CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ESTOMATOLOGIA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ODONTOPEDIATRIA
HÁBITOS ALIMENTARES NA PRIMEIRA INFÂNCIA
Romi Oesterreich Nene Santos
Monografia
apresentada A
UniversidadeFederal de Santa Catarina, Centro de
Ciênciasda Saúde, como parte dos requisitos para
obtençãodo titulo de
especialistaem
rq Odontopediatria
.1- ,t- 0
7, Orientadora: Prop Dr o Izabel Cristina
,-, o
Santos Almeida
AGRADECIMENTOS
Agradeço sinceramente aos meus professores que me proporcionaram novos
conhecimentos
e
muito me auxiliaram, em especial à professora Izabel Cristina Santos Almeida, orientadora deste trabalho.Aos
funcionários
da Universidade Federal de Santa Catarina que foramco-responsáveis
pela realizaçãoe
sucesso do curso.E
aos meus colegas pela amizade, cooperaçãoe
pelos muitos momentos de alegria que compartilhamos.que não precisemos mais delas, nem nos autoriza a renunciar a elas.t melhor ensinar as virtudes, dizia Spinoza, do que
condenar os vícios. É melhor a alegria do que a tristeza, melhor a admiração do que o desprezo, melhor o exemplo do
que a vergonha. Não se trata de dar lições de moral, mas de ajudar cada um a se tornar o seu próprio mestre, como convém, e seu único juiz: Com que objetivo? Para ser mais
humano, mais forte, mais doce.
Virtude é poder, é excelência, é exigência. As virtudes são nossos valores morais, mas encarnados, tanto quanto pudermos, mais vividos, mas em ato. Sempre singulares como
cada um de nós, sempre plurais, como as fraquezas que elas combatem ou corrigem. Não há bem em si: o hem não existe,
está por se feito, é o que chamamos virtudes."
SUMARIO
RESUMO
ABSTRACT 8
INTRODUÇÃO
2 REVISÃO DE LITERATURA I
2.1 Amamentação natural 11
2.2 Amamentação Artificial 26
2.3 Dieta e cárie 33
3 DISCUSSÃO 53
4 CONCLUSÕES 63
0 objetivo desta pesquisa bibliográ fica foi o de apresentar aspectos relacionados a hábitos alimentares de bebês de zero a três anos, quanto à amamentação natural e alimentação artificial, e fatores que influenciam no estabelecimento e desenvolvimento da carie de mamadeira. A amamentação natural é recomendada como a melhor fonte de nutrição infantil, por ser superior em nutrientes e propriedades imunológicas que protegem o bebê contra uma série de doenças tanto infecciosas como respiratórias. Os autores salientam que bebês devem ser amamentados no peito, exclusivamente, até aos seis meses de vida. Entretanto observou-se
que a maioria das mães acaba amamentando seu bebê por um período de tempo reduzido, característica relacionada a falta de informação e preparo, volta ao trabalho, medo que seu leite seja fraco, insatisfação com o crescimento de seu bebê e a preocupação com a estética. Dentre as mães que optam pela alimentação artificial, as fórmulas a base de leite de vaca são a escolha preferida, feita através do uso da mamadeira, aspecto que facilita a introdução da sacarose precocemente na alimentação, que pode condicionar a criança a um consumo
ABSTRACT
A amamentação natural tem sido cada vez mais encorajada no mundo inteiro e não
hi dúvidas de que é muito importante considerando o ponto de vista nutricional como o
imunológico e o desenvolvimento do bebe.
Desde agosto de 1992 comemora-se a Semana Mundial da Amamentação, quando
se reiteram e reafirmam as decisões tomadas na "Declaração do Inocentti", compromisso
assinado em 1990 por 40 países, inclusive o Brasil, visando promover, apoiar e proteger o
aleitamento materno.
Essas e outras iniciativas demonstram uma preocupação crescente em conscientizar
as mães da importância do aleitamento materno no que diz respeito aos beneficios que traz
tanto it mile quanto ao bebe, na saúde, influenciando positivamente o bom desenvolvimento do
sistema estomatognatico, tanus muscular normal e posicionamento correto da lingua
Apesar de indiscutivel importância, tanto amamentação natural como a artificial
(principalmente quando caxboidrato fermentitvel é adicionado ao leite), se realizada após a
erupção dos dentes, livre demanda principalmente durante o período noturno, pode causar
prejuízos para a saúde bucal com o aparecimento e progressão de lesões de cárie, denominada
nesta fase da vida do bebe de cárie de mamadeira; cujos principais fatores são: presença de
estreptococos do grupo mutans, transmitidos precocemente ao babe e carboidratos
fermentáveis freqüentes na alimentação do bebe, noturna e diutuniamente.
A
literatura oriontológica 42. apresenta vários
dadosreferentes
aexperiância e
programasespecíficos
de atendimentoao bebâ, relacionados
aosaspectos epiderniológicos
sócio-culturais, biológicos e comportarnentais
queestio
associadosnão só
apresença clinica
da doençacárie
nesta fase da vida comotambém
osfatores que favorecem
aodesenvolvimento desta.
Para FRAM
"
Oaconselhamento dietético é uma das
bases de umprograma
eficaz
deprevenção e manutenção da saúde
bucalem bebas, não somente pela possibilidade
de
desenvolvimento da doença em uma idade precoce, mas também por que os hábitos dietéticos
adquiridos na inThncia
,formam
a basepara o futuro padrão alimentar," Orientação justificada
por
Winter et al.e
Silver"... o uso
demamadeiras contendo açúcar, na infância, pode
condicionar
acriança
a umconsumo excessivo
deaçúcar
nofuturo."
Este
trabalho tem como
objetivos:apresentar
os aspectos relacionados ahábitos
alimentares
debebes
de zero atrês anos, quanto
àamamentação
naturale
artificial,relacionar
fatores
que influenciam noestabelecimento e desenvolvimento
da aide de mamadeirabem
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Amamentação natural
Sabemos que a alimentação durante
o
primeiro ano de vidaé
de fundamental importância parao
crescimentoe
desenvolvimento do bebê, sendoo
aleitamento maternoo
mais naturale
desejável método, seja sob aspectos fisiológicos, fisicose
psicológicos.' s0 leite materno
é
universalmente recomendado como a fonte preferida de nutrição infantil, em parte porqueé
superior em nutrientese
propriedades imunológicas, salientando-se que uma alimentação adequada no peitoé
caracterizada por amamentação em demanda, prevenção de rachaduras nosmamilos e
acesso a conselhos médicos. Estaamamentação
deve ser iniciada logo apóso
partoe
as irides devem ser encorajadas a amamentar em demanda, usualmente de 8 a 10 vezes por dia. Sinais como: deglutiçãoaudível,
fralda molhada oito a dez vezes por diae
três a cinco movimentos intestinais, são aspectos considerados para avaliação de umasucção
nutricional bem sucedida. 0 mesmo estudo salienta que crianças amamentadas no peito raramente necessitam de suplementação de vitamina,e
que suplemento deflúor
não são recomendados até os seis meses de vida, para evitaro
risco de fluorose. 430 precursor do leite materno
é o
colostro, que caracteriza-se por ser um fluido amarelado, viscosoe
secretado até alguns dias apóso
nascimento evoluindo para leite maduro entre trêse
quatorze dias apóso
parto. Em relação ao leite maduro, ele contém menos lactose, gordurae
vitaminas hidrossolilveis, mas maisproteínas,
vitaminas lipossol6veise
sais minerais comocálcio e
zinco, além de uma concentração mais alta de imunoglobulinas. 1512
fatores antimicrobianos tais como, agentes de defesa lactoferrina, lisozima
e
IgA, comuns em mucosase
bem adaptados ao ambiente gastrointestinal, que matam certas bactériaspatogênicas
sinergicamente, desencadeando proteção sem processo inflamatório, a produção diária de
muitos fatores altera com a lactação continua, tornando assim a amamentação um forte
protetor contra patógenos específicos como Salmonella, Shighella, Vibrio Colarae, Escherichia
Coll
e
Polivirus. Além disso, a ação direta dos agentes antimicrobianos do leite humano protege pelos mecanismos antiinflamatórios, além da ação dos agentes imunomoduladores quelevam as crianças amamentadas no peito a ter menos riscos para desenvolver diabetes mellitus,
linfoma, doença de Crhon mais tarde, durante a infancia. 6
Para CORREA°
o
leite materno é um tecido vivo por conter suplementos parao
sistema imunológico, devido a presença de IgA, IgM, IgG além de lisozima, lactoferrina
e
outras
substâncias
imunoreguladoras bem como componentes celulares tais como macrófagos, linfócitos, granulócitos, neutrófilose
células epiteliais, vindo destes a sua ação contra infecções viraise
bacterianas. I5Considerando a mucosa bucal, a camada de irnunoglobulinas formada pelo leite
materno protege essa via da entrada de microorganismos
responsáveis
por uma série de doençase
sua retirada com gaze ou fralda embebida em algumasubstância
diminui a sua ação protetora, por esta razão a higienização bucal deve ser realizada a partir da erupção doprimeiro dente com uma escova com cabeça pequena
e
cerdas macias. 15Tabela 1
Diferenças
entre oleite
bovino e oleite materno:
Demented
Propriedades
Leite bovineLeite
Materno-Proteína 3, lg/100m1 0,9g/100m1
-Lactoferrina Quantidade minima 26% de proteinas séricas
-Lisozima Traços 8% de protéinas séricas
-Lactose e outros oligossacarideos Pequena quantidade Grande quantidade
-Minerais Maior osmolaridade - risco de
sobrecarga renal Osmolaridade similar a do plasma adequada-
-Sódio Em excesso- risco de
convulsões e diarréia Adequado
-Ferro 0 ferro agregado is fórmulas
interfere com o mecanismo da lactoferrina (mania)
Baixo conteúdo, alta biodisponibilidade
-Vitamins A Não existe Adequada
-Vitamin' a E Escassa Adequada
-IgA 3mg/100m1 e se inativa com o
calor (maior quantidade de 104)
IgA, 100 a 140 mg/100m1
-Poder alérgico para o bebe Alto (20% alergias) nulo
Fonte: CORREA,
1998.
Segundo Moyers
apud
CORREAamamentação
natural representa o fatorinicial
para o bomdesenvolvimento
dento-facial, e ainda, conforme Carvalhoapud
CORREA15
pode serconsiderada como
preventiva da síndrome dorespirador
bucal,levando
a um perfeito equilíbrio neuromuscular dostecidos
que envolvem osistema estomatognitico.
Na
amamentação
a criança aprende aposturar
corretamente a lingua, ganhando14
mãe produz um hormônio muito importante que contrai os tecidos, diminuindo os riscos de hemorragia e tornando mais fácil para ela readquirir a forma natural de seu corpo. 13
Amamentação naturai
Segundo Riordan e Countryman apud DEGANO, DEGAN017 os leucócitos tragam materiais nocivos, e os linfácitos produzem IgA e interferon (protetor viral), lisoenzimas (enzimas antiinfecção), lactoferrina (potente bacteriostático e construtor da
proteína do ferro) sendo a IgA a mais importante imunoglobulina encontrada no leite, por
proteger o trato gastrointestinal contra a invasão de microorganismos como E. Colli, Shighella
e a Salmonela, e não ser produzida pelo organismo do bebê durante os primeiros seis meses de vida 17
Numerosas vantagens tem sido atribuídas a amamentação natural de acordo com Cunningham et al. apud DEGANO, DEGAN017 tais como: diminuição de episódios de otite média, por aumentar a proteção contra doenças infecciosas, respiratórias, meningites e
bacteremias bem como por ser um fator importante na redução do risco de desenvolvimento da diabetes juvenil.
seu pleno desenvolvimento e constitui-se na melhor proteção contra doenças do recém-nato de acordo com pesquisas de Garcia e Schaefer apud FRAIZ 22.
Quando comparada a amamentação artificial a amamentação natural diminui a presença de bactérias e doenças virais, conforme Jason et al. apud SPENCER 43 . Pesquisas de Mayer et al., e Davis et al. sugerem esta pode dar proteção também contra diabetes mellitus, câncer e linfoma e, para Lawrence apud SPENCER 43 a amamentação natural é um fator de proteção contra doenças alérgicas, incluindo eczemas, asma e rinite alérgica, provavelmente, por diminuir a permeabilidade intestinal para grandes moléculas alergênicas. 43
BEAUDRY, DUFOUR, MARCOUX8 com o propósito de avaliar o efeito dos métodos de alimentação nas doenças respiratórias e gastrointestinais durante os seis primeiros meses de vida, realizaram um estudo com uma amostra de 776 crianças nascidas em New Brunswick, Canada, durante o período de um ano. Os dados foram coletados através de um questionário padrão auto administrado enviado para todas as mães uma semana antes da criança completar seis meses de vida. Os autores concluíram que a amamentação natural teve efeito protetor contra doenças respiratórias, incluindo infecção de ouvido e gastrointestinal, também contra hospitalizações por doenças respiratórias. 0 estudo reforça a importância da amamentação materna para a saúde das crianças.
Oferecer líquidos regularmente ao bet* pode levar a urna diminuição da freqüência e intensidade da amamentação no peito, causando um impacto negativo na produção e sucção do leite materno, considerando-se que bebês amamentados no peito não necessitam de liquido adicional."
16
alimentação devem ser introduzidas, como sucos e papinhas, de forma gradativa. 4
0 boletim publicado pela Organização Mundial de Saúde em 1999 salienta a
importância da amamentação na prevenção de diarréia, e que a proteção foi maior em bebês
amamentados exclusivamente, sendo que a administração de fluidos suplementares como água,
suco ou chis a bebês amamentados esta associado a um aumento significativo do risco de
doença diarreica. Tanto dados teóricos como empiricos concluem que esses fluidos
suplementares não são necessários para manter o balanço hidrico de bebês sadios, menores que
seis meses que sito amamentados exclusivamente. n
A susceptibilidade dos dentes à cárie é programada geneticamente, para reduzir
estes tipos de problemas sugere-se suplementos de flúor, conforme a Academia Americana de
Pediatria e Associação Dentária Americana. Tem sido recomendado que crianças amamentadas
no peito, mesmo aquelas que moram em áreas onde a água é fluoretada deveriam receber
suplementos de flúor como se elas morassem em áreas de água não fluoretada, porque o leite
humano contém níveis de flúor muito baixos e muitos bebes amamentados não recebem
mamadeiras com igua. 17
A concentração da maioria dos minerais no leite materno, como cálcio, fósforo,
magnésio, zinco, potássio e flúor não é significantemente afetada pela dieta materna. Quanto
ao flúor, as mamas permitem somente a passagem de quantidades vestigiais. A concentração
de minerais é menor no leite materno do que nos substitutos e melhor adaptada is
necessidades nutricionais e capacidades metabólicas dos bebês. 0 leite materno tem uma alta
biodisponibilidade de ferro, sendo que quase 70% do ferro do leite materno é absorvido contra
30% do leite de vaca e 10% dos substitutos do leite materno. 2
primeiros seis a oito meses de vida,
e
bebes de termo sadios nascidos de mães bem nutridas tem reservahepática
de ferro suficiente para atender as necessidades da maior parte do primeiro ano de vida, como relata Picciano apud AKRE 2, logo, aintrodução
precoce de outros alimentos na dieta de bebes amamentados pode alterar esta condição, como porexemplo, tem se mostrado que
pêras
quelamo
ferro do leite humano, tornando-oinsolúvel e
não
disponível
conforme Osld e Landow apud AKRE 2.Conforme estudos de Bamees apud SPENCER43,
o
leite humano contém somente 0,3 mg de ferro por litro, do qual 50% aproximadamenteé
absorvido, logo,o
ferro da amamentação ajuda a retardaro
término do ferro neonatal em estoque,é
importante salientar que, crianças amamentadas no peito necessitam de suplementação de ferro até os seis mesesde vida, geralmente sob a forma de cereal fortificado com ferro.
Para WALTER° nit) existe nenhuma restrição sobre aleitamento natural
e
mesmo a amamentação noturna quandoo
bebeé
menor de seis meses (desdentado), poiso
aleitamento é importante tanto parao
desenvolvimento fisico como parao
emocional do bebe nesta idade, devendo ser irrestritoe
em livre demanda. Entretanto, após a erupção dos dentes,o
aleitamento
e
amamentação noturnos devem começar a ser controlados para queo
desmame ocorra por volta de 12 meses de idade, quando os incisivos já estão irrompidose o
bebe inicia a fase da mastigação.Considerando
o
aspecto psicológico, a amamentação natural produz uma sensação de prazere
solidificao
afeto entre ambos,mãe e
seu bebe, porque desdeo
s segurança, além do contato corporal que é muito importante, pois a pele é o órgão sensorial primário do bebê e a experiência táctil é essencial para o seu desenvolvimento, sendo que a privação deste, pode levar a graves distúrbios emocionais e fisicos. 15
Amamentação natural
Com o propósito de demonstrar as razões que levam as mães a deixar de amamentar os seus filhos precocemente, MARTINES, ASHWORTH, KtRKWOOD 32 realizaram um estudo na cidade de Pelotas, com uma amostra de 538 crianças pobres que moravam na área urbana da cidade, acompanhadas durante os seis primeiros meses de vida
A razão mais freqüente relatada pelas mks para suplementar a alimentação dos
bebes que foram amamentadas exclusivamente no peito nos primeiros 3 meses de vida foi a
insatisfareão com a proporção de crescimento de seus bebes, e a segunda foi a percepção das
mks de que a produção de seu leite estava inadequada. Os autores salientam que a
importância de estimular a amamentação no lar deve ser realçada, devido a possibilidade da
mie parar de amamentar durante os primeiros meses de vida do bebe, entre aquelas que não
recebem ajuda doméstica nas primeiras semanas pós parto.
Um estudo realizado na Filadélfia por MENNELLA, BEAUCHAMP 33, em
mulheres saudáveis, na faixa dos trinta anos, não fumantes investigou o comportamento dos
bebes durante a amamentação quando expostos ao leite da mãe temperado com alho. 0
estudo incluiu três grupos, cada um com dez pares (mie e criança), durante um período de 11
dias. Os grupos diferiam no tipo (placebo ou alho) ou no momento (dia 5-7 ou 8-10) da
ingestão das cápsulas pelas mites, e conseqüentemente na quantia de exposição destes bebes
tinham ao leite condimentado com alho. As mites foram divididas em três grupos, as do grupo
1 ingeriram cápsulas de placebo nos dias 7 a 10, no grupo 2 ingeriram cápsulas de alho
durante os dias 5 a 7, e no grupo 3 ingeriram cápsulas de alho durante os dias 8 a 10, sendo
que antes do teste do dia 4 as mks não ingeriram nenhum tipo de cápsula. Cada par foi
observado durante duas sessões de 4 horas. A primeira sessão ocorreu no começo do período
experimental quando as mks ingeriram cápsulas de placebo (quarto dia) e a segunda ocorreu
no final do período experimental quando elas ingeriram cápsulas de alho (décimo primeiro dia).
Durante as sessões testes, as crianças foram pesadas antes e depois de cada
amamentação para a determinação da quantia de leite ingerido e seu comportamento durante a
amamentação foi monitorado por videotape. Os bebes que não haviam sido expostos ao alho
20
significantemente mais tempo na amamentação depois que suas mães ingeriram cápsulas de alho quando comparados com aqueles cujas mães consumiam alho repetidamente durante o período experimental (grupos 2 e 3). 0 primeiro grupo de bebês gastou significantemente mais tempo unidos ao peito, durante as 4 horas teste na qual suas mães ingeriram alho, quando comparado com a sessão em que as mães ingeriram o placebo. Em contraste, os bebês cujas mks consumiram cápsulas de alho durante o período experimental, não houve alteração relativa a ingestão de alho das mães no teste do dia 11 (o tempo gasto na amamentação foi equivalente ao observado durante o sessão na qual suas mães ingeriram cápsulas de placebo) Nem o número de vezes que as crianças foram alimentadas nem a quantia de leite que elas consumiram foi significantemente afetada pela ingestão materna, de alho.
Das 49 mães, 20 foram selecionadas no grupo compensatório (bebês que receberam suplemento alimentar), que consistiu de mães que mudaram suas praticas de amamentação, com a intenção de que seus bebês ingerissem nutrientes suficientes. Destas 20 mães, 13 mudaram parcial ou completamente para a mamadeira, das quais sete declararam pensar não ter leite suficiente. E o restante (29 mães) participaram do grupo não compensatório, cujos bebês foram alimentados exclusivamente no peito.
Concluíram que crianças amamentadas no peito succionavam em uma proporção maior do que crianças alimentadas na mamadeira. Crianças no grupo compensatório sugaram menos eficazmente no inicio e continuaram sugando quantidades que as crianças do grupo não compensatório, indicando que a amamentação dessas ao nascer foi menos eficaz. Também que, crianças no grupo compensatório ingeriram menos durante a avaliação de seis semanas e foram alimentadas mais freqüentemente em casa por suas mães do que as do grupo não compensatório. Estes achados sugerem que, mesmo em crianças saudáveis, é possível ocorrer problemas na habilidade de amamentação e que as mães são uma fonte confidvel de informação sobre a habilidade de amamentação de suas crianças.
Com o propósito de avaliar a associação entre o uso de chupeta e a diminuição do período de duração da amamentação, VICTORA et al. 47 realizaram uma pesquisa epidemiológica e etnográfica na cidade de Pelotas, no Brasil, na qual foram visitadas e entrevistadas (quanto ao uso de chupetas, padrão de amamentação natural, e variáveis sócio-econômica e comportamental) 650 mães e seus bebês logo após o parto e nas idades de 1, 3 e 6 meses dos bebês.
22
dia e pelo menos até adormecer, eram 4 vezes mais propensas a deixar a amamentação até aos
6 meses. Salientaram ainda que aquelas que usavam chupetas, tiveram um número menor de
amamentações diárias em relação as que não utilizavam. Verificaram que
o
uso de chupetas foi considerado pelas mães como um fator que levava os bebês a um comportamento positivoe
que
mães
são fortemente estimuladas a fazer seus bebês aceitarem a chupeta, sendo que umconsiderável
número de mães utilizou-as para conseguir que seus filhos deixassemo
peito ou para aumentaro
intervalo entre as amamentações.CARVALHO, AMABILEI4 salientam que as chupetas, bem como mamadeiras, embora utilizadas pela maioria das crianças, podem causar inúmeros danos
e
serem transmissores de doenças, além de causaro
fenômeno"confusão
de bicos", queé
uma formaerrônea de
o
recém nascido posicionar a linguae
sugaro
peito. 0 risco de um lactente ser desmamadoé
muito maior para os usuários de chupeta, poiso bebê
fica viciado numa pegainadequada, conseqüentemente suga menos
o
peitoe
faz com que sua mãe produza menos leite.Para WALTER, FERELLE, ISSAO 49 " A criança que mama no peito até os seis meses de idade tem uma possibilidade menor de adquirir hábitos de sucção não nutritivos, como a sucção do dedo
e
da chupeta, do que aqueles que são amamentados com mamadeira "Pesquisadores de New York realizaram um estudo com uma amostra de 1000
escola especialmente em matemática e leitura e os resultados padronizados de compreensão de leitura, matemática e lógica. Os resultados indicaram que, quanto mais tempo as crianças foram amamentadas, maiores eram as notas nesses testes. Crianças que foram amamentadas durante oito meses ou mais tiveram, em media, resultados significantemente maiores que as que não foram amamentadas, e afirmaram que os resultados "demonstram a necessidade de encorajar a amamentação." 27
Amamentação natural
24
mineralização e outro para o período longo de amamentação, sendo os primeiros molares
permanentes os dentes escolhidos, desde que estivessem mineralizados durante os primeiros 2
anos de vida, período no qual as crianças estavam mamando.
A primeira população de estudo consistiu de 40 crianças, na idade de 7-8 anos com
defeitos de mineralização em um ou mais primeiros molares (grupo afetado - 40 crianças) e
de crianças com seus primeiros molares saudáveis (grupo controle - 40 crianças). Do grupo
afetado, 27 crianças apresentaram defeitos amenos, cinco moderados e oito severos,
apresentando um total de 106 afetados dos 160 estudados, com uma prevalência de 73% dos
defeitos na arcada superior e de 60% na inferior. Considerando que a amamentação variou de
0 a 30 meses no grupo afetado e de 0 a 14 meses no grupo controle, concluíram que as
mudanças foram mais extensas em crianças que foram amamentadas por períodos de tempo
mais longo do que aquelas em que o período de duração da amamentação foi menor.
A segunda população de estudo compreendeu 97 crianças, com 12 anos de idade
(momento no qual foi realizado o exame odontológico), grupo no qual as miles foram
estimuladas a amamentar até a idade de 12 meses. Observaram que, 25% tiveram defeitos de
mineralização, com dezenove crianças apresentando defeitos amenos, quatro moderados e
uma severo, sendo nesta população a duração da amamentação variou de 0 a 34 meses, e que
todas as crianças afetadas foram amamentadas por um período médio de 12 meses e as com
dentes normais por um período médio de 11 meses.
0 estudo conclui que o longo período de amamentação pode aumentar os riscos
de defeitos dentários de mineralização em crianças saudáveis, possivelmente por causa da
contaminação do ambiente através de dioxinas ou compostos semelhantes via leite da mie, que
Considerando as muitas controvérsias na literatura a respeito da cariogenicidade do leite materno, um estudo 'in situ' realizado por ARAÚJO et al. 5 com oito voluntários com saúde bucal controlada, foi realizado com o objetivo de comparar os efeitos do leite humano com uma solução de sacarose a 20%.
Um dispositivo intrabucal palatino recoberto com uma tela ortodõntica foi utilizado pelos voluntários, no qual foram inseridos blocos de esmalte dentário humano, as substancias foram gotejadas nos blocos de esmalte oito vezes ao dia, e mantidas por 5 minutos, durante dois períodos de 35 dias com intervalo de uma semana entre eles, sendo a higiene dos pacientes realizada com dentifrício não fluoretado e sem substancia anti-placa.
Os resultados demonstraram que a solução de sacarose provocou o aparecimento de mancha branca na superficie do esmalte, enquanto que com relação ao leite materno
não
foi observada desmineralização clinicamente visível, sendo que a placa formada na presença de sacarose, apresentou coloração esbranquiçada e opaca, de textura granulosa e em menor volume do que a placa provocada pela presença do leite humano, logo, nestas condições os autores consideraram que o leite materno não foi cariogénico.26
2.2 Amamentação artificial
Atualmente os autores são unânimes em salientar que o aleitamento artificial só
deve ser adotado como forma de alimentação do recém nascido quando da total
impossibilidade da amamentação natural, sendo que deverá ser a critério médico e não de
forma aleatória, lembrando que nada substitui o leite materno, e na sua ausência sempre haverá
prejuízo do desenvolvimento facial da criança. 16
Vários fatores tem sido considerados como causas do desestimulo à amamentação,
como por exemplo a falta de informação e preparo das mies durante o período pré natal,
influencia cultural no sentido de divulgação do uso da mamadeira e até falta de estimulo pela
família. O aleitamento artificial 6, na maioria das vezes realizado com mamadeira, e no caso de
haver indicação é de suma importância que também se constitua em um ato de prazer e que a
mãe esteja com sua atenção totalmente voltada it criança, para preservar os mesmos fatores
emocionais positivos ligados a amamentação. 16
Outros motivos que levam a mac a deixar de amamentar ou não amamentar seu
bebê do: a volta ao trabalho, a solidão para enfrentar dores e dificuldades, os temores, as
crendices, as inseguranças, a preocupação estética, o medo que seu leite seja fraco e seu babe
passe fome, a falta de preparação e estimulo para enfrentar as dificuldades. °
necessário distinguir entre bebes que não devem jamais receber leite humano
dos que não conseguem mamar no peito, mas para quem ele ainda é o alimento de escolha,
pois, em algumas situações -felizmente infreqüentes- os bebês não podem ou não devem ser
amamentados tais como: galactosemia (clinicamente o bebê pode desenvolver catarata),
feniketonfiria (sua manifestação clinica é retardo mental moderado a grave), erros inatos do
gravidade). 2
De acordo com um estudo feito com pediatras a mamadeira pode ser recomendada
em casos de stress e perda de estimulo provocados por cansaço, nervosismo ou ansiedade da
mile, o que gera uma situação de desgaste; também quando o leite materno for insuficiente
para as necessidades do bebe; em casos onde a mile é portadora de alguma doença
transmissivel ou tenha alguma enfermidade que impossibilite a amamentação; e ainda se a mãe
faz uso de medicamentos que, através do leite, possam prejudicar a criança. 16
Uma vez que haja indicação da mamadeira ou aleitamento artificial, a mãe deve
utilizá-la como se fosse o seu próprio peito a fim de preservar os fatores emocionais positivos
ligados à amamentação natural. 16
Nas primeiras semanas de vida do bebe pode haver necessidade de
complementação alimentar devido it indicação médica, e o leite que será utilizado variará
conforme as necessidades da criança, sendo que as fórmulas maternizadas são as que mais se
aproximam do leite materno quanto ao teor de proteínas, vitaminas, gorduras e sais minerais.
A partir dos seis meses de idade, aconselha-se a introdução gradual de leite bovino tipo A ou
mesmo kite em pó integral na alimentação, se não houver nenhum fator impeditivo. 16
Quando for utilizado o leite em pó é necessário cuidado no seu preparo para que
não haja alteração em sua formulação, e evitar também o uso de adoçantes e farinhas que
servem de "engrossantes", de maneira que podem propiciar o inicio da atividade cariogenica. 16
Com o propósito de analisar a prevalencia de doenças atópicas ou alérgicas
(como eczema, bronquite asmática) em crianças 'de risco' até 5 anos de idade por causa de
uma história de doença atópica em pelo menos nos dois primeiros graus de parentesco,
28
foi realizado na Bélgica, e os bebês não amamentados no peito (pois exclusiva amamentação
no peito da, pelo menos parcial proteção a esse tipo de manifestação) foram escolhidos aleatoriamente, dos quais 28 receberam fórmula a base de soro de leite parcialmente
hidrolisada (SH), e 30 receberam fórmula a base de leite regular adaptada (LA), ambas da
Nestlê, durante os 6 primeiros meses de vida e, depois desta fase, a alimentação foi irrestrita Sintomas como cólicas repetidas, vômitos e/ou diarréia como dois episódios de longa duração
(de mais de 2 dias) foram diagnosticados como sensibilidade à proteína do leite de vaca
Até a idade de 12 meses, anticorpos para a proteína do leite de vaca foram pouco encontrados no grupo SH. Aos 6 meses a prevalência de sintomas que sugerem doença atópica
foi mais baixo no grupo SH (7%) quando comparada com o grupo LA (43%), até a idade de
12 meses (21% contra 53%), 36 meses (25% contra 57%), e 60 (29% contra 60%), se os dados eram calculados cumulativamente. Não houve diferenças entre os grupos quando s6
novos casos após a idade de 6 meses eram considerados. Eczema foi menos freqüente no grupo SH, mas somente no primeiro ano de vida, sugerindo uma diminuição da prevalência de susceptibilidade a proteína do leite.
Durante os primeiros seis meses diarréia de origem não infecciosa ocorreu em 8/30
crianças (27%) no grupo LA e não ocorreu em crianças do grupo SH. Cólica como "(mica"
manifestação foi considerada de origem "alérgica" em 1/28 crianças no grupo SH em 4/30
crianças no grupo LA. Se sintomas como "diarréia e cólicas como única manifestação" não são
considerados, o número de crianças com susceptibilidade à proteína do leite continua somente
significante para os primeiros seis meses de vida, e aos 12, 36, e 60 meses, estas diferenças não foram significantes .
antígeno especifica. Concluíram que o uso de soro hidrolizado em população de alto risco diminui a prevalência de eczema, e a incidência de diarréia durante os 6 primeiros meses de vida, por uma diminuição da incidência de susceptibilidade à proteína do leite
Um estudo foi realizado na Alemanha por JOCHUM et aI. 28, COM o propósito de
comparar os níveis de Selênio (Se) em crianças saudáveis amamentadas no peito com aquelas alimentadas com fórmulas comercialmente disponíveis de leite de vaca ou "leite hipoalergênico", considerando que o leite humano e o leite de vaca mostram grande variação no teor de Se, sendo que este é mais baixo nas fórmulas do que no leite de vaca ou humano, e uma deficiência crônica pode ter efeitos adversos na saúde da criança. Este estudo consistiu na medida dos valores de Se em 129 crianças ao nascer e aos 4 meses das quais 50 foram amamentadas no peito (AP), 44 receberam fórmulas baseadas em leite de vaca (FLV) e 35 foram alimentadas com fórmulas hipoalergênicas (FHA - proteína do soro parcialmente hidrolizada).
30
0 aumento de peso e altura em todas as crianças ocorreu dentro da faixa normal, não havendo
diferenças estatisticamente significantes entre formas de alimentação.
PARRET, EDWARDS37 analisaram em seu estudo como bebes amamentados no
peito são menos prováveis de sofrer diarréia infecciosa do que os que recebem alimentação
artificial. A pesquisa foi realizada nos EUA com uma amostra de 22 crianças saudáveis
através de culturas de fezes dessas crianças, das quais 11 foram alimentadas com fórmulas e 11
receberam amamentação natural, na idade de duas a dez semanas de vida, utilizando glicose,
lactose e raftilose, e os resultados foram comparados com aqueles de culturas de fezes de
adultos usando os mesmos carboidratos. Concluíram que a baixa capacidade das colônias
bacterianas do recém-nascido para fermentar carboidratos complexos é a provável causa do
aumento de evacuação desses carboidratos introduzidos durante o desmame precoce. E
durante o desmame que crianças que sip amamentadas no peito são mais suscetíveis a
desenvolver diarréia.
Mies de bebês que utilizam alimentação artificial necessitam de aconselhamento
sobre nutrição infantil, e embora todas as fórmulas comerciais usem o leite humano como
modelo, nenhuma reproduz as propriedades imunológicas e digestivas do leite humano. As
fórmulas infantis estio disponíveis em três formas: pronto para beber, liquidos concentrados e
pós, e os tipos mais comuns de fórmulas são a base do leite de vaca, leite de soja e proteína
hidrolizada; o leite de vaca em fórmula é a escolha preferida, apesar de haver diferenças na
composição entre o leite de vaca fórmula e o leite humano como mostra a TAB. 2 - adaptada
Tabela2
Comparação
dos nutrientes do leite humano com os leite
utilizados na alimentaçãoartificial
Nutriente
Leite
humanomaduro
Similac
comferro
Enfamil
com ferro
bomil
com ferro
Prosobee
com ferro
-Gordura (g / L) 151eo misturado
39 36,5
soja, coco 38,0 coco, soja 36,9 soja, coco 36,0 soja, coco
-Protehia (g / L)
Soro:caseina 10,5 70:30 14,5 18:82 15,2 100:0 18,0
leite de soja
20,0
leite de soja
.. -Carboidratos (g / L) Fonte 72 lactose 72,3 lactose 70,0 lactose 68,3 sacarose, xarope de
milho
68
xarope de milho
-Minerais
Cálcio (mg / L)
Fósforo (mg / L) Ferro (mg / L) Sodio (mE,q / L)
280 140 0,3 7,8 493 380 12,0 8,0 470 320 12,8 8,0 710 510 12,0 13,0 640 500 12,0 10,4 -Vitaminas
Vitamina D (UI / L) Vitamins K (ug / L)
Vitamina C (mg)
20 2,1 40 410 54 60 430 58 55 410 100 60 430 106 60
Fame: SPENCER, 1996
0 leite humano possui uma maior concentração de lactose com conteúdo mineral
e protéico
menor, de modo que quandoo
lactente utiliza nos primeiros meses de vida aleitamento artificial através do leite bovino "in natura", é recomendado a sua adequaçãoatravés de diluições que procuram diminuir sua concentração protéica
e
mineral, aproximando-a daproximando-aquelaproximando-a encontraproximando-adaproximando-a no leite maproximando-aterno. Como conseqüênciaproximando-a destaproximando-a diluição aproximando-a concentraproximando-ação de32
custo e da facilidade, a sacarose. 49
As fórmulas a base de leite de soja contém proteína de soja e são livres de lactose, e representam uma alternativa para as fórmulas a base de leite de vaca, e podem ser usadas para vegetarianos e crianças com deficiência de lactose ou galactosemia, e crianças com uma reação alérgica à proteína do leite de vaca freqüentemente podem utilizar o leite de soja, no entanto, algumas que são alérgicas ao leite de vaca são também ao leite de soja. 43
A fórmula de proteína hidrolizada é recomendada para crianças que não
toleram as que são a base de leite de soja ou de vaca, sendo a maioria livre de lactose e facilita a absorção de gorduras. 43
Para assegurar adequado suprimento de ferro para criança recém nata, que não está recebendo leite humano, o Comitê de Nutrição tem recomendado que só fórmulas fortificadas com ferro sejam usadas para estas crianças. 43
9-A ( \
UFSC
332.3 Dieta e cárie
O desenvolvimento da cárie no homem está associado com a presença de sacarose em sua alimentação, contudo a relação entre satisfação com o açúcar e a comida e seu potencial cariogênico não está clara, por essa razão uma recente reportagem caracterizou a dieta açucarada como intrínseca e extrínseca .
0 Committee on Medical Aspects of Foods policy (COMA) classificou a dieta corn sacarose nestes dois grandes grupos, sendo o intrínseco representado por aqueles integrantes naturais dentro da estrutura celular do alimento, principalmente os contidos em frutas inteiras e verduras e o extrínseco aquele livre no alimento ou adicionado a ele, suco de frutas, mel, e açúcares adicionados (durante a fabricação, açúcar de mesa e açúcar de receitas), incluindo o açúcar do leite (geralmente a lactose), como um subgrupo. Concluindo que o consumo de açúcares extrínsecos (exceto o leite) poderia ser substituído com açúcares intrinsecos. m
A dieta influencia na qualidade e quantidade dos agregados bacterianos sobre a superficie dos dentes, e altera histológica e fisiologicamente as glândulas salivares, de maneira que a etiologia da cárie dentária é discutida em função da dinâmica entre a placa bacteriana, carboidratos e saliva, determinando a cárie dentária como uma doença infecciosa bacteriana, modificada por uma dieta rica em carboidratos. Uma alimentação assim constituída induz a formação de placa com microorganismos considerados cariogênicos como os estreptococos do grupo mutans. Dentre os carboidratos fermentáveis, a sacarose tem sido universalmente indicada como a mais cariogênica."
34
A cárie na primeira infância é definida como uma doença infecciosa que afeta os primeiros incisivos de bebês e crianças jovens e está associada com práticas inadequadas de alimentação e o âmbito de severidade do problema aparece variável com fatores culturais, genéticos e sócio-econômico dentro de uma comunidade. 0 fator inicial para o seu desenvolvimento é a infecção ou colonização da boca por S. Mutans, em crianças com baixo
nível de cáries, S. Mutans constituiu menos que 1% da flora oral, comparado com crianças
com lesões de caries quando ele constitui 30 a 50%. Casos de cárie em crianças amamentadas no peito foram relatados e são mais comuns em crianças cujos pais são educados e somente um dos pais trabalha; a cárie de mamadeira em crianças com alimentação artificial foi observada ser mais comum em famílias com baixo nível sócio-econômico, população migrante, pai e mãe trabalham e tem babás de outras culturas."
Aspecto da carie de mamadeira
inicialmente ao bebê, entretanto não quantificou o açúcar consumido, somente a freqüência do consumo.
Os achados mostraram que os bebês receberam doces numa média de 4,3 vezes ao dia e que 77% das refeições e lanches dados a criança continham açúcar. Parte das mães. 32% adicionavam açúcar ao leite das crianças até a idade de 8 a 11 meses, embora estando este hábito associado com o fato do bebê ter tido contato com o açúcar adicionado ao leite da mamadeira ao nascer. 0 autor salienta que este hábito está provavelmente associado com o hábito da própria mãe, especialmente se ela usava açúcar em seu café e, desse modo, consideraram a hipótese de que hábitos alimentares potencialmente cariogênicos são desenvolvidos na primeira infancia, e concluiu que a freqüência de consumo de açúcar é alta, até mesmo no primeiro ano de vida.
A cárie de mamadeira é um tipo de cárie rampante que afeta bebês e crianças, e está associada ao consumo freqüente e prolongado de substratos cariogênicos durante o sono à noite ou no repouso da tarde, que são ingeridos através de mamadeira, além dos 12 meses de vida. l°
36
terceira com dados sobre hábitos que poderiam ter envolvimento na cárie de mamadeira, e a quarta parte, envolveu questões sobre hábitos de higiene bucal e uso de flúor
0 estudo concluiu que os pais de origem étnica que foram instruidos sobre prevenção de doença bucal de seus filhos, seguiam as orientações, já as mães de origem africana, de nível sócio-econômico baixo que não trabalhavam fora de casa, mantinham os hábitos dietéticos de seu pais nativo, geralmente inadequados na prática de higiene bucal. No caso de pais de origem francesa com vários filhos, quase sempre a criança mais nova estava afetada pelo fato de a mãe não ter tempo suficiente para observar e acompanhar, recorrendo mamadeira para acalmá-la. Observou também que a maioria dos pais biológicos eram casados, e que o risco/predisposição familiar, de qualquer origem étnica, freqüentemente aparece baseado na saúde bucal dos membros da família.
Conforme pesquisas de Newbrun, 1969 e Makinen, 1972 apud RIPA 41 , a sacarose
é considerada o mais cariogênico dos alimentos na dieta humana e Loesche 1985 apud
RIPA41 , afirma que a colonização bucal pelos estreptococos do grupo mutans é dependente
dos níveis de sacarose da dieta.
KELLY, BRUERD29 verificaram que um dos principais fatores que levam à carie
de mamadeira é o uso de mamadeira contendo líquidos açucarados, sendo que qualquer liquido (leite, fórmulas, sucos e bebidas gasosas), exceto Agua pura podem causar esse tipo de lesão. Outro fator considerado é o uso prolongado desta, em bebês acima de um ano de idade e amamentação imprópria com períodos prolongados, geralmente durante horas de sono. Normalmente começa nos incisivos superiores seguido dos primeiros molares, em ordem de erupção.
especificas, KELLY, BRUERD29 realizaram um estudo abrangendo uma amostra de
514
criançasíndias
da América nativas doAlasca,
de18 tribos, 232
noAlasca e 282
em Oklahoma, na faixa etária de3
a5
anos e o exame realizado comespelho bucal à luz natural.
A prevalência de
cárie
variou entre17 e 85%
com uma média de53%,
sendo que a média noAlasca
foi de67% e
em Oklahoma foi de42%,
sendo essavariação atribuida
a diferençaseconômicas e
culturais,pois
a comunidade doAlasca
vive isolada de cuidados desaúde e
a de Oklahoma tem umnível
desaúde
global melhor do que as outras tribos nos Estados Unidos. Ficouevidente
que a cárie de mamadeiraé um problema de
saúde
importante para esse grupo populacional.Sabe-se que a
cárie
de mamadeiraé
um tipo delesão rampante
nadentição
decidua, porém
acárie rampante
se distingue por envolver muitos dentes, apresentar umrápido
desenvolvimento,e
atingir geralmente assuperficies
consideradas debaixo
risco Acarie,
diferindo
dacárie
de mamadeira cujacaracterística
chaveestá
na usual ausência de comprometimento dosincisivos mandibulares 41
Dentre os fatores
etiológicos
desse tipo delesão está
acolonização primária
dassuperficies dentárias
pelos S. Mutans, que segundo Berkowitz apud RIPA41 estabelecem-sepor si próprios na boca depois que os dentes estão presentes. Berkowitz et al. apud RIPA41
encontraram ainda uma
significante associação
entreníveis
destes microorganismos na saliva maternae o
risco deinfecção
de seufilho.
Umamãe
comnúmero
alto de S. Mutans em sua38
Estudos de RIPA41 tem demosntrado que a transmissão dos SMutans para as
crianças é geralmente através das mães, considerando que a mãe é o "adulto significativo" que cuida da criança, sendo a saliva o veiculo pelo qual ocorre a transferência.
O microorganismo responsável pela cárie pode ser transmitido de um indivíduo para o outro e estudos de Berkovviks, Caufield et al., Masuda et al. apud GOMES et al. 26
indicam que a mãe é freqüentementea transmissora do S. Mutans para a criança.
O conceito de que a cárie de mamadeira é uma doença infecciosa e transmissível é apoiado por estudos de laboratório realizados por Keyes apud BERKOWITZ aspecto que leva a teoria de que crianças que são colonizadas por Streptococos Mutans, e com hábito de
amamentação caracterizados por freqüente e prolongada exposição dos dentes a substratos cariogênicos, estão mais susceptíveis a ter um aumento drástico na população desta bactéria.
O primeiro nível na etiologia da cárie de mamadeira é a infecção primária por
Streptococos Mutans; o segundo é o aumento a níveis patogênicos da quantidade destes
microorganismos, e o terceiro, a rápida desmineralização e cavitação do esmalte dentário resultando em cárie rampante. 10
TABELA 3
Nutrientes contidos em diferentes fontes de leite - Ccmstituintes por 100m1
Tipo de leite Proteína -g Gordura -g Lactose -g Cilcio -g Fósforo- lag
Humano 1,2 3,8 7,0 36 18
Bovino 3,3 3,7 4.0 120 95
Leite Emmula 1.8 3,6 7,0 40 20
Rem& de soja
2,0 3,5 0,0* 60 50
* Livre de lactose, mas aproximadamente 7,0g total de carboidratkos
Todos os tipos maim aproximadamente 874 de água Fome: RIPA, 1988
O diagnóstico inicial da cárie de mamadeira é dificil, principalmente porque
ocorre na idade em que a criança nunca foi ao dentista e não parece alarmante. Quando os pais
consideram os problemas como graves, então estes já serão irreversíveis. Sabe-se que os
estágios da cárie de mamadeira estão claramente ligados ao padrão de erupção dos dentes
deciduos, sendo os incisivos os primeiros dentes afetados seguindo os primeiros molares. E
em todos os estágios, mesmo após uma condição estabilizada, lesões de cárie podem ocorrer
novamente se as circunstâncias mudarem, por isso, o diagnóstico correto da etiologia da
doença cárie em crianças pequenas e pré-escolares é muito importante para que medidas
preventivas apropriadas sejam desenvolvidas. 46
Em uma pesquisa realizada na Noruega por ROSSOW, KJAERNES, HOLST 42 foi
analisado o padrão de consumo de açúcar em um grupo de 231 crianças que tiveram
acompanhamento desde o nascimento até os 7 anos de idade. Foram coletadas informações
sobre hábitos alimentares e consumo de açúcar nas idade de 10 meses, 18 meses e 2 anos.
Concluíram que o padrão de consumo de açúcar parece ser estabelecido já durante
4() Verificaram também uma relação da educação da mãe no consumo de açúcar, que decresce com
o
aumento da idade da criança quando outros fatores influenciam gradualmente na variação do padrão de consumo.Aspecto clinico da carie de mamadeira
A
cárie
de mamadeira está associada mais freqüentemente com alimentação prolongada com leite ou outros líquidosaçucarados
na mamadeira,e
apesar da prevenção, ela continua apresentando prevalência alta, principalmente em certas culturas, logo, abordagens preventivas de aconselhamento aos pais para desmamar seus bebês com um ano, diluindo progressivamenteo
liquido na mamadeira com águae
modificandoo
comportamento quanto ao uso de mamadeira à noite têm sido sugerido. 9os pais
receberam instruções sobrecomo
escovaros
dentesdos
ffihos, depoisa
escovaçitocom
um gel de
fluoreto estanosoa
0,4%para
reduçãodo
númerode
S. Mutansda cavidade oral.
Este
estudo foi finalizado após três meses, porque ficouevidente que as
lesões aumentaramem
número e severidadena maioria dos casos
duranteeste intervalo,
e somente duasages
seguiramtotalmente as
orientaçõesdo
programade prevenção. Duas
crianças pararamcompletamente com
o hábitoda
mamadeira eusaram
o flúorgel como prescrito
e apresentaram paralisaçãoda lea)
bem como redução na contagemde
S. Mutans.Veri
ficaram
que a abordagem
tradicionalde
educação e instruçãopode
nãoser
eficazna
correçãode
hábitos inadequados e
que
intervençõesque
nãodependam
muito daobediência do paciente
devemser consideradas nestas
situações.Sabe-se
quea
cáriede
mamadeira é resultadodo contato prolongado de
carboidratos contidos tantono
leitematerno
comonas
fórmulas, leitede
vaca e sucosde
frutas, comos dentes,
eisto acontece,
quandoos
bebês ficamlivres para mamar durante toda
a noite ou
carregara
mamadeira com eles e darpequenos goles durante
todo o dia."Conforme estudos de Jansen
apudVON BURG, SANDERS,
WEDDEL",em
crianças de
3 1/2ou menos,
95%das crianças
que tinham lesõesno incisivo superior eram
postas na cama
coma
mamadeira até adormeceremou
dormiamcom ela,
40%dos pais de
crianças com lesõesde
cáries indicavamuma
consciênciaprévia do potencial
cariogé'nico desta prática,sendo que a maioria havia tentado a
substituiçãopor
água,mas em
68%dos
casos as
criançasrejeitaram
eos pais continuaram com a
práticade
colocaras
criançasna
cama com
leite ou sucos.
42
Goiania (Goias) com uma amostra de 2267 crianças, abrangendo crianças na faixa etária de 0 a
6 anos de escolas públicas e particulares.
A média de ceo e percentagem livre de caries foi 0,09 (96,4%) em crianças de 1
ano ou menos; de 0,40 (87,3%) em crianças com 2 anos; 1,14 (69,9%) aos 3 anos, 2,18 (49,5%) aos 4 anos, 3,18 (36,1%) aos 5 anos e 3,94 (29,4%) na idade de 6 anos
respectivamente, sendo que a prevalência foi mais alta em crianças de escolas públicas do que naquelas de escolas particulares. Concluíram ainda que em escolas públicas o mais alto
componente ceo foi o de dentes cariados e com extração indicada e nas escolas particulares foi
de dentes restaurados. Nas escolas públicas 86,4% das lesões de caries necessitam de
atainto comparado com 33,8% nas escolas particulares, indicando que a desigualdade
social existe, expressa pelos valores do índice ceo e prevalência de carie dental.
Com o objetivo de estabelecer além dos fatores odontológicos, também aqueles
psicológicos envolvidos na cárie de mamadeira, VAN EVERDINGEN, EIJKMAN,
HOOGSTRATEN45 realizaram uma estudo na Holanda, através de um questionário enviado
aos pais de 68 crianças que tinham cárie de mamadeira e que foram tratadas (grupo da carie),
e para outros 90 pais que não tinham conhecimento da história clinica e problemas
odontológicos, consistindo um grupo de pais com crianças que recebiam mamadeira, entretanto nunca haviam sido tratadas (grupo das crianças sem cárie), e o outro consistiu de
crianças que nunca usaram mamadeira (grupo controle). A idade das crianças variou entre oito e trinta e seis meses.
Verificaram que o habito da mamadeira e a inabilidade para mudá-lo parece ser a principal razão para os pais continuarem com ele até uma idade inadequada. Pais de crianças
vários aspectos, tanto médicosiodontológicos como na conduta psicológica, refletindo na maioria das vezes como uma influência negativa na condição bucal das crianças.
Outro estudo realizado por FEBRES, ECHEVERR, KEENE 21 com o objetivo de investigar a relação entre consciência dos pais, hábitos e fatores sociais e o desenvolvimento de cárie de mamadeira foi realizado em Houston, no Texas. A amostra consistiu de famílias hispânicas, brancas e negras e incluiu 100 pares de pais e filhos. Nas crianças foi feito o exame clinico e questionários administrados aos pais incluíram informações sobre dados demográficos, níveis de educação, condição matrimonial, cuidados com o bebê e o que sabiam sobre cárie de mamadeira.
No total, 19 crianças apresentaram carie de mamadeira, e a distribuição racial com e sem este tipo de problema foi estatisticamente significante com a população hispânica estando sobre representada no grupo com carie (72% contra 37%), e negros foram sub representados (16,2% contra 50,6%). A idade média na qual os bebês com carie de mamadeira deixaram a amamentação foi significantemente mais alta do que aqueles que não apresentavam lesão de carie, os bebês que deixaram a amamentação após os 14 meses de idade apresentavam maior probabilidade de ter carie. Das crianças do grupo com lesão de
carie a percentagem que dormia com a mamadeira (78,9%) foi bem mais alta do que as que não dormiam. Concluíram também que a consciência sobre carie de mamadeira foi menor entre pais de crianças com carie do que das crianças sem essa condição.
Um estudo foi realizado por MARINO et al. 31 em Nova Jersey com o propósito de definir os fatores associados ao aumento do risco para o desenvolvimento da carie de mamadeira, incluiu uma amostra de 24 crianças afetadas que consultaram em uma clinica
odontológica particular, e um grupo controle de 24 crianças que receberam cuidados
44
pais preencheram um questionário sobre comportamento da criança, práticas nutricionais e características demográficas.
Observaram que a incidência de cárie de mamadeira foi maior nas crianças que moravam somente com um dos pais, sendo também relatada uma maior incidência de dificuldade para dormir e temperamento forte nessas crianças. Crianças que tomavam a mamadeira na cama e até uma idade maior foram mais afetadas do que o grupo controle, bem como receberam menos conselhos profissionais com respeito ao desmame e menos suplementação de flúor. 0 reconhecimento clinico deste perfil pode criar uma previsão especifica para prevenção desta condição.
Característica da cede rampante
Os autores verificaram que enquanto os pacientes do grupo controle pesavam 16,2 ± 3,08 Kg, pacientes com cárie de mamadeira pesavam somente 15,2 ± 2,66 Kg o que foi
estatisticamente significante, ainda nos pacientes do grupo teste, 8,7% pesavam menos do
que 80% do seu peso ideal, comparados com 1,7% do grupo controle, e 19,1% estavam com menos que o peso ideal em relação a 7% do grupo controle. A idade média de pacientes com
'baixo peso' e com cárie de mamadeira foi significantemente maior do que em paciente com o peso ideal ou acima, concluindo que a progressão da cárie de mamadeira pode afetar o crescimento desfavoravelmente.
Considerando que os hábitos de escovação não são congênitos e sim adquiridos pelo aprendizado de modelos como um processo de socialização, PAUNIO et al." realizaram um estudo visando determinar se hábitos de escovação de crianças de três anos estão associados com outros hábitos de saúde bucal da criança e se a freqüência de escovação da
mãe influi neste processo. A amostra consistiu de 1443 mks primiparas de uma província da Finlândia, abrangendo area rural, semi-urbana e urbana, que preencheram um questionário logo após o nascimento do bebê, após com 1 1/2 e 3 anos. Como algumas desistiram durante o estudo, e o exame clinico foi realizado em 1018 crianças de três anos, sendo que as variáveis
usadas no estudo incluíram o consumo de suco à noite e *war na idade de 1 1/2 ano e o uso de tabletes de flúor e doces na idade de três anos, considerando que no caso da aide incluia a idade, educação e ocupação.
A escovação diária foi praticada por 78,2% das crianças, a adição de açúcar na dieta e a freqüência do uso de doces até a idade de 3 anos foi mais comum nas crianças
46
menos atenção nos hábitos de escovação dos dentes de seus bebês e a proporção que
escovavam seus dentes foi de 67,9% na área rural, 78,6% na semi urbana e 80,1% na cidade.
Doenças infecciosas na idade de 9-17 meses tiveram um aumento relacionado ao uso de suco it
noite. Os resultados indicam que a educação em saúde deveria ser focalizada em miles jovens
e families rurais, e a atenção das mks com os hábitos de escovação de seus bebês parece ser
útil na avaliação de outros hábitos que afetam a saúde bucal de bebes.
Em um estudo semelhante, com a mesma amostra, PAUNIO3s concluiu que o uso
de carboidratos pelos pais está refletido na saúde bucal de suas crianças, e que os hábitos de
escovação dos pais estão significantemente associados com os hábitos das crianças, porém,
com efeito cumulativo. Concluiu-se que o uso de açúcar pela mãe octave significanternente
associado ao hábito de uso de açúcar da criança.
Poucos estudos tem explicado a relação entre cárie de mamadeira e o futuro
desenvolvimento de lesões de cárie na dentição decidua ou permanente, MELNES34
demonstrou que crianças com cárie de mamadeira, tinham maior probabilidade de desenvolver
lesões proximal e oclusal em primeiros molares do que crianças que não apresentam este tipo
de lesão.
A dirk de mamadeira caracteriza-se pelo seu desenvolvimento rápido em muitos
dentes e afeta normalmente superficies consideradas de baixo risco it cárie; sendo os incisivos
superiores os primeiros dentes a serem afetados pela cárie. Comparando crianças afetadas com
as que não tiveram citric de mamadeira, MELNES 34 verificou que crianças com citric e que
deixam mais tarde da mamadeira, são mais prováveis de ter problemas médicos, tem um
temperamento forte e uma alta incidência de dificuldades para dormir Também constatou que