durante as sessões testes, as crianças foram pesadas antes e depois de cada

amamentação para a determinação da quantia de leite ingerido e seu comportamento durante a

amamentação foi monitorado por videotape. Os bebes que não haviam sido expostos ao alho

(20)

20

significantemente mais tempo na amamentação depois que suas mães ingeriram cápsulas de alho quando comparados com aqueles cujas mães consumiam alho repetidamente durante o período experimental (grupos 2 e 3). 0 primeiro grupo de bebês gastou significantemente mais tempo unidos ao peito, durante as 4 horas teste na qual suas mães ingeriram alho, quando comparado com a sessão em que as mães ingeriram o placebo. Em contraste, os bebês cujas mks consumiram cápsulas de alho durante o período experimental, não houve alteração relativa a ingestão de alho das mães no teste do dia 11 (o tempo gasto na amamentação foi equivalente ao observado durante o sessão na qual suas mães ingeriram cápsulas de placebo) Nem o número de vezes que as crianças foram alimentadas nem a quantia de leite que elas consumiram foi significantemente afetada pela ingestão materna, de alho.

(21)

Das 49 mães, 20 foram selecionadas no grupo compensatório (bebês que receberam suplemento alimentar), que consistiu de mães que mudaram suas praticas de amamentação, com a intenção de que seus bebês ingerissem nutrientes suficientes. Destas 20 mães, 13 mudaram parcial ou completamente para a mamadeira, das quais sete declararam pensar não ter leite suficiente. E o restante (29 mães) participaram do grupo não compensatório, cujos bebês foram alimentados exclusivamente no peito.

Concluíram que crianças amamentadas no peito succionavam em uma proporção maior do que crianças alimentadas na mamadeira. Crianças no grupo compensatório sugaram menos eficazmente no inicio e continuaram sugando quantidades que as crianças do grupo não compensatório, indicando que a amamentação dessas ao nascer foi menos eficaz. Também que, crianças no grupo compensatório ingeriram menos durante a avaliação de seis semanas e foram alimentadas mais freqüentemente em casa por suas mães do que as do grupo não compensatório. Estes achados sugerem que, mesmo em crianças saudáveis, é possível ocorrer problemas na habilidade de amamentação e que as mães são uma fonte confidvel de informação sobre a habilidade de amamentação de suas crianças.

Com o propósito de avaliar a associação entre o uso de chupeta e a diminuição do período de duração da amamentação, VICTORA et al. 47 realizaram uma pesquisa epidemiológica e etnográfica na cidade de Pelotas, no Brasil, na qual foram visitadas e entrevistadas (quanto ao uso de chupetas, padrão de amamentação natural, e variáveis sócio-econômica e comportamental) 650 mães e seus bebês logo após o parto e nas idades de 1, 3 e 6 meses dos bebês.

(22)

22

dia e pelo menos até adormecer, eram 4 vezes mais propensas a deixar a amamentação até aos

6 meses. Salientaram ainda que aquelas que usavam chupetas, tiveram um número menor de

amamentações diárias em relação as que não utilizavam. Verificaram que

o

uso de chupetas foi considerado pelas mães como um fator que levava os bebês a um comportamento positivo

e

que

mães

são fortemente estimuladas a fazer seus bebês aceitarem a chupeta, sendo que um

considerável

número de mães utilizou-as para conseguir que seus filhos deixassem

o

peito ou para aumentar

o

intervalo entre as amamentações.

CARVALHO, AMABILEI4 salientam que as chupetas, bem como mamadeiras, embora utilizadas pela maioria das crianças, podem causar inúmeros danos

e

serem transmissores de doenças, além de causar

o

fenômeno

"confusão

de bicos", que

é

uma forma

errônea de

o

recém nascido posicionar a lingua

e

sugar

o

peito. 0 risco de um lactente ser desmamado

é

muito maior para os usuários de chupeta, pois

o bebê

fica viciado numa pega

inadequada, conseqüentemente suga menos

o

peito

e

faz com que sua mãe produza menos leite.

Para WALTER, FERELLE, ISSAO 49 " A criança que mama no peito até os seis meses de idade tem uma possibilidade menor de adquirir hábitos de sucção não nutritivos, como a sucção do dedo

e

da chupeta, do que aqueles que são amamentados com mamadeira "

Pesquisadores de New York realizaram um estudo com uma amostra de 1000

(23)

escola especialmente em matemática e leitura e os resultados padronizados de compreensão de leitura, matemática e lógica. Os resultados indicaram que, quanto mais tempo as crianças foram amamentadas, maiores eram as notas nesses testes. Crianças que foram amamentadas durante oito meses ou mais tiveram, em media, resultados significantemente maiores que as que não foram amamentadas, e afirmaram que os resultados "demonstram a necessidade de encorajar a amamentação." 27

Amamentação natural

(24)

24

mineralização e outro para o período longo de amamentação, sendo os primeiros molares

permanentes os dentes escolhidos, desde que estivessem mineralizados durante os primeiros 2

anos de vida, período no qual as crianças estavam mamando.

A primeira população de estudo consistiu de 40 crianças, na idade de 7-8 anos com

defeitos de mineralização em um ou mais primeiros molares (grupo afetado - 40 crianças) e

de crianças com seus primeiros molares saudáveis (grupo controle - 40 crianças). Do grupo

afetado, 27 crianças apresentaram defeitos amenos, cinco moderados e oito severos,

apresentando um total de 106 afetados dos 160 estudados, com uma prevalência de 73% dos

defeitos na arcada superior e de 60% na inferior. Considerando que a amamentação variou de

0 a 30 meses no grupo afetado e de 0 a 14 meses no grupo controle, concluíram que as

mudanças foram mais extensas em crianças que foram amamentadas por períodos de tempo

mais longo do que aquelas em que o período de duração da amamentação foi menor.

A segunda população de estudo compreendeu 97 crianças, com 12 anos de idade

(momento no qual foi realizado o exame odontológico), grupo no qual as miles foram

estimuladas a amamentar até a idade de 12 meses. Observaram que, 25% tiveram defeitos de

mineralização, com dezenove crianças apresentando defeitos amenos, quatro moderados e

uma severo, sendo nesta população a duração da amamentação variou de 0 a 34 meses, e que

todas as crianças afetadas foram amamentadas por um período médio de 12 meses e as com

dentes normais por um período médio de 11 meses.

0 estudo conclui que o longo período de amamentação pode aumentar os riscos

de defeitos dentários de mineralização em crianças saudáveis, possivelmente por causa da

contaminação do ambiente através de dioxinas ou compostos semelhantes via leite da mie, que

(25)

Considerando as muitas controvérsias na literatura a respeito da cariogenicidade do leite materno, um estudo 'in situ' realizado por ARAÚJO et al. 5 com oito voluntários com saúde bucal controlada, foi realizado com o objetivo de comparar os efeitos do leite humano com uma solução de sacarose a 20%.

Um dispositivo intrabucal palatino recoberto com uma tela ortodõntica foi utilizado pelos voluntários, no qual foram inseridos blocos de esmalte dentário humano, as substancias foram gotejadas nos blocos de esmalte oito vezes ao dia, e mantidas por 5 minutos, durante dois períodos de 35 dias com intervalo de uma semana entre eles, sendo a higiene dos pacientes realizada com dentifrício não fluoretado e sem substancia anti-placa.

Os resultados demonstraram que a solução de sacarose provocou o aparecimento de mancha branca na superficie do esmalte, enquanto que com relação ao leite materno

não

foi observada desmineralização clinicamente visível, sendo que a placa formada na presença de sacarose, apresentou coloração esbranquiçada e opaca, de textura granulosa e em menor volume do que a placa provocada pela presença do leite humano, logo, nestas condições os autores consideraram que o leite materno não foi cariogénico.

(26)

26

2.2 Amamentação artificial

Atualmente os autores são unânimes em salientar que o aleitamento artificial só

deve ser adotado como forma de alimentação do recém nascido quando da total

impossibilidade da amamentação natural, sendo que deverá ser a critério médico e não de

forma aleatória, lembrando que nada substitui o leite materno, e na sua ausência sempre haverá

prejuízo do desenvolvimento facial da criança. 16

Vários fatores tem sido considerados como causas do desestimulo à amamentação,

como por exemplo a falta de informação e preparo das mies durante o período pré natal,

influencia cultural no sentido de divulgação do uso da mamadeira e até falta de estimulo pela

família. O aleitamento artificial 6, na maioria das vezes realizado com mamadeira, e no caso de

haver indicação é de suma importância que também se constitua em um ato de prazer e que a

mãe esteja com sua atenção totalmente voltada it criança, para preservar os mesmos fatores

emocionais positivos ligados a amamentação. 16

Outros motivos que levam a mac a deixar de amamentar ou não amamentar seu

bebê do: a volta ao trabalho, a solidão para enfrentar dores e dificuldades, os temores, as

crendices, as inseguranças, a preocupação estética, o medo que seu leite seja fraco e seu babe

passe fome, a falta de preparação e estimulo para enfrentar as dificuldades. °

necessário distinguir entre bebes que não devem jamais receber leite humano

dos que não conseguem mamar no peito, mas para quem ele ainda é o alimento de escolha,

pois, em algumas situações -felizmente infreqüentes- os bebês não podem ou não devem ser

amamentados tais como: galactosemia (clinicamente o bebê pode desenvolver catarata),

feniketonfiria (sua manifestação clinica é retardo mental moderado a grave), erros inatos do

(27)

gravidade). 2

De acordo com um estudo feito com pediatras a mamadeira pode ser recomendada

em casos de stress e perda de estimulo provocados por cansaço, nervosismo ou ansiedade da

mile, o que gera uma situação de desgaste; também quando o leite materno for insuficiente

para as necessidades do bebe; em casos onde a mile é portadora de alguma doença

transmissivel ou tenha alguma enfermidade que impossibilite a amamentação; e ainda se a mãe

faz uso de medicamentos que, através do leite, possam prejudicar a criança. 16

Uma vez que haja indicação da mamadeira ou aleitamento artificial, a mãe deve

utilizá-la como se fosse o seu próprio peito a fim de preservar os fatores emocionais positivos

ligados à amamentação natural. 16

Nas primeiras semanas de vida do bebe pode haver necessidade de

complementação alimentar devido it indicação médica, e o leite que será utilizado variará

conforme as necessidades da criança, sendo que as fórmulas maternizadas são as que mais se

aproximam do leite materno quanto ao teor de proteínas, vitaminas, gorduras e sais minerais.

A partir dos seis meses de idade, aconselha-se a introdução gradual de leite bovino tipo A ou

mesmo kite em pó integral na alimentação, se não houver nenhum fator impeditivo. 16

Quando for utilizado o leite em pó é necessário cuidado no seu preparo para que

não haja alteração em sua formulação, e evitar também o uso de adoçantes e farinhas que

servem de "engrossantes", de maneira que podem propiciar o inicio da atividade cariogenica. 16

Com o propósito de analisar a prevalencia de doenças atópicas ou alérgicas

(como eczema, bronquite asmática) em crianças 'de risco' até 5 anos de idade por causa de

uma história de doença atópica em pelo menos nos dois primeiros graus de parentesco,

(28)

28

foi realizado na Bélgica, e os bebês não amamentados no peito (pois exclusiva amamentação

no peito da, pelo menos parcial proteção a esse tipo de manifestação) foram escolhidos aleatoriamente, dos quais 28 receberam fórmula a base de soro de leite parcialmente

hidrolisada (SH), e 30 receberam fórmula a base de leite regular adaptada (LA), ambas da

Nestlê, durante os 6 primeiros meses de vida e, depois desta fase, a alimentação foi irrestrita Sintomas como cólicas repetidas, vômitos e/ou diarréia como dois episódios de longa duração

(de mais de 2 dias) foram diagnosticados como sensibilidade à proteína do leite de vaca

Até a idade de 12 meses, anticorpos para a proteína do leite de vaca foram pouco encontrados no grupo SH. Aos 6 meses a prevalência de sintomas que sugerem doença atópica

foi mais baixo no grupo SH (7%) quando comparada com o grupo LA (43%), até a idade de

12 meses (21% contra 53%), 36 meses (25% contra 57%), e 60 (29% contra 60%), se os dados eram calculados cumulativamente. Não houve diferenças entre os grupos quando s6

novos casos após a idade de 6 meses eram considerados. Eczema foi menos freqüente no grupo SH, mas somente no primeiro ano de vida, sugerindo uma diminuição da prevalência de susceptibilidade a proteína do leite.

Durante os primeiros seis meses diarréia de origem não infecciosa ocorreu em 8/30

crianças (27%) no grupo LA e não ocorreu em crianças do grupo SH. Cólica como "(mica"

manifestação foi considerada de origem "alérgica" em 1/28 crianças no grupo SH em 4/30

crianças no grupo LA. Se sintomas como "diarréia e cólicas como única manifestação" não são

considerados, o número de crianças com susceptibilidade à proteína do leite continua somente

significante para os primeiros seis meses de vida, e aos 12, 36, e 60 meses, estas diferenças não foram significantes .

(29)

antígeno especifica. Concluíram que o uso de soro hidrolizado em população de alto risco diminui a prevalência de eczema, e a incidência de diarréia durante os 6 primeiros meses de vida, por uma diminuição da incidência de susceptibilidade à proteína do leite

Um estudo foi realizado na Alemanha por JOCHUM et aI. 28, COM o propósito de

comparar os níveis de Selênio (Se) em crianças saudáveis amamentadas no peito com aquelas alimentadas com fórmulas comercialmente disponíveis de leite de vaca ou "leite hipoalergênico", considerando que o leite humano e o leite de vaca mostram grande variação no teor de Se, sendo que este é mais baixo nas fórmulas do que no leite de vaca ou humano, e uma deficiência crônica pode ter efeitos adversos na saúde da criança. Este estudo consistiu na medida dos valores de Se em 129 crianças ao nascer e aos 4 meses das quais 50 foram amamentadas no peito (AP), 44 receberam fórmulas baseadas em leite de vaca (FLV) e 35 foram alimentadas com fórmulas hipoalergênicas (FHA - proteína do soro parcialmente hidrolizada).

(30)

30

0 aumento de peso e altura em todas as crianças ocorreu dentro da faixa normal, não havendo

diferenças estatisticamente significantes entre formas de alimentação.

PARRET, EDWARDS37 analisaram em seu estudo como bebes amamentados no

peito são menos prováveis de sofrer diarréia infecciosa do que os que recebem alimentação

artificial. A pesquisa foi realizada nos EUA com uma amostra de 22 crianças saudáveis

através de culturas de fezes dessas crianças, das quais 11 foram alimentadas com fórmulas e 11

receberam amamentação natural, na idade de duas a dez semanas de vida, utilizando glicose,

lactose e raftilose, e os resultados foram comparados com aqueles de culturas de fezes de

adultos usando os mesmos carboidratos. Concluíram que a baixa capacidade das colônias

bacterianas do recém-nascido para fermentar carboidratos complexos é a provável causa do

aumento de evacuação desses carboidratos introduzidos durante o desmame precoce. E

durante o desmame que crianças que sip amamentadas no peito são mais suscetíveis a

desenvolver diarréia.

Mies de bebês que utilizam alimentação artificial necessitam de aconselhamento

sobre nutrição infantil, e embora todas as fórmulas comerciais usem o leite humano como

modelo, nenhuma reproduz as propriedades imunológicas e digestivas do leite humano. As

fórmulas infantis estio disponíveis em três formas: pronto para beber, liquidos concentrados e

pós, e os tipos mais comuns de fórmulas são a base do leite de vaca, leite de soja e proteína

hidrolizada; o leite de vaca em fórmula é a escolha preferida, apesar de haver diferenças na

composição entre o leite de vaca fórmula e o leite humano como mostra a TAB. 2 - adaptada

(31)

Tabela2

Comparação

dos nutrientes do leite humano com os leite

utilizados na alimentação

artificial

Nutriente

Leite

humano

maduro

Similac

com

ferro

Enfamil

com ferro

bomil

com ferro

Prosobee

com ferro

-Gordura (g / L) 151eo misturado

39 36,5

soja, coco 38,0 coco, soja 36,9 soja, coco 36,0 soja, coco

-Protehia (g / L)

Soro:caseina 10,5 70:30 14,5 18:82 15,2 100:0 18,0

leite de soja

20,0

leite de soja

.. -Carboidratos (g / L) Fonte 72 lactose 72,3 lactose 70,0 lactose 68,3 sacarose, xarope de

milho

68

xarope de milho

-Minerais

Cálcio (mg / L)

Fósforo (mg / L) Ferro (mg / L) Sodio (mE,q / L)

280 140 0,3 7,8 493 380 12,0 8,0 470 320 12,8 8,0 710 510 12,0 13,0 640 500 12,0 10,4 -Vitaminas

Vitamina D (UI / L) Vitamins K (ug / L)

Vitamina C (mg)

20 2,1 40 410 54 60 430 58 55 410 100 60 430 106 60

Fame: SPENCER, 1996

0 leite humano possui uma maior concentração de lactose com conteúdo mineral

e protéico

menor, de modo que quando

o

lactente utiliza nos primeiros meses de vida aleitamento artificial através do leite bovino "in natura", é recomendado a sua adequação

através de diluições que procuram diminuir sua concentração protéica

e

mineral, aproximando-a daproximando-aquelaproximando-a encontraproximando-adaproximando-a no leite maproximando-aterno. Como conseqüênciaproximando-a destaproximando-a diluição aproximando-a concentraproximando-ação de

(32)

32

custo e da facilidade, a sacarose. 49

As fórmulas a base de leite de soja contém proteína de soja e são livres de lactose, e representam uma alternativa para as fórmulas a base de leite de vaca, e podem ser usadas para vegetarianos e crianças com deficiência de lactose ou galactosemia, e crianças com uma reação alérgica à proteína do leite de vaca freqüentemente podem utilizar o leite de soja, no entanto, algumas que são alérgicas ao leite de vaca são também ao leite de soja. 43

A fórmula de proteína hidrolizada é recomendada para crianças que não

toleram as que são a base de leite de soja ou de vaca, sendo a maioria livre de lactose e facilita a absorção de gorduras. 43

Para assegurar adequado suprimento de ferro para criança recém nata, que não está recebendo leite humano, o Comitê de Nutrição tem recomendado que só fórmulas fortificadas com ferro sejam usadas para estas crianças. 43

(33)

9-A ( \

UFSC

33

2.3 Dieta e cárie

O desenvolvimento da cárie no homem está associado com a presença de sacarose em sua alimentação, contudo a relação entre satisfação com o açúcar e a comida e seu potencial cariogênico não está clara, por essa razão uma recente reportagem caracterizou a dieta açucarada como intrínseca e extrínseca .

0 Committee on Medical Aspects of Foods policy (COMA) classificou a dieta corn sacarose nestes dois grandes grupos, sendo o intrínseco representado por aqueles integrantes naturais dentro da estrutura celular do alimento, principalmente os contidos em frutas inteiras e verduras e o extrínseco aquele livre no alimento ou adicionado a ele, suco de frutas, mel, e açúcares adicionados (durante a fabricação, açúcar de mesa e açúcar de receitas), incluindo o açúcar do leite (geralmente a lactose), como um subgrupo. Concluindo que o consumo de açúcares extrínsecos (exceto o leite) poderia ser substituído com açúcares intrinsecos. m

A dieta influencia na qualidade e quantidade dos agregados bacterianos sobre a superficie dos dentes, e altera histológica e fisiologicamente as glândulas salivares, de maneira que a etiologia da cárie dentária é discutida em função da dinâmica entre a placa bacteriana, carboidratos e saliva, determinando a cárie dentária como uma doença infecciosa bacteriana, modificada por uma dieta rica em carboidratos. Uma alimentação assim constituída induz a formação de placa com microorganismos considerados cariogênicos como os estreptococos do grupo mutans. Dentre os carboidratos fermentáveis, a sacarose tem sido universalmente indicada como a mais cariogênica."

(34)

34

A cárie na primeira infância é definida como uma doença infecciosa que afeta os primeiros incisivos de bebês e crianças jovens e está associada com práticas inadequadas de alimentação e o âmbito de severidade do problema aparece variável com fatores culturais, genéticos e sócio-econômico dentro de uma comunidade. 0 fator inicial para o seu desenvolvimento é a infecção ou colonização da boca por S. Mutans, em crianças com baixo

nível de cáries, S. Mutans constituiu menos que 1% da flora oral, comparado com crianças

com lesões de caries quando ele constitui 30 a 50%. Casos de cárie em crianças amamentadas no peito foram relatados e são mais comuns em crianças cujos pais são educados e somente um dos pais trabalha; a cárie de mamadeira em crianças com alimentação artificial foi observada ser mais comum em famílias com baixo nível sócio-econômico, população migrante, pai e mãe trabalham e tem babás de outras culturas."

Aspecto da carie de mamadeira

(35)

inicialmente ao bebê, entretanto não quantificou o açúcar consumido, somente a freqüência do consumo.

Os achados mostraram que os bebês receberam doces numa média de 4,3 vezes ao dia e que 77% das refeições e lanches dados a criança continham açúcar. Parte das mães. 32% adicionavam açúcar ao leite das crianças até a idade de 8 a 11 meses, embora estando este hábito associado com o fato do bebê ter tido contato com o açúcar adicionado ao leite da mamadeira ao nascer. 0 autor salienta que este hábito está provavelmente associado com o hábito da própria mãe, especialmente se ela usava açúcar em seu café e, desse modo, consideraram a hipótese de que hábitos alimentares potencialmente cariogênicos são desenvolvidos na primeira infancia, e concluiu que a freqüência de consumo de açúcar é alta, até mesmo no primeiro ano de vida.

A cárie de mamadeira é um tipo de cárie rampante que afeta bebês e crianças, e está associada ao consumo freqüente e prolongado de substratos cariogênicos durante o sono à noite ou no repouso da tarde, que são ingeridos através de mamadeira, além dos 12 meses de vida. l°

(36)

36

terceira com dados sobre hábitos que poderiam ter envolvimento na cárie de mamadeira, e a quarta parte, envolveu questões sobre hábitos de higiene bucal e uso de flúor

0 estudo concluiu que os pais de origem étnica que foram instruidos sobre prevenção de doença bucal de seus filhos, seguiam as orientações, já as mães de origem africana, de nível sócio-econômico baixo que não trabalhavam fora de casa, mantinham os hábitos dietéticos de seu pais nativo, geralmente inadequados na prática de higiene bucal. No caso de pais de origem francesa com vários filhos, quase sempre a criança mais nova estava afetada pelo fato de a mãe não ter tempo suficiente para observar e acompanhar, recorrendo mamadeira para acalmá-la. Observou também que a maioria dos pais biológicos eram casados, e que o risco/predisposição familiar, de qualquer origem étnica, freqüentemente aparece baseado na saúde bucal dos membros da família.

Conforme pesquisas de Newbrun, 1969 e Makinen, 1972 apud RIPA 41 , a sacarose

é considerada o mais cariogênico dos alimentos na dieta humana e Loesche 1985 apud

RIPA41 , afirma que a colonização bucal pelos estreptococos do grupo mutans é dependente

dos níveis de sacarose da dieta.

KELLY, BRUERD29 verificaram que um dos principais fatores que levam à carie

de mamadeira é o uso de mamadeira contendo líquidos açucarados, sendo que qualquer liquido (leite, fórmulas, sucos e bebidas gasosas), exceto Agua pura podem causar esse tipo de lesão. Outro fator considerado é o uso prolongado desta, em bebês acima de um ano de idade e amamentação imprópria com períodos prolongados, geralmente durante horas de sono. Normalmente começa nos incisivos superiores seguido dos primeiros molares, em ordem de erupção.

(37)

especificas, KELLY, BRUERD29 realizaram um estudo abrangendo uma amostra de

514

crianças

índias

da América nativas do

Alasca,

de

18 tribos, 232

no

Alasca e 282

em Oklahoma, na faixa etária de

3

a

5

anos e o exame realizado com

espelho bucal à luz natural.

A prevalência de

cárie

variou entre

17 e 85%

com uma média de

53%,

sendo que a média no

Alasca

foi de

67% e

em Oklahoma foi de

42%,

sendo essa

variação atribuida

a diferenças

econômicas e

culturais,

pois

a comunidade do

Alasca

vive isolada de cuidados de

saúde e

a de Oklahoma tem um

nível

de

saúde

global melhor do que as outras tribos nos Estados Unidos. Ficou

evidente

que a cárie de mamadeira

é um problema de

saúde

importante para esse grupo populacional.

Sabe-se que a

cárie

de mamadeira

é

um tipo de

lesão rampante

na

dentição

decidua, porém

a

cárie rampante

se distingue por envolver muitos dentes, apresentar um

rápido

desenvolvimento,

e

atingir geralmente as

superficies

consideradas de

baixo

risco A

carie,

diferindo

da

cárie

de mamadeira cuja

característica

chave

está

na usual ausência de comprometimento dos

incisivos mandibulares 41

Dentre os fatores

etiológicos

desse tipo de

lesão está

a

colonização primária

das

superficies dentárias

pelos S. Mutans, que segundo Berkowitz apud RIPA41 estabelecem-se

por si próprios na boca depois que os dentes estão presentes. Berkowitz et al. apud RIPA41

encontraram ainda uma

significante associação

entre

níveis

destes microorganismos na saliva materna

e o

risco de

infecção

de seu

filho.

Uma

mãe

com

número

alto de S. Mutans em sua

(38)

38

Estudos de RIPA41 tem demosntrado que a transmissão dos SMutans para as

crianças é geralmente através das mães, considerando que a mãe é o "adulto significativo" que cuida da criança, sendo a saliva o veiculo pelo qual ocorre a transferência.

O microorganismo responsável pela cárie pode ser transmitido de um indivíduo para o outro e estudos de Berkovviks, Caufield et al., Masuda et al. apud GOMES et al. 26

indicam que a mãe é freqüentementea transmissora do S. Mutans para a criança.

O conceito de que a cárie de mamadeira é uma doença infecciosa e transmissível é apoiado por estudos de laboratório realizados por Keyes apud BERKOWITZ aspecto que leva a teoria de que crianças que são colonizadas por Streptococos Mutans, e com hábito de

amamentação caracterizados por freqüente e prolongada exposição dos dentes a substratos cariogênicos, estão mais susceptíveis a ter um aumento drástico na população desta bactéria.

O primeiro nível na etiologia da cárie de mamadeira é a infecção primária por

Streptococos Mutans; o segundo é o aumento a níveis patogênicos da quantidade destes

microorganismos, e o terceiro, a rápida desmineralização e cavitação do esmalte dentário resultando em cárie rampante. 10

(39)

TABELA 3

Nutrientes contidos em diferentes fontes de leite - Ccmstituintes por 100m1

Tipo de leite Proteína -g Gordura -g Lactose -g Cilcio -g Fósforo- lag

Humano 1,2 3,8 7,0 36 18

Bovino 3,3 3,7 4.0 120 95

Leite Emmula 1.8 3,6 7,0 40 20

Rem& de soja

2,0 3,5 0,0* 60 50

* Livre de lactose, mas aproximadamente 7,0g total de carboidratkos

Todos os tipos maim aproximadamente 874 de água Fome: RIPA, 1988

O diagnóstico inicial da cárie de mamadeira é dificil, principalmente porque

ocorre na idade em que a criança nunca foi ao dentista e não parece alarmante. Quando os pais

consideram os problemas como graves, então estes já serão irreversíveis. Sabe-se que os

estágios da cárie de mamadeira estão claramente ligados ao padrão de erupção dos dentes

deciduos, sendo os incisivos os primeiros dentes afetados seguindo os primeiros molares. E

em todos os estágios, mesmo após uma condição estabilizada, lesões de cárie podem ocorrer

novamente se as circunstâncias mudarem, por isso, o diagnóstico correto da etiologia da

doença cárie em crianças pequenas e pré-escolares é muito importante para que medidas

preventivas apropriadas sejam desenvolvidas. 46

Em uma pesquisa realizada na Noruega por ROSSOW, KJAERNES, HOLST 42 foi

analisado o padrão de consumo de açúcar em um grupo de 231 crianças que tiveram

acompanhamento desde o nascimento até os 7 anos de idade. Foram coletadas informações

sobre hábitos alimentares e consumo de açúcar nas idade de 10 meses, 18 meses e 2 anos.

Concluíram que o padrão de consumo de açúcar parece ser estabelecido já durante

(40)

4() Verificaram também uma relação da educação da mãe no consumo de açúcar, que decresce com

o

aumento da idade da criança quando outros fatores influenciam gradualmente na variação do padrão de consumo.

Aspecto clinico da carie de mamadeira

A

cárie

de mamadeira está associada mais freqüentemente com alimentação prolongada com leite ou outros líquidos

açucarados

na mamadeira,

e

apesar da prevenção, ela continua apresentando prevalência alta, principalmente em certas culturas, logo, abordagens preventivas de aconselhamento aos pais para desmamar seus bebês com um ano, diluindo progressivamente

o

liquido na mamadeira com água

e

modificando

o

comportamento quanto ao uso de mamadeira à noite têm sido sugerido. 9

(41)

os pais

receberam instruções sobre

como

escovar

os

dentes

dos

ffihos, depois

a

escovaçito

com

um gel de

fluoreto estanoso

a

0,4%

para

redução

do

número

de

S. Mutans

da cavidade oral.

Este

estudo foi finalizado após três meses, porque ficou

evidente que as

lesões aumentaram

em

número e severidade

na maioria dos casos

durante

este intervalo,

e somente duas

ages

seguiram

totalmente as

orientações

do

programa

de prevenção. Duas

crianças pararam

completamente com

o hábito

da

mamadeira e

usaram

o flúor

gel como prescrito

e apresentaram paralisação

da lea)

bem como redução na contagem

de

S. Mutans.

Veri

fi

caram

que a abordagem

tradicional

de

educação e instrução

pode

não

ser

eficaz

na

correção

de

hábitos inadequados e

que

intervenções

que

não

dependam

muito da

obediência do paciente

devem

ser consideradas nestas

situações.

Sabe-se

que

a

cárie

de

mamadeira é resultado

do contato prolongado de

carboidratos contidos tanto

no

leite

materno

como

nas

fórmulas, leite

de

vaca e sucos

de

frutas, com

os dentes,

e

isto acontece,

quando

os

bebês ficam

livres para mamar durante toda

a noite ou

carregar

a

mamadeira com eles e dar

pequenos goles durante

todo o dia."

Conforme estudos de Jansen

apud

VON BURG, SANDERS,

WEDDEL",

em

crianças de

3 1/2

ou menos,

95%

das crianças

que tinham lesões

no incisivo superior eram

postas na cama

com

a

mamadeira até adormecerem

ou

dormiam

com ela,

40%

dos pais de

crianças com lesões

de

cáries indicavam

uma

consciência

prévia do potencial

cariogé'nico desta prática,

sendo que a maioria havia tentado a

substituição

por

água,

mas em

68%

dos

casos as

crianças

rejeitaram

e

os pais continuaram com a

prática

de

colocar

as

crianças

na

cama com

leite ou sucos.

(42)

42

Goiania (Goias) com uma amostra de 2267 crianças, abrangendo crianças na faixa etária de 0 a

6 anos de escolas públicas e particulares.

A média de ceo e percentagem livre de caries foi 0,09 (96,4%) em crianças de 1

ano ou menos; de 0,40 (87,3%) em crianças com 2 anos; 1,14 (69,9%) aos 3 anos, 2,18 (49,5%) aos 4 anos, 3,18 (36,1%) aos 5 anos e 3,94 (29,4%) na idade de 6 anos

respectivamente, sendo que a prevalência foi mais alta em crianças de escolas públicas do que naquelas de escolas particulares. Concluíram ainda que em escolas públicas o mais alto

componente ceo foi o de dentes cariados e com extração indicada e nas escolas particulares foi

de dentes restaurados. Nas escolas públicas 86,4% das lesões de caries necessitam de

atainto comparado com 33,8% nas escolas particulares, indicando que a desigualdade

social existe, expressa pelos valores do índice ceo e prevalência de carie dental.

Com o objetivo de estabelecer além dos fatores odontológicos, também aqueles

psicológicos envolvidos na cárie de mamadeira, VAN EVERDINGEN, EIJKMAN,

HOOGSTRATEN45 realizaram uma estudo na Holanda, através de um questionário enviado

aos pais de 68 crianças que tinham cárie de mamadeira e que foram tratadas (grupo da carie),

e para outros 90 pais que não tinham conhecimento da história clinica e problemas

odontológicos, consistindo um grupo de pais com crianças que recebiam mamadeira, entretanto nunca haviam sido tratadas (grupo das crianças sem cárie), e o outro consistiu de

crianças que nunca usaram mamadeira (grupo controle). A idade das crianças variou entre oito e trinta e seis meses.

Verificaram que o habito da mamadeira e a inabilidade para mudá-lo parece ser a principal razão para os pais continuarem com ele até uma idade inadequada. Pais de crianças

(43)

vários aspectos, tanto médicosiodontológicos como na conduta psicológica, refletindo na maioria das vezes como uma influência negativa na condição bucal das crianças.

Outro estudo realizado por FEBRES, ECHEVERR, KEENE 21 com o objetivo de investigar a relação entre consciência dos pais, hábitos e fatores sociais e o desenvolvimento de cárie de mamadeira foi realizado em Houston, no Texas. A amostra consistiu de famílias hispânicas, brancas e negras e incluiu 100 pares de pais e filhos. Nas crianças foi feito o exame clinico e questionários administrados aos pais incluíram informações sobre dados demográficos, níveis de educação, condição matrimonial, cuidados com o bebê e o que sabiam sobre cárie de mamadeira.

No total, 19 crianças apresentaram carie de mamadeira, e a distribuição racial com e sem este tipo de problema foi estatisticamente significante com a população hispânica estando sobre representada no grupo com carie (72% contra 37%), e negros foram sub representados (16,2% contra 50,6%). A idade média na qual os bebês com carie de mamadeira deixaram a amamentação foi significantemente mais alta do que aqueles que não apresentavam lesão de carie, os bebês que deixaram a amamentação após os 14 meses de idade apresentavam maior probabilidade de ter carie. Das crianças do grupo com lesão de

carie a percentagem que dormia com a mamadeira (78,9%) foi bem mais alta do que as que não dormiam. Concluíram também que a consciência sobre carie de mamadeira foi menor entre pais de crianças com carie do que das crianças sem essa condição.

Um estudo foi realizado por MARINO et al. 31 em Nova Jersey com o propósito de definir os fatores associados ao aumento do risco para o desenvolvimento da carie de mamadeira, incluiu uma amostra de 24 crianças afetadas que consultaram em uma clinica

odontológica particular, e um grupo controle de 24 crianças que receberam cuidados

(44)

44

pais preencheram um questionário sobre comportamento da criança, práticas nutricionais e características demográficas.

Observaram que a incidência de cárie de mamadeira foi maior nas crianças que moravam somente com um dos pais, sendo também relatada uma maior incidência de dificuldade para dormir e temperamento forte nessas crianças. Crianças que tomavam a mamadeira na cama e até uma idade maior foram mais afetadas do que o grupo controle, bem como receberam menos conselhos profissionais com respeito ao desmame e menos suplementação de flúor. 0 reconhecimento clinico deste perfil pode criar uma previsão especifica para prevenção desta condição.

Característica da cede rampante

(45)

Os autores verificaram que enquanto os pacientes do grupo controle pesavam 16,2 ± 3,08 Kg, pacientes com cárie de mamadeira pesavam somente 15,2 ± 2,66 Kg o que foi

estatisticamente significante, ainda nos pacientes do grupo teste, 8,7% pesavam menos do

que 80% do seu peso ideal, comparados com 1,7% do grupo controle, e 19,1% estavam com menos que o peso ideal em relação a 7% do grupo controle. A idade média de pacientes com

'baixo peso' e com cárie de mamadeira foi significantemente maior do que em paciente com o peso ideal ou acima, concluindo que a progressão da cárie de mamadeira pode afetar o crescimento desfavoravelmente.

Considerando que os hábitos de escovação não são congênitos e sim adquiridos pelo aprendizado de modelos como um processo de socialização, PAUNIO et al." realizaram um estudo visando determinar se hábitos de escovação de crianças de três anos estão associados com outros hábitos de saúde bucal da criança e se a freqüência de escovação da

mãe influi neste processo. A amostra consistiu de 1443 mks primiparas de uma província da Finlândia, abrangendo area rural, semi-urbana e urbana, que preencheram um questionário logo após o nascimento do bebê, após com 1 1/2 e 3 anos. Como algumas desistiram durante o estudo, e o exame clinico foi realizado em 1018 crianças de três anos, sendo que as variáveis

usadas no estudo incluíram o consumo de suco à noite e *war na idade de 1 1/2 ano e o uso de tabletes de flúor e doces na idade de três anos, considerando que no caso da aide incluia a idade, educação e ocupação.

A escovação diária foi praticada por 78,2% das crianças, a adição de açúcar na dieta e a freqüência do uso de doces até a idade de 3 anos foi mais comum nas crianças

(46)

46

menos atenção nos hábitos de escovação dos dentes de seus bebês e a proporção que

escovavam seus dentes foi de 67,9% na área rural, 78,6% na semi urbana e 80,1% na cidade.

Doenças infecciosas na idade de 9-17 meses tiveram um aumento relacionado ao uso de suco it

noite. Os resultados indicam que a educação em saúde deveria ser focalizada em miles jovens

e families rurais, e a atenção das mks com os hábitos de escovação de seus bebês parece ser

útil na avaliação de outros hábitos que afetam a saúde bucal de bebes.

Em um estudo semelhante, com a mesma amostra, PAUNIO3s concluiu que o uso

de carboidratos pelos pais está refletido na saúde bucal de suas crianças, e que os hábitos de

escovação dos pais estão significantemente associados com os hábitos das crianças, porém,

com efeito cumulativo. Concluiu-se que o uso de açúcar pela mãe octave significanternente

associado ao hábito de uso de açúcar da criança.

Poucos estudos tem explicado a relação entre cárie de mamadeira e o futuro

desenvolvimento de lesões de cárie na dentição decidua ou permanente, MELNES34

demonstrou que crianças com cárie de mamadeira, tinham maior probabilidade de desenvolver

lesões proximal e oclusal em primeiros molares do que crianças que não apresentam este tipo

de lesão.

A dirk de mamadeira caracteriza-se pelo seu desenvolvimento rápido em muitos

dentes e afeta normalmente superficies consideradas de baixo risco it cárie; sendo os incisivos

superiores os primeiros dentes a serem afetados pela cárie. Comparando crianças afetadas com

as que não tiveram citric de mamadeira, MELNES 34 verificou que crianças com citric e que

deixam mais tarde da mamadeira, são mais prováveis de ter problemas médicos, tem um

temperamento forte e uma alta incidência de dificuldades para dormir Também constatou que

Referências

Documentos relacionados

Porém, se para falar em histeria é preciso entender minimamente a lógica do funcionamento psíquico dos sujeitos assim estruturados, bem como o da mulher em geral, não se

CAPÍTULO 7 - FORMULAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE EMULSÕES MÚLTIPLAS DO TIPO A/O/A CONTENDO O EXTRATO CONCENTRADO DA BORRA DO VINHO TINTO RICO EM ANTOCIANINAS

Se alguns são suscetíveis de uma certa “educação”, esse desenvolvimento intelectual, sempre fechado em estreitos limites, é devido à ação do homem sobre a natureza

O uso do poliuretano (PU) como suporte de baixo custo para de imobilização , prova ser um material muito promissor, pois em nosso estudo o uso da lipase de Candida antarctica

No capítulo seguinte será formulado o problema de programação não linear e serão apresentadas as técnicas de penalização para tratar os problemas com restrições gerais

The purpose of this study is to recognize and describe anatomical variations of the sphenoid sinus and the parasellar region, mainly describing the anatomy of

We approached this by (i) identifying gene expression profiles and enrichment terms, and by searching for transcription factors in the derived regulatory pathways; and (ii)

demais espécies, t ais células não f oram Idioblast os encerrando compost os fenólicos distribuem- se pelo parênquima clorofiliano, principalmente nas camadas próximas