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PERFIL DO EGRESSO DE FISIOTERAPIA DA FACULDADE DE EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE- FAEMA

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Academic year: 2020

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DOI: http://dx.doi.org/10.31072. ISSN: 2179-4200

Rev Cient da Fac Educ e Meio Ambiente: Revista da Faculdade de Educação e Meio Ambiente - FAEMA, Ariquemes, v. 10,

n. 1, p. , jan.-jun. 2019. 17

Clediane Molina de Sales

Fisioterapeuta, Especialista em Treinamento Funcional para Aptidão e Reabilitação Física pela Faculdade de Educação e Meio Ambiente (FAEMA). E-mail: clediane_molina88@hotmail.com. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4609-8643.

Jessica de Sousa Vale

Especialista em Programa de Saúde da Família, docente do curso de graduação em Enfermagem da FAEMA. Email: jessicadesousavale@gmail.com. ORCID: http://orcid.org/0000-0003-2470-0119.

Diego Santos Fagundes

Doutor em Farmacologia e Fisiologia pela Universidad de Zaragoza – Espanha. Professor do curso de Fisioterapia da Faculdade de Educação e Meio Ambiente (FAEMA). E-mail: diegofagundes@hotmail.com. ORCID: http://orcid.org/0000-0002-6447-2387.

Copyright1: Submetido em: 9 mar. 2019. Aprovado em: 10 jun. 2019. Publicado em: 26 jul. 2019.

E-mail para correspondência: clediane_molina88@hotmail.com.

Descritores (DeCS)2:

Perfil egresso

Modalidades de

fisioterapia Atuação profissional

RESUMO: A Fisioterapia é uma profissão que vem crescendo e conquistando espaço dentre as profissões da saúde, assim o processo formativo do fisioterapeuta requer cuidado e avaliação por parte das Instituições de Ensino Superior. O objetivo deste estudo centra-se em identificar o perfil do egresso fisioterapeuta da Faculdade de Educação e Meio Ambiente (FAEMA). Este foi realizado utilizando de um questionário enviado por meio de correio eletrônico (e-mail). A amostra totalizou 34 egressos e os resultados obtidos expressam que a maioria dos egressos atua em sua área de formação, iniciaram sua atividade profissional após a colação de grau com menos de um ano, a maioria está satisfeita com a atividade profissional exercida e afirmaram que fariam o curso de Fisioterapia novamente. Descriptors: Egress profile Modalities of Physiotherapy Professional performance

ABSTRACT: Physiotherapy is a profession that is growing and gaining space among the health professions, so the physiotherapist's training process requires care and evaluation by the Institutions of Higher Education. The objective of this study is to identify the profile of the physiotherapist egress from the School of Education and Environment (FAEMA). This was done using a questionnaire sent by electronic mail (e-mail). The sample totaled 34 graduates and the results obtained indicate that the majority of the graduates work in their area of formation, they began their professional activity after the collation of degree with less than one year, most are satisfied with the professional activity carried out affirm that they would do the course of Physical Therapy again.

1 INTRODUÇÃO

A fisioterapia é uma profissão relativamente nova, com seu reconhecimento enquanto profissão de nível

Imagem: StockPhotos (Todos os direitos reservados).

1 Atribuição CC BY: Este é um artigo de acesso aberto e distribuído sob os Termos da Creative Commons Attribution License. A licença

permite o uso, a distribuição e a reprodução irrestrita, em qualquer meio, desde que creditado as fontes originais.

2Descritores em Saúde (DeCS). Vide http://decs.bvs.br.

superior através do Decreto de Lei n. 938, de 13 de outubro de 1969 (1). Através do curso se projetam

anualmente vários profissionais no mercado de trabalho, os quais ainda encontram dificuldades de

Artigo Original (Fisioterapia e Terapia Ocupacional)

PERFIL DO EGRESSO DE FISIOTERAPIA

DA FACULDADE DE EDUCAÇÃO E MEIO

AMBIENTE- FAEMA

PROFILE OF THE PHYSICAL THERAPY OF

THE FACULTY OF EDUCATION AND

ENVIRONMENT- FAEMA

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18 Rev Cient da Fac Educ e Meio Ambiente: Revista da Faculdade de Educação e Meio Ambiente - FAEMA, Ariquemes, v. 10, n. 1, p. 17-22, jan.-jun. 2019. inserção no mercado devido à alta competitividade e

exigências impostas (2,3).

O profissional fisioterapeuta, apesar das dificuldades, vem conquistando espaço em diversas áreas de atuação. O fisioterapeuta é descrito como um profissional da área da saúde responsável por avaliar, traçar diagnóstico cinético-funcional, indicar e realizar intervenções fisioterapêuticas por meio de recursos e técnicas específicas. Atuando na área da saúde como profissional e educador, pois reavalia, orienta e educa seus pacientes constantemente no processo de reabilitação, tratamento e/ou prevenção de doenças e lesões (4).

Esse avanço vivenciado pela fisioterapia traz à tona a preocupação quanto ao processo de formação destes profissionais. O fisioterapeuta utiliza vários recursos como métodos educacionais, que se ampliam constantemente, adequando-o a partir de pesquisas e conhecimentos científicos (3).

Esse processo formativo vem sofrendo adaptações desde sua regulamentação. A Resolução CNE/CES 4, de 19 de fevereiro de 2002, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) do curso de graduação em Fisioterapia fundamentam que a formação acadêmica objetiva capacitar para o exercício da profissão contemplando suas competências e habilidades gerais e específicas. O profissional deve ser crítico, capaz de analisar temas relacionados à profissão e apresentar conduta profissional de prática baseada por evidências, humanizada e ética em todos os níveis de prestação de serviços a saúde (5,6).

Assim, o processo de formação profissional requer um olhar cauteloso. É importante realizar uma análise criteriosa do que é preciso melhorar em termos de ensino-aprendizagem, visando às demandas do mercado profissional, através de estratégias que quantifiquem essas necessidades e direcionem os quesitos a serem lapidados e/ou potencializados no processo de formação profissional (6).

Como parâmetro de avaliação do mercado e do processo de formação profissional, os estudos que analisam e versam sobre a percepção do egresso, são excelentes recursos e servem de fonte para avaliações institucionais. O egresso é descrito como aquele que concluiu o curso de uma determinada instituição e está certificado e qualificado para atuar e inserir-se no mercado de trabalho (7).

As avaliações institucionais possibilitam transparecer suas ações institucionais para a sociedade e comunidade acadêmica, deve conter uma visão ampla que contemple a problemática educacional e observe a vida universitária como um todo. Assim, a implementação de um objeto avaliativo deve ser analisada enfatizando a responsabilidade institucional em esclarecer a relação entre os objetivos dos programas educacionais com a formação dos estudantes e os aspectos sociais (8,9).

A avaliação através da percepção do egresso, quando em exercício profissional, permite vislumbrar um panorama de como se encontra o mercado de

trabalho. Pois o egresso passa por situações diversas que o levam a recorrer às habilidades e competências desenvolvidas na graduação para o exercício da profissão. Através de sua visão/percepção pode-se analisar uma adequação de estrutura pedagógica de ensino do curso, bem como aspectos que interfiram no processo de formação acadêmica (10).

O egresso representa o produto final da instituição de ensino, sua inserção e aptidão para o mercado são reflexos dos critérios mais importantes da qualidade do ensino ofertado (11). É imprescindível a busca por

informações sobre a realidade enfrentada pelos egressos e a reflexão fornecendo subsídios para o incremento e aperfeiçoamento do processo de ensino aprendizagem, traçando estratégias para tornar o aluno um profissional apto ao exercício da profissão e a inserção no mercado. O ponto de vista dos egressos permite conhecer e compreender o processo de transformação do aluno em profissional, com suas vulnerabilidades e potencialidades (12, 13).

Além disso, conhecer o campo de atuação profissional e suas exigências permite refletir sobre o processo de formação e contribui para o fomento de discussões sobre a aproximação da formação à realidade do mercado (14).

A relação entre as instituições e a sociedade se concretiza com a participação dos egressos, estes, a partir do título conquistado, passam a representar profissionalmente a sua instituição em qualquer lugar em que atuem profissionalmente, por meio de um documento legal denominado diploma (13).

Assim, este estudo se justifica pela escassez de dados que versem e analisem o perfil profissional dos egressos fisioterapeutas, sendo o objetivo deste estudo conhecer o perfil dos profissionais egressos do curso de Fisioterapia pela Faculdade de Educação e Meio Ambiente - FAEMA.

2 MATERIAL E MÉTODOS

Trata-se de descritiva de caráter quali-quantitativa realizada na Faculdade de Educação e Meio Ambiente – FAEMA, no município de Ariquemes - RO. As informações de contato dos egressos foram fornecidas pela Instituição, através do Programa de Acompanhamento de Egressos (PEG). Sendo estes dados utilizados para distribuição via Correio Eletrônico (E-mail) e preenchimento do formulário eletrônico por meio do Google Drive Forms, após apreciação e aprovação do Comitê de Ética da Faculdade de Educação e Meio Ambiente (FAEMA) através do Certificado de Apresentação para

Apreciação Ética (CAAE) número

68053517.7.0000.5601 e número do parecer de aprovação:2.156.067.

O estudo foi dividido em duas etapas para a realização, a saber, primeira localizar através do PEG os egressos do curso de fisioterapia, e segunda o envio do questionário para preenchimento após o aceite do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

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(TCLE). O questionário foi elaborado com perguntas abertas e fechadas que versassem sobre a atividade profissional do egresso de fisioterapia da FAEMA. Utilizando como critérios inclusivos ser egresso do curso de fisioterapia pela FAEMA e assinar o TCLE. Já os critérios excludentes foram participantes que não aceitassem o TCLE e os que abandonaram o preenchimento do questionário.

Os dados obtidos foram convertidos para planilhas, tabulados e analisados pelo coeficiente de correlação de Pearson (p= -1 e 1) através do software Microsoft Excel versão 2007.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Dos 95 egressos contatados através de E-mail, obteve-se resposta de 34 (35,78%) egressos, estes concluintes entre os anos de 2011 a 2016, com média de idade de 28,2 anos, e uma variação de 22 a 52 anos. Destes 67,6% dos egressos são do sexo feminino e 32,4% do sexo masculino, demonstrando que os fisioterapeutas formados pela FAEMA mantêm o perfil de gênero predito pelas profissões da saúde com a maioria feminina.

A profissão fisioterapia tem predominância feminina, e estudos apontam um percentual elevado de mulheres no exercício das atividades profissionais relacionadas com a saúde. Sendo observado que as relações de trabalho masculino se voltam à força física, enquanto as femininas direcionam-se à sensibilidade e à observação. Tal fato justifica, em parte, o número de mulheres inseridas na fisioterapia, por se tratar de uma área que exige muita atenção e sensibilidade quanto aos cuidados prestados (15).

Câmara e Santos (2012), encontraram em seu estudo com egressos do curso de Fisioterapia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) um predomínio feminino de 75% na amostra estudada. Assim como Chaves et al., (2017) que observaram um predomínio do sexo feminino de 73,3% nos egressos de fisioterapia de uma instituição privada de ensino superior do interior do estado de Minas Gerais.

Foi possível observar que a maioria dos egressos atua profissionalmente em municípios do estado de Rondônia, apontando esta região como um mercado de trabalho ainda promissor (16, 17, 18).

Da amostra 85,3% dos egressos atuam em sua área de formação, apenas 8,8% exercem atividade profissional fora da área de formação e 5,9% não desenvolvem qualquer atividade laboral. Shiwa, Schmitt e João (2016) corroboram com estes resultados ao apontar que 80,0% de seus entrevistados atuavam como fisioterapeutas no momento da coleta dos dados. Já os profissionais que atuam em outras áreas descrevem ter tido uma melhor oportunidade de trabalho fora de sua área de formação

(19).

Em relação ao tempo de formação dos egressos analisados, 55,87% possuem entre 1 a 3 anos de formados e 44,1% de 3 a 6 anos. Quanto ao tempo que

levaram entre a colação de grau e a inserção no mercado de trabalho, observamos que, 90,9% iniciaram sua atividade profissional em menos de um ano e 9,1% dos egressos levaram de dois a três anos para inserirem-se no mercado. Medeiros e Gonçalves (2009) descrevem uma excelente aceitação do mercado de trabalho para absorção destes profissionais, quando 81,7% dos egressos se colocaram no mercado de trabalho em menos de 6 meses após a colação e apenas 8,3% levaram mais de 2 anos para atuarem na profissão (20).

Quando questionados sobre qual a modalidade profissional exercida após a conclusão do curso, tivemos que a maioria 52,90% inseriu-se no mercado como profissional liberal, 35,30% em empresas privadas e 2,90 destes atuando em cargos públicos.

É esperado que do perfil do profissional fisioterapeuta que este esteja engajado com os processos de educação e formação continuada, buscando aperfeiçoamento e qualificação profissional através de cursos e especializações, a fim de acompanhar os avanços de sua área de atuação, bem como as competições impostas pelo mercado de trabalho. Assim, observou-se que 76,5% dos egressos cursou ou está cursando pós-graduação e 23,5% não realizou nenhum curso de na área. Dos egressos que apontaram uma pós-graduação como meio de aperfeiçoamento profissional, 76,5% escolheram por cursar uma pós-graduação Lato Sensu, 7,69 por cursos de formação de curta duração e 7,69 por pós-graduação Stricto Sensu.

Pita e Guirro (2012) descrevem que os cursos de Pós-Graduação Lato Sensu são direcionados ao aprimoramento acadêmico/profissional e possuem carga horária mínima de 360 horas exigida pelo Ministério da Educação, descrevendo-os também como "cursos de especialização", com objetivo de domínio técnico-científico de uma técnica ou determinada (limitada) área da profissão (21).

Verificou-se que dos cursos de pós-graduação Lato

Sensu escolhido pelos egressos, 96% escolheram por

uma especialidade reconhecida pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional - COFFITO, e apenas 4% cursaram ou cursam uma especialização não reconhecida pelo conselho.

Em relação à auto percepção profissional dos egressos, 84,4% mencionam estar realizados profissionalmente e 15,6% dizem não estar realizados com a profissão. O que pode relacionar-se com diversos fatores como jornada de trabalho diária, remuneração, entre outros.

A carga horária de trabalho do fisioterapeuta é regulamentada pela Lei No 8.856, de 1º de março de

1994 que estabelece no “Art. 1º Os profissionais Fisioterapeuta e Terapeuta Ocupacional ficarão sujeitos à prestação máxima de 30 horas semanais de trabalho” (22). Já em contrapartida, podemos verificar

que a maioria dos egressos estudados atua como profissionais liberais e trabalham 8 horas por dia (43,33%), ou seja, 40 horas por semana, considerando

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20 Rev Cient da Fac Educ e Meio Ambiente: Revista da Faculdade de Educação e Meio Ambiente - FAEMA, Ariquemes, v. 10, n. 1, p. 17-22, jan.-jun. 2019. apenas os dias úteis da semana. E apresentam como

faixa salarial até 05 salários mínimos (67,7%), como podemos observar na tabela 1 a seguir.

Tabela 1 – Jornada de trabalho Diária/Renda salarial em salários mínimos (N=34) Resultados N % Jornada de trabalho 4 horas 1 3,33% 6 horas 8 26,66% 8 horas 13 43,33% 10 horas ou mais 8 26,66% Faixa salarial Até 05 23 67,6% De 05 a 10 10 29,4% De 11 a 20 1 2,9% n = frequência; % = porcentagem

Assim, quanto à satisfação financeira, 59,40 % dos egressos estão satisfeitos ou muitos satisfeitos com o aspecto financeiro da profissão, 28,10 % estão pouco satisfeitos e 6,30% apontam insatisfação. A satisfação profissional influencia diretamente no desenvolvimento profissional, os resultados encontrados quanto aos níveis de satisfação com a atividade profissional exercida, são bastante positivos e demonstram que 87,5% estão satisfeitos ou muito satisfeitos, 9,40% pouco satisfeitos e apenas 3,10% insatisfeitos com a atividade profissional de escolha.

Satisfeitos com sua atividade profissional, 62,5% dos egressos afirmam nunca terem pensado em desistir da profissão e apenas 37,5% apontam terem pensado na desistência. A grande maioria ainda acredita no futuro da profissão e dizem que o mercado de trabalho vai melhorar (90,6%), resultados extremamente positivos no que diz respeito ao futuro profissional quando comparando a apenas 6,3% dos egressos que dizem que não sofrerá alterações no mercado ou com apenas 3,1% que apontam sua piora. Em relação à auto percepção dos egressos sobre como foram enquanto alunos, 88,2% afirmam terem sido ótimos alunos e/ou bons alunos e 11,80% consideram-se regulares. Os egressos foram também questionados sobre sua aptidão para exercer atividade profissional após a conclusão do curso. 91,2% dos egressos responderam que se consideraram aptos para exercer sua profissão e 8,8% responderam que não se sentiam aptos. Quanto aos motivos que os levaram a sentirem-se aptos ao exercício profissional, 44,10% apontaram os estágios, 17,60% a faculdade e os docentes, 17,60% cursos de aperfeiçoamento cursados durante a graduação e 20,60% apontam a aptidão pessoal como responsável pela aptidão laboral.

Capelleras e Veciana (2001) consideram que as atividades que influenciam o processo de aprendizado e o desenvolvimento dos alunos são a qualidade do

método de ensino, o processo avaliativo, a qualidade dos cursos e o programa de desenvolvimento de professores, essas atividades são comuns a toda instituição de ensino superior (23).

Sobre a capacitação e os conhecimentos adquiridos, 55,90 % dos egressos classificam os conhecimentos adquiridos durante a graduação como excelente e/ou suficientes, 30,20% o descreve como razoáveis e 5,90 como insuficientes. O que corrobora com Bueno e Nunes (2011), que mencionam que 76,19% sentem-se seguros com sua atuação profissional, com base nos conhecimentos e técnicas adquiridos durante o processo de formação (24).

E quando perguntado aos egressos sobre a sua satisfação com o curso de Fisioterapia, 64,70% afirmam que fariam novamente o curso, 17,60% não fariam e 17,60% permaneceram neutros ao apontarem que tal pergunta não se aplica a sua condição de satisfação profissional.

Como as Instituições de Ensino Superior vêm formando vários profissionais e o campo de atuação requer cada vez mais destes fisioterapeutas em diversos setores e serviços, surge à necessidade de manter o contato entre o egresso e a instituição de ensino formadora. Verificando o perfil do aluno que a instituição recebe e o perfil do profissional no mercado de trabalho permite contribuir positivamente para a profissão a partir de mudanças e/ou adequações futuras no processo de ensino.

O egresso é o mais indicado para esse papel, fornecendo um panorama sobre a relação do processo de formação e o que o mercado de trabalho vem exigindo. É possível observar que quando questionados sobre o contato com sua instituição formadora 11,8% mantém muito contato, 20,6% um contato razoável, 32,4% mantém pouco e 35,3% não mantém nenhum tipo de contato. Dos egressos que mantém alguma forma de contato com a instituição, 42,4% apontam que este contato se dá por meio do programa de acompanhamento de egressos, 15,2% pela participação de eventos promovidos pela instituição e 3% por curso de especialização promovido pela instituição.

O Acompanhamento dos egressos é necessário para a Instituição, tendo em vista a importância da opinião dos formandos e ex-alunos para a identificação e construção das práticas de ensino, bem como para avaliação das políticas educacionais da instituição.

A correlação de Pearson (r) mostra resultados significantes em algumas variáveis avaliadas. Verificou uma correlação positiva muito forte entre a “satisfação financeira x satisfação com a atividade profissional” (r= 1); uma correlação positiva forte entre a “aptidão ao exercício profissional após o término da graduação” e “estar cursando ou cursou uma pós-graduação” (r= 0,0718); uma correlação forte negativa entre a “satisfação profissional com o curso escolhido” e a “aptidão ao exercício profissional” (r= -0,0786); e uma correlação moderada entre se “o egresso manter

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contato com a FAEMA” e qual “a forma de contato que vem mantendo com a FAEMA” (r= 0,5472).

4 CONCLUSÕES

Por este estudo, pode-se perceber que o perfil do egresso FAEMA é predominantemente do sexo feminino, com idade de 22 a 52 anos, satisfeitos profissionalmente e atuando em sua profissão como fisioterapeuta. A maior proporção da amostra conseguiu ingressar no mercado de trabalho num tempo inferior a um ano após sua colação de grau e mencionam sentirem-se seguros a prestar assistência com o que aprenderam no âmbito universitário através

dos estágios e corpo docente. Sobre a desistência profissional, a maioria apresentou respostas positivas afirmando nunca terem pensado em desistir de sua profissão e apontam ainda que fariam o curso novamente.

Observar e avaliar os egressos fornece informações importantes sobre o processo formativo e norteia a tomada de decisão quanto ao planejamento de adaptações ou mudanças no binômio ensino-aprendizagem atendendo as mudanças e exigências impostas pelo mercado, ou seja, a percepção dos egressos e avaliação servem como base para o desenvolvimento de atividades institucionais.

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22 Rev Cient da Fac Educ e Meio Ambiente: Revista da Faculdade de Educação e Meio Ambiente - FAEMA, Ariquemes, v. 10, n. 1, p. 17-22, jan.-jun. 2019.

Como citar (Vancouver)

Sales CM, Vale JS, Fagundes DS. Perfil do egresso de fisioterapia da faculdade de educação e meio ambiente- faema. Rev

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Tabela 1 – Jornada de trabalho Diária/Renda salarial em  salários mínimos (N=34)  Resultados  N  %  Jornada de trabalho  4 horas  1  3,33%  6 horas  8  26,66%  8 horas  13  43,33%  10 horas ou mais  8  26,66%  Faixa salarial  Até 05  23  67,6%  De 05 a 10

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