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Ex. mo Senhor Delegado Regional do Norte Da Inspecção Geral de Educação Rua Gil Vicente, n.º Porto

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Academic year: 2021

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Ex.mo Senhor Delegado Regional do Norte Da Inspecção Geral de Educação

Rua Gil Vicente, n.º 35 4000-256 Porto

Assunto: Contraditório ao Relatório de Avaliação Externa

Junto envio a V.as Ex.cias o contraditório ao relatório de Avaliação Externa elaborado por este Agrupamento de Escolas.

Agradeço o contributo da Equipa da Avaliação Externa ao apontar muitas das debilidades do Agrupamento as quais já foram objecto de análise nas diversas estruturas.

Com os melhores cumprimentos, Ana Maria Lopes Farinha Alves

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Ex.mo Senhor Delegado Regional do Norte Da Inspecção Geral de Educação

Após leitura, análise e reflexão do Relatório de Avaliação Externa, pelas estruturas do Agrupamento e entidades nossas parceiras, vimos apresentar, o contraditório, com base nas conclusões assumidas por todos quantos se envolveram nesta avaliação.

CONTRADITÓRIO

AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS REALIZADA ENTRE 7 E 9 de ABRIL DE 2008

“A autonomia não foi nem será para quem teve “Boas Notas”, mas para quem tem um

Projecto Educativo, tem objectivos e metas e tem liderança; (…) os bons resultados

escolares são o objectivo da autonomia não uma condição de partida”

Inspector Geral de Educação, José Maria Azevedo

RESULTADOS

• Uma avaliação no domínio dos resultados prejudica a quem parte em desvantagem como é o nosso caso. Não desenvolvemos estratégias viradas para o “sucesso estatístico”, porque na opinião dos profissionais deste Agrupamento geram facilitismo pedagógico. A nossa aposta é

na persistência, continuidade e diversidade de percursos.

• As medidas tomadas por este Agrupamento no sentido de contrariar as taxas de insucesso, abandono, indisciplina e falta de formação foram variadas, nomeadamente:

1. Aulas extraordinárias, dadas pela generalidade dos Professores, com o objectivo de contrariarem as taxas de insucesso. Não será que esta atitude demonstra a forte

motivação dos docentes em colocarem os alunos do Viso ao nível dos melhores?

2. Garantir a permanência na Escola e a continuação das aprendizagens através da criação de três cursos CEF, tendo já aprovados cinco para o próximo ano lectivo. Não será que esta atitude demonstra a forte motivação dos docentes em colocarem os alunos do Viso ao nível dos melhores?

3. Aumentar o nível de formação da comunidade educativa através de cursos EFA, frequentados até final de ano por 90% dos inscritos.

4. Proporcionar vivências enriquecedoras que favoreçam as literacias, o espírito de grupo, o cumprimento de regras e compromissos, através de um grande número de actividades

extra-curriculares.

Na avaliação de insuficiente que nos foi atribuída, foram tidos em conta:

1. - O Ranking dos exames de 9º Ano de 2007 feita com base nos resultados das disciplinas de Matemática e Língua Portuguesa disponibilizados pelo Ministério da Educação e onde, num universo de 1292 Escolas, a EB 2.3 do Viso se posicionou em

597 º lugar, ficando ainda e ao nível das Escolas de Ensino Público da cidade do Porto

em 13ª posição (num total de 26), muito acima de outras que foram avaliadas já este ano,

como tendo resultados suficientes?

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Quadro 1

Estudo comparativo dos dois últimos anos nas Provas de Aferição

2006/2007 2007/2008

Sucesso Insucesso Sucesso Insucesso

4º Ano 86% 14% 85% 15% 6º Ano Língua Portuguesa 81% 19% 87% 13% 4º Ano 67% 33% 86% 14% 6º Ano Matemática 36% 64% 60% 40% Quadro 2

Estudo comparativo dos dois últimos anos nos Exames do 9º Ano

2006/2007 2007/2008

Sucesso Insucesso Sucesso Insucesso

Língua

Portuguesa 100% 0% 77% 23%

9º Ano

Matemática 26,7% 73, 3% 40% 60%

• É ainda de salientar que 21% dos alunos que obtiveram nível dois, nos Exames de 2008 a Matemática, ficou com uma classificação situada entre 40% e 49%.

• Finalmente, como podem classificar-se como insuficientes os resultados dos alunos, baseando a sua análise praticamente a duas disciplinas do currículo, quando a própria Lei de Bases do Sistema Educativo da República Portuguesa refere no n.º 1 do Art.º 50, que: ” A organização curricular terá em conta a promoção de uma equilibrada harmonia, nos planos horizontal e vertical, entre os níveis de desenvolvimento físico e motor, cognitivo, afectivo, estético,

social e moral dos alunos”?

• Quanto ao envolvimento dos alunos na elaboração do Projecto Educativo e Regulamento Interno, lembramos que tal procedimento não estava previsto na Lei do Ensino Básico, o que era o nosso caso até Janeiro de 2008 (Nível Secundário de Adultos). Por este motivo não pode ser considerado um ponto fraco e contribuir para a classificação de Insuficiente.

PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO

• O anteriormente designado Serviço de Psicologia e Orientação e o Núcleo de Apoios Educativos (NAE), actual Departamento de Educação Especial (DEE), tem vindo a desenvolver

a sua acção no universo total de alunos com Necessidades Educativas Especiais de carácter permanente. Este Departamento não se reviu na avaliação que foi dada ao nível da articulação

curricular, horizontal e vertical entre os diversos ciclos de educação e ensino. Apesar da

escassez dos recursos especializados, sobretudo na EB 2.3 do Viso, (grande número de alunos NEE e um único docente de Educação Especial), há um grande empenho e disponibilidade dos docentes

deste Departamento, que reúnem de forma sistemática, tendo em vista a eficácia desta articulação.

Ao nível das Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC) fomos objecto de avaliação, no ano lectivo anterior, tendo sido considerados um exemplo de Boas Práticas a nível nacional na articulação curricular, horizontal e vertical. Não será este exemplo um ponto forte e a merecer uma avaliação superior?

No âmbito da Agenda 21, fomos a primeira escola da região Norte a implementar este Projecto em todas as Escolas e jardins-de-infância do Agrupamento, fazendo da sua prática uma verdadeira articulação horizontal e vertical. Não será também este exemplo um ponto

forte?

O facto de sermos o único Agrupamento Vertical do Ensino Básico com oferta de EFA de

Nível Secundário, permitindo a continuação dos estudos numa comunidade com um nível de

instrução tão baixo, e termos garantido o serviço da Biblioteca/Centro de Recursos da Escola EB 2.3 do Viso, este ano lectivo, em horário nocturno, para todos os formandos dos EFA e

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restante comunidade educativa, não serão aspectos a valorizar e a considerar como muito

bons numa avaliação?

• Apesar de não termos Pavilhão Gimnodesportivo e Laboratórios devidamente equipados os docentes imprimem na sua prática os valores defendidos ao nível das Ciências Experimentais e da Educação Física, portanto, não se revêem na avaliação de suficiente atribuída.

Poder-se-á apontar como ponto fraco os insuficientes recursos e equipamentos e imputar ao Agrupamento a falta de Pavilhão Gimnodesportivo e de equipamentos laboratoriais se, no Artigo 45º da Lei de Bases do Sistema Educativo, sobre o financiamento da educação, é referido que: ” A educação será considerada, na elaboração do Plano e do Orçamento de

Estado, como uma das prioridades nacionais”? Não será por isso de considerar como muito bom o serviço prestado aos alunos que continuaram a educação e prática desportiva, ao

longo do ano lectivo e, mesmo em dias de chuva, a Escola encontrou alternativas para a leccionação desta disciplina?

É ainda a mesma lei que no Artigo 44 ponto nº 2, diz que: ”São recursos privilegiados a

exigir especial atenção: … c) os equipamentos laboratoriais e oficinas, d) os equipamentos para Educação Física e Desportos “. Acresce dizer que, a Escola EB 2.3 do

Viso foi construída sem os equipamentos necessários e reivindica há doze anos as condições que, por lei, lhe são devidas. Dispensa, portanto, a classificação negativa, pelo não cumprimento do programa da disciplina de Educação Física, com base em factos que não são da sua responsabilidade e que não existiriam, se a lei fosse cumprida pelos responsáveis da construção e manutenção do parque escolar.

• Há a referir que a Câmara Municipal do Porto, durante o próximo mês de Agosto, irá iniciar as obras do Pavilhão Gimnodesportivo do Viso. No que se refere aos equipamentos laboratoriais o Agrupamento tem, no âmbito do Programa Operacional Potencial Humano (POPH), tentado suprir as suas dificuldades, tendo já os projectos arquitectónicos e restantes equipamentos orçamentados, para se candidatar ao Eixo 1, medida 1.5. Também não é este posicionamento perante as dificuldades um ponto forte?

Por outro lado não será de salientar como ponto forte termos a Rede Wireless em toda a Escola EB 2.3 do Viso, obtida através de um patrocínio, bem como, uma sala equipada com equipamento recente para as TIC e 24 PC do Projecto CRIE, disponibilizados para todas as turmas/salas do estabelecimento, prática considerada pelo Coordenador do Projecto CRIE um exemplo de Boas Práticas?

A participação elevada dos alunos em alguns concursos nacionais e os Prémios obtidos na área ambiental, através do Clube da Floresta e das Eco-Escolas, não serão de considerar como mais um ponto forte do Agrupamento?

Por todas estas razões não nos revemos na avaliação de suficiente que nos foi atribuída.

ORGANIZAÇÃO

• Os aspectos apresentados merecem a nossa concordância.

LIDERANÇA

• Alguns dos aspectos apresentados merecem a nossa concordância. No entanto, não se pode confundir olhares diferentes sobre a Escola com meras e pontuais discordâncias ao nível da organização e liderança do Agrupamento.

A título de exemplo gostávamos de saber qual a organização que consegue a adesão de todos os seus profissionais ao seu projecto?

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CAPACIDADE DE AUTO-REGULAÇÂO E MELHORIA DO AGRUPAMENTO

É-nos também apontado como ponto fraco o processo de auto-avaliação ainda incipiente, apesar de constarem no texto do relatório, frases que referem: “Nos resultados escolares a avaliação é sistemática, fiável e rigorosa “; “ O Agrupamento tem práticas de reflexão a partir das quais procura induzir mudanças”; “ O Agrupamento conhece claramente os seus pontos fracos e procura ultrapassá-los apesar das dificuldades internas e externas “. Daqui não se poderá inferir que as nossas práticas de auto-avaliação não serão assim tão incipientes? Sobre o comportamento e disciplina é dito no texto do relatório que “ é consensual na

comunidade educativa que esta realidade tem vindo a mudar positivamente através da melhoria progressiva quer da disciplina, quer dos resultados escolares dos alunos”.

Porém, mais adiante no mesmo relatório, é indicado como ponto fraco, o clima da escola, o comportamento e a indisciplina dos alunos, constando também como constrangimento, a imagem negativa do Agrupamento no meio que leva as famílias a procurar outras escolas. A pergunta que fazemos é onde deve incidir a avaliação: na realidade passada do

Agrupamento ou no que está a mudar?

Concluindo, esta avaliação, não traduz o clima positivo desta comunidade educativa. Numa fase de reestruturação, de caminho de um projecto em que acreditamos, que tem por base o trabalho persistente e continuado; o dinamismo, a entreajuda e a boa vontade de grande parte dos elementos que a integram, a confiança no futuro e na melhoria dos resultados dos nossos alunos, a procura de

soluções para os graves problemas que diariamente enfrentamos e que, depois de lermos o relatório da

Equipa da Avaliação Externa, ficamos com a sensação de que estes irão provavelmente aumentar, uma vez que, o estigma do nome – Viso – saiu reforçado, pela imagem negativa que é dada ao seu Agrupamento de Escolas.

A Presidente do Conselho Executivo, A Presidente da Assembleia, O Presidente da Associação de Pais ________________________________________________________________

Referências

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