• Nenhum resultado encontrado

Levantamento de um embargo de obra, localizada na grande Florianópolis, SC e a adequação da mesma seguindo as recomendações da NR18 e NR35: construção civil

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Levantamento de um embargo de obra, localizada na grande Florianópolis, SC e a adequação da mesma seguindo as recomendações da NR18 e NR35: construção civil"

Copied!
82
0
0

Texto

(1)

NICOLLI DAYANE MÜLLER

LEVANTAMENTO DE UM EMBARGO DE OBRA, LOCALIZADA NA GRANDE FLORIANÓPOLIS, SC E A ADEQUAÇÃO DA MESMA SEGUINDO AS

RECOMENDAÇÕES DA NR18 E NR35: CONSTRUÇÃO CIVIL

Florianópolis 2018

(2)

NICOLLI DAYANE MÜLLER

LEVANTAMENTO DE UM EMBARGO DE OBRA, LOCALIZADA NA GRANDE FLORIANÓPOLIS, SC E A ADEQUAÇÃO DA MESMA SEGUINDO AS

RECOMENDAÇÕES DA NR18 E NR35: CONSTRUÇÃO CIVIL

Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho da Universidade do Sul de Santa Catarina como requisito parcial à obtenção do título de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho.

Orientador: Prof. Ms. José Humberto Dias de Tolêdo.

Florianópolis 2018

(3)

NICOLLI DAYANE MÜLLER

LEVANTAMENTO DE UM EMBARGO DE OBRA, LOCALIZADA NA GRANDE FLORIANÓPOLIS, SC E A ADEQUAÇÃO DA MESMA SEGUINDO AS

RECOMEDAÇÕES DA NR18 E NR35: CONSTRUÇÃO CIVIL

Esta Monografia foi julgada adequada à obtenção do título de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho e aprovada em sua forma final pelo Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho da Universidade do Sul de Santa Catarina.

Florianópolis, (dia) de (mês) de 2018.

______________________________________________________ Professor e Orientador José Humberto Dias de Tolêdo, Ms.

(4)

Dedico este trabalho aos familiares, que contribuíram para a realização e conclusão de mais esta etapa da minha vida.

(5)

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, por toda a paciência e força de vontade a mim depositado. Aos meus pais, que sempre me incentivaram a correr atrás dos meus sonhos e a nunca desistir.

Ao meu marido, que esteve ao meu lado incentivando a concluir mais essa etapa da minha vida.

Aos meus colegas de classe, em especial a Mayara Martins, que desde a época da faculdade é minha amiga e parceira para obstáculos e aprendizados de estudos.

Ao meu orientador José Humberto Dias de Toledo, por ser um exemplo de mestre e pessoa, sempre prestativo e disposto a ajudar sem medir esforços para conclusão desta etapa.

(6)

“A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original.” (Albert Einstein).

(7)

RESUMO

O presente documento tem por objetivo estabelecer diretrizes para consumação de adequações e estudos para realização um trabalho em altura na construção civil, previstas e orientadas na NR35 e abordagem do tema de readequações e falhas encontradas em canteiro de obras seguindo como base de comparação a NR18. Ainda assim como medidas preventivas e de planejamento para abordagem dos itens a que devem ser implementados na construção civil, uma análise feita em um caso real e comum na construção civil na grande Florianópolis, um setor edificações de até 4 andares, que não possuía definições e recomendações para instalação do sistema preventivo, nem dimensionamentos de canteiro de obras. Além do curto espaço de tempo de execução das obras, com a elevada rotatividade da mão de obra e funcionários pouco qualificados/instruídos, com problemas técnicos e organizacionais, existem situações que demonstram grave e iminente risco para o trabalhador, o que pode acarretar em consequências de interdições ou embargos. Instruções de adequar ao embargo de uma obra é um assunto que os técnicos estão indo para o mercado de trabalho com baixa informação. A falta de ciência sobre esse item será exibida e proporcionada através de pontos que foram pelo ministério do trabalho, e comparando-os com as normas em vigor. Este trabalho trata sobre a análise de embargos e interdições e o desenvolvimento de recomendações para prevenir adequando os canteiros de obra, e a construção com as NR18 e NR35.

(8)

ABSTRACT OU RÉSUMÉ OU RESUMEN

The purpose of this document is to establish guidelines for completing adequations and studies to carry out a work in height in the civil construction, foreseen and oriented in NR35 and approach to the theme of readjustments and failures found in construction site following as a basis of comparison to NR 18. But also as preventive and planning measures to approach the items to be implemented in construction, an analysis done in a real and common case in the civil construction in the great Florianópolis, a sector buildings up to 4 floors, that did not have definitions and recommendations for installation of the preventive system, nor construction site design. In addition to the short time of execution of the works, with the high turnover of the workforce and low skilled / educated workers, with technical and organizational problems, there are situations that demonstrate a serious and imminent risk to the worker, which can lead to consequences of foreclosures or foreclosures. Instructions to adjust to the embargo of a work is not subject that technicians are going to the job market with low knowledge. The lack of information on this item will be displayed and provided through points that have been questioned by labor ministry officials, and comparing them with current standards. This paper deals with the analysis of embargoes and interdictions and the development of recommendations to prevent the construction sites, and construction with NR18 and NR35.

(9)

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Ciclo PDCA ... 21

Figura 2 – Diagrama de Ishikawa para identificação de causas de atraso... 22

Figura 3 - Proteção contra quedas em poço de elevador ... 31

Figura 4 – Betoneira não regularizada... 50

Figura 5 – Mesa de Serra não regularizada ... 50

Figura 6– Ajustes área destinada a serra circular ... 53

Figura 7– Placas de identificação ... 54

Figura 8– Betoneira regularizada ... 54

Figura 9: – Vão aberto – risco de queda ... 56

Figura 10– Falta de Guarda Corpo Escada ... 56

Figura 11 –Guarda Corpo ... 57

Figura 12 – Guarda Corpo e Sinalização ... 58

Figura 13– Guarda Corpo e Sinalização ... 58

Figura 14–Andaime Metálico ... 59

Figura 15– Andaime de Madeira ... 59

Figura 16–Andaime de Madeira dimensionamento ... 60

Figura 17–Andaime metálico ... 61

Figura 18–Tipo de fixação andaime ... 61

Figura 19– Trabalho em Telhado ... 62

Figura 20– Linha de Vida ... 63

Figura 21– Clipagem do cabo de Aço ... 64

Figura 22– Detalhes projeto Linha de vida ... 64

Figura 23– Refeitório do canteiro... 65

(10)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Recomendações de acordo com a NR18 ... 52 Tabela 2 – Alerta sobre riscos: ... 53

(11)

SIGLAS

NR - Norma Regulamentadora;

CAT - Comunicação de Acidente do Trabalho; EPC - Equipamento de Proteção Coletiva; EPI - Equipamento de Proteção Individual ART - Anotação de Responsabilidade Técnica

PCMAT - Programa de Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção; PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional;

PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; MTE - Ministério do Trabalho e Emprego;

NBR - Norma Brasileira;

AEPS – Anuário Estatístico da Previdência Social CA - Certificado de Aprovação

DRT - Delegacia Regional do Trabalho DTM - Delegacia do Trabalho Marítimo

SSMT - Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho APR - Análise de Preliminar Risco

AR - Análise de Risco PT - Permissão de Trabalho

(12)

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 14 1.1 TEMA E DELIMITAÇÃO ... 15 1.2 PROBLEMA DE PESQUISA ... 15 1.3 JUSTIFICATIVA ... 15 1.4 OBJETIVOS ... 16 1.4.1 Objetivo Geral ... 16 1.4.2 Objetivos Específicos... 16 1.5 METODOLOGIA ... 16 1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO ... 17 2 REFERENCIAL TEORICO ... 19 2.1 TIPOS DE RISCOS ... 19

2.1.1 Quanto ao uso do EPI cabe ao empregador: ... 20

2.1.2 Quanto as responsabilidades do trabalhador: ... 20

2.1.3 Quanto a competência do MTE: ... 20

2.2 EFEITOS DE UM MAL PLANEJAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL ... 20

2.3 NR18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA E CONSTRUÇÃO ... 23

2.3.1 Comunicação à Delegacia Regional do Trabalho ... 23

2.3.2 Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção ... 23

2.3.3 PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais ... 24

2.3.4 Canteiro de obras ... 27

2.3.5 Diferença de níveis conforme a NR18: ... 30

2.3.6 Andaimes e Plataformas de Trabalho ... 32

2.3.6.1 Andaimes ... 32

2.3.6.2 Plataformas de trabalho ... 33

2.3.7 Telhados e Coberturas ... 33

2.3.8 A execução e manutenção de instalações elétricas ... 34

2.3.9 Treinamento ... 35

2.4 NR 35 - TRABALHO EM ALTURA ... 36

2.4.1 Assegurar a organização e o arquivamento da documentação prevista nesta Norma. ... 37

(13)

2.4.2 Capacitação ... 37

2.4.3 Para que um trabalho em altura seja liberado e considerado “seguro”, deve haver: 38 2.4.4 Autorização de trabalho em altura ... 39

2.4.5 Análise de risco ... 39

2.4.6 Permissão de Trabalho. ... 40

2.4.7 Sistemas de Proteção contra quedas ... 41

2.5 EMBARGO E INTERDIÇÃO NR-3 ... 44

3 ESTUDO DE CASO ... 45

3.1 CAMPO DE PESQUISA ... 45

3.2 METODO DA PESQUISA ... 45

3.3 RESULTADOS E ANÁLISES ... 45

3.3.1 Comunicação prévia da obra – A empresa não havia comunicado o MTE sobre sua inicialização. ... 45

3.3.2 PPRA OU PCMAT da obra – A obra não possuía em obra uma cópia dos PPRA 46 3.3.2 PCMSO do período da obra (desde o momento do seu início); ... 46

3.3.3 Livro ou fichas de registro de empregados (em atividade na obra); ... 47

3.3.4 Comprovantes de fornecimento de EPIs;... 48

3.3.5 Livro de inspeção do trabalho; ... 48

3.3.6 Comprovante da qualificação/habilitação/treinamento dos trabalhadores: operador de máquinas e equipamentos; ... 49

3.3.7 Análise de Risco e Manual com os procedimentos operacionais para as atividades rotineiras e não rotineiras de trabalho em altura – NR35;... 54

3.3.8 Deixar de dotar os vãos de acesso às caixas dos elevadores de fechamento provisório de, no 1,20m de altura, constituído de material resistente e seguramente fixado a estrutura. Dispositivo infringido: item 18.13.3 da NR-18 ... 56

3.3.9 Projeto de dimensionamento dos andaimes e de seus pisos de trabalho, com ART; 59 3.3.10 Deixar de utilizar dispositivos dimensionados por profissional legalmente habilitado que movimentação segura dos trabalhadores em telhado ou cobertura; ... 62

3.3.11 Linha de vida ... 63

3.3.12 Canteiro ... 65

(14)

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 68

REFERÊNCIAS ... 70

ANEXOS ... 72

ANEXO A – COMUNICAÇÃO PRÉVIA ... 73

74 ANEXO B – FICHA CADASTRAL ... 75

ANEXO C – FICHA DE ENTREGA DO EPI ... 76

ANEXO D – LAUDO DE ATERRAMENTO ... 77

ANEXO E – PERMISSÃO DE TRABALHO EM ALTURA ... 78

ANEXO F – ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO ... 79

(15)

1 INTRODUÇÃO

A construção civil contribuiu de forma significativa para a economia brasileira, com uma participação no PIB de 5,0% no ano de 2017. Além de ter uma contribuição para a sociedade brasileira já que gera muitos empregos na área, pois o processo de industrialização ainda é muito artesanal no Brasil. Em função desse processo expõe os trabalhadores a alguns tipos de riscos como: físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes (CBIC, 2018). Para garantir a integridade física e a saúde dos trabalhadores foram criadas as Normas Regulamentadoras. Dentre as NRs existe a NR -18 (Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção) que regula serviços na construção civil orientando no planejamento e na organização de execução, prevendo medidas preventivas para segurança e saúde do trabalhador.

Na construção civil, é comum os trabalhos serem desempenhados em diferença de nível ou altura, possibilitando assim, a queda de materiais e a queda de pessoas. Com a publicação da NR 35, os trabalhos em altura possuem requisitos de prevenção de acidentes como a organização, planejamento, execução por meio de análise de risco, o estabelecimento de procedimentos seguros, a qualificação do trabalhador (REVISTA PROTEÇÃO, 2012).

Também tem a NR 28 (Fiscalização e Penalidades) cuja função é fiscalizar o implemento das disposições legais e/ou regularidades sobre segurança e saúde do trabalho, e definir as consequências do não cumprimento das NRs, as consequências são de responsabilidades trabalhistas, civil, tributária, criminal, administrativas (multas aplicadas pelo MET- Ministério do Trabalho, embargo e/ou interdição).

O Ministério do Trabalho atua fazendo vistorias, ações fiscais, notificações, embargos/interdições, e aponta o número de acidentes analisados para cada setor. (Sistema Federal de Inspeção do Trabalho, 2016). Sendo assim, por apresentar um ambiente de trabalho repleto de riscos e por liderar o ranking de acidentes, notificações em embargos/interdições, conforme dados de janeiro a novembro 2016, há a necessidade de adequar, controlar e minimizar os riscos desses acidentes.

O trabalho a seguir apresentará um caso na grande Florianópolis, SC de uma obra embargada, por falta do cumprimento de alguns itens da NR18 (Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção) e NR35 (Trabalho em Altura).

(16)

1.1 TEMA E DELIMITAÇÃO

Levantamento de um embargo de uma obra pelo Ministério do Trabalho – MTE localizada na grande Florianópolis, SC e a adequação da mesma as recomendações das NR18 e NR35.

1.2 PROBLEMA DE PESQUISA

Como desembargar uma obra, que foi paralisada por exposição ao risco e falta de dimensionamento do trabalho em altura, linha de vida, guarda corpo, escadas, rampas, etc., não atendendo assim as recomendações das NR 18 e NR 35?

1.3 JUSTIFICATIVA

A falta de projetos complementares que mensurem a linha de vida, guarda corpo, escadas, rampas, para uma obra vertical, e em paralelo a cobrança de prazos e cronograma faz com que muitos engenheiros adotem e assumam riscos com maneiras “provisórias” sem qualquer tipo de dimensionamento, assim, expondo seus funcionários e sua integridade física a eventuais riscos em trabalhos de altura. Em função disso uma obra pode ser embargada por não cumprir as recomendações das NRs.

Por trabalhar em uma empresa que passou por situação recente em ter a obra embargada, e por não encontrar facilmente informações sobre o desembargo/interdição de uma obra, escolhi trabalhar com esse tema para aprofundar meus conhecimentos estudando mais sobre as normas consideradas “chaves” na área da construção civil, adquirir bagagem teórica para na prática não cometer erros nas obras, consequentemente reduzindo as possibilidades de riscos de acidentes.

Ter um “manual”, ou um estudo aprofundado na área de como elaborar um canteiro de obras, e trabalho em altura, me ajudará a administrar a obra tentando eliminar o máximo possível o risco, além de me conceder bagagem profissional e pessoal que poderei aplicar ao longo da minha carreira.

A dificuldade de adequar uma obra após um embargo, fez com que a motivação em aprofundar os conhecimentos na NR18 e NR35 fossem motivos deste estudo.

(17)

1.4 OBJETIVOS

1.4.1 Objetivo Geral

Verificar os itens que não estão em acordo com as recomendações das NR 18 e 35 para levantar o embargo de uma obra na localizada na Grande Florianópolis, SC.

1.4.2 Objetivos Específicos

 Descrever as recomendações das NR 18 e 35;

 Elencar os itens que não estão em acordo com as recomendações das NR 18 e 35 no canteiro de obra em estudo;

 Investigar embargo e interdição em conformidade com a NR3, quem aplica, e quais as consequências.

1.5 METODOLOGIA

Este trabalho será elaborado através de uma experiência de embargo por motivo de inadequações a NR18 e NR35, classificada como uma abordagem qualitativa.

De acordo com Goldenberg (1997), a pesquisa qualitativa não possui a função de representatividade numérica, mas sim com o aprofundamento da compreensão de um grupo social, de uma organização, busca explicar, mas não quantificar em valores, nem submeter à prova de fatos. (GOLDENBERG, 1997, p. 34).

Na Visão de Minayo (2001), pesquisa qualitativa refere-se a significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, abrangido processos, relações e fenômenos que não podem ser reduzidos a operacionalização de variáveis numéricas (MINAYO, 2001).

Afirmando a visão de Minayo, Rauen (2015, p.531) afirma: “Numa pesquisa de caráter qualitativo, há de se considerar que há um vínculo dinâmico entre sujeitos e realidade que não se traduz em números ou estatísticas, mas a partir da interpretação e a atribuição processual e indutivamente descritiva de significados”

A NR18 refere-se as Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção, onde designa dados de ordem administrativa, de planejamento e de organização de forma a implementar medidas de controle e prevenção de segurança nas condições do ambiente de trabalho da construção civil. A indústria da construção civil é caracterizada por estabelecer

(18)

atividades relacionadas a serviços de demolições, reparo, pintura, limpeza e manutenção de edifícios, inclusive serviços de urbanização e paisagismo.

A NR35 designa condição mínima e modelos de proteção para o trabalho em altura, seguindo o ciclo de planejamento, desenvolvimento, conferencia e atuação, visando assegurar a segurança e saúde dos trabalhadores envolvidos de forma direta e indireta com esta atividade. Considera-se trabalho em altura, atividades acima de 2 metros de altura.

O assunto de embargo ou interdição, primeiramente deve ser desvendado, temos que compreender a diferença entre embargo e interdição. De acordo com a NR 3 – Embargo ou Interdição são medidas adotadas a partir de uma apuração de situação de trabalho que ofereça risco grave e iminente ao trabalhador. A interdição significa a paralisação total ou parcial do estabelecimento, máquina ou setor de serviço. O embargo seria a paralisação total ou parcial da obra (qualquer serviço de engenharia, reforma ou construção), (Ministério do Trabalho, 2011).

A NR3 (Ministério do Trabalho, 2011), orienta que quando uma obra é considerada embargada ou interditada, somente poderá ser desenvolvida atividades que sejam para correção da situação de grave e iminente risco, se for adotado medidas adequadas para os trabalhadores envolvidos. Lembrando que durante o período de embargo, ou interdição, os empregados devem receber os salários normalmente.

A pesquisa será realizada em cima de um embargo na grande Florianópolis /SC, do qual precisou de mais de trinta dias para regularizar-se as NRs 18 e NRs 35. Uma construtora com características bem comuns na grande Florianópolis, que possuía em canteiro de obra até 19 funcionários, sendo que um funcionário pousada durante a semana em obra.

1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO

Este trabalho está composto em quatro capítulos assim distribuídos:

No primeiro capítulo consta: tema e delimitação, problema de pesquisa, a metodológica que será utilizada, justificativa do tema escolhido, objetivos geral e específicos. O segundo capítulo apresenta o referencial teórico utilizado para preparação desta monografia, promovendo informações sobre o tema de embargo e interdição, e alguns itens que levaram uma obra na grande Florianópolis a ter a obra embargada.

No terceiro capitulo serão apresentadas as análises comparativas com as normas regulamentadoras em vigor, NR18 E NR35, apontado correções e maneiras de conformação com as mesmas.

(19)

O quarto e último capítulo apresenta as considerações finais sobre o tema da pesquisa, uma breve recopilação dos objetivos propostos, apontando a importância da continuação de futuras pesquisas para este tema.

(20)

2 REFERENCIAL TEORICO

A construção civil é um dos campos de trabalho mais antigos do mundo e vem sofrendo transformações. Porém, a fonte de trabalho principal ainda continua sendo muito manual, muitas vezes desqualificada, com alta rotatividade e correlacionada a pressão do empregador.

Os dados do Anuário Estatístico da Previdência Social apontaram, em 2015, um total de 612,6 mil acidentes, dentre os quais 2.500 foram ocorrências de morte, e o setor da construção civil é um dos maiores responsáveis pelo número de acidentes de trabalho no país, além de o Brasil ser um dos países que mais mata trabalhadores por acidentes relacionados ao trabalho (KONIG, 2015; NITAHARA, 2016).

A falta de mão de obra qualificada, por questão cultural, social e, trabalhadores com baixos níveis de estudo (em muitos casos zero), implica na dificuldade em aplicar medidas preventivas. Sem isentar a parcela de responsabilidade do empregador, que através de uma má gestão, desqualificação na escolha de seus funcionários, falta de interesse em investimento na qualificação dos mesmos, e por querer barganhar através de economias quase insignificativas em questões financeiras, acabam também expondo os trabalhadores ao risco físicos, riscos químicos, riscos ergonômicos e riscos de acidentes.

2.1 TIPOS DE RISCOS

A NR9 – Programa de prevenção de riscos ambientais, orienta na elaboração e implementação, visando à prevenção da saúde e integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes.

Podemos classificar os riscos como sendo: risco físicos, riscos químicos, biológicos, ergonômicos, riscos de acidente, desorganização, falta de atenção, falta de proteção no uso das máquinas, queda de materiais, queda de altura, falta de sinalização e manuseio de ferramentas. Risco é caracterizado como medidas de decisões adotadas, que poderiam ser analisadas a sua probabilidade de grau de impacto e consequência que pode ser gerado através de um ato. Medeiros e Rodrigues (2009).

(21)

2.1.1 Quanto ao uso do EPI cabe ao empregador:

a) Adquirir o adequado ao risco de cada atividade; b) Exigir seu uso;

c) Fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;

d) Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação; e) Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;

f) Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; g) Comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.

h) Registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico.

2.1.2 Quanto as responsabilidades do trabalhador:

a) Usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina; b) Responsabilizar-se pela guarda e conservação;

c) Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; d) Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado;

2.1.3 Quanto a competência do MTE:

a) Fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e a qualidade do EPI; b) Recolher amostras de EPI;

c) Aplicar, na sua esfera de competência, as penalidades cabíveis pelo descumprimento desta NR

2.2 EFEITOS DE UM MAL PLANEJAMENTO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

O mercado de trabalho no ramo da construção civil, ainda encontra dificuldade em criar um plano de ação. Quando uma empresa não faz o gerenciamento de um processo, não reconhece e identifica todas as fases que compõe seu sistema, acaba sofrendo interferência no controle (seja ele: mão de obra, máquina, método, meio ambiente, medidas e materiais), e assim, acaba refletindo no resultado final.

(22)

Baseado em outros autores, Aguiar (2006) descreveu os ciclos do PDCA em suas quatro etapas fundamentais:

a) Plan (planejamento): é definida a meta de interesse e estabelecidos os meios (planos de ação) necessários para atingir a meta proposta.

b) Do (execução/desenvolver): Para a execução/desenvolvimento, as pessoas são treinadas nesses planos. A seguir, os planos são implementados e são coletados dados que possam fornecer informações sobre a obtenção da meta.

c) Check (verificação/conferir): Com o uso de dados coletados na execução, é feita uma avaliação dos resultados obtidos em relação ao alcance da meta.

d) Act (ação/atuar): Nesta etapa, a ação a ser realizada depende dos resultados obtidos, avaliados na verificação. Se a meta foi alcançada, são estabelecidos meios para manter os bons resultados. Caso, não seja alcançada, inicia- se um novo PDCA que atinja o resultado esperado. Fonte (SEBRAE, 2018).

Figura 1 – Ciclo PDCA

Fonte: Autor (2018).

Conforme referência de MAJID, (2006), o projeto de construção para ser bem-sucedido, é aquele projeto que alcança a conclusão dentro do tempo estimado, dentro dos recursos financeiros previstos, com concordância as especificações e satisfação de todas as partes envolvidas. Infelizmente o cenário na construção civil o atraso de obras é comum, causando perdas consideráveis para todos, inclusive em partes de projetos.

(23)

A dificuldade com gastos acima do orçamento que são ocasionadas por: falhas nas entregas, falhas em maquinas/tecnologia, conflitos com clientes, fornecedores, falta de mão de obra especializada, entre outros, geralmente só são identificadas (quando são), nas fases de execução, havendo aí uma falha de gestão.

A construção civil exigi profissionais com conhecimentos, que não foi acompanhado pela qualificação da mão-de-obra, e que cada vez mais precisa responder às exigências de qualidade, produtividade, redução de perdas e desperdícios, controle e sustentabilidade.

Cada processo ou cada etapa da obra é responsável pelo desenvolvimento da etapa seguinte. Se a etapa anterior sofreu atrasado, riscos e danos, a consequência do mal planejamento segue para etapa sucessora. Podemos citar por exemplo um canteiro mal dimensionado, que foi executado longe da obra, faz com que seus funcionários percam mais tempo de deslocamento com materiais, indo ao banheiro, sem contar que o mal dimensionamento pode ocasionar em irregularidades ocasionadoras de riscos e gastos.

Ainda é comum investir pouco tempo no dimensionamento de um bom projeto, a visão do proprietário é que precisa ver algo palpável para ser considerado produtivo. O que muitos não percebem é que de forma mais processual, a construção de uma obra depende algumas etapas que necessitam ser melhores analisadas. Uma análise de causa e efeito de um problema que ainda não ocorreu. Podemos descrever como Günduz, Nielsen e Özdemir (2013), identificou essa questão, o diagrama conhecido como Ishikawa ou “espinha de peixe”, como pode ser ilustrado na Figura 1, a seguir:

Figura 2 – Diagrama de Ishikawa para identificação de causas de atraso

Fonte: Gunduz et al. (2013).

As consequências desse mal dimensionamento são diversas, desde descumprimentos de cronogramas, retrabalho, perda de oportunidade e de clientes, insatisfação de clientes, multas, custos, riscos, e até o fechamento e encerramento do negócio.

(24)

2.3 NR18 - CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA E CONSTRUÇÃO

Esta norma estabelece indicadores de ordem administrativa, de planejamento e de organização, com o intuito de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção, dentre elas atividades e serviços de demolição, reparo, pintura, limpeza e manutenção de edifícios em geral, de qualquer número de pavimentos ou tipo de construção, inclusive manutenção de obras de urbanização e paisagismo.

2.3.1 Comunicação à Delegacia Regional do Trabalho

Antes de iniciar qualquer obra é obrigatório a comunicação à delegacia Regional do Trabalho, a empresa que teve sua obra embargada não tinha feito essa comunicação. Neste caso o correto é elaborar um ofício com duas cópias para fazer esta comunicação, conforme anexo 1. A comunicação conforme NR18 prevê devem constar:

a) endereço correto da obra;

b) endereço correto e qualificação (CEI, CGC ou CPF) do contratante, empregador ou condomínio;

c) tipo de obra;

d) datas previstas do início e conclusão da obra; e) número máximo previsto de trabalhadores na obra.

É proibido a entrada ou a permanência de trabalhadores no canteiro de obras, sem que estejam assegurados pelas medidas previstas na NR18 e compatíveis com a fase da obra.

2.3.2 Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção

O Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção – PCMAT, se torna obrigatório quando o estabelecimento possui igual ou mais de 20 (vinte) trabalhadores. Quando um estabelecimento possui menos de 20 funcionários, deve ser implementado o PPRA.

De acordo com a NR 18, o PCMAT deve ser elaborado e executado por profissional legalmente habilitado na área de segurança do trabalho. A sua implementação é de responsabilidade do empregador ou condomínio. O PCMAT é composto por:

(25)

a) memorial sobre condições e meio ambiente de trabalho nas atividades e operações, levando-se em consideração riscos de acidentes e de doenças do trabalho e suas respectivas medidas preventivas;

b) projeto de execução das proteções coletivas em conformidade com as etapas de execução da obra;

c) especificação técnica das proteções coletivas e individuais a serem utilizadas; d) Cronograma de implantação das medidas preventivas definidas no PCMAT em conformidade com as etapas de execução da obra.

e) Layout inicial e atualizado do canteiro de obras e/ou frente de trabalho, contemplando, inclusive, previsão de dimensionamento das áreas de vivência.

e) layout inicial do canteiro de obras, contemplando, inclusive, previsão de dimensionamento das áreas de vivência;

f) programa educativo contemplando a temática de prevenção de acidentes e doenças do trabalho, com sua carga horária.

São obrigatórios a elaboração e o cumprimento do PCMAT nos estabelecimentos com 20 (vinte) trabalhadores ou mais, deve ainda contemplar as exigências contidas na NR 9 - Programa de Prevenção e Riscos Ambientais.

O PCMAT deve ser mantido no estabelecimento à disposição do órgão regional do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE e ao MTb Ministério do Trabalho - MTb.

PCMAT orienta sobre uma série de medidas de segurança a serem adotas durante o desenvolvimento de toda obra, antecipando os riscos e definindo estratégicas para evitar acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais. Se caso for necessário deve ser ajustado estabelecendo novas metas e prioridades de segurança.

2.3.3 PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

O programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais ou que venham a existir. Devem ser desenvolvidos para cada estabelecimento da empresa, pelo empregador, formado por:

 Planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma;

 Estratégia e metodologia de ação;

(26)

 Periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA;

A validade do PPRA, deve ser elaborada, sempre que necessária a mudanças e ajustes, com novas metas, ou pelo menos uma vez ao ano. A disponibilidade das alterações e complementações devem ser disponíveis de modo a proporcionar com facilidade o acesso a autoridades competentes.

A antecipação e reconhecimentos dos riscos, estabelecimentos de prioridades e metas de avaliação e controle, avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores, implantação de medidas de controle e a avaliação de sua eficácia, monitoramento da exposição aos riscos e registros e divulgação de dados, podem ser implementadas e elaboradas por pessoa ou equipe de pessoas que o empregador vier a escolher, desde que seja capaz de desenvolver.

Para elaboração do PPRA, terá que ser identificar: os tipos de riscos, a localização das fontes geradoras e sua localização, a identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos, as consequências em danos à saúde que esses riscos podem trazer, dimensionar o tipo e a dimensão da exposição aos trabalhadores e subsidiar o equacionamento das medidas de controle. Os dados deverão ser mantidos por um período mínimo de 20 (vinte) anos, e disponíveis aos trabalhadores ou a interessados.

Para medidas de controle, deve ser adotado primeiramente ações que eliminam ou reduzam a utilização, disseminação e concentração dos agentes no ambiente de trabalho de forma coletiva, e quando comprovado pelo empregador ou instituição a inviabilidade técnica da adoção de medidas de proteção coletiva, ou insuficientes no planejamento ou implementação podem ser tomadas outras medidas como medidas de caráter administrativo e/ou de organização do trabalho, utilização de equipamento de proteção individual – EPI.

A primeira medida, a de proteção coletiva se resume em equipamentos, materiais e ferramentas, conclui em proteger não só o colaborador, mas também todo o tipo de pessoa que possa vir ao local de trabalho. Existe meios de proteção como:

 Ordem e limpeza,  Guarda corpos,  Escadas,  Rampas,  Telas de proteção,  Sinalização,  Isolamentos,

(27)

 Dispositivos sonoros e de bloqueio.

Quando não for possível garantir a segurança dos trabalhadores adotando o meio de proteção coletiva, deve-se adorar medidas protetoras através do EPI – Equipamento de proteção individual. Conforme a NR6 - Equipamentos de Proteção Individual – EPI, existem diversos itens que visam segurar a vida e saúde do trabalhador na construção civil, entre eles temos itens como:

a) Óculos: proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes, luminosidade intensa, radiação ultravioleta, radiação infra-vermelha e contra respingos de produtos químicos

b) Protetor Facial: proteção da face contra impactos de partículas volantes, respingos de produtos químicos, radiação infravermelha e luminosidade intensa.

c) Máscaras: proteção dos olhos e face contra impactos de partículas volantes, radiação ultravioleta, radiação infravermelha e luminosidade intensa.

d) Protetora auricular: Protetor auditivo tipo concha, de inserção e semi auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR - 15, Anexos I e II.

e) Vestimentas de segurança: ofereçam proteção ao tronco contra riscos de origem térmica, mecânica, química, radioativa e meteorológica e umidade proveniente de operações com uso de água.

f) Luva: para proteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes, agentes cortantes e perfurantes, choques elétricos, agentes térmicos, agentes biológicos, agentes químicos, vibrações, radiações ionizantes.

g) Creme protetor: creme protetor de segurança para proteção dos membros superiores contra agentes químicos.

h) Calçado (conhecido como sapatão): para proteção contra impactos de quedas de objetos sobre os artelhos, choques elétricos, agentes térmicos, agentes cortantes e escoriantes, umidade proveniente de operações com uso de água, respingos de produtos químicos.

i) Avental: para proteção do tórax, ante -respingo.

j) Dispositivo trava quedas - dispositivo trava-queda de segurança para proteção do usuário contra quedas em operações com movimentação vertical ou horizontal, quando utilizado com cinturão de segurança para proteção contra quedas.

(28)

k) Cinturão: para proteção do usuário contra riscos de queda em trabalhos em altura, contra riscos de queda no posicionamento em trabalhos em altura. l) Capacete: Proteção do usuário contra impactos de objetos cuja função é proteger

a cabeça contra impacto e perfurações.

m) Capuz: para proteção do crânio e pescoço contra riscos de origem térmica; Ainda segundo a NR 6, todo equipamento de proteção individual, só poderá ser utilizado se conter a indicação do Certificado de Aprovação – CA. O equipamento de proteção individual, deverá ser fornecido pela empresa, gratuitamente, compatível com o risco que está sendo exposto.

2.3.4 Canteiro de obras

O canteiro de obras deve apresentar-se organizado, limpo e desimpedido, notadamente nas vias de circulação, passagens e escadarias. O entulho e quaisquer sobras de materiais devem ser regulamente coletados e removidos. Por ocasião de sua remoção, devem ser tomados cuidados especiais, de forma a evitar poeira excessiva e eventuais riscos. Quando houver diferença de nível, a remoção de entulhos ou sobras de materiais deve ser realizada por meio de equipamentos mecânicos ou calhas fechadas. É proibida a queima de lixo ou qualquer outro material no interior do canteiro de obras. É proibido manter lixo ou entulho acumulado ou exposto em locais inadequados do canteiro de obras.

A área de vivencia nos canteiros de obras devem ser mantidas em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza, e conforme instrução da norma carecem de:

a) Instalações sanitárias: a área necessária para as instalações sanitárias deve ser dimensionada através do número máximo de trabalhadores na obra. Estar localizada em locais de fácil e seguro acesso e no máximo a 150 m de distância do posto de trabalho, possuir portas de acesso. Um conjunto composto de lavatório, vaso sanitário (com no mínimo 1m²) e mictório (uso individual ou coletivo), para cada grupo de 20 trabalhadores ou fração; um chuveiro com no mín. 0,8m², para cada grupo de 10 trabalhadores ou fração;

b) Alojamentos : para possuir condições cabíveis ao momento de descanso, a NR18 entende como fundamental possuir Devem ter pé-direito de: 2,50m para

cama simples; 3,00m para beliches;

(29)

módulo cama/armário, incluindo a circulação; No máximo duas camas na vertical (beliche); A cama superior do beliche deve ter proteção lateral e escada As dimensões mínimas das camas devem ser de 0,80m por 1, e distância entre o ripamento do estrado de 0,05m, dispondo ainda de colchão com densidade 26 e espessura mínima de 0,10m. Lençol, fronha e travesseiro por cama, em condições adequadas de higiene, e cobertor, quando as condições climáticas o exigirem; deve ter armários individuais, sendo também obrigatório o fornecimento de água potável, filtrada e fresca no Alojamento (proporção 1 bebedouro para cada grupo de 25 pessoas).

c) Refeitório: Deve garantir o acolhimento e assento em número suficiente de todos os trabalhadores no horário de refeições (a proporção: 1,00 m² por trabalhador), possuir paredes, cobertura, ventilação e iluminação adequadas. Garantir o atendimento de todos os trabalhadores no horário das refeições; possuir paredes, cobertura ventilação e iluminação. Independentemente do número de trabalhadores e da existência ou não da cozinha, deve haver local exclusivo para o aquecimento das refeições, não pode estar situado em subsolos ou porões, nem ter comunicação direta com as instalações sanitárias; Pé-direito mínimo: 2,80m (conforme o código de obras do município da obra).

d) Cozinha: A cozinha deve possuir paredes, cobertura ventilação e iluminação, Pia para lavar os alimentos e utensílios; instalações sanitárias de uso exclusivo dos encarregados de manipular gêneros alimentícios, refeições e utensílios (que não se comuniquem diretamente com a cozinha); dispor de recipiente, com tampa, para coleta de lixo dispor de equipamentos de refrigeração, para preservação dos alimentos. Quando utilizado GLP, os botijões devem ser instalados fora do ambiente de utilização, em área permanentemente ventilada e coberta.

e) Lavanderia: Local próprio, coberto, ventilado e iluminado, para que o trabalhador alojado possa lavar, secar e passar suas roupas de uso pessoal, se tornando obrigatório caso tenha funcionário alojado na obra, outra alternativa é que a empresa poderá contratar serviços de terceiros para atender a necessidade, sem ônus para o trabalhador

f) Área de lazer: Devem ser previstos locais para recreação dos trabalhadores alojados, podendo ser usado o local de refeições para este fim.

(30)

g) Ambulatório: Frentes de trabalho com 50 ou mais trabalhadores devem ter um ambulatório; deve haver o material necessário à prestação de Primeiros Socorros, conforme as características da atividade desenvolvida; este material deve ser mantido guardado e aos cuidados de pessoa treinada para esse fim. É comum em um canteiro de obras encontramos diversos setores como: carpintaria, armações de aço, armazenagem e estocagem de materiais. Cada etapa construtiva precisa ser tomada a devida orientação normativa, a fim de que evite lesões ou consequências não esperadas.

h) A carpintaria deve: ser dotada de mesa estável, com fechamento de suas faces inferiores, anterior e posterior, construída em madeira resistente e de primeira qualidade, material metálico ou similar de resistência equivalente, sem irregularidades, com dimensionamento suficiente para a execução das tarefas, ter a carcaça do motor aterrada eletricamente; o disco deve ser mantido afiado e travado, devendo ser substituído quando apresentar trincas, dentes quebrados ou empenamentos; as transmissões de força mecânica devem estar protegidas obrigatoriamente por anteparos fixos e resistentes, não podendo ser removidos, em hipótese alguma, durante a execução dos trabalhos; ser provida de coifa protetora do disco e cutelo divisor, com identificação do fabricante e ainda coletor de serragem. Nas operações de corte de madeira, devem ser utilizados dispositivo empurrador e guia de alinhamento. As lâmpadas de iluminação da carpintaria devem estar protegidas contra impactos provenientes da projeção de partículas, deve ter piso resistente, nivelado e antiderrapante, com cobertura capaz de proteger os trabalhadores contra quedas de materiais e intempéries. i) O espaço destinado para amarração e dobragem de aço, devem ser feitos sobre

bancadas, devidamente apoiadas e niveladas. Estar em área afastada a circulação dos demais trabalhadores, com cobertura, devidamente iluminado. Quando manuseado a amarração de vigas ou pilares, os mesmos devem ser apoiados e escoradas a fim de evitar a queda. É proibida a existência de pontas verticais de vergalhões de aço desprotegidas e durante a descarga de vergalhões de aço, a área deve ser isolada.

j) A área destinada para armazenamento e estocagem de materiais deve se atentar a diversos fatores que impacto no coletivo andamento da obra. Não deve prejudicar o trânsito de pessoas e de trabalhadores, a circulação de materiais, o acesso aos equipamentos de combate a incêndio, não obstruir portas ou saídas

(31)

de emergência e não provocar empuxos ou sobrecargas nas paredes, lajes ou estruturas de sustentação, além do previsto em seu dimensionamento.

O seu armazenamento através de pilhas de materiais, a granel ou embalados, devem ter forma e altura que garantam a sua estabilidade e facilitem o seu manuseio. Quando necessário criar uma divisória para evitar que os agregados se misturem, sem contato com o solo, pode ser utilizado lona por exemplo. Os tubos, vergalhões, perfis, barras, pranchas e outros materiais de grande comprimento ou dimensão devem ser arrumados em camadas, com espaçadores e peças de retenção, separados de acordo com o tipo de material e a bitola das peças. O armazenamento deve ser feito de modo a permitir que os materiais sejam retirados obedecendo à sequência de utilização planejada, de forma a não prejudicar a estabilidade das pilhas. Os materiais não podem ser empilhados diretamente sobre piso instável, úmido ou desnivelado. A cal virgem deve ser armazenada em local seco e arejado. As madeiras retiradas de andaimes, tapumes, fôrmas e escoramentos devem ser empilhadas, depois de retirados ou rebatidos os pregos, arames e fitas de amarração.

2.3.5 Diferença de níveis conforme a NR18:

É obrigatória a instalação de rampa ou escada provisória de uso coletivo para transposição de níveis como meio de circulação de trabalhadores, que devem ser construídas e mantidas em perfeitas condições de uso e segurança. As escadas de uso coletivo, rampas e passarelas para a circulação de pessoas e materiais devem ser de construção sólida e dotadas de corrimão e rodapé. A madeira a ser usada para construção de escadas, rampas e passarelas deve ser de boa qualidade, sem apresentar nós e rachaduras que comprometam sua resistência, estar seca, sendo proibido o uso de pintura que encubra imperfeições.

a) As escadas provisórias de uso coletivo devem ser dimensionadas em função do fluxo de trabalhadores, respeitando-se a largura mínima de oitenta centímetros, devendo ter pelo menos a cada dois metros e noventa centímetros de altura um patamar intermediário. Os patamares intermediários devem ter largura e comprimento, no mínimo, iguais à largura da escada. Ao contrário do que é muito visto, a escada de mão deve ter seu uso restrito para acessos provisórios e serviços de pequeno porte, escada de até sete metros, degraus de vinte e cinco a trinta centímetros, com espaçamento uniforme. É proibida a colocação de escada de mão em proximidades de postar ou áreas de circulação, onde houver

(32)

queda de objetos ou materiais, ou em proximidades de abertura e vãos. As escadas de mão somente podem ser usadas quando apoiadas no solo.

b) As rampas provisórias devem ser fixadas no piso inferior e superior, não ultrapassando trinta graus de inclinação em relação ao piso. Nas rampas provisórias, com inclinação superior a 18º dezoito graus, devem ser fixadas peças transversais, espaçadas em quarenta centímetros, no máximo, para apoio dos pés. Não devem existir ressaltos entre o piso da passarela e o piso do terreno. Os apoios das extremidades das passarelas devem ser dimensionados em função do comprimento total das mesmas e das cargas a que estarão submetidas. É obrigatória a instalação de proteção coletiva onde houver risco de queda de trabalhadores ou de projeção e materiais. As aberturas no piso devem ter fechamento provisório resistente.

É obrigatória, na periferia da edificação, a instalação de proteção contra queda de trabalhadores e projeção de materiais a partir do início dos serviços necessários à concretagem da primeira laje. A proteção contra quedas em poço de elevadores, deve ser constituída de anteparos rígidos, em sistema de guarda-corpo e rodapé, deve atender aos seguintes requisitos. Figura 3 - Proteção contra quedas em poço de elevador

(33)

Construída com altura de um metro e vinte para o travessão superior e setenta centímetros para o travessão intermediário, ter rodapé com altura de vinte centímetros, ter vãos entre travessas preenchidos com tela ou outro dispositivo que garanta o fechamento seguro da abertura.

2.3.6 Andaimes e Plataformas de Trabalho

2.3.6.1 Andaimes

Os andaimes utilizados na montagem de estruturas metálicas devem ser suportados por meio de vergalhões de ferro, fixados à estrutura, com diâmetro mínimo de 18cm; em locais de estrutura, onde, por razões técnicas, não se puder empregar os andaimes citados na alínea anterior, devem ser usadas plataformas com tirantes de aço ou vergalhões de ferro, com diâmetro mínimo de doze milímetros, devidamente fixados a suportes resistentes; os andaimes referidos na alínea "a" devem ter largura mínima de noventa centímetros e proteção contra quedas. O dimensionamento dos andaimes, sua estrutura de sustentação e fixação, deve ser realizado por profissional legalmente habilitado, acompanhados pela respectiva anotação de responsabilidade técnica. Existe alguns tipos de andaimes: tipo fachadeiro, suspensos e em balanço.

Os andaimes devem ser dimensionados e construídos de modo a suportar, com segurança, as cargas de trabalho a que estarão sujeitos. Deve-se observar que: todos os trabalhadores sejam qualificados e recebam treinamento específico para o tipo de andaime em operação, utilize os equipamentos de segurança como o uso de cinto de segurança tipo paraquedista e com duplo talabarte que possua ganchos de abertura mínima de cinquenta milímetros e dupla trava. As ferramentas utilizadas devem ser exclusivamente manuais e com amarração que impeça sua queda acidental, e os trabalhadores devem portar crachá de identificação e qualificação, do qual conste a data de seu último exame médico ocupacional e treinamento.

Os montantes dos andaimes metálicos devem possuir travamento contra o desencaixe acidental. O piso de trabalho dos andaimes deve ter forração completa, ser antiderrapante, nivelado e fixado ou travado de modo seguro e resistente. O piso de trabalho dos andaimes pode ser totalmente metálico ou misto, com estrutura metálica e forração do piso em material sintético ou em madeira, ou totalmente de madeira.

(34)

De acordo com a NR 18, A cadeira suspensa (balancim individual), pode ser utilizada em situações que não seja possível a instalação de andaimes. A sustentação da cadeira suspensa deve ser feita por meio de cabo de aço ou cabo de fibra sintética. Deve dispor: sistema dotado com dispositivo de subida e descida com dupla trava de segurança, quando a sustentação for através de cabo de aço; sistema dotado com dispositivo de descida com dupla trava de segurança, quando a sustentação for por meio de cabo de fibra sintética, requisitos mínimos de conforto previstos na NR 17 - Ergonomia; sistema de fixação do trabalhador por meio de cinto.

A razão social do fabricante e o número de registro respectivo no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ. Em nenhuma hipótese deve-se adotar a improvisação de cadeira suspensa. O sistema de fixação da cadeira suspensa deve ser independente do cabo-guia do trava-quedas. Nas edificações com, no mínimo, quatro pavimentos ou altura de 12m (doze metros) a partir do nível do térreo devem ser instalados dispositivos destinados à ancoragem de equipamentos de sustentação de andaimes e de cabos de segurança para o uso de proteção individual a serem utilizados nos serviços de limpeza, manutenção e restauração de fachadas.

2.3.6.2 Plataformas de trabalho

Os cabos de aço de tração não podem ter emendas nem pernas quebradas que possam vir a comprometer sua segurança. Os cabos de aço devem ter carga de ruptura equivalente a no mínimo, cinco vezes a carga máxima de trabalho a que estiverem sujeitos e resistência à tração de seus fios de, no mínimo, 160 kgf/mm2 (cento e sessenta quilogramas-força por milímetro quadrado). Todo o sistema de fixação deve ser fixados por meio de dispositivos que impeçam seu deslizamento e desgaste. Os cabos de aço e de fibra sintética devem ser substituídos quando apresentarem condições que comprometam a sua integridade em face da utilização a que estiverem submetidos. Os cabos de fibra sintética utilizados para sustentação de cadeira suspensa ou como cabo-guia para fixação do trava-quedas do cinto de segurança tipo pára-quedista, deverá ser dotado de alerta visual amarelo.

2.3.7 Telhados e Coberturas

Para trabalho em telhados e coberturas devem ser utilizados dispositivos dimensionados por profissional legalmente habilitado e que permitam a movimentação segura dos trabalhadores. É obrigatória a instalação de cabo guia ou cabo de segurança para fixação de mecanismo de ligação por talabarte acoplado ao cinto de segurança tipo pára-quedista. O cabo

(35)

de segurança deve ter sua(s) extremidade(s) fixada(s) à estrutura definitiva da edificação, por meio de espera(s) de ancoragem, suporte ou grampo(s) de fixação de aço inoxidável ou outro material de resistência, qualidade e durabilidade equivalentes. Nos locais sob as áreas onde se desenvolvam trabalhos em telhados e ou coberturas, é obrigatória a existência de sinalização de advertência e de isolamento da área capazes de evitar a ocorrência de acidentes por eventual queda de materiais, ferramentas e ou equipamentos.

É proibida a realização de trabalho ou atividades em telhados ou coberturas em caso de ocorrência de chuvas, ventos fortes ou superfícies escorregadias. Os serviços de execução, manutenção, ampliação e reforma em telhados ou coberturas devem ser precedidos de inspeção e de elaboração de Ordens de Serviço ou Permissões para Trabalho (Anexo E), contendo os procedimentos a serem adotados. É proibida a concentração de cargas em um mesmo ponto sobre telhado ou cobertura

2.3.8 A execução e manutenção de instalações elétricas

A execução e manutenção das instalações elétricas devem ser realizadas por trabalhador qualificado, e a supervisão por profissional legalmente habilitado. Somente podem ser realizados serviços nas instalações quando o circuito elétrico não estiver energizado. Quando não for possível desligar o circuito elétrico, o serviço somente poderá ser executado após terem sido adotadas as medidas de proteção complementares, sendo obrigatório o uso de ferramentas apropriadas e equipamentos de proteção individual. É proibida a existência de partes vivas expostas de circuitos e equipamentos elétricos. As emendas e derivações dos condutores devem ser executadas de modo que assegurem a resistência mecânica e contato elétrico adequado. Os circuitos elétricos devem ser protegidos contra impactos mecânicos, umidade e agentes corrosivos. Sempre que a fiação de um circuito provisório se tornar inoperante ou dispensável, deve ser retirada pelo eletricista responsável.

As instalações elétricas provisórias de um canteiro de obras devem ser constituídas de: chave geral do tipo blindada de acordo com a aprovação da concessionária local, localizada no quadro principal de distribuição, chave individual para cada circuito de derivação, chave-faca blindada em quadro de tomadas; chaves magnéticas e disjuntores, para os equipamentos. Os fusíveis das chaves blindadas devem ter capacidade compatível com o circuito a proteger, não sendo permitida sua substituição por dispositivos improvisados ou por outros fusíveis de capacidade superior, sem a correspondente troca da fiação. Em todos os ramais destinados à ligação de equipamentos elétricos, devem ser instalados disjuntores ou chaves magnéticas,

(36)

independentes, que possam ser acionados com facilidade e segurança. As estruturas e carcaças dos equipamentos elétricos devem ser eletricamente aterradas. Os quadros gerais de distribuição devem ser mantidos trancados, sendo seus circuitos identificados. As máquinas e os equipamentos devem ter dispositivo de acionamento e parada localizado de modo que: seja acionado ou desligado pelo operador na sua posição de trabalho; não se localize na zona perigosa da máquina ou do equipamento; possa ser desligado em caso de emergência por outra pessoa que não seja o operador; não possa ser acionado ou desligado, involuntariamente, pelo operador ou por qualquer outra forma acidental; não acarrete riscos adicionais.

Toda máquina deve possuir dispositivo de bloqueio para impedir seu acionamento por pessoa não autorizada. As máquinas, equipamentos e ferramentas devem ser submetidos à inspeção e manutenção de acordo com as normas técnicas oficiais vigentes, dispensando-se especial atenção a freios, mecanismos de direção, cabos de tração e suspensão, sistema elétrico e outros dispositivos de segurança. Toda máquina ou equipamento deve estar localizado em ambiente com iluminação natural e/ou artificial adequada à atividade, em conformidade com a NBR 5.413/91 - Níveis de Iluminância de Interiores da ABNT. As inspeções de máquinas e equipamentos devem ser registradas em documento específico, constando as datas e falhas observadas, as medidas corretivas adotadas e a indicação de pessoa, técnico ou empresa habilitada que as realizou.

2.3.9 Treinamento

Todos os empregados devem receber treinamentos admissional e periódico, visando a garantir a execução de suas atividades com segurança. O treinamento admissional deve ter carga horária mínima de seis horas, ser ministrado dentro do horário de trabalho, antes de o trabalhador iniciar suas atividades, constando de: informações sobre as condições e meio ambiente de trabalho; riscos inerentes a sua função; uso adequado dos Equipamentos de Proteção Individual - EPI; informações sobre os Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC, existentes no canteiro de obra. O treinamento periódico deve ser ministrado: sempre que se tornar necessário e ao início de cada fase da obra. Nos treinamentos, os trabalhadores devem receber cópias dos procedimentos e operações a serem realizadas com segurança.

Devem ser colocados, em lugar visível para os trabalhadores, cartazes alusivos à prevenção de acidentes e doenças de trabalho. Para fins da aplicação da NR18, são considerados trabalhadores habilitados aqueles que comprovem curso específico do sistema oficial de ensino; Para fins da aplicação desta NR18, são considerados trabalhadores qualificados aqueles que

(37)

comprovem perante o empregador e a inspeção do trabalho uma das seguintes condições capacitação mediante treinamento na empresa, mediante curso ministrado por instituições privadas ou públicas, desde que conduzido por profissional habilitado ou ter experiência comprovada em Carteira de Trabalho de pelo menos 6 (seis) meses na função.

Os equipamentos utilizados, observado o disposto na NR-12, devem possuir: manual do proprietário ou de instruções de uso emitido pelo fabricante; b) manual de manutenção, montagem e desmontagem. As tarefas envolvendo soluções alternativas somente devem ser iniciadas com autorização especial, precedida de Análise Preliminar de Risco - APR e Permissão de Trabalho - PT, que contemplem os treinamentos, os procedimentos operacionais, os materiais, as ferramentas e outros dispositivos necessários à execução segura da tarefa. A APR poderá ser elaborada por profissional ou por equipe multidisciplinar, desde que aprovada por Engenheiro de Segurança do Trabalho, com emissão de ART específica.

2.4 NR 35 - TRABALHO EM ALTURA

De acordo com a NR35, é considerado trabalho em altura toda atividade executada acime de 2 metros do nível inferior onde haja risco de queda. Quando há a possibilidade de risco, deve-se tomar as providencias e medidas de proteção envolvendo o planejamento, a organização e a execução de forma a garantir a saúde e segurança dos trabalhadores envolvidos indiretamente ou diretamente com a atividade. Os Equipamentos de Proteção Individual - EPI, acessórios e sistemas de ancoragem devem ser especificados e selecionados considerando-se a sua eficiência.

Quando necessário realizar um trabalho em altura, cabe a empresa:

a) garantir a implementação das medidas de proteção estabelecidas na nr18; b) assegurar a realização da Análise de Risco - AR e, quando aplicável, a emissão da Permissão de Trabalho - PT;

c) desenvolver procedimento operacional para as atividades rotineiras de trabalho em altura;

d) assegurar a realização de avaliação prévia das condições no local do trabalho em altura, pelo estudo, planejamento e implementação das ações e das medidas complementares de segurança aplicáveis;

e) adotar as providências necessárias para acompanhar o cumprimento das medidas de proteção estabelecidas nesta Norma pelas empresas contratadas;

(38)

f) garantir aos trabalhadores informações atualizadas sobre os riscos e as medidas de controle;

g) garantir que qualquer trabalho em altura só se inicie depois de adotadas as medidas de proteção definidas nesta Norma;

h) assegurar a suspensão dos trabalhos em altura quando verificar situação ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível;

i) estabelecer uma sistemática de autorização dos trabalhadores para trabalho em altura;

j) assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob supervisão, cuja forma será definida pela análise de riscos de acordo com as peculiaridades da atividade;

2.4.1 Assegurar a organização e o arquivamento da documentação prevista nesta Norma.

O empregador deve realizar treinamento periódico bienal e sempre que ocorrer quaisquer das seguintes situações:

a) mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho; b) evento que indique a necessidade de novo treinamento;

c) retorno de afastamento ao trabalho por período superior a noventa dias; d) mudança de empresa.

O treinamento periódico bienal deve ter carga horária mínima de oito horas, conforme conteúdo programático definido pelo empregador.

Nos casos previstos nas alíneas “a”, “b”, “c” e “d”, a carga horária e o conteúdo programático devem atender a situação que o motivou.

Os treinamentos inicial, periódico e eventual para trabalho em altura podem ser ministrados em conjunto com outros treinamentos da empresa.

2.4.2 Capacitação

A capacitação deve ser ser ministrado por instrutores com comprovada proficiência no assunto, sob a responsabilidade de profissional qualificado em segurança no trabalho (com certificado contendo: nome do trabalhador, carga horaria, local da realização do treinamento, conteúdo programático, nome e qualificação dos instrutores), e realizada preferencialmente

(39)

durante o horário normal de trabalho, sendo que o tempo despendido na capacitação deve ser computado como tempo de trabalho efetivo.

Cabe ao empregador avaliar o estado de saúde dos trabalhadores que exercem atividades em altura, garantindo que:

a) os exames e a sistemática de avaliação sejam partes integrantes do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, devendo estar nele consignados;

b) a avaliação seja efetuada periodicamente, considerando os riscos envolvidos em cada situação;

c) seja realizado exame médico voltado às patologias que poderão originar mal súbito e queda de altura, considerando também os fatores psicossociais.

Tratasse de deveres do trabalhador:

a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho em altura, inclusive os procedimentos expedidos pelo empregador;

b) colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas nesta Norma;

c) interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis;

d) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou omissões no trabalho.

2.4.3 Para que um trabalho em altura seja liberado e considerado “seguro”, deve haver:

Planejamento, Organização e Execução e ser executado por trabalhador capacitado e autorizado.

O empregador devera originar capacitação e treinamento, dos trabalhadores à realização de trabalho em altura, considera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura aquele que foi submetido e aprovado em treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima de oito horas, cujo conteúdo programático deve, no mínimo, incluir:

a) normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura; b) análise de Risco e condições impeditivas;

c) riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de prevenção e controle;

(40)

d) sistemas, equipamentos e procedimentos de proteção coletiva;

e) equipamentos de Proteção Individual para trabalho em altura: seleção, inspeção, conservação e limitação de uso;

f) acidentes típicos em trabalhos em altura;

g) rondutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de resgate e de primeiros socorros.

2.4.4 Autorização de trabalho em altura

Considera-se trabalhador autorizado para trabalho em altura aquele capacitado, cujo estado de saúde foi avaliado, tendo sido considerado apto para executar essa atividade e que possua anuência formal da empresa. A aptidão para trabalho em altura deve ser consignada no atestado de saúde ocupacional do trabalhador.

A empresa deve manter cadastro atualizado que permita conhecer a abrangência da autorização de cada trabalhador para trabalho em altura.

No planejamento do trabalho devem ser adotadas, de acordo com a seguinte hierarquia:

a) medidas para evitar o trabalho em altura, sempre que existir meio alternativo de execução;

b) medidas que eliminem o risco de queda dos trabalhadores, na impossibilidade de execução do trabalho de outra forma;

c) medidas que minimizem as consequências da queda, quando o risco de queda não puder ser eliminado.

Todo trabalho em altura deve ser realizado sob supervisão, cuja forma será definida pela análise de risco de acordo com as peculiaridades da atividade.

A execução do serviço deve considerar as influências externas que possam alterar as condições do local de trabalho já previstas na análise de risco.

2.4.5 Análise de risco

Todo trabalho em altura deve ser precedido de Análise de Risco.

A Análise de Risco deve, além dos riscos inerentes ao trabalho em altura, considerar:

(41)

b) o isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho; c) o estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem; d) as condições meteorológicas adversas;

e) a seleção, inspeção, forma de utilização e limitação de uso dos sistemas de proteção coletiva e individual, atendendo às normas técnicas vigentes, às orientações dos fabricantes e aos princípios da redução do impacto e dos fatores de queda;

f) o risco de queda de materiais e ferramentas;

g) os trabalhos simultâneos que apresentem riscos específicos;

h) o atendimento aos requisitos de segurança e saúde contidos nas demais normas regulamentadoras;

i) os riscos adicionais; j) as condições impeditivas;

k) as situações de emergência e o planejamento do resgate e primeiros socorros, de forma a reduzir o tempo da suspensão inerte do trabalhador;

l) a necessidade de sistema de comunicação; m) a forma de supervisão.

Para atividades rotineiras de trabalho em altura a análise de risco pode estar contemplada no respectivo procedimento operacional.

Os procedimentos operacionais para as atividades rotineiras de trabalho em altura devem conter, no mínimo:

a) as diretrizes e requisitos da tarefa; b) as orientações administrativas; c) o detalhamento da tarefa;

d) as medidas de controle dos riscos características à rotina; e) as condições impeditivas;

f) os sistemas de proteção coletiva e individual necessários; g) as competências e responsabilidades.

As atividades de trabalho em altura não rotineiras devem ser previamente autorizadas mediante

2.4.6 Permissão de Trabalho.

Para as atividades não rotineiras as medidas de controle devem ser evidenciadas na Análise de Risco e na Permissão de Trabalho.

Referências

Documentos relacionados

The user uses GIS to generate a map with a visual representation of the location and extent of the active containment zones in September 2013 and information about the measures

[r]

De acordo com o Consed (2011), o cursista deve ter em mente os pressupostos básicos que sustentam a formulação do Progestão, tanto do ponto de vista do gerenciamento

No final, os EUA viram a maioria das questões que tinham de ser resolvidas no sentido da criação de um tribunal que lhe fosse aceitável serem estabelecidas em sentido oposto, pelo

A versão reduzida do Questionário de Conhecimentos da Diabetes (Sousa, McIntyre, Martins & Silva. 2015), foi desenvolvido com o objectivo de avaliar o

6 Num regime monárquico e de desigualdade social, sem partidos políticos, uma carta outor- gada pelo rei nada tinha realmente com o povo, considerado como o conjunto de

Este trabalho tem como objetivo contribuir para o estudo de espécies de Myrtaceae, com dados de anatomia e desenvolvimento floral, para fins taxonômicos, filogenéticos e

Art. 2º - O Trabalho Final de Cursos de Graduação da UENF consiste em um trabalho escrito, versando sobre um tema relacionado à área de formação do graduando