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Perfil do atendimento e fatores associados aos pacientes classificados como emergentes e urgentes em uma emergência geral de adultos de um hospital da Grande Florianópolis

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Academic year: 2021

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SABRINA COELHO POSES

PERFIL DO ATENDIMENTO E FATORES ASSOCIADOS AOS PACIENTES CLASSIFICADOS COMO EMERGENTES E URGENTES EM UMA EMERGÊNCIA GERAL DE ADULTOS DE UM HOSPITAL DA GRANDE

FLORIANÓPOLIS

Trabalho de Conclusão de Curso julgado adequado como requisito parcial ao grau de médico e aprovado em sua forma final pelo Curso de Medicina, da Universidade do Sul de Santa Catarina.

Palhoça, 22 de novembro de 2018.

______________________________________________________________ Profª. e Orientadora, Fabiana Oenning da Gama, MSc.

Universidade do Sul de Santa Catarina

______________________________________________________________ Prof. Tiago Spiazzi Bottega, M.D., MSc.

Universidade do Sul de Santa Catarina

______________________________________________________________ Profª. Rafael Cegielka, M.D.

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PERFIL DO ATENDIMENTO E FATORES ASSOCIADOS AOS PACIENTES CLASSIFICADOS COMO EMERGENTES E URGENTES EM UMA EMERGÊNCIA GERAL DE ADULTOS DE UM HOSPITAL DA GRANDE

FLORIANÓPOLIS

Sabrina Coelho Poses1 Fabiana Oenning da Gama2

RESUMO

Atendimentos de baixa complexidade são comuns em emergências brasileiras. O presente estudo buscou conhecer o perfil do atendimento e fatores associados aos pacientes classificados como emergentes e muito urgentes em uma emergência geral de adultos de um hospital da Grande Florianópolis. Estudo transversal realizado na Emergência do Hospital Governador Celso Ramos com 6.400 pacientes atendidos na emergência no mês de setembro de 2016. Aprovado pelo comitê de ética. Observou-se prevalência de 9,3% de atendimentos emergentes e muito urgentes. Destes, 64,9% eram homens, 54,9% maiores de 35 anos, 67,6% procedentes de Florianópolis e 45,6% foram atendidos pela clínica médica. Sábados e domingos tiveram mais atendimentos emergentes e muito urgentes. Importante repensar as políticas e as estratégias de atendimento, tais quais educação em saúde e acesso aos níveis básicos de atendimento.

Palavras-chave: Classificação de risco. Urgência. Emergência. Protocolo de Triagem de Manchester.

1 INTRODUÇÃO

O papel dos serviços de emergência brasileiros teve na implementação do Sistema Único de Saúde (SUS) um marco de mudança (PAIVA; TEIXEIRA, 2014). Na organização prévia do SUS, a maioria da população contava com as escassas emergências hospitalares como único ponto de acesso às instituições de saúde. Tal sistema perpetuava a centralização da demanda em serviços de alta complexidade com pouca ou nenhuma territorialização, medida inerente a práticas de promoção e prevenção em saúde (PAIM et al., 2011).

_________________________

1 Discente do Curso de Medicina. Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL - Campus Pedra Branca - Palhoça (SC) Brasil. E-mail: sabrinaposes@gmail.com

2 Enfermeira. Mestre em Psicopedagogia. Docente dos cursos de Graduação em Medicina e Enfermagem. Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL - Campus Pedra Branca - Palhoça (SC) Brasil. E-mail: oenning_gama@yahoo.com.br

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A transformação de uma visão higienista dos atores em saúde para o impactante movimento sanitarista cunhou um novo paradigma que propõe a descentralização e a estratificação do cuidado (PAIVA; TEIXEIRA, 2014).

Nessa perspectiva, afasta-se o usuário da busca por soluções em saúde de caráter paliativo ou emergencial e aproxima-o de ações em promoção de saúde e prevenção de doenças e agravos. Promove, ainda, sua vinculação a um serviço de saúde que é microrregionalmente inserido nas suas necessidades biopsicossociais e que atua sobre os determinantes do processo saúde e doença, a saber, as Unidades Básicas de Saúde (PAIVA; TEIXEIRA, 2014; PAIM et al., 2011).

Em oposição a demandas simples, comuns e de terapêutica eletiva, as emergências hospitalares visam receber majoritariamente demandas de maior complexidade (LUMER; RODRIGUES, 2011), como emergentes ou muito urgentes. Ao passo que demandas simples podem culminar também nesse nível de atenção, levando a superlotação dos serviços de emergência hospitalar, um fenômeno não apenas do Brasil, mas mundial (BITTENCOURT; HORTALE, 2009; FORERO; MCCARTHY; HILLMAN, 2011). Protocolos organizacionais e de fluxo, tais quais processos de triagem e classificação de risco, acrescidos da implantação de noções de referência e contra referência, permitem a efetividade do acesso do sujeito em situação de emergência ao serviço (BITTENCOURT; HORTALE, 2009; LUMER; RODRIGUES, 2011).

Como recurso para organizar a livre demanda, foi criado no Reino Unido o Protocolo de Triagem de Manchester, de ampla confiabilidade e grande importância para prevenir complicações e diminuir o risco de morte proveniente de quadros agudos não identificados (GRAFF et al., 2014; SOUZA; ARAÚJO; CHIANCA, 2015). O protocolo classifica o paciente que procura o serviço de emergência em cinco níveis, sendo eles: nível 1 (vermelho: emergente, necessita atendimento imediato), nível 2 (laranja: muito urgente, necessita avaliação médica em até 10 minutos), nível 3 (amarelo: urgente, necessita avaliação médica em até 60 minutos), nível 4 (verde: pouco urgente, necessita avaliação médica em até 120 minutos) e nível 5 (azul: não urgente, necessita de avaliação médica em até 240 minutos) (SOUZA; ARAÚJO; CHIANCA, 2015).

A partir deste protocolo é possível organizar e estudar a demanda, como em estudo realizado no Mato Grosso (FORERO; MCCARTHY; HILLMAN, 2011) no qual casos muito urgentes ou emergentes não chegaram a 10% dos atendimentos. Foi

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levantada a necessidade de reavaliar os sistemas de referência e contra referência do município.

No estado de São Paulo, constatou-se que os atendimentos mais graves não passavam de 14% da demanda total em uma unidade hospitalar. A maioria dos atendimentos era prestado a mulheres residentes nos arredores do serviço de referência e em horário comercial, nos quais as principais queixas foram de baixa complexidade, como cefaleia, lombalgia e dores (abdominal e torácica) (OLIVEIRA et al., 2011).

Na cidade de Pelotas (CARRET et al., 2011), a exemplo da região sul do Brasil, há predominância de pessoas de maior idade, cor não branca, menor escolaridade, sem companheiro e tabagistas, que procuram o serviço predominantemente em domingos e feriados.

Ainda nas regiões sul e sudeste, a exemplo de Florianópolis (MARTINS et al., 2001) e São José do Rio Preto (RIBEIRO et al., 2014), estudos realizados em hospitais universitários caracterizaram a demanda como feminina e jovem, além de residente nos arredores do serviço de emergência do Hospital Universitário. Foram realizados atendimentos principalmente em dias úteis em horário comercial. Entre os internados as principais queixas foram dispneia e doenças do aparelho circulatório (MARTINS et al., 2001).

Pesquisadores no Maceió identificaram os residentes do mesmo bairro de uma unidade de emergência de sexo masculino com idade entre 19 e 29 anos como público predominante. O perfil de morbidade para o mesmo público apontou para “Lesões, envenenamentos e outras consequências de causas externas” (SIMONS, 2008).

Frente a grande procura dos serviços de emergência e ao volume expressivo de atendimentos se faz necessário o conhecimento das características dos atendimentos e da população que utiliza o serviço de emergência. Esta condição é de fundamental importância para o planejamento de ações em saúde, uma vez que situações de emergência e urgência necessitam de reconhecimento e intervenção rápidas, proporcionando desta forma melhorias nesses atendimentos.

Esse estudo teve como objetivo geral conhecer o perfil do atendimento e fatores associados aos pacientes classificados como emergentes e urgentes em uma emergência geral de adultos de um hospital da Grande Florianópolis.

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2 MÉTODO

Estudo observacional de delineamento transversal realizado na Emergência do Hospital Governador Celso Ramos (HGCR), referência no atendimento à Grande Florianópolis em diversas especialidades, principalmente em pacientes vítimas de trauma e de intercorrências neurológicas.

Fizeram parte do estudo pacientes atendidos na emergência do hospital no mês de setembro de 2016. O mês de coleta foi escolhido de forma aleatória, tendo em vista que o número de atendimentos no corrente ano se mostrou de forma linear entre os meses. A amostra foi constituída por 6.400 pacientes, dentre os quais 599 triados como emergentes ou muito urgentes (de acordo com a Classificação de risco de Manchester) dentre prontuários de pacientes com idade superior a 18 anos. Foi utilizado banco de dados privado da pesquisa intitulada: “Perfil dos pacientes atendidos na emergência de um hospital público Estadual da Grande Florianópolis de acordo com a classificação de risco”.

Inicialmente foram analisados todos os atendimentos a fim de determinar a prevalência daqueles classificados como emergentes e muito urgentes, tendo sido posteriormente analisadas as variáveis do estudo somente destes atendimentos.

A variável dependente foi a gravidade de acordo com a classificação de Manchester e as variáveis independentes foram sexo, idade, cidade, turno do atendimento, dia do atendimento, procedência, internação, duração do atendimento, óbito, motivo da procura.

Os dados foram tabulados no software Windows Excel e transportados para o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). Version 18.0. [Computer

program]. Chicago: SPSS Inc; 2009, para análise estatística. Os dados qualitativos

foram apresentados na forma de frequências simples e relativa e os dados quantitativos em média e desvio padrão. O teste estatístico Qui Quadrado de Pearson foi utilizado para analisar a associação entre o desfecho (classificação de risco) e a exposição (variáveis demográficas e clínicas), acompanhado da medida de associação Razão de Prevalência (RP), com os respectivos Intervalos de Confiança 95% (IC95%). O nível de significância estatística foi valor de p < 0,05.

Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Sul de Santa Catarina sob o CAAE 80239317.7.0000.5369.

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3 RESULTADOS

Dos 6.400 pacientes atendidos no mês de setembro de 2016 na emergência, foram selecionados 599 pacientes, classificados como emergentes e urgentes, o equivalente a 9,3% da população. Destes, 3,2% foram a óbito. A média de idade dos pacientes foi de 46,45(±19,66) anos e a duração do atendimento em média 5 horas (±3 horas).

Observou-se entre os indivíduos, prevalência do sexo masculino (64,9%), com idade >35 anos (54,9%), com tempo de permanência menor de 180 minutos (53,6%), com atendimento na quinta-feira (19,5%), atendimento no período da tarde (30,6%), com a principal cidade de procedência sendo Florianópolis (67,6%), por motivo de procura sendo a clínica médica (45,6%) (Tabela 1).

Tabela 1. Prevalência das classificações de risco de acordo com a classificação de Manchester. Características demográficas e clínicas de indivíduos e motivo de procura pelo serviço de emergência de um hospital da Grande Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, 2018. Variáveis (n= 599) n (%) Sexo Masculino 389 64,9 Feminino 210 35,1 Idade categórica ≤ 35 anos 270 45,1 >35 anos 329 54,9

Tempo de Permanência categórico

≥3 horas 278 46,4 <3 horas 321 53,6 Dia do atendimento Domingo 65 10,9 Segunda-feira 86 14,4 Terça-feira 80 13,4 Quarta-feira 74 12,4 Quinta-feira 117 19,5 Sexta-feira 107 17,9 Sábado 70 11,7 Hora do atendimento

Manhã (7h00min às 12h59min) 155 25,9

Tarde (13h00min às 18h59min) 183 30,6

Noite (19h00min às 23h59min) 163 27,2

Madrugada (24h00min às 6h59min) 98 16,4

Cidade de Procedência

Florianópolis 405 67,6

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Motivo da procura

Clínica Médica 273 45,6

Ortopedia e Traumatologia 230 38,4

Cirurgia Geral 96 16, 0

Ao associar a classificação de risco e as características demográficas, clínicas e de motivo de procura pelo serviço de emergência, os indivíduos que apresentaram classificação de risco vermelho/laranja apresentaram mais prevalente no sexo masculino (RP= 1,85; IC 1,58-2,18 e p≤0,001), com idade superior a 35 anos de idade (p≤0,001), tempo de permanência para o atendimento menor que 3 horas (p≤0,001), com atendimento no final de semana (p=0,001), no período da madrugada (p≤0,001), sendo o motivo de procura a clínica médica (p=0,031) (Tabela 2).

Tabela 2. Associação da classificação de risco (vermelho/laranja) as características demográficas, clínicas e motivo de procura pelo serviço de emergência de um hospital da Grande Florianópolis, setembro de 2016, Santa Catarina, Brasil.

Classificação de Risco Variáveis Vermelho/Laranja n % RP (IC95%) Valor p Sexo Masculino 389 12,1 1,85(1,58-2,18) ≤0,001 Feminino 210 6,5 1 Idade categórica ≤ 35 anos 270 7,5 1 ≤0,001 > 35 anos 329 11,6 1,54(1,32-1,80)

Tempo de Permanência categórico

≥ 3 horas 278 7,5 1

≤0,001

<3 horas 321 11,8 1,58(0,136-1,84)

Dia da semana categórico

Final de semana 242 11,0 1,30(1,11-1,52) 0,001 Durante semana 357 8,5 1 Hora do atendimento Manhã (7h as 12h59min) 155 5,8 1 Tarde (13h as 18h59min) 183 8,1 1,38 (1,12-1,69) 0,002 Noite (19h as 23h59min) 163 15,7 2,68 (2,17-3,30) ≤0,001 Madrugada (24h as 6h59min) 98 20,8 3,55 (2,81-4,48) ≤0,001 Cidade de Procedência Florianópolis 405 9,0 1 0,136 Demais Cidades 194 10,2 1,13(0,96-1,33) Motivo da procura Clínica Médica 273 10,5 1,24 (1,05-1,47) 0,009

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Ortopedia e Traumatologia 230 8,4 1

Cirurgia Geral 96 8,9 1,062 (0,84-1,33) 0,602

4 DISCUSSÃO

Esta é uma pesquisa original, que buscou conhecer o perfil do atendimento e fatores associados aos pacientes classificados como emergentes e muito urgentes em uma emergência geral de adultos de um hospital da Grande Florianópolis tendo como base o mês de setembro de 2016.

O presente estudo constatou-se que dos 6.400 pacientes atendidos na emergência no período estudado, apenas 9,3% dos atendimentos foram classificados como vermelho e laranja.

Em Minas Gerais, estudo realizado em um hospital que utilizava classificação de risco de Manchester, foi identificado que os pacientes classificados na cor vermelha corresponderam a 3,6% (n=21) das 577 pacientes atendidos no período de 19 de maio a 20 de setembro de 2012 e 27,4% (n=158) foram classificados na cor laranja (GUEDES; MARTINS; CHIANCA, 2015).

Estudo realizado em um hospital localizado no norte do Paraná, onde a instituição utiliza o acolhimento com classificação de risco, do Ministério da Saúde, foi identificado que no período de junho de 2008 a maio de 2009, das 976 pessoas que receberam atendimento no serviço de urgência da instituição, 1,5% (n=15) receberam a classificação na cor vermelha e 20,5% (n=200) na cor amarela (FEIJÓ et al., 2015).

Dados semelhantes foram observados por Stein; Coelho (2016) em um hospital regional de médio porte, localizado em Tocantins, onde dos 14.612 pacientes atendidos, no período de período de 1º de janeiro de 2014 a 30 de junho de 2014, apenas 1,0% (n=139) foram classificados como risco vermelho e 22,4% (n=1,592) como risco amarelo.

Estudo realizado em Portugal constatou que dos 25.218 pacientes que receberam atendimento em um hospital de grande porte, no período de 11 de julho e 13 de outubro de 2011, 14,4% dos pacientes foram classificados como alta prioridade (cor vermelha e laranja) e as cores amarelo, verde e azul representaram 81,4% dos pacientes triados (SANTOS; FREITAS; MARTINS, 2014).

Outro estudo, também realizado em Portugal, dos 321.539 pacientes triados em um hospital, entre janeiro de 2005 a junho de 2007, 0,74% foram classificados na cor

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vermelha, 24,78% na cor laranja, 50,6% na cor amarela, 20,2% verde, 2,0% azul e 1,5% na cor branca (MARTINS et al., 2009). Já na Alemanha, estudo também demonstrou pacientes classificados nas cores vermelho (1,4%), laranja (17,6%), amarelo (46,7%), verde (30,4%) e azul (3,9%) (GRÄFF et al., 2014).

Observa-se, nos estudos internacionais, que a procura pelo atendimento ocorre por prioridade clínica em quase o dobro dos casos. Já na literatura nacional e nos resultados do presente estudo, é o número baixo de pacientes classificados como vermelhos e laranjas. Isso evidencia que os setores de urgência têm sido utilizados como porta de entrada no serviço de saúde, havendo uma inversão entre os diferentes níveis de assistência à saúde. Tais aspectos podem refletir na sobrecarga dos serviços, em especial da atenção terciária (GUEDES et al., 2014). Destaca-se que os pacientes que recebem classificação nas cores verde e azul, poderiam encontrar resolutividade dos seus problemas de saúde nos níveis de assistência de menor complexidade tecnológica (GUEDES et al., 2014; FEIJÓ et al., 2015).

A procura pela atenção terciária pode ser explicada por alguns fatores, como a cultural difundida de confiança nos hospitais, a disponibilidade e efetividade dos procedimentos médicos e os recursos tecnológicos e humanos em baixa concentração nos níveis primários e secundários de assistência (FEIJÓ et al., 2015). Além disso, autores destacam a baixa resolutividade da atenção básica como fator contribuinte neste processo, justificado pelo número de pacientes classificados nas cores azul e verde, que deveriam ser acompanhados pela unidade básica de saúde (GUEDES et al., 2014).

Estudo de Lima et al. (2015) destaca que, mesmo com todos os benefícios que a atenção primária trouxe para a saúde da população, a falta de financiamento dos serviços, de cobertura das equipes, de insumos e profissionais, entre outras limitações, dificulta que os usuários tenham acesso ao serviço de maneira equânime.

Dessa forma, embora haja esforço no sentido da fidelidade à proposição do Sistema Único de Saúde (SUS), as ações que são realizadas na atenção básica ainda estão sendo insuficientes para solucionar o vasto número de problemas de saúde da atenção primária em saúde. Isso reflete na atenção terciária, onde os hospitais permanecem recebendo uma demanda alta de consultas especializadas, com procedimentos que envolvem alto custo entre exames diagnósticos e internações (AZEVEDO et al., 2010).

No Brasil, apesar de o SUS ter estrutura organizacional, legal e jurídica elaborada com o objetivo de favorecer o acesso aos serviços de saúde, ainda há barreiras

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que dificultam a assistência à saúde da população e a efetivação dos princípios da integralidade, equidade e universalidade (LIMA et al., 2015).

Já no Canadá, há intenso investimento no fortalecimento da atenção primária. Seu foco está na comunidade, na redução do tempo de internação e na desospitalização. As ações de saúde visam estratégias para que o acesso e a continuidade do cuidado sejam garantidos e realizados com eficiência (FARIAS; ALVES, 2015).

Com relação ao perfil de atendimento, o estudo atual observou maior prevalência do sexo masculino, com idade < 35 anos. Esse dado corrobora com outros estudos, que também demonstram a prevalência do sexo masculino, adultos, nos serviços de urgência (GUEDES et al., 2014; FEIJÓ et al., 2015).

No que se refere a saúde do homem, ainda há a cultura da invulnerabilidade e o estereótipo da masculinidade que geram resistência na adoção de práticas de autocuidado e na busca da prevenção de agravos. No referido contexto, os homens buscam atendimento os serviços de saúde em eventos agudos e situações emergenciais (LEMOS et al., 2017).

Estudos demonstram que a presença de dor está relacionada com a procura de atendimento dos homens em serviços de emergência (LEMOS et al., 2017; LOPES; SARDAGNA; IERVOLINO, 2017). Tal sintoma, por vezes, pode ser considerado como elemento decisivo pela busca de atendimento, provavelmente por resultar em dificuldades para desenvolver suas atividades laborais (LOPES; SARDAGNA; IERVOLINO, 2017), uma vez que socialmente o homem ainda é visto como provedor da família (LEMOS et al., 2017).

Há de se destacar que homens são mais acometidos por acidentes de trânsito, recebendo atendimentos em Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e hospitais, fato demonstrado em estudo que descreveu o perfil das vítimas atendidas pelo Serviço Móvel de Urgência (SAMU). Foi constatado que a maior parte das vítimas de acidentes de trânsito foram os adultos jovens e do sexo masculino, sendo que em 61,6 (n=755) dos acidentes, as vítimas utilizam motos como meio de locomoção (MENDONÇA; SILVA; CASTRO, 2017).

Atualmente, no Brasil, atendimentos de emergência e urgência decorrentes da violência urbana são muito prevalentes (OMS, 2010; COELHO; GOULART; CHAVES, 2013). Sobressaem na literatura acidentes envolvendo veículo motor, sendo este um dos principais motivos de atendimento entre os casos mais graves (OMS, 2010;

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COELHO; GOULART; CHAVES, 2013) usualmente classificadas como emergentes ou muito urgentes.

Ainda que a demanda de atendimento em serviços de urgência seja maior no sexo masculino, o inverso foi demonstrado em estudo realizado em São José do Rio Preto, São Paulo, diferindo dos resultados do presente estudo. Constatou-se predomínio do sexo feminino, com 56,33% dos atendimentos realizados no serviço de emergência do hospital (RIBEIRO et al., 2014).

Estudo demonstra a diferença quanto à classificação de risco entre homens e mulheres que receberam atendimento em um serviço de urgência de um hospital, destacando que 1,2% (n=6) dos homens foram classificados na cor vermelha, 5,6% (n=28) na cor laranja, 18,6% (n=93) na cor amarela, 27,2% (n=136) na cor verde e 3,8 (n=19) na cor azul. Com relação às mulheres atendidas, 0,2% (n=1) foram classificadas na cor vermelha, 3,6% (n=18) na cor laranja, 17,6 (n=88) na cor amarela, 19,8 (n=99) na cor verde e 2,4 (n=12) na cor azul (GUEDES et al., 2014). Observa-se neste estudo, a partir da classificação de risco, que mulheres buscam atendimento por demandas de menor gravidade que os homens.

No presente estudo, a média de idade dos pacientes atendidos foi de 46,45 anos. Essa média foi mais baixa se comparada a estudo semelhante realizado em Minas Gerais, por Guedes; Martins; Chianca (2015), no qual constatou-se média de idade de 58,69 anos. Diniz et al. (2014) observaram em seu estudo que quanto mais alta a faixa etária do paciente, maior tendência de maior gravidade.

Com relação aos motivos da procura para o atendimento de urgência, o estudo atual constatou que estavam relacionados a Clínica Médica em primeiro lugar. Outro estudo verificou que os principais motivos pela busca do atendimento estavam relacionados a problemas nutricionais, metabólicos e endócrinos, seguindo de problemas do aparelho respiratórios, circulatório e digestivo (COELHO; STEIN, 2016), em consonância com os presentes achados.

Carret et al. (2011) constataram que os diagnósticos mais frequentes em idosos foram relacionados ao aparelho circulatório, ao passo que pacientes mais jovens procuraram mais os serviços por causas externas.

Já em estudo realizado por Guedes et al. (2014) a busca pelo atendimento esteve relacionada a dor abdominal, vômitos, dor de garganta, dor torácica e feridas. As principais queixas dos pacientes, identificadas no estudo de Diniz et al. (2014) foram

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indisposições no adulto, problemas nos membros, dor abdominal, cefaléia, dor torácica e dispneia.

Neste estudo, observou-se que a maior parte dos pacientes eram procedentes do município de Florianópolis. Isso difere de pesquisa realizada em Minas Gerais, que evidenciou que 74,7% dos pacientes atendidos no setor de urgência de um hospital eram provenientes de outros municípios. Foi constatado também que estes pacientes foram classificados nas cores vermelha, laranja e amarelo, o que demonstra que os encaminhamentos recebidos de outros municípios, são de pacientes que realmente necessitam de atendimento de urgência e emergência (GUEDES et al., 2014).

Repetidamente destaca-se na literatura que a função dos serviços de emergência dos hospitais é o atendimento de urgências e emergências, de forma que a garantia da assistência ágil e rápida tem papel preponderante na evitação do agravamento da condição de saúde do paciente e até de possíveis óbitos. Dessa forma, não é viável abrir mão dos sistemas de triagem, inclusive lentificados por conta da superlotação, por sua vez ocasionada pela busca exacerbada dos usuários por atendimento no setor, resultado de problemas estruturais da Rede de Atenção à Saúde (RAS) (ROSSANEIS et al., 2014).

Para Feijó et al. (2015) a alta demanda dos serviços de urgência é um ponto a ser resolvido por meio da análise da estrutura dos serviços e o estabelecimento de referência e contrarreferência pactuada de maneira efetiva entre a rede de atenção às urgências. Além de estabelecer corresponsabilidades entre os pontos da rede, de forma a rever as distorções ainda presentes no sistema. Na exploração de ações efetivas de contrarreferência, que promovam o engajamento do prestador de saúde interlocutor, resta o recurso ao alcance do profissional potencialmente sobrecarregado da atenção terciária.

Entre as possíveis soluções para este problema, os autores Coelho; Stein (2016) destacam a necessidade de articulação entre os gestores de todos os níveis de atenção à saúde e a organização dos fluxos entre a unidade básica de saúde, reforçando seu papel como porta de entrada no sistema e os serviços de emergência, que devem receber os casos referenciados de maior complexidade. O objetivo seria inverter o atual fluxo que ocorre dentro dos serviços de saúde e reorganizar a distribuição da demanda.

Também há necessidade de conscientizar a população sobre as estratégias de descentralização, a organização, o funcionamento e as competências de cada componente da rede de atenção à urgência e emergência e suas possibilidades de

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tratamento. Esta ação pode colaborar na redução de custos e no aumento da eficiência dos serviços de maior complexidade que atendem às urgências (DINIZ et al., 2014).

Os resultados vão, de forma geral, ao encontro de outras pesquisas realizadas sobre o tema, destacando solidamente o serviço de emergência como porta de entrada no sistema de saúde, evidenciado pelo baixo número de atendimento nas cores vermelha e laranja.

Ao passo que as demandas classificadas como urgente, pouco urgente e não urgente podem ser vistas como provenientes de um déficit em outros níveis de atenção à saúde, as demandas classificadas como emergentes ou muito urgentes têm atendimento previsto para a emergência hospitalar.

A partir disso se faz necessário criar estratégias de prevenção aos agravos mais comuns e de ampliação do alcance das medidas de promoção da saúde e cura de doenças para os desfechos nos quais seja possível intervenção extra-hospitalar - em especial para casos cujo agravamento é sensível e resolutível aos níveis de atenção primário e secundário.

CONCLUSÃO

Foram classificados como emergentes e urgentes, apenas 9,3% dos atendimentos. Destes, 3,2% foram a óbito. Ao associar os atendimentos classificados na cor vermelho e laranja, este mostrou associação com significância estatística ao sexo masculino, com idade >35 anos, com tempo de atendimento menor que 3 horas, atendimento de final de semana (sábado e domingo), no período da madrugada, sendo o motivo de procura a clínica médica.

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PROFILE OF CARE AND FACTORS ASSOCIATED TO PATIENTS CLASSIFIED AS EMERGENT AND URGENT IN A GENERAL EMERGENCY

OF ADULTS OF A HOSPITAL OF GRANDE FLORIANÓPOLIS ABSTRACT

The amount of low complexity consults is relevant in brazilian emergency services. The current study aimed to describe the profile and associated factors to the patients classified as urgent and very urgent at a general adult emergency room from a hospital located at Grande Florianópolis. Transversal study that took place at the Emergency Room of Governador Celso Ramos Hospital and included 6.400 patients who were at the emergency room in September of 2016. Approved by the Ethics Committee. Prevalence of 9,3% urgent and very urgent risk assessment. From those, 64,9% were man, 54,9% over 35 years old, 67,6% from Florianópolis e 45,6% were seen by General Practice. Saturdays and Sundays had more prevalence of urgent and very urgent patients. It is important to reorganize health policies and strategies, such as health education and access to the less complex levels of care.

Key-words: Risk Assessment. Urgency. Emergency. Manchester Protocol.

REFERÊNCIAS

AZEVEDO, A.L.C.S. et al. Organização de serviços de emergência hospitalar: uma revisão integrativa de pesquisas. Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 12, n. 4, p. 736-45, 2010. Disponível em:

<https://www.revistas.ufg.br/fen/article/view/6585/8497>. Acesso em: 22 out. 2018. BRASIL. Ministério da Saúde. Acolhimento e Classificação de Risco nos Serviços de Urgência. Brasília, 2009. Disponível em:

<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/acolhimento_classificaao_risco_servico_ur gencia.pdf> Acesso: 25 ago 2017.

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