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Política nacional de atençao integral a saúde do homem e os desafios de sua implementação / National policy of comprehensive attention to men's health and the challenges of its implementation

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 9, p. 16340-16355 sep. 2019 ISSN 2525-8761

Política nacional de atençao integral a saúde do homem e os desafios de sua

implementação

National policy of comprehensive attention to men's health and the

challenges of its implementation

DOI:10.34117/bjdv5n9-185

Recebimento dos originais: 20/08/2019 Aceitação para publicação: 26/09/2019

Iris Camilla Bezerra de Lima Vasconcelos Enfermeira UNIFAVIP/WYDEN

Endereço: Rua Doutor José Mariano,n. 276, Centro, Caruaru- PE E-mail: Camilla.vasconcelos5@gmail.com

Janaina Yara Do Nascimento Prestes Enfermeira UNIFAVIP/WYDEN

Endereço: Rua Visconde de Ouro Preto, n. 7 Indianópolis, Caruaru- PE E-mail: jayanapr@gmail.com

Raiza Raiane Silva Ribeiro Enfermeira UNIFAVIP/WYDEN

Endereço: Rua São Roque, n.152 Nossa Senhora das Dores, Caruaru- PE E-mail: raiza.rr@hotmail.com

Sheila Juliana Leite Lima Enfermeira UNIFAVIP/WYDEN

Endereço: Rua Alagoinha, n. 25 apt. 201, Boa Vista I, Caruaru- PE E-mail: sheila-juliana@hotmail.com

Suellen Daves Cardona Fernades Farias Enfermeira UNIFAVIP/WYDEN

Endereço: Rua José Victor Albuquerque, n. 134, Vila Kennedy, Caruaru- PE E-mail: Suellencardona@gmail.com

Luciana Dilane dos Santos Barbosa

Enfermeira Especialista em Oncologia pelo IBPEX e Neonatologia pela Agencia de Cursos Recife

Endereço: Rua José Gonçalves de Lucena, n. 1050 bloco B, apto 001. Novo Cruzeiro - CG, PB.

E-mail: dilane.barbosa@gmail.com Andreza Cavalcanti Vasconcelos

Mestre em Educação no Ensino de Ciências e Matemática- UFPE/ CAA Residência em Clinica Cirúrgica pela UPE e Especialista em UTI pelo IESC

Endereço: Rua Gonçalves Ledo, n.1000, Caruaru-PE E-mail: andrezacavalcanti@hotmail.com

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 9, p. 16340-16355 sep. 2019 ISSN 2525-8761 Marcos André Araújo Duque

Doutor em Biociências pela UFPE, Mestre em Biologia Aplicada à Saúde UFPE e Docente do UNIFAVIP/WYDEN

Endereço: Av. Adjar da Silva Casé, n. 800. Bloco A, 3°andar, Indianópolis, Caruaru-PE E-mail: Marcosduque3@gmail.com

RESUMO

A Política de Atenção Integral à Saúde do Homem considera os agravos de saúde masculina como um problema de saúde pública, problema esse que demanda condutas e ações de caráter preventivo e assistencial específicos. Esta problemática justifica o desenvolvimento deste estudo que objetivou analisar e conhecer os desafios encontrados para implantação da PNAISH no município de Caruaru- PE. Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem quantitativa de caráter transversal que teve como campo Unidades Básicas de Saúde. Os sujeitos foram 49 enfermeiros, responsáveis por 81,6% das UBS do território de estudo. Foi construído um questionário semiestruturado e auto administrável como meio de instrumento de coleta e análise do conteúdo. A pesquisa foi dividida em zona Rural e Urbana, na ocasião da pesquisa havia no município 60 ESF distribuídas a partir da necessidade de cada um dos territórios. Observa-se que a implantação da política ainda apresenta como entraves aspectos organizacionais (ambiência, disponibilidade de horários alternativos, falta de materiais e insumos) além da necessidade de conhecer a política e os programas direcionados a esse publico través da implementação de capacitação ativa para os profissionais de saúde, principalmente os de enfermagem, para que esses possam assistir, conhecer e entender o perfil masculino, visto que o conhecimento possibilitará ações de saúde mais específicas e eficazes fazendo assim com que haja a adequação desses cuidados com as novas diretrizes preconizadas pelo MS.

Palavras-chaves: Saúde do homem, Morbimortalidade, Indicadores de Saúde, PNAISH, Desafios.

ABSTRACT

The Integral Attetion to Men’s Health Policy considers the deterioration of men’s health a public health issue. This issue demands specific conducts and actions in a preventive and assistance character. The presented problematic justifies the development or this article aiming on the analiyze and challenges found for the implementation of the PNAISH in the city of Caruaru-PE. The study is substantiated in a quantitative and descriptive cross-sectional research that had its base on Basic Health Units. The subjects of the study were 49 nurses responsable for 81,6% of the BHU on the research territory. A semi-structured and self manageable questionnaire was built in order to collect and analyse the contents for the research. The research was divided between the Contryside zone and the Urban zone and in the occasion of the research there were 60 Family Health Strategy distributed due to the need of each territory. It seems that the difficulties on the implementation of this policy are on the organizational aspect (ambience, disponibility of health care in different times on a day, lack of supplies and inputs) besides of the need of knowledge about the policy and the programs aiming this male public. This is achieved through the implementation of active capacitation for the health care professionals, especially nurses, for these to assist, know and understand the male profile. The knowledge on this subject will allow more specific and effective health care actions and therefore the adjustment of these cares alongside the new guidelines recommended for the Health Ministry.

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 9, p. 16340-16355 sep. 2019 ISSN 2525-8761 Keywords: Men’s health, Morbimortality, Health Indicators, PNAISH, Challenges. 1. INTRODUÇÃO

A saúde no homem ainda é um tema pouco trabalhado dentro da importância que precisa ser considerada no contexto da saúde pública. No âmbito internacional, já existem muitas pesquisas que mostram um olhar mais atento a saúde dos homens, que foram impulsionadas na década de 80 pelo aparecimento do HIV/Aids, de início pesquisas essas voltadas mais para o público homossexual. No Brasil, a saúde do homem ainda é um tema emergente no âmbito da prevenção e cuidado. Em 2009 o Ministério da Saúde lançou A Política Nacional de Atenção Integral a Saúde do Homem (PNAISH) com a intenção de reduzir a morbimortalidade dessa população e também ampliar o acesso destes aos serviços de saúde da Atenção Básica, levando-se em consideração as atitudes e os comportamentos assumidos pelos homens nas relações sociais 16.

Na criação da PNAISH estão presentes dois nortes o da humanização e da qualidade do atendimento, esses princípios convergem para a promoção, reconhecimento e respeito dessa população específica. O atendimento deve ser norteado pela universalidade e equidade das ações pois o serviço de saúde deve estar voltado e preparado para receber esse público e para isso deve contar com profissionais capacitados, horários diferenciados, insumos, equipamentos, materiais educativos e também uma ambiência direcionada aos mesmos. Tudo isso visando a promoção, prevenção, proteção, tratamento de enfermidades 6.

O objetivo da PNAISH é promover a procura e ampliar o acesso da população masculina aos serviços de saúde. Ela foi elaborada em resposta a observação dos agravos do sexo masculino que são considerados problemas de saúde pública, já que em cada três mortes de pessoas adultas duas são homens. Eles tem maior índice de desenvolver doenças coronárias, câncer, diabetes, colesterol e hipertensão arterial do que as mulheres e mais tendência a obesidade agravado por não praticarem atividade física com regularidade. O governo federal então por meio desse programa tem como objetivo que pelo menos 2,5 milhões de homens na faixa de 20 a 59 anos (idade produtiva e mais atingida pelas morbidades), procurem o serviço de saúde, pelo menos uma vez ao ano3.

É muito comum entre a população masculina a ausência de cuidados voltados a sua saúde, por se tratar muitas vezes de um fator cultural, por ter receio em saber que há alguma doença, por sentir vergonha em realizar determinados procedimentos ou mesmo resistência em se submeter a um tratamento, baseado nesse conhecimento a Política tem inúmeros e grandes desafios para serem efetivamente implantados nas Unidades Básicas de Saúde3.

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 9, p. 16340-16355 sep. 2019 ISSN 2525-8761 A construção social onde estamos inseridos também delineia a ideia do homem como um ser superior e não reconhece a necessidade de prevenção e cuidado pois demonstra a “fragilidade” do ser masculino deixando-o em igualdade de posição e de carências iguais ao sexo frágil. Frente a essas construções relativas aos gêneros, consideramos que a PNAISH deve contribuir de forma efetiva para a superação de obstáculos relativos ao cuidado com a saúde à partir do olhar da desigualdade de gênero. No entanto precisamos reconhecer que as políticas não podem ser neutras em relação a essas desigualdades e resistir a sua implantação significa contribuir para a manutenção destas2.

No que se refere a saúde do homem, é de sumária importância priorizar a melhoria da atenção básica voltada a população masculina, pois, é a partir deste sistema de atenção que o homem é direcionado para os níveis de maiores complexidades, mas, principalmente é na atenção básica que os cuidados voltados a educação, promoção e prevenção acontece isso ocorre pois há uma integração da PNAISH com as demais políticas e programas do Ministério da Saúde, levando o homem a uma nova forma de agir e pensar sobre saúde, quebrando paradigmas de que esses espaços não são masculinos e fazendo também com que esse espaço reconheça o homem como um ser que necessita de cuidado6.

Esforços vem sendo direcionados visando incentivar, desenvolver ações e mobilizar a população masculina para os serviços de saúde, principalmente na atenção primária. Faz-se necessário que os profissionais e gestores estejam mobilizados, capacitados e consigam desenvolver ações para receber esse público de forma acolhedora, consolidando o vínculo dos homens com as equipes de saúde estabelecendo assim um cuidado concretizado10.

Nessa perspectiva, este estudo teve como objetivo identificar as percepções dos gestores à cerca do processo de implementação da PNAISH, realizar um mapeamento das ações em saúde voltadas para o público masculino nas USF da Cidade de Caruaru-PE e entender os obstáculos encontrados por esses profissionais em trazer esse público as consultas e as ações de prevenção.

3. MÉTODO

Realizou-se um estudo descritivo com abordagem quantitativa de caráter transversal, que possibilita realizar uma análise de uma temática ainda pouco discutida, levando-se em consideração a percepção dos gestores de Unidades de Saúde da Família (USF) e as singularidades do contexto no qual ações de saúde são desenvolvidas.

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 9, p. 16340-16355 sep. 2019 ISSN 2525-8761 Foi construído um questionário semiestruturado dirigido aos profissionais que desenvolvem atividade de gestão das USF’s da Cidade de Caruaru-PE, município polo da zona Agreste do estado de Pernambuco, a pesquisa foi realizada tanto na zona Urbana como zona Rural, na ocasião da pesquisa havia no município 60 USF’s distribuídas a partir da necessidade de cada um dos territórios.

A coleta de dados foi realizada por um instrumento autoaplicável contendo 11 questões fechadas, 4 delas necessitando de justificativas, divididas nos seguintes blocos temáticos: capacitação do profissional, práticas desenvolvidas na UBS voltadas para a população masculina e estratégias e meios ofertados pelo município para inserção do homem no cenário da saúde.

Para tabulação realizou-se uma análise descritiva dos resultados com auxílio do software SPSS for Windows e para representação gráfica foi usado o programa Microsoft Excel.

O Projeto de pesquisa segue todas as orientações da Resolução 466/2012 e foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos do Centro Universitário do Vale do Ipojuca – UNIFAVIP/DEVRY, com o parecer nº 2.439.771.

4. RESULTADOS

4.1 CARACTERIZAÇÃO DOS PARTICIPANTES

O questionário foi respondido por 49 profissionais de saúde, representando 82% do total de 60 USF’s do município de Caruaru-PE, sendo as perdas recusa de participação e licença maternidade. O instrumento foi respondido pelo próprio enfermeiro da unidade de saúde.

4.2 CAPACITAÇÃO DO PROFISSIONAL

Dos profissionais entrevistados 98% (n=48) não possuem nenhum curso de especialização em saúde do homem

4.3 PRÁTICAS DESENVOLVIDAS NAS USF’S

Conforme apresentação da Tabela 1, das ações avaliadas 83,7% (n=41) dos profissionais entrevistados referem não ofertar estratégias de ambiência voltadas ao acolhimento do público masculino.

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 9, p. 16340-16355 sep. 2019 ISSN 2525-8761 Em relação a estratégias oferecidas pelas USF para diminuição de filas e facilidade de marcação de consulta 73,5% (n=36) das respostas são negativas a utilização de alguma ação que facilite a ida do homem as unidades de saúde.

Dos profissionais 65,3% (n=32) responderam que não existe ações promovidas pelas USF’s que informem a população a existência de uma política voltada para atenção integral a saúde do homem e 67,3% (n=33) referiram não possuir nenhuma parceria estabelecida com organizações como empresas e escolas que busquem difundir ações voltadas a saúde da população masculina.

Em contrapartida 75,5% (n=37) dos profissionais entrevistados referem oferecer a clientela presente nas ações promovidas pelas USF’s, tais como: Novembro Azul, Pré-Natal do Parceiro, Hiperdia e Rodas de Conversas, alguma atividade educativa visando a atenção a saúde do homem.

Na avaliação feita à cerca das ações preventivas pode-se observar que várias ações previstas na PNAISH ainda não estão implantadas em sua totalidade nas USF, como Pré-Natal do Parceiro, Planejamento Familiar, Saúde Sexual e Reprodutiva e Educação em Saúde.

Tabela 1. Práticas desenvolvidas nas USF. Caruaru, Pernambuco, 2018. (N = 49).

VARIÁVEL Nº %

AÇÕES EDUCATIVAS

Sim 37 75,5

Não 12 25,5

INFORMAÇÃO E EDUCAÇÃO EM SAÚDE

Sim 17 34,7

Não 32 65,3

PARCERIAS COM OUTRAS ORGANIZAÇÕES

Sim 16 32,7

Não 33 67,3

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 9, p. 16340-16355 sep. 2019 ISSN 2525-8761 Sim 13 26,5 Não 36 73,5 AMBIÊNCIA Sim 08 16,3 Não 41 83,7

AÇÕES PREVENTIVAS TRABALHADAS NA UBS

Hiperdia 47 95,9

Palestras 44 89,8

Distribuição de Preservativos 44 89,8 Saúde Sexual e Reprodutiva 40 81,6

Educação em Saúde 40 81,6

Atendimento Odontológico 38 77,6

Planejamento Familiar 37 75,5

Pré-Natal do Parceiro 33 67,3

4.4 ESTRATÉGIAS OFERTADAS PELO MUNICÍPIO

Tratando-se do município, conforme tabela 2 verificou-se que: 59,2% (n=29) apontam que não são oferecidos recursos materiais, insumos e qualificação que facilitem a efetivação da implantação da política.

Quanto as estratégias 51% (n=25) dos profissionais dizem não haver por parte do município estratégias de educação permanente dos trabalhadores do SUS, voltadas para a PNAISH.

Segundo 85,7% (n=42) dos profissionais entrevistados não é oferecido pelo município horários alternativos de atendimento a esse público alvo.

De acordo com a avaliação dos profissionais à cerca da qualidade dos recursos oferecidos pelo município para realização de atividades voltadas a PNAISH, 53% (n=26) classificou como péssima, ruim ou regular essas ações.

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 9, p. 16340-16355 sep. 2019 ISSN 2525-8761 Tabela 2. Estratégias ofertadas pelo município. Caruaru, Pernambuco, 2018. (N = 49).

VARIÁVEL Nº %

EDUCAÇÃO PERMANENTE DOS TRABALHADORES

Sim 25 51,0

Não 24 49,0

RECURSOS MATERIAIS E HUMANOS

Sim 20 40,8

Não 29 59,2

TURNO ALTERNATIVO DE ATENDIMENTO

Sim 7 14,3

Não 42 85,7

AVALIAÇÃO DOS ENFERMEIROS SOBRE OS RECURSOS OFERECIDOS PELO MUNICÍPIO

Péssimo 3 6,1

Ruim/Regular 23 46,9

Bom 21 42,9

Excelente 2 4,1

5. DISCUSSÃO

O presente estudo teve como resultados questões que apontam para a complexidade que perpassa a implantação e o desenvolvimento de programas e ações voltados para o público masculino nas USF’s, mesmo a PNAISH estando instituída, o nível assistencial ainda enfrenta muitos desafios a serem superados10.

Ao analisarmos o preparo profissional voltados a saúde do homem percebemos que a não capacitação profissional para lidar com questões especificas masculinas pode contribuir com a falta de mobilização para levar o homem a USF e com a baixa inclusão deste público nos serviços de saúde assim como perceber suas necessidades e demandas nas unidades de saúde pois esbarra em barreiras socioculturais e falta de conhecimento das concepções de gênero dos profissionais e seus próprios conhecimentos e representação acerca do público masculino é que vai nortear suas ações, lidam com o desconhecimento dos princípios e práticas dessa política e

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 9, p. 16340-16355 sep. 2019 ISSN 2525-8761 ainda assim passam a orientar baseados nos conhecimentos que possuem, estando sujeitos frequentemente a reproduzirem e manterem estereótipos de gênero8. A construção de estratégias e planejamento institucionais que ajudem os gestores e se formarem e formarem suas equipes para esse atendimento também tem sido esquecidas e deixadas em segundo plano pelo município10.

O conceito de gênero está no centro da PNAISH e espera-se que os profissionais que atuam diretamente com a implantação desta política e lidam no dia a dia com o atendimento a esse público masculino, entendam e se apropriem desse conceito. Contudo o que foi percebido nas entrevistas indica que a formação dos profissionais que se encontram diretamente vinculados a essa política é bastante deficiente. A maioria refere não ter qualquer formação no atendimento ao público masculino, apenas um refere ter formação nesse sentido. Alguns dos entrevistados relataram que tiveram contato com a política e suas especificidades no período dessa pesquisa em treinamento oferecido pela secretaria municipal de saúde do munícipio. Sem uma devida capacitação relacionada ao tema, questões como pré-natal do parceiro, planejamento familiar e saúde sexual e reprodutiva não são abordados na totalidade das USF’s como tema que faz parte da saúde masculina.

Outro sentimento encontrado nas respostas dadas é o que se percebe em algumas ações voltadas a saúde do homem como algo episódico. Nesse sentido são citados alguns eventos como: Novembro Azul, Rodas de Conversa, Campanha Lava Pés. Essas ações esporádicas são direcionadas aos homens mas sem fazer parte do cotidiano dos mesmos e algumas delas nem fazem parte de ações preventivas do Ministério da Saúde como o Novembro Azul por exemplo, mesmo assim são eventos que tem em si algumas abordagens contidas na PNAISH, e que ajudam de alguma forma em ações de saúde preventiva embora não tenha caráter continuado. Essa redução das ações que deveriam ser de caráter continuado, mas que são tratadas de forma esporádica em eventos que não fazem parte do dia a dia dos homens podem inviabilizar a atenção a outros agravos da saúde masculina que não aqueles diretamente relacionados ao que foi tratado no evento, esquecendo-se assim que o homem não pode ser reduzido ao aparelho genital ou ao sistema circulatório e sim percebê-lo como ser holístico que deve ser cuidado como um todo7.

As ações de promoção à saúde devem passar por estratégias que busquem trazer o homem até as USF’s e nessas ocasiões precisam ser investidos recursos materiais e humanos para informar e despertar no público masculino a importância do cuidado preventivo e promoção a saúde, bem como realização de ações nos diversos ambientes de trabalho, que possam chamar

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 9, p. 16340-16355 sep. 2019 ISSN 2525-8761 a atenção a necessidade de procurar o serviço das unidades básicas como primeiro ambiente a ser buscado por esse público e não esperar o adoecimento para então buscar tratamento. A orientação junto com ações planejadas e recursos visuais e metodológicos como: gravuras e linguagem fácil, podem oportunizar uma discussão relevante acerca da vulnerabilidade masculina, conforme abordagem da PNAISH17.

A Política Nacional de Saúde do Trabalhador (PNST), está diretamente ligada a Política de Atenção Básica (PAB), com estratégias de humanização em saúde fundamentadas nos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) e na PNAISH e visa fortalecer a rede de serviços dos cuidados primários, relacionados a saúde do trabalhador, a parceria das USF’s com as empresas levando até o trabalhador educação em saúde é fundamental na abordagem da prevenção, manutenção da saúde e da produtividade desse público. Ampliando assim o conhecimento dos mesmo sobre qualidade de vida18.

Para a devida efetivação da PNAISH é necessário a integração de todos os segmentos: empresas, escolas, igrejas, família, bem como a definição de novos turnos de horários de funcionamento pois os homens como geralmente provedores de seus lares não podem se ausentar dos seus trabalhos para agendamento/consulta nas unidades, as empresas ainda não consideram abonar as faltas por esse motivo mesmo as unidades de saúde fornecendo atestado para respaldar a ausência do funcionário da empresa, pois estamos falando de prevenção e não de tratamento de doenças. A implantação de novos horários e turnos de funcionamentos como o noturno promoveria uma adequação das ações assistenciais às demandas dessa população, favorecendo a busca pelos serviços1. Porém segundo Leal Figueiredo e Silva (2012) para tal ampliação é necessário disponibilização de recursos humanos e financeiros9.

Como os homens percebem o ambiente dos serviços de saúde pode ser também fator importante para ausência masculina nesses serviços, os ambientes não ajudam na permanência do homem, já que quando falamos sobre ambiência, relacionamos com a humanização e equilíbrio dos elementos distribuídos nos espaços, levando-se em consideração fatores que permitam o protagonismo e a participação desse público alvo. Observa-se portanto que os ambientes são notadamente direcionados na grande maioria para o público feminino, o que traz pouca intimidade para o público masculino, causando certo incomodo e desconfiança corroborando então para como os homens entram e saem do serviço o mais rápido que podem, porem ambiência não se refere tão somente ao espaço físico, trata-se também do encontro entre os sujeitos, ressaltado pela adequação do ambiente e pelo exercício da humanização 8; 4.

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 9, p. 16340-16355 sep. 2019 ISSN 2525-8761 No que se refere as ações preventivas de atenção à saúde do homem, os enfermeiros aos serem questionados, oferecem programas como Hiperdia, distribuição de preservativo, educação em saúde, saúde sexual e reprodutiva, palestras, atendimento odontológico, planejamento familiar e pré-natal do parceiro, levando-se em consideração que vários desses programas são direcionados para a população em geral, mas que pode em conjunto com implantação de todos os eixos da PNAISH servir como colaboradores do cuidado como um todo, a exemplo o Hiperdia que destina-se ao cadastramento e acompanhamento de portadores de hipertensão arterial e/ou diabetes mellitus, com acompanhamento mensal o que permite colher informações para distribuição de medicamentos conforme avaliação, permitindo também conhecer o perfil epidemiológico dessas doenças.

As doenças cardiovasculares são um grupo de doenças do coração e dos vasos sanguíneos, que mais pessoas morrem anualmente por essas enfermidades do que por qualquer outra causa. A hipertensão arterial acomete cerca de 20,3% da população masculina atualmente e ela é fator de risco principal para o desenvolvimento de outras patologias do aparelho circulatório como o Infarto Agudo do Miocárdio, Insuficiência Cardíaca Congestiva, Acidente Vascular Encefálicos e Doenças Valvares. As causas dessas doenças estão estritamente ligadas a comportamentos de risco como tabagismo, fatores psicossociais, estresse, sedentarismo, obesidade, o consumo abusivo do álcool e saúde bucal comprometida. Os efeitos desses hábitos aparecem através de sintomas como, glicose sanguínea elevada, pressão alta, elevação da taxa de lipídeos no sangue, baixo peso ou obesidade. Que podem ser detectados através de uma boa assistência multiprofissional, afim de diminuir os riscos comportamentais e realizar uma detecção precoce buscando prevenir ataques cardíacos, acidentes vasculares cerebrais e outras complicações14.

Os estudos epidemiológicos demonstram haver uma forte associação entre doenças periodontais (DP) e doenças cardiovasculares, segundo a OMS12 as doenças do aparelho

circulatório, foram responsáveis por mais de 36 milhões de óbitos em 2008 e no Brasil dos 74% dos óbitos por doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) 33% em 2010 foram por doenças cardiovasculares e não é raro detectar em placas ateromatosas, a invasão do tecido periodontal e colonização nos grandes vasos do coração. A aterosclerose é a causa principal de infarto do miocárdio, angina instável e morte súbita. A odontologia vem exigindo programas de prevenção afim de diminuir os danos causados por falta de cuidado da saúde da boca13.

O incentivo para o uso de preservativo se dá desde a abordagem mais enfática da AIDS nos anos 80 e 90 como forma de evitar doenças sexualmente transmissíveis, mas desde a

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 9, p. 16340-16355 sep. 2019 ISSN 2525-8761 Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento no Cairo em 1994 e a IV Conferência Mundial sobre a Mulher em Pequim no ano de 1995, começou-se a discutir os direitos sexuais e reprodutivos, numa visão de igualdade de gênero, chegou-se enfim a um consenso internacional que os homens devem participar e terem responsabilidade sobre as condutas sexuais e de decisões reprodutivas, a PNAISH traz essa responsabilidade à tona no Brasil quando reconheceu os homens como seres de direitos sexuais e reprodutivos, promovendo ações voltadas para aproximá-los dessa temática e um dos seus eixos é Saúde Sexual e Reprodutiva9.

Como método contraceptivo, os preservativo vem tomando essa cara recentemente visto o enfrentamento de barreiras sociais onde os homens casados não queriam usar preservativo com suas esposas e uso de método contraceptivo ficava restrito aos hormonais tomados pelas mulheres, a PNAISH atrai esse público masculino como protagonista nesse debate e na responsabilidade, trazendo o planejamento familiar para o casal e decidirem juntos o melhor método e a maneira mais eficaz sobre essa questão5.

O Pré-natal do parceiro torna-se com a Política uns dos principais meios de entrada para as unidades de saúde, pois os homens à partir dela devem estar diretamente envolvidos com a paternidade, passando pela escolha de ser pai até a participação no parto, cuidando e educando os filhos. Pelas construções sociais onde estamos inseridos os homens foram afastados desse cuidado e a responsabilidade pelas crianças essa tarefa eram pertinentes as mulheres, a inserção masculina nessas etapas cria vínculos afetivos fortes entre os homens e as parceiras e entre eles e os filhos, sendo esses filhos biológicos ou não. Essa construção oportuniza o homem de se aproximar do afeto e do cuidado11.

Ainda encontra-se resistência nesse processo o que é natural a qualquer mudança de paradigma e novas formas de agir, essas resistência perpassa pelos gestores, trabalhadores da saúde, e pela população masculina e feminina; quando elencados nas entrevistas o Pré-natal do parceiro foi a ação de menor prática nas USF’s.

Ainda destacou-se a avaliação dos enfermeiros em relação aos recursos oferecidos pela gestão para implantação da política. Faz-se necessário uma rede de corresponsabilidade em que gestão e enfermeiros trabalhem juntos para que que a PNAISH comece efetivamente a dar seus resultados.

Treinamento técnico dos profissionais, equipamentos, materiais educativos, disponibilidade de insumos, implantação de avaliação e monitoramento continuado do cumprimento das propostas da política pelo município e pelos profissionais, bem como a

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 9, p. 16340-16355 sep. 2019 ISSN 2525-8761 criação e análise de indicadores que possam medir o impacto da implantação diante da sociedade e com os próprios homens para que sejam redefinidos aspectos que se fizerem necessários, são fatores determinantes para que todos os desafios sejam ultrapassados. A gestão tem responsabilidade direta na implantação e na superação dos desafios15.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo aponta para alguns desafios culturais, institucionais e administrativos que ainda permeiam o processo de implantação da PNAISH no âmbito da atenção primária no município, onde é de grande necessidade conhecer a política e os programas direcionados ao público masculino e implementar capacitação ativa para os profissionais de saúde, principalmente os de enfermagem, para que esses possam assistir, conhecer e entender esse perfil de cliente, visto que o conhecimento possibilitará ações de saúde mais específicas e eficazes, fazendo assim com que haja a adequação desses cuidados com as novas diretrizes preconizadas pelo MS.

Além de falta de capacitação dos profissionais para o atendimento dessa população, faltam recursos materiais e didáticos sobre o assunto e as unidades de atenção à saúde ainda não tem as adequações e melhoria da ambiência para atender e acolher essa população específica, o serviço também não possui um horário mais amplo (alternativo) para o atendimento ao homem. Os dados obtidos nesse estudo podem auxiliar no direcionamento das discussões sobre os aspectos e entraves que dificultam o acesso dos homens ao serviço de saúde, subsidiando as políticas de saúde e ajudando profissionais e gestores a entenderem eventuais razões que tem afastado os homens das unidades. É importante destacar ainda que esta pesquisa permitiu ampliar a visão através do ponto de vista dos entrevistados, apontando que se faz necessário aumentar a compreensão acerca dessa política, auxiliando assim na implementação da mesma no município de Caruaru-PE.

REFERÊNCIAS

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Tabela 1. Práticas desenvolvidas nas USF. Caruaru, Pernambuco, 2018. (N = 49).
Tabela 2. Estratégias ofertadas pelo município. Caruaru, Pernambuco, 2018. (N = 49).

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